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@resumosdamed_ 1 DISPNEIA “experiência subjetiva de angústia respiratória, que consiste em sensações qualitativamente diferentes com intensidades variáveis. Essa experiência é causada por interações de vários fatores fisiológicos, psicológicos, sociais e ambientais e pode desencadear respostas fisiológicas e comportamentais secundárias”. A dispneia, um sintoma, pode ser percebido apenas pela pessoa que a experimenta e, dessa forma, deve ser autorrelatada. Em contraste, os sinais de esforço respiratório aumentado, como taquipneia, uso de musculatura acessória e retração intercostal, só podem ser medidos e relatados por médicos. CASO CLÍNICO • ID: FBS, feminina, 26 anos, branca, natural de Cubatão/SP, procedente de Rio Preto há 14 anos, caixa de supermercado, solteira, sem filhos. • QD: Falta de ar há 3 semanas, com piora há 1 dia. • HPMA: Há ~ 3 semanas iniciou quadro de mal-estar, febre baixa, calafrios, mialgia, coriza hialina em pequena quantidade, congestão nasal, cefaleia, espirros, tosse seca, dor de garganta, falta de ar e chiado no peito. Após 5 dias houve melhora do quadro, mas restando tosse seca, falta de ar aos esforços e chiados no peito que melhoravam pouco com as medidas habituais. Há 3 dias reiniciou quadro de febre, cefaleia frontal em peso, fotofobia, a tosse ficou mais cheia, mas sem conseguir expectorar, com pigarro, dor de garganta, dorsalgia, rinorreia amarelada, piora do chiado e da falta de ar aos esforços, sem respostas às medicações domiciliares há 1 dia. Refere que as crises de tosse pioram à noite e quando se deita. • IC: Refere retorno da febre nos últimos 3 dias (~ 38,0oC), dificuldade de dormir pela tosse, sonolência diurna, inapetência, prostração e mialgia. • ISDA: Atualmente sem sintomas gastrintestinais, mas refere que há 3 semanas, teve alguns episódios de fezes amolecidas ao dia por 2 dias. Refere sentir um “cheiro ruim” em tudo nos últimos dias. Nega sintomas urinários, exceto por diminuição do volume e urina mais escurecida. Nega edema de membros, palpitação, precordialgia ou outros. • AP: Asma desde os 2 anos de idade, inicialmente grave com crises de broncoespasmos frequentes, mas após início de tratamento regular e mudança para o interior, teve melhora significativa, atualmente com 1 a 2 crises ao ano, sem necessidade de internação hospitalar. o Dermatite atópica o Vacinas da infância em dia. • Medicações de uso regular: Foraseq (formoterol 12 mcg + Budesonida 400 mcg) na iminência das crises. • AF: Mãe e tia materna também asmáticas com história de atopia. HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS SINUSITE: @resumosdamed_ 2 Acúmulo de secreções, as bactérias chegam no seios para nasais e se proliferam. É comum os vírus provocar inflamação. COVID: Geralmente na fase inflamatória, que ocorre normalmente na segunda semana da doença. Ela possui a fase viral e a fase inflamatória. Administração de corticoide antes da hora faz com que a fase viral dure mais tempo, o ideal é ser realizado durante a segunda semana, Pode conter febre baixa, cefaleia, congestão nasal, cefaleia, espirros, dor de garganta. Se apresentar sibilos, deve realizar o uso de broncodilatador (beta 2 agonistas) e anticolinérgico. ASMA No quadro de asma, deve ser realizado corticoide e inalatório, pois o sistêmico, se for viral irá aumentar esta fase não paciente. Um anti está mini cu, lavagem nasal e paracetamol podem ajudar nos sintomas fisiológicos. Na maioria das vezes, os vírus podem causar linfopenia e leucopenia CASO CLÍNICO Sinais vitais e antropométricos: PA: 110x60 mmHg FC:92 bpm o FR: 24irpm SatO2: 88% Tax:37,8oC o Peso: 65Kg Alt: 1,60m EF: • GERAL: BEG, corada, desidratada (+/4+), discretamente