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Cuidado Integral à Saúde do Adulto 1 AULA 13 – ALTERAÇÕES ONCOLÓGICAS: ASPECTOS CLÍNICOS, EPIDEMIOLÓGICOS E PSICOSSOCIAIS QUE FUNDAMENTAM O CUIDAR Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. CÂNCER: • é um grupo de doenças distintas com diferentes causas, manifestações, tratamento e prognósticos. Processo patológico que começa quando uma célula anormal é transformada por mutação genética do DNA celular. • Incidência é diretamente proporcional a idade • A incidência é mais elevada em mulheres do que em homens • Incidência mais alta nos países industrializados. FISIOPATOLOGIA • Câncer • Células anormais • Forma um clone e começa a proliferar de maneira anormal • Células adquirem características invasivas • Alterações acontecem nos tecidos adjacentes • Células infiltram esses tecidos e ganham acesso aos vasos sanguíneos e linfáticos • Transportam as células para outras regiões do corpo PADRÕES DE CRESCIMENTO DA CÉLULA Hiperplasia: aumento de tamanho de um órgão ou tecido, causada pela multiplicação do número de células. Metaplasia: é uma alteração reversível quando uma Célula adulta, é substituída por outra de outro tipo celular. Displasia: é um termo geral usado para designar o surgimento de anomalias durante o desenvolvimento de um órgão ou tecido corporal, em que ocorre uma proliferação celular que resulta em células com tamanho, forma e características alteradas. Anaplasia: relacionados a um tumor que mostra pouca diferenciação histogenética. Isso implica que um tumor é de alta qualidade e propensos a se comportar de forma agressiva Neoplasia: Doença em que as células anormais se dividem incontrolavelmente e destroem o tecido do corpo. • Células cancerosas são descritas como neoplasias malignas. os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Quando começam em tecidos epiteliais, como pele ou mucosa, são denominados carcinomas. Se o ponto de partida são os tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem, são chamados Sarcomas. Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes, conhecida como metástase. INVASÃO • Crescimento do tumor primário para dentro dos tecidos adjacentes do hospedeiro • As células malignas aderem menos e podem desprender-se do tumor primário e invadir as estruturas adjacentes. • Células malignas contêm ou produzem enzimas destrutivas especificas (proteinases) • Essas enzimas destroem o tecido adjacente • Facilitando a invasão das células malignas. • A pressão mecânica de um tumor crescente pode estimular esse processo. METÁSTASE • É a disseminação das células malignas a partir do tumor primário para locais distantes. • Disseminação direta das células tumorais para as cavidades corporais ou por meio das circulações linfática e sanguínea. • Semeiam as superfície de outros órgãos • Os padrões de metástase podem ser parcialmente explicados por padrões circulatórios. • E por afinidade específica por determinadas células malignas para se ligar a moléculas em tecidos orgânicos específicos. • Ex: CA ovário – células malignas entram na cavidade peritoneal e semeiam as superfícies peritoneais de certos órgãos abdominais (fígado ou o pâncreas) ETIOLOGIA Carcinogênese: (transformação molecular) processo celular no mínimo de três etapas, desenvolvendo o início, a promoção e a progressão. Vírus e Bactérias: H.pylori – HPV Agentes físicos e químicos: exposição a lux solar, radiação ionizante, irritação ou inflamação crônica, uso de tabaco, substâncias químicas – tóxicas. Fatores Genéticos ou familiares: mana, ovário, colorretal, estômago, tireoide, renal, próstata e pulmão. Hábitos alimentares: gorduras, álcool, carnes defumadas ou curadas com sal, alimentos contendo nitrato e nitrito, e carnes vermelhas e processadas. Agentes Hormonais: distúrbios no equilíbrio hormonal: produção (endógena) ou administração (exógenos) DIAGNÓSTICO Baseia-se no histórico das alterações fisiológicas e funcionais e nos resultados da avaliação diagnostica. • Determinar a presença e a extensão do tumor • Identificar a possível disseminação (metástase) da doença ou invasão de outros tecidos orgânicos • Avaliar a função dos órgãos e sistemas orgânicos envolvidos e não envolvidos • Obter tecidos e celular para análise, inclusive para avaliação do estágio e grau do tumor. • O conhecimento dos sintomas suspeitos e do comportamento de determinados tipos de câncer – escolha de exames. CÂNCER DE MAMA FISIOLOGIA DA MAMA O parênquima mamário é a estrutura funcional da glândula – 18 a 20 lobos. Cada lobo é formado por um conjunto