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A importância da concepção CTS para Economia solidária

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1 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA CONCEPÇÃO CTS PARA A ECONOMIA SOLIDÁRIA 
 
Angela Maria Nunes da Cruz Costa 
angelacosta@outlook.com 
 
 
RESUMO 
 
Partindo de uma revisão bibliográfica, este artigo será norteado a discutir a inserção da Educação 
Ciência,Tecnologia e Sociedade, que daqui pra frente denominaremos de educação CTS, na 
Economia Solidária, de como a inserção de educação CTS poderia gerar uma transformação positiva 
nas cooperativas e como essa melhoria tecnológica poderia alavancar a economia solidária. A falta 
de acesso a informação reflete cada vez mais na economia como um todo, de modo que a educação 
CTS poderia auxiliar de forma significativa auxiliando na construção de conhecimentos, habilidades 
e valores, dessa forma entende-se que a democratização da informação poderia agregar valor, gerar 
mais produtividade em contexto participativo e democrático, facilitando assim a emancipação do 
trabalho e sustentação da vida. No decorrer deste de trabalho mostraremos como a tecnoologia ao 
alcance de todos poderia ocasionar transformações posítivas para a sociedade. 
Palavras chaves: Educação CTS, Economia solidária, ciência, tecnologia, democratização. 
 
ABSTRACT 
 
Starting from a bibliographic review, this article will be guided to discuss the insertion of Science, 
Technology and Society Education that we will henceforth call CTS education, in the solidary 
economy, how the insertion of cts education could generate a positive transformation in cooperatives 
and how This technological improvement could leverage solidarity economies. Lack of access to 
information increasingly reflects the economy as a whole, so that STS education could help 
significantly by helping to build knowledge, skills and values, so it is understood that information 
democratization could add value. , generate more productivity in a participatory and democratic 
2 
 
context, thus facilitating the emancipation of work and life support. In the course of this paper we 
will show how technology available to all could bring about positive changes for society. 
Keywords: CTS Education, Solidarity Economy, science, technology, democratization. 
 
INTRODUÇÃO 
 
O processo de desenvolvimento do capitalismo é historicamente associado ao grande aumento 
no índice de desemprego em épocas de Revolução Industrial. Isso ocorreu devido ao processo de 
substituição de mão de obra humana pelas máquinas, decorrente do grande avanço tecnológico 
(ANTUNES, 2007; CASTEL, 2009). 
A origem da economia solidária, bem como do cooperativismo, são contemporâneos da 
Primeira Revolução Industrial, surgindo na Europa no século XIX. Já no contexto nacional, apareceu 
na década de 80, durante o século XX, em épocas de grande crise econômica e inflacionária no Brasil. 
A economia solidária constituiu-se como alternativa aos desempregados, possibilitando a organização 
destes em cooperativas e a recuperação pelos trabalhadores, de empresas falidas, (SINGER, 2002), 
levando à manutenção dos postos de trabalho, o que resulta em diversos outros ganhos pessoais e 
sociais. 
A Economia solidária têm um papel central no desenvolvimento local, por meio da oferta de 
emprego informal e geração de renda. “A importância do desenvolvimento local baseia-se no 
despertar e no incentivo ao empreendedorismo, buscando parcerias com o poder público, lideranças, 
sociedade organizada, criando um ambiente favorável ao surgimento de novos empreendimentos que 
gerem ocupações produtivas de forma sustentável” (SEBRAE, 2008). Borsato e Borges (2002) 
apresentam o conceito de sustentabilidade da seguinte forma: 
O conceito de sustentabilidade pressupõe um sistema que 
adquire características auto criativa e que se mantém ao longo 
do tempo. Engloba a tríplice visão economicamente viável, 
socialmente justa e ambientalmente correta. Nesse aspecto, 
estão envolvidos os elementos culturais, políticos e 
institucionais, interagindo entre si. Nessa interação, os 
elementos acabam sendo fatores geradores de tensões e 
conflitos a serem enfrentados e conciliados junto às 
comunidades a agentes locais. 
3 
 