cianótica, anictérica, subfebril, dispneica, com esforço expiratório importante. • N: GCS: 15, vigil, consciente, orientada, porém ansiosa, sem déficits neurológicos localizatórios. • ACV: BRNF em 2 T s/ sopros, pulsos periféricos cheios, simétricos e concordantes, perfusão periférica adequada. • AR: tórax simétrico, expansibilidade pouco diminuída, tiragem intercostal e supraclavicular, som claro pulmonar à percussão em ambos os hemitórax, MV reduzido globalmente, c/ discretos sibilos expiratórios. • ABD: Abdome semi-globoso, flácido, indolor à palpação superficial e profunda, s/ visceromegalias ou massas palpáveis, RHA +. • EXT: tróficos, edema (+/4+), simétrico, panturrilhas livres. ORO-FARINGOSCOPIA @resumosdamed_ 3 RINOSCOPIA HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS infecção viral (asma, covid, rinovírus, influenza). Isso provocou a exacerbação da asma (crise de asma). Pode ser uma sinusite ou pneumonia associada. EXAMES COMPLEMENTARES EXAMES LABORATORIAIS DO PACIENTE @resumosdamed_ 4 GASOMETRIA ARTERIAL, À MEDIDA QUE A CRISE DE ASMA (BRONCOESPASMO) SE AGRAVA RX DE TÓRAX DO PACIENTE INFORMAÇÕES TRAZIDAS PELO RX • Hiperinsuflado • presença de consolidação • raio x do seio da face sem alterações • evolução: sibilos difusos em ambos hemitorax (se há melhora do quadro, não e necessário repetir a oximetria. @resumosdamed_ 5 RX DE TÓRAX DO PACIENTE @resumosdamed_ 6 @resumosdamed_ 7 EVOLUÇÃO: • Após a primeira inalação a paciente é reavaliada e então é possível auscultar muitos sibilos difusos em ambos os hemitóraces. • Continuadas as medidas e após a terceira inalação os sibilos já haviam diminuído muito. • Permaneceu em observação por mais 6 horas com oxigênio, com melhora significativa do quadro. HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS: • Crise de broncoespasmo • Descompensação de quadro asmático • Rinossinusite de provável etiologia bacteriana CONDUTA: • Alta com a seguinte receita: • Formoterol 12mcg + Budesonida 400 mcg 1 jato de 12/12 horas • Prednisona 40mg VO 1x/dia por 5 dias • Amoxicilina 500mg VO 8/8 hs por 14 dias • Budesonida 50mcg spray nasal 2 jatos em cada narina de 12 /12 hs por 14 dias • Lavagem nasal com SF 0,9% mais que 4 vezes ao dia Medida mais simples, importante e efetiva!!! MECANISMOS SUBJACENTES DA DISPNEIA Os mecanismos subjacentes da dispneia são complexos e ela pode surgir a partir de outras sensações respiratórias. Embora várias pesquisas tenham aumentado a nossa compreensão dos mecanismos subjacentes de sensações respiratórias específicas, como “aperto no peito” ou “falta de ar”, é provável que um determinado estado patológico possa produzir a sensação de dispneia através de mais de um mecanismo subjacente. A dispneia pode surgir por uma variedade de vias, incluindo a geração de sinais aferentes do sistema respiratório para o sistema nervoso central (SNC), sinais eferentes do SNC para os músculos ventilatórios e particularmente quando há um desequilíbrio na sinalização integrativa entre essas duas vias, chamado de “desequilíbrio eferente-reaferente” @resumosdamed_ 8 Legenda: Vias de sinalização subjacentes à dispneia. A dispneia surge de vários estímulos sensoriais, muitos dos quais levam a diferentes frases descritivas usadas pelos pacientes (mostradas entre aspas na figura). A sensação de esforço respiratório provavelmente surge por sinais transmitidos do córtex motor para o córtex sensitivo (seta verde) quando comandos motores são enviados para os músculos ventilatórios (sinais eferentes, seta azul). Os estímulos motores enviados pelo tronco cerebral (seta azul) também podem ser acompanhados de sinais transmitidos para o córtex sensitivo e contribuem para a sensação de esforço (seta verde tracejada). A sensação de falta