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Estrutura Conceitual para Informação Contábil no Setor Público

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1 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
1. Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de 
Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público (NBC TSP EC). ......................................... 4 
1.1 Função, Autoridade e Alcance de Estrutura Conceitual ........................................................... 4 
1.2 Objetivos e Usuários da Informação Contábil de Propósito Geral das Entidades do Setor 
Público. ................................................................................................................................................... 5 
1.3 Características Qualitativas .......................................................................................................... 8 
1.3.1 Relevância ............................................................................................................................... 9 
1.3.2 Representação Fidedigna ...................................................................................................... 9 
1.3.3 Compreensibilidade ................................................................................................................ 9 
1.3.4 Tempestividade ....................................................................................................................... 9 
1.3.5 Comparabilidade ................................................................................................................... 10 
1.3.6 Verificabilidade ...................................................................................................................... 10 
1.4 Elementos das Demonstrações Contábeis ............................................................................... 13 
1.5 Mensuração de Ativos e Passivos nas Demonstrações Contábeis ...................................... 14 
2. Aspectos Conceituais................................................................................................................. 15 
3. Divisão dos Bens Públicos ........................................................................................................ 16 
3.1 Bens de uso comum do povo ................................................................................................. 16 
3.2 Bens de uso especial ................................................................................................................... 17 
3.3 Bens dominiais ........................................................................................................................... 17 
4. Receita de Transação sem Contraprestação (NBC TSP 01) ................................................ 19 
5. Receita de Transação com Contraprestação (NBC TSP 02) ................................................ 21 
6. Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (NBC TSP 03) ........................ 23 
6. Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP ......................................................... 30 
6.1 Subsistemas da Informação Contábil ........................................................................................ 31 
7. Princípios Orçamentários .......................................................................................................... 37 
8. Receita e Despesa Pública ........................................................................................................ 41 
9. Princípios Contábeis Aplicados ao Setor Público ................................................................ 48 
10. Regimes Contábeis ................................................................................................................... 48 
11. Enfoques ..................................................................................................................................... 49 
12. Mensuração de Ativos e Passivos ......................................................................................... 49 
13. Depreciação, Amortização e Exaustão .................................................................................. 49 
13.1 Depreciação ................................................................................................................................ 50 
13.2 Amortização ................................................................................................................................ 50 
 
3 
 
13.3 Exaustão ...................................................................................................................................... 50 
14. Teste de Impairment ................................................................................................................. 52 
15. Estoques (NBC TSP 04) ........................................................................................................... 53 
16. Demonstrações Contábeis ...................................................................................................... 54 
16.1 Balanço Orçamentário ............................................................................................................ 54 
16.2 Balanço Financeiro .................................................................................................................. 57 
16.3 Balanço Patrimonial ................................................................................................................ 59 
16.4 Demonstração das Variações Patrimoniais - D.V.P. ....................................................... 62 
16.5 Demonstração dos Fluxos de Caixa - D.F.C...................................................................... 65 
16.6 Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido - D.M.P.L. ................................. 67 
16.7 Notas Explicativas ................................................................................................................... 68 
17. Questões para Resolução ....................................................................................................... 69 
18. Gabarito ...................................................................................................................................... 80 
19. Referências ................................................................................................................................ 81 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de 
Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público (NBC TSP EC). 
 
1.1 Função, Autoridade e Alcance de Estrutura Conceitual 
 
Essa estrutura conceitual tem como função estabelecer os conceitos que fundamentam a 
elaboração e a divulgação dos Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do 
Setor Público (RCPGs), os quais devem ser elaborados com base no regime de 
competência. O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) aplica os conceitos presentes 
nessa estrutura conceitual no desenvolvimento das Normas Brasileiras de Contabilidade 
Aplicadas ao Setor Público (NBCs TSP) e nas demais disposições aplicáveis à elaboração 
e divulgação dos RCPGs. 
Os requisitos obrigatórios relacionados ao reconhecimento, mensuração e apresentação 
das transações e outros eventos e atividades evidenciados nos RCPGs são especificados 
nas demais NBCs TSP. Lembre-se que em caso de eventual conflito entre a estrutura 
conceitual (NBC TSP EC) e outras NBCs TSP, prevalecem as disposições específicas 
vigentes nestas últimas em relação às constantes na primeira. As referências às NBCs TSP 
abrangem as NBCs T 16 nas partes não revogadas destas últimas 
A NBC TSP EC tem autoridade de poder fornecer orientações para lidar com situações a 
serem evidenciadas pelas entidades do setor público que não são tratadas por outras 
NBCs TSP ou por outras disposições do CFC aplicáveis às entidades do setor público. 
Nessas circunstâncias, os profissionais da contabilidade podem consultar e considerar a 
aplicabilidade das definições, dos critérios de reconhecimento, dos princípios de 
mensuraçãoe de outros conceitos identificados nesta estrutura conceitual. 
Seu alcance aplica-se, obrigatoriamente, às entidades do setor público quanto à 
elaboração e divulgação dos RCPGs. Estão compreendidos no conceito de entidades do 
setor público: 
• Os governos nacionais, estaduais, distrital e municipais e seus respectivos poderes 
(abrangidos os tribunais de contas, as defensorias e o Ministério Público), órgãos, 
secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações (instituídas e mantidas 
pelo poder público), fundos, consórcios públicos e outras repartições públicas 
congêneres das administrações direta e indireta (inclusive as empresas estatais 
dependentes); 
• As empresas estatais dependentes (empresas controladas) que recebem do ente 
controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal, 
despesas de custeio em geral ou despesas de capital, excluídos, no último caso, 
aqueles provenientes de aumento de participação acionária; 
• As empresas estatais independentes que são todas as demais empresas 
controladas pelas entidades do setor público que não se enquadram nas 
características expostas no item anterior, as quais, em princípio, não estão no 
alcance da estrutura conceitual e das demais NBCs TSP; 
 
5 
 
• As demais entidades não compreendidas nos itens anteriormente citados, incluídas 
as empresas estatais independentes, que poderão aplicar a estrutura conceitual e as 
demais NBCs TSP de maneira facultativa ou por determinação dos respectivos 
órgãos reguladores, fiscalizadores e congêneres. 
 
1.2 Objetivos e Usuários da Informação Contábil de Propósito Geral das Entidades 
do Setor Público. 
 
Os objetivos da elaboração e divulgação da informação contábil estão relacionados ao 
fornecimento de informações sobre a entidade do setor público que são úteis aos usuários 
dos RCPGs para a prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de 
decisão. O propósito é o de fornecer informações úteis aos usuários dos RCPGs. Os 
objetivos são determinados com base nos usuários dos RCPGs e suas necessidades de 
informações. 
Em relação aos seus usuários, os governos e outras entidades do setor público obtêm 
recursos dos contribuintes, doadores, credores por empréstimos e de outros provedores de 
recursos para serem utilizados na prestação de serviços aos cidadãos e aos outros 
usuários. Essas entidades são responsáveis pela gestão e utilização dos recursos perante 
os usuários desses serviços. Aqueles que provêem os recursos também requerem 
informações que sirvam de base para a tomada de decisão. 
Os membros do poder Legislativo são também usuários primários dos RCPGs e utilizam 
extensiva e continuamente esses relatórios enquanto atuam como representantes dos 
interesses dos usuários de serviços e dos provedores de recursos. Assim, os usuários 
primários dos RCPGs são os usuários dos serviços e seus representantes e os provedores 
de recursos e seus representantes (doravante identificados como usuários dos serviços e 
provedores de recursos, a não ser que sejam identificados de outra forma). 
Os cidadãos recebem os serviços do governo e de outras entidades do setor público e 
provêem parte dos recursos para esse fim. Assim, eles também são usuários primários dos 
RCPGs. Alguns usuários dos serviços e alguns provedores de recursos que dependem dos 
RCPGs para obter informações que eles necessitam para os propósitos de prestação de 
contas e responsabilização (accountability) e tomada de decisão podem não ser cidadãos, 
como, por exemplo: indivíduos que pagam tributos e recebem benefícios e não são 
considerados cidadãos; agências bilaterais ou multilaterais; provedores de recursos 
e corporações que realizam transações com o governo; bem como aqueles que 
financiam e/ou se beneficiam dos serviços fornecidos por organizações 
governamentais internacionais. Na maioria dos casos, os governos que provêem 
recursos para as organizações governamentais internacionais são dependentes dos 
RCPGs daquelas organizações para fins de prestação de contas e responsabilização 
(accountability) e tomada de decisão. 
 
 
6 
 
Os RCPGs, elaborados para atender às necessidades de informações dos usuários dos 
serviços e provedores de recursos com a finalidade de prestação de contas e 
responsabilização (accountability) e tomada de decisão, podem também fornecer 
informações úteis para outros indivíduos ou entidades para propósitos distintos. 
As organizações que possuem a prerrogativa de exigir a elaboração de relatório contábil 
estruturado para atender as suas necessidades específicas de informação podem também 
utilizar a informação fornecida pelos RCPGs para os seus propósitos – como, por exemplo: 
agências reguladoras e supervisoras, entidades de auditoria, comissões do poder 
Legislativo ou de outro órgão do governo, órgãos centrais de orçamento e controle, 
agências de classificação de risco e, em alguns casos, entidades emprestadoras de 
recursos e de fomento. Mesmo que esses outros indivíduos ou entidades encontrem 
informações úteis nos RCPGs, eles não são usuários primários desses relatórios. Assim, 
os RCPGs não são elaborados e divulgados para atender a necessidades de informações 
específicas ou particulares. 
 
