Buscar

AULA 13 - CUIDADO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO 1 (Câncer )

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Cuidado Integral à Saúde 
do Adulto 1 
AULA 13 – ALTERAÇÕES ONCOLÓGICAS: 
ASPECTOS CLÍNICOS, EPIDEMIOLÓGICOS E 
PSICOSSOCIAIS QUE FUNDAMENTAM O 
CUIDAR 
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 
100 doenças que têm em comum o crescimento 
desordenado (maligno) de células que invadem 
os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se 
(metástase) para outras regiões do corpo. 
 
CÂNCER: 
• é um grupo de doenças distintas com 
diferentes causas, manifestações, tratamento 
e prognósticos. Processo patológico que 
começa quando uma célula anormal é 
transformada por mutação genética do 
DNA celular. 
• Incidência é diretamente proporcional a 
idade 
• A incidência é mais elevada em mulheres do 
que em homens 
• Incidência mais alta nos países 
industrializados. 
 
 
 
FISIOPATOLOGIA 
• Câncer 
• Células anormais 
• Forma um clone e começa a proliferar de 
maneira anormal 
• Células adquirem características invasivas 
• Alterações acontecem nos tecidos adjacentes 
• Células infiltram esses tecidos e ganham 
acesso aos vasos sanguíneos e linfáticos 
• Transportam as células para outras regiões do 
corpo 
PADRÕES DE CRESCIMENTO DA CÉLULA 
Hiperplasia: aumento de tamanho de um órgão 
ou tecido, causada pela multiplicação do número 
de células. 
 
Metaplasia: é uma alteração reversível quando 
uma Célula adulta, é substituída por outra de 
outro tipo celular. 
 
Displasia: é um termo geral usado para designar 
o surgimento de anomalias durante o 
desenvolvimento de um órgão ou tecido 
corporal, em que ocorre uma proliferação celular 
que resulta em células com tamanho, forma e 
características alteradas. 
 
Anaplasia: relacionados a um tumor que mostra 
pouca diferenciação histogenética. Isso implica 
que um tumor é de alta qualidade e propensos a 
se comportar de forma agressiva 
 
Neoplasia: Doença em que as células anormais 
se dividem incontrolavelmente e destroem o 
tecido do corpo. 
• Células cancerosas são descritas como 
neoplasias malignas. 
 
os diferentes tipos de câncer correspondem aos 
vários tipos de células do corpo. Quando 
começam em tecidos epiteliais, como pele ou 
mucosa, são denominados carcinomas. Se o 
ponto de partida são os tecidos conjuntivos, 
como osso, músculo ou cartilagem, são 
chamados Sarcomas. 
 
Outras características que diferenciam os 
diversos tipos de câncer entre si são a velocidade 
de multiplicação das células e a capacidade de 
invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes, 
conhecida como metástase. 
 
INVASÃO 
• Crescimento do tumor primário para dentro 
dos tecidos adjacentes do hospedeiro 
• As células malignas aderem menos e podem 
desprender-se do tumor primário e invadir as 
estruturas adjacentes. 
• Células malignas contêm ou produzem 
enzimas destrutivas especificas (proteinases) 
• Essas enzimas destroem o tecido adjacente 
• Facilitando a invasão das células malignas. 
• A pressão mecânica de um tumor crescente 
pode estimular esse processo. 
METÁSTASE 
• É a disseminação das células malignas a partir 
do tumor primário para locais distantes. 
• Disseminação direta das células tumorais 
para as cavidades corporais ou por meio das 
circulações linfática e sanguínea. 
• Semeiam as superfície de outros órgãos 
• Os padrões de metástase podem ser 
parcialmente explicados por padrões 
circulatórios. 
• E por afinidade específica por determinadas 
células malignas para se ligar a moléculas em 
tecidos orgânicos específicos. 
• Ex: CA ovário – células malignas entram na 
cavidade peritoneal e semeiam as superfícies 
peritoneais de certos órgãos abdominais 
(fígado ou o pâncreas) 
 
ETIOLOGIA 
Carcinogênese: (transformação molecular) 
processo celular no mínimo de três etapas, 
desenvolvendo o início, a promoção e a 
progressão. 
 