 Nessa perpectiva faremos o enfoque da Educação CTS como meio para impulsionar e 
estimular a Economia solidária. Certamente a abordagem CTS é uma alternativa poderosa para a 
formação tecnocientifica. Apesar de o movimento de educação Ciência-Tecnologia-Sociedade (CTS) 
no ensinode Ciências ter surgido em um contexto diferente do movimento de letramento científico¹. 
Assim, podemos dizer o movimento de educação CTS tem sido adotado como dois grandes 
significados: o que expressa o ideário de um movimento social mais amplo de discussão pública sobre 
políticas de Ciência e Tecnologia e sobre os propósitos da tecnociência (von LINSINGEN, 2007). 
 Para Aikenhead (2003) a educação CTS no ensino de ciências surgiu também dentro do 
propósito da educação científica para a cidadania que vinha sendo reivindicada, por educadores em 
ciências, insatisfeitos com a prática de ensino de ciências demasiadamente centrada na formação de 
cientistas. 
A ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BRASIL 
 
A Economia solidária no Brasil vem crescendo e trazendo novas oportunidades de trabalho, 
sendo definida como um conjunto de atividades que representam uma reação contra a tendência 
estrutural do capitalismo, que por sua vez desemprega, exclui e empobrece as classes menos 
favorecidas. A Economia Solidária surge como alternativa as disfunções do capitalismo, para que, 
aquele trabalhador que deixa o mercado formal ou seja vínvulo emprego via CLT (Consolidação das 
Leis Trabalhista), e tem como foco principal a distribuição de riqueza e a valorização do ser humano. 
Em junho de 2003, através do Governo Federal foi aprovada a criação do Ministério do 
Trabalho e Emprego (MTE.) e a Secretaria Nacional da Economia Solidária (SENAES), através 
dessas ações reconheceu o Estado brasileiro de transformação social, provocado pela crise no 
mercado de trabalho. 
Essa forma de pensamento pode parecer utópica diante do sistema capitalista em que vivemos, 
mas podemos perceber as mudanças no modo atual de produção com o ingresso da Economia 
Solidária, alterando os princípios da propriedade privada para propriedade de uso coletivo e o direito 
a liberdade individual, surgindo o que pode-se chamar de solidariedade e igualdade. Dessa forma as 
cooperativas e associações têm surgido como forma de integrar todos os membros da sociedade ao 
mercado de trabalho, dada a incapacidade do capitalismo em gerar emprego que supra a demanda 
existente de mão-de-obra. 
4 
 
Em paralelo a Economia Solidária apresentamos a inserção da educação CTS onde suas ações 
deveriam estar voltadas para a inclusão social, fomentando o crescimento por exemplo da Economia 
Solidária, de modo a haver mais interação entre os individuos, inclusão, valorização da sociedade 
mais justa, inclusiva e sustentável. 
Nessa perpectiva apresentamos a Educação CTS que tem entre nos seus pressupostos 
promover o ensino democrático, crítico e contextualizado visando a formação de cidadãos 
autonômos. O ensino de ciências também deve privilegiar a alfabetização científica que contemple o 
conjunto de conhecimentos que facilitem homens e mulheres fazerem uma leitura crítica do mundo 
em que vivem, desmistificando a ideia de que ciência deva ser ensinada apenas para formar cientistas. 
A flexibilização e a precarização do trabalho vigente na sociedade contemporânea tem sido 
novo impulso dado ao desenvolvimento de formas diversas de sobrevivência econômica que se 
desdobram em formas associativas e cooperativas, como a economia solidária. De forma geral, a 
Economia Solidária não é uma alternativa somente para os pobres e excluídos, mas proporciona 
avanços em diversos domínios e contextos, e envolve de maneira responsável amplos segmentos da 
sociedade. No entendimento de Singer (2002, p. 10), 
“a Economia Solidária é outro modode produção, cujos 
princípios básicos são a propriedade coletiva ou associada do 
capital e o direito à liberdade individual. A aplicação desses 
princípios une todos os que produzem numa única classe de 
trabalhadores que são possuidores de capital por igual em 
cada cooperativa ou sociedade econômica. O resultado natural 
é a solidariedade e a igualdade, cuja reprodução, no entanto, 
exige mecanismos estatais de redistribuição solidária da 
renda” 
 