Em resumo, são usuários dos RCPGs: 
- Usuários dos serviços (cidadãos em geral); 
- Provedores de recursos (contribuintes, doadores, credores por empréstimos e de outros 
provedores de recursos); e 
- Membros do poder Legislativo, atuantes como representantes do interesse dos 
usuários dos serviços. 
 
FCC - Analista (DPE RS)/Contabilidade/2017 
De acordo com a NBC TSP Estrutura Conceitual, os usuários primários dos Relatórios 
Contábeis de Propósito Geral das entidades do setor público são: 
 
a) as agências de classificação de risco. 
b) as agências reguladoras e supervisoras. 
c) as entidades emprestadoras de recursos e de fomento. 
d) as entidades de auditoria. 
e) os cidadãos que são usuários dos serviços e provedores de recursos 
 
RESOLUÇÃO 
 
A questão é aplicação direta da NBC TSP: 
 
“2.5 Os cidadãos recebem os serviços do governo e de outras entidades do setor 
público e proveem parte dos recursos para esse fim. Assim, eles são usuários 
primários dos RCPGs. Alguns usuários dos serviços e alguns provedores de recursos que 
 
7 
 
dependem dos RCPGs para obter informações que eles necessitam para os propósitos de 
prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de decisão podem não 
ser cidadãos, como, por exemplo: indivíduos que pagam tributos e recebem benefícios e 
não são considerados cidadãos; agências bilaterais ou multilaterais; provedores de 
recursos e corporações que realizam transações com o governo; bem como aqueles que 
financiam e/ou se beneficiam dos serviços fornecidos por organizações governamentais 
internacionais. Na maioria dos casos, os governos que proveem recursos para as 
organizações governamentais internacionais são dependentes dos RCPGs daquelas 
organizações para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e 
tomada de decisão.” 
 
Conforme destacado no trecho transcrito da norma, os cidadãos usuários dos serviços e 
provedores de recursos são os usuários primários dos RCPGs (Relatórios Contábeis de 
Propósito Geral). 
 
As demais alternativas citam usuários da RCPGs, porém não primários. 
 
“2.6 Os RCPGs, elaborados para atender às necessidades de informações dos usuários 
dos serviços e provedores de recursos com a finalidade de prestação de contas e 
responsabilização (accountability) e tomada de decisão, podem também fornecer 
informações úteis para outros indivíduos ou entidades para propósitos distintos. Por 
exemplo, os responsáveis pelas estatísticas de finanças públicas, os analistas, a mídia, os 
consultores financeiros, os grupos de interesse público ou privado podem entender que a 
informação fornecida pelos RCPGs é útil paraos seus propósitos. As organizações que 
possuem a prerrogativa de exigir a elaboração de relatório contábil estruturado para 
atender as suas necessidades específicas de informação podem também utilizar a 
informação fornecida pelos RCPGs para os seus propósitos – como, por exemplo: 
agências reguladoras e supervisoras, entidades de auditoria, comissões do poder 
Legislativo ou de outro órgão do governo, órgãos centrais de orçamento e controle, 
agências de classificação de risco e, em alguns casos, entidades emprestadoras de 
recursos e de fomento. Mesmo que esses outros indivíduos ou entidades encontrem 
informações úteis nos RCPGs, eles não são usuários primários desses relatórios. Assim, 
os RCPGs não são elaborados e divulgados para atender a necessidades de informações 
específicas ou particulares.” 
 
GABARITO: E 
 
 
 
 
 
 
8 
 
1.3 Características Qualitativas 
 
As características qualitativas presentes na Contabilidade para instituições privadas 
também constam no ramo da Contabilidade Pública. As características qualitativas da 
informação incluída nos RCPGs são atributos que tornam a informação útil para os 
usuários e dão suporte ao cumprimento dos objetivos da informação contábil. 
As características qualitativas da informação incluída nos RCPGs são a relevância, a 
representação fidedigna, a compreensibilidade, a tempestividade, a comparabilidade 
e a verificabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cada uma das características qualitativas é integrada e funciona em conjunto com as 
outras características, de modo a fornecer informação útil nos RCPGs para cumprir os 
objetivos da informação contábil. Entretanto, na prática, talvez não seja possível alcançar 
todas as características qualitativas e, nesse caso, um equilíbrio ou compensação entre 
algumas delas poderá ser necessário. 
Elas se aplicam a todas as informações financeiras e não financeiras apresentadas nos 
RCPGs, inclusive às informações histórica e prospectiva, além da informação explicativa. 
Contudo, pode haver variação no grau que as características qualitativas podem ser 
alcançadas, dependendo do nível de incerteza e de avaliação subjetiva envolvidos na 
compilação das informações financeiras e não financeiras. A necessidade de orientação 
adicional na interpretação e aplicação das características qualitativas àquilo que estende o 
alcance da informação contábil para além das demonstrações contábeis deve ser 
considerada no desenvolvimento de qualquer NBC TSP ou de outras disposições do CFC 
inerentes às entidades do setor público e que tratam de tais questões. 
 
 
 
As restrições inerentes à informação 
contida nos RCPGs são a materialidade, 
o custo-benefício e o alcance do 
equilíbrio apropriado entre as 
características qualitativas. 
 
9 
 
1.3.1 Relevância 
 
Para serem úteis, as informações devem também ser relevantes à necessidade dos seus 
usuários. Dessa forma, a informação é considerada relevante quando influencie nas 
decisões dos usuários, ajudando-os a avaliar os impactos de eventos passados, presentes 
ou futuros ou confirmando e corrigindo as suas avaliações anteriores, influenciando 
significativamente o cumprimento dos objetivos da elaboração e da divulgação da 
informação contábil. 
 
1.3.2 Representação Fidedigna 
 
Para ser útil como informação contábil, a informação deve corresponder à representação 
fidedigna dos fenômenos econômicos e outros que se pretenda representar. A 
representação fidedigna é alcançada quando a representação do fenômeno é completa, 
neutra e livre de erro material. A informação que representa fielmente um fenômeno 
econômico ou outro fenômeno retrata a substância da transação, a qual pode não 
corresponder, necessariamente, à sua forma jurídica. 
 
1.3.3 Compreensibilidade 
 
A compreensibilidade é a qualidade da informação que permite que os usuários 
compreendam o seu significado. Os RCPGs devem apresentar a informação de maneira 
que corresponda às necessidades e à base do conhecimento dos usuários, bem como a 
natureza da informação apresentada. Por exemplo, as explicações acerca das informações 
financeiras e não financeiras e as informações adicionais acerca da prestação de serviços 
e outros resultados durante o exercício, além das expectativas para os períodos futuros, 
devem ser escritas em linguagem simples e apresentadas de maneira que sejam 
prontamente compreensíveis pelos usuários. 
A compreensão é aprimorada quando a informação é classificada e apresentada de 
maneira clara e sucinta. A comparabilidade pode também aprimorar a compreensibilidade. 
 
1.3.4 Tempestividade 
 
Tempestividade significa ter informação disponível para os usuários antes que ela perca a 
sua capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e responsabilização 
(accountability) e tomada de decisão. Ter informação disponível mais rapidamente pode 
aprimorar a sua utilidade como insumo para processos de avaliação da prestação de 
 
10 
 
contas e responsabilização (accountability) e a sua capacidade de informar e influenciar os 
processos decisórios. A ausência de tempestividade pode tornar a informação menos útil. 
 
1.3.5 Comparabilidade 
 
Comparabilidade é a qualidade da informação que possibilita aos usuários identificar 
semelhanças e diferenças entre dois conjuntos de fenômenos. A comparabilidade não é 
uma qualidade de item individual de informação, mas, antes, a qualidade da relação entre 
dois ou mais itens de informação. 
A comparabilidade difere da consistência. A consistência se refere à utilização dos mesmos 
princípios ou políticas contábeis e da mesma base de elaboração, seja de período a 
período dentro da entidade ou de um único período entre duas ou mais entidades. A 
comparabilidade é o objetivo, enquanto que a consistência auxilia a atingi-lo. Em alguns 
casos, os princípios ou políticas contábeis adotados pela entidade podem ser revisados 
para melhor representar determinada transação ou evento nos RCPGs. Nesses casos, a 
inclusão de evidenciação ou explicação adicional pode ser necessária para satisfazer às 
características da comparabilidade. 
 