Vírus e Bactérias: H.pylori – HPV 
 
Agentes físicos e químicos: exposição a lux 
solar, radiação ionizante, irritação ou inflamação 
crônica, uso de tabaco, substâncias químicas – 
tóxicas. 
 
Fatores Genéticos ou familiares: mana, ovário, 
colorretal, estômago, tireoide, renal, próstata e 
pulmão. 
 
Hábitos alimentares: gorduras, álcool, carnes 
defumadas ou curadas com sal, alimentos 
contendo nitrato e nitrito, e carnes vermelhas e 
processadas. 
 
Agentes Hormonais: distúrbios no equilíbrio 
hormonal: produção (endógena) ou 
administração (exógenos) 
 
DIAGNÓSTICO 
Baseia-se no histórico das alterações fisiológicas 
e funcionais e nos resultados da avaliação 
diagnostica. 
• Determinar a presença e a extensão do 
tumor 
• Identificar a possível disseminação 
(metástase) da doença ou invasão de 
outros tecidos orgânicos 
• Avaliar a função dos órgãos e sistemas 
orgânicos envolvidos e não envolvidos 
• Obter tecidos e celular para análise, 
inclusive para avaliação do estágio e grau 
do tumor. 
• O conhecimento dos sintomas suspeitos e 
do comportamento de determinados 
tipos de câncer – escolha de exames. 
 
CÂNCER DE MAMA 
FISIOLOGIA DA MAMA 
O parênquima mamário é a estrutura funcional da 
glândula – 18 a 20 lobos. 
 
Cada lobo é formado por um conjunto de 
alvéolos, canalículos, ductos lactóforos e ampolas 
lactóforas. 
 
Os alvéolos mamários, formados por um 
conjunto de células (lactóforas e mioepiteliais), 
podem ser considerados as unidades mais 
importantes da estrutura mamária, pois são 
responsáveis pela síntese do leite. 
 
Um conjunto de 10 a 100 alvéolos denomina-se 
lóbulos. Os canalículos são finos canais que 
transportam o leite dos alvéolos para os ductos. 
 
 
 
 
 
CÂNCER DE MAMA 
Não existe nenhuma etiologia específica. 
 
Pode contribuir para o seu desenvolvimento: 
eventos hormonais, genéticos e possivelmente 
ambientais. 
 
Os hormônios produzidos pelos ovários possuem 
uma importante função no câncer de mama. Dois 
hormônios ovarianos principais: estradiol e 
progesterona. Estes são alterados por diversos 
fatores e podem afetar os fatores de crescimento. 
 
Podem surgir alterações na pele que recobre a 
mama, como abaulamentos ou retrações, 
inclusive no mamilo, ou aspecto semelhante a 
casca de laranja, secreção no mamilo também é 
um sinal de alerta. O sintoma do câncer palpável 
é o nódulo (caroço) no seio, acompanhado ou 
não de dor mamária, podem também surgir 
nódulos palpáveis na axila. 
 
 
CÂNCER DE PULMÃO – FISIOLOGIA 
O aparelho respiratório é formado pelos pulmões 
e as vias de condução: fossas nasais, nasofaringe, 
laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e 
alvéolos. É na porção condutora que o ar 
inspirado é limpo, aquecido e umedecido, a fim 
de proteger o delicado revestimento dos alvéolos 
pulmonares. 
• Mecânica respiratória 
• Controle da respiração 
• Ventilação e perfusão pulmonar 
• Difusão e transporte de gases 
 
Com 1,8 milhão de novos casos a cada ano; 
 
• É o tipo de câncer mais comum e o que mais 
mata no mundo; 
• Surge acompanhado de outras doenças 
associadas ao cigarro; 
• Diminui a capacidade pulmonar e pode tornar 
inviável uma cirurgia; 
• Os principais sintomas são tosse, escarro com 
sangue, dor no tórax, falta de ar e inflamação 
nos brônquios. 
 
