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7° PERIODO - CUIDADO AO IDOSO

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Cuidado ao Idoso 
AULA 1 – O IDOSO 
Política nacional do idoso e estatuto do idoso: 
pessoas com 60 anos ou mais. 
Já para a OMS: pessoas com 60 anos ou mais em 
países em desenvolvimento, e pessoas com 65 
anos ou mais em países desenvolvidos. 
 
IDADE BIOLÓGICA X IDADE CRONOLÓGICA 
 
• Estilo de vida, biotipo, estado de saúde, 
participação, níveis de dependência. 
• Tempo que o individuo conta desde que nasceu 
 
Envelhecimento: é um processo universal e 
irreversível que acelera na maturidade e com o 
avanço da idade. Ocasiona perda funcional no 
organismo (a partir do momento em que nascemos, 
começamos a envelhecer) 
OMS define o envelhecimento saudável como o 
“processo de desenvolvimento e manutenção da 
capacidade funcional que permite o bem-estar na 
idade avançada” 
Surgimento de doenças crônicas: importante manter 
a capacidade funcional 
 
ENVELHECIMENTO = VULNERABILIDADE + 
VARIABILIDADE + IRREVERSIBILIDADE 
 
Envelhecer: 
• Estigmatização: representação negativa do 
idoso e do envelhecimento 
• Idoso ativo 
• Garantias de Direitos: Política nacional do 
idoso (PNI), lei n° 8842, de 4 de janeiro de 
1994, e o estatuto o idoso, lei n° 10.741, de 1° 
de outubro de 2003 
• Politica nacional de saúde da pessoa idosa – 
Portaria n° 2.528 de 19 de outubro de 2006 
 
Envelhecimento ativo: é o processo de otimização 
de oportunidades de saúde, participação e 
segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade 
de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas 
(OMS,2005) 
• Envolve amigos, colegas de trabalho, 
membros da família 
• “a criança de ontem é o adulto de hoje e o avô 
ou avó de amanhã” 
 
 
Segundo o IBGE, existem no brasil 
aproximadamente, 20 milhões de pessoas com 
idade igual ou superior a 60 anos (10% da população 
brasileira); é estimado que no período de 1950 a 
2025, o grupo de idosos no país deverá ter 
aumentado em quinze vezes, enquanto a população 
total em cinco. Assim, o Brasil ocupará o sexto lugar 
quanto ao contingente de idosos, alcançando, em 
2025, cerca de 32 milhões de pessoas com 60 anos 
ou mais de idade 
• O envelhecimento gera nova demanda de saúde. 
 
Envelhecer.... Multifatorial e subjetivo. 
• Biológico: a idade biológica: alterações 
corporais e mentais que ocorrem ao longo do 
processo de desenvolvimento (envelhecimento 
humano) 
• Social: definida pela obtenção de hábitos e 
status social pelo individuo para o 
preenchimento de muitos papeis sociais ou 
expectativas em relação às pessoas de sua idade 
em sua cultura e em seu grupo social. 
• Econômicas: aposentadoria: visto como 
improdutivo 
• Funcional: diminuição da capacidade 
• Intelectual e cognitivo: déficit de atenção. 
 
FUNCIONALIDADE 
Define-se como a capacidade de desempenhar as 
atividades necessárias para cuidar de si mesmo. 
• Independência: ser capaz de realizar suas 
atividades 
• Autonomia: ter liberdade de tomar suas 
decisões 
A presença de incapacidade é ônus para o indivíduo, 
para família, para o sistema de saúde e para a 
sociedade. No Brasil: incapacidade entre idosos em 
cifras que variam de 2 a 45% dos idosos. 
 
 
 
 
 
 
• Relação entre funcionalidade global do 
organismo e ciclo de vida 
• Máximo de funções orgânicas entre os 30 e 40 
anos; entre 40 e 50 há uma estabilização 
• A partir daí, declínio progressivo, com perda 
funcional global de 1% ao ano 
 
ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO 
• Inicio do Sec. XX: expectativa de vida baixa – 45 
anos; altas taxas de mortalidade infantil 
• A partir dos anos 50: melhoria nas condições 
sanitárias e programas de saúde pública de 
erradicação de doenças; imunizações (Crianças) 
• Anos 60 e 70: mudança cultural, surgimento dos 
contraceptivos. Fecundidade caiu. 
• População ENVELHECEU 
 
TIPOS DE ENVELHECIMENTO 
• Envelhecimento: afeta os sistemas 
• Declínio do desenvolvimento funcional 
• Vulneráveis à agressões do meio interno e 
externo, porém não significa ADOECER 
 
 
 
 
CRITÉRIO DE FRAGILIDADE PELA PNSPI 
• Vive em ILPI 
• Acamados 
• Hospitalizados recentemente por qualquer razão 
• Apresente doenças sabidamente causadores de 
incapacidade funcional: AVE, síndrome 
demenciais, entre outras doenças 
neurodegenerativas, etilismo, neoplasia 
terminal, amputação de membros. 
• Encontra-se com pelo menos uma incapacidade 
funcional básica 
• Viva em situações de violência domestica 
• 75 anos de idade ou mais 
• Outros critérios podem ser acrescidos ou 
modificados de acordo com as realidades locais. 
 
 
 
ATITUDE 
De acordo com as condições funcionais da pessoa 
idosa serão estabelecidas ações de atenção 
primária, de prevenção – primária, secundaria e 
terciaria -, de reabilitação, para a recuperação da 
máxima autonomia funcional, prevenção do declínio 
funcional, e recuperação da saúde. Estarão incluídas 
nessas ações o controle e a prevenção de agravos de 
doenças crônicas não-transmissíveis. 
 
Todo profissional deve procurar promover a 
qualidade de vida da pessoa idosa, quando 
chamado a atende-la. É importante viver muito, mas 
é fundamental viver bem. Preservar a autonomia e a 
independência funcional das pessoas. 
Cuidado ao Idoso 
AULA 2 – DOENÇA DE PARKINSON 
A doença de Parkinson (DP): um transtorno 
neurodegenerativo e progressivo, que atinge o 
sistema nervoso central, que leva à incapacidade. É 
considerada crônica. 
 
 
Descrita pela primeira vez em 1817, pelo médico 
inglês James Parkinson, em seu livro “um ensaio 
sobre a paralisia agitante”, desenvolvida 
posteriormente por Jean – Martin Charcot 
 
 
 
Diferente de Parkinsonismo: doença de Wilson 
(distúrbio de acúmulo de cobre em diversos órgãos 
incluindo cérebro); uso de antipsicóticos 
• Reversível 
 
Causas: doença Idiopática. 
Fatores que influenciam: hereditariedade, idade, 
gênero, pesticidas. 
 
A DP NO MUNDO E NO BRASIL 
• OMS: 1% da população mundial (com mais 
de 65 anos) – 200 mil casos no brasil 
• Não é de notificação compulsória 
 
FISIOPATOLOFIA 
 
Neuronios da área da substancia negra: produtores 
de dopamina 
 
• Degeneração das células da substancia negra 
o Produção de dopamina prejudicada: 60% 
▪ Falhas no mecanismo de controle 
motor 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 
• Rigidez muscular 
• Bradicinesia 
• Tremores em repouso 
• Instabilidade postural 
• Alterações na marcha 
• Ansiedade, constipação intestinal 
• Alucinações, delírios 
• Depressão, demência 
• Micrografia 
• Disfonia 
 
DIAGNÓSTICO 
• Difícil diagnostico 
• História clínica: percepção do início dos 
sintomas 
• Exame físico 
• Exames complementares como laboratoriais, 
tomografias computadorizadas (TC) e 
ressonância magnética (RM): exclusão de outras 
patologias. 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 
1. Levodopa: precursora da dopamina (perde a 
eficácia ao longo dos anos) 
• Após 5 a 10 anos de uso: discinesia 
(movimento involuntário anormais) 
• Ligar – desligar 
2. Anticolinérgicos: se contrapõem à ação da 
acetilcolina 
• Efeitos colaterais (visão turvam rubor facial, 
erupção cutânea, entre outros) 
3. Cloridrato de amantadina: reduz a rigidez, 
tremores e bradicinesia. 
4. Agonista da dopamina: estágios iniciais da 
doença 
5. Antidepressivos, anti-histamínicos 
 
 
 
TRATAMENTO CIRURGICO 
Marcapasso cerebral (DBS – estimulação cerebral 
profunda) 
• Vantagens: diminuição considerável nas 
manifestações, diminuição das medicações 
• Desvantagens: custos, ajustes periódicos e 
riscos de infecção 
• No brasil (SUS): protocolo clínico de diretrizes 
terapeuticas sobre Parkinson (2002-2017) 
 
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM 
• Portador da DP: hospital, na unidade saúde da 
família ou na residência, mediante realização de 
visita domiciliar, em instituições de longa 
permanência. 
• Orientar, ensinar, incentivar e estimular a 
realização de ações• Orientação da família e do cuidado informal 
• Estimular a melhora da capacidade funcional 
• Encaminhar para atendimento com terapia 
ocupacional 
• Incentivar as capacidades de enfrentamento 
 
 
APLICANDO O PROCESSO DE 
ENFERMAGEM – (PE) 
• Investigação (coleta de dados e exames 
físicos) 
• Diagnóstico de enfermagem 
• Planejamento (resultados esperados) 
• Implementação da assistência de 
enfermagem (prescrição de enfermagem) 
• Avaliação da assistência de enfermagem 
 