1.3.6 Verificabilidade 
 
A verificabilidade é a qualidade da informação que ajuda a assegurar aos usuários que a 
informação contida nos RCPGs representa fielmente os fenômenos econômicos ou de 
outra natureza que se propõe a representar. A suportabilidade, ou seja, a qualidade 
referente àquilo que dá suporte a algo, algumas vezes é utilizada para descrever esta 
qualidade, quando aplicada em relação à informação explicativa e à informação quantitativa 
financeira e não financeira prospectiva divulgada nos RCPGs. Quer referida como 
verificabilidade ou como suportabilidade, a característica implica que dois observadores 
esclarecidos e independentes podem chegar ao consenso geral, mas não necessariamente 
à concordância completa, em que: 
(a) a informação representa os fenômenos econômicos e de outra natureza, os quais se 
pretende representar sem erro material ou viés; ou 
(b) o reconhecimento apropriado, a mensuração ou o método de representação foi aplicado 
sem erro material ou viés. 
Para ser verificável, a informação não precisa ser um ponto único estimado. Um intervalo 
de possíveis valores e suas probabilidades relacionadas também pode ser utilizado. 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSULPLAN - Bacharel em Ciências Contábeis (CFC)/1º Exame de Suficiência/2018 
De acordo com a NBC TSP Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para Elaboração e 
Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público, 
as características qualitativas da informação incluída nos relatórios contábeis de propósito 
geral são atributos que tornam a informação útil para os usuários e dão suporte ao 
cumprimento dos objetivos da informação contábil. Assinale a alternativa correta em 
relação a uma das características qualitativasda informação. 
 
a) A comparabilidade se refere à utilização dos mesmos princípios ou políticas contábeis e 
da mesma base de elaboração em diferentes períodos na entidade. 
b) A tempestividade significa ter informação disponível para os usuários antes que ela 
perca a sua capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e responsabilização e 
tomada de decisão. 
c) A compreensibilidade implica que uma informação complexa e de difícil entendimento 
para usuários com conhecimento técnico e que conhecem as atividades da entidade deve 
ser excluída dos relatórios contábeis de propósito geral. 
d) A informação é material se a sua omissão ou distorção puder influenciar o cumprimento 
do dever de prestação de contas e responsabilização, ou as decisões que os usuários 
tomam com base nos relatórios contábeis de propósito geral elaborados para aquele 
exercício. 
 
RESOLUÇÃO 
 
Vamos analisar as alternativas: 
a) A comparabilidade se refere à utilização dos mesmos princípios ou políticas 
contábeis e da mesma base de elaboração em diferentes períodos na entidade. 
 
A entidade do setor público que reporta a informação contábil é um ente governamental ou outra 
organização, programa ou outra área identificável de atividade (doravante referida como entidade ou 
entidade do setor público) que elabora os RCPGs. Pode compreender duas ou mais entidades que 
apresentem os RCPGs como se fossem uma única entidade.As características-chave de entidade do 
setor público que reporta a informação contábil são: 
(a) Ser uma entidade que capta recursos da sociedade ou em nome desta e/ou utiliza recursos para 
realizar atividades em benefício dela; e 
(b) Existir usuários de serviços ou provedores de recursos dependentes de informações contidas nos 
RCPGs para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de decisão. 
 
 
 
12 
 
ERRADO: Comparabilidade é a qualidade da informação que possibilita aos usuários 
identificar semelhanças e diferenças entre dois conjuntos de fenômenos 
 
b) A tempestividade significa ter informação disponível para os usuários antes que 
ela perca a sua capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e 
responsabilização e tomada de decisão. 
CERTO: Tempestividade significa ter informação disponível para os usuários antes que ela 
perca a sua capacidade de ser útil para fins do objetivo da elaboração e divulgação da 
informação contábil. 
 
c) A compreensibilidade implica que uma informação complexa e de difícil 
entendimento para usuários com conhecimento técnico e que conhecem as 
atividades da entidade deve ser excluída dos relatórios contábeis de propósito geral. 
ERRADO: compreensibilidade é a qualidade da informação que permite que os usuários 
compreendam o seu significado 
 
d) A informação é material se a sua omissão ou distorção puder influenciar o 
cumprimento do dever de prestação de contas e responsabilização, ou as decisões 
que os usuários tomam com base nos relatórios contábeis de propósito geral 
elaborados para aquele exercício. 
ERRADO: características qualitativas da informação incluída nos RCPGs são a relevância, 
a representação fidedigna, a compreensibilidade, a tempestividade, a comparabilidade e a 
verificabilidade. A materialidade, o custo-benefício e o alcance do equilíbrio apropriado são, 
na verdade, restrições inerentes à informação. 
 
GABARITO: B 
 
FCC - Analista Judiciário (TRE PR)/Apoio Especializado/Contabilidade/2017 
 
De acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade − NBC TSP Estrutura Conceitual, uma 
das restrições inerentes à informação incluída nos Relatórios Contábeis de Propósito Geral 
das Entidades do Setor Público é a: 
 
a) relevância. 
b) legalidade. 
c) materialidade. 
d) verificabilidade. 
 
RESOLUÇÃO 
 
A contabilidade é a ciência da informação, ou seja, produz informações que serão 
utilizadas para a tomada de decisão. Para isso, qualquer informação contábil no setor 
público deve ser relevante, representar fidedignamente o fenômeno, ser compreensível, 
tempestiva, comparável e verificável. Essas são as chamadas características qualitativas 
da informação contábil previstas na Estrutura Conceitual Aplicada ao Setor Público. 
 
13 
 
 
Ocorre que a informação incluída nos relatórios podem sofrer restrições. São elas: 
materialidade, custo benefício e equilíbrio entre as características qualitativas. 
 
A materialidade significa que sua omissão ou distorção puder influenciar o cumprimento do 
dever de prestação de contas e responsabilização ou as decisões. Portanto, ao elaborar os 
relatórios contábeis, deve ser considerada a materialidade da informação. 
 
GABARITO: C 
 
 
1.4 Elementos das Demonstrações Contábeis 
 
Os elementos correspondem às estruturas básicas a partir das quais as demonstrações 
contábeis são elaboradas. Eles classificam e agregam dados de forma a conceder aos 
usuários informações que satisfaçam aos objetivos das demonstrações e atinja as 
características qualitativas da informação contábil, levando em consideração as restrições 
sobre esta. 
Ativo é um recurso controlado no presente pela entidade como resultado de evento 
passado. 
Pela característica do setor público, o ativo é um recurso e possui potencial de serviços à 
sociedade ou capacidade de gerar benefícios econômicos. O potencial de serviços é a 
capacidade de prestar serviços que contribuam para alcançar os objetivos da entidade 
pública, já o controle do recurso envolve a capacidade da entidade em utilizar o recurso. 
Passivo é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja extinção deva 
resultar na saída de recursos da entidade. 
As obrigações vinculadas podem originar-se tanto de transações com contraprestação 
quanto de transações sem contraprestação. A obrigação deve estar relacionada a um 
terceiro para poder gerar um passivo. 
Para ser reconhecido como um passivo, não existe a necessidade de que a saída de 
recursos seja capaz de gerar benefícios econômicos, pois a finalidade do setor público é a 
prestação de serviços. 
Os conceitos de receitas e despesas da Estrutura Conceitual se assemelham aos conceitos 
utilizados no setor privado. 
Receita corresponde a aumentos na situação patrimonial líquida da entidade não 
oriundos de contribuições dos proprietários. 
Despesa corresponde a diminuições na situação patrimonial líquida da entidade não 
oriundas de distribuições aos proprietários. 
 
14 
 
 
Lembre-se que a situação patrimonial líquida é a diferença entre os ativos e os passivos 
após a inclusão de outros recursos e a dedução de outras obrigações, reconhecida no 
Balanço Patrimonial como patrimônio líquido. 
 
1.5 Mensuração de Ativos e Passivos nas Demonstrações Contábeis 
 
A estrutura conceitual orienta as bases de mensuração que devem refletir de maneira mais 
clara os custos dos serviços prestados, a capacidade operacional e a capacidade 
financeira da entidade de forma que seja útil à prestação de contas e à tomada de 
decisões. 
Por capacidade operacional entende-se a capacidade da entidade em dar suporte à 
prestação de serviços no futuro por meio de recursos físicos e outros, ao passo que a 
capacidade financeira diz respeito à capacidade da entidade em financiar as suas próprias 
atividades. 
A norma não estabelece uma única base de mensuração. As bases para os ativos são: 
• Custo histórico: é a importância fornecida para se adquirir ou desenvolver 
um ativo, o qual corresponde ao caixa ou equivalentes de caixa ou o valor de 
outra importância fornecida à época de sua aquisição ou desenvolvimento. 
 
Além do custo histórico, a norma apresenta as mensurações a valor corrente para os 
ativos, as quais refletem o ambiente econômico vigente na data de apresentação do 
relatório. São elas: 
• Valor de mercado: é o montante pelo qual um ativo pode ser trocado entre 
partes cientes e dispostas, em transação sob condições normaisde mercado. 
• Custo de Reposição ou Substituição: é o custo mais econômico exigido 
para a entidade substituir o potencial de serviços de ativo (inclusive o 
montante que a entidade recebe a partir de sua alienação ao final da sua vida 
útil) na data do relatório. 
• Preço líquido de vendas: é o montante que a entidade pode obter com a 
venda do ativo após deduzir os gastos para a venda. 
Contribuição dos Proprietários Distribuição aos Proprietários 
Corresponde a entrada de recursos 
para a entidade a título de 
contribuição de partes externas, que 
estabelece ou aumenta a participação 
delas no PL. 
Corresponde a saída de recursos da 
entidade a título de distribuição a 
partes externas, que representa retorno 
sobre a participação ou a redução 
dessa participação no PL. 
 
