Buscar

7° PERIODO - CUIDADO INTEGRAL AO RECÉM NASCIDO E A CRIANÇA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Cuidado Integral ao 
recém-nascido e à criança 
AULA 1 – ALOJAMENTO CONJUNTO 
PORTARIA Nº- 2.068, DE 21 DE OUTUBRO DE 
2016 - Institui diretrizes para a organização da 
atenção integral e humanizada à mulher e ao recém-
nascido no Alojamento Conjunto. 
 
O Alojamento Conjunto é o local em que a mulher e 
o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, 
permanecem juntos, em tempo integral, até a alta. 
 
Possibilita a atenção integral à saúde da mulher e do 
recém-nascido, por parte do serviço de saúde. 
 
Art. 3º A manutenção da mulher e do recém-
nascido em Alojamento Conjunto apresenta as 
seguintes vantagens: 
I. favorece e fortalece o estabelecimento do 
vínculo afetivo entre pai, mãe e filho; 
II. propicia a interação de outros membros da 
família com o recém-nascido; 
III. favorece o estabelecimento efetivo do 
aleitamento materno com o apoio, promoção e 
proteção, de acordo com as necessidades da 
mulher e do recém-nascido, respeitando as 
características individuais; 
IV. propicia aos pais e acompanhantes a observação 
e cuidados constantes ao recém-nascido, 
possibilitando a comunicação imediata de 
qualquer anormalidade; 
V. fortalece o autocuidado e os cuidados com o 
recém-nascido, a partir de atividades de 
educação em saúde desenvolvidas pela equipe 
multiprofissional; 
VI. diminui o risco de infecção relacionada à 
assistência em serviços de saúde; e 
VII. propicia o contato dos pais e familiares com a 
equipe multiprofissional por ocasião da 
avaliação da mulher e do recém-nascido, e 
durante a realização de outros cuidados 
 
Art. 4º O Alojamento Conjunto destina-se a: 
I. mulheres clinicamente estáveis e sem 
contraindicações para a permanência junto ao 
seu bebê; 
II. recém-nascido clinicamente estáveis, com boa 
vitalidade, capacidade de sucção e controle 
térmico; peso maior ou igual a 1800 gramas e 
idade gestacional maior ou igual a 34 semanas. 
III. recém-nascidos com acometimentos sem 
gravidade, como por exemplo: icterícia, 
necessitando de fototerapia, malformações 
menores, investigação de infecções congênitas 
sem acometimento clínico, com ou sem 
microcefalia; e 
IV. Recém-nascidos em complementação de 
antibioticoterapia para tratamento de sífilis ou 
sepse neonatal após a estabilização clínica na 
UTI ou UCI neonatal 
 
Art. 5º O Alojamento Conjunto contará com os 
seguintes recursos humanos mínimos: 
ENFERMAGEM 
a) 1 Enfermeiro Coordenador com jornada 
horizontal mínima de 4 horas diárias 
b) 1 enfermeiro assistencial para cada 20 
binômios mão-bebê 
c) 1 técnico/auxiliar de enfermagem para cada 8 
binômios mãe-bebê 
 
PEDIATRA 
a) 1 Médico Responsável Técnico, 
preferencialmente pediatra ou neonatologista, 
com jornada horizontal mínima de 4 horas 
diárias; 
b) 1 Médico Assistencial, preferencialmente 
pediatra ou neonatologista, com jornada 
horizontal mínima de 4 horas diárias para cada 
20 recém-nascidos 
c) 1 Médico Plantonista para cada 20 recém-
nascidos – pode ser pediatra ou neonatologista 
da UCINCo ou UCINCa 
 
OBSTETRÍCIA 
a) 1 Médico Responsável Técnico, 
preferencialmente Gineco/Obstetra, com 
jornada horizontal mínima de 4 horas diárias; 
b) 1 Médico Assistencial, 
preferencialmente Gineco/Obstetra, para cada 
20 puérperas; 
c) 1 Médico Plantonista, preferencialmente 
Gineco/Obstetra 
 
OBSERVAÇÃO! O Enfermeiro e o Médico 
poderão acumular as funções de coordenação e 
assistência. 
 
 
 
 
 
Art. 6º Cabe à equipe multiprofissional no 
Alojamento Conjunto: 
• Avaliar as puérperas diariamente, com atenção 
aos sinais de alerta para complicações no 
período pós-parto 
• Promover e proteger o aleitamento materno sob 
livre demanda 
• Garantir à mulher o direito a acompanhante, de 
sua livre escolha, durante toda a internação e a 
receber visitas diárias, inclusive de filhos 
menores 
• Estimular e facilitar a presença do pai sem 
restrição de horário 
• oferecer à mulher orientações relativas à 
importância de não ofertar ao recém-nascido 
nenhum outro alimento ou bebida 
• Oferecer à mulher orientações relativas à 
importância de não usar protetores de mamilo 
ou chupetas ao recém-nascido 
• Oferecer à mulher orientações sobre os riscos da 
amamentação cruzada; amamentar outro 
recém-nascido que não seja o próprio filho, e da 
proibição desta prática no Alojamento Conjunto 
• Orientar e estimular o contato pele a pele, 
posição canguru, pelo tempo que a mãe e o pai 
considerarem oportuno e prazeroso, 
especialmente quando se tratar de recém-
nascido com peso inferior a 2500g; 
• Realizar o exame clínico do recém-nascido em 
seu próprio berço ou no leito materno 
• Realizar o banho do recém-nascido na cuba de 
seu próprio berço ou banheira e assegurar a 
limpeza e a desinfecção 
• Avaliar o peso do recém-nascido de acordo com 
necessidades individuais 
• Adotar técnicas não farmacológicas de 
prevenção/redução da dor para a coleta de 
sangue e outros procedimentos dolorosos 
• Identificar e enfatizar os recursos disponíveis na 
comunidade e na rede de saúde local para 
atendimento continuado das mulheres e das 
crianças 
• Realizar atividades de educação em saúde, 
preferencialmente em grupo 
• Ofertar a inserção de método contraceptivo de 
longa duração e alta eficácia antes da alta, caso 
seja escolha da mulher 
 
 
 
 
 
 
Art. 7º O Alojamento Conjunto contará com os 
seguintes recursos físicos: 
• Quartos para puérperas e recém-nascidos, com 
um ou dois leitos e banheiro anexo 
• Enfermaria para puérperas e recém-nascidos, 
com três a seis leitos, com banheiro anexo 
• Para cada leito materno, deve ser disponibilizado 
um berço para o recém-nascido e uma poltrona 
para acompanhante. 
• Os quartos devem ter tamanho adequado para 
acomodar mulher e recém-nascido 
 
Art. 8º O serviço de saúde responsável pelo 
Alojamento Conjunto deverá dispor dos 
seguintes equipamentos, materiais e 
medicamentos para atendimento à mulher e ao 
recém-nascido: 
 
 
 
Desde que... 
 
I. PUÉRPERA: 
i. em bom estado geral, com exame físico 
normal, sem sinais de infecção puerperal/sítio 
cirúrgico, com Loquiação fisiológica; 
ii. sem intercorrências mamárias como fissura, 
escoriação, ingurgitamento ou sinais de 
mastite, e orientada nas práticas de massagem 
circular e ordenha do leite materno; 
iii. com recuperação adequada, comorbidades 
compensadas ou com encaminhamento 
assegurado para seguimento ambulatorial de 
acordo com as necessidades; 
iv. bem orientada para continuidade dos cuidados 
em ambiente domiciliar e referenciada para 
Unidade Básica de Saúde (retorno assegurado 
até o 7º dia após o parto); 
v. estabelecimento de vínculo entre mãe e bebê; 
vi. com encaminhamento para unidade de 
referência para acesso a ações de saúde sexual 
e reprodutiva e escolha de método 
anticoncepcional, caso a mulher não receba 
alta já em uso de algum método contraceptivo, 
ou para seguimento pela atenção básica da 
prescrição ou inserção de método pela equipe 
da maternidade; 
 
II. RECÉM-NASCIDO: 
i. a termo e com peso adequado para a idade 
gestacional, sem comorbidades e com exame 
físico normal. 
ii. com ausência de icterícia nas primeiras 24 
horas de vida; 
iii. com avaliação de icterícia, preferencialmente 
transcutânea, e utilização do normograma de 
Bhutani para avaliar a necessidade de 
acompanhamento dos níveis de bilirrubina 
quando necessário; 
iv. apresentando diurese e eliminação de mecônio 
espontâneo e controle térmico adequado; 
v. com sucção ao seio com pega e 
posicionamento adequados, com boa 
coordenação sucção/deglutição, salvo em 
situações em que há restrições ao aleitamento 
materno; 
vi. em uso de substituto do leite humano/formula 
láctea para situações em que a amamentação é 
contraindicada de acordo com atualização 
OMS/2009 "Razões médicas aceitáveis para 
uso de substitutos do leite" 
 
III. revisão das sorologiasda mulher realizadas 
durante a gestação ou no momento da 
internação para o parto, assim como 
investigação de infecções congênitas no recém-
nascido, conforme necessidade. 
Entre as sorologias, merecem destaque: sífilis, 
HIV, toxoplasmose e hepatite B. Outras doenças 
infectocontagiosas, como citomegalovírus, 
herpes simplex e infecções por arbovírus 
deverão ser investigadas se houver história 
sugestiva durante a gestação e/ou sinais clínicos 
sugestivos no recém-nascido; 
 
IV. realização de tipagem sanguínea, Coombs da 
mãe e do recém-nascido, quando indicado; 
 
V. V - Oximetria de pulso (teste do coraçãozinho) e 
Triagem Ocular (Teste do Reflexo Vermelho ou 
teste do olhinho) realizados; Triagem Auditiva 
(teste da orelhinha) assegurada no primeiro mês 
de vida e Triagem Biológica (teste do pezinho) 
assegurada preferencialmente entre o 3º e 5º dia 
de vida; 
VI. VI - avaliação e vigilância adequadas dos recém-
nascidos para sepse neonatal precoce com base 
nos fatores de risco da mãe e de acordo com as 
diretrizes atuais do Ministério da Saúde para a 
prevenção de infecção pelo estreptococo do 
grupo B; 
VII. a mãe, o pai e outros cuidadores devem ter 
conhecimento e habilidade para dispensar 
cuidados adequados ao recém-nascido, e 
reconhecer situações de risco como a ingestão 
inadequada de alimento, o agravamento da 
icterícia e eventual desidratação nos primeiros 
sete dias de vida; 
VIII. VIII - avaliação do serviço social para os fatores 
de risco psíquicos, sociais e ambientais, como o 
uso de drogas ilícitas, alcoolismo, tabagismo, 
antecedentes de negligência, violência 
doméstica, doença mental, doenças 
transmissíveis e situações de vulnerabilidade 
social 
IX. agenda com a Atenção Básica, o retorno da 
mulher e do recém-nascido entre o terceiro e o 
quinto dia de vida (5º Dia de Saúde Integral); e 
X. preenchimento de todos os dados na Caderneta 
da Gestante e na Caderneta de Saúde da Criança 
 