CASO CLÍNICO 
SRO, 68 anos, sexo feminino, natural de Belém- PA. 
Solteira, aposentada, 3 filhos. É hipertensa, nega 
etilismo e tabagismo. Relata que sente o braço 
enrijecido e com tremores, sendo dificultoso 
cozinhar, o que afetou sua renda, haja vista que 
vendia “quentinhas”. Veio acompanhada da filha, 
que relata ter percebido que a mãe está ficando com 
passos mais curtos e com dificuldade de sentar e 
levantar, mas se recusa a usar bengala. Relata 
dificuldade para realizar atividades de autocuidado, 
sendo que a que mais lhe incomoda é a alimentação, 
porque não consegue mais segurar utensílios com 
firmeza. Por conta de dificuldades financeiras não 
procuraram assistência médica antes, porém 
iniciaram acompanhamento mês passado, onde foi 
diagnosticada com Doença de Parkinson. Foi 
iniciado tratamento com Levedopa e Carbidopa 1x 
ao dia. Já faz uso de atenolol + clortalidona 1 x ao 
dia, de 50 mg + 12,5 mg por conta da hipertensão. 
Como está em uso da medicação a pouco tempo, 
ainda não conseguiu perceber melhoras 
significativas, porém relata que já se sente mais ágil. 
Relata que acorda muito durante a noite por conta 
de dor no braço, já que as vezes deita de lado. Nega 
alterações de eliminação. Ao exame físico: 
Consciente, Orientada, Eupneica, afebril, 
normocorada, normocárdica. Apresenta leve cifose 
cervical, tórax simétrico, abdome plano sem 
alterações. Exame genitourinário não realizado. 
MMSS com força muscular diminuída e amplitude 
de movimentos limitada. MMII apresentando 
marcha lentificada e presença de bradicinesia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidado ao Idoso 
AULA 3 – FISIOLOGIA DO 
ENVELHECIMENTO 1 
ALTERAÇÕES RELACIONADAS COM A IDADE 
• Capacidade funcional 
• Bem estar 
• Físico 
• Psicossocial 
• Mental 
• Social 
• Econômico 
• Ambiental 
 
ASPECTOS FÍSICOS DO ENVELHECIMENTO 
Envelhecimento intrínseco: 
• Envelhecimento normal 
• Geneticamente programada 
 
Envelhecimento extrínseco: 
• Influencia externas 
 
COMPOSIÇÃO E FORMA DO CORPO 
• Redução de 1cm por década a partir dos 40 
anos 
• Etiologias: redução dos arcos dos pés; 
aumento da curvatura da coluna; alteração 
dos discos intervertebrais; não há alterações 
no tamanho dos ossos longos 
• Aumento dos diâmetros da caixa torácica e 
do crânio 
• Aumento do pavilhão auditivo 
• Aumento do nariz 
 
 
ASPECTOS FÍSICOS DO ENVELHECIMENTO 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
• a cardiopatia é a principal causa de morte em 
idosos 
• a insuficiência cardíaca é a principal causa de 
hospitalização 
• há um aumento da massa cardíaca de 1 a 1,5 
g/ano, entre 30 e 90 anos de idade 
• dispneia ou hipotensão ortostática e pós-
prandial aumenta muito depois de 75 anos de 
idade. 
ALTERAÇÕES 
• debito cardíaco diminuído 
• capacidade diminuída para responder ao 
estresse 
• frequência cardíaca e volume sistólico não 
aumentam com a demanda máxima 
• taxa de recuperação cardíaca mais lenta 
• pressão arterial aumentada 
ACHADOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS 
• Queixas de fadiga com o aumento da atividade 
• Maior tempo de recuperação da frequência 
cardíaca 
• Pressão arterial ótima 120/80 mmHg 
• Pré-hipertensão > 120 a 139/80 a 89 mmHg 
• Hipertensão > 140/90 mmHg 
ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO À SA ÚDE 
• Exercitar-se regularmente; compassar a 
atividades 
• Evitar fumar; ingerir dieta hipolipídica e 
hipossódica. 
• Participar nas atividades de redução do estresse 
• Verificar regularmente a pressão arterial; adesão 
à medicação 
• Controle de peso. 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
• Frequente associação às patologias 
• Vários fatores associados agravam o processo de 
envelhecimento: tabagismo, poluição ambiental, 
exposição ocupacional, doenças pulmonares, 
diferenças socioeconômicas, constitucionais e 
raciais. 
• A eficiência respiratória diminuída, bem como as 
forças inspiratória e expiratória máximas 
diminuídas, pode acontecer como uma 
consequência da calcificação e enfraquecimento 
dos músculos da parede torácica. 
• A massa pulmonar diminui e aumenta o volume 
• residual 
• Stress → ↑ demanda de oxigênio → podem afetar 
outros sistemas 
• O tabagismo é o fator de risco mais significativo 
para as doenças respiratórias e para outras 
doenças. 
ALTERAÇÕES 
• Aumento no volume pulmonar residual; 
• diminuição na força muscular, resistência e 
capacidade vital; 
• troca gasosa e capacidade de difusão diminuída; 
• eficiência da tosse diminuída 
 
ACHADOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS 
• Fadiga e falta de ar com a atividade sustentada; 
• excursão respiratória e expansão tórax/pulmão 
diminuídas com menos expiração efetiva; 
• dificuldade de expectorar as secreções 
ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO À SAÚDE 
• Exercitar-se regularmente; evitar fumar; 
• ingerir os líquidos adequados para liquefazer as 
secreções; 
• receber a vacina anual contra gripe e vacina 
pneumocócica com 65 anos de idade; 
• evitar a exposição às infecções do trato 
respiratório superior 
 
SISTEMA TEGUMENTAR 
PELE: 
• ↓ proliferação epidérmica, e a derme torna-se 
mais delgada. 
• ↓ das fibras elásticas e o colágeno torna-se mais 
rígido. 
• ↓ do tecido adiposo subcutâneo, principalmente 
nos membros, mas aumenta de forma gradual 
em outras regiões, como no abdome (homens) e 
nas coxas (mulheres), levando a um aumento 
global na gordura corporal nas pessoas idosas. 
• ↓ de capilares na pele → ↓ aporte sanguíneo. 
Essas alterações provocam: perda da 
maleabilidade e o enrugamento e flacidez da 
pele; a pele torna-se mais seca e mais suscetível 
a queimaduras, lesão e infecção; a pigmentação 
dos pelos pode modificar-se e ocorrer a calvície 
(influência de fatores genéticos) 
• ↓ a tolerância aos extremos de temperatura e à 
exposição ao sol 
ALTERAÇÕES 
Tecido adiposo, líquido intersticial, tônus muscular, 
atividade glandular, receptores sensoriais 
diminuídos resultando em redução da proteção 
contra o trauma e exposição solar, e extremos de 
temperatura; secreção diminuída dos óleos naturais 
e da sudorese; fragilidade capilar 
ACHADOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS 
• Pele seca, enrugada e fina; 
• queixas de lesões, equimoses e queimadura 
solar; 
• queixas de intolerância ao calor; 
• a estrutura óssea é proeminente 
 
 
ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO À SAÚDE 
• Limitar a exposição solar a 10 a 15 min diários 
para a vitamina D (usar roupas de proteção e 
filtro solar); 
• vestir-se adequadamente para a temperatura; 
• manter uma temperatura segura em ambientes 
fechados; 
• tomar banho de chuveiro, em vez de banho de 
banheira, quando possível; 
• lubrificar a pele com loções que contenham óleo 
mineral ou petrolato; 
 
SISTEMA REPRODUTOR – SEXO FEMININO 
• Alterações hormonais: estrogênio e 
progesterona cessam com a menopausa. 
• Alterações no sistema reprodutor 
adelgaçamento da parede vaginal; 
encurtamento e uma perda de elasticidade da 
vagina; ressecamento vaginal; prurido e atrofia 
do útero e dos ovários; diminuição do tônus do 
músculo pubococcígeo → relaxamento da 
vagina e períneo. 
• ↓ Libido e acidez diminuída; 
 
SISTEMA REPRODUTOR – SEXO 
MASCULINO 
• O testículo torna-se menos firme, mas homens 
até 90 anos de idade continuam a produzir 
espermatozoides viáveis. 
• Em torno de 50 anos de idade: ↓ de 
• testosterona 
• A libido diminuída e a disfunção erétil ↓ da 
elasticidade do tecido dos corpos cavernosos→ 
↑ tempo para atingir a ereção completa 
 
ALTERAÇÕES 
• Feminino: Estreitamento vaginal e elasticidade 
diminuída; secreções vaginais diminuídas 
• Masculino: Testículos menos firmes e produção 
• de espermatozoide diminuída 
• Masculino e Feminino: Resposta sexual mais 
lenta 
ACHADOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS 
• Feminino: Relação sexual dolorosa; 
sangramento vaginal após o intercurso; prurido 
e irritação vaginais; orgasmo retardado 
• Masculino: Ereção e obtenção do orgasmo 
retardadas 
 
 
ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO À SA ÚDE 
• Pode precisar de reposição de estrogênio 
vaginal; 
• Acompanhamento ginecológico/urológico; 
• usar um lubrificante na relação sexual 
 
SISTEMA GENIRURINÁRIO 
• ↓ Peso renal (cerca de 30%) 
• ↓ do número de glomérulos → ↓ taxa de 
filtração e função tubular (menos eficiência em 
reabsorver e concentrar a urina, e uma 
restauração mais lenta do equilíbrio acidobásico 
na resposta ao estresse) 
• Incontinência urinária (mais comum em 
mulheres) 
• Hiperplasia benigna da próstata (↑ retenção 
urinária e a incontinência por hiper fluxo) 
• ↑ infecções do trato urinário 
ALTERAÇÕES 
• Masculino: Hiperplasia benigna da próstata 
• Feminino: Músculos perineais relaxados, 
instabilidade do detrusor (incontinência de 
urgência), disfunção uretral (incontinência 
urinária por estresse) 
ACHADOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS 
• Retenção urinária; 
• Sintomas miccionais irritativos, incluindo 
frequência, sensação de esvaziamento vesical 
incompleto; 
• múltiplas micções noturnas 
• Síndrome da urgência/frequência, “tempo de 
advertência” diminuído, gotas de urina 
eliminadas com a tosse, riso, mudança de 
posição 
ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO À SAPUDE 
• Masculino: Limitar a ingestão de líquidos à noite 
(p. ex., bebidas cafeinadas, álcool); não esperar 
longos períodos entre a micção e esvaziar a 
bexiga por completo quando eliminar a urina 
• Feminino: Usar roupas fáceis de manipular; 
ingerir os líquidos adequados; evitar irritantes 
vesicais (p. ex., bebidas cafeinadas, álcool, 
adoçantes artificiais); exercícios da musculatura 
pélvica, aprendidos preferivelmente por meio de 
biofeedback; considerar a pesquisa urológica 
 
 
 
