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Cuidado Integral ao recém-nascido e à criança AULA 1 – ALOJAMENTO CONJUNTO PORTARIA Nº- 2.068, DE 21 DE OUTUBRO DE 2016 - Institui diretrizes para a organização da atenção integral e humanizada à mulher e ao recém- nascido no Alojamento Conjunto. O Alojamento Conjunto é o local em que a mulher e o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanecem juntos, em tempo integral, até a alta. Possibilita a atenção integral à saúde da mulher e do recém-nascido, por parte do serviço de saúde. Art. 3º A manutenção da mulher e do recém- nascido em Alojamento Conjunto apresenta as seguintes vantagens: I. favorece e fortalece o estabelecimento do vínculo afetivo entre pai, mãe e filho; II. propicia a interação de outros membros da família com o recém-nascido; III. favorece o estabelecimento efetivo do aleitamento materno com o apoio, promoção e proteção, de acordo com as necessidades da mulher e do recém-nascido, respeitando as características individuais; IV. propicia aos pais e acompanhantes a observação e cuidados constantes ao recém-nascido, possibilitando a comunicação imediata de qualquer anormalidade; V. fortalece o autocuidado e os cuidados com o recém-nascido, a partir de atividades de educação em saúde desenvolvidas pela equipe multiprofissional; VI. diminui o risco de infecção relacionada à assistência em serviços de saúde; e VII. propicia o contato dos pais e familiares com a equipe multiprofissional por ocasião da avaliação da mulher e do recém-nascido, e durante a realização de outros cuidados Art. 4º O Alojamento Conjunto destina-se a: I. mulheres clinicamente estáveis e sem contraindicações para a permanência junto ao seu bebê; II. recém-nascido clinicamente estáveis, com boa vitalidade, capacidade de sucção e controle térmico; peso maior ou igual a 1800 gramas e idade gestacional maior ou igual a 34 semanas. III. recém-nascidos com acometimentos sem gravidade, como por exemplo: icterícia, necessitando de fototerapia, malformações menores, investigação de infecções congênitas sem acometimento clínico, com ou sem microcefalia; e IV. Recém-nascidos em complementação de antibioticoterapia para tratamento de sífilis ou sepse neonatal após a estabilização clínica na UTI ou UCI neonatal Art. 5º O Alojamento Conjunto contará com os seguintes recursos humanos mínimos: ENFERMAGEM a) 1 Enfermeiro Coordenador com jornada horizontal mínima de 4 horas diárias b) 1 enfermeiro assistencial para cada 20 binômios mão-bebê c) 1 técnico/auxiliar de enfermagem para cada 8 binômios mãe-bebê PEDIATRA a) 1 Médico Responsável Técnico, preferencialmente pediatra ou neonatologista, com jornada horizontal mínima de 4 horas diárias; b) 1 Médico Assistencial, preferencialmente pediatra ou neonatologista, com jornada horizontal mínima de 4 horas diárias para cada 20 recém-nascidos c) 1 Médico Plantonista para cada 20 recém- nascidos – pode ser pediatra ou neonatologista da UCINCo ou UCINCa OBSTETRÍCIA a) 1 Médico Responsável Técnico, preferencialmente Gineco/Obstetra, com jornada horizontal mínima de 4 horas diárias; b) 1 Médico Assistencial, preferencialmente Gineco/Obstetra, para cada 20 puérperas; c) 1 Médico Plantonista, preferencialmente Gineco/Obstetra OBSERVAÇÃO! O Enfermeiro e o Médico poderão acumular as funções de coordenação e assistência. Art. 6º Cabe à equipe multiprofissional no Alojamento Conjunto: • Avaliar as puérperas diariamente, com atenção aos sinais de alerta para complicações no período pós-parto • Promover e proteger o aleitamento materno sob livre demanda • Garantir à mulher o direito a acompanhante, de sua livre escolha, durante toda a internação e a receber visitas diárias, inclusive de filhos menores • Estimular e facilitar a presença do pai sem restrição de horário • oferecer à mulher orientações relativas à importância de não ofertar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida • Oferecer à mulher orientações relativas à importância de não usar protetores de mamilo ou chupetas ao recém-nascido • Oferecer à mulher orientações sobre os riscos da amamentação cruzada; amamentar outro recém-nascido que não seja o próprio filho, e da proibição desta prática no Alojamento Conjunto • Orientar e estimular o contato pele a pele, posição canguru, pelo tempo que a mãe e o pai considerarem oportuno e prazeroso, especialmente quando se tratar de recém- nascido com peso inferior a 2500g; • Realizar o exame clínico do recém-nascido em seu próprio berço ou no leito materno • Realizar o banho do recém-nascido na cuba de seu próprio berço ou banheira e assegurar a limpeza e a desinfecção • Avaliar o peso do recém-nascido de acordo com necessidades individuais • Adotar técnicas não farmacológicas de prevenção/redução da dor para a coleta de sangue e outros procedimentos dolorosos • Identificar e enfatizar os recursos disponíveis na comunidade e na rede de saúde local para atendimento continuado das mulheres e das crianças • Realizar atividades de educação em saúde, preferencialmente em grupo • Ofertar a inserção de método contraceptivo de longa duração e alta eficácia antes da alta, caso seja escolha da mulher Art. 7º O Alojamento Conjunto contará com os seguintes recursos físicos: • Quartos para puérperas e recém-nascidos, com um ou dois leitos e banheiro anexo • Enfermaria para puérperas e recém-nascidos, com três a seis leitos, com banheiro anexo • Para cada leito materno, deve ser disponibilizado um berço para o recém-nascido e uma poltrona para acompanhante. • Os quartos devem ter tamanho adequado para acomodar mulher e recém-nascido Art. 8º O serviço de saúde responsável pelo Alojamento Conjunto deverá dispor dos seguintes equipamentos, materiais e medicamentos para atendimento à mulher e ao recém-nascido: Desde que... I. PUÉRPERA: i. em bom estado geral, com exame físico normal, sem sinais de infecção puerperal/sítio cirúrgico, com Loquiação fisiológica; ii. sem intercorrências mamárias como fissura, escoriação, ingurgitamento ou sinais de mastite, e orientada nas práticas de massagem circular e ordenha do leite materno; iii. com recuperação adequada, comorbidades compensadas ou com encaminhamento assegurado para seguimento ambulatorial de acordo com as necessidades; iv. bem orientada para continuidade dos cuidados em ambiente domiciliar e referenciada para Unidade Básica de Saúde (retorno assegurado até o 7º dia após o parto); v. estabelecimento de vínculo entre mãe e bebê; vi. com encaminhamento para unidade de referência para acesso a ações de saúde sexual e reprodutiva e escolha de método anticoncepcional, caso a mulher não receba alta já em uso de algum método contraceptivo, ou para seguimento pela atenção básica da prescrição ou inserção de método pela equipe da maternidade; II. RECÉM-NASCIDO: i. a termo e com peso adequado para a idade gestacional, sem comorbidades e com exame físico normal. ii. com ausência de icterícia nas primeiras 24 horas de vida; iii. com avaliação de icterícia, preferencialmente transcutânea, e utilização do normograma de Bhutani para avaliar a necessidade de acompanhamento dos níveis de bilirrubina quando necessário; iv. apresentando diurese e eliminação de mecônio espontâneo e controle térmico adequado; v. com sucção ao seio com pega e posicionamento adequados, com boa coordenação sucção/deglutição, salvo em situações em que há restrições ao aleitamento materno; vi. em uso de substituto do leite humano/formula láctea para situações em que a amamentação é contraindicada de acordo com atualização OMS/2009 "Razões médicas aceitáveis para uso de substitutos do leite" III. revisão das sorologiasda mulher realizadas durante a gestação ou no momento da internação para o parto, assim como investigação de infecções congênitas no recém- nascido, conforme necessidade. Entre as sorologias, merecem destaque: sífilis, HIV, toxoplasmose e hepatite B. Outras doenças infectocontagiosas, como citomegalovírus, herpes simplex e infecções por arbovírus deverão ser investigadas se houver história sugestiva durante a gestação e/ou sinais clínicos sugestivos no recém-nascido; IV. realização de tipagem sanguínea, Coombs da mãe e do recém-nascido, quando indicado; V. V - Oximetria de pulso (teste do coraçãozinho) e Triagem Ocular (Teste do Reflexo Vermelho ou teste do olhinho) realizados; Triagem Auditiva (teste da orelhinha) assegurada no primeiro mês de vida e Triagem Biológica (teste do pezinho) assegurada preferencialmente entre o 3º e 5º dia de vida; VI. VI - avaliação e vigilância adequadas dos recém- nascidos para sepse neonatal precoce com base nos fatores de risco da mãe e de acordo com as diretrizes atuais do Ministério da Saúde para a prevenção de infecção pelo estreptococo do grupo B; VII. a mãe, o pai e outros cuidadores devem ter conhecimento e habilidade para dispensar cuidados adequados ao recém-nascido, e reconhecer situações de risco como a ingestão inadequada de alimento, o agravamento da icterícia e eventual desidratação nos primeiros sete dias de vida; VIII. VIII - avaliação do serviço social para os fatores de risco psíquicos, sociais e ambientais, como o uso de drogas ilícitas, alcoolismo, tabagismo, antecedentes de negligência, violência doméstica, doença mental, doenças transmissíveis e situações de vulnerabilidade social IX. agenda com a Atenção Básica, o retorno da mulher e do recém-nascido entre o terceiro e o quinto