Art. 10. No momento da alta, a equipe 
multiprofissional fornecerá à mulher as seguintes 
orientações: 
• Procurar a Unidade Básica de Saúde ou o 
pronto-atendimento caso a mulher apresente 
sinais de infecção (febre, secreção purulenta 
vaginal, por ferida operatória ou nas mamas), 
sangramento com odor fétido ou com volume 
aumentado, edema assimétrico de 
extremidades, dor refratária a analgésicos, 
sofrimento emocional, astenia exacerbada ou 
outros desconfortos; 
• Procurar a Unidade Básica de Saúde se o recém-
nascido apresentar problemas com aleitamento 
materno, icterícia ou qualquer outra alteração; 
• Em caso de intercorrências com as mamas, os 
Bancos de Leite Humano poderão oferecer a 
assistência referente às boas práticas da 
amamentação, e orientações sobre a doação de 
leite humano; 
• Realizar vacinação conforme calendário vacinal; 
• Higienizar as mãos antes e após o cuidado com 
o recém-nascido; 
• Evitar ambientes aglomerados ou com pessoas 
apresentando sinais e sintomas de doenças 
infectocontagiosas, como gripe e resfriado 
• Prevenir a morte súbita do recém-nascido por 
meio dos seguintes cuidados: deixar a criança 
em posição supina, manter a amamentação ao 
seio e evitar o tabagismo materno ou outra 
forma de exposição da criança ao fumo; 
• Transportar o recém-nascido de forma segura e 
prevenir acidentes domésticos; 
• Para crianças filhos de mães cuja amamentação 
é contraindicada, orientar o preparo correto da 
formula láctea e higienização dos utensílios 
utilizados para preparo e oferta desse alimento 
 
Com estas reformulações, a Portaria anterior (nº 
1.016/GM/MS, de 26 de agosto de 1993) foi 
revogada. 
 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
• O que é alojamento conjunto? 
• Para quem é destinado esse alojamento? 
• Cite 3 vantagens do alojamento conjunto 
• Quais são os recursos mínimos necessários para 
que funcione esse serviço? 
• Cite 5 competências da equipe multiprofissional 
frente o binômio mãe x filho no alojamento 
conjunto 
• Quais os principais equipamentos, materiais e 
medicamentos para atendimento à mulher e ao 
recém-nascido? 
• Qual o tempo mínimo de permanência no 
alojamento conjunto? Cite 3 condições mínimas 
da puérpera e 3 condições mínimas para 
recebimento de alta do alojamento conjunto 
• Quais as principais orientações que podem ser 
dadas aos familiares do RN ao saírem de alta? 
 
 
 
 
Cuidado Integral ao 
recém-nascido e à criança 
AULA 2 – UNIDADE DE TERAPIA 
INTENSIVA NEONATAL E PEDIÁTRICA 
RESOLUÇÃO-RDC Nº 7, DE 24 DE FEVEREIRO DE 
2010 
• Dispõe sobre os requisitos mínimos para 
funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva 
• Esta Resolução possui o objetivo de estabelecer 
padrões mínimos para o funcionamento das 
Unidades de Terapia Intensiva, visando à 
redução de riscos aos pacientes, visitantes, 
profissionais e meio ambiente 
• Esta Resolução se aplica a todas as Unidades de 
Terapia Intensiva gerais do país, sejam públicas, 
privadas ou filantrópicas; civis ou militares 
• Unidade de Terapia Intensiva (UTI): área crítica 
destinada à internação de pacientes graves, que 
requerem atenção profissional especializada de 
forma contínua, materiais específicos e 
tecnologias necessárias ao diagnóstico, 
monitorização e terapia. 
• Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI-
N): UTI destinada à assistência a pacientes 
admitidos com idade entre 0 e 28 dias. 
• Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI-
P): UTI destinada à assistência a pacientes com 
idade de 29 dias a 14 ou 18 anos, sendo este 
limite definido de acordo com as rotinas da 
instituição 
• Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica Mista 
(UTIPm): UTI destinada à assistência a pacientes 
recém-nascidos e pediátricos numa mesma sala, 
porém havendo separação física entre os 
ambientes de UTI Pediátrica e UTI Neonatal. 
 
UTI 
A unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) é 
uma unidade hospitalar destinada a receber as 
crianças graves após o nascimento ou até 28 dias de 
vida. Setor complexo que necessita de uma equipe 
treinada para trabalhar na assistência da criança 
grave no período neonatal. 
 
Quem são internados na unidade de terapia 
neonatal? 
• recém-nascido grave 
• recém-nascido com malformação 
• recém-nascido muitíssimo 
 
 
FUNÇÕES DA UTIN 
• Reanimação e estabilização 
• Admissão e observação 
• Cuidados contínuos e intensivos 
• Isolamento 
• Apoio familiar 
• Reduzir o índice de morbimortalidade neonatal 
• Promover e incentivar o aleitamento materno 
• Estimular e facilitar a participação da mãe na 
execução dos cuidados ao RN 
• Estimular e desenvolver atividades de ensino e 
pesquisa 
 
PADRÕES DE INSTALAÇÃO DA UTIN 
• UTI neonatal próximo ao bloco cirúrgico 
• Visões de circulação externa e interna 
• Planta física especificamente projetada 
• Segurança do paciente 
 
ÁREA FÍSICA POR LEITO 
• 3 a 4m², com uma distancia de 1m entre eles 
• Energia elétrica: 10 tomadas aterradas e ligadas 
ao circuito de emergência do gerador 
• 3 a 4 pontos de ar comprimido e oxigênio e 
vácuo 
• Temperatura de 24° a 27°c 
• Umidade de 50% 
• Piso: sem frestas, material lavável, cor clara, 
superfície lisa 
• Comunicação: linha telefônica, música ambiente 
 
 
 
 
TRANSPORTE DE RECÉM-NASCIDO 
O transporte neonatal é realizado quando a criança 
internada em unidade neonatal necessita de alguma 
intervenção cirúrgica ou exames complementares, 
podendo ser intra hospitalar ou Inter hospitalar 
 
 
Projetar uma UTI ou modificar uma unidade 
existente, exige conhecimento das normas dos 
agentes reguladores, experiência dos profissionais 
de terapia intensiva, que estão familiarizados com as 
necessidades específicas da população de pacientes. 
O projeto deve ser abordado pôr um grupo 
multidisciplinar composto de médico, enfermeiro, 
arquiteto, administrador hospitalar e engenheiros. 
 
Esse grupo deve avaliar a demanda esperadada UTI 
baseado na avaliação dos pontos de fornecimento 
de seus pacientes, nos critérios de admissão e alta, e 
na taxa esperada de ocupação. É necessário análise 
dos recursos médicos, pessoal de suporte 
(enfermagem, fisioterapia, nutricionista, psicólogo e 
assistente social) e pela disponibilidade dos serviços 
de apoio (laboratório, radiologia, farmácia e outros). 
 
LOCALIZAÇÃO DENTRO DO AMBIENTE 
HOSPITALAR 
Cada UTI deve ser uma área geográfica distinta 
dentro do hospital, quando possível, com acesso 
controlado, sem trânsito para outros 
departamentos. 
Sua localização deve ter acesso direto e ser próxima 
de elevador, serviço de emergência, centro cirúrgico, 
sala recuperação pós-anestésica, unidades 
intermediárias de terapia e serviço de laboratório e 
radiologia. 
 
 
 
 
FORMA DA UNIDADE 
As unidades com leitos dispostos em quartos 
fechados, devem ser dotadas de painéis de vidro 
para facilitar a observação dos pacientes. Nesta 
forma de unidade é necessária uma central de 
monitorização no posto de enfermagem, com 
transmissão de onda eletrocardiográfica e 
frequência cardíaca. 
 
ESTIMATIVA E DISPOSIÇÃO DOS LEITOS 
• Depende da população atendida neste hospital, 
do numero de cirurgias, numero de médicos e 
enfermeiros e dos recursos institucionais 
• Um hospital deve destinar 10% de sua 
capacidade de leitos para a UTI- mínimo 5 leitos, 
ideal 8 – 12 por unidade 
• Para a UTI neonatal, devemos levar em conta 
fatores como: numero de partos anuais, número 
de leitos obstétricos, taxa e nascidos vivos anual, 
quantos desses RN necessitaram ser transferidos 
para uma UTI neonatal e, se a UTI neonatal 
recebera somente pacientes nascidos no 
hospital base ou recebera pacientes de outras 
instituições conveniadas. 
 
UTI PEDIATRICA 
Admite-se pacientes a partir de 29 dias até 18 anos 
(de acordo com as normas da instituição) 
• Insuficiência respiratória aguda 
• Choque 
• Trauma 
• Infecções 
 
INDICAÇÕES PARA INTERNAÇÃO NA UTIP 
• necessidade de ventilação mecânica; 
• infusão de drogas vasoativas; 
• POI cirúrgico 
• PO de cirurgia cardíaca 
• choque séptico 
• portadores de doenças cardíacas 
• distúrbio respiratório, neurológicos, 
hematológicos, renais e etc. 
• dentre outros. 
 
 
 
 
 
 
INCUBADORA/ BERÇO AQUECIDO -5M² POR 
LEITO 
 
 
 
LEITO – 12M² POR LEITO 
 
 
FOTOTERAPIA 
 
 
CALIBRE DA SONDA NASO 
• ADULTOS – 14, 16 ate 24 Fr 
• CRIANÇAS – 6, 8 e 10 Fr 
• RN – 4 Fr 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA UTI 
NEONATAL E PEDIATRICA 
COORDENADOR DA UTI 
• planejamento 
• organização 
• seleção da equipe 
• elaborar plano assistencial 
• supervisionar o serviço 
 
ASSISTENTE 
• realizar procedimentos invasivos 
• supervisionar o serviço técnico 
• Auxiliar e coordenar o serviço de 
• enfermagem nas intercorrências 
• preparar a admissão da criança 
• Instalar equipamentos para monitoramento da 
criança 
• Orientar e planejar a assistência 
 
PROCEDIMENTOS BÁSICOS NA UTI – 
PEDIÁTRICA OU NEONATAL 
• Preparo no leito; 
• Material de intubação; 
• Aparelho para ventilação mecânica; 
• Material para procedimentos cirúrgicos 
• Material para sondagens; 
• Carrinho de emergência; 
• Administração de drogas; 
• Controle do peso; 
• Realização de raios x 
• Realização de raios x 
• Oxigenoterapia 
• Acesso venoso 
• Controle dos sinais vitais 
• Cuidados com traqueostomia; 
• Cateterismo vesical 
 
RECURSOS HUMANOS 
Deve ser formalmente designado um Responsável 
Técnico médico, um enfermeiro coordenador da 
equipe de enfermagem e um fisioterapeuta 
coordenador da equipe de fisioterapia, assim 
como seus respectivos substitutos. 
 