de alvéolos, canalículos, ductos lactóforos e ampolas lactóforas. Os alvéolos mamários, formados por um conjunto de células (lactóforas e mioepiteliais), podem ser considerados as unidades mais importantes da estrutura mamária, pois são responsáveis pela síntese do leite. Um conjunto de 10 a 100 alvéolos denomina-se lóbulos. Os canalículos são finos canais que transportam o leite dos alvéolos para os ductos. CÂNCER DE MAMA Não existe nenhuma etiologia específica. Pode contribuir para o seu desenvolvimento: eventos hormonais, genéticos e possivelmente ambientais. Os hormônios produzidos pelos ovários possuem uma importante função no câncer de mama. Dois hormônios ovarianos principais: estradiol e progesterona. Estes são alterados por diversos fatores e podem afetar os fatores de crescimento. Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações, inclusive no mamilo, ou aspecto semelhante a casca de laranja, secreção no mamilo também é um sinal de alerta. O sintoma do câncer palpável é o nódulo (caroço) no seio, acompanhado ou não de dor mamária, podem também surgir nódulos palpáveis na axila. CÂNCER DE PULMÃO – FISIOLOGIA O aparelho respiratório é formado pelos pulmões e as vias de condução: fossas nasais, nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos. É na porção condutora que o ar inspirado é limpo, aquecido e umedecido, a fim de proteger o delicado revestimento dos alvéolos pulmonares. • Mecânica respiratória • Controle da respiração • Ventilação e perfusão pulmonar • Difusão e transporte de gases Com 1,8 milhão de novos casos a cada ano; • É o tipo de câncer mais comum e o que mais mata no mundo; • Surge acompanhado de outras doenças associadas ao cigarro; • Diminui a capacidade pulmonar e pode tornar inviável uma cirurgia; • Os principais sintomas são tosse, escarro com sangue, dor no tórax, falta de ar e inflamação nos brônquios. FISIOPATOLOGIA O câncer de pulmão é um tumor caracterizado pela quebra dos mecanismos de defesa naturais do pulmão, a partir de estímulos carcinogênicos ao longo dos anos, levando ao crescimento desorganizado de células malignas. O câncer de pulmão é um tumor maligno que pode alcançar desde a traqueia até a periferia do pulmão. Um tumor torácico maligno pode ser primário. Originando-se dentro do pulmão, parede torácica ou mediastino, ou pode ser secundário a uma metástase a partir de outro sítio tumoral de outra parte do corpo. CÂNCER DE ESTÔMAGO Em termos de incidência, é o quarto tipo mais comum no mundo, com 870 mil casos por ano; • Seus sintomas não são específicos: perda depeso, fadiga, falta de fome, vômitos, náuseas e desconforto abdominal; • Dieta é o maior fator de risco; • Fatores genéticos; • O Helicobacter pylorii provoca alterações na mucosa do estômago que lenta e progressivamente podem gerar a transformação carcinomatosa. CLASSIFICAÇÃO DO CÂNCER GÁSTRICO AVANÇADO Classificação de Borrmann: • Tipo I – polipoide • Tipo II – ulcerado com bordas bem delimitadas • Tipo III – ulcerado infiltrativa • Tipo IV – infiltrativo difuso • Tipo V – câncer gástrico que não se encaixa em nenhuma CÂNCER COLORRETAL A principal função do intestino grosso é extrair água e sais minerais dos alimentos previamente digeridos, após passarem pelo estômago e pelo intestino delgado. O conteúdo fecal torna-se mais pastoso e sólido à medida que é conduzido ao longo do cólon, sendo finalmente armazenado no reto, antes da evacuação; • O câncer colorretal tem origem na camada interna do intestino grosso; • O processo pode levar vários anos; • Origina-se a partir de pólipos adenomatosos; • Sinais e Sintomas: alteração do ritmo intestinal, dores abdominais, presença de sangue nas fezes, dor ao evacuar; • Colonoscopia (principal exame). FISIOLOGIA DA PELE Maior órgão do corpo humano, a pele representa 16% do nosso peso e é a primeira barreira do organismo com o meio externo. Exerce funções essenciais, como controle do fluxo sanguíneo, regulação térmica e proteção contra ameaças externas. A superfície cutânea mede cerca de 2 m2 e em cada polegada quadrada de pele existem 19 milhões de células, 625 glândulas sudoríparas e 19 mil células nervosas. CÂNCER DE PELE O melanoma cutâneo é um tipo de câncer de pele que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e tem predominância em adultos brancos; Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil e corresponda a 25% de todos os tumores malignos registrados no País, o melanoma representa apenas 4% das neoplasias malignas do órgão, apesar de ser o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase; O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom, se