 
SISTEMA GASTRINTESTINAL 
• De maneira geral: redução da motilidade, na 
secreção e capacidade de absorção; 
• Felizmente, a reserva destes órgãos é tão grande 
que as reduções nos parâmetros fisiológicos não 
costumam resultar em deficiência real da função; 
• Disfagia – associado às patologias (complicação 
de AVE, doença de Parkinson, esclerose múltipla) 
• Constipação intestinal (falta de água, uso 
prolongado de laxativos, uso de medicamentos, 
dieta gordurosa) 
ALTERAÇÕES 
• Sensações de sede, olfato e paladar diminuídas; 
• salivação diminuída; 
• dificuldade de deglutir o alimento; 
• esvaziamento esofágico e gástrico retardado; 
• motilidade gastrintestinal reduzida 
ACHADOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS 
• Risco de desidratação, distúrbios eletrolíticos e 
de ingestão nutricional deficiente; 
• queixas de ressecamento da 
• boca; 
• queixas de plenitude, pirose e indigestão; 
• constipação intestinal, flatulência e desconforto 
abdominal 
ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO À SAÚDE 
• Usar lascas de gelo, colutório; 
• escovar, passar fio dental e massagear as 
gengivas diariamente; 
• receber os cuidados dentários regulares; 
• ingerir refeições pequenas e frequentes; 
• sentar e evitar a atividade intensa depois da 
alimentação; 
• limitar os antiácidos; ingerir uma dieta rica em 
fibras e pobre em gorduras; 
• limitar os laxativos; 
• Fazer a higiene íntima regular; ingerir líquidos 
adequados 
 
SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO 
• As alterações aparecem mais rapidamente; 
• Todos os músculos do organismo em especial a 
dos troncos e das extremidades se atrofiam com 
o tempo, o que leva a uma deterioração do tônus 
muscular e a uma perda da potência, força e 
agilidade; 
• O peso total dos músculos diminui para a 
metade entre 30 e70 anos (o envelhecimento 
muscular é o resultado da atrofia das fibras 
musculares e do aumento do tecido gordo no 
interior dos músculos; 
• As articulações sofrem alterações, os ligamentos 
calcificam-se, ossificam-se e as articulações 
tornam-se menores devido a erosão das 
superfícies articulares; 
 
O QUE DEVEMOS OBSERVAR? 
 Postura 
 Fraqueza muscular 
 Lentidão dos movimentos 
 Fadiga muscular precoce 
 Limitações funcionais 
 Incapacidade 
 
TECIDO ÓSSEO 
• Diminuição da atividade física; 
• Desequilíbrio na reposição óssea; 
• Suporta menos carga e resiste menos as forças 
externas. Estão mais expostos a fraturas; 
• Osteoporose (perda óssea- 3% por década após 
40 anos) Fratura quadril ( 32% e 17%) após 
1 ano somente 1/3 apenas recuperou 
completamente; 
 
CARTILAGEM 
• Diminuição da quantidade de líquido; 
• Diminuição da capacidade de dissipar as forças 
e compressões através da articulação; 
 
ARTICULAÇÕES 
 Redução da amplitude de movimento (ADM); 
• Tecido periarticular rígido; 
• Redução da força muscular para realizar o 
movimento (maior sobrecarga articular); 
• Lesões prévias; 
• Má postura; 
• Desgaste articular-osteófitos; 
• Aumento de calcificação; 
 
ALGUMAS PATOLOGIAS DO SISTEMA 
MUSCULO ESQUELÉTICO: 
• Osteopenia 
• Osteoporose 
• Osteoartrose 
• Hérnias de disco 
• Tendinites 
• Bursites 
• Artrose 
• Atrite 
ALTERAÇÕES 
• Perda da densidade óssea; 
• perda da força e tamanho musculares; 
• cartilagem articular degenerada 
ACHADOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS 
• Perda de peso; 
• propenso a fraturas; 
• cifose; 
• dor nas costas; 
• perda da força, flexibilidade e resistência; 
• Dor articular 
ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO À SAÚDE 
• Exercitar-se com regularidade; 
• ingerir uma dieta rica em cálcio; 
• limitar a ingestão de fósforo; 
• tomar suplementos de cálcio e vitamina D, 
quando prescritos; 
 
SISTEMA NERVOSO 
• Atrofia cerebral (com redução de 5% à 10% do 
peso cerebral). 
• Aumento do tamanho dos ventrículos cerebrais 
• Retração do corpo celular dos grandes 
neurônios 
• Aumento dos sulcos em detrimentos dos giros 
• Redução de neurônio 
 
 
SENSIBILIDADE 
• Alteram sensibilidade tátil e dolorosa. 
• Limiar para a dor aumenta e a sensibilidade 
dolorosa cutânea e visceral diminui. 
• Perda de sensação vibratória 
 
MEMÓRIA 
• Aquisição e retenção de novas informações em 
indivíduos 
• O fluxo de informação é dificultado, 
principalmente a transferência de novas 
informações para a memória secundária; 
• Alterações das conexões do hipocampo com as 
áreas de aprendizagem; 
• Esquecimento senescente benigno X fase inicial 
de Alzheimer (Alteração patológica ou 
fisiológica????) 
 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAL DAS QUEIXAS 
DA MEMÓRIA 
• Quadros demenciais: delirium 
• Quadros depressivos 
• Deficiência de Vitamina (B12, ácido fólico e 
tiamina) 
• Desatenção 
• Esquecimento senil benigno ou fisiológico 
 
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DO SONO 
Alteração da qualidade e quantidade; Redução do 
sono REM; Sono mais superficial 
 
CAUSAS MAIS FREQUENTES DE INSÔNIO NO 
IDOSO 
• Ambientais 
• Depressão 
• Delirium 
• Demências 
• Apnéia do sono 
• Dor crônica 
• DPOC 
• ICC 
• Mictúria 
• Drogas 
• Distúrbios Dispépticos 
• Fecaloma 
• Distúrbios do ritmo circadiano 
ALTERAÇÕES 
• Velocidade reduzida na condução nervosa; 
• confusão aumentada com a doença física e 
perda dos indícios ambientais; 
• Circulação cerebral reduzida (fica tonto, perde o 
equilíbrio) 
ACHADOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS 
• Mais lento para responder e reagir; 
• O aprendizado demora mais tempo; 
• fica confuso com a internação; 
• vertigem; 
• quedas frequentes 
ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO À SAÚDE 
• Compassar a velocidade do ensino; 
• com a hospitalização, incentivar as visitas; 
• aumentar a estimulação sensorial; 
• com a confusão súbita, investigar a causa; 
• incentivarlevantar-se lentamente da posição de 
repouso 
 
 
 
 
 
PERDA SENSORIAL 
• Diminuição da acuidade visual; 
• Diminui habilidade de ouvir frequências mais 
altas por degeneração de células dos órgãos dos 
sentidos; 
• Não altera o número de papilas gustativas; 
• perda ou a diminuição da capacidade olfativa, 
por influenciarem no apetite e na boa 
alimentação. 
• Diminui ligeiramente capacidade de detectar os 
quatro paladares primários 
• Diminuição da capacidade de focar objetos 
próximos 
ALTERAÇÕES 
• Visão: Capacidade diminuída de focalizar em 
objetos próximos; incapacidade de tolerar o 
ofuscamento; dificuldade de ajustar-se às 
alterações da intensidade da luz; capacidade 
diminuída de diferenciar as cores 
• Audição: Capacidade diminuída de ouvir sons 
de alta frequência; afilamento da membrana 
timpânica e perda de sua elasticidade 
• Paladar e olfato: Capacidade diminuída do 
paladar e olfato 
ACHADOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS 
• Segura objetos em pouco afastado da face, 
queixa-se de ofuscamento; visão noturna ruim. 
Confunde as cores. 
• Fornece resposta inadequada; pede às pessoas 
que repitam palavras; esforça-se para ouvir 
• Usa açúcar e sal em excesso 
ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO À SAÚDE 
• Usar óculos, usar óculos de sol quando em 
ambientes externos; evitar mudanças súbitas do 
escuro para o iluminado; usar iluminação 
adequada em ambientes fechados com luzes de 
área e luzes noturnas; usar lupa para a leitura. 
Evitar dirigir à noite; usar cores contrastantes 
para codificação por cores; evitar o ofuscamento 
de superfície brilhosa e a luz solar direta 
• Recomendar um exame da acuidade auditiva; 
reduzir o ruído ambiental; ficar de frente para a 
pessoa; pronunciar com clareza; falar com tom 
de voz baixo; usar indícios não verbais 
• Incentivar o uso de limão, condimentos, ervas 
 
 
Cuidado ao Idoso 
AULA 4 – TEORIAS DO ENVELHECIMENTO 
O envelhecimento biológico normalmente ocorre 
em resultado de um processo gradual, relacionado 
ao tempo, que se desenvolve à medida que os 
processos fisiológicos degenerativos superam os 
regenerativos. 
• O que são efeitos degenerativos e 
regenerativos? 
 
REGENERAÇÃO 
Construir novamente; desenvolver ou realizar outra 
vez. 
 
DEGENERAÇÃO 
Perda ou destruição de características originais; 
Diminuição, perda ou modificação das qualidades 
originais 
 
 
EXEMPLO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENVELHECIMENTO – BALANÇO 
 
 
ENVELHECIMENTO EXEMPLO 
 
POR QUE ENVELHECIMENTO? 
• Falar sobre biologia do envelhecimento é 
discutir fatos e hipóteses sobre a história 
evolutiva das Espécies 
• Biogerontologia – campo da ciência que tenta 
compreender os “como” e “porquês” da 
senescência. 
• Puramente observacional e biomédica em um 
primeiro momento, hoje encontra-se totalmente 
inserida no âmbito da pesquisa experimental, 
traduzindo-se em inúmeros ensaios sobre o que 
é o envelhecer. 
 