O Responsável Técnico deve ter habilitação em 
Medicina Intensiva Pediátrica, para responder por 
UTI Pediátrica; título de especialista em Pediatria 
com área de atuação em Neonatologia, para 
responder por UTI Neonatal; 
 
 
Os coordenadores de enfermagem e de fisioterapia 
devem ser especialistas em terapia intensiva ou em 
outra especialidade relacionada à assistência ao 
paciente grave, específica para a modalidade de 
atuação (adulto, pediátrica ou neonatal); 
 
• Médico diarista: Médico diarista/rotineiro: 01 
(um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, nos 
turnos matutino e vespertino 
• Médico plantonista: no mínimo 01 (um) para 
cada 10 (dez) leitos ou fração, em cada turno 
• Enfermeiros assistenciais: no mínimo 01 (um) 
para cada 08 (oito) 
• Fisioterapeutas: no mínimo 01 (um) para cada 
10 (dez) leitos ou fração, nos turnos matutino, 
vespertino e noturno, perfazendo um total de 18 
horas diárias de atuação; 
• Técnicos de enfermagem: no mínimo 01 (um) 
para cada 02 (dois) leitos em cada turno, além de 
1 (um) técnico de enfermagem por UTI para 
serviços de apoio assistencial em cada turno; 
• Auxiliares administrativos: no mínimo 01 (um) 
exclusivo da unidade 
• Funcionários exclusivos para serviço de limpeza 
da unidade, em cada turno. 
• Médicos plantonistas, enfermeiros assistenciais, 
fisioterapeutas e técnicos de enfermagem deve 
estar disponível em tempo integral para 
assistência aos pacientes internados na UTI, 
durante o horário em que estão escalados para 
atuação na UTI. 
• Todos os profissionais da UTI devem estar 
imunizados contra tétano, difteria, hepatite B e 
outros imunobiológicos 
 
Art. 17 A equipe da UTI deve participar de um 
programa de educação continuada, 
contemplando, no mínimo: 
I. normas e rotinas técnicas desenvolvidas na 
unidade; 
II. incorporação de novas tecnologias; 
III. gerenciamento dos riscos inerentes às atividades 
desenvolvidas na unidade e 
IV. segurança de pacientes e profissionais. 
V. prevenção e controle de infecções relacionadas 
à assistência à saúde. 
 
§ 1º As atividades de educação continuada devem 
estar registradas, com data, carga horária e lista de 
participantes. 
§ 2º Ao serem admitidos à UTI, os profissionais 
devem receber capacitação para atuar na unidade. 
 
CASO CLÍNICO 
Pedro Henrique nasceu de parto normal, pesando 3 
kg e com 46 cm de comprimento. Chorou ao nascer 
e não necessitou de manobras de reanimação. 
Apresentou escore de APGAR: 7 NO 1° minuto e 8 
no 5° minuto. Informações de sua genitora: tem 23 
anos, não realizou pré natal, apresentava perda de 
líquido amniótico há 8 horas e febre no momento 
do parto. Apresentou liquido amniótico fétido. 
 
Explique os procedimentos que foram realizados 
neste RN 
 
 
 
 
 
 
Cuidado Integral ao 
recém-nascido e à criança 
AULA 3 – CUIDADOS AO RECÉM NASCIDO 
O ato de cuidar significa dedicar tempo, atenção, 
zelo, conforto, respeito, competência e ética, que se 
processa por meio de uma relação de 
horizontalidade e igualdade 
 
Os cuidados com o recém-nascido (RN) podem ser 
divididos em imediatos e gerais. Os primeiros são 
proporcionados logo após o parto até seu ingresso 
no alojamento conjunto. Os cuidados gerais são 
ministrados posteriormente, durante o período 
neonatal. 
 
Os cuidados imediatos ao RN são prestados nas 
duas primeiras horas após o parto, com o objetivo 
de proporcioná-lo condições satisfatórias para 
adaptação a vida extra-uterina 
 
CUIDADOS GERAIS 
• Praticar o aleitamento exclusivo ao seio até o 6° 
mês de vida 
• Manter posição correta durante a amamentação 
• Levar o bebê para fazer o teste do pezinho após 
o 5° dia de vida. 
• Vacinar o bebê sempre nas datas marcadas a 
lápis no cartão da criança. (lembro que as 
primeiras vacinas após a alta são as crianças BCG 
contra tuberculose e contra hepatite B) 
• So atrase a vacina do seu filho se ele estiver com 
alguma doença contra-indique vacinar no 
momento 
• A caderneta de vacinação é válida em todo o 
brasil 
• Levar o bebê para fazer puericultura – é o 
acompanhamento da saúde do seu filho durante 
o 1° ano de vida 
• Cuida bem do cartão da criança, poisele é um 
documento para a vida inteira 
 
No caso de Cólicas: 
• Realizar massagem na barriga do bebê, no 
sentido horário (como prevenção) 
• Realizar exercícios com as perninhas, tipo 
bicicleta (como prevenção) 
• Passar uma fralda de pano com ferro quente e 
aplicar sobre a barriga do bebê (no momento da 
dor) 
Obs: Evite ao máximo a administrar medicação para 
cólica ou dor se for necessário faça somente com a 
prescrição do pediatra. 
 
• Proporcionar conforto e bem-estar ao bebê 
• Evitar infecções, através da limpeza cuidado do 
recém-nascido, no banho 
• Prevenir infecção do cordão umbilical 
• Adequar o vestuário do bebê à temperatura 
ambiente 
 
Os cuidados de higiene são indispensáveis, pois, 
previnem infecções. O sistema imunitário do recém-
nascido ainda não está totalmente desenvolvido, 
desta forma torna-se essenciais. 
A pele é a primeira defesa do recém-nascido, por 
isso, deve estar bem cuidada 
 
A pele 
após o nascimento a pele pode apresentar... 
• Eritema tóxico: É uma erupção papular rósea 
com vesículas espalhadas pelo tórax, costas, 
nádegas e abdômen 
• Icterícia fisiológica: imaturidade hepática, cor 
amarelada do recém-nascido 
• Mancha mongólica: mancha cor ardósia, 
comum na zona sacrococcígea 
• Mília: pequenos pontos brancos na face 
• Lanugo: camada de pelos muito finos, que cai 
na 1° semana de vida 
• Vérnix caseoso: camada de gordura branca 
produzida pelas glândulas sebáceas 
 
O banho 
• O banho é um momento especial para o bebê e 
para os pais pois promove a troca do local sujo 
É por isso que os pais devem tornar o ambiente 
confortável para o bebê 
 
• o banho deve ser dado num espaço limpo e 
espaçoso, o material deve estar preparado 
 
temperatura 
• exterior deve ser 22° - 24°c (sem corrente de ar) 
• da água de 37°c 
 
o banho total: posicionar o bebê de barriga para 
cima, segurando pela nuca, com o braço, utilizando 
a mão livre em concha para colher água 
 
limpar a face e os olhos do bebê, com compressas 
com água morna para o rosto e, soro fisiológico para 
os olhos (uma compressa para cada olho), fazendo 
movimentos suaves e únicos, de fora para dentro. 
 
Cuidados com o coto umbilical 
Lavar sempre muito bem as mãos antes de iniciar o 
procedimento; limpar a pele que rodeia o cordão 
umbilical, utilizando uma compressa com álcool 70% 
para cada zona e também para clampe; fazer um 
movimento único e suave com a compressa; quando 
colocar a fralda dobre a parte superior da fralda para 
não ficar em cima do cordão umbilical (harmonia) 
 
Conclusão: O banho, os cuidados com o cordão 
umbilical, o vestuário, a troca de fraldas, bem como 
as rotinas estabelecidas pelos pais são fundamentais 
para o crescimento e desenvolvimento saudáveis do 
bebê. 
 
Banho e os cuidados de higiene: 
• Permitem a observação da sua condição 
física 
• Promovem o conforte do bebê e previnem 
infecções 
• Acima de tudo, permite a socialização do 
bebê com os pais 
 
ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO 
As ações positivas causadas pelo aleitamento 
materno são inúmeras. Já durante a gestação as 
mamas vão vendo preparadas para o momento de 
amamentar. Isso só pode significar que amamentar 
é um processo natural e deve ocorrer. 
 
Entretanto, a amamentação sofreu grandes 
influências sociais e culturais ao longo do tempo, 
séculos antes de cristo, as mulheres alimentavam 
seus bebês usando outros artifícios com xícaras com 
bicos e pequenos potes feitos de barro. 
 
Esses objetos foram encontrados por arqueólogos 
em túmulos de crianças. Isso indica que as mulheres 
buscavam uma forma de substituir a amamentação 
feita pela mãe. Outra prática, também bastante 
antiga, para a substituição da amamentação 
materna é a das amas de leite. 
 
OS BENEFÍCIOS DO LEITE MATERNO 
A amamentação supre todas as necessidades dos 
primeiros meses de vida, para o bebê crescer e se 
desenvolver sadio. 
• O leite materno é completo 
• O leite materno da proteção contra doença 
• É limpo e pronto 
• Dar de mamar ajuda na prevenção de 
defeitos na oclusão (fechamento) dos 
dentes, diminui a incidência de cáries e 
problemas na fala 
• Bebês que mamam no peito apresentam 
melhor crescimento e desenvolvimento 
• Trabalhos científicos identificam que essas 
crianças são mais inteligentes 
• Ele é o alimento ideal, não sendo necessário 
oferecer água, chá e nenhum outro alimento 
até os 6 meses de idade. 
 
Vantagens para mãe, o pai e a família 
• Aumenta os laços afetivos 
• Amamentar logo que o bebê nasce diminui 
o sangramento da mãe após o parto e faz o 
útero voltar mais rápido ao tamanho normal, 
e a diminuição do sangramento previne a 
anemia materna. 
• É um método natural de planejamento 
familiar (atenção) diminui o risco de câncer 
de mama e ovários 
• É econômico e prático 
 
TIPOS DE LEITE MATERNO 
Nesse período o leite vai aumentando sua 
quantidade e sua coloração e, contrapartida, os 
anticorpos e as proteínas vão diminuindo. 
Aumentam também os níveis de gordura e lactose, 
que é o açúcar do leite 
Leite do começo ou anterior: tem coloração 
levemente acinzentada, tem mais proteínas, lactose, 
vitaminas, minerais e água. 
Leite do fim ou posterior: possui mais gordura, o que 
confere um aspecto mais branco e menos aquoso, e 
é uma fonte de energia e ganho de peso do bebê 
 
 
 
 
Cuidado Integral ao 
recém-nascido e à criança 
AULA 4 – MÉTODO CANGURU 
Também é bastante difundida a importância de 
amamentar na primeira hora de vida, o que faz com 
que as dificuldades de amamentação sejam menos 
incidentes. 
“Assim como a importância do contato pele a pele 
entre mãe e bebê que favorecem a colonização por 
bactérias do bem, a contraindicação da aspiração de 
boca e nariz dos bebês que nascem e respiram sem 
dificuldades nos primeiros minutos também são 
outros exemplos de práticas para a recepção 
humanizada”, explica a profissional. 
 