Assim, multiplicam-se organizações econômicas em que a relação capital-trabalho não está 
plenamente configurada, a partir de empreendimentos em diversos setores que se caracterizam pela 
autogestão na tomada de decisões e pela socialização dos meios de produção. O trabalho assalariado 
é, nessas organizações, substituído pelo trabalho associado, onde a hierarquia de poder e o controle 
sobre o processo organizativo começam a tomar novas formas. Definidos os conceitos de Economia 
solidária adentraremos a seguir na definição de Educação em Ciência, Tecnologia e Sociedade e a 
sua importante contribuição para a Economia solidária no sentido de inclusão social e da 
democratização das relações trabalhistas. 
 
 
5 
 
EDUCAÇÃO EM CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE 
 
O enfoque CTS surgiu no Hemisfério Norte em meados do século XX, como uma proposta 
para o ensino de ciências, em decorrência de um sentimento crescente “de que o desenvolvimento 
científico, tecnológico e econômico não estava conduzindo linear e automaticamente ao 
desenvolvimento do bem-estar social” (GARCÍA et al. 1996 apud AULER, 2007, p. 7). 
O Brasil tem conseguido nos últimos anos consolidar sua estrutura de desenvolvimento 
científico e tecnológico, como resultado de um investimento público consistente e continuado. Para 
quê ensinar CTS? Essa pergunta permite estabelecer uma relação entre capacitação em Ciência e 
Tecnologia e o Desenvolvimento Social. 
Educar, numa perspectiva cts é fundamental para possibilitar uma formação para maior 
inserção social das pessoas no sentido de se tornarem aptas a participar dos processos de tomadas de 
decisões conscientes em negociações onde haja assuntos que envolvam ciência e tecnologia. Estudos 
CTS têm sido desenvolvidos no campo da sociologia, de políticas públicas e da educação. Em outras 
palavras, é favorecer um ensino de sobre ciência e tecnologia que vise à formação de indivíduos com 
a perspectiva de se tornarem conscientes de seus papéis como participantes ativos da transformação 
da sociedade em que vivem (Linsingen, 2007: 13). 
A Educação com enfoque CTS é multidisciplinar integrando a educação cientifíca e a 
tecnologia social, contribuindo assim com experiências cotidianas. O ensino CTS é primordial para 
que haja desenvolvimento crítico para aumentar o leque de possibilibidades e participação nos 
processos decisórios, deixando de serem apenas expectadores e passando a agir como atores sociais 
atuantes. 
A IMPORTÂNCIA DA CONCEPÇÃO CTS PARA ECONOMIA SOLIDÁRIA 
 
Os estudos sobre CTS levam em consideração a relação homem-sociedade-tecnologia, sendo 
assim poderíamos imaginar um sociedade onde os atores sociais tivessem acesso a educação CTS, 
mesmo esta por sua vez sendo uma via de mão dupla poderia trazer benefícios significativos para a 
economia solidaria e o quanto a educação CTS poderia auxilia-los na tomada de decisões, na criação 
de novos meios de produção, que além de aumentar a rentabilidade dos cooperados e associados, faria 
isso de forma sustentável, fazendo com que a ciência e a tecnologia fossem usadas de forma 
sustetável. 
6 
 