15 
 
• Valor em uso: é o valor presente, para a entidade, do potencial de serviços 
ou da capacidade de gerar benefícios econômicos remanescentes do ativo, 
caso este continue a ser utilizado, e do valor líquido que a entidade receberá 
pela sua alienação ao final da sua vida útil. 
 
Já para os passivos, as bases de mensuração são: 
• Custo Histórico: é a importância recebida para se assumir uma obrigação, a 
qual corresponde ao caixa ou equivalentes de caixa, ou ao valor de outra 
importância recebida à época na qual a entidade incorreu no passivo. 
• Custo de cumprimento da obrigação: corresponde aos custos nos quais a 
entidade incorre no cumprimento das obrigações representadas pelo passivo, 
assumindo que o faz da maneira menos onerosa. 
• Valor de mercado: é o montante pelo qual um passivo pode ser liquidado 
entre partes cientes e interessadas em transação sob condições normais de 
mercado. 
• Custo de liberação: é o montante que o credor aceita no cumprimento da 
sua demanda, ou que terceiros cobrariam para aceitar a transferência do 
passivo do devedor. 
• Preço presumido: é o montante que a entidade pagaria racionalmente para 
adquirir o ativo, o preço presumido representa o montante que a entidade 
racionalmente aceitaria na troca pela assunção do passivo existente. 
 
2. Aspectos Conceituais 
 
A Contabilidade Pública é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de 
informações, os princípios contábeis e normas contábeis direcionados ao controle 
patrimonial de entidades do setor público. 
Tem como objeto o Patrimônio Público, que também é formado por bens públicos, 
direitos públicos e obrigações públicas. 
Seu objetivo é fornecer informações aos usuários para subsidiar a tomada de decisão, a 
prestação de contas e responsabilização (accountability). 
Em 2016, foi introduzida a estrutura conceitual aplicada ao setor público (abordada 
anteriormente) que serve de norma de referência a partir de 2017 para as entidades do 
setor público. Esta define que o objetivo principal é prestar serviços à sociedade em vez de 
obter lucros e gerar retorno financeiro aos investidores. – NBC TSP 2.22 
Em relação à sua Função Social, deve refletir, sistematicamente, o ciclo da administração 
pública para evidenciar informações necessárias à tomada de decisão, à prestação de 
contas e à instrumentalização do controle social. 
 
16 
 
Conceitua-se “Setor Público” como entidades de pessoas jurídicas de direito público; 
Pessoas jurídicas de direito privado que recebam ou administram recursos públicos; 
pessoas físicas que recebam subvenções, benefícios ou incentivos de órgãos públicos. 
Como supracitado, o Patrimônio Público é o conjunto de bens e direitos, tangíveis ou 
intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou 
utilizados pelas entidades do setor público que seja portador ou represente um fluxo de 
benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração 
econômica por entidades do setor público e suas obrigações. 
O Campo de Aplicação é o espaço que o profissional de contabilidade registra, mensura, 
avalia, controla os fenômenos qualitativos ou quantitativos que afetam o patrimônio público. 
Seu alcance de uso OBRIGATÓRIO: administração direta, autarquias, fundações públicas 
e empresas estatais dependentes (orçamento fiscal e seguridade social). Uso 
FACULTATIVO: as empresas estatais independentes (orçamento de investimento). 
• Empresas Estatais: Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista. 
• Empresas Estatais Dependentes: Recebem recurso do ente público para cobrir 
despesas com pessoal, custeio em geral e despesa de capital, ressalvando o aumento de 
participação acionatária. 
• Empresas Especiais: E.E.D, atendem simultaneamente a Lei 6.404/76 e Lei 4.320/64. 
Conselhos Profissionais, sendo autarquias se enquadram na obrigatoriedade do uso da 
contabilidade pública. As empresas do Sistema S só poderão aplicar a contabilidade 
pública por determinação dos respectivos órgãos reguladores. 
3. Divisão dos Bens Públicos 
 
3.1 Bens de uso comum do povo 
 
São todos os locais abertos à utilização direta e imediata de uso coletivo e fruição 
(usufruto) própria do povo. Ex: rio, mares, viadutos, praças. São registrados contabilmente, 
apenas se houver uso de recursos públicos, ou seja, os bens de uso comum que 
absorveram ou absorvem recursos públicos ou recebidos em doação devem ser 
contabilizados no ativo não circulante. 
Não pode ser rendido. A STN passou a segregar os bens de uso comum em dois 
argumentos: 
 
• Bens de Patrimônio Cultural: Assim chamados devido sua significância histórica, 
cultural ou ambiental. Raramente, são mantidos para gerar entradas de caixa e 
podem haver obstáculos legais ou sociais para usá-los em tais propósitos. O 
reconhecimento e mensuração destes são facultativos. Caso sejam registrados pelo 
ente, devem ser evidenciados em notas explicativas. Ex: Monumentos, Prédios 
Históricos, Obras de Arte. 
 
 
17 
 
• Bens de Infraestrutura: São ativos que normalmente podem ser conservados por 
em número significativo maior de anos do que a maioria dos bens de capital. 
Geralmente, são partes de um sistema ou de uma rede, especializados por natureza 
ou possuem usos alternativos, imóveis, e podem estar sujeitos a restrições na 
alienação. Ex: rede rodoviária, sistema de esgoto, pontos, calçadões. 
 
3.2 Bens de uso especial 
 
São propriedades do Estado que se destinam especialmente à execução dos serviços e 
exercício da atividade pública. Ex: Edifício das repartições públicas, veículos da 
administração, escolas em uso, viaturas. 
• Revestido do poder público. 
• Não pode ser vendido. 
 
3.3 Bens dominiais 
 
São aqueles que se diferem pela possibilidade de serem utilizados em qualquer fim. 
Integram o patrimônio do Estado como objeto de direito pessoal ou real. Ex: Prédios, 
terrenos e veículos que não estejam revestidos da função pública. 
 
Obs: Lei nº 10.406/02 – Art. 100, 101 C.C. Os bens públicos de uso comum e uso especial 
não podem ser vendidos. Enquanto os bens dominiais podem ser alienados. 
 
FCC - Analista Previdenciário (MANAUSPREV)/Contabilidade/2015 
Com relação a Contabilidade aplicada ao setor público, considere: 
 
I. Seu objeto é o patrimônio das entidades da Administração pública direta e indireta, 
exceto das empresas estatais dependentes. 
II. Seu objetivo é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os 
aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da 
entidade do setor público e suas mutações. 
III. É o ramo da ciência contábil que utiliza, no processo gerador de informações, os 
demonstrativos contábeis das entidades do setor público e das empresas concessionárias 
de serviços públicos. 
IV. Sua função social deve refletir, sistematicamente, o ciclo da Administração pública para 
evidenciar informações necessárias à tomada de decisões, à prestação de contas e à 
instrumentalização do controle social. 
 
V. Seu campo de aplicação abrange integralmente as entidades governamentais,os 
serviços sociais e os conselhos profissionais. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 
18 
 
a) II e V. 
b) II, IV e V. 
c) I, II e III. 
d) I e IV. 
e) I, III e IV. 
 
RESOLUÇÃO 
 
Vamos analisar cada um dos itens da questão para encontrarmos a alternativa correta. 
 
O item I está incorreto. Conforme NBCT 16.1, o OBJETO da Contabilidade Aplicada ao 
Setor Público é o PATRIMÔNIO PÚBLICO. Entretanto a questão está equivocada ao 
afirmar que excetua-se o patrimônio das empresas estatais dependentes. As entidades 
governamentais são compostas de: Administração Direta, Autarquias, Fundações Públicas 
e Empresas Estatais Dependentes. 
 
O item II está correto. Conforme NBCT 16.1, o objetivo da Contabilidade Aplicada ao 
Setor Público é FORNECER aos usuários informações sobre os resultados alcançados e 
os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da 
entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a 
adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do 
controle social. 
 
O item III está incorreto. Conforme NBCT 16.1, a Contabilidade Aplicada ao Setor Público 
é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios 
de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades 
do setor público. Entretanto, as entidades governamentais são compostas de: 
Administração Direta, Autarquias, Fundações Públicas e Empresas Estatais Dependentes. 
Nessa análise, as empresas concessionárias de serviços públicos não apresentam 
demonstrativos contábeis, sendo, portanto, o erro da questão. 
 
O item IV está correto. Conforme NBCT 16.1, a função social da Contabilidade Aplicada 
ao Setor Público deve refletir, sistematicamente, o ciclo da administração pública para 
EVIDENCIAR informações necessárias à tomada de decisões, à prestação de contas e à 
instrumentalização do controle social 
 
O item V está correto. Conforme NBCT 16.1, aplica-se integralmente a contabilidade 
aplicada ao setor público para: 
 
As entidades governamentais são compostas de: Administração Direta, 
Autarquias, Fundações Públicas e Empresas Estatais Dependentes. 
 Os conselhos profissionais possuem natureza autárquica. Entretanto, eles 
possuem uma peculiaridade. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (que orienta a 
elaboração do Orçamento Anual) exclui da Lei Orçamentária “os conselhos de 
 
19 
 
fiscalização de profissão regulamentada, constituídos sob a forma de 
autarquia”. São exemplos: o CREA, CFC, CRC-GO[1]. 
 