ENVELHECIMENTO BASEADO NO TEMPO? 
• a expressão do tempo em ritmos biológicos não 
implica o estabelecimento de padrões ou taxas 
de envelhecimento claramente identificáveis em 
todas as espécies e indivíduos 
• senescência: que pode ser definido como o 
conjunto de mudanças relacionadas com a 
idade capazes de afetar adversamente a 
vitalidade e funcionalidade dos organismos, 
porém, de modo mais significativo, mudanças 
que levem a um aumento da mortalidade em 
função do tempo. 
O QUE ACONTECE NO PROCESSO DE 
ENVELHECIMENTO? 
• não conhecemos todas as minúcias do processo 
de envelhecimento; 
o O conhecimento científico sobre as causas 
do envelhecimento é limitado 
▪ as descobertas feitas ao longo do 
caminho tiveram e continuam tendo um 
tremendo impacto sobre a qualidade 
de vida na velhice: 
 
 
DEFINIÇÕES 
• O envelhecimento é universal, apesar de sofrer 
variações de indivíduo a indivíduo. O fenômeno 
do envelhecimento deve ocorrer em todos em 
uma mesma espécie 
• O envelhecimento deve ser intrínseco; as causas 
que dão origem a ele devem ser endógenas, não 
devem depender de fatores externos 
• O envelhecimento deve ser progressivo; os 
fenômenos que se expressam durante o 
envelhecimento devem ser progressivos ao 
longo do curso da vida 
• O envelhecimento deve ser deletério; os 
fenômenos associados ao envelhecimento 
somente serão considerados parte dele quando 
se traduzem de modo negativo para a espécie, 
ou seja, reduzindo sua funcionalidade. 
 
TEORIA DO ENVELHECIMENTO 
• Teorias biológicas 
• Teorias sociológicas 
• Teorias psicológicas 
 
TEORIAS BIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO 
• Estocáticas 
o Depende dos fatores externos 
• Sistêmicas 
o Envelhecimento programado 
 
Teoria estocásticas do envelhecimento: 
A organização intrínseca da célula está submetida a 
um contínuo e ininterrupto processo de diversos 
“ataques” aleatórios – estocásticos – que podem 
causar, em cada unidade, uma degradação. As 
teorias de cunho estocástico sugerem que 
fenômenos diversos oriundos dessa desordem 
promoveriam erros em diversos segmentos 
orgânicos, provocando um declínio fisiológico e 
estrutural progressivo. 
 
Teoria da mutação somática e do dano ao DNA 
a ideia principal é que fatores orgânicos poderiam 
causar alterações específicas na composição do 
DNA e nas células somáticas. Falha na reparação ou 
anomalias existentes promoveriam “golpes” 
aleatórios que comprometeriam a expressão de 
grandes regiões cromossômicas ou mesmo 
cromossomos inteiros 
 
teoria do erro catastrófico 
a teoria do erro catastrófico apresenta que, ao longo 
dos anos, erros aleatórios e constantes poderiam 
construir alterações drásticas nas atividades 
enzimáticas, levando à limitação do funcionamento 
celular e, em nível macro, de todo o organismo 
 
teorias genéticas 
As teorias genéticas afirmam que modificações na 
expressão gênica seriam responsáveis pelas 
alterações observadas nas células senescentes 
 
Teorias dos radicais livres 
Algumas moléculas no interior da célula reagem de 
forma violenta quando entram em contato com o 
oxigênio. Elas soltam-se da célula tornando-se 
fragmentos instáveis. Esses componentes 
moleculares altamente reativos são chamados de 
radicais livres 
• Radica livres tentam ligar-se a outras 
moléculas dentro de células saudáveis 
influenciando de forma negativa o 
funcionamento celular normal, e 
possivelmente, causando danos ao DNA 
 
Teorias sistêmicas do envelhecimento 
As teorias sistêmicas tentam, de certa forma, agrupar 
o processo de envelhecimento de maneira 
encadeada e organizada. Para este conjunto de 
teorias, o envelhecimento estaria relacionado com o 
declínio dos sistemas orgânicos desencadeado pela 
inabilidade de comunicação e adaptação inter e 
intracelular do ser vivente com o ambiente em que 
ele vive. 
 Incluo sistemas: 
• Neuroendócrino 
• Neuroendócrino imunológica 
 
 
 
medicamentos 
adoção de estilo 
de vida saudável
políticas 
públicas para o 
segento idoso 
da população
Teoria neuroendócrina 
• O sistema neuroendócrino tem funções que 
buscam manter o organismo em um estado 
"ótimo “para a reprodução e para a 
sobrevivência, sendo essenciais na coordenação 
da comunicação intersistêmica e no controle das 
respostas dos sistemas fisiológicos aos estímulos 
ambientais. 
• Um princípio dessa teoria é de que o eixo 
hipotálamo-hipófise-adrenal funciona como um 
sistema regulador. Observando as contínuas 
mudanças ambientais, esse sistema reúne os 
ajustes para a homeostase e sinaliza o início e o 
término de cada estágio da vida. 
 
 
 
ADRENAL 
Adrenalina e noradrenalina, catecolaminas atuam 
como neurotransmissores da divisão simpática do 
SNA e respondem aos estresses internos e externos 
por ajustes em vários sistemas. 
Os hormônios do córtex adrenal são importantes 
para algumas características sexuais secundárias; osglicocorticoides, para a regulação do metabolismo 
lipídico, proteico e dos carboidratos e, ainda, os 
mineralocorticoides para a água e os eletrólitos. Os 
glicocorticoides e os hormônios esteroides 
ovarianos e testiculares são regulados pelo 
feedback positivo e negativo entre os hormônios-
alvo e o controle central, sendo este último feito pela 
hipófise e pelo hipotálamo. 
 
O envelhecimento resulta da redução da 
competência adaptativa ao estresse, pois ocorreria 
uma diminuição da resposta simpática causada por 
três modificações: (1) diminuição do número de 
receptores de catecolaminas nos tecidos-alvo 
periféricos; (2) declínio nas heat shock proteins 
(proteínas de choque térmico), que aumentam a 
resistência ao estresse em várias espécies, inclusive 
a humana; (3) diminuição da competência das 
catecolaminas para induzir a produção dessas 
proteínas. 
• Déficit de feedback - algumas alterações 
características da senescência. 
 
 
 
Teorias imunológicas 
Redução quantitativa e qualitativa de linfócitos 
(resposta imune) pode ser devida á involução e 
envelhecimento do timo: Maior incidência de 
doenças infecciosas e neoplásicas associadas às 
alterações da imunidade 
 
uma das grandes características do envelhecimento 
biológico é a perda gradativa da habilidade orgânica 
no manejo contra agentes estressores endógenos e 
exógenos 
 
MODIFICAÇÕES DO ENVELHECER 
• Prejuízo na cicatrização => pele; 
• Diminuição na percepção sensorial; 
• Diminui a produção de suor; 
• Diminui o crescimento capilar do couro 
cabeludo e axilares e aumenta a perda capilar. 
• Crescimento da unha diminui 50% a partir dos 
30 anos; 
• Mudança na opacidade, cor, rachaduras 
longitudinais e sulcos são considerados normais 
nas unhas; 
• Aumenta o crescimento de pelos nas orelhas, 
narinas e sobrancelhas. 
 
MODIFICAÇÕES NA AUDIÇÃO E PALADAR 
• Diminui habilidade de ouvir frequências mais 
altas por degeneração de células dos órgãos dos 
sentidos; 
• Não altera o número de papilas gustativas; 
• perda ou a diminuição da capacidade olfativa, 
por influenciarem no apetite e na boa 
alimentação. 
• Diminui ligeiramente capacidade de detectar os 
quatro paladares primários 
 
MODIFICAÇÕES NA VISÃO E NA POSTURA 
• Diminuição da capacidade de focar objetos 
próximos 
• Diminuição da acuidade visual; 
• Perda de altura (microfraturas- osteoporose); 
• Menos água no corpo; 
• Perda de massa muscular; 
• As vezes menos peso corporal total 
 
 
 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES ORGÂNICAS 
• Órgãos internos diminuem de tamanho; 
• Diminuição da água corporal; Mais susceptíveis 
a complicações graves relacionadas à perda de 
líquidos e maior dificuldade à rápida reposição 
do volume perdido. 
• Gasto de energia diária diminui com idade; 
• menos massa muscular = menos força muscular. 
 
ENVELHECIMENTO SOCIAL 
• Processo lento de perda de contatos; 
• Ausência de relacionamentos interpessoais; 
• Não consegue estabelecer uma relação: Se 
comunica menos, é distanciado socialmente e 
tem seus problemas “resolvidos” pelos mais 
jovens.... 
 
O envelhecimento não pode ser modulado 
• milhares de reações orgânicas ocorrem em 
um indivíduo em senescência 
• Até o momento presente não há nenhuma 
evidência científica ou método terapêutico 
comprovadamente eficaz para interromper 
ou reverter o envelhecimento humano 
 
 
 
 
 
Cuidado ao Idoso 
AULA 5 – DEMÊNCIAS 
Síndrome com múltiplas etiologias, onde ocorre o 
declínio cognitivo persistente, independente de 
alteração no nível de consciência, interferindo nas 
atividades (ex: sociais e profissionais). 
 
Memória, raciocínio, linguagem, comportamento e 
alterando a própria personalidade. 
 
Mais comuns: Alzheimer; Demência vascular e 
Demência com corpúsculos de Lewy. 
 
Epidemiologia 
• Após os 60 anos: dobra a cada 5 anos de 
idade 
• Após 85 anos: 25-45% dos idosos da 
comunidade 
 
TIPOS DE DEMÊNCIAS 
Reversíveis: 
• Ex: Tumores Cerebrais 
• Baixos níveis de vit. B12 
• Medicamentos, álcool... 
 
