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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE QUÍMICA RIO DE JANEIRO 2020 Introdução O laboratório de química é um local onde podem ser encontrados contaminantes de origem química e materiais inflamáveis e/ou tóxicos que são manuseados para algum experimento. Estas características requer uma atenção especial e um comportamento adequado para reduzir ao mínimo o risco de acidentes. Portanto, o cumprimento rigoroso das normas de segurança é tão importante para a integridade física das pessoas que atuam de forma permanente ou eventual. Segurança no Laboratório de Química Laboratórios de química são ambientes de trabalho que exigem medidas e rotinas de segurança, para garantir a integridade física das pessoas que frequentam o local. Ao contrário do que muitos pensam, a ocorrência de acidentes nos laboratórios de química não é tão rara quanto parece, já que muitas pessoas têm o hábito de ignorar condutas indispensáveis para manutenção da segurança do local. Os acidentes com produtos químicos são, em sua maioria, graves e, por isso as medidas de segurança são a única maneira de evitar complicações nesse tipo de ambiente. O primeiro cuidado que todo indivíduo que vai frequentar um laboratório de química precisa ter é uma grande concentração em suas tarefas executadas naquele ambiente. Qualquer distração, especialmente durante a manipulação dos produtos químicos e materiais do laboratório, pode ressaltar em acidentes e imprevistos que afetam a saúde e a integridade física das pessoas que estão no local. Além de evitar conversas sobre assuntos alheios com os colegas, é preciso ter cautela com seus movimentos e decisões ao mexer com produtos químicas. Antes de trabalhar num ambiente laboratorial é necessário averiguar todos os equipamentos de segurança e emergência disponíveis e saber o usar corretamente. Técnicas que exigem o uso de chama, aquecimento, utilização de substâncias tóxicas, explosivas, voláteis e inflamáveis devem ser manuseadas com equipamento de proteção individual (EPI) e também equipamentos de proteção coletiva (EPC) adequados a cada situação, como por exemplo, luvas de plásticos para produtos alcalinos, máscara com filtro apropriado para produtos voláteis e tóxicos, jaleco de algodão manga longa, sapato fechado, óculos de segurança e protetores faciais. Produtos tóxicos ou corrosivos devem ser manipulados em capela de exaustão, que é um equipamento de proteção coletiva (EPC) Os produtos químicos podem agredir o indivíduo de três maneiras: Inalação, absorção cutânea e ingestão. Por Inalação: constitui a principal via de intoxicação. A absorção de gases, vapores, poeiras e aerossóis pelos pulmões e a sua distribuição pelo sangue, que os leva às diversas partes do corpo, é extremamente facilitada pela elevada superfície dos alvéolos pulmonares. A equivocada cultura de que “laboratórios têm naturalmente odor de produtos químicos” com frequência leva a atitudes negligentes, provocando efeitos crônicos à saúde, com danos muitas vezes permanentes ou irreversíveis. Por absorção cutânea: a pele e a gordura protetora são barreiras bastante efetivas, sendo poucas as substâncias que podem ser absorvidas em quantidades perigosas. Os efeitos mais comuns da ação de substâncias químicas sobre a pele são as irritações superficiais e sensibilizações decorrentes da combinação do contaminante com as proteínas. Como decorrência destes fatos, o agente químico pode penetrar pela pele, atingindo a corrente sanguínea. Neste sentido é necessário especial cuidado quando houver danos à integridade da pele – feridas expostas devem ser devidamente protegidas. Por ingestão: pode ocorrer de forma acidental, ou ao ingerir partículas que estejam retidas no trato respiratório, resultantes da inalação de pós ou fumos. Os riscos de ingestão por contaminação das mãos e alimentos serão inexistentes se houver a devida atenção e higiene no trabalho. Regras básicas de segurança em laboratórios A seguir estão relacionadas algumas normas básicas de segurança que, se seguidas, minimizarão os riscos de acidentes. · Use sempre jaleco de algodão e com mangas compridas; · Use calças e sapatos fechados; · Não use relógio, anéis ou pulseiras; · Use a capela sempre que trabalhar com solventes voláteis, reações perigosas, explosivas ou tóxicas; · NUNCA jogue reagentes ou resíduos de reações na pia, localize os frascos apropriados para descarte; · Para trabalhar com produtos corrosivos, utilizar as luvas de proteção adequadas; · Sempre identificar soluções preparadas com: Nome do reagente, data de preparo, concentração, nome do preparador e fornecedor; · Sempre use equipamentos de proteção individual. Símbolos de Riscos Químicos Alguns símbolos fazem referência aos riscos que o produto químico oferece. Esses símbolos são encontrados nas fichas de segurança. As fichas de segurança trazem informações importantes sobre os cuidados a tomar em caso de acidente e sobre o armazenamento deste produto. Esses símbolos também são encontrados nos frascos dos produtos. Cada um indica um tipo de aviso sobre o produto: Tóxico