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CAMILA CERQUEIRA Saúde coletiva HISTORIA DO SUS 1923 – LEI DE ELOY CHAVES Em 1923 foi realizada a reforma sanitária brasileira, com a criação do departamento nacional de saúde, então ligado ao ministério da justiça, sendo assim nesse mesmo ano foi então criada a lei Eloy chaves, e assim surgiu as caixas de aposentadorias e pensões, e assim iniciando a previdência social no brasil, baseada no recolhimento de parte do salário do funcionário e parte paga pelo empregador. A união permaneceu ausente desse modelo. Ainda na primeira república, foram instituídas bases para a criação do sistema nacional de saúde, caracterizado pela concentração e verticalização das ações no governo central. • 1923: CAPS dos ferroviários • 1926: portuários e marítimos. A lei de Eloy chaves cria as caixas de aposentadoria e pensão. A lei vem apenas conferir estatuto legal a iniciativa já existente de organização dos trabalhadores por fabricas • Visando garanti pensões em caso de algum acidente ou afastamento do trabalho por doença. • E uma futura aposentadoria • Responsabilidade do estado pela regulação na concessão de benefícios e serviços. As primeiras discussões sobre a necessidade de se atender a demanda dos trabalhadores. Nesse momento nasce complexas relações entre o setor publico e privado, que vão persistir no futuro do sistema único de saúde. 1932 – CRIAÇÃO DO IAPS É caracterizada pela criação do instituto de aposentadoria e pensões (IAPs), ele foi criado na era Vargas, os institutos podem ser vistos como resposta, por parte do estado, as lutas e reivindicações dos trabalhadores no contexto de consolidação dos processos de industrialização e urbanização brasileiros. Acentua-se o componente de assistência médica, em parte por meio de serviços próprios, mais principalmente, por meio da compra de serviços do setor privado. • Por ramos de atividade: marítimo (IAPM), comerciários (IAPC), bancários (IAPB). • Financiamento: por 3 entes (estado, empregador e empregadores) • Benefícios assegurados: aposentadoria, pensão em caso de morte, assistência médica e hospitalar e socorros farmacêuticos. Os CAPS foram absorvidos pelos IAPs. Os IAPS tinham muito dinheiro em caixa e poucos aposentados, permitindo a construção de grandes hospitais (hospitais bancários dos comerciários) Na década de 40 e 50 era a única forma de assistência prestada. • O estado e o município não dispunham de serviços de atendimento médico adequado as necessidades da população. • Estabelecimento filantrópico: assistência as famílias pobres e indígenas. 1953 – Criação do ministério da saúde Funções restritas e medidas preventivas, como vacinação, controle de epidemias e saneamento básico. • Funções curativas (hospitais): ministério de previdência social (modelo privatista) • Assistência médica prestada pelos IAPS: a assistência médica prestada no país através dos IAPs era voltada apenas para trabalhadores que exerciam atividade remunerada de determinada categoria profissional Alguns trabalhadores formais, rurais e do setor informal urbano, não pertenciam aos ramos da atividade ou de categoria, eles não tinham assistência. 1966- INPS Após o golpe militar de 1964 (no contexto do regime autoritário) e o advento chamando de “milagre econômico”, vencendo as resistências a tal unificação por parte das categorias profissionais que tinham intuito mais rico. Como mais carteiras eram assinadas, e como resultado mais pessoas procuravam os serviços de saúde, sendo dessa forma que, em novembro de 1966, todos institutos que atendiam aos trabalhadores do setor privado foram unificados no instituto nacional de previdência social (INPS) • Tal centralização representou maior incremento na contratação de serviços privados de saúde para prestar assistência médica a seus segurados. Foi a partir do INPS que se desenvolveu a estrutura e o berço para a criação dos planos de saúde Nesse processo todos os trabalhadores formais, com contribuição de 8% do salário, ampliação da cobertura para trabalhadores autônomos ou empregadores com contribuição