História do método canguru: O método canguru 
foi inicialmente idealizado na Colômbia no ano de 
1979 no instituto materno Infantil de Bogotá 
• Tinha a proposta de melhorar os cuidados 
prestados ao recém-nascido pré termo naquele 
País 
 
No Brasil, os primeiros relatos da utilização do 
Método Canguru são de 1992, na cidade de Santos, 
no Hospital Guilherme Álvaro (HGA) e em 1993 no 
Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP). A 
partir do ano 2000, o Método Canguru tornou-se 
uma Política Pública com a publicação, pelo 
Ministério da Saúde (MS), da Norma de Atenção 
Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso – 
método canguru (portaria GM no 693 de 
05/07/2000), posteriormente revisada em 2007 
(portaria GM n° 1.683 de 12/07/2007) 
 
Lei n° 13.257, de 8 de março de 2016 
Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira 
infância e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 
1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) - Os 
estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive 
as unidades neonatais, de terapia intensiva e de 
cuidados intermediários, deverão proporcionar 
condições para a permanência em tempo integral de 
um dos pais ou responsável, nos casos de internação 
de criança ou adolescente.” 
 
Pilares do método canguru: 
• Cuidado integral e qualificado ao recém-
nascido, seus pais e família; 
• Respeito às individualidades; 
• Promoção do contato pele a pele precoce e 
prolongado; 
• Promoção do aleitamento 
• Envolvimento da mãe e do pai nos cuidados com 
o recém-nascido. 
 
A seguir apresentaremos as vantagens do 
método canguru, para as quais já existem 
evidências científicas: 
• Reduz o tempo de separação entre o recém-
nascido e seus pais ; 
• Facilita o processo interativo mãe-pai-bebê e 
com isto o vínculo afetivo familiar; 
• Estimula o aleitamento materno, garantindo 
maior frequência, precocidade e duração; 
• Possibilita ao RN controle térmico adequado;1° ETAPA - A primeira etapa tem início no pré-natal da 
gestante de risco, passa pelo parto e nascimento e segue 
pela internação do recém-nascido na unidade neonatal, 
em geral na UTI neonatal. Nesta etapa a equipe de saúde 
procura minimizar a separação entre o recém-nascido e 
seus pais, favorecendo a proximidade entre eles com o 
intuito de proteger a formação e o fortalecimento dos 
laços afetivos. 
 
2° ETAPA - Na segunda etapa, a mãe é convidada a ficar 
com seu recém-nascido na Unidade de Cuidados 
Intermediários Canguru (UCINCa) em tempo integral. 
Podemos dizer que esse período funciona como um 
“estágio” pré-alta hospitalar 
 
3° ETAPA - A terceira etapa do Método Canguru tem 
início com a alta hospitalar. A criança se encontra estável 
clinicamente, em aleitamento materno, necessita de 
cuidados quanto a sua estabilidade térmica e ganho de 
peso, porém não precisa mais do suporte hospitalar. 
Nessa circunstância, ela sai do hospital, mas continua 
sendo acompanhada por profissionais da unidade 
neonatal/ambulatório e pela atenção básica, até alcançar 
o peso de 2500g e/ou resolução de suas pendências 
clínicas, o que será avaliado conjuntamente pelas equipes 
multiprofissionais. 
 
 
 
Cuidado Integral ao 
recém-nascido e à criança 
AULA 5 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
AO RECÉM NASCIDO NORMAL E ALTO 
RISCO 
Também é bastante difundida a importância de 
amamentar na primeira hora de vida, o que faz com 
que as dificuldades de amamentação sejam menos 
incidentes. 
 
“Assim como a importância do contato pele a pele 
entre mãe e bebê que favorecem a colonização por 
bactérias do bem, a contraindicação da aspiração 
de boca e nariz dos bebês que nascem e respiram 
sem dificuldades nos primeiros minutos também 
são outros exemplos de práticas para a recepção 
humanizada”, explica a profissional. 
 
Mudar a forma de nascer 
• Pré natal 
• Trabalho de parto 
• O momento do nascimento 
• Recepção do bebê 
• Cuidados prestados imediatamente 
 
RECEPÇÃO DO RECÉM-NASCIDO 
Passos para o atendimento ao bebê saudável 
• Entregar o bebê a mãe 
• Colocar imediatamente após o nascimento 
sobre o peito ou abdome materno 
• Enxugar e cobrir o bebê 
• Permitir que o bebê busque o seio e mame 
 
Na primeira hora de vida, o recém-nascido está em 
estado de alerta, geralmente com os olhos bem 
abertos e um reflexo de sucção forte. 
 
Ele troca os primeiros olhares com a mãe, 
contribuindo de forma significativa para 
estabelecimento do vínculo familiar 
 
O recém-nascido alerta procura a mama, virando a 
cabeça, abrindo a boca e colocando sua língua para 
fora. É hora de estar em contato pele a pele com a 
mãe – e não de passar por exames e intervenções 
que podem esperar. 
 
 
 
 
Intervenções de rotina, como aspiração de vias 
aéreas ou do estômago, usar oxigênio a 100% para 
reanimação neonatal e clampeamento imediato do 
cordão umbilical nunca foram baseados em 
qualquer evidencia clara de que melhoram o 
cuidado ao recém-nascido ou seus resultados 
 
COLO DE MÃE 
• O corpo da mãe ajuda o bebê 
adequadamente aquecido e isso é de 
especial importância para bebês pequenos e 
com baixo peso ao nascer 
• O bebê fica menos estressados, mais calmos 
e com as frequências respiratórias e cardíaca 
mais estável 
• O bebê é exposto em primeiro lugar às 
bactérias da mãe que costumam ser menos 
agressivas e contra as quais o leite materno 
possui fatores de proteção 
 
CONTATO PELE-A-PELE 
Benefícios a curto prazo 
• Aumento na temperatura corporal maior em 
comparação ao berço aquecido 
• Aleitamento materno na primeira hora de 
vida 
• Dormem por mais horas, passam mais tempo 
em estado de quietude e estão mais bem 
organizados às 4 horas de vida 
 
Benefícios a longo prazo 
• Maior duração da amamentação 
• Sentimentos maternos mais positivos em 
relação a criação de seu bebê 
• Maiores escores de afetividade materna e 
vínculo materno 
O ambiente adequado é feito em meio a pouca luz, 
silêncio, massagem nas costas do bebê, que não é 
dependurado pelos pés e nem recebe a famosa 
palmada “para abrir os pulmões” 
 
A IMPORTÂNCIA DO COLOSTRO 
• O colostro é rico em células imunologicamente 
ativas, anticorpos e proteínas protetoras 
• Contém fatores de crescimento que ajudam o 
intestino a amadurecer e a funcionar de forma 
eficiente. Isso dificulta a entrada dos 
microrganismos e alérgenos 
• Estimula os movimentos intestinais para que o 
mecônio seja rapidamente eliminado. Isso ajuda 
na prevenção da icterícia. 
 
Ocitocina hormônio do 
amor e ejeção do leite 
AVALIAÇÃO DOS ESCORES DE APGAR 
A avaliação da coloração da pele e das mucosas do 
RN não é mais utilizada para decidir procedimento 
na sala de parto 
 
O RN a termo com boa vitalidade deve ser secado e 
posicionado sobre o abdome da mãe ao nível da 
placenta por, no mínimo, um minuto, ate o cordão 
umbilical parar de pulsar (aproximadamente 3 
minutos após o nascimento), para só então realizar-
se o clampeamento 
 
Sinal 0 1 2 
Frequência 
cardíaca 
 
Ausente 
Lenta (abaixo 
de 100 bpm) 
Maior que 100 
bpm 
Respiração Ausente Lenta, 
irregular 
Boa, chorando 
Tônus 
muscular 
Flácido Alguma 
flexão nas 
extremidade
s 
Movimento 
ativo 
Irritabilidad
e reflexa 
Sem 
respost
a 
Careta Tosse, espirro 
ou choro 
Cor Azul, 
pálido 
Cor rosado, 
extremidade
s azuis 
Completament
e rosado 
 O teste de apgar é feito no minuto que o bebê 
nasce e cinco minutos depois 
 
Criado em 1952 pela anestesiologista americana 
Virgínia apgar, avalia cinco características 
• Frequência de batimentos cardíacos (o 
normal é acima de 100) 
• Cor da pele (rosa, pálida ou roxa) 
• Respiração e intensidade do choro 
• Tônus muscular (se ele está durinho ou mole 
demais) 
• Resposta a estímulo 
 
o Para cada uma dela é dada uma nota de 0 a 2 
o Quando mais alta a soma, melhor terá sido o 
estado do bebê ao nascer 
o Os médicos costumam liberá-lo a partir da nota 
7 
o Mais isso não significa que quem ganha nota 
baixa pode ser “reprovado” 
o O teste serve para que seja tomada providencia 
como oferecer oxigênio caso tenha dificuldade 
para respirar no início 
o Diagnóstico de condições de vida do recém-
nascido realizado por pediatra após a 
desobstrução de vias aéreas superiores (1° 
minuto de vida), e que será repetido aos 2 e 5 
minutos após o nascimento) 
o Exija o boletim do APGAR e verifique o que foi 
feito com o bebê 
o Se a nota for igual ou superior a 8 o bebê é 
normal. Se estiver entre 4 e 7 será considerado 
de risco e precisa de estimulação imediata 
o Se estiver entre 0 e 3 será considerada de alto 
risco e já precisará de uma intervenção médica 
mais específica 
 
CLAMPEAMENTO DO CORDÃO 
Pinçar o cordão imediatamente após o nascimento 
resulta numa redução de 20% no volume de sangue 
para o neonato e uma redução de mais de 50% do 
volume de glóbulos vermelhos. O bebê deixa de 
receber 250-350ml de sangue (1,5 – 2 litros de 
sangue em um adulto 
 
 
ASPIRAÇÃO ROTINEIRA 
ASPIRAÇÃO DE VAS 
Pode levar à reflexo vaginal, Laringoespasmo, 
arritmia cardíaca e depressão respiratória, edema de 
mucosas e dificuldade de amamentação 
ASPIRAÇÃO GASTRICA 
Pode levar a alterações na frequência cardíaca e na 
pressão arterial do recém-nascido sem benefícios 
relacionados, indicando que não deveria ser usada 
no atendimento de rotina do neonato 
LÍQUIDO MECONIAL 
Não deve realizar a aspiração das VAS, pois esse 
procedimento não diminui a incidência da síndrome 
de aspiração de mecônio, a necessidade de 
ventilação mecânica nos RN que desenvolvem 
pneumonia aspirativa, nem o tempo de 
oxigenioterapia ou de hospitalização 
 
VITAMINA K 
O objetivo da administração de vitamina k é 
prevenir a hemorragia por deficiência de vitamina K 
A vitamina k tem uma capacidade pequenade 
atravessar a barreira da placenta e passar da mãe 
para a do bebê, então a maior parte da vitamina k e 
o bebê vai receber através da ingesta oral 
 
CREDÉ – CREDEIZAÇÃO 
o Esse procedimento consiste em pingar uma gota 
de nitrato de prata em cada olho do recém-
nascido de forma rotineira para a prevenção de 
oftalmia gonocócica do recém-nascido 
o o colírio de nitrato de prata resulta em um alto 
índice de conjuntivite química e é ineficaz contra 
Chlamydia 
o o colírio de nitrato de prata pode ser substituído 
pela eritromicina, que previne tanto a oftalmia 
gonocócica quanto por clamídia, ou seja, é mais 
eficaz. Além disso, mesmo que seja necessário o 
uso de colírio ele pode ser aplicado 1 hora após 
o nascimento do bebê. 
 