ou altamente tóxico: Qualquer tipo de contato com essa substância é nocivo à saúde. Inalação, contato com a pele, ingestão e etc, todos esses contatos devem ser evitados. Caso aconteça, deve-se procurar um médico imediatamente. Corrosivo: Esse símbolo indica que o produto pode ser corrosivo tanto para pele quanto para superfície. Nocivo à natureza: Esse tipo de composto deve ser tratado antes de ser despejado, ou então guardado e entregue em um lugar onde ele receberá tratamento adequado. Ele pode contaminar corpos d’água, solo e animais. Explosivo: Deve-se manter guardado longe de fogo e equipamentos aquecidos. Em caso de cilindros de gases comprimidos deve-se também evitar pancadas. Esse composto pode facilitar a combustão dificultando apagar algum provável incêndio. Material inflamável: Que pode facilmente pegar fogo, deve-se evitar contato até mesmo com o ar. Principais Vidrarias e Equipamentos de um Laboratório de Química Balão de fundo chato: Utilizado para armazenar, preparar e aquecer soluções. Pode ser de vidro transparente ou âmbar. Possui escala de medida de pouca precisão. Balão volumétrico: Utilizado no preparo e na diluição de soluções. Possui escala de medida de grande precisão Erlenmeyer: Utilizado no preparo e na agitação de soluções. Também pode ser utilizado no aquecimento de líquidos e no recolhimento de frações de materiais destilados. Possui escala de medida de pouca precisão. Funil de vidro: Utilizado para transferir líquidos e para apoiar o papel filtro em filtrações. Tubos de ensaio: Utilizados na realização de reações químicas em pequena escala. Também são utilizados para coleta de amostras em pequena quantidade. Condensadores: São colunas de vidro utilizadas para condensar vapores em sistemas de destilação. Existem três tipos: forma reta, espiral ou bolas sequenciais. Bastão de vidro: Utilizado para agitação de soluções ou para transferir líquidos de um recipiente para outro. Proveta: Utilizada na medição de volumes de líquidos em grande precisão. Bureta volumétrica: Equipamento calibrado utilizado na medição de pequenos volumes com grande precisão. Possui uma torneira que permite o escoamento controlado do líquido. É muito utilizada em um procedimento denominado titulação. Pipetas: Utilizadas para medir e transferir quantidades fixas de líquidos. Podem ser graduadas ou volumétricas. Cadinho ou Cápsula de porcelana: Utilizado na evaporação ou secagem de materiais. Resiste a altas temperaturas. Suporte universal: Utilizado na sustentação de equipamentos em diversos procedimentos como filtrações, destilações, titulações, etc. Garra metálica: Utilizada para ficar equipamentos no suporte universal. Bico de Bunsen: Aquecedor a gás com chama de temperatura variável, de acordo com a regulagem. Manta elétrica: Utilizada no aquecimento de substâncias líquidas e soluções que estão em um balão de fundo redondo. Centrífuga elétrica: Aparelho empregado na separaçãorápida de misturas heterogêneas, tais como, sólido-líquido ou líquido-líquido. Tripé de ferro: Utilizado como apoio para tela de amianto e outros objetos durante aquecimento. Tela de amianto: Utilizada como suporte para peças a serem aquecidas. A função do amianto é distribuir uniformemente o calor recebido pela chama do bico de Bunsen. Funil de Buchner: Funil de porcelana utilizado em filtrações a vácuo. Kitassato: Recipiente de vidro com paredes reforçadas. É utilizado em filtração a vácuo. Balança de precisão: Utilizada para medir a massa de materiais no laboratório com rigor para realização de análises químicas. Os vidros que envolvem a região onde a amostra é colocada são úteis para que correntes de ar não interfiram no valor da pesagem. Capela de exaustão: Utilizada como barreira física para manipular materiais perigosos e eliminar os gases desprendidos. Trata-se de um equipamento de proteção coletiva indispensável em um laboratório químico, pois absorve os vapores liberados, por exemplo, em uma reação química e mantém reagentes perigosos isolados do ambiente. Mufla: Utilizada para calcinar amostras e remover os compostos voláteis já que trabalha com elevadas temperaturas. Trata-se de uma câmara revestida internamente com material refratário e pode alcançar temperaturas acima de 1000 ºC. pHmetro: Utilizado para medir o pH (potencial hidrogeniônico) em amostras através da condutividade. Os milivolts detectados no aparelho são transformados para escala de pH, que varia de 0 a 14. Tabela e Gráfico Referente a Prática 1 Solubilidade dos Sais em MOL/LITRO Temperatura em oC Substância 0 20 40 60 80 100 KNO3 1,3 3,2 5,2 7 9 11 NaNO3 6,7 7,6 8,5 9,4 10,4 11,3 KCl 3,4 4 4,6 5,1 5,5 5,8 NaCl 5,4 5,4 5,5 5,5 5,5 5,6 Referência Bibliográfica Prática 1 / Química 1 – Acesso: 03/09/2020 https://www.infoescola.com/quimica/seguranca-com-vidraria-e-aparelhagem-em-laboratorio-de-quimica/ - Acesso: 04/09/2020 http://www.sbfgnosia.org.br/Ensino/Normas_de_seguranca.html - Acesso: 04/09/2020 https://www.youtube.com/watch?v=0fMY9xCLs5c – Acesso: 07/09/2020 https://www.youtube.com/watch?v=dFfGlBspirU – Acesso: 07/09/2020
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