de ar provavelmente deriva de uma combinação de estímulos que aumentam o drive respiratório, como hipoxemia ou hipercapnia (mediados por sinais de quimiorreceptores no corpo carotídeo e no arco aórtico, indicado porsinais aferentes em vermelho), hipercapnia aguda ou acidemia (medidas por sinais de quimiorreceptores periféricos e centrais, indicado por sinais aferentes em vermelho), inflamação da via aérea e intersticial (mediada por aferentes pulmonares, indicado por sinais aferentes em vermelho) e receptores vasculares pulmonares. A dispneia surge em parte por desequilíbrio percebido entre mensagens eferentes para os músculos ventilatórios e sinais aferentes dos pulmões e da parede torácica. O aperto no peito, geralmente associado com broncospasmo, é, em grande parte, mediado por estimulação de receptores de irritação vagal. Os sinais aferentes (setas vermelhas) de mecanorreceptores das vias aéreas, pulmões e parede torácica mais provavelmente passam através do tronco encefálico antes de serem transmitidos para o córtex sensitivo, embora também seja possível que alguma informação aferente passe diretamente para o córtex sensitivo (seta tracejada) sem passar pelo tronco encefálico. Setas vermelhas: sinais aferentes; setas azuis: sinais eferentes; setas verdes: sinais dentro do sistema nervoso central; linha tracejada: vias hipotéticas; círculos ocos vermelhos: quimiorreceptores; quadrados ocos vermelhos: mecanorreceptores. Os sinais aferentes estimulam o SNC (tronco encefálico e/ou córtex) e incluem primariamente: (a) quimiorreceptores periféricos no corpo carotídeo e no arco aórtico e quimiorreceptores centrais no bulbo ativados por hipoxemia, hipercapnia ou acidemia, podendo produzir sensação de “falta de ar”; e (b) mecanorreceptores nas vias aéreas superiores, nos pulmões (incluindo receptores de estiramento, receptores de irritação e receptores J) e na parede torácica (incluindo fusos musculares como receptores de estiramento e órgãos tendinosos que monitoram a geração de força) que são ativados em situações de aumento da carga de trabalho por um estado patológico que produza aumento na resistência da via aérea, podendo estar associada com sintomas de aperto no peito (p. ex., asma ou DPOC) ou redução da complacência pulmonar ou da parede torácica (p. ex., fibrose pulmonar). Outros sinais aferentes que desencadeiam dispneia dentro do sistema respiratório podem surgir a partir de respostas de receptores vasculares pulmonares a mudanças na pressão da artéria pulmonar e nos músculos esqueléticos (chamados @resumosdamed_ 9 metaborreceptores), os quais se acredita que detectem mudanças no ambiente bioquímico. São enviados sinais eferentes a partir do SNC (córtex motor e tronco encefálico) para músculos ventilatórios, sendo também transmitidos por descarga corolária para o córtex sensitivo, que se acredita estar ligada a sensações de esforço respiratório (ou “trabalho respiratório”) e que talvez contribua para as sensações de “falta de ar”, especialmente em resposta a um aumento da carga ventilatória em um estado patológico, como a DPOC. Além disso, medo ou ansiedade podem aumentar a sensação de dispneia por exacerbarem o distúrbio fisiológico subjacente em resposta a um aumento da frequência respiratória ou um padrão respiratório desordenado. @resumosdamed_ 10 ABORDAGEM DO PACIENTE PRINCIPAIS BACTÉRIAS PATOGÊNICAS RINOSSINUSITE SINUSITES: ANATOMIA • 4 seios paranasais revestidos com epitélio cilíndrico ciliado e células caliciformes o Frontal o Maxilar o Etmóide @resumosdamed_ 11 o Esfenóide DESENVOLVIMENTO DOS SEIOS PARANASAIS EPITÉLIO CILÍNDRICO CILIADO SEIOS PARANASAIS VENTILAÇÃO - DRENAGEM SEIOS PARANASAIS TRANSPORTE MUCOCILIAR @resumosdamed_ 12 FISIOPATOLOGIA FATORES ANATÔMICOS