dia de vida (5º Dia de Saúde Integral); e X. preenchimento de todos os dados na Caderneta da Gestante e na Caderneta de Saúde da Criança Art. 10. No momento da alta, a equipe multiprofissional fornecerá à mulher as seguintes orientações: • Procurar a Unidade Básica de Saúde ou o pronto-atendimento caso a mulher apresente sinais de infecção (febre, secreção purulenta vaginal, por ferida operatória ou nas mamas), sangramento com odor fétido ou com volume aumentado, edema assimétrico de extremidades, dor refratária a analgésicos, sofrimento emocional, astenia exacerbada ou outros desconfortos; • Procurar a Unidade Básica de Saúde se o recém- nascido apresentar problemas com aleitamento materno, icterícia ou qualquer outra alteração; • Em caso de intercorrências com as mamas, os Bancos de Leite Humano poderão oferecer a assistência referente às boas práticas da amamentação, e orientações sobre a doação de leite humano; • Realizar vacinação conforme calendário vacinal; • Higienizar as mãos antes e após o cuidado com o recém-nascido; • Evitar ambientes aglomerados ou com pessoas apresentando sinais e sintomas de doenças infectocontagiosas, como gripe e resfriado • Prevenir a morte súbita do recém-nascido por meio dos seguintes cuidados: deixar a criança em posição supina, manter a amamentação ao seio e evitar o tabagismo materno ou outra forma de exposição da criança ao fumo; • Transportar o recém-nascido de forma segura e prevenir acidentes domésticos; • Para crianças filhos de mães cuja amamentação é contraindicada, orientar o preparo correto da formula láctea e higienização dos utensílios utilizados para preparo e oferta desse alimento Com estas reformulações, a Portaria anterior (nº 1.016/GM/MS, de 26 de agosto de 1993) foi revogada. EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO • O que é alojamento conjunto? • Para quem é destinado esse alojamento? • Cite 3 vantagens do alojamento conjunto • Quais são os recursos mínimos necessários para que funcione esse serviço? • Cite 5 competências da equipe multiprofissional frente o binômio mãe x filho no alojamento conjunto • Quais os principais equipamentos, materiais e medicamentos para atendimento à mulher e ao recém-nascido? • Qual o tempo mínimo de permanência no alojamento conjunto? Cite 3 condições mínimas da puérpera e 3 condições mínimas para recebimento de alta do alojamento conjunto • Quais as principais orientações que podem ser dadas aos familiares do RN ao saírem de alta? Cuidado Integral ao recém-nascido e à criança AULA 2 – UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL E PEDIÁTRICA RESOLUÇÃO-RDC Nº 7, DE 24 DE FEVEREIRO DE 2010 • Dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva • Esta Resolução possui o objetivo de estabelecer padrões mínimos para o funcionamento das Unidades de Terapia Intensiva, visando à redução de riscos aos pacientes, visitantes, profissionais e meio ambiente • Esta Resolução se aplica a todas as Unidades de Terapia Intensiva gerais do país, sejam públicas, privadas ou filantrópicas; civis ou militares • Unidade de Terapia Intensiva (UTI): área crítica destinada à internação de pacientes graves, que requerem atenção profissional especializada de forma contínua, materiais específicos e tecnologias necessárias ao diagnóstico, monitorização e terapia. • Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI- N): UTI destinada à assistência a pacientes admitidos com idade entre 0 e 28 dias. • Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI- P): UTI destinada à assistência a pacientes com idade de 29 dias a 14 ou 18 anos, sendo este limite definido de acordo com as rotinas da instituição • Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica Mista (UTIPm): UTI destinada à assistência a pacientes recém-nascidos e pediátricos numa mesma sala, porém havendo separação física entre os ambientes de UTI Pediátrica e UTI Neonatal. UTI A unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) é uma unidade hospitalar destinada a receber as crianças graves após o nascimento ou até 28 dias de vida. Setor complexo que necessita de uma equipe treinada para trabalhar na assistência da criança grave no período neonatal. Quem são internados na unidade de terapia neonatal? • recém-nascido grave • recém-nascido com malformação • recém-nascido muitíssimo FUNÇÕES DA UTIN • Reanimação e estabilização • Admissão e observação • Cuidados contínuos e intensivos • Isolamento • Apoio familiar • Reduzir o índice de morbimortalidade neonatal • Promover e incentivar o aleitamento materno • Estimular e facilitar a participação da mãe na execução dos cuidados ao RN • Estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa PADRÕES DE INSTALAÇÃO DA UTIN • UTI neonatal próximo ao bloco cirúrgico • Visões de circulação externa e interna • Planta física especificamente projetada • Segurança do paciente ÁREA FÍSICA POR LEITO • 3 a 4m², com uma distancia de 1m entre eles • Energia elétrica: 10 tomadas aterradas e ligadas ao circuito de emergência do gerador • 3 a 4 pontos de ar comprimido e oxigênio e vácuo • Temperatura de 24° a 27°c • Umidade de 50% • Piso: sem frestas, material lavável, cor clara, superfície lisa • Comunicação: linha telefônica, música ambiente TRANSPORTE DE RECÉM-NASCIDO O transporte neonatal é realizado quando a criança internada em unidade neonatal necessita de alguma intervenção cirúrgica ou exames complementares, podendo ser intra hospitalar ou Inter hospitalar Projetar uma UTI ou modificar uma unidade existente, exige conhecimento das normas dos agentes reguladores, experiência dos profissionais de terapia intensiva, que estão familiarizados com as necessidades específicas da população de pacientes. O projeto deve ser abordado pôr um grupo multidisciplinar composto de médico, enfermeiro, arquiteto, administrador hospitalar e engenheiros. Esse grupo deve avaliar a demanda esperadada UTI baseado na avaliação dos pontos de fornecimento de seus pacientes, nos critérios de admissão e alta, e na taxa esperada de ocupação. É necessário análise dos recursos médicos, pessoal de suporte (enfermagem, fisioterapia, nutricionista, psicólogo e assistente social) e pela disponibilidade dos serviços de apoio (laboratório, radiologia, farmácia e outros). LOCALIZAÇÃO DENTRO DO AMBIENTE HOSPITALAR Cada UTI deve ser uma área geográfica distinta dentro do hospital, quando possível, com acesso controlado, sem trânsito para outros departamentos. Sua localização deve ter acesso direto e ser próxima de elevador, serviço de emergência, centro cirúrgico, sala recuperação pós-anestésica, unidades intermediárias de terapia e serviço de laboratório e radiologia. FORMA DA UNIDADE As unidades com leitos dispostos em quartos fechados, devem ser dotadas de painéis de vidro para facilitar a observação dos pacientes. Nesta forma de unidade é necessária uma central de monitorização no posto de enfermagem, com transmissão de onda eletrocardiográfica e frequência cardíaca. ESTIMATIVA E DISPOSIÇÃO DOS LEITOS • Depende da população atendida neste hospital, do numero de cirurgias, numero de médicos e enfermeiros e dos recursos institucionais • Um hospital deve destinar 10% de sua capacidade de leitos para a UTI- mínimo 5 leitos, ideal 8 – 12 por unidade • Para a UTI neonatal, devemos levar em conta fatores como: numero de partos anuais, número de leitos obstétricos, taxa e nascidos vivos anual, quantos desses RN necessitaram ser transferidos para uma UTI neonatal e, se a UTI neonatal recebera somente pacientes nascidos no hospital base ou recebera pacientes de outras instituições conveniadas. UTI PEDIATRICA Admite-se pacientes a partir de 29 dias até 18 anos (de acordo com as normas da instituição) • Insuficiência respiratória aguda • Choque • Trauma • Infecções INDICAÇÕES PARA INTERNAÇÃO NA UTIP • necessidade de ventilação mecânica; • infusão de drogas vasoativas; • POI cirúrgico • PO de cirurgia cardíaca • choque séptico • portadores de doenças cardíacas • distúrbio respiratório, neurológicos, hematológicos, renais e etc. • dentre outros. INCUBADORA/ BERÇO AQUECIDO -5M² POR LEITO LEITO – 12M² POR LEITO FOTOTERAPIA CALIBRE DA SONDA NASO • ADULTOS – 14, 16 ate 24 Fr • CRIANÇAS – 6, 8 e 10 Fr • RN – 4 Fr ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA UTI NEONATAL E PEDIATRICA COORDENADOR DA UTI • planejamento • organização • seleção da equipe • elaborar plano assistencial • supervisionar o serviço ASSISTENTE • realizar procedimentos invasivos • supervisionar o serviço técnico • Auxiliar e coordenar o serviço de • enfermagem nas intercorrências • preparar a admissão da criança • Instalar equipamentos para monitoramento da criança • Orientar e planejar a assistência PROCEDIMENTOS BÁSICOS NA UTI – PEDIÁTRICA OU NEONATAL • Preparo no leito; • Material de intubação; • Aparelho para ventilação mecânica; • Material para procedimentos cirúrgicos • Material para sondagens; • Carrinho de emergência; • Administração de drogas; • Controle do peso; • Realização de raios x • Realização de raios x • Oxigenoterapia • Acesso venoso • Controle dos sinais vitais • Cuidados com traqueostomia; • Cateterismo vesical RECURSOS HUMANOS Deve ser formalmente designado um Responsável Técnico médico, um enfermeiro coordenador da equipe de enfermagem e um fisioterapeuta coordenador da equipe de fisioterapia, assim como seus respectivos substitutos. O Responsável Técnico deve ter