de 16% da renda básica. • Aumento das instalações próprias do INPS • Contratação de uma rede de estabelecimento privado • Serviço médico privado • Ampliação da rede privada • Financiamento: criação de novos hospitais. • NÃO dispunha de rede de atendimento suficientemente grande. • CAMILA CERQUEIRA 1977- INAMPS Após o fracasso do INPS, foi criado o sistema nacional de assistência e previdência social (SINPAS), e dentro dele o instituto nacional de assistência médica da previdência social (INAMPS) que passa a ser o grande órgão governamental prestador da assistência médica. Como uma autarquia federal vinculada ao ministério da previdência e assistência social (hoje ministério da previdência social), e foi criado pelo regime militar pelo desmembramento do instituto nacional de previdência social (INPS), que hoje é o instituto nacional de seguridade social (INSS), como diferenciação ao modelo antigo, o INAMPS possuía estabelecimentos próprios, ainda que os procedimentos fossem realizados pelo setor privado, sendo que a ideia era o cumprimento do papel de braço assistencial do sistema de saúde e de braço da saúde do sistema de proteção social. A CRISE DO INAMPS NA DECADA DE 1980 Crise do modelo econômico vigente (baixo salário, desemprego), aumento da marginalidade, favelas e mortalidade infantil. MODELO DE SAÚDE PREVIDENCIARIO: • Priorizou a medicina curativa, custos elevados da manutenção desse sistema. • Recessão econômica: diminuição da arrecadação • Aumento da população marginalizada sem atendimento • Desvio de verbas para outros setores e falta de repasse publico para o sistema previdenciário. Diante do quadro caótico houve a rearticulação paulatina dos movimentos sociais com reinvindicações imediata para os problemas de saúde existente, mais o debate em seminários e congressos das categorias profissionais de saúde sobre as epidemias, endemias e degradação da qualidade de vida, é igual ao movimento de transformação do setor de saúde. REFORMA SANITARIA Em 1978 teve a conferência internacional sobre atenção primaria à saúde (Alma-Ata) O ponto culminante de discussão foi sobre a desmedicalização da sociedade, inacessibilidade aos serviços médicos as grandes massas populacionais. O movimento sanitário era entendido como movimento ideológico com uma prática política. No período de 9 a 11 de outubro de 1979, o I simpósio sobre política nacional de saúde. Que contou com a participação de muitos dos integrantes do movimento e chegou à conclusão altamente favoráveis ao mesmo. Ao longo da década de 80 o INAMPS passaria por sucessivas mudanças com universalização progressiva do atendimento, já em uma transição com o SUS. A 8° conferência nacional de saúde foi um marco na história do SUS por diversos motivos. • 17 de março de 1986 foi aberta por José Sarney, o primeiro presidente civil após a ditadura • Foi a primeira CNS a ser aberta a sociedade • Importante na propagação do movimento da reforma sanitária. O 8° CNS resultou na implantação do sistema unificado e descentralizado de saúde (SUDS), um convenio entre o INAMPS e os governos estaduais, mais o mais importante foi ter formado as bases para a seção “da saúde” da constituição brasileira de 5 de outubro de 1988. (constituição cidadã) • Foi um marco na história da saúde pública brasileira • Definir saúde como “direito de todos e dever do estão” A implantação do sus foi feita de uma forma gradual. • Primeiro veio o SUDS • Depois a incorporação do INAMPS ao ministério da saúde • E por fim a lei orgânica da saúde (lei 8.080, de 19 de setembro de 1990) fundou o SUS • Logo depois foi lançada a lei1.042, de 28 de dezembro de 1990, que imprimiu ao SUS uma de suas principais características: o controle social. • Participação da população na gestão do serviço. O INAMPS só foi extinto em 27 de julho de 1993 pela lei n° 8.689 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 1988 CONSTITUIÇÃO CIDADÃ Saúde direito de todos e dever dos estados. Ampliação do conceito de saúde, e criação do sistema único de saúde. SUS.
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