Irreversíveis 
• Ex: Alzheimer; Demências com córpulos de 
Levy; Demência vascular 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
Declínio cognitivo importante em 1 ou mais 
domínios cognitivos: 
• Queixa do paciente ou acompanhante 
• Alterações em testes cognitivos 
 
⊗ Prejuízos em testes funcionais: AIVD, ABVD 
⊗ Exclusão de delirium e doenças psiquiátricas 
 
DIAGNÓSTICO É CLÍNICO!! 
(ANAMNESE+FUNÇÃO COGNITIVA) 
 
DOMÍNIOS COGNITIVOS 
• Linguagem 
• Atenção complexa 
• Memória aprendizagem 
• Perceptormotor 
• Cognição social 
• Função executiva 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA DEMENCIA 
• Leve 
• Moderada 
• Grave 
 
ALZHEIMER 
• Doença neurológica degenerativa progressiva e 
irreversível; 
• Insidiosa, caracterizando-se por perdas graduais 
da função cognitiva e por distúrbios no 
comportamento e afeto; 
• Mais comum em mulheres; estima-se que 
existam no mundo cerca de 35,6 milhões de 
pessoas com Alzheimer. No Brasil, há cerca de 
1,2 milhão de casos, a maior parte deles ainda 
sem diagnóstico (DADOS: ABRAz) 
• Descrita pela primeira vez por Alois Alzheimer 
em 1907 
 
FATORES DE RISCO 
• Histórico familiar 
• Sedentarismo; Tabagismo; 
• Hipertensão arterial; Diabetes mellitus; 
• Colesterol e/ou triglicerídeos elevados; 
• Depressão após os 50 anos de idade 
 
Quanto Maior for a estimulação cerebral da pessoa, 
maior será o número de conexões criadas entre os 
neurônios. Esses novos caminhos criados ampliam a 
possibilidade de contornar as lesões cerebrais, 
sendo necessária uma maior perda de neurônios 
para que os sintomas de demência comecem a 
aparecer. Por isso, uma maneira de retardar o 
processo da doença é a estimulação cognitiva 
constante e diversificada ao longo da vida. 
 
TIPOS 
DA de início Tardio: 
• Início tardio; 
• Relacionada ao envelhecimento; 
• Complexidade; 
 
DA familiar ou DA de início precoce 
• Representa de 1 a 6% dos casos; 
• Componentes genéticos (transmissão 
autossômica dominante) 
 
FISIOPATOLOGIA 
perda de neurónios e sinapses no cortéx cerebrall e 
em determinadas áreas subcorticais. 
• perda provoca a atrofia das áreas afetadas 
Os emaranhados neuro fibrilares são alterações 
intracelulares verificadas no citoplasma dos 
neurônios, sobretudo dos neurônios do córtex 
cerebral. Os emaranhados são formados 
principalmente pela proteína TAU 
 
Placas senis são formadas pelo depósito de uma 
proteína (beta-amiloide), 
 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• Esquecimento e perda de memória sutil, 
como pequenas dificuldades nas atividades 
de trabalho ou sociais. 
• O esquecimento manifesta-se em muitas 
ações diárias com a progressão da doença ( 
ex: o cliente perde-se em um ambiente 
familiar ou repete as mesmas histórias) 
• Conversa difícil, Comportamento impulsivo 
• Agitado; Atividade física aumenta (ex: 
perambula a noite); 
• Em casos extremos: Assistência para a 
maioria das atividades, ex: alimentação e 
higiene íntima, devido ao desenvolvimento 
de disfagia e incontinência 
• Pode durar meses ou anos, durante os quais 
o cliente geralmente fica imóvel e necessita 
de cuidado total 
• Costuma sofrer de complicações de 
pneumonia, desnutrição ou desidratação 
 
SINTOMAS DO ALZHEIMER 
• Esquecimento de acontecimentos recentes 
• Evocações de lembranças antigas 
• Repetição constante de histórias 
• Confusão e alterações de humor 
• Perambulação 
• Alucinações e delírios 
• Comprometimento da orientação no tempo 
e espaço 
• Redução da capacidade de realizar 
julgamentos e tomar decisões 
• Dificuldade em reconhecer pessoas próximas 
• Empecilhos para se comunicar e realizar 
atividades da vida diária (alimentação, 
higiene) 
 
ESTÁGIOS DO ALZHEIMER 
1. Pré-clínico: silencioso; sem perda cognitiva 
observável; 
2. Transtorno cognitivo leve: primeiras evidências 
de perda cognitiva;3. Forma leve: esquecimentos; familiares e amigos 
notam o problema; 
4. Forma moderada: confusão mental; agitação; 
ansiedade; apatia; 
5. Forma moderadamente grave: não consegue 
lidar com afazeres pessoais; desorientação no 
tempo e espaço; dependência; 
6. Forma grave: necessita de cuidados em tempo 
integral; incontinência urinária e fecal; delírios; 
obsessões; frequentemente requer internação; 
7. Forma muito grave: perda da fala; incapacidade 
de locomoção; perda da consciência. 
 
DIAGNÓSTICO 
• Clínico; 
• Excluir outras causas de demência ou as causas 
reversíveis de confusão, como outros tipos de 
demência, depressão, delírio, abuso de álcool ou 
drogas, ou dosagem inadequada de 
medicamentos/ intoxicação medicamentosa; 
• Exames de sangue e de imagem, como 
tomografia ou, preferencialmente, ressonância 
magnética do crânio, devem ser realizados para 
excluir a possibilidade de outras doenças 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DSM-IV 
PARA DEMÊNCIA DO TIPO ALZHEIMER 
A. Desenvolvimento de múltiplos déficits cognitivos 
manifestados tanto por A1 quanto por A2: 
1. Comprometimento da memória (capacidade 
prejudicada de aprender novas informações ou 
recordar informações anteriormente aprendidas) 
2. Uma (ou mais) das seguintes perturbações 
cognitivas: 
• afasia (perturbação da linguagem) 
• apraxia (capacidade prejudicada de executar 
atividades motoras, apesar de um 
funcionamento motor intacto) 
• agnosia (incapacidade de reconhecer ou 
identificar objetos, apesar de um 
funcionamento sensorial intacto) 
• perturbação do funcionamento executivo (i. 
e., planejamento, organização e 
sequenciamento), abstração 
 
B. O curso caracteriza-se por um início gradual e um 
declínio cognitivo contínuo 
 
C. Os déficits cognitivos nos critérios A1 e A2 não se 
devem a nenhum dos seguintes fatores: 
1. Outras condições do sistema nervoso central 
que causam déficits progressivos na memória e 
cognição (p. ex., doença cerebrovascular, 
doença de Parkinson, doença de Huntington, 
hematoma subdural, hidrocefalia de pressão 
normal, tumor cerebral) 
2. Condições sistêmicas que comprovadamente 
causam demência (p. ex., hipotireoidismo, 
deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico, 
deficiência de niacina, hipercalcemia, 
neurossífilis, infecção com HIV) 
3. Condições induzidas por substâncias 
 
D. Os déficits não ocorrem exclusivamente durante 
o curso de um delirium 
 
E. A perturbação não é mais bem explicada por um 
outro transtorno do eixo I (p. ex., esquizofrenia). 
 
PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO 
Diagnóstico de exclusão: uma história clínica 
detalhada, a confirmação por parte dos familiares 
mais próximos e a avaliação do estado mental 
podem alcançar uma precisão de diagnóstico de até 
90% dos casos da DA, aproximadamente. Apesar 
disso, é consenso que uma investigação 
propedêutica deva ser realizada rotineiramente para 
auxiliar no esclarecimento do diagnóstico. 
• História: Medicamentos, hábitos, familiar, 
cronologia dos fatos, nível educacional, 
hobbies, personalidade 
• Exames físico e neurológico: Insuficientes 
para o diagnóstico da DA. 
• Avaliação do estado mental: testes 
cognitivos a serem incluídos na avaliação 
rotineira devem, idealmente: curtos; de fácil 
manuseio, de aplicação simples e rápida; 
apropriados para qualquer ambiente 
propiciar o reconhecimento efetivo dos 
sinais e dos sintomas precoces de 
demências. Miniexame do estado mental 
(MEEM) 
 
MINIEXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM) 
• Permite avaliar de forma rápida a função 
cognitiva de uma pessoa; 
• Como fazer?????????? 
• Como calcular o resultado: Para saber o 
resultado do teste deve-se somar todos os 
pontos obtidos durante o teste e depois 
comparar com os intervalos abaixo. A pessoa é 
considerada com alteração cognitiva quando a 
pontuação é igual ou inferior a: 
o Em analfabetos: 18; Em pessoas com 
escolaridade entre 1 a 3 anos: 21; 
o Em pessoas com escolaridade entre 4 a 7 
anos: 24 
o Em pessoas com mais de 7 anos de 
escolaridade: 26. 
 
 
 
1. Orientação 
• Em que ano estamos? Em que mês estamos? 
• Em que dia do mês estamos? Em que estação 
do ano estamos? 
• Em que dia da semana estamos? Em que país 
estamos? 
• Em que estado/distrito você mora? Onde 
você mora? 
• Onde estamos agora? Em que piso estamos? 
 
Por cada resposta certa, deve atribuir-se 1 ponto 
 
2. Retenção 
• Para avaliar a retenção deve-se dizer 3 
palavras diferentes para a pessoa, como 
"Pêra", "Gato" ou "Bola" e pedir para que a 
pessoa as decore. Passados alguns minutos 
deve-se pedir à pessoa para repetir as 3 
palavras e, por cada palavra correta, deve-se 
dar 1 ponto 
 
3. Atenção e cálculo 
• A atenção e o cálculo podem ser avaliados 
através de uma técnica simples que consiste 
em pedir à pessoa para ir contando desde 30 
para trás, subtraindo sempre 3 números. 
Deve-se pedir pelo menos 5 números, e por 
cada certo atribuir 1 ponto. 
 
4. Evocação 
• Esta avaliação só deve ser feita se a pessoa se 
lembrou das 3 palavras no teste da 
"retenção". Nesse caso, deve-se pedir para 
que a pessoa volte a dizer as 3 palavras. Por 
cada palavra certa deve dar-se 1 ponto. 
 
5. Linguagem 
Neste grupo deve-se fazer várias questões: 
a) Mostrar o relógio de pulso e perguntar 
“como se chama isso”? 
b) Mostrar um lápis e perguntar “como se 
chama isto”? 
c) Pedir para a pessoa repetir a frase "O rato rói 
a rolha" 
d) Pedir para a pessoa seguir as ordens "Vou 
dar-lhe um papel. Quando eu lhe entregar o 
papel, pegue nele com a mão direita, dobre-
o ao meio e coloque-o no chão". 
Dar 1 ponto por cada ação bem executada: pegar 
com a mão direita, dobrar o papel e colocar no chão. 
 
e) Mostrar um cartão com algo escrito para a 
pessoa e pedir para que leia e faça a ordem 
simples que está no cartão. A ordem pode 
ser "Feche os olhos" ou "Abra a boca", por 
exemplo. 
Dar 1 ponto caso a pessoa faça corretamente. 
 
f) Pedir à pessoa para escrever uma frase. A 
frase deve conter pelo menos 1 sujeito, 1 
verbo e fazer sentido. 
Deve dar-se 1 ponto caso a frase esteja certa. Erros 
gramaticais ou de escrita não devem ser 
considerados. 
 