FISIOPATOLOGIA 
O câncer de pulmão é um tumor caracterizado 
pela quebra dos mecanismos de defesa naturais 
do pulmão, a partir de estímulos carcinogênicos 
ao longo dos anos, levando ao crescimento 
desorganizado de células malignas. O câncer de 
pulmão é um tumor maligno que pode alcançar 
desde a traqueia até a periferia do pulmão. 
 
Um tumor torácico maligno pode ser primário. 
Originando-se dentro do pulmão, parede 
torácica ou mediastino, ou pode ser secundário a 
uma metástase a partir de outro sítio tumoral de 
outra parte do corpo. 
 
 
 
CÂNCER DE ESTÔMAGO 
Em termos de incidência, é o quarto tipo mais 
comum no mundo, com 870 mil casos por ano; 
• Seus sintomas não são específicos: perda depeso, fadiga, falta de fome, vômitos, 
náuseas e desconforto abdominal; 
• Dieta é o maior fator de risco; 
• Fatores genéticos; 
• O Helicobacter pylorii provoca alterações na 
mucosa do estômago que lenta e 
progressivamente podem gerar a 
transformação carcinomatosa. 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO CÂNCER GÁSTRICO 
AVANÇADO 
Classificação de Borrmann: 
• Tipo I – polipoide 
• Tipo II – ulcerado com bordas bem 
delimitadas 
• Tipo III – ulcerado infiltrativa 
• Tipo IV – infiltrativo difuso 
• Tipo V – câncer gástrico que não se 
encaixa em nenhuma 
 
 
CÂNCER COLORRETAL 
A principal função do intestino grosso é extrair 
água e sais minerais dos alimentos previamente 
digeridos, após passarem pelo estômago e pelo 
intestino delgado. O conteúdo fecal torna-se 
mais pastoso e sólido à medida que é conduzido 
ao longo do cólon, sendo finalmente 
armazenado no reto, antes da evacuação; 
• O câncer colorretal tem origem na 
camada interna do intestino grosso; 
• O processo pode levar vários anos; 
• Origina-se a partir de pólipos 
adenomatosos; 
• Sinais e Sintomas: alteração do ritmo 
intestinal, dores abdominais, presença de 
sangue nas fezes, dor ao evacuar; 
• Colonoscopia (principal exame). 
 
 
 
FISIOLOGIA DA PELE 
Maior órgão do corpo humano, a pele representa 
16% do nosso peso e é a primeira barreira do 
organismo com o meio externo. Exerce funções 
essenciais, como controle do fluxo sanguíneo, 
regulação térmica e proteção contra ameaças 
externas. A superfície cutânea mede cerca de 2 
m2 e em cada polegada quadrada de pele existem 
19 milhões de células, 625 glândulas sudoríparas 
e 19 mil células nervosas. 
 
 
CÂNCER DE PELE 
O melanoma cutâneo é um tipo de câncer de pele 
que tem origem nos melanócitos (células 
produtoras de melanina, substância que 
determina a cor da pele) e tem predominância em 
adultos brancos; 
 
Embora o câncer de pele seja o mais frequente no 
Brasil e corresponda a 25% de todos os tumores 
malignos registrados no País, o melanoma 
representa apenas 4% das neoplasias malignas 
do órgão, apesar de ser o mais grave devido à 
sua alta possibilidade de metástase; 
 
O prognóstico desse tipo de câncer pode ser 
considerado bom, se detectado nos estádios 
iniciais. Nos últimos anos, houve uma grande 
melhora na sobrevida dos pacientes com 
melanoma, principalmente devido à detecção 
precoce do tumor. 
 
 
 
FISIOLOGIA DO FÍGADO 
• Metabolismo dos carboidratos, lipídios, 
proteínas; 
• Ajuda na digestão dos alimentos; 
• Produz proteínas que evitam a formação 
de coágulos no sangue; 
• Armazena o alimento e usa para produzir 
energia; 
• Ajuda a usar e armazenar vitaminas; 
• Muitas funções ainda não totalmente 
compreendidas. 
 