Os serviços sociais (Sistema S) são entes paraestatais de cooperação com o 
poder público. Desta forma, eles não integram a administração direta, nem a 
indireta. Entretanto, eles administram recursos públicos[2]. Sendo assim, na 
forma da NBTC 16.1, aplicam-se integralmente as normas de contabilidade 
pública. 
 
[1] Ressalta-se que embora localizado nos estados (CRC-GO) os conselhos regionais são 
autarquias federais. 
[2] Na definição da Professora Maria Sylvia Zanella di Pietro. 
 
 
 
4. Receita de Transação sem Contraprestação (NBC TSP 01) 
 
O objetivo desta norma é estabelecer as exigências, para fins de demonstrações contábeis, 
para a receita proveniente de transações sem contraprestação, exceto para aquelas sem 
contraprestação que dão origem à combinação de entidades. Trata de questões que devem 
ser consideradas no reconhecimento e na mensuração da receita das transações sem 
contraprestação. 
 
 
A entrada de recursos de transação sem contraprestação reconhecida como ativo deve ser 
reconhecida como receita, exceto na medida em que o passivo também seja reconhecido 
em decorrência da mesma entrada de recursos. 
Na medida em que a entidade satisfaça à obrigação presente reconhecida como passivo 
em relação à entrada de recursos de transação sem contraprestação reconhecida como 
ativo, ela deve reduzir o valor contábil do passivo reconhecido e reconhecer o montante de 
receita equivalente àquela redução. 
Quando a entidade reconhece o aumento na situação patrimonial líquida em consequência 
de transação sem contraprestação, ela deve reconhecer a receita. Se ela reconheceu o 
passivo em relação à entrada de recursos derivados de transações sem contraprestação, 
O ativo adquirido por meio de transação sem 
contraprestação deve ser mensurado inicialmente pelo 
seu valor justo na data de aquisição. 
 
 
20 
 
quando o passivo for subsequentemente reduzido, em função de o evento tributável ter 
ocorrido ou a condição ter sido satisfeita, ela deve reconhecer a receita. 
Se a entrada de recursos satisfaz à definição de contribuição dos proprietários, ela não 
deve ser reconhecida como passivo ou receita. 
O momento do reconhecimento da receita é determinado pela natureza das condições e do 
seu atendimento. Por exemplo, se uma condição especifica que a entidade deve prover 
bens ou serviços a terceiros ou devolver os recursos não utilizados para o transferente, a 
receita deve ser reconhecida quando bens são providos ou serviços são prestados. 
A receita de transação sem contraprestação deve ser mensurada pelo montante do 
acréscimo na situação patrimonial líquida reconhecida pela entidade. Quando, como 
resultado de transação sem contraprestação, a entidade reconhecer um ativo, ela também 
deve reconhecer a receita equivalente ao montante do ativo mensurado. 
A obrigação presente derivada de transação sem contraprestação que se enquadre na 
definição de passivo deve ser reconhecida como passivo quando e somente quando: 
• for provável que a saída de recursos que incorpora benefícios econômicos futuros 
ou potencial de serviços seja exigida para liquidar a obrigação; e 
• estimativa confiável do montante das obrigações puder ser 
A obrigação presente é o dever de agir ou realizar de determinada forma e pode originar 
um passivo relativo a qualquer transação sem contraprestação. As obrigações presentes 
podem ser impostas por determinações na legislação, em outras regulamentações ou 
acordos obrigatórios que estabelecem as bases de transferências. Podem se originar do 
ambiente normal de operações, tal como o reconhecimento de recebimentos antecipados. 
Se a entidade recebe recursos antes da existência de acordo obrigatório de transferência, 
ela deve reconhecer o passivo pelo recebimento antecipado até o momento em que o 
acordo se torne obrigatório. 
Lembre-se isto é apenas um pequeno resumo da referida Norma, caso queira aprofundar- 
se no assunto, recomendo que leia a mesma. 
 
 
 
 
FCC - Analista de Gestão (SABESP)/Contabilidade/2018 
De acordo com a NBC TSP 01 − Receita de Transação sem Contraprestação, uma receita 
de um ente público estadual que pode ser classificada como sem contraprestação é aquela 
decorrente: 
 
 
21 
 
a) de uma operação de crédito por antecipação da receita orçamentária. 
b) de um ingresso extraorçamentário. 
c) do recebimento de doação em dinheiro, sem especificações a ela atrelada. 
d) dos juros de uma aplicação financeira. 
e) do aluguel de um imóvel a preço corrente de mercado. 
 
RESOLUÇÃO 
 
Vamos a análise das alternativas: 
 
a) A receita de operação de crédito possui a contraprestação da obrigação de pagamento 
da operação. Errado 
b) A receita de ingresso extraorçamentário não pertence ao Estado, que atua apenas como 
mero depositário com a contraprestação de devolução. Errado 
c) O recebimento de doação sem especificação atrelada não possui qualquer 
contraprestação. Correto 
d) A receita de juros possui a contraprestação do dinheiro aplicado. Errado 
e) A receita de aluguel possui a contraprestação da utilização do imóvel pelo locatário. 
Errado 
 
GABARITO: C 
 
5. Receita de Transação com Contraprestação (NBC TSP 02) 
 
O objetivo desta norma é descrever o tratamento contábil das receitas provenientes de 
transações e eventos com contraprestação.As entidades do setor público podem auferir receitas de transações com ou sem 
contraprestação. A transação com contraprestação é aquela segundo a qual a entidade 
recebe ativos ou serviços, ou tem passivos extintos, e diretamente entrega em troca um 
valor aproximadamente equivalente (prioritariamente sob a forma de bens, serviços ou uso 
de ativos) à outra parte. Exemplos de transações com contraprestação são: 
(a) a compra ou a venda de bens ou serviços; ou 
(b) o aluguel ou arrendamento de itens do ativo imobilizado a valor de mercado. 
Na distinção entre transações com e sem contraprestação, a essência deve prevalecer 
sobre a forma. Exemplos de transações sem contraprestação incluem as receitas 
decorrentes do exercício do poder soberano (por exemplo, tributos diretos e indiretos, 
multas e tributos alfandegários), subsídios e doações. 
FCC - Analista Judiciário (TRF 5ª Região)/Apoio Especializado/Contadoria/2017 
 
22 
 
De acordo com a NBC TSP 01 − Receita de Transação sem Contraprestação, o 
reconhecimento de uma receita de transação sem contraprestação pelo governo federal 
decorre: 
 
a) da arrecadação de receitas oriundas de imóveis alugados em condições normais de 
mercado. 
b) da ocorrência do fato gerador do Imposto sobre Produtos Industrializados − IPI. 
c) da contribuição dos proprietários. 
d) da obtenção de operação de crédito para a aquisição de bens imóveis. 
e) dos gastos tributários. 
 
RESOLUÇÃO 
 
A NBC TSP 01 conceituou as transações sem contraprestação: 
 
Transação sem contraprestação 
 “8. Em algumas transações está claro que existe a troca de valor aproximadamente igual. 
Essas transações são com contraprestação e são abordadas na NBC TSP 02. 
 
9. Em outras transações, a entidade recebe recursos sem nada entregar ou entrega valor 
irrisório em troca. Essas transações são claramente sem contraprestação e estão 
contempladas nesta norma.” 
 
a) As receitas oriundas de aluguel tem a contraprestação da utilização do imóvel. 
Errado 
 
b) Ao arrecadar um imposto, o Estado não possui nenhuma obrigação de 
contraprestação perante o contribuinte. Os tributos são tipicamente transações sem 
contraprestação. Correto 
 
“Esta norma trata das receitas provenientes de transações sem contraprestação. A receita 
originada de transações com contraprestação é discutida na NBC TSP 02 – Receita de 
Transação com Contraprestação. Embora as receitas recebidas pelas entidades do setor 
público se originem tanto das transações com contraprestação, quanto das sem 
contraprestação, a maioria das receitas dos governos e de outras entidades do setor 
público é derivada, tipicamente, de transações sem contraprestação, como: 
 
(a) tributos; e 
(b) transferências (monetárias ou não monetárias), incluindo subsídios, perdão de dívidas, 
multas, heranças, presentes e doações.” 
 
c) A contribuição dos proprietários não é considerada como receita. Errado 
 
“Receita compreende ingressos brutos de benefícios econômicos ou de potencial de 
serviços recebidos ou a receber pela entidade que reporta a informação, o que representa 
 
23 
 
o aumento na situação patrimonial líquida, com exceção dos aumentos relativos à 
contribuição dos proprietários. Os montantes arrecadados como agente do governo ou de 
outra organização governamental ou de terceiros não dão margem ao aumento da situação 
patrimonial líquida ou da receita do agente. Isso acontece porque o agente não pode 
controlar o uso ou se beneficiar dos ativos arrecadados na realização de seus objetivos.” 
 
d) As receitas de operações de crédito possuem a contraprestação do pagamento 
futuro da dívida contraída. Errado 
 
e) Gastos tributários não são receitas, são benefícios fiscais. Errado 
 
“Gastos tributários são as disposições preferenciais da legislação tributária que fornecem 
benefícios fiscais a certos contribuintes e que não estão disponíveis a outros.” 
 