detectado nos estádios iniciais. Nos últimos anos, houve uma grande melhora na sobrevida dos pacientes com melanoma, principalmente devido à detecção precoce do tumor. FISIOLOGIA DO FÍGADO • Metabolismo dos carboidratos, lipídios, proteínas; • Ajuda na digestão dos alimentos; • Produz proteínas que evitam a formação de coágulos no sangue; • Armazena o alimento e usa para produzir energia; • Ajuda a usar e armazenar vitaminas; • Muitas funções ainda não totalmente compreendidas. CÂNCER DE FÍGADO Geralmente está associado ao alcoolismo e à hepatite B e C, mas a doença também pode ser provocada pelo consumo de grãos mal armazenados, nos quais crescem fungos que produzem toxinas cancerígenas; Os principais sintomas são dores e inchaço no abdômen, náusea, falta de apetite e icterícia; Esse tipo de câncer se desenvolve muito rápido, podendo duplicar de tamanho em apenas quatro meses. O fígado também é alvo comum de outros cânceres, que entram em metástase e se espalham pelo corpo. CÂNCER DE FÍGADO - TIPOS • Hepatocarcinoma • Colangiocarcinoma • Angiossarcoma CÂNCER DE COLO DE ÚTERO • O canal do colo do útero, promove a comunicação da cavidade endometrial com a vaginal; • Tem como função proteger a entrada de agentes patogênicos; • Secreta muco e anticorpos que ocupa a cavidade cervical e impedem a progressão de agentes patogênicos para o interior da cavidade uterina; • Além disso, possui papel importante na ativação dos espermatozoides • É o local em que ocorre a implantação, nutrição e proteção do embrião, com função bem definida e essencial para o sucesso da gravidez. • O carcinoma do colo de útero é predominantemente o câncer de células escamosas; • O câncer cervical ocorre mais em mulheres entre 30 e 45 anos de idade; • Fatores de risco: múltiplos parceiros, fumo e infecção cervical crônica; • Exposição ao papilomavírus humano (HPV); • Raramente produz sintomas. Quando surge um avanço aparece tais sintomas: sangramento irregular, sangramento após relação sexual, secreção; • Com progressão maior: dor nas costas e pernas, edema e anemias extremas acompanhadas de febre. PREVENÇÃO • Exame papanicolau/preventivo; • Educação em saúde; • Parar de fumar; • Usar preservativo. CÂNCER DE PRÓSTATA • A próstata é uma glândula que produz uma secreção química fisiologicamente adequada às necessidades dos espermatozoides • O câncer de próstata é mais comum em homens afro-americanos; • Cerca de 1 a cada 5 homens nos EUA; • Em estágios iniciais raramente produz sintomas; • Quando avanço: Disfunção sexual, retenção urinária, dificuldade e frequência da micção, tamanho e força diminuído do jato urinário. FISIOPATOLOGIA Para Corrêa e colaboradores (2003) e Dini e Koff (2006), como todos os outros tecidos e órgãos do corpo, a próstata é composta por células, que normalmente se dividem e se reproduzem de forma ordenada e controlada, no entanto, quando ocorre uma disfunção celular que altere este processo de divisão e reprodução, produz-se um excesso de tecido, que dá origem ao tumor, podendo este ser classificado como benigno ou maligno; • Gera metástases para ossos e linfonodos; • Sintomas ligados a metástases: Dor nas costas e quadril, desconforto perineal e retal, anemia, perda de peso, fraqueza, náuseas, oligúria e hematúria. TRATAMENTO • Remoção parcial ou total do órgão com o tumor; • Radioterapia; • Quimioterapia; • Transplante de medula óssea; • Cuidados Paliativos. TRATAMENTO PELO SUS A Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer garante o atendimento integral a qualquer paciente com câncer, por meio das Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) e dos Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon). Este é o nível da atenção capacitado para determinar a extensão da neoplasia (estadiamento), tratar, cuidar e assegurar a qualidade dos serviços de assistência oncológica, conforme a Portaria nº 874/GM de 16 de maio de 2013. Esta portaria substitui a nº 2.439/GM, de 8 de dezembro de 2005. UNIDADES DE TRATAMENTO UNACON: Unidades hospitalares que possuem condições técnicas, instalações físicas, equipamentos e recursos humanos adequados à prestação de assistência especializada de alta complexidade para o diagnóstico definitivo e tratamento dos cânceres mais prevalentes. Estas unidades hospitalares podem ter em sua estrutura física a assistência radioterápica ou então, referenciar formalmente os pacientes que necessitarem desta modalidade terapêutica. Belém: Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Unacon exclusiva