E de interesse da Educação CTS, criar condições para uma participação social na tomada de 
decisões, em outras palavras através da concepção CTS transmitir aos cidadãos a capacidade de tomar 
decisões com embasamento técnico-ciêntifico sobre a realidade em questão. A partir da concepção 
da educação CTS aplicado na Economia Solidária traria transformação social. 
A Educação CTS atuando como estratégia de desenvolvimento local no campo da Economia 
solidária poderia desenvolver processos de organizações socioprodutivas , fortalecendo as formas de 
empreendedorismo coletivo para a geração de trabalho e renda. No entanto a tecnologia é associada 
a criação de instrumentos tecnológicos em campos como química e fisíca. 
Mas podemos pensar na educação CTS como ferramenta de inclusão social e desenvolvimento 
local, pois todo conhecimento utilizado para resolver algum problema e transformar circunstância, 
criando nossos processos, mais eficientes e eficazes, podemos chamá-lo de tecnologia. Quando a 
tecnologia não está ao serviço do capitalismo o que resulta na desestruturação social, ela está a serviço 
da transformação da sociedade. 
A Educação CTS tem papel preponderamente na aumento da produtividade na Economia 
Solidária. A consciente tomada de decisões é de suma importância para que haja desenvolvimento 
entre os setores de produção. Com a expansão do Ensino de Educação CTS através da criação dos 
Institutos Federais, interiorizou de forma muito significativa o acesso a informação e ao 
conhecimento. Apesar que ainda pouco visível a transformação do campo, das Cooperativas e 
associações vem se sobresaindo e alcançando um bom desempenho. 
A partir do conhecimento recebido sobre a tríade Educação, Tecnologia e Sociedade são 
capazes de criar novos processos, aperfeiçoar outros e aumentar a rentabilidade das associações e 
cooperativas que fazem parte, sabemos que por trás de toda dificuldade e obstáculos que impedem o 
crescimento da Economia Solidária existe a carência da formação adequada para que os 
associados/cooperados tenham êxito sustentável nas suas inciativas. 
A apropriação de conhecimentos científicos e técnicos pelo mundo do trabalho permitirá a 
geração de tecnologias adequadas às suas necessidades, que geram valor agregado, aumentam a 
produtividade do trabalho e, em contexto democrático, participativo e solidário, constituem caminhos 
de emancipação do trabalho e de sustentação da vida a partir desse contexto podemos compreender 
melhor a importância da Educação CTS para o desenvolvimento da Economia Solidária. 
 
 
7 
 
METODOLOGIA 
Para fins compreensivos, explicitaremos de forma breve a metodologia utilizada para construir 
esse artigo.Na construção de um artigo cientifíco é necessário a definição de uma metodologia para 
chegar-se aos objetivos propostos pelo mesmo. O método escolhido para a elaboração do trabalho foi 
a realização de uma revisão bibliográfica sobre os temas economia solidária e Educação, ciência 
tecnologia e sociedade, que possibilitassem situar historicamente o surgimento da economia solidaria 
no Brasil e faremos uma breve discussão a respeito da importância da concepção de educação CTS 
para economia solidária. 
O contéudo será apresentado em quatro partes: Introdução e em seguida faremos o 
desenvolvimento do nosso objeto de estudo com os tópicos a Economia solidária no Brasil, Educação 
Ciência, Tecnologia e Sociedade e a importância da concepção CTS para Economia Solidária. Feito 
essa abordagem serão apresentados os resultados, as considerações finais e as referências 
bibliográficas. 
 Espera-se com este trabalho, contribuir com reflexões para o direcionamento de políticas 
públicas englobando os temas relacionados e o desenvolvimento de novas pesquisas que contribuam 
para o desenvolvimento da sociedade, tendo como enfoque principal a disseminação da Educação 
CTS como forma de garantir desenvolvimento a Economia Solidária. 
 
RESULTADOS 
 
A questão da democratização dos meios de produção delimita um processo longo, de adequar 
a tecnologia à sua construção social. A sobrevivência dos trabalhadores, o equilíbrio financeiro e a 
política de investimento, concorrendo no mercado com competitividade sócio-técnica, é essencial. A 
orientação a uma solidariedade orgânica é elemento motriz para que as economia solidária mantenhasua construção social para a demanda, a aquisição, a adaptação e o redesenho de tecnologias, voltadas 
para a construção de uma sociedade justa e igualitária onde tantos trabalhadores inseridos nos meios 
de produção capitalistas quanto os que estão inseridos no setores onde garantir a sobrevivência de 
suas famílias sejam seu principal objetivo gozem dos mesmos recursos e possuam o conhecimento 
equiparado na tomada de decisões. 
A secundarização da questão tecnológica na ES deve ser enfrentada, no sentido de se perceber 
que a tecnologia é uma construção social que influencia nas relações sociais dos trabalhadores. A 
adoção de inovações sem uma perspectiva crítica e a busca de alternativas de produção que 
8 
 