GABARITO: B 
 
6. Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (NBC TSP 03) 
 
Esta norma se aplica a provisões para reestruturação (incluindo a descontinuidade de 
operações). Em alguns casos, a reestruturação pode se encaixar na definição de operação 
descontinuada, quando então deve observar a norma específica referente ao assunto. Esta 
Norma não se aplica a: 
a) as provisões e passivos contingentes oriundos de benefícios sociais, fornecidos pela 
entidade, pelos quais não recebe compensação aproximadamente igual ao valor dos 
produtos e serviços fornecidos, diretamente em contrapartida dos beneficiários; 
(b) decorrerem de contratos a executar, com exceção de contratos onerosos, sujeitos a 
outras provisões deste item; 
(c) decorrerem de contratos de seguro dentro do alcance de normas contábeis nacionais ou 
internacionais relacionadas a seguros; 
(d) forem tratados em outra NBC TSP; 
(e) forem relacionados a tributos sobre a renda e congêneres; e 
(f) decorrerem de benefícios a empregados, exceto se os benefícios da rescisão contratual 
resultarem de processo de reestruturação, conforme tratado nesta norma. 
 
A NBC TSP 03 também não se aplica aos instrumentos financeiros (incluindo garantias), 
provisões relacionadas a tributos sobre a renda e/ou repartição de receitas. Também não 
trata de provisões provenientes de benefícios a empregados. Ainda no item 76 da Norma é 
disposto que contratos a executar não onerosos não se encaixam no alcance desta norma. 
Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados, e cuja existência 
será confirmada apenas pela ocorrência ou não ocorrência de um ou mais eventos futuros 
incertos não completamente sob o controle da entidade. 
 
24 
 
Ativos contingentes usualmente decorrem de eventos não planejados ou inesperados que: 
(a) não estejam totalmente sob controle da entidade, e 
(b) que dão origem a possibilidade da entrada de recursos econômicos ou potencial de 
serviços para a entidade. 
Passivo contingente é uma obrigação possível que resulta de eventos passados, e cuja 
existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros 
incertos, não completamente sob o controle da entidade; ou uma obrigação presente que 
decorre de eventos passados, mas não é reconhecida porque: 
(i) é improvável que a saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou 
potencial de serviços seja exigida para liquidar a obrigação; ou 
(ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade. 
Provisão é um passivo de prazo ou valor incerto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A provisão deve ser reconhecida quando: 
• a entidade tem obrigação presente (formalizada ou não) decorrente de evento 
passado; 
• for provável que seja necessária a saída de recursos que incorporam benefícios 
econômicos ou potencial de serviços para que a obrigação seja liquidada; e 
• uma estimativa confiável possa ser realizada acerca do valor da obrigação. Se 
essas condições não forem atendidas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. 
A entidade não deve reconhecer passivos contingentes. Ativos contingentes não devem ser 
reconhecidos nas demonstrações contábeis, uma vez que podem resultar no 
reconhecimento de receitas que nunca virão a ser realizadas. Entretanto, quando a 
realização da receita é virtualmente certa, o ativo não é mais ativo contingente e seu 
reconhecimento é adequado. 
O termo provisão não deve remeter a 
elementos do ativo, como ajuste para perdas 
de recebíveis, por exemplo. (exemplo: 
provisão para devedores duvidosos, a 
famosa PDD). 
 
 
25 
 
O valor reconhecido como provisão deve corresponder à melhor estimativa de desembolso 
necessário para liquidar a obrigação presente na data das demonstrações contábeis. 
Provisões devem ser revisadas na data das demonstrações contábeis e ajustadas para 
refletir a melhor estimativa no momento. Se não for mais provável que a saída de recursos 
que incorporam benefícios econômicos ou potencialde serviços seja exigida para liquidar a 
obrigação, a provisão deve ser revertida. 
Tratamento para Provisões, Ativos e Passivos Contingentes: 
Ativo Contingente: Sempre que, como resultado de eventos passados, puder existir ativo 
possível cuja existência será confirmada somente pela ocorrência ou não de um ou 
diversos eventos futuros incertos não totalmente sob o controle da entidade. 
Provisões e passivos contingentes: Sempre que, como resultado de eventos passados, 
puder ocorrer fluxo de saída de recursos que incorporem benefícios econômicos futuros ou 
serviços potenciais, para a extinção de (a) obrigação presente, ou (b) possível obrigação 
cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou diversos eventos 
futuros incertos não totalmente sob o controle da entidade. 
 
Obrigação 
Probabilidade de 
Saída de 
Recursos 
Possibilidade de 
Estimativa Confiável do 
Valor 
Classificação Evidenciação 
Presente Provável Possível Provisão 
BP e notas 
explicativas 
Presente Provável Não Possível 
Passivo 
Contingente 
Notas 
explicativas 
Presente Pouco Provável Possível ou não possível 
Passivo 
Contingente 
Notas 
explicativas 
Presente Remota Possível ou não possível 
Passivo 
Contingente 
Não é 
divulgado 
Possível Provável Possível 
Passivo 
Contingente 
Notas 
explicativas 
 
 
 
 
CESPE - Analista Judiciário (TRT 8ª Região)/Administrativa/"Sem 
Especialidade"/2016 
 
26 
 
Com referência às determinações do MCASP, assinale a opção correta acerca da 
mensuração de passivos, provisões e passivos contingentes. 
 
a) O fato de o valor das provisões ser a melhor estimativa do desembolso exigido para se 
extinguir a obrigação faz com que as provisões não sejam reavaliadas. 
b) Se a saída de recursos para o pagamento da obrigação for improvável, a provisão 
deverá ser reclassificada como passivo contingente. 
c) Se puderem ser estimados confiavelmente, os passivos contingentes deverão ser 
reconhecidos em contas patrimoniais. 
d) Os passivos derivados de apropriações por competência, por já possuírem fato gerador, 
não devem ser reconhecidos como provisões. 
e) Por estarem relacionados a valores incertos, os ajustes de perdas estimadas são 
registrados como provisões. 
 
RESOLUÇÃO 
 
Vamos analisar as alternativas: 
 
a) O fato de o valor das provisões ser a melhor estimativa do desembolso exigido 
para se extinguir a obrigação faz com que as provisões não sejam reavaliadas. 
 
A alternativa está em desacordo com o seguinte trecho do MCASP: 
 “As provisões devem ser reavaliadas na data de apresentação das demonstrações 
contábeis e ajustadas para refletir a melhor estimativa corrente. 
Se já não for mais provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporam 
benefícios econômicos futuros para o pagamento da obrigação, a provisão deve ser 
revertida.” 
 
b) Se a saída de recursos para o pagamento da obrigação for improvável, a provisão 
deverá ser reclassificada como passivo contingente. 
 
Segundo o MCASP, as provisões devem ser reconhecidas quando estiverem presentes os 
três requisitos abaixo: 
 
“a. exista uma obrigação presente resultante de eventos passados; 
b. seja possível fazer uma estimativa confiável do valor da obrigação; e 
c. seja provável uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou 
potencial de serviços para a extinção da obrigação.” 
 
Lendo os comentários dessa alternativa e da alternativa A, temos que se obrigação for 
improvável ela deve ser revertida e não reclassificada como passivo contingente. A 
confusão pode ter ocorrido devido a esse trecho do MCASP: 
 
“Passivo contingente é: 
 
27 
 
a. uma obrigação possível resultante de eventos passados e cuja existência será 
confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos que não 
estão totalmente sob o controle da entidade; ou 
b. uma obrigação presente resultante de eventos passados, mas que não é reconhecida 
porque: 
i. não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos 
ou potencial de serviços seja exigida para a extinção da obrigação; ou 
ii. não é possível fazer uma estimativa confiável do valor da obrigação.” 
 
c) Se puderem ser estimados confiavelmente, os passivos contingentes deverão ser 
reconhecidos em contas patrimoniais. 
 
Tal como diz o comentário da alternativa B os passivos contingentes não são reconhecidos 
no Balanço Patrimonial. 
 
d) Os passivos derivados de apropriações por competência, por já possuírem fato 
gerador, não devem ser reconhecidos como provisões. 
 
Veja o que diz o MCASP sobre a Diferenciação entre Provisões e Outros Passivos: 
 
“As provisões se distinguem dos demais passivos porque envolvem incerteza sobre o prazo 
ou o valor do desembolso futuro necessário para a sua extinção. 
 
Existem, basicamente, três tipos de passivo: 
a. Contas a pagar, decorrentes de bens ou serviços recebidos e que tenham sido 
faturados ou formalmente acordados com o fornecedor; 
b. Passivos derivados de apropriações por competência, decorrentes de bens ou serviços 
recebidos, mas que não tenham sido pagos, faturados ou formalmente acordados com o 
fornecedor, por exemplo, férias a pagar e décimo terceiro salário; e 
c. Provisões.” 
 
Observe que tal como diz o trecho citado do manual, provisões não se confundem os 
passivos citados na alternativa. 
 
e) Por estarem relacionados a valores incertos, os ajustes de perdas estimadas são 
registrados como provisões. 
 