PESAGEM, MEDICAÇÃO E BANHO DO BEBÊ 
PARÂMETRO DO CRESCIMENTO 
O peso e o comprimento são verificados logo após 
o nascimento. 
o O peso é importante para a avaliação 
neonato, relacionando-o com a IG 
o RN despido – necessário fita métrica ou 
prancha para medição e balança 
o PC: 33 a 33,5 
o PT: 30,5 a 33 
o PA: 30 a 33 cm 
o Peso: >2.501g e <4000g 
o Comprimento: 48 a 53 cm 
EXAME FÍSICO 
Exame físico, cujos objetivos principais são: 
o Estabelecer a existência de anormalidade 
congênitas 
o Classifica-lo de acordo com a IG e o peso 
o Descobrir quaisquer outras anormalidades 
capazes de influenciar na evolução neonatal 
 
IDENTIFICAÇÃO DO RN 
o Impressão plantar do RN e digital da mãe 
permite estabelecer identidade absoluta do 
bebê (ver caderneta da criança) 
o Bracelete de punho ou tornozelo (plástico ou 
esparadrapo), constando o nome da mãe, o sexo 
da criança, a data e a hora do parto, o numero 
do quarto ou número do registro 
o Nome caso de parto múltiplo deverá ser usada a 
indicação I, II, II (1°, 2°, 3°), nas pulseiras de cada 
um dos bebês, de acordo com a ordem do 
nascimento. 
 
MÉTODO CANGURU 
Definição: o método canguru é um tipo de 
assistência neonatal que implica contato precoce 
entre a mãe e o recém-nascido de baixo peso, de 
forma crescente e pelo tempo que ambos 
entenderem ser prazeroso e suficiente, permitindo, 
dessa forma, uma maior participação dos pais no 
cuidado ao seu recém-nascido 
 
A posição canguru consiste em mantem o recém-
nascido de baixo peso, ligeiramente vestido, em 
decúbito prono, na posição vertical, contra o peito 
do adulto 
 
So serão considerados como “método canguru” 
aquelas unidades que permitem o contato precoce, 
realizado de maneira orientada por libre escolha da 
família, de forma crescente, segura e acompanhado 
de suporte assistencial por uma equipe de saúde 
adequadamente treinada 
Portaria n° 693/GM em 5 de julho de 2000 
 
 
 
 
 
1 cado de hemorragia a cada 10.000-
20.000 bebês que não receberam 
vitamina K ao nascer 
 
1 caso a cada 20.000 bebês que 
tomaram vitamina K oral 
 
1 caso a cada 20.000-40.000 bebês que 
tomara a forma injetavel 
Cuidado Integral ao 
recém-nascido e à criança 
AULA 6 – PREVENÇÃO E CONTROLE DAS 
INFECÇÕES NEONATOLOGIA E PEDIATRIA 
O que é infecção hospitalar? Infecção hospitalar 
(IH) é o agravo de causa infecciosa adquirido pelo 
paciente após sua admissão em hospital. Pode 
manifestar-se durante a internação ou após a alta, 
desde que relacionado à internação ou 
procedimentos hospitalares. 
 
Quem fiscaliza? 
• Programa de Controle de Infecção Hospitalar 
(PCIH) Conjunto de ações desenvolvidas 
visando à redução máxima da incidência e da 
gravidade das IH. 
• Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
(CCIH) Órgão de assessoria da direção da 
instituição composta por profissionais de nível 
superior, formalmente designados, constituído 
por: 
o Membros Consultores: representantes dos 
serviços médicos, de enfermagem, farmácia 
hospitalar, laboratório de microbiologia e da 
administração do hospital. 
o Membros Executores: obedecendo à 
relação de dois técnicos de nível superior 
para cada 200 leitos, sendo um dos 
membros preferencialmente da 
enfermagem. 
 
TRANSMISSÃO DE INFECÇÃO NO HOSPITAL 
Para ocorrer a transmissão das infecções no 
ambiente hospitalar são necessários 3 
elementos: 
• Fonte de infecção 
• Hospedeiro susceptível 
• Meios de transmissão 
 
Fonte de infecção 
• Pacientes, funcionários e, ocasionalmente os 
visitantes. 
• Objetos inanimados e superfícies do 
ambiente hospitalar, incluindo 
equipamentos e medicamentos. 
 
Hospedeiro susceptível 
• Pacientes no ambiente hospitalar possuem 
fatores que os tornam mais susceptíveis aos 
microrganismos, principalmente pacientes 
imunossuprimidos como recém-nascidos, 
pacientes em quimioterapia ou portadores 
de imunodeficiências. 
 
Meios de transmissão 
• Os microrganismos são transmitidos no 
hospital por vários meios: por contato, por 
gotículas, por via aérea, por meio de um 
veículo comum ou por vetores 
 
MEIOS DE TRANSMISSÃO DOS 
MICRORGANISMOS 
Os microrganismos são transmitidos no hospital por 
vários meios: 
• Contato 
• Gotículas 
• Via aérea 
• Por meio de um veículo comum 
• Por vetores 
 
Contato 
É o mais frequente e importante meio de 
transmissão de infecções hospitalares. Pode ocorrer 
através das mãos dos profissionais; através das luvas 
quando não trocadas entre um paciente e outro; 
pelo contato entre pacientes e também através de 
instrumentos contaminados. 
 
Gotículas 
A geração de gotículas pela pessoa que é a fonte 
ocorre durante a tosse, espirro, aspiração de 
secreções, realização de procedimentos (como 
broncoscopia) e mesmo pela conversação habitual. 
Quando estas partículas são depositadas na 
conjuntiva, mucosa nasal ou na boca do hospedeiro 
susceptível, ocorre a transmissão do agente. As 
partículas podem atingir uma distância de um 
metro. Essa forma de transmissão não é aérea 
porque as gotículas não permanecem suspensas no 
ar. 
 
Aérea 
A transmissão aérea ocorre quando os 
microrganismos estão em pequenas partículas 
suspensas no ar (≤5 µm) ou gotículas evaporadas 
que permanecem suspensas no ar por longo tempo. 
Os microrganismos carreados desta forma são 
disseminados por correntes de ar e podem ser 
inalados por hospedeiros susceptíveis, mesmo a 
longas distâncias. 
 
 
 
Veículo comum 
Ocorre quando os microrganismos são transmitidos 
por veículo comum como alimentos, água, 
medicamentos ou mesmo equipamentos. 
 
Vetores 
Ocorre quando vetores como moscas, mosquitos, 
etc, transmitem microrganismos. 
 
PRECAUÇÃO PADRÃO 
Abscessos com drenagem contida pelo curativo; 
Infecções por citomegalovirus; Conjuntivite 
bacteriana, Enterocolite necrosante; Enterocolites e 
gastroenterites infecciosas, Hepatite B, vírus C e 
outros; Meningites virais; SIDA; Sífilis primária 
ou secundária. 
 
 
PRECAUÇÃO PARA TRANSMISSÃO AÉREA 
Tuberculose, Varicela, Sarampo. 
 
 
PRECAUÇÃO PARA TRANSMISSÃO POR 
GOTÍCULAS 
Epligotite Meningite Pneumonia Caxumba 
Rubéola 
 
 
PRECAUÇÃO PARA TRANSMISSÃO POR 
CONTATO 
Epligotite, Meningite, Pneumonia, Caxumba 
Rubéola 
 
Abscessos; Rubéola Infecções entéricas por Shigella 
sp, rotavírus e hepatite A Infecção por 
Microrganismos multirresistentes Conjuntivites 
virais, Herpes, Impetigo. 
 
INFECÇÕES HOSPITALARES EM 
NEONATOLOGIA 
Vias de transmissão das infecções 
 
O feto pode ser colonizado ou infectado, mesmo na 
fase intra-uterina, por via placentária ou ascendente, 
nos casos em que haja ruptura prematura de 
membrana e em que o parto não ocorra de imediato 
 
Após o nascimento, o processo de colonização 
continua por meio do contato direto com a mãe, 
familiares e o pessoal do berçário; e por meio do 
contato indireto, pelo manuseio de objetos 
inanimados como termômetros, estetoscópios e 
transdutores. 
 
A ocorrência de infecção a partir da colonização do 
recém-nascido depende de seu 
grau de imunidade e da virulência do 
microrganismo. 
 
Além docontato, que é o mecanismo mais comum 
e importante na colonização e/ou infecção do 
recém-nascido, outras formas de transmissão devem 
ser consideradas, tais como: 
• Fluidos contaminados como sangue e 
hemoderivados, medicações, nutrição 
parenteral, leite materno e fórmulas lácteas. 
• Via Respiratória, principalmente em surtos 
de infecções virais, como as causadas por 
Influenza e Adenovírus. 
• Vetores capazes de transmitir dengue, 
malária e febre amarela, sendo raras essas 
ocorrências em berçários. 
 
FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO 
HOSPITALAR EM RN 
Dentre os fatores de risco para IH inerentes ao 
RN ressaltamos: 
• Peso ao nascimento - quanto menor o peso 
maior o risco de IH. 
• Defesa imunológica diminuída - quanto mais 
prematuro, menor é a imunidade humoral e 
celular do recém-nascido. 
• Necessidade de procedimentos invasivos - 
quanto mais prematuro ou doente o recém-
nascido, maior é a necessidade de 
procedimentos invasivos, tanto os mais 
simples como uma coleta de sangue para 
dosagem da glicemia, quanto os mais 
complexos como intubação traqueal para 
ventilação mecânica, uso de cateter central, 
drenagem de tórax e tratamento cirúrgico. 
• Alteração da flora bacteriana, uma vez que, 
durante a internação, os recém nascidos são 
colonizados por bactérias do ambiente 
hospitalar, muitas vezes resistentes aos 
antibióticos e altamente virulentas. 
 