habilitação em Medicina Intensiva Pediátrica, para responder por UTI Pediátrica; título de especialista em Pediatria com área de atuação em Neonatologia, para responder por UTI Neonatal; Os coordenadores de enfermagem e de fisioterapia devem ser especialistas em terapia intensiva ou em outra especialidade relacionada à assistência ao paciente grave, específica para a modalidade de atuação (adulto, pediátrica ou neonatal); • Médico diarista: Médico diarista/rotineiro: 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, nos turnos matutino e vespertino • Médico plantonista: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, em cada turno • Enfermeiros assistenciais: no mínimo 01 (um) para cada 08 (oito) • Fisioterapeutas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, nos turnos matutino, vespertino e noturno, perfazendo um total de 18 horas diárias de atuação; • Técnicos de enfermagem: no mínimo 01 (um) para cada 02 (dois) leitos em cada turno, além de 1 (um) técnico de enfermagem por UTI para serviços de apoio assistencial em cada turno; • Auxiliares administrativos: no mínimo 01 (um) exclusivo da unidade • Funcionários exclusivos para serviço de limpeza da unidade, em cada turno. • Médicos plantonistas, enfermeiros assistenciais, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem deve estar disponível em tempo integral para assistência aos pacientes internados na UTI, durante o horário em que estão escalados para atuação na UTI. • Todos os profissionais da UTI devem estar imunizados contra tétano, difteria, hepatite B e outros imunobiológicos Art. 17 A equipe da UTI deve participar de um programa de educação continuada, contemplando, no mínimo: I. normas e rotinas técnicas desenvolvidas na unidade; II. incorporação de novas tecnologias; III. gerenciamento dos riscos inerentes às atividades desenvolvidas na unidade e IV. segurança de pacientes e profissionais. V. prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde. § 1º As atividades de educação continuada devem estar registradas, com data, carga horária e lista de participantes. § 2º Ao serem admitidos à UTI, os profissionais devem receber capacitação para atuar na unidade. CASO CLÍNICO Pedro Henrique nasceu de parto normal, pesando 3 kg e com 46 cm de comprimento. Chorou ao nascer e não necessitou de manobras de reanimação. Apresentou escore de APGAR: 7 NO 1° minuto e 8 no 5° minuto. Informações de sua genitora: tem 23 anos, não realizou pré natal, apresentava perda de líquido amniótico há 8 horas e febre no momento do parto. Apresentou liquido amniótico fétido. Explique os procedimentos que foram realizados neste RN Cuidado Integral ao recém-nascido e à criança AULA 3 – CUIDADOS AO RECÉM NASCIDO O ato de cuidar significa dedicar tempo, atenção, zelo, conforto, respeito, competência e ética, que se processa por meio de uma relação de horizontalidade e igualdade Os cuidados com o recém-nascido (RN) podem ser divididos em imediatos e gerais. Os primeiros são proporcionados logo após o parto até seu ingresso no alojamento conjunto. Os cuidados gerais são ministrados posteriormente, durante o período neonatal. Os cuidados imediatos ao RN são prestados nas duas primeiras horas após o parto, com o objetivo de proporcioná-lo condições satisfatórias para adaptação a vida extra-uterina CUIDADOS GERAIS • Praticar o aleitamento exclusivo ao seio até o 6° mês de vida • Manter posição correta durante a amamentação • Levar o bebê para fazer o teste do pezinho após o 5° dia de vida. • Vacinar o bebê sempre nas datas marcadas a lápis no cartão da criança. (lembro que as primeiras vacinas após a alta são as crianças BCG contra tuberculose e contra hepatite B) • So atrase a vacina do seu filho se ele estiver com alguma doença contra-indique vacinar no momento • A caderneta de vacinação é válida em todo o brasil • Levar o bebê para fazer puericultura – é o acompanhamento da saúde do seu filho durante o 1° ano de vida • Cuida bem do cartão da criança, poisele é um documento para a vida inteira No caso de Cólicas: • Realizar massagem na barriga do bebê, no sentido horário (como prevenção) • Realizar exercícios com as perninhas, tipo bicicleta (como prevenção) • Passar uma fralda de pano com ferro quente e aplicar sobre a barriga do bebê (no momento da dor) Obs: Evite ao máximo a administrar medicação para cólica ou dor se for necessário faça somente com a prescrição do pediatra. • Proporcionar conforto e bem-estar ao bebê • Evitar infecções, através da limpeza cuidado do recém-nascido, no banho • Prevenir infecção do cordão umbilical • Adequar o vestuário do bebê à temperatura ambiente Os cuidados de higiene são indispensáveis, pois, previnem infecções. O sistema imunitário do recém- nascido ainda não está totalmente desenvolvido, desta forma torna-se essenciais. A pele é a primeira defesa do recém-nascido, por isso, deve estar bem cuidada A pele após o nascimento a pele pode apresentar... • Eritema tóxico: É uma erupção papular rósea com vesículas espalhadas pelo tórax, costas, nádegas e abdômen • Icterícia fisiológica: imaturidade hepática, cor amarelada do recém-nascido • Mancha mongólica: mancha cor ardósia, comum na zona sacrococcígea • Mília: pequenos pontos brancos na face • Lanugo: camada de pelos muito finos, que cai na 1° semana de vida • Vérnix caseoso: camada de gordura branca produzida pelas glândulas sebáceas O banho • O banho é um momento especial para o bebê e para os pais pois promove a troca do local sujo É por isso que os pais devem tornar o ambiente confortável para o bebê • o banho deve ser dado num espaço limpo e espaçoso, o material deve estar preparado temperatura • exterior deve ser 22° - 24°c (sem corrente de ar) • da água de 37°c o banho total: posicionar o bebê de barriga para cima, segurando pela nuca, com o braço, utilizando a mão livre em concha para colher água limpar a face e os olhos do bebê, com compressas com água morna para o rosto e, soro fisiológico para os olhos (uma compressa para cada olho), fazendo movimentos suaves e únicos, de fora para dentro. Cuidados com o coto umbilical Lavar sempre muito bem as mãos antes de iniciar o procedimento; limpar a pele que rodeia o cordão umbilical, utilizando uma compressa com álcool 70% para cada zona e também para clampe; fazer um movimento único e suave com a compressa; quando colocar a fralda dobre a parte superior da fralda para não ficar em cima do cordão umbilical (harmonia) Conclusão: O banho, os cuidados com o cordão umbilical, o vestuário, a troca de fraldas, bem como as rotinas estabelecidas pelos pais são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento saudáveis do bebê. Banho e os cuidados de higiene: • Permitem a observação da sua condição física • Promovem o conforte do bebê e previnem infecções • Acima de tudo, permite a socialização do bebê com os pais ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO As ações positivas causadas pelo aleitamento materno são inúmeras. Já durante a gestação as mamas vão vendo preparadas para o momento de amamentar. Isso só pode significar que amamentar é um processo natural e deve ocorrer. Entretanto, a amamentação sofreu grandes influências sociais e culturais ao longo do tempo, séculos antes de cristo, as mulheres alimentavam seus bebês usando outros artifícios com xícaras com bicos e pequenos potes feitos de barro. Esses objetos foram encontrados por arqueólogos em túmulos de crianças. Isso indica que as mulheres buscavam uma forma de substituir a amamentação feita pela mãe. Outra prática, também bastante antiga, para a substituição da amamentação materna é a das amas de leite. OS BENEFÍCIOS DO LEITE MATERNO A amamentação supre todas as necessidades dos primeiros meses de vida, para o bebê crescer e se desenvolver sadio. • O leite materno é completo • O leite materno da proteção contra doença • É limpo e pronto • Dar de mamar ajuda na prevenção de defeitos na oclusão (fechamento) dos dentes, diminui a incidência de cáries e problemas na fala • Bebês que mamam no peito apresentam melhor crescimento e desenvolvimento • Trabalhos científicos identificam que essas crianças são mais inteligentes • Ele é o alimento ideal, não sendo necessário oferecer água, chá e nenhum outro alimento até os 6 meses de idade. Vantagens para mãe, o pai e a família • Aumenta os laços afetivos • Amamentar logo que o bebê nasce diminui o sangramento da mãe após o parto e faz o útero voltar mais rápido ao tamanho normal, e a diminuição do sangramento previne a anemia materna. • É um método natural de planejamento familiar (atenção) diminui o risco de câncer de mama e ovários • É econômico e prático TIPOS DE LEITE MATERNO Nesse período o leite vai aumentando sua quantidade e sua coloração e, contrapartida, os anticorpos e as proteínas vão diminuindo. Aumentam também os níveis de gordura e lactose, que é o açúcar do leite Leite do começo ou anterior: tem coloração levemente acinzentada, tem mais proteínas, lactose, vitaminas, minerais e água. Leite do fim ou posterior: possui mais gordura, o que confere um aspecto mais branco e menos aquoso, e é uma fonte de energia e ganho de peso do bebê Cuidado Integral ao recém-nascido e à criança AULA 4 – MÉTODO CANGURU Também é bastante difundida a importância de amamentar na primeira hora de vida, o que faz com que as dificuldades de amamentação sejam menos incidentes. “Assim como a importância do contato