CÂNCER DE FÍGADO 
Geralmente está associado ao alcoolismo e à 
hepatite B e C, mas a doença também pode ser 
provocada pelo consumo de grãos mal 
armazenados, nos quais crescem fungos que 
produzem toxinas cancerígenas; 
 
Os principais sintomas são dores e inchaço no 
abdômen, náusea, falta de apetite e icterícia; 
 
Esse tipo de câncer se desenvolve muito rápido, 
podendo duplicar de tamanho em apenas quatro 
meses. O fígado também é alvo comum de 
outros cânceres, que entram em metástase e se 
espalham pelo corpo. 
 
 
 
 
CÂNCER DE FÍGADO - TIPOS 
• Hepatocarcinoma 
• Colangiocarcinoma 
• Angiossarcoma 
 
 
 
 
 
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO 
• O canal do colo do útero, promove a 
comunicação da cavidade endometrial com a 
vaginal; 
• Tem como função proteger a entrada de 
agentes patogênicos; 
• Secreta muco e anticorpos que ocupa a 
cavidade cervical e impedem a progressão de 
agentes patogênicos para o interior da 
cavidade uterina; 
• Além disso, possui papel importante na 
ativação dos espermatozoides 
• É o local em que ocorre a implantação, 
nutrição e proteção do embrião, com função 
bem definida e essencial para o sucesso da 
gravidez. 
 
 
• O carcinoma do colo de útero é 
predominantemente o câncer de células 
escamosas; 
• O câncer cervical ocorre mais em mulheres 
entre 30 e 45 anos de idade; 
• Fatores de risco: múltiplos parceiros, fumo e 
infecção cervical crônica; 
• Exposição ao papilomavírus humano (HPV); 
• Raramente produz sintomas. Quando surge 
um avanço aparece tais sintomas: 
sangramento irregular, sangramento após 
relação sexual, secreção; 
• Com progressão maior: dor nas costas e 
pernas, edema e anemias extremas 
acompanhadas de febre. 
 
PREVENÇÃO 
• Exame papanicolau/preventivo; 
• Educação em saúde; 
• Parar de fumar; 
• Usar preservativo. 
 
 
CÂNCER DE PRÓSTATA 
• A próstata é uma glândula que produz uma 
secreção química fisiologicamente adequada 
às necessidades dos espermatozoides 
• O câncer de próstata é mais comum em 
homens afro-americanos; 
• Cerca de 1 a cada 5 homens nos EUA; 
• Em estágios iniciais raramente produz 
sintomas; 
• Quando avanço: Disfunção sexual, retenção 
urinária, dificuldade e frequência da micção, 
tamanho e força diminuído do jato urinário. 
 
FISIOPATOLOGIA 
Para Corrêa e colaboradores (2003) e Dini e Koff 
(2006), como todos os outros tecidos e órgãos 
do corpo, a próstata é composta por células, que 
normalmente se dividem e se reproduzem de 
forma ordenada e controlada, no entanto, 
quando ocorre uma disfunção celular que altere 
este processo de divisão e reprodução, produz-se 
um excesso de tecido, que dá origem ao tumor, 
podendo este ser classificado como benigno ou 
maligno; 
• Gera metástases para ossos e linfonodos; 
• Sintomas ligados a metástases: Dor nas 
costas e quadril, desconforto perineal e retal, 
anemia, perda de peso, fraqueza, náuseas, 
oligúria e hematúria. 
 
TRATAMENTO 
• Remoção parcial ou total do órgão com o 
tumor; 
• Radioterapia; 
• Quimioterapia; 
• Transplante de medula óssea; 
• Cuidados Paliativos. 
 