Fatores de risco inerentes ao local onde se 
encontra internado o recém-nascido: 
• Desproporção do numero de recém-
nascidos internados e o numero de 
profissionais da equipe de saúde 
• Numero de clientes internados acima da 
capacidade do local. 
 
INFECÇÃO HOSPITALAR NO PERÍODO 
NEONATAL 
Infecção congênita: 
• Origem placentária 
 
Infecção precoce 
• Com manifestação clínica em período menor 
ou igual a 48 horas, com fator de risco materno. 
Em casos em que não há fator de risco materno 
e o recém-nascido (RN) é submetido a 
procedimento invasivo deve se considerar a 
infecção hospitalar. Os fatores de risco materno 
são: bolsa rota maior que 18 horas, cerclagem, 
trabalho de parto em gestação menor que 35 
semanas, infecção do trato urinário sem 
tratamento ou com início a menos de 72 horas, 
febre materna nas últimas 48 horas, 
corioamnionite. 
 
Infecção tardia 
• As manifestações clínicas ocorrem a partir de 
48 horas e tem provável origem hospitalar 
 
INFECÇÕES COMUNS EM NEONATOLOGIA 
Enterocolite Necrosante: há presença de pelo 
menos 2 dos seguintes sinais e sintomas: vomito, 
distensão abdominal e resíduos pre alimentares ou 
sangue nas fezes e pelo menos 1 das seguintes 
alterações radiológicas: pneumoperitônio, 
pneumatose intestinal ou alças do intestino delgado 
imóveis. 
Gastroenterite: início agudo de diarreia (fezes 
líquidas com duração maior que 12 horas) com ou 
sem vômitos ou febre 
 
Conjuntivite: exsudato purulento na conjuntiva ou 
tecidos contíguos 
 
Otite: drenagem purulenta do canal auditivo ou dor 
e vermelhidão e febre 
 
Onfalite: Eritema e drenagem purulenta do coto 
umbilical 
 
RECOMENDAÇÕES QUE TÊM POR 
OBJETIVO REDUZIR AO MÍNIMO AS 
INFECÇÕES EM SERVIÇOS DE 
NEONATOLOGIA. 
1. Entrada na unidade de internação: 
A entrada de profissionais, pais e familiares na 
unidade de internação neonatal 
deve ser triada em relação à presença ou risco 
de doenças infecto-contagiosas. 
 
Nesse aspecto, atenção especial deve ser dada a 
visitas de irmãos, rotina esta já implementada 
em algumas Unidades de Atendimento Neonatal 
no Brasil, uma vez que crianças têm um risco 
maior para essas doenças. 
 
Todas as pessoas com infecções respiratórias, 
cutâneas ou com diarréia não 
 
devem ter contato direto com o recém-nascido. 
Ao se entrar na unidade, devem ser tomados 
alguns cuidados: ter as unhas curtas; prender os 
cabelos quando longos; retirar pulseiras, anéis, 
aliança e relógio. Após esses cuidados, proceder 
à higienização das mãos. 
 
2. Higienização das mãos: 
A lavagem das mãos visa à remoção da flora 
transitória, células descamativas, suor, 
oleosidade da pele e ainda, quando associada a 
um anti-séptico, promove a diminuição da flora 
residente. 
 
 
 
RECOMENDAÇÕES QUE TÊM POR 
OBJETIVO REDUZIR AO MÍNIMO AS 
INFECÇÕES EM SERVIÇOS DE 
NEONATOLOGIA. 
banho: 
• Assegurar a limpeza com água e sabão e 
desinfecção com álcool 70% do equipamento 
utilizado no banho (banheira) após o uso a 
repetir a desinfecção com álcool 70% antes do 
uso. 
• Manter a água do banho em torno de 38°C 
• Manter temperatura do quarto entre 26 e 27°C 
• Evitar correntes de ar e de calor 
• Utilizar medidas de precaução padrão, com uso 
de luvas mesmo após o primeiro banho que 
deve ocorrer após a estabilização térmica 
• Utilize sabonete líquidos com pH neutro 
• O banho de imersão só deve ser realizado em 
pacientes com condições clínicas e sem 
dispositivos. 
 
Emolientes: 
• Aplicar o emoliente a cada 12 horas ou na 
presença de ressecamento 
• Evitar o uso em RN com peso menor que 750g 
• Utilizar recipientes individuais por paciente. 
 
 
 
Dermatites perinatais 
• Realizar troca frequentes das fraldas evitando a 
fricção da área 
• Utilizar panos macios e água para limpeza 
perineal 
• Utilizar lubrificantes a base de petrolato e 
contendo óxido de zinco. 
 
Coto umbilical 
• Lavar a área do umbigo com água e se 
necessário o sabonete líquido, secando para 
remover o excesso de umidade. 
• Utilizar álcool 70% no coto umbilical 
• Higienizar as mãos ante e após a manipulação 
do cordão umbilical 
 
Perda de água transcutânea 
• Utilizar saco de polietileno cobrindo tronco e 
extremidades do RN 
• Manter a umidade em nível de 70% a 90% nos 
primeiros 7 dias de vida 
• Utilize sistema de umidificação controlado 
evitando a geração de aerossóis. 
 
2 - Cuidado com os olhos 
• Limpeza dos olhos: utilize gaze ou algodão 
para remover as secreções ao nascimento 
• Prevenção de oftalmia gonocócia. 
o Aplicar em ate 1 hora após o parto 1 
gota de nitrato de prata 1% em cada 
olho 
o Utilizar frascos de dose individual. 
 
3 – Prevenção de Enterocolite 
• Dieta: 
o Ofertar leite humano sempre que possível 
o Avançar cautelosamente a oferta da dieta 
enteral 
• Probiótico 
o Avaliar os casos de indicação de uso. 
 
4 – Limpeza do ambiente 
• Cuidados com as superfícies do ambiente 
o Utilizar sabão liquido e quaternário de 
amônio nos pisos e paredes 
o Utilizar varredura úmida 
o Realizar limpeza terminal entre pacientes e 
no mesmo paciente semanalmente 
• Cuidados com equipamentos 
o Estetoscópio, termômetro e manguitos de 
pressão não invasiva devem ser 
preferencialmente de uso individual. 
Quando não for possível realizar limpeza e 
desinfecção entre um paciente e outro. 
o Realizar limpeza e desinfecção concorrente 
diariamente das incubadoras, berço 
aquecido e comum, ventiladores, bomba de 
infusão, monitores, equipamentos de 
fototerapia, entre outros. 
o E limpeza terminal da incubadora ou berços 
de terapia devem ser realizados sempre 
entre pacientes, ou no mesmo paciente 
sempre que houver sujidade visível ou a 
cada 7 dias. 
o Os reservatórios de umidade devem ser 
evitados, mas se necessário utiliza-los 
realizar a drenagem, limpeza e desinfecção a 
cada 24 horas. 
 
5 – Controle de fluxo na unidade 
• Orientação dos pais e visitantes 
o Estimular a higienização das mãos 
o Descartar a presença de quadro infeccioso 
nos visitantes 
o Utilizar avental de preferencia de manga 
comprida quando o RN é manuseado fora da 
incubadora ou no ato de carregar, segurar 
ou amamentar o RN 
o Não é permitido a entrada de flores ou 
plantas. 
 
6 - Cuidados com mamadeira e bicos 
• Cuidados gerais 
o As mamadeiras devem ser lavadas com água 
e sabão e esterilizadas em autoclave com 
realizado desinfecção com hipoclorito 1% 
por30 minutos, seguido de enxagua 
abundante em água filtrada. 
 
7 - Cuidados lactário 
• Higiene pessoal: 
o Profissionais devem utilizar uniforme 
completo e limpo nas dependências internas 
do local de serviço 
• Paramentação 
o Utilizar touca descartável, avental limpo 
sobre uniforme luvas de procedimento e 
máscara cirúrgica cobrindo nariz e boca 
• Higiene das mãos 
o Utilizar produto alcoólico rotineiramente ou 
água e antisséptico, caso as mãos estiverem 
visivelmente sujas 
o Antes de iniciar a técnica, é necessário retirar 
adornos como anéis, pulseiras e relógios. 
 
• Higiene ambiental 
o Piso e parede devem ser lavados com água 
e sabão e desinfecção com quaternário e 
amônia. 
o Higienizar as bancadas com água e sabão e 
realizar desinfecção com álcool 70% a cada 
turno 
• Formular lácteas 
o As formulas que sofrem reconstituição 
devem ser diluídas em água fervida por 15 
minutos 
o Realizar a desinfecção da embalagem com 
álcool 70% antes de abri-la 
o Realizar a identificação da mamadeira ou 
frasco antes do envase 
o Após o envase os recipientes devem ser 
distribuídos e consumidos o mais próximo 
do horário de preparo. 
o O tempo máximo de armazenamento das 
formulas diluídas é de 6 horas refrigeradas, 
devendo ser aquecidas em banho maria 
antes do uso 
 
8 - Cuidados no aleitamento materno 
• Ordenha: realizar ordenha à beira leito com 
higienização prévia das mãos e uso de avental 
descartável a máscara cirúrgica, com 
acompanhamento da equipe de enfermagem, 
e administração imediata a ordenha. 
 
9 – Cuidados com brinquedos 
• Cuidados gerais 
o Não utilizar brinquedos de pelúcia 
o Dar preferencia a brinquedos que permitam 
limpeza com água e sabão e desinfecção 
com álcool 70% (plástico, borracha, acrílico, 
metal) 
o Quaisquer brinquedos ou objeto que entrar 
em contato com fluidos corpóreos deverá 
ser limpo imediatamente. 
o os brinquedos e objetos, após limpeza e 
desinfecção, deverão ser acondicionados em 
caixas de material lavável, com tampa ou em 
armários, e deverão ser limpos 
periodicamente. Evitar compartilhar 
brinquedos. 
 
 
 
 
 
 
 
INFECÇÕES HOSPITALARES EM PEDIATRIA 
Na enfermaria de pediatria geral, as infecções 
hospitalares mais frequentes são: pneumonias, 
infecções da corrente sanguínea, infecções de 
cavidade oral, infecções de pele e tecidos moles. 
 
A pneumonia e as infecções da corrente sanguínea 
(septicemias) são as infecções hospitalares mais 
graves em pediatria 
 
As infecções da corrente sanguínea estão 
habitualmente relacionadas à presença de cateter 
venoso central, ocorrendo disseminação bacteriana 
a partir da colonização do cateter. 
 
Os fatores de risco mais importantes para 
desenvolvimento de infecções de cavidade oral são 
internação prolongada, uso de antibióticos de largo 
espectro, desnutrição, imunodeficiências e 
administração de drogas que causam lesões na 
mucosa da boca. 
 
Os fatores de risco para desenvolvimento de úlceras 
de pressão e para infecção destas lesões incluem: 
incontinência urinária e fecal próprias de crianças 
pequenas ou gravemente enfermas, contraturas 
musculares, deficiências neurológicas, desnutrição, 
desidratação e edema. 
 