pele a pele entre mãe e bebê que favorecem a colonização por bactérias do bem, a contraindicação da aspiração de boca e nariz dos bebês que nascem e respiram sem dificuldades nos primeiros minutos também são outros exemplos de práticas para a recepção humanizada”, explica a profissional. História do método canguru: O método canguru foi inicialmente idealizado na Colômbia no ano de 1979 no instituto materno Infantil de Bogotá • Tinha a proposta de melhorar os cuidados prestados ao recém-nascido pré termo naquele País No Brasil, os primeiros relatos da utilização do Método Canguru são de 1992, na cidade de Santos, no Hospital Guilherme Álvaro (HGA) e em 1993 no Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP). A partir do ano 2000, o Método Canguru tornou-se uma Política Pública com a publicação, pelo Ministério da Saúde (MS), da Norma de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso – método canguru (portaria GM no 693 de 05/07/2000), posteriormente revisada em 2007 (portaria GM n° 1.683 de 12/07/2007) Lei n° 13.257, de 8 de março de 2016 Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) - Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente.” Pilares do método canguru: • Cuidado integral e qualificado ao recém- nascido, seus pais e família; • Respeito às individualidades; • Promoção do contato pele a pele precoce e prolongado; • Promoção do aleitamento • Envolvimento da mãe e do pai nos cuidados com o recém-nascido. A seguir apresentaremos as vantagens do método canguru, para as quais já existem evidências científicas: • Reduz o tempo de separação entre o recém- nascido e seus pais ; • Facilita o processo interativo mãe-pai-bebê e com isto o vínculo afetivo familiar; • Estimula o aleitamento materno, garantindo maior frequência, precocidade e duração; • Possibilita ao RN controle térmico adequado;1° ETAPA - A primeira etapa tem início no pré-natal da gestante de risco, passa pelo parto e nascimento e segue pela internação do recém-nascido na unidade neonatal, em geral na UTI neonatal. Nesta etapa a equipe de saúde procura minimizar a separação entre o recém-nascido e seus pais, favorecendo a proximidade entre eles com o intuito de proteger a formação e o fortalecimento dos laços afetivos. 2° ETAPA - Na segunda etapa, a mãe é convidada a ficar com seu recém-nascido na Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCINCa) em tempo integral. Podemos dizer que esse período funciona como um “estágio” pré-alta hospitalar 3° ETAPA - A terceira etapa do Método Canguru tem início com a alta hospitalar. A criança se encontra estável clinicamente, em aleitamento materno, necessita de cuidados quanto a sua estabilidade térmica e ganho de peso, porém não precisa mais do suporte hospitalar. Nessa circunstância, ela sai do hospital, mas continua sendo acompanhada por profissionais da unidade neonatal/ambulatório e pela atenção básica, até alcançar o peso de 2500g e/ou resolução de suas pendências clínicas, o que será avaliado conjuntamente pelas equipes multiprofissionais. Cuidado Integral ao recém-nascido e à criança AULA 5 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM NASCIDO NORMAL E ALTO RISCO Também é bastante difundida a importância de amamentar na primeira hora de vida, o que faz com que as dificuldades de amamentação sejam menos incidentes. “Assim como a importância do contato pele a pele entre mãe e bebê que favorecem a colonização por bactérias do bem, a contraindicação da aspiração de boca e nariz dos bebês que nascem e respiram sem dificuldades nos primeiros minutos também são outros exemplos de práticas para a recepção humanizada”, explica a profissional. Mudar a forma de nascer • Pré natal • Trabalho de parto • O momento do nascimento • Recepção do bebê • Cuidados prestados imediatamente RECEPÇÃO DO RECÉM-NASCIDO Passos para o atendimento ao bebê saudável • Entregar o bebê a mãe • Colocar imediatamente após o nascimento sobre o peito ou abdome materno • Enxugar e cobrir o bebê • Permitir que o bebê busque o seio e mame Na primeira hora de vida, o recém-nascido está em estado de alerta, geralmente com os olhos bem abertos e um reflexo de sucção forte. Ele troca os primeiros olhares com a mãe, contribuindo de forma significativa para estabelecimento do vínculo familiar O recém-nascido alerta procura a mama, virando a cabeça, abrindo a boca e colocando sua língua para fora. É hora de estar em contato pele a pele com a mãe – e não de passar por exames e intervenções que podem esperar. Intervenções de rotina, como aspiração de vias aéreas ou do estômago, usar oxigênio a 100% para reanimação neonatal e clampeamento imediato do cordão umbilical nunca foram baseados em qualquer evidencia clara de que melhoram o cuidado ao recém-nascido ou seus resultados COLO DE MÃE • O corpo da mãe ajuda o bebê adequadamente aquecido e isso é de especial importância para bebês pequenos e com baixo peso ao nascer • O bebê fica menos estressados, mais calmos e com as frequências respiratórias e cardíaca mais estável • O bebê é exposto em primeiro lugar às bactérias da mãe que costumam ser menos agressivas e contra as quais o leite materno possui fatores de proteção CONTATO PELE-A-PELE Benefícios a curto prazo • Aumento na temperatura corporal maior em comparação ao berço aquecido • Aleitamento materno na primeira hora de vida • Dormem por mais horas, passam mais tempo em estado de quietude e estão mais bem organizados às 4 horas de vida Benefícios a longo prazo • Maior duração da amamentação • Sentimentos maternos mais positivos em relação a criação de seu bebê • Maiores escores de afetividade materna e vínculo materno O ambiente adequado é feito em meio a pouca luz, silêncio, massagem nas costas do bebê, que não é dependurado pelos pés e nem recebe a famosa palmada “para abrir os pulmões” A IMPORTÂNCIA DO COLOSTRO • O colostro é rico em células imunologicamente ativas, anticorpos e proteínas protetoras • Contém fatores de crescimento que ajudam o intestino a amadurecer e a funcionar de forma eficiente. Isso dificulta a entrada dos microrganismos e alérgenos • Estimula os movimentos intestinais para que o mecônio seja rapidamente eliminado. Isso ajuda na prevenção da icterícia. Ocitocina hormônio do amor e ejeção do leite AVALIAÇÃO DOS ESCORES DE APGAR A avaliação da coloração da pele e das mucosas do RN não é mais utilizada para decidir procedimento na sala de parto O RN a termo com boa vitalidade deve ser secado e posicionado sobre o abdome da mãe ao nível da placenta por, no mínimo, um minuto, ate o cordão umbilical parar de pulsar (aproximadamente 3 minutos após o nascimento), para só então realizar- se o clampeamento Sinal 0 1 2 Frequência cardíaca Ausente Lenta (abaixo de 100 bpm) Maior que 100 bpm Respiração Ausente Lenta, irregular Boa, chorando Tônus muscular Flácido Alguma flexão nas extremidade s Movimento ativo Irritabilidad e reflexa Sem respost a Careta Tosse, espirro ou choro Cor Azul, pálido Cor rosado, extremidade s azuis Completament e rosado O teste de apgar é feito no minuto que o bebê nasce e cinco minutos depois Criado em 1952 pela anestesiologista americana Virgínia apgar, avalia cinco características • Frequência de batimentos cardíacos (o normal é acima de 100) • Cor da pele (rosa, pálida ou roxa) • Respiração e intensidade do choro • Tônus muscular (se ele está durinho ou mole demais) • Resposta a estímulo o Para cada uma dela é dada uma nota de 0 a 2 o Quando mais alta a soma, melhor terá sido o estado do bebê ao nascer o Os médicos costumam liberá-lo a partir da nota 7 o Mais isso não significa que quem ganha nota baixa pode ser “reprovado” o O teste serve para que seja tomada providencia como oferecer oxigênio caso tenha dificuldade para respirar no início o Diagnóstico de condições de vida do recém- nascido realizado por pediatra após a desobstrução de vias aéreas superiores (1° minuto de vida), e que será repetido aos 2 e 5 minutos após o nascimento) o Exija o boletim do APGAR e verifique o que foi feito com o bebê o Se a nota for igual ou superior a 8 o bebê é normal. Se estiver entre 4 e 7 será considerado de risco e precisa de estimulação imediata o Se estiver entre 0 e 3 será considerada de alto risco e já precisará de uma intervenção médica mais específica CLAMPEAMENTO DO CORDÃO Pinçar o cordão imediatamente após o nascimento resulta numa redução de 20% no volume de sangue para o neonato e uma redução de mais de 50% do volume de glóbulos vermelhos. O bebê deixa de receber 250-350ml de sangue (1,5 – 2 litros de sangue em um adulto ASPIRAÇÃO ROTINEIRA ASPIRAÇÃO DE VAS Pode levar à reflexo vaginal, Laringoespasmo, arritmia cardíaca e depressão respiratória, edema de mucosas e dificuldade de amamentação ASPIRAÇÃO GASTRICA Pode levar a alterações na frequência cardíaca e na pressão arterial do recém-nascido sem benefícios relacionados, indicando que não deveria ser usada no atendimento de rotina do neonato LÍQUIDO MECONIAL Não deve realizar a aspiração das VAS, pois esse procedimento não diminui a incidência da síndrome de aspiração de mecônio, a necessidade de ventilação mecânica nos RN que desenvolvem pneumonia aspirativa, nem o tempo de oxigenioterapia ou de hospitalização VITAMINA K O objetivo da administração de vitamina k é prevenir a hemorragia por deficiência de vitamina K A vitamina k tem uma capacidade pequenade atravessar a barreira da placenta e passar da mãe