TRATAMENTO PELO SUS 
A Política Nacional de Prevenção e Controle do 
Câncer garante o atendimento integral a 
qualquer paciente com câncer, por meio das 
Unidades de Assistência de Alta Complexidade 
em Oncologia (Unacon) e dos Centros de 
Assistência de Alta Complexidade em Oncologia 
(Cacon). Este é o nível da atenção capacitado 
para determinar a extensão da neoplasia 
(estadiamento), tratar, cuidar e assegurar a 
qualidade dos serviços de assistência oncológica, 
conforme a Portaria nº 874/GM de 16 de maio de 
2013. Esta portaria substitui a nº 2.439/GM, de 8 
de dezembro de 2005. 
 
UNIDADES DE TRATAMENTO 
UNACON: Unidades hospitalares que possuem 
condições técnicas, instalações físicas, 
equipamentos e recursos humanos adequados à 
prestação de assistência especializada de alta 
complexidade para o diagnóstico definitivo e 
tratamento dos cânceres mais prevalentes. Estas 
unidades hospitalares podem ter em sua 
estrutura física a assistência radioterápica ou 
então, referenciar formalmente os pacientes que 
necessitarem desta modalidade terapêutica. 
Belém: 
Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo 
(Unacon exclusiva de Oncologia Pediátrica) 
Hospital Universitário João de Barros Barreto 
 
 
 
 
Santarém: 
Hospital Regional do Baixo Amazonas Dr. 
Waldemar Penna (Unacon com serviço de 
Radioterapia) 
 
Tucuruí: 
Hospital Regional de Tucuruí 
 
CACON: Unidades hospitalares que possuem 
condições técnicas, instalações físicas, 
equipamentos e recursos humanos adequados à 
prestação de assistência especializada de Alta 
Complexidade para o diagnóstico definitivo e 
tratamento de todos os tipos de câncer . Estes 
hospitais devem, obrigatoriamente, contar com 
assistência radioterápica em sua estrutura física; 
• Serviços Isolados de Radioterapia e/ou 
Quimioterapia. 
 
Belém: 
Hospital Ofir Loyola 
 
TRATAMENTO 
As opções de tratamento oferecidas para os 
pacientes com câncer devem basear-se nas 
metas do tratamento paracada tipo de câncer 
específico 
 
Metas de Tratamento: 
• Erradicação completa da doença maligna 
(cura) 
• Sobrevida prolongada e contenção do 
crescimento das células cancerosas 
(controle) 
• Alívio dos sintomas associados à doença 
(paliativo) 
 
CIRURGIA 
Remoção cirúrgica de todo o câncer permanece 
como o ideal e constitui o método de tratamento 
mais frequentemente utilizado 
• Pode ser o principal método de tratamento 
ou ela pode ser profilática, paliativa ou 
reconstrutora. 
 
CIRURGIA DIAGNÓSTICA 
Biopsia 
 
Obter uma amostra tecidual para a análise das 
células suspeitas de ser malignas 
 
É obtida a partir do tumor real 
Em alguns casos, é necessário biopsiar os 
linfonodos próximos ao tumor suspeito. 
Muitos cânceres podem gerar metástase a partir 
do sítio primário para outras áreas do corpo 
através da circulação linfática. 
Ajuda planejar as terapias sistêmicas além da 
cirurgia ou radiação, combater as células 
tumorais 
 
TRÊS METODOS: 
1. Excisional (consiste em um intervenção 
cirúrgica para fazer a remoção total de um 
tumor e da área circundante para o 
diagnósticos. Utiliza-se na retirada de 
pequenas lesões) 
2. Incisional (massa tumoral é muito grande 
para ser removida) 
3. Agulha (massas suspeitas que são 
facilmente Ex: mamas, tireoide, pulmão, 
fígado e rim) 
 
Cirurgia como Tratamento Primário: remover 
todo o tumor ou o máximo possível 
(desmassificar) e qualquer tecido adjacente 
envolvido, inclusive os linfonodos regionais. 
 