Copie esse desenho: Para considerar a cópia do 
desenho correta os 10 ângulos devem estar 
presentes e as imagens devem se cruzar em 2 
pontos, devendo-se atribuir 1 ponto, caso isso 
aconteça. 
 
 
TRATAMENTO 
Não dispomos de medicamentos capazes de 
interromper ou modificar o curso da DA nem sequer 
de impedir a sua eclosão. Mesmo assim, muito pode 
ser feito pelo paciente e por seus familiares; em 
outras palavras, embora ainda incurável, a DA é 
tratável. 
 
As metas primárias do tratamento da DA são: 
melhorar a qualidade de vida, maximizar o 
desempenho funcional dos pacientes e promover o 
mais alto grau de autonomia factível pelo maior 
tempo possível em cada um dos estágios da doença, 
ou seja, prover eficácia sustentada ao longo do 
tempo. 
 
Farmacológico e não farmacológico 
 
Não farmacológico: 
• a identificação e o tratamento das condições 
clínicas passíveis de exacerbar o quadro clínico 
• manutenção de um estado nutricional 
adequado 
• esclarecimento aos familiares e aos pacientes 
sobre os objetivos e as limitações do 
tratamento 
• informação e a identificação de suportes 
psicossociais e comunitários disponíveis tanto 
para o paciente quanto para os familiares e os 
cuidadores 
• o planejamento de um ambiente favorável e 
livre de conflitos e a sugestão de adaptações 
ambientais necessárias. 
 
Acetilcolina: diminuído na doença de Alzheimer 
(DA) ou por diminuição de produção ou por 
excessiva destruição pela ação da enzima 
acetilcolinesterase. 
Uso de agonistas (estimuladores) colinérgicos ou 
por anticolinesterásicos, ambos aumentando a 
atividade colinérgica. 
 
 
DEMÊNCIA POR CORPÚSCULOS DE LEWY 
Demência com corpos de Lewy (DCL) é uma 
síndrome degenerativa,caracterizada clinicamente 
por sintomas cognitivos, motores, psiquiátricos e 
autonômicos; 
• Idiopática; 
• Placas senis neuríticas são observadas; Os 
emaranhados neurofibrilares são menos 
frequentes. 
• Presença dos corpúsculos de Lewy 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
As manifestações clínicas na DCL incluem, além do 
comprometimento cognitivo, sintomas psiquiátricos 
(alucinações, alterações de comportamento, 
depressão, apatia, ansiedade), neurológicos 
(parkinsonismo, distúrbios do sono, falência 
autonômica) e clínicos (síncope, hipotensão 
postural, quedas, incontinência urinária, constipação 
intestinal). 
 
Ocorre em idades mais avançadas, com duração 
média da doença variando de 6 a 10 anos. 
 
Progressão dos sintomas é geralmente mais rápida 
do que na DA 
 
DIAGNÓSTICO 
⊗ TC e RM ajudam a identificar degeneração de 
algumas partes do cérebro, eles não conseguem 
identificar os corpos de Lewy, que só podem ser 
observados após a morte; 
⊗ Aproximação com outros quadros demenciais. 
 
QUADRO CLÍNICO 
Comprometimento cognitivo: 
• Déficits de memória, déficits de atenção. 
 
 
Flutuações 
• Paciente vai do estado de alerta ao estado de 
pouca interação. 
• Sonolência 
• Alucinações visuais 
 
Disfunção autonômica 
• Hipotensão ortostática; 
• Incontinência; 
• Sincope 
 
TRATAMENTO 
Antipsicóticos, como Quetiapina ou Olanzapina: 
permitem reduzir a frequência das alucinações, 
porém, podem provocar vários efeitos secundários 
ou piorar o estado geral da pessoa e, por isso, 
quando utilizados, devem ser constantemente 
avaliados por um médico; 
 
Memória, como Donepezila ou Rivastigmina: 
aumentam a produção de neurotransmissores no 
cérebro, podendo melhorar a concentração, a 
memória e reduzindo o surgimento de alucinações 
e outros problemas de comportamento 
 
Melhorar a motricidade, como Carbidopa e 
Levodopa, muito utilizados no Parkinson: diminuem 
sintomas motores como os tremores, rigidez 
muscular ou lentidão de movimentos. No entanto, 
podem piorar as alucinações e a confusão, podendo, 
por isso, ser associados a remédios para a memória; 
 
Antidepressivos, como Sertralina ou Citalopam: 
utilizados para melhorar sintomas depressivos, além 
de ajudar a controlar o comportamento e regular o 
sono; 
 
Tratamento multidisciplinar e terapias alternativas 
 
DEMÊNCIA VASCULAR 
• Também conhecida como multi- infarto 
• mais abrupto que a DA, e caracteriza-se por um 
declínio gradual e desigual da função mental 
associado a um incidente vascular, como um 
acidente vascular cerebral subclínico. 
Sintomas variam de acordo com a região afetada; 
 
Está associada à hipertensão e à doença 
cardiovascular, há semelhança entre os fatores de 
risco. A prevenção e o tratamento também são 
semelhantes. Por conseguinte, as medidas para 
diminuir a pressão arterial e os níveis de colesterol 
menores podem evitar os futuros mini infartos. 
 
FATORES DE RISCO 
• Histórico de ataque isquêmico transitório 
• Pequenos infartos cerebrais que não deixam 
sequelas 
• Infarto do miocárdio 
• Obstrução de carótidas 
• Arritmias cardíacas, como fibrilação atrial 
 
DIAGNOSTICO E TRATAMENTO DA 
DEMÊNCIA VASCULAR 
• O diagnóstico de DV é feito com base no quadro 
clínico e em exames complementares de 
neuroimagem 
• Prevenção de novas lesões cerebrovasculares 
por exemplo usando anti-hipertensivos e 
antitrombóticos quando necessário; 
• Adequação do ambiente para as dificuldades do 
idoso e; 
• Mobilização da família e dos cuidadores. 
 
QUADRO CLÍNICO 
• C1: Alterações abruptas das funções cognitivas 
• C2: Curso flutuante: período estável seguido de 
piora abrupta 
• C3: Distúrbios de marcha: dificuldade na 
deambulação e quedas frequentes 
• C4: Incontinência: urinária e fecal 
• C5: Alterações no exame neurológico: 
hemiparesia e déficits sensoriais 
 
TRATAMENTO 
NÃO MEDICAMENTOSO 
• Alimentação saudável 
• Eliminar o tabagismo 
• Controle de hipertensão e diabetes 
• Tratar o colesterol elevado 
• Praticar atividade física 
• Realizar fisioterapia, se necessário 
 
MEDICAMENTOSO 
• Antiplaquetário 
• Antidepressivo 
 
 
 
 
 
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NAS 
DEMÊNCIAS 
o Promover a segurança física do paciente 
o Promover a independência nas atividades de 
autocuidado, reduzir a ansiedade e a agitação, 
melhorar a comunicação, prover a socialização e 
intimidade, promover a nutrição adequada, 
promover a atividade e repouso balanceados e 
apoiar e educar os cuidadores da família. 
 
Suporte para a Função Cognitiva: 
o Orientação sobre a função cognitiva; 
o Com o tempo, maior assistência e 
supervisão. 
 
Promoção da Segurança Física: 
o Ambiente seguro; 
o Em casos graves: andar com algo que 
identifique o indivíduo. 
 
Promoção da Independência nas Atividades de 
Autocuidado 
o Os pacientes devem ser assistidos a 
permanecer funcionalmente independentes 
pelo maior intervalo de tempo possível 
 
Redução da Ansiedade e a Agitação: 
o Os pacientes precisam de suporte emocional 
constante que reforce uma autoimagem 
positiva. 
o Orientar sobre um ambiente sem ruido. 
 
Melhora da Comunicação 
o O uso de frases claras e de fácil compreensão 
para transmitir as mensagens é essencial 
porque os pacientes em geral esquecem o 
significado das palavras ou têm dificuldade 
de organizar e expressar os pensamentos. 
 
Provimento de Medidas para Atender às 
Necessidades de Socialização e Intimidade 
o Incentivar recreação; 
o Distrações, hobbies. 
 
Promoção da Nutrição Adequada 
o Incentivar os momentos juntos para a 
alimentação; 
o Avaliar a necessidade de auxílio; 
 
Promoção da Atividade e o Repouso Balanceados 
o Muitos pacientes com demência exibem 
transtornos do sono, perambulação e 
comportamentos que podem ser 
considerados inadequados. 
 
Apoio ao Cuidado Domiciliar e Comunitário 
o Os sentimentos de culpa, nervosismo e 
preocupação contribuem para a fadiga do 
cuidador, depressão e disfunção familiar. 
 
EXERCÍCIO 
A respeito da doença de Alzheimer, assinale a 
afirmativa correta. 
a) No início da doença, problemas motores e 
de marcha são comuns 
b) Na Doença de Alzheimer, alterações de 
humor não são comuns. 
c) As tarefas cotidianas e familiares não 
costumam ser prejudicadas. 
d) Não têm ocorrido avanços significativos no 
diagnóstico precoce da Doença de 
Alzheimer. 
e) Exercícios de lógica, jogos mentais e 
exercícios físicos podem contribuir para o 
tratamento 
 
 
A doença de Alzheimer requer do enfermeiro 
conhecimentos específicos, a fim de assegurar uma 
assistência de qualidade. O profissional deve saber 
que essa doença neurológica 
a) é caracterizada por perdas graduais da 
função cognitiva e por distúrbios 
comportamentais e afetivos. 
b) é degenerativa, reversível e progressiva, com 
distúrbios comportamentais. 
c) tem início rápido e progressivo, ocasionando 
perda da memória e, paradoxalmente, 
facilidade de pensamento abstrato. 
d) estimula a capacidade em formular conceitos 
e de pensar de forma abstrata, porém, com a 
presença de comportamentos impulsivos. 
e) provoca declínio desigual e acentuado na 
função mental associada a um incidente 
vascular, e é também chamada de Demência 
Vascular. 
 