para a do bebê, então a maior parte da vitamina k e o bebê vai receber através da ingesta oral CREDÉ – CREDEIZAÇÃO o Esse procedimento consiste em pingar uma gota de nitrato de prata em cada olho do recém- nascido de forma rotineira para a prevenção de oftalmia gonocócica do recém-nascido o o colírio de nitrato de prata resulta em um alto índice de conjuntivite química e é ineficaz contra Chlamydia o o colírio de nitrato de prata pode ser substituído pela eritromicina, que previne tanto a oftalmia gonocócica quanto por clamídia, ou seja, é mais eficaz. Além disso, mesmo que seja necessário o uso de colírio ele pode ser aplicado 1 hora após o nascimento do bebê. PESAGEM, MEDICAÇÃO E BANHO DO BEBÊ PARÂMETRO DO CRESCIMENTO O peso e o comprimento são verificados logo após o nascimento. o O peso é importante para a avaliação neonato, relacionando-o com a IG o RN despido – necessário fita métrica ou prancha para medição e balança o PC: 33 a 33,5 o PT: 30,5 a 33 o PA: 30 a 33 cm o Peso: >2.501g e <4000g o Comprimento: 48 a 53 cm EXAME FÍSICO Exame físico, cujos objetivos principais são: o Estabelecer a existência de anormalidade congênitas o Classifica-lo de acordo com a IG e o peso o Descobrir quaisquer outras anormalidades capazes de influenciar na evolução neonatal IDENTIFICAÇÃO DO RN o Impressão plantar do RN e digital da mãe permite estabelecer identidade absoluta do bebê (ver caderneta da criança) o Bracelete de punho ou tornozelo (plástico ou esparadrapo), constando o nome da mãe, o sexo da criança, a data e a hora do parto, o numero do quarto ou número do registro o Nome caso de parto múltiplo deverá ser usada a indicação I, II, II (1°, 2°, 3°), nas pulseiras de cada um dos bebês, de acordo com a ordem do nascimento. MÉTODO CANGURU Definição: o método canguru é um tipo de assistência neonatal que implica contato precoce entre a mãe e o recém-nascido de baixo peso, de forma crescente e pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente, permitindo, dessa forma, uma maior participação dos pais no cuidado ao seu recém-nascido A posição canguru consiste em mantem o recém- nascido de baixo peso, ligeiramente vestido, em decúbito prono, na posição vertical, contra o peito do adulto So serão considerados como “método canguru” aquelas unidades que permitem o contato precoce, realizado de maneira orientada por libre escolha da família, de forma crescente, segura e acompanhado de suporte assistencial por uma equipe de saúde adequadamente treinada Portaria n° 693/GM em 5 de julho de 2000 1 cado de hemorragia a cada 10.000- 20.000 bebês que não receberam vitamina K ao nascer 1 caso a cada 20.000 bebês que tomaram vitamina K oral 1 caso a cada 20.000-40.000 bebês que tomara a forma injetavel Cuidado Integral ao recém-nascido e à criança AULA 6 – PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECÇÕES NEONATOLOGIA E PEDIATRIA O que é infecção hospitalar? Infecção hospitalar (IH) é o agravo de causa infecciosa adquirido pelo paciente após sua admissão em hospital. Pode manifestar-se durante a internação ou após a alta, desde que relacionado à internação ou procedimentos hospitalares. Quem fiscaliza? • Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH) Conjunto de ações desenvolvidas visando à redução máxima da incidência e da gravidade das IH. • Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) Órgão de assessoria da direção da instituição composta por profissionais de nível superior, formalmente designados, constituído por: o Membros Consultores: representantes dos serviços médicos, de enfermagem, farmácia hospitalar, laboratório de microbiologia e da administração do hospital. o Membros Executores: obedecendo à relação de dois técnicos de nível superior para cada 200 leitos, sendo um dos membros preferencialmente da enfermagem. TRANSMISSÃO DE INFECÇÃO NO HOSPITAL Para ocorrer a transmissão das infecções no ambiente hospitalar são necessários 3 elementos: • Fonte de infecção • Hospedeiro susceptível • Meios de transmissão Fonte de infecção • Pacientes, funcionários e, ocasionalmente os visitantes. • Objetos inanimados e superfícies do ambiente hospitalar, incluindo equipamentos e medicamentos. Hospedeiro susceptível • Pacientes no ambiente hospitalar possuem fatores que os tornam mais susceptíveis aos microrganismos, principalmente pacientes imunossuprimidos como recém-nascidos, pacientes em quimioterapia ou portadores de imunodeficiências. Meios de transmissão • Os microrganismos são transmitidos no hospital por vários meios: por contato, por gotículas, por via aérea, por meio de um veículo comum ou por vetores MEIOS DE TRANSMISSÃO DOS MICRORGANISMOS Os microrganismos são transmitidos no hospital por vários meios: • Contato • Gotículas • Via aérea • Por meio de um veículo comum • Por vetores Contato É o mais frequente e importante meio de transmissão de infecções hospitalares. Pode ocorrer através das mãos dos profissionais; através das luvas quando não trocadas entre um paciente e outro; pelo contato entre pacientes e também através de instrumentos contaminados. Gotículas A geração de gotículas pela pessoa que é a fonte ocorre durante a tosse, espirro, aspiração de secreções, realização de procedimentos (como broncoscopia) e mesmo pela conversação habitual. Quando estas partículas são depositadas na conjuntiva, mucosa nasal ou na boca do hospedeiro susceptível, ocorre a transmissão do agente. As partículas podem atingir uma distância de um metro. Essa forma de transmissão não é aérea porque as gotículas não permanecem suspensas no ar. Aérea A transmissão aérea ocorre quando os microrganismos estão em pequenas partículas suspensas no ar (≤5 µm) ou gotículas evaporadas que permanecem suspensas no ar por longo tempo. Os microrganismos carreados desta forma são disseminados por correntes de ar e podem ser inalados por hospedeiros susceptíveis, mesmo a longas distâncias. Veículo comum Ocorre quando os microrganismos são transmitidos por veículo comum como alimentos, água, medicamentos ou mesmo equipamentos. Vetores Ocorre quando vetores como moscas, mosquitos, etc, transmitem microrganismos. PRECAUÇÃO PADRÃO Abscessos com drenagem contida pelo curativo; Infecções por citomegalovirus; Conjuntivite bacteriana, Enterocolite necrosante; Enterocolites e gastroenterites infecciosas, Hepatite B, vírus C e outros; Meningites virais; SIDA; Sífilis primária ou secundária. PRECAUÇÃO PARA TRANSMISSÃO AÉREA Tuberculose, Varicela, Sarampo. PRECAUÇÃO PARA TRANSMISSÃO POR GOTÍCULAS Epligotite Meningite Pneumonia Caxumba Rubéola PRECAUÇÃO PARA TRANSMISSÃO POR CONTATO Epligotite, Meningite, Pneumonia, Caxumba Rubéola Abscessos; Rubéola Infecções entéricas por Shigella sp, rotavírus e hepatite A Infecção por Microrganismos multirresistentes Conjuntivites virais, Herpes, Impetigo. INFECÇÕES HOSPITALARES EM NEONATOLOGIA Vias de transmissão das infecções O feto pode ser colonizado ou infectado, mesmo na fase intra-uterina, por via placentária ou ascendente, nos casos em que haja ruptura prematura de membrana e em que o parto não ocorra de imediato Após o nascimento, o processo de colonização continua por meio do contato direto com a mãe, familiares e o pessoal do berçário; e por meio do contato indireto, pelo manuseio de objetos inanimados como termômetros, estetoscópios e transdutores. A ocorrência de infecção a partir da colonização do recém-nascido depende de seu grau de imunidade e da virulência do microrganismo. Além docontato, que é o mecanismo mais comum e importante na colonização e/ou infecção do recém-nascido, outras formas de transmissão devem ser consideradas, tais como: • Fluidos contaminados como sangue e hemoderivados, medicações, nutrição parenteral, leite materno e fórmulas lácteas. • Via Respiratória, principalmente em surtos de infecções virais, como as causadas por Influenza e Adenovírus. • Vetores capazes de transmitir dengue, malária e febre amarela, sendo raras essas ocorrências em berçários. FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO HOSPITALAR EM RN Dentre os fatores de risco para IH inerentes ao RN ressaltamos: • Peso ao nascimento - quanto menor o peso maior o risco de IH. • Defesa imunológica diminuída - quanto mais prematuro, menor é a imunidade humoral e celular do recém-nascido. • Necessidade de procedimentos invasivos - quanto mais prematuro ou doente o recém- nascido, maior é a necessidade de procedimentos invasivos, tanto os mais simples como uma coleta de sangue para dosagem da glicemia, quanto os mais complexos como intubação traqueal para ventilação mecânica, uso de cateter central, drenagem de tórax e tratamento cirúrgico. • Alteração da flora bacteriana, uma vez que, durante a internação, os recém nascidos são colonizados por bactérias do ambiente hospitalar, muitas vezes resistentes aos antibióticos e altamente virulentas. Fatores de risco inerentes ao local onde se encontra internado o recém-nascido: • Desproporção do numero de recém- nascidos internados e o numero de profissionais da equipe de saúde • Numero de clientes internados acima da capacidade do local. INFECÇÃO HOSPITALAR NO PERÍODO NEONATAL Infecção congênita: • Origem placentária Infecção precoce • Com manifestação clínica em período menor ou igual a 48 horas, com fator de risco materno. Em casos em que não há fator de risco materno e o recém-nascido (RN) é submetido a procedimento invasivo deve se considerar a infecção hospitalar. Os fatores de risco materno são: bolsa rota maior que 18 horas, cerclagem, trabalho de parto em gestação menor que 35 semanas, infecção do trato urinário sem tratamento ou com início a menos de 72 horas, febre materna nas últimas 48 horas, corioamnionite. Infecção tardia • As manifestações clínicas ocorrem a partir de 48 horas e tem provável origem hospitalar INFECÇÕES COMUNS EM NEONATOLOGIA Enterocolite Necrosante: há presença de pelo menos 2 dos seguintes sinais e sintomas: vomito, distensão abdominal e resíduos pre alimentares ou sangue nas fezes e pelo menos 1 das seguintes alterações radiológicas: pneumoperitônio, pneumatose intestinal ou alças do intestino delgado imóveis. Gastroenterite: início agudo de diarreia (fezes líquidas com duração maior que 12 horas) com ou sem vômitos ou febre Conjuntivite: exsudato purulento na conjuntiva ou tecidos contíguos Otite: drenagem purulenta do canal auditivo ou dor e vermelhidão e febre Onfalite: Eritema e drenagem purulenta do coto umbilical RECOMENDAÇÕES QUE TÊM POR OBJETIVO REDUZIR AO MÍNIMO AS INFECÇÕES EM SERVIÇOS DE NEONATOLOGIA. 