Cirurgia Profilática: remover os tecidos 
desvitalizados ou órgãos que estão em risco 
aumentado para desenvolver CA. Ex: colectomia, 
a mastectomia e ooforectómicas 
 
Cirurgia Paliativa: tentativa de aliviar as 
complicações do câncer, como a ulceração, 
obstrução, hemorragia, dor e derrame maligno 
 
Cirurgia Reconstrutora: pode suceder a cirurgia 
curativa ou radical em uma tentativa de melhorar 
a função ou obter um efeito cosmético mais 
desejável. 
Ex: mama, cabeça e pescoço e pele 
 
RADIOTERAPIA 
Curar. Ex: carcinomas de tireoide, cânceres 
localizados da cabeça e pescoço e cânceres do 
colo do útero 
 
Controlar. Quando um tumor não pode ser 
removido ou quando a metástase para 
linfonodos locais está presente 
 
Neoadjuvante. (antes do tratamento definitivo 
local) para reduzir o tamanho de um tumor para 
capacitar a ressecção cirúrgica. 
Profilática. Para evitar a disseminação de um CA 
primário para uma região distante (p. Ex., irradiar 
o cérebro ou câncer de pulmão metastático). 
 
Paliativa. É usada para aliviar os sintomas da 
doença metastática 
ADMINISTRAÇÃO DA RADIAÇÃO 
• Teleterapia (EBRT) (radiação por feixe 
externo; mais utilizada) 
• Braquiterapia (radiação interna; libera alta 
dose de radiação) área localizada 
 
Braquiterapia para o Câncer de Próstata 
 
 
TOXICIDADE 
Localiza-se na região que está sendo irradiada 
 
Pele: alopecia (queda do cabelo); eritema e a 
descamação da pele (descamação cutânea) até a 
descamação úmida (derme exposta, pele 
extravasando líquido seroso) e, potencialmente, 
a ulceração. 
 
Trato gastrointestinal: estomatite (inflamação 
dos tecidos orais), xerostomia (ressecamento da 
boca), mudança e perda do paladar e salivação 
diminuída; irritação esofágica com dor torácica e 
disfagia. A anorexia, as náuseas, o vômito e a 
diarreia podem acontecer quando o estômago 
ou o cólon se encontra no campo irradiado. 
 
Medula óssea: anemia, a leucopenia 
(leucócitos diminuídos) e a trombocitopenia 
(uma diminuição nas plaquetas) 
 
Outros efeitos: fadiga, mal-estar e anorexia 
 
NOÇÕES DE QUIMIOTERAPIA 
QUIMIOTERAPIA 
Agentes antineoplásicos são usados em uma 
tentativa de destruir as células tumorais ao 
interferir com as funções celulares, inclusive a 
replicação 
 
 
É usada principalmente para tratar a doença 
sistêmica em lugar de lesões localizadas que são 
apropriadas para a cirurgia ou radiação. 
 
 
Pode ser combinada à cirurgia, radioterapia ou a 
ambas, visando neoadjuvante, adjuvante ou 
primário. 
 
 
Reduzir o tamanho do tumor no período pré-
operatório (neoadjuvante) 
 
 
Para destruir qualquer célula tumoral 
remanescente no período pós-operatório 
(adjuvante) 
 
 
Para tratar algumas formas de leucemia e linfoma 
(primário) 
 
 
A quimioterapia curativa objetiva a erradicação 
de evidências da neoplasia 
 
 
A paliativa, visa melhorar a qualidade de vida, 
minimizando os sintomas, aumentando seu 
tempo de sobrevida devido a redução importante 
do número de células neoplásicas 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Agentes alquilantes: 
• Alterações na cadeia de DNA 
• Ciclo inespecífico 
 
Antimetabólitos 
• Bloqueia a produção de enzimas 
• Ciclo específico (fase S) 
Alcaloides: 
• Bloqueio da divisão celular 
• Ciclo específico (fase M) 
 
Antibióticos: 
• Interfere na síntese dos ácidos nucleicos 
impedindo a duplicação e separação do 
DNA e RNA 
• Ciclo inespecífico. 
 
