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Wuchereria bancrofti - Filariose

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Wuchereria bancrofti - Filariose 1
Wuchereria bancrofti - Filariose
Nomenclatura científica
Agente etiológico: Wuchereria bancrofti
Vetor: Culex quinquefasciatus (pernilongo/muriçoca/carapanã)
Morfologia
Características vetor
→ Antenas com 15-16 segmentos 
→ Pernas longas 
→ Conhecido como mosquito 
→ Fêmeas hematófagas
→ Sugam sangue à noite
→ Machos alimentam-se de sucos vegetais
→ Fêmeas colocam seus ovos em 
locais úmidos (plantas flutuantes) ou 
água. 
→ Deve-se ter cuidados com 
bromélias, pneus, vasos de plantas
No vetor larvas encontradas
→ Larvas de primeiro estágio (L1), originária da transformação da microfilária. Diferencia 
em (L2) e ocorre nova modificação originando a larva infectante (L3).
→ Vermes adultos permanecem juntos nos vasos e gânglios linfáticos humanos vivendo em 
média 4 a 8 anos.
→ Normalmente abrigam as formas adultas na região pélvica (atingindo pernas e escroto), 
mamas e braços.
→ Microfilárias eliminadas pela fêmea grávida saem dos ductos linfáticos e ganham a 
circulação sanguínea do hospedeiro.
Transmissão
Através da picada do vetor contaminado
Ciclo biológico
Ciclo no inseto
→ Ao sugar o sangue de uma pessoa parasitada, no período em que há microfilárias 
circulantes, o Culex quinquefasciatus ingere larvas. Elas perfuram a parede do estômago 
do vetor e dirigem-se ao tórax. Voltam a crescer. Dirige-se então para a hemolinfa, forma 
infectante para o hospedeiro vertebrado (homem).
→ Seu comprimento é de pouco menos de 2mm. A larva move-se ativamente e se aloja na 
bainha da tromba (lábio) a probóscida (aparelho picador) do inseto.
→ Ciclo no vetor aproximadamente 15 a 20 dias com temperatura de 20°C - 25°C.
Wuchereria bancrofti - Filariose 2
→ Em temperaturas elevada pode ocorrer em menor período.
Ciclo no homem
→ Quando o inseto volta a sugar sangue, a larva infectante perfura o lábio do mosquito e 
invade o organismo humano, através da pequena lesão deixada pela picada.
→ Estímulo que provoca a saída das larvas da probóscida do vetor é o calor advindo do 
corpo humano e a pele úmida como: Suor, Alta umidade do ar.
Nota: permite penetração das larvas.
→ No homem, as larvas penetram nos vasos linfáticos e iniciam sua longa migração até 
chegarem aos locais de permanência definitiva.
→ Se desenvolvem até se tornarem adultos, quando acasalam e produzem novas 
microfilárias. Esse período é longo (cerca de um ano).
→ Parasitose se caracteriza por uma variedade de manifestações clínicas que podem ser 
derivadas aos vermes adultos no sistema linfático ou á resposta imune inflamatória do 
hospedeiro contra microfilárias.
→ Assintomática são pessoas com microfilárias no sangue e sem sintomatologia. 
Noultrassom vereficamos danos nos vasos linfáticos ou no sistema renal (hematúria 
microscópica).
→ Atenção médica precoce.
Periodicidade das microfilárias
→ No interior dos vasos acumulam-se durante o dia, no interior da rede vascular sanguínea 
dos pulmões (capilares profundos) .
→ Ao anoitecer, começam a se dirigir para a circulação periférica e seu número vai 
aumentando até as primeiras horas da madrugada. Depois diminui progressivamente e, 
pela manhã, não é possível encontrar microfilárias no sangue periférico.
→ Independente da densidade parasitária do hospedeiro.
→ Mecanismos responsáveis por essa periodicidade ( microfilárias ficam nos capilares 
superficiais) não são claros, algumas investigações relacionam com fatores alterados 
durante o sono como:
→ Batimentos cardíacos e metabolismo diminuídos.
Habitat
→ Vermes adultos permanecem juntos nos vasos e gânglios linfáticos humanos vivendo em 
média 4 a 8 anos.
→ Durante o dia rede vascular dos pulmões e durante a noite circulação periférica
Epidemiologia
Distribuição geográfica: América, África, Ásia.
Wuchereria bancrofti - Filariose 3
Brasil: Recife, Pernambuco
→ Endêmica em várias regiões de pobreza e com clima tropical ou subtropical.