ATIVIDADE 
Fazer mapa mental: 
o Doença de Alzheimer 
o Demência com corpos de lewys 
o Demência vascular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidado ao Idoso 
AULA 6 – VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA 
IDOSA 
Definição: não é algo novo; crescimento exorbitante 
• É imprescindível, entretanto considerar que a 
violência que se abate contra o idoso se 
restringe à sua relação com causas de óbito. O 
fenômeno se expressa, também, com 
agressões sofridas no seio da própria família, 
abandono em asilos, perda de direitos próprios 
ao exercício da cidadania, preconceitoe, em 
última instância, ostracismo e exclusão social. 
 
Tipos de violência: 
• Violência física: utiliza a força física para 
obrigar o idoso a fazer o que não se deseja e, 
desta forma ferir, provocar dor, dano ou morte 
• Violência psicológica: diz respeito as 
agressões verbais ou gestuais, com o intuito de 
amedrontar e coagir, humilhar, impedir a 
liberdade e privar com convívio social 
• Violência sexual: refere-se ao ato sexual, 
homo ou heterossexual, sem consentimento da 
pessoa, e visa excitação, a relação sexual ou às 
práticas eróticas, por meio de ameaças e 
agressões física. 
• Violência financeira: corresponde à 
exploração ao uso do consentido dos recursos 
financeiros e patrimoniais do idoso, comum no 
meio familiar. 
 
Negligência: diz respeito a recusa ou à omissão de 
cuidados adequados e primordiais por partes dos 
responsáveis legais, familiares e institucionais. Esse é 
o tipo de violência mais comum no brasil e 
geralmente, associa-se a outros tipos de violência 
física e psicológica. 
 
“um ato único ou repetido, ou falta de ação 
apropriada, ocorrendo em qualquer relacionamento 
onde exista uma expectativa de confiança que cause 
dano ou sofrimento a uma pessoa idosa” – definição: 
OMS 
 
Pode divergir em culturas diferentes – 
vulnerabilidade 
 
 
 
 
 
DADOS 
Estudo: lancet global Health (2017) – OMS 
• Quase 16% das pessoas com 60 anos ou mais 
foram submetidas a abusos psicológicos, 
abusos financeiros, negligência, abusos 
físicos ou abusos sexuais 
• A pesquisa se baseia nas melhores 
evidencias disponíveis de 52 estudos em 28 
países de diferentes regiões, incluindo 12 
países de baixa e média renda 
• Violência intrafamiliar 
 
Caso: não são corretamente diagnosticados: 
• Falta de informação e preparo dos 
profissionais de saúde para enfrentar esses 
eventos 
• Descrédito para os relatos dos idosos por 
parte dos familiares e destes profissionais 
• Constrangimento do idoso em acusar 
pessoas de sua família 
 
O contexto familiar da violência contra a pessoa 
idosa e o impacto na saúde 
• Violência familiar: ocorre quando há laços 
entre a vítima e o agressor. Pode ser dentro ou 
fora do domicílio da vítima. 
 
 
• Violência doméstica: implica em proximidade 
com a vítima, não exatamente ligada a laços de 
parentesco, podendo assim ser exercida por 
pessoas que compartilham o espaço doméstico, 
como empregados, agregados e visitantes 
 
Os homens sofrem mais violência que levam a óbito 
e tornam-se visíveis nos índices de mortalidade. 
 
Em outros segmentos, porém, sobretudo o de 
criança, adolescente, mulher e idoso, as violências 
não resultam necessariamente em óbito, mas 
repercutem, em sua maioria, no perfil de morbidade, 
devido ao seu impacto sobre a saúde 
 
IMPACTOS NA SAÚDE 
• Consequências 
o Depressão 
o Déficit cognitivo 
o Incapacidade funcional 
o Suicídio 
 
 
 
• Fatores relacionados ao suicídio 
o Isolamento social 
o Ser negligente em sua situação social ou de 
saúde 
o Ser acometido por doenças graves 
o Possuir deficiências e/ou transtornos mentais 
o Ter sintomas depressivos 
o Conflitos familiares e conjugais 
 
TEORIAS 
A teoria situacional: identificar um ambiente 
propício ao abuso a partir de um cuidador 
sobrecarregado que não consegue prover as 
necessidades do individuo idoso 
 
A teoria de trocas explica o quanto a 
interdependência do idoso e seu agressor está 
relacionado com táticas e respostas estabelecidas há 
muito na vida familiar 
 
A teoria de aprendizado social identifica o abuso 
como um comportamento aprendido, influenciado 
pelo comportamento no ambiente propício 
 
Teoria econômica política focaliza o abuso nos 
desafios enfrentados pelos idoso quando estes 
perdem seu papel social e passam a depender de 
outros para seu bem-estar. 
 
Teoria da psicopatologia do cuidador: examinar o 
papel do cuidador portador de um problema de 
saúde mental colocando os idosos em uma situação 
de risco de abuso. 
 
FATORES DE RISCO 
• Idoso é dependente físico ou mental 
• É um idoso que é isolado socialmente 
• Idoso entra em situações de conflitos com o 
cuidador 
• Cuidador desempregado/falta de 
capacitação 
• Agressor é dependente economicamente 
• Cuidador é usuário de drogas lícitas ou 
ilícitas 
• Cuidador com algum problema de saúde 
• Cuidador com altos níveis de estresse 
 
SINAIS DE ALERTA 
• Ter medo de um familiar ou de um cuidador 
profissional 
• Não responder quando se pergunta, ou olha 
para o cuidador/familiar antes de responder 
• Manifesta sentimento de solidão, diz que precisa 
amigos, família, dinheiro, etc. 
• Expressa frases que indicam baixa autoestima 
“não sirvo pra nada”, “só estou incomodando” 
• Seu comportamento muda quando o 
cuidador/familiar entra ou sai do espaço físico 
onde se encontra 
• Mostra exagerado respeito ao cuidador/familiar. 
 
Sinais de que o cuidador pode ser um possível 
agressor: 
• Apresenta um importante nível de estresse ou 
sobrecarga nos cuidados com a pessoa idosa 
• Dificulta ou evita que o profissional e a pessoa 
idosa conversem em particular 
• Insiste em contestar as perguntas dirigidas à 
pessoa idosa 
• Põe obstáculos para que se proporcione com 
domicílio a assistência necessária à pessoa idosa 
• Não está satisfeito em cuidar da pessoa idosa 
• Mostra descontrole emocional, fica sempre na 
defensiva 
• Mostra-se excessivamente “controlador” nas 
atividades que a pessoa idosa realiza na vida 
cotidiana 
• Culpabiliza o idoso por tudo que acontece, 
inclusive pelas suas condições de saúde 
 
No estatuto do idoso (Lei n° 10.741, de 1° de 
outubro de 2003) 
Disposições preliminares: 
• Art. 4° nenhum idoso será objeto de 
qualquer tipo de negligencia, discriminação, 
violência, crueldade ou opressão, e todo 
atentado aos seus direitos, por ação ou 
omissão, será punido na forma da lei 
 
Capitulo II (do direito à liberdade, ao respeito e à 
dignidade) 
• § 3° É dever de todos zelar pela dignidade do 
idoso, colocando-o a salvo de qualquer 
tratamento desumano, violento, 
aterrorizante, vexatório ou constrangedor. 
 
CAPÍTULO IV – do direito à saúde 
• Art. 19 os casos de suspeita ou confirmação 
de violência praticada contra idosos serão 
objeto de notificação compulsória pelos 
serviços de saúde público e privados à 
autoridade sanitária, bem como serão 
obrigatoriamente comunicados por eles a 
quaisquer dos seguintes órgãos: 
I. Autoridade policial 
II. Ministério público 
III. Conselho municipal do idoso 
IV. Conselho estadual do idoso 
V. Conselho nacional do idoso 
 
• § 1° para os efeitos desta lei, considera-se 
violência contra o idoso qualquer ação ou 
omissão praticada em local público ou 
privado que lhe cause morte, dano ou 
sofrimento físico ou psicológico 
• § 2° aplica-se, no que couber, à notificação 
compulsória prevista no caput deste artigo, 
o disposto na lei n° 6.259, de 30 de outubro 
de 1975 
 
e o ministério da saúde / SUS? 
• Violência intrafamiliar: orientações para a 
prática em serviço 
• Caderno de atenção básica n°19: 
envelhecimento e saúde da pessoa idosa 
(2006) 
• Política nacional de redução da 
morbimortalidade por acidentes e violências. 
• Valorizar a capacitação do profissional 
 
Para o profissional: 
• O idoso não tem forças para sair do ciclo de 
violência 
• O profissional tem acesso ao idoso: atuamos 
prevendo sinais e na abordagem: Ex: visita 
domiciliar 
• Necessidade de capacitação 
 
Dificuldade para o profissional: 
• Falta de informação adequada para 
identificar corretamente os sinais, os 
indicadores e os procedimentos adequados 
para a intervenção na violência contra a 
pessoa idosa 
• Ausência de protocolos para a detecção, 
avaliação e intervenção nas situações de 
VCPI 
• Ausência de meios adequadospara 
diagnosticar de forma diferencial a violência 
quando se apresentar lesões e traumatismo 
ou quando do aparecimento de 
desidratação, desnutrição, hipotermia ou 
quedas. 
• Acreditar no mito de que a família sempre 
proporciona apoio e amor aos idosos. A 
existência deste mito impede que os 
profissionais considerem possíveis situações 
abusivas 
• Medo de que a pessoa responsável pelo 
idoso tome represálias contra a pessoa idosa. 
• Não querer envolver-se com questões legais 
• Inexistência ou desconhecimento de 
recursos disponíveis 
• Sentir-se impotente mediante as situações 
de violência 
• Não dispor de tempo necessário para a 
realização de uma avaliação minuciosa da 
situação 
• Manter determinadas atitudes, tais como: 
ambivalência: pensar, por exemplo: “roupa 
suja se lava em casa”; tendencia a culpar a 
pessoa idosa pelo que está passando: “ela 
deve estar pagando o que fez na vida” ou 
“não é fácil cuidar de pessoa idosa”; acreditar 
que se a vítima quisesse, ela poderia ter saído 
da situação sozinha. 
 
