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AULA 12 - PARASITOLOGIA (WUCHERERIA BANCROFTI)

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AULA 12 – WUCHERERIA BANCROFTI CAMILA CERQUEIRA 
 
Parasitologia 
WULCHERERIA BANCROFTI 
A wuchereria bancrofti é um nematoide do grupo dos 
filarídeos, os quais tem como habitat o sistema 
circulatório e linfático do seu hospedeiro. 
Os adultos machos e femea se localizam nos grandes 
troncos e vasos linfáticos, tais como os axilares, 
inguinais, pélvicos e abdominais, formando novelos 
que geram embaraço na circulação de drenagem 
linfática. 
• Hospedeiro definitivo: homem 
• Hospedeiro intermediário: culex 
quinquefasciatus 
Forma evolutivas: 
• HV: verme adulto (fêmea e macho) localizados 
nos vasos e gânglios linfáticos da região 
abdominal, pélvica (perna e escroto), mamas e 
braço. 
• Microfilárias: eliminadas pelas fêmeas gravidas. 
• HI: larva L1, L2 e L3 (infectante) 
CULEX QUINQQUEFASCIATUS 
• Transmissor da filariose 
• Conhecido popularmente como muriçoca 
• Hematófagos 
• Antropofílicos 
• Hábitos noturnos 
• Criadouro em água parada e poluída com 
matéria organiza 
 
MORFOLOGIA 
Macho: 3,5 a 4 cm x 0,1mm com extremidade 
posterior enrolada ventralmente 
Fêmea: 7 a 10cm x 0,3mm com vagina exteriorizada 
em vulva localizada próxima à extremidade anterior. 
 
HABITAT 
Vasos e gânglios linfáticos (vivem em média 4 a 6 
anos) 
MORFOLOGIA – MICROFILÁRIA 
• Embrião 
• 250-300 um de comprimento 
• Membrana delicada (bainha flexível) 
• A fêmea faz a postura. 
 
CICLO BIOLOGICO 
1. Repasto sanguíneo: as larvas L3 migram do lábio 
do vetor para a pele do HD 
2. Migram para os vasos linfáticos e tornam-se 
vermes adultos. 
3. Após 8 meses, as fêmeas gravidas produzem as 
primeiras Microfilárias 
AULA 12 – WUCHERERIA BANCROFTI CAMILA CERQUEIRA 
 
4. Fêmea do inseto realiza o hematofagismo 
noturno e ingere as Microfilárias 
5. Estomago do vetor: Microfilárias perdem a 
bainha, atravessam a parede do estomago e 
migram para os músculos torácicos – L1 (6) 
6. L1 
7. Desenvolvimento de L1 para L2 
8. apos 15 dias a larva esta na forma infectante L3 
medindo aproximadamente 2mm e migra para a 
prosbócita do vetor (20 dias) 
PERIODICIDADE 
Periodicidade noturna das Microfilárias: 
• durante o dia: localizam-se nos capilares 
profundos 
• durante a noite: vasos sanguíneos periféricos 
• pico da microfilaremia: meia-noite coincidindo 
com o horário hematofagismo do inseto 
transmissor. 
PATOGENIA 
• período assintomático: ate o aparecimento 
dos vermes adultos. 
• Período pré-patente: aproximadamente 7-9 
meses. 
• Período de incubação: pode variar entre 2 ou 
mais de 10 anos. 
• Período sintomático: 
o Fase aguda: processo inflamatório produzidos 
por larvas L4 e adultos jovens que colonizam as 
vias linfáticas. 
o Linfadenites: linfonodos inguinais, epitrocleanos 
e axilares com desenvolvimento de granulomas 
com calcificação após a morte dos vermes 
o Linfagite: inflamação e dilatação dos vasos 
linfáticos 
o febre e mal-estar. 
o Faniculite filariana: linfanfite do cordão 
espermático e varicocele. 
o Fase crônica: hidrocele, linfedema, quilúria, 
elefantíase. 
formação de novelos envolvidos por reação 
inflamatória e pela formação de fibrose, 
extravasamento produzindo derrame linfático: ascite 
linfática, linfúria, linforéia, linfotórax, linfocele, etc. 
ruptura de vasos linfáticos para o interior do sistema 
extrector urinário da origem à quilúria. 
COMPLICAÇÕES 
Elefantíase: 
• Em casos crônicos com mais de 1 anos 
• Caracterizada por processo inflamatório e 
fibrose crônica do órgão atingido 
• Hipertrofia da derme e do tecido conjuntivo, 
aumento exagerado do volume do órgão com 
queratinização e rugosidade 
• A pele perde a elasticidade, resseca e se torna 
sujeita a infecções bacterianas. 
DIAGNÓSTICO 
Pesquisa de Microfilárias no sangue periférico – 20, 
40 ou 60ul de preferencia entre as 10 horas da noite 
e 4 horas da manhã. 
• Gota espessa: coloração de Giemsa 
• Métodos de concentração: filtração em 
membrana de policarbonato milipore ou 
nucleopore 
• Método de knott 
Na fase crônica as Microfilárias raramente são 
detectadas no sangue periférico. 
Sorológico: teste imunocromatográfico desenvolvido 
pelo ICT diagnostico -ICT card. 
Cartão possui ac de antifilária e o controle é formado 
por ac anti IgG humano. 
 
 
 
 
AULA 12 – WUCHERERIA BANCROFTI CAMILA CERQUEIRA 
 
EPIDEMIOLOGIA 
Larga distribuição geográfica: Ásia, África e ilhas no 
este do pacífico. 
Américas: Haiti, republica dominicana, costa rica, 
Tobago, Guiana, Suriname e brasil. 
• Brasil: principais áreas de endemia na 
atualidade: Pernambuco -recife, Olinda e 
jabotão. Alagoas – Maceió 
Principais fatores epidemiológicos: 
• Presença da fêmea do mosquito doméstico 
• Homem como única fonte de infecção 
• Temperatura ambiente elevada: 25° a 30°c 
• Umidade relativa do ar em 80 a 90% 
TRATAMENTO 
Utilização de antiparasitário 
• Citrato de dietilcarbamazina (DEC) 
o 6mg/kg/dia via oral por 12 dias 
o Ação maior sobre as Microfilárias do que 
sobre as formas adultas 
• Invermectina 
o Atua sobre Microfilárias 
o sem ação sobre formas adultas 
• albendazol 
o mata vermes adultos em altas doses. 
PREVENÇÃO 
Tratamento dos doentes e combate ao vetor. 
• Controle difícil 
• Utilização de larvacidas químicos e biológicos 
seletivos 
• Repelentes 
• Mosquiteiros 
• Saneamento – criadouros de aguas poluídas 
peridomiciliares. 
 
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