Alguns outros fatores aumentam os riscos de 
infecção hospitalar no paciente pediátrico: 
imunodeficiências congênitas ou adquiridas, 
causadas por neoplasias, transplantes e uso de 
imunossupressores, infecção por HIV e uso crônico de 
corticoides. 
 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO 
o A abordagem das infecções hospitalares em 
pediatria inclui recomendações gerais de 
prevenção e medidas específicas relacionadas às 
doenças infecciosas comuns à criança. Estas 
últimas envolvem, além do paciente pediátrico, 
os profissionais de saúde, a família e outros 
possíveis contatos. 
o A assistência à criança requer equipe 
multidisciplinar (médicos, enfermeiros, 
fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas 
ocupacionais, fonoaudiólogos, nutricionistas, 
técnicos de laboratório e de radiologia, além de 
setores de apoio e funcionários administrativos) 
o É fundamental que os profissionais estejam em 
número adequado para o cuidado do paciente, 
bem como sejam periodicamente treinados, 
para que exista constante motivação e 
orientação técnica. 
o Pias, sabão e papel toalha devem estar 
disponíveis em todas as enfermarias. 
o Os quartos privativos devem contar com ante-
sala para lavagem das mãos e paramentação. 
o As salas de recreação devem ser arejadas e 
limpas, os brinquedos e demais objetos devem 
ser adequados ao uso hospitalar e devem sofrer 
limpeza e desinfecção rotineira. 
 
RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA LIMPEZA 
E DESINFECÇÃO NA 
ENFERMARIA PEDIÁTRICA 
• Qualquer brinquedo ou objeto que entrar em 
contato com fluidos corpóreos deverá ser limpo 
imediatamente. 
• Brinquedos utilizados em unidades de 
isolamento devem ser de material lavável, não 
corrosivo e atóxico. Depois de usados devem ser 
ensacados e encaminhados para limpeza e 
desinfecção. 
• Os brinquedos deverão ser preferencialmente de 
material lavável e atóxico (plástico, borracha, 
acrílico, metal). Objetos de madeira deverão ser 
recobertos, pintados com tintas esmaltadas, 
laváveis. 
• Todo brinquedo ou objeto de material não-
lavável deverá ser desprezado após contato com 
sangue, secreções e fluidos corpóreos. 
• Brinquedos de tecido não são recomendados, 
exceto para uso exclusivo. 
• Não existe restrição ao uso de livros e revistas, 
desde que plastificados. Se contaminados 
devem ser desprezados. 
• Os brinquedos e objetos, após limpeza e 
desinfecção, deverão ser acondicionados em 
caixas do material lavável, com tampa, ou em 
armários, e deverão ser limpos periodicamente. 
 
Processos de limpeza e desinfecção de 
brinquedos e objetos: 
• Brinquedos de uso comunitário: 
1. Lavar o material com água e sabão 
2. Enxague e deixar secar 
3. Friccionar com álcool a 70%, três vezes 
4. Deixar secar 
 
 
 
• Brinquedos em contato com o paciente sobre 
precauções especiais, ou após contato com 
fluidos corpóreos: 
1. Lavar com água e sabão e enxaguar 
2. Imergir em solução de hipoclorito de 
sódio, por 30 minutos. 
3. Se material corrosivo: 
▪ Usar álcool a 70% 
▪ Enxaguar e deixar secar 
 
Conforme o estatuto da criança e do adolescente é 
permitida a presença de acompanhantes, inclusive 
no período noturno. Condições adequadas de 
alojamento para acompanhantes devem ser 
garantidas, sendo obedecidas às distancias entre 
berços e camas. Os acompanhantes devem ser 
orientados quanto as normas hospitalares e às 
medidas de controle de infecção. 
 
PREVENÇÃO DE INFECÇÕES 
Prevenção de infecção da corrente sanguínea 
relacionada ao cateter venoso central 
O acesso venoso deve ser retirado o mais precoce 
possível, uma vez que a permanência prolongada 
do cateter venoso central está associada com 
maiores taxas de infecção da corrente sanguínea. 
 
Prevenção de pneumonia 
• A anti-sepsia correta das mãos deve ser sempre 
estimulada. 
• Os nebulizadores devem ser de uso individual, 
devem ser limpos após cada nebulização, 
sofrendo também desinfecção com álcool a 70% 
e secagem. 
• Para a nebulização, é recomendado o uso de 
fluido estéril. Um cuidado simples, mas de 
grande importância é a verificação rotineira da 
sonda enteral. 
• Recomenda-se que o período de sondagem seja 
o mais breve possível a fim de minimizar a 
colonização da sonda e migração bacteriana ao 
longo dela. 
 
Prevenção de infecção da cavidade oral 
• Todos os pacientes devem ser submetidos 
diariamente à boa higiene oral, 
independentemente de seus fatores de risco 
• Deve ser dada preferência à escovação dos 
dentes e quando esta não for possível, podem 
ser realizados bochechos ou higienização com 
gazes embebidas em soluções antissépticas 
• O paciente deve ser mantido hidratado e com 
saliva fluida → A desidrataçãoleva à redução 
do fluxo salivar, possibilitando a 
multiplicação bacteriana 
• O jejum prolongado altera significativamente a 
microbiota da boca, favorecendo a implantação 
de bactérias hospitalares, principalmente 
bastonetes gram-negativos. 
• Os alimentos da criança hospitalizada devem ser 
preparados dentro de rigorosas normas de 
higiene. 
• O conteúdo de açúcar deve ser restrito. 
• Todo cuidado deve ser dado à limpeza e 
antissepsia de mamadeiras e utensílios que 
tenham contato com a mucosa oral. 
• Pacientes sob quimioterapia ou radioterapia 
devem evitar alimentos crus ou crocantes, que 
provocam pequenos ferimentos na mucosa oral 
e facilitam a invasão bacteriana. 
 
Prevenção de infecções de pele e tecidos moles 
• As lesões de pressão são decorrentes da excessiva 
compressão dos tecidos moles contra as 
proeminências ósseas, levando ao processo de 
necrose tecidual, o que favorece a infecção. 
• A prevenção da infecção das úlceras de pressão 
envolve a prevenção do aparecimento da própria 
úlcera, o que depende basicamente dos cuidados 
com o paciente acamado. 
• Deve-se proceder mudança frequente de 
decúbito, as roupas e o colchão devem ser de 
tecidos macios e que permitam a aeração da pele. 
• As infecções de pele secundárias a dermatites de 
fraldas e de dobras também dependem basicamente 
dos cuidados. 
• A prevenção dessas infecções envolve higienização 
adequada, com troca frequente de fraldas, 
especialmente em crianças com diarreia e com 
sudorese excessiva em vigência de febre ou altas 
temperaturas ambientais. 
 
MEDIDAS DE PROFILAXIA 
Para controle de infecção hospitalar em unidades 
pediátricas, são importantes as seguintes medidas gerais: 
1. Treinamento adequado, com ênfase à 
lavagem/higienização das mãos 
2. Área física adequada 
3. Pias em numero suficiente 
4. Racionalização na utilização de antimicrobianos e de 
procedimentos invasivos. 
5. Reconhecimento prévio de contato com doenças 
infecto-contagiosas 
6. Medidas adequadas de isolamento, com leitos e 
quartos/enfermarias disponíveis para esta finalidade 
7. Internação criteriosa 
8. Atenção em relação às visitas de familiares 
 
 
Cuidado Integral ao 
recém-nascido e à criança 
AULA 7 – CRESCIMENTO E 
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA 
Desde a década de 1980, a partir da mudança do 
modelo assistencial, inúmeras ações (programas e 
políticas) foram criadas com o objetivo de intervir 
nesta realidade, como a ampliação do acesso aos 
serviços de saúde, a desfragmentação da assistência 
e a mudança na forma como o cuidado às gestantes 
e aos recém-nascidos estava sendo realizado 
 
Neste contexto, foi lançado, em 1983, o programa 
de assistência integral à saúde da mulher (Paism), 
“que propõe ações voltadas à sua integralidade, 
equidade e abordagem global em todas as fases do 
seu ciclo vital” 
 
Em 2000, o ministério da saúde lançou o programa 
de humanização do pré-natal e nascimento (PHPN), 
que objetivava, principalmente, reorganizar a 
assistência e vincular formalmente o pré-natal ao 
parto e ao puerpério, ampliar o acesso das mulheres 
aos serviços de saúde e garantir a qualidade da 
assistência. 
 
O que é rede cegonha? 
É uma estratégia do ministério da saúde que visa 
organizar uma rede de cuidados que assegure: 
• A mulher: o direito ao planejamento 
reprodutivo e à atenção humanizada à 
gravidez, ao parto e ao puerpério 
• A criança: o direito ao nascimento seguro e 
ao crescimento e ao desenvolvimento 
saudáveis. 
 
CRESCIMENTO X DESENVOLVIMENTO 
Crescimento e desenvolvimento são fenômenos 
diferentes em sua concepção fisiológica, mas 
paralelos em seu curso e integrados em seu 
significado, podendo-se dizer que são dois 
fenômenos em um só 
 
O crescimento significa divisão celular, aumento de 
massa corpórea que pode ser identificada em 
unidades tais como gramas e centímetros, isto é, 
aumento de ”unidade de massa” em determinada 
“unidade de tempo”. O crescimento físico pode ser 
definido como mudanças físicas e biológicas 
mensuráveis no desenvolvimento do individuo 
O desenvolvimento é fundamental no ganho da 
capacidade, não havendo “unidade de massa”, e sim 
“unidade de tempo”. O desenvolvimento de uma 
forma geral encontra-se intimamente relacionado 
aos fatores internos ou biológicos (aprendizagem, 
maturação, aspectos psíquicos, sociais, etc) 
 
 
 
Desenvolvimento físico: como a capacidade de 
engatinhar, manter-se em pé, andar, correr, pular e 
até mesmo fazer atividades mais precisas como 
desenhar e escrever 
 
Desenvolvimento cognitivo: a palavra “cognição” 
remete às habilidades que garantem a capacidade 
do cérebro de processar informações e obter 
conhecimento sobre o mundo 
 
Desenvolvimento social: a partir daí, a criança é 
capaz de trocar informações com outras crianças e 
adultos 
 
Desenvolvimento afetivo: relacionado ás emoções, 
o desenvolvimento afeito está presente desde os 
primeiros anos de vida da criança 
 
 
 
 
 
O acompanhamento do crescimento e 
desenvolvimento das crianças é feito 
majoritariamente na atenção primaria e por equipe 
multiprofissional. 
 