contemplem formas de ampliação de uma cidadania plena e ativa são essenciais para se caminhar 
para o centro de cadeias produtivas, criar novos produtos e se inserir de forma relevante nas decisões 
sobre o desenvolvimento social, econômico e científico-tecnológico, contemplando a 
sustentabilidade ambienta 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Como vimos, a noção de Economia Solidária nasce de um esforço em compreender a lógica 
de determinadas iniciativas econômicas que surgem no último quartel do século XX. Autores como 
Paul Singer buscaram não somente compreender a lógica dessas iniciativas como, também, inspirados 
nelas, elaborar um projeto político-ideológico de transformação da sociedade. 
A Economia solidária se diferencia das demais pela gestão coletiva. No processo de 
construção do desenvolvimento local, da forma proposta, encontramos o espaço propício para a 
utilização de tecnologias sociais já existentes, bem como o desenvolvimento de novos processos 
produtivos que visem aumentar a produtividade e a rentabilidade. Para tantos é necessário a 
integração dos atores sociais envolvidos. 
Formar profissionais competentes para executar tarefas e ganhar dinheiro indica uma inversão 
de valores, uma tendência tecnicista, onde a tecnologia em vez de meio, transforma-se em fim, indo 
em desencontro com os ideias da Economia Solidária. Nessa perspectiva a Educação é CTS é capaz 
de criar ferramentas potencializando o crescimento e fortalecimento do trabalho coletivo. 
Na discussão acima propomos buscar bibliograficamente fatos que comprovam a importância 
da Educação CTS na Economia Solidária. A formação do indivíduo é fator essencial para que a 
solidariedade deixe de ser espontânea e passe a ser consciente. Os trabalhadores da Economia 
Solidária possuem um nível de escolaridade muito baixa, em alguns casos alguns chegam a serem 
analfabetos linguísticamente. Embora tenham escolhido o caminho ou sido obrigados a participarem 
da Economia solidária seria de grande importância o aperfeiçoamento e com certeza seria um 
diferencial ter acesso a Educação CTS para tomar decisões conscientes e cada vez mais acertadas, no 
desenvolvimento de novos processos e novos produtos. 
 
 
 
 
 
9 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho? - Ensaio sobre as Metamorfoses e a Centralidade do Mundo 
do Trabalho. Campinas: Cortez, 2007. 
CASTEL, Robert. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Petrópolis: Vozes, 
2009. 
AULER, Décio & SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos. (Org.) 
CTS e educação cientifica: desafios, tendências e resultados de pesquisa. Brasília: Editora 
Universidade de Brasília, 2011. 
GAIGER, L.I.G. (Coord.), KUYVEN, P.S.; OGANDO, C.B.; KAPPES,S. A. e SILVA, J.K. da. A 
Economia Solidária no Brasil: uma análise de dados nacionais. São Leopoldo, Oikos, 2014. 
GARCÍA, J. L. et al. Ciencia, tecnología y sociedad: una introducción al estudio social de la ciencia 
y la tecnología. Madrid: TECNOS, 1996. 
LINSINGEN, I. (2007), “Perspectiva educacional cts: aspectos de um campo em consolidação na 
América Latina”, Revista Ciência e Ensino, 1, unicamp. Disponível em 
SANTOS, W. L. P. dos; MORTIMER, E. F. Uma análise de pressupostos teóricos da 
abordagem C-T-S (Ciência - Tecnologia - Sociedade) no contexto da educação brasileira. 
Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, v. 2, n. 2, p. 1–24, 2002. Disponível em: 
<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=129518326002>. Acesso em: 30 de novembro de 2019 
SEBRAE. Serviço Brasileiro de Apoio as Micros e Pequenas Empresa. Disponível em: 
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/cartilhadesustentabilidade,21aa98912281d510Vg
nVCM1000004c00210aRCRD > Acesso em 01/12/2019 
SINGER, Paul. A recente ressurreição da economia solidária no Brasil. In: B. de S. S. (ed.). Produzir 
para viver: os caminhos da produção não capitalista. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. 
 
 
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/cartilhadesustentabilidade,21aa98912281d510VgnVCM1000004c00210aRCRD
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/cartilhadesustentabilidade,21aa98912281d510VgnVCM1000004c00210aRCRD

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