ADMINISTRAÇÃO DOS AGENTES 
QUIMIOTERÁPICOS 
Os agentes quimioterápicos podem 
ser administrados no hospital, centro 
ambulatorial ou ambiente domiciliar. 
• Vias tópica, oral, intravenosa, intramuscular, 
subcutâneo, arterial e intratecal; 
• A via de administração depende do tipo de 
agente; da dose necessária; e do tipo, 
localização e extensão do tumor que está 
sendo tratado. 
• São ainda classificados por seu potencial 
para lesionar o tecido mole quando eles 
acidentalmente infiltram a partir de uma veia 
(extravasamento). 
• consequências: desconforto brando até a 
destruição tecidual grave, dependendo de o 
agente ser classificado como não vesicante, 
irritante ou vesicante. 
 
A toxicidade associada à quimioterapia pode ser 
aguda ou crônica. As células com velocidade de 
crescimento rápido (p. ex., epitélio, medula 
óssea, folículos pilosos, esperma) são muito 
suscetíveis ao dano, e vários sistemas orgânicos 
também podem ser afetados. 
 
Toxicidade 
• Sistema Gastrointestinal: náusea, vômito, 
estomatite, mucosite, diarreia. 
• Sistema hematopoiético: mielossupressão. 
• Sistema renal: cistite hemorrágica 
• Sistema cardiopulmonar: toxicidades 
cardíacas, fibrose pulmonar, síndrome do 
extravasamento capilar. 
• Sistema reprodutor: esterilidade 
• Sistema neurológico: alteração sensorial, 
perda de reflexo tendinoso profundo, 
fraqueza muscular, íleo paralítico. 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
Deste modo o paciente oncológico necessita de 
cuidados específicos não apenas na clínica, mas, 
sobretudo no apoio emocional. É de fundamental 
importância que o paciente tenha um cuidado 
holístico durante todo o tratamento clínico 
oncológico. A assistência ao paciente oncológico 
da provas de sua complexidade, pois, é 
necessário levar em considerações múltiplos 
aspectos, como: físico, psicológico, social, 
econômico, cultural e espirituais, além de 
preconceitos e tabus concernentes ao câncer. A 
enfermagem tem um papel fundamental nos 
cuidados a esses pacientes, requer 
conhecimento científico e habilidades técnicas, 
em todas as etapas e serviços de atendimento a 
estes pacientes 
• Fornecer alívio para dor e outros 
sintomas estressantes como astenia, 
anorexia, dispneia e outras emergências 
oncológicas; 
• Integrar os aspectos psicológicos, sociais e 
espirituais ao aspecto clínico de cuidado do 
paciente; 
• Não apressar ou adiar a morte; 
• Oferecer um sistema de apoio para ajudar a 
família a lidar com a doença do paciente, em 
seu próprio ambiente; 
• Oferecer um sistema de suporte para ajudar 
os pacientes a viverem o mais ativamente 
possível até sua morte; 
• Usar uma abordagem interdisciplinar para 
acessar necessidades clínicas e psicossociais 
dos pacientes e suas famílias, incluindo 
aconselhamento e suporte ao luto; 
• Aceite o comportamento dos pacientes não 
importando qual seja; 
•Oportunize aos pacientes momentos para a 
expressão livre de seus sentimentos; 
• Trabalhe para compreender os sentimentos 
dos pacientes; 
• Use afirmações de ampla abertura, como 
"Deve ser difícil para você", e "Gostaria de 
conversar a respeito?" 
• Hidratação, alimentação, eliminação 
fisiológica, higiene, posição, conforto, 
administração de medicamentos; 
• A unidade de tratamento compreende o 
paciente e sua família; 
• Os sintomas do paciente devem ser 
avaliados rotineiramente e gerenciados de 
forma eficaz através de consultas frequentes 
e intervenções ativas. 
• As decisões relacionadas à assistência e 
tratamentos médicos devem ser feitas com 
base em princípios éticos. 
• A comunicação adequada entre o 
enfermeiro e familiares e pacientes é a base 
para o esclarecimento e favorecimento da 
adesão ao tratamento ou aceitação da 
proximidade da morte.

Outros materiais