RINOSSINUSITE: “O termo rinossinusite é atualmente consensual, já que a rinite e a sinusite são, freqüentemente, uma doença em continuidade. A rinite existe isoladamente, mas a sinusite sem a rinite é de ocorrência rara (ex.: sinusite odontogênica).” SINUSITE Fisiopatologia: Bloqueio a ventilação do seio paranasal afetado. Fatores predisponentes Þ Infecção viral, alergia Þ Hipertrofia de adenóides, concha nasal, desvio de septo Þ Polipose nasosinusal, fibrose cística, poluição, discinesias mucociliares, imunodeficiência SINUSITE X RINITE DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL @resumosdamed_ 13 DIAGNÓSTICO • História clínica • Exame ORL • Radiografias - CTSF • Endoscopia naso-sinusal SINUSITE AGUDA A suspeita de uma rinossinusite aguda bacteriana deve ocorrer quando os sintomas de uma IVAS viral pioram após o 5º dia ou persistem por mais de 10 dias . ADULTO • Rinorréia (ant+post) • Congestão nasal • Facialgia - cefaléia • Tosse CRIANÇA • Rinorréia • Congestão nasal • Tosse => Sintomas persistem por mais de 7 dias (“gripe prolongada”) => Pior à noite SINUSITE CRÔNICA ADULTOS e CRIANÇAS Sintomas semelhantes ▫ duração de meses a anos (> 30 dias) ▫ sintomas mais discretos • Obstrução nasal • Gotejamento retronasal (posterior) • Tosse crônica, halitose ETIOLOGIA INFECCIOSA EXAME ORL @resumosdamed_ 14 EXAME DAS FOSSAS NASAIS ENDOSCOPIA NASAL PÓLIPO MEATO MÉDIO ESQ EXAMES DE IMAGEM @resumosdamed_ 15 @resumosdamed_ 16 @resumosdamed_ 17 @resumosdamed_ 18 @resumosdamed_ 19 RINOSSINUSITE à TRATAMENTO Resolução da inflamação/infecção = patência do complexo osteo-meatal. Þ Desbloqueio nasal Soro fisiológico nasal, descongestionantes, corticóides nasais o Analgésicos o Antibióticos ? SINUSITE AGUDA BACTERIANA à OBJETIVOS DO TRATAMENTO • Acelerar a recuperação • Prevenir sinusite crônica e reagudizações de asma ou bronquinte crônica • Custo-efetivo ANTIBIÓTICOS • Amoxicilina 500 mg tid 10-14 d (875 mg bid 10-14 d); 45-90 mg/kg/d crianças • Bactérias produtoras de beta-lactanase • Amoxicilina + clavulanato • Cefuroxime • Azitromicina • Claritromicina @resumosdamed_ 20 PRESCRIÇÃO DE PRESCRIÇÃO INICIAL 1. Amoxicilina (Novocilin) 875mg bid 10-14d 2. Rinosoro 3% spray nasal tid 10-14d 3. Paracetamol (Tylenol) 750 mg q4h prn Quando falha o tratamento para a sinusite aguda… investigue possível SINUSITE CRÔNICA! ▫ Rinite alérgica ? Alergoteste, citograma nasal (pesquisa de eosinófilos), IgE sérica e específica ▫ Imunodeficiência, fibose cística ? ▫ Alterações anatômicas ? Endoscopia nasal RX seios paranasais ou CT seios paranasais ASMA A asma é uma síndrome que se caracteriza por obstrução das vias aéreas com evolução bastante variável, tanto espontaneamente quanto em resposta ao tratamento. Os pacientes asmáticos apresentam um tipo especial de inflamação das vias aéreas que os torna mais responsivos que os indivíduos normais a uma ampla variedade de estímulos desencadeantes; isso provoca estreitamento excessivo das vias aéreas, redução do fluxo ventilatório e sinais e sintomas como sibilos e dispneia. Em geral, o estreitamento das vias aéreas é reversível, mas alguns pacientes com asma crônica podem ter um componente de obstrução ventilatória irreversível. A asma é uma doença heterogênea com vários fenótipos reconhecidos, mas, até o momento, eles não correspondem bem aos mecanismos patogênicos conhecidos (endótipos) ou às respostas à terapia. A prevalência crescente de asma em todo o mundo, o ônus expressivo que a doença impõe aos pacientes e os custos elevados da assistência à saúde levaram a extensas pesquisas sobre seus mecanismos e tratamento. FISIOPATOLOGIA A asma está associada com uma inflamação crônica específica na mucosa das vias aéreas inferiores. Um dos principais