Segundo o MCASP, embora sejam comumente conhecidos como “provisões”, não são 
provisões nos termos deste capítulo: 
 
“a. Ajustes de perdas estimadas, como perdas com ativos, perdas com investimentos do 
RPPS, e créditos de liquidação duvidosa, inclusive os créditos de dívida ativa. No PCASP, 
tais ajustes são reconhecidos como contas redutoras do ativo. 
 
 
28 
 
b. Passivos derivados de apropriações por competência, por exemplo, férias a pagar e 
décimo terceiro salário, embora algumas vezes seja necessário estimar o valor ou prazo 
desses passivos. Nos casos exemplificados é feito o reconhecimento mensal da parcela 
(1/12) das férias a pagar e décimo terceiro salário que tiverem como fato gerador aquele 
mês de trabalho.” 
 
GABARITO: D 
 
 
FCC - Analista Judiciário (TST)/Apoio Especializado/Contabilidade/2017 
Em 08/08/2016, um processo judicial foi instaurado contra determinada entidade pública, 
sendo que o departamento jurídico classificou como provável a probabilidade de saída de 
recursos para liquidar a obrigação, cujo valor foi estimado em R$ 80.000,00. Em 
16/05/2017, após decisão judicial referente ao processo instaurado em 08/08/2016, tal 
entidade pública ficou obrigada a liquidar a obrigação em 22/09/2017, entretanto, o valor 
total a ser pago foi fixado em R$ 70.000,00. Assim, em 16/05/2017, a decisão judicial 
provocou: 
 
a) uma redução no passivo financeiro da entidade pública, no valor de R$ 10.000,00, e deu 
origem a uma variação patrimonial aumentativa neste mesmo valor. 
b) uma redução no passivo permanente da entidade pública, no valor de R$ 10.000,00, e 
deu origem a uma variação patrimonial aumentativa neste mesmo valor. 
c) um aumento no passivo financeiro da entidade pública, no valor de R$ 70.000,00, e deu 
origem a uma variação patrimonial diminutiva neste mesmo valor. 
d) um aumento no passivo financeiro da entidade pública, no valor de R$ 80.000,00, e deu 
origem a uma variação patrimonial diminutiva neste mesmo valor. 
e) um aumento no passivo permanente da entidade pública, no valor de R$ 70.000,00, e 
deu origem a uma variação patrimonial diminutiva neste mesmo valor. 
 
RESOLUÇÃO 
 
Ao classificar, em 08/08/2016, como provável a saída de recursos para liquidar a obrigação 
com o valor estimado em R$80.000,00, foi registrada uma provisão de 80.000,00 no 
passivo. 
 
MCASP – “As provisões devem ser reconhecidasquando estiverem presentes os três 
requisitos abaixo: 
 
a. Exista uma obrigação presente (formalizada ou não) resultante de eventos passados; 
b. Seja provável uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou 
potencial de serviços para a extinção da obrigação. 
c. Seja possível fazer uma estimativa confiável do valor da obrigação;” 
 
29 
 
A decisão judicial (16/05/2017) que fixou o valor em 70.000,00 reduziu o passivo 
permanente em 10.000 (80.000 – 70.000) e gerou uma variação patrimonial aumentativa de 
mesmo valor, uma vez que o passivo foi reduzido sem contraprestação. 
 
GABARITO: B 
 
FBC - Bacharel em Ciências Contábeis (CFC)/2º Exame de Suficiência/2017 
Considerando-se o disposto no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 
MCASP, o registro contábil da constituição de uma provisão será efetuado a crédito de 
conta de Provisões e a débito de conta pertencente ao grupo de: 
 
a) Créditos Empenhados a Liquidar. 
b) Créditos Empenhados em Liquidação. 
c) Variações Patrimoniais Aumentativas. 
d) Variações Patrimoniais Diminutivas. 
 
RESOLUÇÃO 
 
Vamos ver o que diz o MCASP, 7ª Edição, sobre a contabilização das provisões: 
 
Provisão para Repartição de Crédito Tributário 
 
No momento do reconhecimento do crédito tributário, pode haver incerteza sobre o 
montante a ser transferido, devido ao fato de que a obrigação de transferir somente existirá 
em relação ao montante arrecadado e parcela do tributo pode não ser arrecadada. Assim, 
justifica-se o registro da provisão para repartição tributária, já que há incerteza quanto ao 
valor que deverá ser transferido. 
 
O cálculo da provisão para repartição tributária deve ser efetuado com base nos créditos 
de impostos e contribuições ainda não arrecadados sujeitos à repartição, deduzidos do 
respectivo ajuste para perdas. 
 
Os lançamentos são apresentados com valores exemplificativos. 
 
Reconhecimento do crédito tributário 
 
Natureza da informação: patrimonial 
 
D 1.1.2.2.1.xx.xx Crédito Tributário a Receber (P) 200 
C 4.1.1.2.1.xx.xx Imposto sobre Patrimônio e Renda – IPVA 200 
 
Ajustes de perdas estimadas (10%) 
 
Natureza da informação: patrimonial 
 
 
30 
 
D 3.6.1.7.x.xx.xx VPD com Ajuste de Perdas de Créditos 20 
C 1.1.2.9.X.xx.xx (-) Ajuste de Perdas de Créditos a Curto Prazo (P) 20 
 
Reconhecimento da provisão para repartição de crédito tributário (50%) 
 
Natureza da informação: patrimonial 
 
D 3.5.2.1.x.xx.xx Distribuição Constitucional e Legal de Receitas 90 
C 2.1.7.5.x.xx.xx Provisão para Repartição de Créditos a Curto Prazo (P) 90 
 
Somente na arrecadação do tributo ocorrerá a baixa do ativo anteriormente registrado em 
contas a receber contra o montante do recurso que ingressou no caixa do ente. 
Ainda nesse momento, é baixada a provisão contra a conta de obrigações de repartição a 
outros entes, conforme cada caso. 
Observe que a contrapartida da conta de provisões é uma Variação Patrimonial 
Diminutiva (VPD). 
 
Citei um conteúdo mais extenso para poder proporcionar um conhecimento mais vasto da 
matéria, pois podem aparecer questões mais complexas sobre esse assunto. 
 
GABARITO: D 
 
6. Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP 
 
Plano de contas é a estrutura básica da escrituração contábil, formada por uma relação 
padronizada de contas contábeis, que permite o registro contábil dos atos e fatos 
praticados pela entidade de maneira padronizada e sistematizada, bem como a elaboração 
de relatórios gerenciais e demonstrações contábeis de acordo com as necessidades de 
informações dos usuários. 
A ciência contábil tem como finalidade geral o fornecimento de informações aos diversos 
usuários da informação contábil. O PCASP alinha-se a esta finalidade por meio da 
padronização da forma de registro contábil para a extração de informações para estes 
usuários. 
Os objetivos do PCASP são: 
✓ Padronizar os registros contábeis das entidades do setor público; 
✓ Distinguir os registros de natureza patrimonial, orçamentária e de controle; 
✓ Atender à administração direta e à administração indireta das três esferas de 
governo, inclusive quanto às peculiaridades das empresas estatais dependentes e 
dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS); 
 
31 
 
✓ Permitir o detalhamento das contas contábeis, a partir do nível mínimo estabelecido 
pela STN, de modo que possa ser adequado às peculiaridades de cada ente; 
✓ Permitir a consolidação nacional das contas públicas; 
✓ Permitir a elaboração das Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público 
(DCASP) e dos demonstrativos do Relatório Resumido de Execução Orçamentária 
(RREO) e do Relatório de Gestão Fiscal (RGF); 
✓ Permitir a adequada prestação de contas, o levantamento das estatísticas de 
finanças públicas, a elaboração de relatórios nos padrões adotados por organismos 
internacionais – a exemplo do Government Finance Statistics Manual (GFSM) do 
Fundo Monetário Internacional (FMI), bem como o levantamento de outros relatórios 
úteis à gestão; 
✓ Contribuir para a adequada tomada de decisão e para a racionalização de custos no 
setor público; e 
✓ Contribuir para a transparência da gestão fiscal e para o controle social. 
 
Seu alcance pode ser resumido da seguinte maneira: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.1 Subsistemas da Informação Contábil 
 
OBRIGATÓRIO 
FACULTATIVO 
Todos os Poderes de cada ente da Federação, 
seus órgãos e entidades da administração 
direta e da administração indireta, incluindo 
fundos, autarquias, fundações e empresas 
estatais dependentes. 
Empresas estatais independentes 
 
32 
 
➢ Orçamentário: Registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao 
planejamento e à execução orçamentária; 
➢ Patrimonial: Registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não 
financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do 
patrimônio público; 
➢ Custos: Registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, 
produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública; 
➢ Compensação: Registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos 
possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem 
como aqueles com funções específicas de controle. 
 