→ Problema de saúde pública em países, como China, Índia, Indonésia e partes leste 
central e oeste da África.
→ Estimada em 1 bilhão a população que vive em áreas de risco de contrair a infecção e 
em 120 milhões o número de parasitados.
Patogenia e manifestações clínicas
→ incubação de 9 a 12 meses. (tempo que demora para ficarem adultas)
→ Metade dos indivíduos infectados em zonas endêmicas desenvolvem a forma 
assintomática da doença, embora apresentem microfilárias no sangue e sejam portadores 
sãos. 
→ Os primeiros sintomas costumam ser processos inflamatórios (desencadeados pela 
morte do verme adulto) localizados nos vasos linfáticos (linfangite/inflamação vasos 
linfáticos), com:
→ febre 
→ calafrio 
→ dor de cabeça 
→ náusea
→ Sensibilidade dolorosa e vermelhidão ao longo do vaso linfático 
→ Em diferentes regiões independentes de sua localização:
→ escroto 
→ cordão espermático 
→ mama, 
→ membros inferiores, etc
→ São frequentes os casos com ataques repetidos de linfangite, linfadenite (inflamação dos 
nódulos linfáticos) e lesões genitais.
Evolução
→ A evolução da filariose é lenta.
→ Seus sinais e sintomas são decorrentes principalmente da dilatação do vaso 
linfático muitas vezes complicada por infecções secundárias.
→ De 10% a 15% dos casos apresentam elefantíase, após 10 a 15 anos de infecção.
→ Há fibrose (endurecimento  e espessamento) e hipertrofia (inchaço exagerado) das 
áreas com edemas linfáticos, provocando deformações.
Sobre a elefantíase
Wuchereria bancrofti - Filariose 4
→ Geralmente, ela se localiza em uma ou ambas as pernas, ou nos órgãos genitais 
externos (raras vezes nas mamas).
→ Síndrome de fistulização linfática: qilúria (ruptura de vasos para o sistema excretor do 
trato urinário, sendo a linfa eliminada com á urina sempre associada á hematúria).
→ A filariose não é causa direta da elefantíase. 
→ Diversos outros fatores, como a falta de higiene nos membros afetados pelas lesões, 
ocasionam a proliferação de bactérias e a infecção aguda. 
→ Pesquisadores constataram que a simples e prática limpeza com água e sabão de áreas 
afetadas, como pernas e região escrotal, pode prevenir a elefantíase.
Diagnóstico
→ Não existe método diagnóstico definitivo. 
→ Interligar dados clínicos e laboratoriais como: 
→ Procedência do indivíduo, 
→ Tempo de moradia em área endêmica, 
→ Outras informações ao exame físico, anamnese.
Pesquisa da microfilária: obedecer ao horário de periodicidade para a coleta. Melhor 
horário de 23:00 a 1:00 hora nas infecções por Wuchereria bancrofti.
Gota espessa: inquéritos hematológicos e triagem.
Pesquisa do verme adulto: biópsia, ultrassonografia.
Pesquisa de anticorpos (reação cruzadas).
Outro exame complementar (urina) - hematúria microscópica? 
Tratamento
→ A droga de escolha para o combate à filariose é a dietilcarbamazina.
→ Esquema terapêutico OMS(6mg/Kg/dia/3 x/12 dias).
→ Em casos específicos de resistência ao tratamento clínico com medicamentos, há 
indicação de retirada cirúrgica do verme adulto.
→ Visão multidisciplinar terapêutica é tão ou mais importante do que o início imediato da 
terapia antifilarial. 
Independentemente da manifestação clínica do paciente, três componentes estão agora 
indicados:
1. os cuidados clínicos e higiênico-dietéticos específicos para as diversas 
manifestações clínicas,
2. a educação e o suporte psicológico e finalmente
3. o tratamento quimioterápico com a dietilcarbamazina.
Profilaxia
Wuchereria bancrofti - Filariose 5
→ Tratamento dos infectados para eliminar a microfilária do sangue, interrompendo a 
transmissão 
(A Organização Mundial da Saúde recomenda o tratamento de massa para populações em 
risco, pela administração de uma dose anual de dietilcarbamazina, em áreas de alta 
prevalência)
→ Tratamento dos doentes
→ Promoção, através de educação comunitária
→ Combate ao inseto transmissor
Nathália Farias
@medicinathy

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