1. Entrada na unidade de internação: A entrada de profissionais, pais e familiares na unidade de internação neonatal deve ser triada em relação à presença ou risco de doenças infecto-contagiosas. Nesse aspecto, atenção especial deve ser dada a visitas de irmãos, rotina esta já implementada em algumas Unidades de Atendimento Neonatal no Brasil, uma vez que crianças têm um risco maior para essas doenças. Todas as pessoas com infecções respiratórias, cutâneas ou com diarréia não devem ter contato direto com o recém-nascido. Ao se entrar na unidade, devem ser tomados alguns cuidados: ter as unhas curtas; prender os cabelos quando longos; retirar pulseiras, anéis, aliança e relógio. Após esses cuidados, proceder à higienização das mãos. 2. Higienização das mãos: A lavagem das mãos visa à remoção da flora transitória, células descamativas, suor, oleosidade da pele e ainda, quando associada a um anti-séptico, promove a diminuição da flora residente. RECOMENDAÇÕES QUE TÊM POR OBJETIVO REDUZIR AO MÍNIMO AS INFECÇÕES EM SERVIÇOS DE NEONATOLOGIA. banho: • Assegurar a limpeza com água e sabão e desinfecção com álcool 70% do equipamento utilizado no banho (banheira) após o uso a repetir a desinfecção com álcool 70% antes do uso. • Manter a água do banho em torno de 38°C • Manter temperatura do quarto entre 26 e 27°C • Evitar correntes de ar e de calor • Utilizar medidas de precaução padrão, com uso de luvas mesmo após o primeiro banho que deve ocorrer após a estabilização térmica • Utilize sabonete líquidos com pH neutro • O banho de imersão só deve ser realizado em pacientes com condições clínicas e sem dispositivos. Emolientes: • Aplicar o emoliente a cada 12 horas ou na presença de ressecamento • Evitar o uso em RN com peso menor que 750g • Utilizar recipientes individuais por paciente. Dermatites perinatais • Realizar troca frequentes das fraldas evitando a fricção da área • Utilizar panos macios e água para limpeza perineal • Utilizar lubrificantes a base de petrolato e contendo óxido de zinco. Coto umbilical • Lavar a área do umbigo com água e se necessário o sabonete líquido, secando para remover o excesso de umidade. • Utilizar álcool 70% no coto umbilical • Higienizar as mãos ante e após a manipulação do cordão umbilical Perda de água transcutânea • Utilizar saco de polietileno cobrindo tronco e extremidades do RN • Manter a umidade em nível de 70% a 90% nos primeiros 7 dias de vida • Utilize sistema de umidificação controlado evitando a geração de aerossóis. 2 - Cuidado com os olhos • Limpeza dos olhos: utilize gaze ou algodão para remover as secreções ao nascimento • Prevenção de oftalmia gonocócia. o Aplicar em ate 1 hora após o parto 1 gota de nitrato de prata 1% em cada olho o Utilizar frascos de dose individual. 3 – Prevenção de Enterocolite • Dieta: o Ofertar leite humano sempre que possível o Avançar cautelosamente a oferta da dieta enteral • Probiótico o Avaliar os casos de indicação de uso. 4 – Limpeza do ambiente • Cuidados com as superfícies do ambiente o Utilizar sabão liquido e quaternário de amônio nos pisos e paredes o Utilizar varredura úmida o Realizar limpeza terminal entre pacientes e no mesmo paciente semanalmente • Cuidados com equipamentos o Estetoscópio, termômetro e manguitos de pressão não invasiva devem ser preferencialmente de uso individual. Quando não for possível realizar limpeza e desinfecção entre um paciente e outro. o Realizar limpeza e desinfecção concorrente diariamente das incubadoras, berço aquecido e comum, ventiladores, bomba de infusão, monitores, equipamentos de fototerapia, entre outros. o E limpeza terminal da incubadora ou berços de terapia devem ser realizados sempre entre pacientes, ou no mesmo paciente sempre que houver sujidade visível ou a cada 7 dias. o Os reservatórios de umidade devem ser evitados, mas se necessário utiliza-los realizar a drenagem, limpeza e desinfecção a cada 24 horas. 5 – Controle de fluxo na unidade • Orientação dos pais e visitantes o Estimular a higienização das mãos o Descartar a presença de quadro infeccioso nos visitantes o Utilizar avental de preferencia de manga comprida quando o RN é manuseado fora da incubadora ou no ato de carregar, segurar ou amamentar o RN o Não é permitido a entrada de flores ou plantas. 6 - Cuidados com mamadeira e bicos • Cuidados gerais o As mamadeiras devem ser lavadas com água e sabão e esterilizadas em autoclave com realizado desinfecção com hipoclorito 1% por30 minutos, seguido de enxagua abundante em água filtrada. 7 - Cuidados lactário • Higiene pessoal: o Profissionais devem utilizar uniforme completo e limpo nas dependências internas do local de serviço • Paramentação o Utilizar touca descartável, avental limpo sobre uniforme luvas de procedimento e máscara cirúrgica cobrindo nariz e boca • Higiene das mãos o Utilizar produto alcoólico rotineiramente ou água e antisséptico, caso as mãos estiverem visivelmente sujas o Antes de iniciar a técnica, é necessário retirar adornos como anéis, pulseiras e relógios. • Higiene ambiental o Piso e parede devem ser lavados com água e sabão e desinfecção com quaternário e amônia. o Higienizar as bancadas com água e sabão e realizar desinfecção com álcool 70% a cada turno • Formular lácteas o As formulas que sofrem reconstituição devem ser diluídas em água fervida por 15 minutos o Realizar a desinfecção da embalagem com álcool 70% antes de abri-la o Realizar a identificação da mamadeira ou frasco antes do envase o Após o envase os recipientes devem ser distribuídos e consumidos o mais próximo do horário de preparo. o O tempo máximo de armazenamento das formulas diluídas é de 6 horas refrigeradas, devendo ser aquecidas em banho maria antes do uso 8 - Cuidados no aleitamento materno • Ordenha: realizar ordenha à beira leito com higienização prévia das mãos e uso de avental descartável a máscara cirúrgica, com acompanhamento da equipe de enfermagem, e administração imediata a ordenha. 9 – Cuidados com brinquedos • Cuidados gerais o Não utilizar brinquedos de pelúcia o Dar preferencia a brinquedos que permitam limpeza com água e sabão e desinfecção com álcool 70% (plástico, borracha, acrílico, metal) o Quaisquer brinquedos ou objeto que entrar em contato com fluidos corpóreos deverá ser limpo imediatamente. o os brinquedos e objetos, após limpeza e desinfecção, deverão ser acondicionados em caixas de material lavável, com tampa ou em armários, e deverão ser limpos periodicamente. Evitar compartilhar brinquedos. INFECÇÕES HOSPITALARES EM PEDIATRIA Na enfermaria de pediatria geral, as infecções hospitalares mais frequentes são: pneumonias, infecções da corrente sanguínea, infecções de cavidade oral, infecções de pele e tecidos moles. A pneumonia e as infecções da corrente sanguínea (septicemias) são as infecções hospitalares mais graves em pediatria As infecções da corrente sanguínea estão habitualmente relacionadas à presença de cateter venoso central, ocorrendo disseminação bacteriana a partir da colonização do cateter. Os fatores de risco mais importantes para desenvolvimento de infecções de cavidade oral são internação prolongada, uso de antibióticos de largo espectro, desnutrição, imunodeficiências e administração de drogas que causam lesões na mucosa da boca. Os fatores de risco para desenvolvimento de úlceras de pressão e para infecção destas lesões incluem: incontinência urinária e fecal próprias de crianças pequenas ou gravemente enfermas, contraturas musculares, deficiências neurológicas, desnutrição, desidratação e edema. Alguns outros fatores aumentam os riscos de infecção hospitalar no paciente pediátrico: imunodeficiências congênitas ou adquiridas, causadas por neoplasias, transplantes e uso de imunossupressores, infecção por HIV e uso crônico de corticoides. MEDIDAS DE PREVENÇÃO o A abordagem das infecções hospitalares em pediatria inclui recomendações gerais de prevenção e medidas específicas relacionadas às doenças infecciosas comuns à criança. Estas últimas envolvem, além do paciente pediátrico, os profissionais de saúde, a família e outros possíveis contatos. o A assistência à criança requer equipe multidisciplinar (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, nutricionistas, técnicos de laboratório e de radiologia, além de setores de apoio e funcionários