As consultas são parte central neste 
acompanhamento e estar no planejamento do 
trabalho das equipes 
 
Calendario de consultas da criança na atenção 
primária 
Caderno de atenção básica 33 – saúde da criança: 
crescimento e desenvolvimento, do ministerio da 
saúde, recomena sete consultas de rotina no 
primeiro ano de vida: 
• 1° semana 
• 1° mês 
• 2° mês 
• 4° mês 
• 6° mês 
• 9° mês 
• 12° mês 
Além de duas consultas no 2° ano de vida: 18° mês 
e no 24° mês, e uma consulta no 3° ano de vida: 
36° mês e consultas anuais após o 3° ano, próximas 
ao mês do aniversario 
 
As faixas etárias para acompanhamento são 
selecionadas porque representam momentos de 
oferta de imunização e de orientação de promoção 
de saúde e prevenção de doenças 
 
As crianças que necessitem de maior atenção 
devem ser vistas com maior frequência. O 
calendário sugerido indica o mínimo de 
acompanhamento para a criança, podendo ser 
acrescido por outros agendamentos com a mesma 
equipe ou com os profissionais que se fizerem 
necessários a proporcionar satisfatória avaliação da 
criança 
 
Vulnerabilidade e fatores de risco 
os fatores de risco podem ser divididos em: 
• Fatores de risco que influenciam negativamente 
seu desenvolvimento em razão de fatores 
psicossociais/ambientais. Ex: crianças que 
vivem em desvantagem socioeconômicas ou 
que contam com cuidadores que fazem uso 
excessivo de substancias psicoativas 
• Fatores de risco que influenciam negativamente 
no seu desenvolvimento em razão de fatores 
biológicos. Ex: crianças com baixo peso ao 
nascer, prematuridade, paralisia cerebral. 
 
Fatores de risco biológicos: 
• São relacionados a eventos pré, peri e pós-natais 
• São alguns exemplos: prematuridade, baixo 
peso, asfixia perinatal, hemorragia 
intraventricular e distúrbios bioquímicos e 
hematológicos 
• São denominadas crianças de alto risco em 
virtude da probabilidade de sofrerem lesão 
cerebral 
• Estas lesões cerebrais podem interferir na 
plasticidade cerebral 
 
Fatores de risco ambientais/psicossociais 
• São considerados eventos que ocorrem fora do 
indivíduo, como por exemplo as experiencias 
relacionados com a vida familiar e/ou sociedade. 
Exemplos: violência doméstica, física, sexual, 
psicológica, exposição à violência conjugal, 
negligencia, uso excessivo de álcool. 
• A pobreza extrema é considerada um dos fatores 
de risco psicossociais/ambientais mais 
impactantes no desenvolvimento infantil. Sua 
presença aumenta a probabilidade de exposição 
de crianças a múltiplas adversidades, incluindo 
estresse familiar, abuso ou negligencia infantil, 
insegurança alimentar e exposição à violência 
• Estudos tem demostrado que adversidades 
significativasenfrentadas precocemente na 
infância podem ocasionar perturbações 
fisiológicas e/ou biológicas que causam 
prejuízos no desenvolvimento infantil 
• Danos relacionados com uma resposta de 
estresse e prolongada, denominada de estresse 
tóxico 
• Assim o estresse pode ser divido em: positivo, 
tolerável e tóxico. 
 
Registro duplo de cada atendimento: 
O prontuário e a caderneta de saúde da criança 
• Durante todas as consultas, é muito 
importante o preenchimento da caderneta 
de saúde da criança 
• A caderneta de saúde da criança é um 
documento que deve ficar de posse da 
família e que, se devidamente preenchido 
pelos profissionais de saúde, contem 
informações valiosas sobre vários aspectos 
de saúde da criança, que podem ser 
utilizadas por diversos profissionais e 
serviços. 
 
Fatores que influenciam o desenvolvimento 
infantil 
Os riscos para o desenvolvimento infantil 
incluem: 
• Determinantes biológicos 
• Determinantes circunstanciais 
os cuidados de criação demandam ação coordenada 
e multisetorial 
 
 
 
 
 
 
O desenvolvimento infantil é um processo continuo 
e dinâmico, que promove mudanças em diversas 
áreas. Este processo se inicia na concepção e envolve 
vários aspectos que inclui o crescimento físico, a 
maturação neurológica, comportamental, cognitiva, 
social e afetiva da criança, numa complexa interação 
entre estes e o meio ambiente. 
 
O adequado desenvolvimento infantil permite 
que a criança se torne competente para 
responder às suas necessidades e às do seu meio, 
considerando seu contexto de vida 
 
Como uma das estratégias de promoção, 
recuperação da saúde e bem-estar das crianças, o 
ministério da saúde (MS) elaborou a caderneta de 
saúde da criança (CSC) para ser utilizada no 
acompanhamento das crianças desde o nascimento 
ate os 9 anos de idade, sendo assim, uma 
ferramenta facilitadora e precisa de informações 
para profissionais da saúde e familiares 
 
Através da CSC é possível registrar dados da criança, 
como os de identificação, história obstétrica e 
neonatal, crescimento e desenvolvimento, assim 
como contem informações sobre o aleitamento 
materno e alimentação, além de incluir os dados 
acerca da saúde bucal, visual e auditiva e da 
vacinação. Contem ainda orientações sobre a 
promoção e saúde e prevenção de agravos com 
acidentes e violência doméstica. 
 
Avaliação dos macros do desenvolvimento 
• O instrumento de vigilância do desenvolvimento 
da criança pode ser utilizado como fonte para 
avaliação indireta e direta 
• Como avaliação indireta, o profissional de 
saúde pode, durante a conversa com os 
responsáveis, questionar se a criança alcançou 
os marcos esperados para a faixa etária que ela 
se encontra. 
• Como avaliação direta, o profissional de saúde 
deve se orientar sobre quais habilidades são 
desejáveis de identificar e através da interação 
com a criança, fazer com que elas sejam 
suscitadas. 
 
Vigilância do desenvolvimento infantil 
• Desde o final do século passado, a assistência 
pediátrica considera que o desenvolvimento 
infantil, ao lado do crescimento somático, 
representa um dos eixos que define o processo 
ativo e contínuo de vigilância à saúde das 
crianças 
• O termo “desenvolvimento infantil” indica o 
avanço da criança em todas as áreas do 
funcionamento humano: social e emocional, 
cognitivo, comunicação e movimento. Esses 
avanços dependem tanto de um aparato 
neurobiológico intacto como de um ambiente 
rico em estímulos sociais e afetivos. 
• Assim, vigilância do desenvolvimento 
compreende todas as atividades relacionadas à 
promoção do desenvolvimento normal e à 
detecção de problemas no desenvolvimento, 
durante a atenção primária à saúde da criança. É 
um processo contínuo, flexível, envolvendo 
informações dos profissionais de saúde, pais, 
professores e outros. 
 
A escala de Denver II tem uma estrutura de 
aplicação que se dá por quatro elementos 
• Pessoal-social: relacionamento com as 
pessoas, auto cuidado e atividades de vida 
diária (AVD) 
• Motor adaptativo: coordenação olho-mão, 
manipulação de objetos pequenos e solução 
de problemas 
• Linguagem: audição, compreensão e 
linguagem 
• Motor-grosseiro: sentar, andar, pular 
 
Realizar a avaliação dos marcos do desenvolvimento 
faz parte da rotina de diversos profissionais de 
saúde. Através da CSC, é possível avaliar em cada 
faixa etária, habilidades que fazem parte do 
desenvolvimento global, englobando aspectos dos 
marcos motores, de linguagem, cognição e 
interação social. 
Na CSC, os marcos do desenvolvimento estão 
apresentados de forma geral, e não divididos em 
áreas, portanto é importante destacar que o 
conhecimento das etapas do 
neurodesenvolvimento se faz necessário para 
todo profissional de saúde que atue com 
população infantil. 
 
 
 
É possível realizar esse tipo de análise, ou seja, 
habilidades de áreas especificas do 
desenvolvimento, em todas as idades da tabela de 
vigilância do desenvolvimento 
 
O documento permite tanto observar se a criança 
está se desenvolvendo conforme o esperado para 
sua faixa etária, como também, em casos de desvios, 
identificar se o atraso é global (em todos marcos 
avaliados) ou especifico de determinadas áreas (ex: 
motor, de linguagem, etc) 
 
Quando estivermos avaliando a criança é 
importante registrar na escala o desempenho da 
criança em cada habilidade, como instruído na 
própria tabela: 
P: MARCO PRESENTE; A: MARCO AUSENTE; NV: 
MARCO NÃO VERIFICADO 
 
Importante! 
Existem algumas condições bem estabelecidas 
consideradas fatores de risco para o 
neurodesenvolvimento. Portanto é importante 
que o profissional de saúde tenha conhecimento 
da história da criança pré, peri e pós-natal, e 
associe esses dados com os observados na avaliação 
dos marcos do desenvolvimento 
 
é importante acompanhar o desenvolvimento de 
todas as crianças, no entanto, as que possuem 
algum fator de risco, necessitam de uma 
avaliação mais cuidadosa, e muitas vezes mais 
especializada, envolvendo uma equipe 
multiprofissional 
 
 
• Lembrando que a maioria dos reflexores somem 
até um ano, com isto é importante verificar 
quando a criança é muito parada, ausência de 
sinergia pés e mãos não fala silabas, não rir. 
• O genótipo é o código das células de um 
organismo, são as instruções que influenciam as 
características de um indivíduo, como a cor dos 
olhos ou do cabelo, da pele. Já o fenótipo é o 
traço que nós podemos ver expresso nas 
pessoas, na forma de característica física ou 
comportamento, fenda palatina, dados, pescoço. 
 
 
 
Através do registro dos marcos do desenvolvimento 
é possível qualificar o desempenho da criança, 
conforme indicado na tabela acima. 
 
A primeira infância, de zero a 6 anos, é um período 
muito importante para o desenvolvimento mental e 
emocional e de socialização da criança. 
 
É fundamental estimular bem a criança nessa fase, 
para que ela tenha uma vida saudável e possa 
desenvolver-se bem na infância, na adolescência e 
na vida adulta 
 
O profissional de saúde deve acompanhar o 
desenvolvimento da criança, assim como orientar a 
família a sinalizar se achar que algo não vai bem, 
para que assim possa examiná-la melhor 
 
 
Cuidado Integral ao 
recém-nascido e à criança 
AULA 8 – ASMA 
Aspectos clínicos 
A asma é uma doença inflamatória crônica 
associada à hiper-reatividade brônquica 
caracterizada pelo desenvolvimento de uma reação 
alérgica a agentes extrínsecos e intrínsecos. 
Causa edema da mucosa e produção de muco 
Mais comum da infância, pode ocorrer em 
qualquer idade 
 
Sinais e Sintomas 
• Tosse 
• Dispneia 
• Sensação de constrição do tórax 
• Sibilos chiados 
 
 
 
Aspectos epidemiológicos 
• A prevalência da asma (inclusive a da asma 
grave) é alta em vários 
• países, com impacto relevante na saúde

Outros materiais