de Oncologia Pediátrica) Hospital Universitário João de Barros Barreto Santarém: Hospital Regional do Baixo Amazonas Dr. Waldemar Penna (Unacon com serviço de Radioterapia) Tucuruí: Hospital Regional de Tucuruí CACON: Unidades hospitalares que possuem condições técnicas, instalações físicas, equipamentos e recursos humanos adequados à prestação de assistência especializada de Alta Complexidade para o diagnóstico definitivo e tratamento de todos os tipos de câncer . Estes hospitais devem, obrigatoriamente, contar com assistência radioterápica em sua estrutura física; • Serviços Isolados de Radioterapia e/ou Quimioterapia. Belém: Hospital Ofir Loyola TRATAMENTO As opções de tratamento oferecidas para os pacientes com câncer devem basear-se nas metas do tratamento paracada tipo de câncer específico Metas de Tratamento: • Erradicação completa da doença maligna (cura) • Sobrevida prolongada e contenção do crescimento das células cancerosas (controle) • Alívio dos sintomas associados à doença (paliativo) CIRURGIA Remoção cirúrgica de todo o câncer permanece como o ideal e constitui o método de tratamento mais frequentemente utilizado • Pode ser o principal método de tratamento ou ela pode ser profilática, paliativa ou reconstrutora. CIRURGIA DIAGNÓSTICA Biopsia Obter uma amostra tecidual para a análise das células suspeitas de ser malignas É obtida a partir do tumor real Em alguns casos, é necessário biopsiar os linfonodos próximos ao tumor suspeito. Muitos cânceres podem gerar metástase a partir do sítio primário para outras áreas do corpo através da circulação linfática. Ajuda planejar as terapias sistêmicas além da cirurgia ou radiação, combater as células tumorais TRÊS METODOS: 1. Excisional (consiste em um intervenção cirúrgica para fazer a remoção total de um tumor e da área circundante para o diagnósticos. Utiliza-se na retirada de pequenas lesões) 2. Incisional (massa tumoral é muito grande para ser removida) 3. Agulha (massas suspeitas que são facilmente Ex: mamas, tireoide, pulmão, fígado e rim) Cirurgia como Tratamento Primário: remover todo o tumor ou o máximo possível (desmassificar) e qualquer tecido adjacente envolvido, inclusive os linfonodos regionais. Cirurgia Profilática: remover os tecidos desvitalizados ou órgãos que estão em risco aumentado para desenvolver CA. Ex: colectomia, a mastectomia e ooforectómicas Cirurgia Paliativa: tentativa de aliviar as complicações do câncer, como a ulceração, obstrução, hemorragia, dor e derrame maligno Cirurgia Reconstrutora: pode suceder a cirurgia curativa ou radical em uma tentativa de melhorar a função ou obter um efeito cosmético mais desejável. Ex: mama, cabeça e pescoço e pele RADIOTERAPIA Curar. Ex: carcinomas de tireoide, cânceres localizados da cabeça e pescoço e cânceres do colo do útero Controlar. Quando um tumor não pode ser removido ou quando a metástase para linfonodos locais está presente Neoadjuvante. (antes do tratamento definitivo local) para reduzir o tamanho de um tumor para capacitar a ressecção cirúrgica. Profilática. Para evitar a disseminação de um CA primário para uma região distante (p. Ex., irradiar o cérebro ou câncer de pulmão metastático). Paliativa. É usada para aliviar os sintomas da doença metastática ADMINISTRAÇÃO DA RADIAÇÃO • Teleterapia (EBRT) (radiação por feixe externo; mais utilizada) • Braquiterapia (radiação interna; libera alta dose de radiação) área localizada Braquiterapia para o Câncer de Próstata TOXICIDADE Localiza-se na região que está sendo irradiada Pele: alopecia (queda do cabelo); eritema e a descamação da pele (descamação cutânea) até a descamação úmida (derme exposta, pele extravasando líquido seroso) e, potencialmente, a ulceração. Trato gastrointestinal: estomatite (inflamação dos tecidos orais), xerostomia (ressecamento da boca), mudança e perda do paladar e salivação diminuída; irritação esofágica com dor torácica e disfagia. A anorexia, as náuseas, o vômito e a diarreia podem acontecer quando o estômago ou o cólon se encontra no campo irradiado. Medula óssea: anemia, a leucopenia (leucócitos diminuídos) e a trombocitopenia (uma diminuição nas plaquetas) Outros efeitos: fadiga, mal-estar e anorexia NOÇÕES DE QUIMIOTERAPIA QUIMIOTERAPIA Agentes antineoplásicos são usados em uma tentativa de destruir as células tumorais ao interferir com as funções celulares, inclusive a replicação É usada principalmente para tratar a doença sistêmica em lugar de lesões localizadas que são apropriadas para a cirurgia ou radiação. Pode ser combinada à cirurgia, radioterapia ou a ambas, visando