administrativos) o É fundamental que os profissionais estejam em número adequado para o cuidado do paciente, bem como sejam periodicamente treinados, para que exista constante motivação e orientação técnica. o Pias, sabão e papel toalha devem estar disponíveis em todas as enfermarias. o Os quartos privativos devem contar com ante- sala para lavagem das mãos e paramentação. o As salas de recreação devem ser arejadas e limpas, os brinquedos e demais objetos devem ser adequados ao uso hospitalar e devem sofrer limpeza e desinfecção rotineira. RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA LIMPEZA E DESINFECÇÃO NA ENFERMARIA PEDIÁTRICA • Qualquer brinquedo ou objeto que entrar em contato com fluidos corpóreos deverá ser limpo imediatamente. • Brinquedos utilizados em unidades de isolamento devem ser de material lavável, não corrosivo e atóxico. Depois de usados devem ser ensacados e encaminhados para limpeza e desinfecção. • Os brinquedos deverão ser preferencialmente de material lavável e atóxico (plástico, borracha, acrílico, metal). Objetos de madeira deverão ser recobertos, pintados com tintas esmaltadas, laváveis. • Todo brinquedo ou objeto de material não- lavável deverá ser desprezado após contato com sangue, secreções e fluidos corpóreos. • Brinquedos de tecido não são recomendados, exceto para uso exclusivo. • Não existe restrição ao uso de livros e revistas, desde que plastificados. Se contaminados devem ser desprezados. • Os brinquedos e objetos, após limpeza e desinfecção, deverão ser acondicionados em caixas do material lavável, com tampa, ou em armários, e deverão ser limpos periodicamente. Processos de limpeza e desinfecção de brinquedos e objetos: • Brinquedos de uso comunitário: 1. Lavar o material com água e sabão 2. Enxague e deixar secar 3. Friccionar com álcool a 70%, três vezes 4. Deixar secar • Brinquedos em contato com o paciente sobre precauções especiais, ou após contato com fluidos corpóreos: 1. Lavar com água e sabão e enxaguar 2. Imergir em solução de hipoclorito de sódio, por 30 minutos. 3. Se material corrosivo: ▪ Usar álcool a 70% ▪ Enxaguar e deixar secar Conforme o estatuto da criança e do adolescente é permitida a presença de acompanhantes, inclusive no período noturno. Condições adequadas de alojamento para acompanhantes devem ser garantidas, sendo obedecidas às distancias entre berços e camas. Os acompanhantes devem ser orientados quanto as normas hospitalares e às medidas de controle de infecção. PREVENÇÃO DE INFECÇÕES Prevenção de infecção da corrente sanguínea relacionada ao cateter venoso central O acesso venoso deve ser retirado o mais precoce possível, uma vez que a permanência prolongada do cateter venoso central está associada com maiores taxas de infecção da corrente sanguínea. Prevenção de pneumonia • A anti-sepsia correta das mãos deve ser sempre estimulada. • Os nebulizadores devem ser de uso individual, devem ser limpos após cada nebulização, sofrendo também desinfecção com álcool a 70% e secagem. • Para a nebulização, é recomendado o uso de fluido estéril. Um cuidado simples, mas de grande importância é a verificação rotineira da sonda enteral. • Recomenda-se que o período de sondagem seja o mais breve possível a fim de minimizar a colonização da sonda e migração bacteriana ao longo dela. Prevenção de infecção da cavidade oral • Todos os pacientes devem ser submetidos diariamente à boa higiene oral, independentemente de seus fatores de risco • Deve ser dada preferência à escovação dos dentes e quando esta não for possível, podem ser realizados bochechos ou higienização com gazes embebidas em soluções antissépticas • O paciente deve ser mantido hidratado e com saliva fluida → A desidrataçãoleva à redução do fluxo salivar, possibilitando a multiplicação bacteriana • O jejum prolongado altera significativamente a microbiota da boca, favorecendo a implantação de bactérias hospitalares, principalmente bastonetes gram-negativos. • Os alimentos da criança hospitalizada devem ser preparados dentro de rigorosas normas de higiene. • O conteúdo de açúcar deve ser restrito. • Todo cuidado deve ser dado à limpeza e antissepsia de mamadeiras e utensílios que tenham contato com a mucosa oral. • Pacientes sob quimioterapia ou radioterapia devem evitar alimentos crus ou crocantes, que provocam pequenos ferimentos na mucosa oral e facilitam a invasão bacteriana. Prevenção de infecções de pele e tecidos moles • As lesões de pressão são decorrentes da excessiva compressão dos tecidos moles contra as proeminências ósseas, levando ao processo de necrose tecidual, o que favorece a infecção. • A prevenção da infecção das úlceras de pressão envolve a prevenção do aparecimento da própria úlcera, o que depende basicamente dos cuidados com o paciente acamado. • Deve-se proceder mudança frequente de decúbito, as roupas e o colchão devem ser de tecidos macios e que permitam a aeração da pele. • As infecções de pele secundárias a dermatites de fraldas e de dobras também dependem basicamente dos cuidados. • A prevenção dessas infecções envolve higienização adequada, com troca frequente de fraldas, especialmente em crianças com diarreia e com sudorese excessiva em vigência de febre ou altas temperaturas ambientais. MEDIDAS DE PROFILAXIA Para controle de infecção hospitalar em unidades pediátricas, são importantes as seguintes medidas gerais: 1. Treinamento adequado, com ênfase à lavagem/higienização das mãos 2. Área física adequada 3. Pias em numero suficiente 4. Racionalização na utilização de antimicrobianos e de procedimentos invasivos. 5. Reconhecimento prévio de contato com doenças infecto-contagiosas 6. Medidas adequadas de isolamento, com leitos e quartos/enfermarias disponíveis para esta finalidade 7. Internação criteriosa 8. Atenção em relação às visitas de familiares Cuidado Integral ao recém-nascido e à criança AULA 7 – CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA Desde a década de 1980, a partir da mudança do modelo assistencial, inúmeras ações (programas e políticas) foram criadas com o objetivo de intervir nesta realidade, como a ampliação do acesso aos serviços de saúde, a desfragmentação da assistência e a mudança na forma como o cuidado às gestantes e aos recém-nascidos estava sendo realizado Neste contexto, foi lançado, em 1983, o programa de assistência integral à saúde da mulher (Paism), “que propõe ações voltadas à sua integralidade, equidade e abordagem global em todas as fases do seu ciclo vital” Em 2000, o ministério da saúde lançou o programa de humanização do pré-natal e nascimento (PHPN), que objetivava, principalmente, reorganizar a assistência e vincular formalmente o pré-natal ao parto e ao puerpério, ampliar o acesso das mulheres aos serviços de saúde e garantir a qualidade da assistência. O que é rede cegonha? É uma estratégia do ministério da saúde que visa organizar uma rede de cuidados que assegure: • A mulher: o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério • A criança: o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento saudáveis. CRESCIMENTO X DESENVOLVIMENTO Crescimento e desenvolvimento são fenômenos diferentes em sua concepção fisiológica, mas paralelos em seu curso e integrados em seu significado, podendo-se dizer que são dois fenômenos em um só O crescimento significa divisão celular, aumento de massa corpórea que pode ser identificada em unidades tais como gramas e centímetros, isto é, aumento de ”unidade de massa” em determinada “unidade de tempo”. O crescimento físico pode ser definido como mudanças físicas e biológicas mensuráveis no desenvolvimento do individuo O desenvolvimento é fundamental no ganho da capacidade, não havendo “unidade de massa”, e sim “unidade de tempo”. O desenvolvimento de uma forma geral encontra-se intimamente relacionado aos fatores internos ou biológicos (aprendizagem, maturação, aspectos psíquicos, sociais, etc) Desenvolvimento físico: como a capacidade de engatinhar, manter-se em pé, andar, correr, pular e até mesmo fazer atividades mais precisas como desenhar e escrever Desenvolvimento cognitivo: a palavra “cognição” remete às habilidades que garantem a capacidade do cérebro de processar informações e obter conhecimento sobre o mundo Desenvolvimento social: a partir daí, a criança é capaz de trocar informações com outras crianças e adultos Desenvolvimento afetivo: relacionado ás emoções, o desenvolvimento afeito está presente desde os primeiros anos de vida da criança O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças é feito majoritariamente na atenção primaria e por equipe multiprofissional. As consultas são parte central neste acompanhamento e estar no planejamento do trabalho das equipes Calendario de consultas da criança na atenção primária Caderno de atenção básica 33 – saúde da criança: crescimento e desenvolvimento, do ministerio da saúde, recomena sete consultas de rotina no primeiro ano de vida: • 1° semana • 1° mês • 2° mês • 4° mês • 6° mês • 9° mês • 12° mês Além de duas consultas no 2° ano de vida: 18° mês e no 24° mês, e uma consulta no 3° ano de vida: 36° mês e consultas anuais após o 3° ano, próximas ao mês do aniversario As faixas etárias para acompanhamento são selecionadas porque representam momentos de oferta de imunização e de orientação de promoção de saúde e prevenção de doenças As crianças que necessitem de maior atenção devem ser vistas com maior