Como forma de estruturar o PCASP, a STN utilizou uma metodologia na qual as contas 
contábeis foram segregadas em três grandes grupos de acordo com as características dos 
atos e fatos nelas registrados. 
Assim, o PCASP está estruturado de acordo com as seguintes naturezas das informações 
contábeis: 
➢ Orçamentária: registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao 
planejamento e à execução orçamentária. 
➢ Patrimonial: registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros 
relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público. 
➢ Controle: registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam 
produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como 
aqueles com funções específicas de controle. 
O PCASP divide-se em 8 classes, que classificam-se em 9 dígitos e 7 níveis: 
Patrimonial D 1 Ativo 
Patrimonial C 2 Passivo e PL 
Patrimonial D 3 Variação Patrimonial Diminutiva 
Patrimonial C 4 Variação Patrimonial Aumentativa 
Orçamentária D 
5 Controle da Aprovação do Planejamento e Orçamento – 
CAPO 
Orçamentária C 
6 Controle da Execução do Planejamento e Orçamento – 
CEPO 
Controle D 7 Controle de Devedoras 
Controle C 8 Controle de Credoras 
 
 
 
 
Atributos legais aplicados ao Ativo e Passivo (Dívida Fundada): 
 
 
Os lançamentos devem ser 
dentro da mesma natureza 
da informação. 
 
 
 
33 
 
➢ Financeiro: Independe de autorização orçamentária (Ativo) e legislativa (Passivo) 
➢ Permanente: Depende de autorização orçamentária(Ativo) e legislativa (Passivo) 
 
FCC - Analista em Gestão (DPE AM)/Especializado de Defensoria/Ciências 
Contábeis/2018 
Para o registro contábil da previsão inicial da receita orçamentária, são utilizadas contas do 
Plano de Contas Aplicado ao Setor Público das classes 
 
a) 5 e 6. 
b) 1 e 2. 
c) 6 e 8. 
d) 3 e 4. 
e) 4 e 5. 
 
RESOLUÇÃO 
 
O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) relacionou as classes do 
PCASP com a natureza da informação: 
 
As classes 5 e 6 do PCASP referem-se à natureza da informação orçamentária e são as 
classes que registram a previsão inicial de receita orçamentária. 
 
A classe 5 controla a aprovação do orçamento, que é baseada na previsão inicial de receitas. 
Já a classe 6 controla a execução do orçamento e a compara com a previsão inicial. 
 
GABARITO: A 
 
 
 
 
FCC - Analista Legislativo (ALESE)/Apoio Técnico Administrativo/Contabilidade/2018 
 
34 
 
Em janeiro de 2018, uma entidade pública reconheceu R$ 3.000,00 referentes a Ajuste de 
Perdas de Estoques. Para o registro contábil de tal fato, a entidade pública utilizou contas do 
Plano de Contas Aplicado ao Setor Público das classes: 
 
a) 1 e 3, sendo ambas as classes pertencentes à natureza da informação patrimonial. 
b) 1 e 3, sendo a primeira classe de natureza da informação patrimonial e a segunda de 
resultado. 
c) 2 e 3, sendo a primeira classe de natureza da informação patrimonial e a segunda de 
resultado. 
d) 2 e 4, sendo ambas as classes pertencentes à natureza da informação patrimonial. 
e) 2 e 4, sendo a primeira classe de natureza da informação patrimonial e a segunda de 
resultado. 
 
RESOLUÇÃO 
 
O ajuste de perdas de estoques corresponde a um crédito no ativo circulante contra uma 
variação patrimonial diminutiva. 
 
Vamos identificar agora no PCASP os códigos das classes e a natureza da informação deste 
lançamento contábil: 
 
“O PCASP está estruturado de acordo com as seguintes naturezas das informações contábeis: 
a. Natureza de Informação Orçamentária: registra, processa e evidencia os atos e os 
fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária. 
b. Natureza de Informação Patrimonial: registra, processa e evidencia os fatos 
financeiros e não financeiros relacionados com a composição do patrimônio público e 
suas variações qualitativas e quantitativas. 
c. Natureza de Informação de Controle: registra, processa e evidencia os atos de gestão 
cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem 
como aqueles com funções específicas de controle. (MCASP 7ª Edição, pág. 342)” 
De acordo com a natureza dos lançamentos supramencionados, verificamos que a natureza da 
informação é patrimonial. O PCASP divide cada uma dessas naturezas em classes de 
informação, conforme a tabela abaixo (adaptada). 
 
Natureza da 
Informação 
Classes 
Devedoras Credoras 
Patrimonial 
1. Ativo 2. Passivo 
3. Variações Patrimoniais 
Diminutivas 
4. Variações Patrimoniais 
Aumentativas 
Orçamentária 
5. Controles da Aprovação do 
Planejamento e Orçamento 
6. Controles da Execução do 
Planejamento e Orçamento 
Controle 7. Controles Devedores 8. Controles Credores 
 
35 
 
 Consultando a tabela, podemos ver que as classes que foram alteradas foram a 1 (Ativo), pois 
houve lançamento no Ativo Circulante e a 3 (Variações Patrimoniais Diminutivas). A resposta, 
portanto é a alteração nas classes de informação 1 e 3, cuja natureza da informação é 
patrimonial. Essa resposta corresponde à letra A. 
 
GABARITO: A. 
 
 
FBC - Bacharel em Ciências Contábeis (CFC)/1º Exame de Suficiência/2017 
Um Município brasileiro utiliza o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP. 
 
Em 2.1.2017, o Município efetuou o lançamento de ofício do Imposto sobre a Propriedade 
Predial e Territorial Urbana – IPTU, e o registrou em sua contabilidade de acordo com o 
Regime de Competência. 
 
No dia 2.3.2017, esse Município arrecadou R$40.000,00 relativos ao IPTU. 
 
Considerando-se o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP e o caso 
apresentado, os lançamentos contábeis que representam a contabilização do fato ocorrido em 
2.3.2017 envolverão apenas contas de natureza: 
 
a) De Controle, Financeira e Patrimonial. 
b) Orçamentária, Patrimonial e Financeira. 
c) Financeira, Orçamentária e de Controle. 
d) Patrimonial, Orçamentária e de Controle. 
 
RESOLUÇÃO 
 
O PCASP está estruturado de acordo com as seguintes naturezas das informações contábeis: 
 
a. Natureza de Informação Orçamentária: registra, processa e evidencia os atos e os 
fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária. 
 
b. Natureza de Informação Patrimonial: registra, processa e evidencia os fatos financeiros e 
não financeiros relacionados com a composição do patrimônio público e suas variações 
qualitativas e quantitativas. 
 
c. Natureza de Informação de Controle: registra, processa e evidencia os atos de gestão 
cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem 
como aqueles com funções específicas de controle. 
Agora veremos o que o mesmo manual diz sobre o lançamento e a arrecadação do IPTU: 
 
Por exemplo, a legislação que regulamenta o Imposto sobre a Propriedade Predial e 
Territorial Urbana (IPTU) estabelece, de modo geral, que o fato gerador deste tributo ocorrerá 
 
36 
 
no dia 1º de janeiro de cada ano. Nesse momento, os registros contábeis sob a ótica do Plano 
de Contas Aplicado ao Setor Público são os seguintes: 
 
Lançamento no momento do fato gerador (dia 1º de janeiro): 
 
Natureza da informação: patrimonial 
D 1.1.2.2.x.xx.xx Créditos Tributários a Receber (P) 
C 4.1.1.2.x.xx.xx Impostos Sobre o Patrimônio e a Renda 
 
Esse registro provoca o aumento do ativo e do resultado do exercício, atendendo ao disposto 
nos arts. 100 e 104 da Lei nº 4.320/1964. 
Na arrecadação, registra-se a receita orçamentária e procede-se à baixa do ativo registrado. 
 
Natureza da informação: patrimonial 
D 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F) 
C 1.1.2.2.x.xx.xx Créditos Tributários a Receber (P) 
 
Natureza da informação: orçamentária 
D 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a Realizar 
C 6.2.1.2.x.xx.xx Receita Realizada 
 
Natureza da informação: controle 
D 7.2.1.1.x.xx.xx Controle da Disponibilidade de Recursos 
C 8.2.1.1.1.xx.xx Disponibilidade por Destinação de Recursos (DDR) 
Observe que as naturezas de informação utilizadas são as seguintes: Patrimonial, 
Orçamentária e de Controle. 
 
Não existe Natureza de Informação Financeira, pois o antigo subsistema financeiro foi 
absorvido pelo subsistema patrimonial. 
 
GABARITO: D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
7. Princípios Orçamentários 
 
Os princípios são diretrizes norteadoras da elaboração e execução do orçamento público. São 
eles: 
Unidade: O orçamento é uma peça única para cada ente federativo. A Lei Orçamentária Anual 
- LOA compreenderá 3 suborçamentos: orçamento fiscal, de investimento e seguridade social 
dentro de um único documento legal. Exceção: Autorização para créditos adicionais. 
Universalidade: A LOA compreenderá todas as receitas e despesas do Poder Público. 
Exceção: Tributos criados após o orçamento, receitas e despesas das Empresas Estatais 
Independentes, receitas e despesas extra-orçamentárias. 
Exclusividade: Somente as receitas e despesas devem estar presentes no orçamento 
governamental. Pois se trata de uma peça exclusiva de planejamento governamental. Caso 
haja material estranho, a receita e despesa pública deve ser excluída e vetado esse artigo da 
lei. Exceção: Autorização de créditos suplementares e contratação de operações de créditos, 
ainda que por antecipação de Receita (Art. 67, CF – dá mais força com as vedações). 
Legalidade: Cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente

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