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AULA 4 - CUIDADO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO 1

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Cuidado Integral à Saúde 
do Adulto 1 
AULA 4 - DPOC 
ASPECTOS CLÍNICOS 
Caracteriza-se por limitação do fluxo de ar, que 
não é totalmente reversível, geralmente 
progressiva e associada à resposta inflamatória 
do pulmão a partículas ou gases nocivos. 
 
 
 
FATORES DE RISCO 
• Tabagismo 
• Poluição do ar ambiente 
• Exposição ocupacional 
• (p. ex., carvão, algodão, grãos) 
 
 
Contribuem para o desenvolvimento da DPOC, 
que pode se estender por um período de 20 a 30 
anos. 
 
COMPLICAÇÕES 
• Insuficiência e falência respiratórias 
(principais complicações) 
• Pneumonia 
• Atelectasia 
• Pneumotórax 
 
PNEUMONIA 
 
 
ATELECTASIA 
 
 
 
PNEUMOTÓRAX 
 
 
FISIOPATOLOGIA 
O processo inflamatório crônico pode produzir 
alterações dos brônquios (bronquite crônica), 
bronquíolos (bronquiolite obstrutiva) e 
parênquima pulmonar (enfisema pulmonar). 
 
 
BRONQUITE CRÔNICA 
Doença das vias respiratórias: presença de tosse 
e produção de escarro durante pelo menos 3 
meses, a cada 2 anos consecutivos. 
 
Irritação constante da fumaça de cigarro ou 
irritantes ambientais. 
• Provoca ↑ no número de glândulas 
secretoras de muco e células 
caliciformes, levando à produção 
aumentada de muco 
 
A limitação ao 
fluxo de ar
resulta do 
estreitamento 
das vias 
respiratórias
Hipersecreção 
de muco e 
alterações na
vascularização 
pulmonar.
Tamponamento da via respiratória pelo muco 
• Paredes brônquicas tornam-se 
espessadas, com estreitamento do lúmen 
brônquico. 
 
 
Os alvéolos adjacentes aos bronquíolos podem 
sofrer lesão e fibrose. 
• Resultando em função dos macrófagos 
alveolares; em consequência, o cliente 
torna-se mais suscetível à infecção 
respiratória. 
 
ENFISEMA 
O enfisema pulmonar é a destruição desses 
alvéolos, com redução da passagem de ar e da 
elasticidade do pulmão, o que dificulta a 
respiração. 
Comprometimento na troca de O2 e de CO2 
resulta da destruição das paredes dos alvéolos 
hiper distendidos além dos bronquíolos 
terminais. 
• À medida que as paredes dos alvéolos são 
destruídas (um processo acelerado por 
infecções recorrentes): a área de 
superfície alveolar ↓ continuamente, o 
que provoca ↑ do espaço morto (área 
pulmonar em que não pode ocorrer 
nenhuma troca gasosa) levando à 
hipoxemia. 
• Estágios mais da doença, a eliminação de 
CO2 fica comprometida: resultando em 
aumento da pressão de CO2 no sangue 
arterial (hipercapnia), com consequente 
acidose respiratória. 
 
 
 
 
 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Tosse crônica, produção de escarro, dispneia aos 
esforços e cianose 
• Agrava-se com o passar do tempo 
 
PACIEBTES COM DPOC 
Paciente preferencialmente enfisematoso possui 
muita secreção e infecção. Ele é caquético. 
(aparência franzina). Chamado de soprador 
rosado – pelo aumento da produção de hemácias 
na tentativa de compensar o déficit – ele faz, 
inconscientemente, a respiração freno labial 
porque aumentado a resistência as vias aéreas 
permanecem abertas por mais tempo. 
 
 
O paciente com bronquiectasia é mais gordo e 
tosse mais; apresenta cianose central ou 
periférica. Azul pletórico. 
 
 
ENFISEMA – SOPRADOR ROSEO 
Fenotipo enfisematoso História de dispneia a 
longo prazo pouco escarro 
Crises pouco frequentes Hiperinsuflação 
Uso de musculatura acessória (tórax em barril) 
Respiração com lábio semi-serrado 
Oxigenação normal. 
 
SOPRADOR AZUL (PLETÓRICO) 
Fenotipo bronquítico História de tosse e escarro 
de longo prazo e frequente, Crises frequentes 
Menor grau de dispneia Hipoxemia crônica 
Hipertensão Pulmonar 
 
DPOC – ESPIROMETRIA 
Espirometria: comprova a presença de limitação 
ao fluxo aéreo, indispensável na definição de 
DPOC. Utilizada ainda para estadiamento e 
avaliação da gravidade (planejamento do 
tratamento). 
TRATAMENTO DA DPOC 
• Parar de fumar 
• Evitar o contato com outros gases e 
fumaça tóxica 
• Reabilitação pulmonar 
• Realização de atividades físicas 
frequentes e moderadas 
• Apoio emocional 
• Aconselhamento nutricional 
• Uso de broncodilatadores constitui o 
ponto central do tratamento da DPOC 
• A terapia inalatória é preferida 
• A escolha da medicação depende da 
resposta individual e dos efeitos colaterais 
• Broncodilatadores podem ser usados em 
base regular ou quando necessário 
• Combinação de broncodilatadores pode 
melhorar a eficácia e reduzir efeitos 
colaterais. 
• Broncodilatadores de ação prolongada 
são efetivos. 
 