objetivos do tratamento é reduzir a inflamação. A patologia da asma foi elucidada por meio de biópsias brônquicas e do exame de necrópsia dos pulmões dos pacientes que morreram em razão de asma. A mucosa das vias aéreas fica infiltrada por eosinófilos e linfócitos T ativados, e há ativação dos mastócitos da mucosa. O grau de inflamação não se correlaciona diretamente coma gravidade da doença, e tais anormalidades podem até ser detectadas nos pacientes atópicos sem sintomas da asma. Essa inflamação é geralmente reduzida pelo tratamento com CI. Também há alterações estruturais nas vias aéreas (geralmente descritas como remodelamento). Uma anormalidade característica é o espessamento da membrana basal em razão da deposição de colágeno sob o epitélio. Essa alteração também é encontrada nos pacientes com bronquite eosinofílica, que têm tosse, mas não asma; por essa razão, é provável que tal espessamento seja um marcador da inflamação eosinofílica das vias aéreas, tendo em vista que os eosinófilos liberam mediadores fibrogênicos. O epitélio muitas vezes se mostra descamado ou friável com ligações reduzidas às paredes das vias aéreas e quantidades aumentadas de células epiteliais no seu lúmen. A própria parede das vias aéreas pode estar espessada e edemaciada, principalmente nos casos fatais. Outra anormalidade comum na asma fatal é a obstrução do lúmen das vias aéreas por tampões de muco, que são formados por glicoproteínas mucosas secretadas pelas células caliciformes e proteínas plasmáticas originadas dos vasos brônquicos permeáveis. Também há vasodilatação e @resumosdamed_ 21 quantidades aumentadas de vasos sanguíneos (angiogênese). A observação direta por broncoscopia sugere que as vias aéreas possam estar estreitadas, eritematosas e edemaciadas. A patologia da asma é acentuadamente uniforme nos diferentes fenótipos da doença, inclusive nas asmas atópica (extrínseca), não atópica (intrínseca), ocupacional, sensível ao ácido acetilsalicílico e pediátrica. Essas alterações patológicas são encontradas em todas as vias aéreas, mas não se estendem ao parênquima pulmonar; a inflamação das vias aéreas periféricas é detectada principalmente nos pacientes com asma grave. O acometimento das vias aéreas pode ser difuso, o que é compatível com a observação de estreitamento heterogêneo das vias aéreas na broncografia. @resumosdamed_ 22 MANIFESTAC ̧ÕES CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO Os sinais e os sintomas típicos da asma são sibilos, dispneia e tosse com intensidade variável, tanto espontaneamente quanto depois do tratamento. Os sintomas podem piorar à noite, e os pacientes muitas vezes acordam nas primeiras horas da manhã. Os pacientes podem referir dificuldade para encher os pulmões de ar. Alguns pacientes têm produção exagerada de muco, que em geral é espesso e difícil de expectorar. Pode haver hiperventilação e utilização dos músculos acessórios da respiração. Os sintomas prodrômicos podem preceder uma crise e incluem prurido sob o queixo, desconforto interescapular ou medo inexplicável (morte iminente). Os sinais físicos característicos são inspiratórios e principalmente expiratórios, roncos difusos em todo o tórax e hiperinsuflação em alguns casos. Alguns pacientes, em especial as crianças, podem ter predomínio de tosse seca (asma variante de tosse). Quando a asma está controlada, o paciente pode ter exame físico normal. DIAGNÓSTICO Em geral, o diagnóstico de asma é evidente em razão dos sintomas de obstrução variável e intermitente das vias aéreas, mas deve ser confirmado pelas determinações objetivas da função pulmonar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Medicina interna de Harrison – 20º edição.
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