neoadjuvante, adjuvante ou primário. Reduzir o tamanho do tumor no período pré- operatório (neoadjuvante) Para destruir qualquer célula tumoral remanescente no período pós-operatório (adjuvante) Para tratar algumas formas de leucemia e linfoma (primário) A quimioterapia curativa objetiva a erradicação de evidências da neoplasia A paliativa, visa melhorar a qualidade de vida, minimizando os sintomas, aumentando seu tempo de sobrevida devido a redução importante do número de células neoplásicas CLASSIFICAÇÃO Agentes alquilantes: • Alterações na cadeia de DNA • Ciclo inespecífico Antimetabólitos • Bloqueia a produção de enzimas • Ciclo específico (fase S) Alcaloides: • Bloqueio da divisão celular • Ciclo específico (fase M) Antibióticos: • Interfere na síntese dos ácidos nucleicos impedindo a duplicação e separação do DNA e RNA • Ciclo inespecífico. ADMINISTRAÇÃO DOS AGENTES QUIMIOTERÁPICOS Os agentes quimioterápicos podem ser administrados no hospital, centro ambulatorial ou ambiente domiciliar. • Vias tópica, oral, intravenosa, intramuscular, subcutâneo, arterial e intratecal; • A via de administração depende do tipo de agente; da dose necessária; e do tipo, localização e extensão do tumor que está sendo tratado. • São ainda classificados por seu potencial para lesionar o tecido mole quando eles acidentalmente infiltram a partir de uma veia (extravasamento). • consequências: desconforto brando até a destruição tecidual grave, dependendo de o agente ser classificado como não vesicante, irritante ou vesicante. A toxicidade associada à quimioterapia pode ser aguda ou crônica. As células com velocidade de crescimento rápido (p. ex., epitélio, medula óssea, folículos pilosos, esperma) são muito suscetíveis ao dano, e vários sistemas orgânicos também podem ser afetados. Toxicidade • Sistema Gastrointestinal: náusea, vômito, estomatite, mucosite, diarreia. • Sistema hematopoiético: mielossupressão. • Sistema renal: cistite hemorrágica • Sistema cardiopulmonar: toxicidades cardíacas, fibrose pulmonar, síndrome do extravasamento capilar. • Sistema reprodutor: esterilidade • Sistema neurológico: alteração sensorial, perda de reflexo tendinoso profundo, fraqueza muscular, íleo paralítico. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Deste modo o paciente oncológico necessita de cuidados específicos não apenas na clínica, mas, sobretudo no apoio emocional. É de fundamental importância que o paciente tenha um cuidado holístico durante todo o tratamento clínico oncológico. A assistência ao paciente oncológico da provas de sua complexidade, pois, é necessário levar em considerações múltiplos aspectos, como: físico, psicológico, social, econômico, cultural e espirituais, além de preconceitos e tabus concernentes ao câncer. A enfermagem tem um papel fundamental nos cuidados a esses pacientes, requer conhecimento científico e habilidades técnicas, em todas as etapas e serviços de atendimento a estes pacientes • Fornecer alívio para dor e outros sintomas estressantes como astenia, anorexia, dispneia e outras emergências oncológicas; • Integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao aspecto clínico de cuidado do paciente; • Não apressar ou adiar a morte; • Oferecer um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a doença do paciente, em seu próprio ambiente; • Oferecer um sistema de suporte para ajudar os pacientes a viverem o mais ativamente possível até sua morte; • Usar uma abordagem interdisciplinar para acessar necessidades clínicas e psicossociais dos pacientes e suas famílias, incluindo aconselhamento e suporte ao luto; • Aceite o comportamento dos pacientes não importando qual seja; •Oportunize aos pacientes momentos para a expressão livre de seus sentimentos; • Trabalhe para compreender os sentimentos dos pacientes; • Use afirmações de ampla abertura, como "Deve ser difícil para você", e "Gostaria de conversar a respeito?" • Hidratação, alimentação, eliminação fisiológica, higiene, posição, conforto, administração de medicamentos; • A unidade de tratamento compreende o paciente e sua família; • Os sintomas do paciente devem ser avaliados rotineiramente e gerenciados de forma eficaz através de consultas frequentes e intervenções ativas. • As decisões relacionadas à assistência e tratamentos médicos devem ser feitas com base em princípios éticos. • A comunicação adequada entre o enfermeiro e familiares e pacientes é a base para o esclarecimento e favorecimento da adesão ao tratamento ou aceitação da proximidade da morte.
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