frequência. O calendário sugerido indica o mínimo de acompanhamento para a criança, podendo ser acrescido por outros agendamentos com a mesma equipe ou com os profissionais que se fizerem necessários a proporcionar satisfatória avaliação da criança Vulnerabilidade e fatores de risco os fatores de risco podem ser divididos em: • Fatores de risco que influenciam negativamente seu desenvolvimento em razão de fatores psicossociais/ambientais. Ex: crianças que vivem em desvantagem socioeconômicas ou que contam com cuidadores que fazem uso excessivo de substancias psicoativas • Fatores de risco que influenciam negativamente no seu desenvolvimento em razão de fatores biológicos. Ex: crianças com baixo peso ao nascer, prematuridade, paralisia cerebral. Fatores de risco biológicos: • São relacionados a eventos pré, peri e pós-natais • São alguns exemplos: prematuridade, baixo peso, asfixia perinatal, hemorragia intraventricular e distúrbios bioquímicos e hematológicos • São denominadas crianças de alto risco em virtude da probabilidade de sofrerem lesão cerebral • Estas lesões cerebrais podem interferir na plasticidade cerebral Fatores de risco ambientais/psicossociais • São considerados eventos que ocorrem fora do indivíduo, como por exemplo as experiencias relacionados com a vida familiar e/ou sociedade. Exemplos: violência doméstica, física, sexual, psicológica, exposição à violência conjugal, negligencia, uso excessivo de álcool. • A pobreza extrema é considerada um dos fatores de risco psicossociais/ambientais mais impactantes no desenvolvimento infantil. Sua presença aumenta a probabilidade de exposição de crianças a múltiplas adversidades, incluindo estresse familiar, abuso ou negligencia infantil, insegurança alimentar e exposição à violência • Estudos tem demostrado que adversidades significativasenfrentadas precocemente na infância podem ocasionar perturbações fisiológicas e/ou biológicas que causam prejuízos no desenvolvimento infantil • Danos relacionados com uma resposta de estresse e prolongada, denominada de estresse tóxico • Assim o estresse pode ser divido em: positivo, tolerável e tóxico. Registro duplo de cada atendimento: O prontuário e a caderneta de saúde da criança • Durante todas as consultas, é muito importante o preenchimento da caderneta de saúde da criança • A caderneta de saúde da criança é um documento que deve ficar de posse da família e que, se devidamente preenchido pelos profissionais de saúde, contem informações valiosas sobre vários aspectos de saúde da criança, que podem ser utilizadas por diversos profissionais e serviços. Fatores que influenciam o desenvolvimento infantil Os riscos para o desenvolvimento infantil incluem: • Determinantes biológicos • Determinantes circunstanciais os cuidados de criação demandam ação coordenada e multisetorial O desenvolvimento infantil é um processo continuo e dinâmico, que promove mudanças em diversas áreas. Este processo se inicia na concepção e envolve vários aspectos que inclui o crescimento físico, a maturação neurológica, comportamental, cognitiva, social e afetiva da criança, numa complexa interação entre estes e o meio ambiente. O adequado desenvolvimento infantil permite que a criança se torne competente para responder às suas necessidades e às do seu meio, considerando seu contexto de vida Como uma das estratégias de promoção, recuperação da saúde e bem-estar das crianças, o ministério da saúde (MS) elaborou a caderneta de saúde da criança (CSC) para ser utilizada no acompanhamento das crianças desde o nascimento ate os 9 anos de idade, sendo assim, uma ferramenta facilitadora e precisa de informações para profissionais da saúde e familiares Através da CSC é possível registrar dados da criança, como os de identificação, história obstétrica e neonatal, crescimento e desenvolvimento, assim como contem informações sobre o aleitamento materno e alimentação, além de incluir os dados acerca da saúde bucal, visual e auditiva e da vacinação. Contem ainda orientações sobre a promoção e saúde e prevenção de agravos com acidentes e violência doméstica. Avaliação dos macros do desenvolvimento • O instrumento de vigilância do desenvolvimento da criança pode ser utilizado como fonte para avaliação indireta e direta • Como avaliação indireta, o profissional de saúde pode, durante a conversa com os responsáveis, questionar se a criança alcançou os marcos esperados para a faixa etária que ela se encontra. • Como avaliação direta, o profissional de saúde deve se orientar sobre quais habilidades são desejáveis de identificar e através da interação com a criança, fazer com que elas sejam suscitadas. Vigilância do desenvolvimento infantil • Desde o final do século passado, a assistência pediátrica considera que o desenvolvimento infantil, ao lado do crescimento somático, representa um dos eixos que define o processo ativo e contínuo de vigilância à saúde das crianças • O termo “desenvolvimento infantil” indica o avanço da criança em todas as áreas do funcionamento humano: social e emocional, cognitivo, comunicação e movimento. Esses avanços dependem tanto de um aparato neurobiológico intacto como de um ambiente rico em estímulos sociais e afetivos. • Assim, vigilância do desenvolvimento compreende todas as atividades relacionadas à promoção do desenvolvimento normal e à detecção de problemas no desenvolvimento, durante a atenção primária à saúde da criança. É um processo contínuo, flexível, envolvendo informações dos profissionais de saúde, pais, professores e outros. A escala de Denver II tem uma estrutura de aplicação que se dá por quatro elementos • Pessoal-social: relacionamento com as pessoas, auto cuidado e atividades de vida diária (AVD) • Motor adaptativo: coordenação olho-mão, manipulação de objetos pequenos e solução de problemas • Linguagem: audição, compreensão e linguagem • Motor-grosseiro: sentar, andar, pular Realizar a avaliação dos marcos do desenvolvimento faz parte da rotina de diversos profissionais de saúde. Através da CSC, é possível avaliar em cada faixa etária, habilidades que fazem parte do desenvolvimento global, englobando aspectos dos marcos motores, de linguagem, cognição e interação social. Na CSC, os marcos do desenvolvimento estão apresentados de forma geral, e não divididos em áreas, portanto é importante destacar que o conhecimento das etapas do neurodesenvolvimento se faz necessário para todo profissional de saúde que atue com população infantil. É possível realizar esse tipo de análise, ou seja, habilidades de áreas especificas do desenvolvimento, em todas as idades da tabela de vigilância do desenvolvimento O documento permite tanto observar se a criança está se desenvolvendo conforme o esperado para sua faixa etária, como também, em casos de desvios, identificar se o atraso é global (em todos marcos avaliados) ou especifico de determinadas áreas (ex: motor, de linguagem, etc) Quando estivermos avaliando a criança é importante registrar na escala o desempenho da criança em cada habilidade, como instruído na própria tabela: P: MARCO PRESENTE; A: MARCO AUSENTE; NV: MARCO NÃO VERIFICADO Importante! Existem algumas condições bem estabelecidas consideradas fatores de risco para o neurodesenvolvimento. Portanto é importante que o profissional de saúde tenha conhecimento da história da criança pré, peri e pós-natal, e associe esses dados com os observados na avaliação dos marcos do desenvolvimento é importante acompanhar o desenvolvimento de todas as crianças, no entanto, as que possuem algum fator de risco, necessitam de uma avaliação mais cuidadosa, e muitas vezes mais especializada, envolvendo uma equipe multiprofissional • Lembrando que a maioria dos reflexores somem até um ano, com isto é importante verificar quando a criança é muito parada, ausência de sinergia pés e mãos não fala silabas, não rir. • O genótipo é o código das células de um organismo, são as instruções que influenciam as características de um indivíduo, como a cor dos olhos ou do cabelo, da pele. Já o fenótipo é o traço que nós podemos ver expresso nas pessoas, na forma de característica física ou comportamento, fenda palatina, dados, pescoço. Através do registro dos marcos do desenvolvimento é possível qualificar o desempenho da criança, conforme indicado na tabela acima. A primeira infância, de zero a 6 anos, é um período muito importante para o desenvolvimento mental e emocional e de socialização da criança. É fundamental estimular bem a criança nessa fase, para que ela tenha uma vida saudável e possa desenvolver-se bem na infância, na adolescência e na vida adulta O profissional de saúde deve acompanhar o desenvolvimento da criança, assim como orientar a família a sinalizar se achar que algo não vai bem, para que assim possa examiná-la melhor Cuidado Integral ao recém-nascido e à criança AULA 8 – ASMA Aspectos clínicos A asma é uma doença inflamatória crônica associada à hiper-reatividade brônquica caracterizada pelo desenvolvimento de uma reação alérgica a agentes extrínsecos e intrínsecos. Causa edema da mucosa e produção de muco Mais comum da infância, pode ocorrer em qualquer idade Sinais e Sintomas • Tosse • Dispneia • Sensação de constrição do tórax • Sibilos chiados Aspectos epidemiológicos • A prevalência da asma (inclusive a da asma grave) é alta em vários • países, com impacto relevante na saúde
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