OBJETIVOS DO TRATAMENTO 
Reduzir sintomas: 
• Redução dispneia 
• Melhorar capacidade exercício 
• Melhorar qualidade de via 
 
Reduzir risco futuro 
• Redução da queda da função pulmonar 
• Redução das exacerbações 
• Redução da mortalidade 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
PROCESSO DE ENFERMAGEM 
Anamnese 
• Histórico 
• Questionar o tempo da presença dos 
sinais e sintomas 
• Frequência e carga respiratória 
• Verificar a expiração 
• Cianose 
• Incapacidade respiratória 
 
Exame físico 
• Inspeção geral do tórax 
• Expansibilidade torácica 
• Frequência respiratória 
• Observar sinais de esforço respiratório 
• Presença de ruídos adventícios 
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM 
1. Troca gasosa deficiente relacionada ao 
desequilíbrio entre ventilação e perfusão 
evidenciada pela cianose; 
2. Eliminação ineficaz das vias aéreas 
relacionadas a bronco aspiração evidenciado 
por dispneia e tosse 
3. Intolerância à atividade física relacionada ao 
aumento da fadiga evidenciado pela dispneia 
ao menor esforço; 
4. Nutrição alterada, menos do que as 
necessidades corporais relacionada ao 
aumento do metabolismo evidenciado pela 
perda excessiva de peso; 
 
PLANO DE CUIDADOS 
• Avaliar o grau de dispneia e hipóxia; 
• Administrar os broncodilatadores; 
• Administrar os aerossóis; 
• Estimular a tosse; 
• Aumentar a oferta hídrica ao 
paciente; 
• Monitorizar e instalar oxigenoterapia; 
• Drenagem postural 
• Eliminar ou reduzir todos os irritantes 
pulmonares, particularmente o fumo de 
cigarros. 
• Observar os aspectos das secreções 
• Treinar a respiração diafragmática 
• Estimular as técnicas de conservação de 
energia 
• Manter a cabeceira elevada 30-45° 
• Monitorar à presença de sibilos, sons 
respiratórios diminuídos, dispneia e 
hipoxemia. 
• Confirmar o alívio do broncoespasmo pela 
medida da melhora nas taxas e volumes 
do fluxo expiratório (a força da expiração, 
o tempo levado para expirado), bem como 
pela avaliação da dispneia e comprovação 
de que ela diminuiu. 
 
MONITORAMENTO E MANEJO DAS 
COMPLICAÇÕES 
• Avaliar o cliente quanto à ocorrência de 
complicações (insuficiência e falência 
respiratórias) 
• Monitorar, à procura de alterações 
cognitivas, dispneia crescente, taquipneia 
e taquicardia 
• Monitorar os valores da oximetria de 
pulso e administrar O2, conforme 
prescrição 
• Instruir o cliente e a família a respeito dos 
sinais e sintomas de infecção ou outras 
complicações 
• Incentivar o cliente a se vacinar contra a 
gripe 
• Avisar o cliente sobre a necessidade de 
evitar a exposição a altas temperaturas 
externas com umidade elevada. 
 
PLANO DE ALTA 
• Orientar quanto ao uso dos 
medicamentos; 
• Estimular o não tabagismo; 
• Orientar quanto ao uso do oxigênio; 
• Orientar ao acompanhamento médico; 
• Estimular a conservação da energia; 
• Evitar os extremos de temperatura; 
• Evitar contato com poluentes de ar 
 
CASO CLÍNICO 
A.S.M., 65 anos, sexo masculino, com história de 
dispneia progressiva, com tosse produtiva e 
expectoração branca e sibilos há seis dias. Relata 
ter procurado o Pronto Socorro anteriormente e 
feito inalação. Alega ter bronquite e ter usado por 
um tempo Bunesonida e Formoterol, os quais 
suspendeu por conta própria. Suas queixas 
principais são o cansaço aos médios esforços, a 
falta de energia, fraqueza e, muitas vezes, 
episódios de insônia. 
 
Antecedentes pessoais: Tabagista há 50 anos – 50 
cigarros por dia, hipertensão arterial sistêmica, 
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) anterior.Em uso de AAS 100m/g no almoço, captopril 
75mg/dia, carvedilol 6,25 mg/dia e aminofilina 
600 mg/dia. Exame físico: Encontra-se em regular 
estado geral. Apresenta-se desidratado, 
emagrecido, dispneico com respiração 
superficial, fazendo uso de musculatura acessória 
(tiragem intercostal e batimento de asa de nariz), 
desconfortável em decúbito inferior a 45 graus. 
PA = 160x100mmHg; FC = 118 bpm; FR = 26 ipm; 
T = 36,7 o. C, Saturação parcial de O2 = 90%. 
 
Ausculta pulmonar: expiração prolongada com 
presença de sibilos difusos e roncos e murmúrios 
vesiculares diminuídos, ausculta cardíaca: bulhas 
rítmicas, taquicárdicas, normofonéticas, sem 
sopro, Exame abdominal: plano, flácido e indolor 
à palpação. 
Evolução: tornou-se Torporoso. 
Hipóteses diagnósticas médicas: 
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), 
Hipercapnia, Pneumonia 
Exames realizados: 
- Laboratoriais: Hemoglobina (Hb) = 15,2/l, 
Hematócrito (Ht) = 42%, Leucócitos = 7.400/mm3; 
- Gasometria arterial – pH =7,20; PaCO2 = 74; 
PO2 = 60, SatO2 = 92%; 
- Radiografia de tórax: sinais de hiperinsuflação 
pulmonar, sem focos de consolidação 
(substituição do ar dos alvéolos por líquido, 
células ou a combinação destes dois).

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