Durante a visita domiciliar: 
• é importante para as equipes de saúde da 
família: 
o identificar outras formas de violência como a 
violência institucional, que pode ocorrer nas 
instituições de longa permanência para 
pessoas idosas (ILPI) (antigos asilos), nos 
serviços de saúde, e demais instituições 
situadas na área de atuação da equipe 
o cabe a elas a identificação dos casos suspeitos 
ou conformados de violência, notificando-se; 
bem como a promoção de ações de 
prevenção dessas violências, por meio de 
educação em saúde com familiares e 
estimulando uma rede de proteção à pessoa 
idosa 
o promover e estimular a cultura da paz e 
promoção da saúde, estimulando hábitos e 
comportamentos saudáveis, como também 
propor estratégias intersetoriais que 
busquem ambientes e entornos seguros 
• orientar para a importância da denúncia: (podem 
se negar, podem não querer) 
 
Atenção as pessoas idosas em situação de 
violência 
• utilizar linguagem adequada em nível 
sociocultural da pessoa idosa atendida, a fim de 
tornas a comunicação mais eficiente, 
possibilitando ao idoso que compreenda 
adequadamente a principal mensagem a ser 
repassada 
• realiza o atendimento em ambiente seguro, no 
qual haja privacidade e segurança das 
informações a serem repassadas 
• estabelecer sempre uma relação empática – 
colocando-se no lugar do outro – favorecendo 
que o idoso se sinta compreendido e sinta-se 
compreendido e confiante em expor o que 
realmente lhe preocupa considerando a 
vulnerabilidade do idoso, cabe ao profissional 
dar o primeiro passo 
• não emitir juízo de valor ou julgamentos sobre 
as crenças ou percepções da pessoa idosa. 
• Mantenha uma boa postura de aproximação 
com a pessoa idosa 
• Observe aspectos de comunicação não verbal, 
tais como a expressão facial, o tom de voz, o 
contato visual 
• Demostre atenção e receptividade às 
informações trazidas pelo idoso 
• Repita ideias expressadas pelo idoso com as 
mesmas palavras que ele utilizou (ou as mais 
próximas possíveis) para compreender melhor a 
informação relatada 
• Evite fazer perguntas que possam denotar tom 
de acusatório. Seus questionamentos devem 
propiciar um clima de escuta e confiança 
• Não emita juízos de valor sobre as pessoas e 
demonstre sensibilidade diante das 
necessidades de todos os membros da família 
• Utilize um tom de voz sereno, sem demonstrar 
surpresa, cansaço ou rejeição ao discurso trazido 
pelo idoso. 
 
FERRAMENTAS DE ATUAÇÃO 
• Projeto terapêutico singular 
• Visita domiciliar 
• Entrevista familiar 
 
Fases da entrevista familiar: 
• Cumprimento 
• Entendimento 
• Discussão 
• Identificar 
• Estabelecer 
 
a primeira fase da entrevista é a dos cumprimentos, 
tem uma duração aproximada de 5 minutos. É a 
etapa de identificação, observar as pessoas no 
espaço da entrevista e falar com cada membro da 
família ou presentes no atendimento 
 
a segunda fase da entrevista é a do entendimento 
da situação, dura aproximadamente 5 minutos. 
Deve-se solicitar a cada pessoa que deseja falar que 
explique suas preocupações. Cada preocupação 
deve se tornar clara, realística e concisa. Deve-se 
acrescentar as preocupações que pensamos ser 
necessárias em relação aos cuidados, além de 
priorizar os objetivos e observar se existem conflito. 
 
A terceira fase é discussão, dura aproximadamente 
15 minutos, deve-se solicitar que cada pessoa 
mostre seu ponto de vista, encorajando a família a 
perguntar, questionando-os como já lidaram com os 
problemas em situações anteriores 
 
A fase de identificar recursos, dura 
aproximadamente 10 minutos. Nela, identifica-se os 
pontos fortes da família, os recursos de saúde de 
que as pessoas dispõem e os recursos comunitários 
 
A fase do estabelecimento de plano dura 
aproximadamente 10 minutos. Solicita-se um plano 
da família; contribui-se quando necessário com 
informações profissionais ou aconselhamento; 
enfatizam-se as questões em comum; realizam-se 
combinações lembrando os objetivos de cuidado; 
questiona-se sobre dúvidas; remarca-se novo 
encontro se necessário, e se agradece a participação 
de todos. 
 
Na entrevista: avaliação focada em possíveis 
situações de risco. Isto não requer um aumento 
substancial de tempo. É preciso classificar e ordenar 
os possíveis fatores de riscos físicos, psicológicos, 
sociais e econômicos 
 
Avaliação física 
• Grau de dependência: necessita de ajudar 
para realizar a maioria das suas atividades 
de vida diária (vestir, tomar banho, 
alimentação) 
• Idade: tem mais de 75 anos? Quanto mais 
idade, maior o risco de dependência 
• Sono: altera o sono do resto da família? 
Levanta-se diversas vezes à noite? 
• Dor: tem alguma dor crônica que não esta 
sendo tratada de forma adequada? 
• Higiene pessoal: apresenta-se em 
condições satisfatórias de higiene? Tem 
forte odor? Suas roupas estão limpas ou 
muito velhas? 
• Alimentação: come bem? Perde peso 
frequentemente? 
• Quedas: a casa esta preparada para evitar 
quedas? 
Avaliação Psicológica: 
• Solidão: passa muitas horas sozinho? Tem 
horário diferente dos demais membros da 
família para alimentar, dormir ou realizar a 
higiene pessoal? 
• Comunicação: é incapaz de comunicar suas 
emoções, desejos, sentimentos? 
• Mostra-se inibido? Quando lhe é feita uma 
pergunta, olha para o cuidador antes de 
responder para observar a reação dele, como 
se tivesse “pedindo autorização” para poder 
responder? 
• Estado de ânimo: parece assustado, 
desconfiado, tímido, como medo? Chora 
com facilidade, muda de humor de forma 
inexplicável? 
• Intimidade: a sua intimidade é respeitada? 
• Autopercepção: diz que se sente 
maltratada? Expressa desgosto quando se 
refere a convivência com a família? 
 
Avaliação financeira: 
• Autonomia: necessita de ajuda para fazer 
uma compra ou vende seu patrimônio, 
controla sua conta bancária ou cartão de 
segurado? Administra seus recursos 
financeiros com total liberdade ou delega a 
uma outra pessoa para administrar esse 
assunto? 
• Condições de moradia: reside com algum 
membro da família sem ajuda 
economicamente? 
• Escassez de recursos: reclama que está 
sempre sem dinheiro? 
 
Avaliação do possível agressor 
• Tempo do cuidador: o cuidador esta na 
função há mais de dois anos? 
• Capacitação: a pessoa que cuida está 
capacitada para fazê-lo? Tem os 
conhecimentos, habilidades e atitudes 
precisas para realização da tarefa? 
• Divisão da tarefa: é o principal ou o único 
cuidador? há revezamento na tarefa? 
• Alteração da rotina de vida: foi necessário 
renunciar um trabalho, férias, estudo para ser 
o cuidador da pessoa idosa? Tem dificuldade 
de encontrar tempo para si mesmo? Está 
isolado, sem relacionamento social, 
absorvido pela responsabilidade de cuidar? 
•Alteração física e psicológica: apresenta 
sintomas de cansaço no exercício da tarefa? 
Tem sentimentos de desespero, de 
impotência, chora ou se irrita com facilidade 
quando fala do trabalho que realiza como 
cuidador? Tem problemas de saúde e sente 
que não pode cuidar de si porque está 
cuidando da pessoa idosa? Sofre de dores 
crônicas que não tem explicação orgânica? 
• Impacto econômico: realiza de forma 
gratuita a função? Tem dificuldades 
econômicas? 
• Relacionamento com a pessoa idosa: não 
se comunica com a pessoa idosa? Recebe da 
pessoa idosa sinais de agradecimento pelo 
trabalho que o cuidador presta? 
• Relação com os serviços públicos: permite 
que sejam realizadas visitas domiciliares? 
Dificulta a intervenção dos profissionais? 
• Saúde mental: tem problemas com o uso de 
substancias químicas? Tem antecedentes de 
problemas relacionados com saúde mental? 
Está passando por algum problema de 
ordem pessoal de extrema importância? 
 
Avaliação da presença de violência e maus tratos 
contra a pessoa idosa 
Segundo o caderno de atenção básica: 
 
 
 
 
Notificação 
 
 
Trabalho em rede: nas praticas dos serviços de 
saúde é essencial que a rede de atendimento à 
pessoa idosa se integre com a rede de serviços 
sociais nos vários níveis de complexidade, 
otimizando os centros de convivência, entre outros, 
para melhorar, a qualidade de vida da pessoa idosa 
e a capacidade funcional 
 
Finalizando... 
• Formação e capacitação de cuidadores de idoso 
• Oferecer apoio, inserindo-os na rede do SUS, 
auxiliando-os nos centrais de informações 
gerenciamento e propondo-lhes alternativas do 
cuidado, pois estes cuidadores poderiam 
melhorar a condição do idoso, constituindo-se 
em grandes parceiros para o sistema de saúde 
Cuidado ao Idoso 
AULA 7 – INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA E 
ADESÃO TERAPÊUTICA 
Avaliar se o perfil da medicação é excessivo ou 
desnecessário. A combinação de fármacos pode ser 
benéfica, apropriada e suportada por evidencia. 
 
A polifarmácia tem maior prevalência em pacientes 
com idade mais avançada, devido ao maior numero 
de doenças crônicas que se manifestam com o 
avanço da idade e de opções farmacológicas 
voltadas para essa faixa etária. 
 
Polifarmácia pode levar á: 
• Incidência de interações medicamentosas 
• Incidência de reação adversa á droga 
• Toxicidade cumulativa 
 
O que é interação medicamentosa? 
É um evento clinico em que os efeitos dos fármacos 
são alterados pela presença de outros fármacos, 
alimento, planta, bebida ou algum agente químico 
ambiental, ou seja, eles podem interagir entre si, 
com aumento ou diminuição de efeitos terapêuticos 
ou tóxico de um ou de outro. 
 
O que é farmacocinética? 
1. Absorção 
2. Distribuição 
3. Metabolismo 
4. Excreção 
 
As alterações na farmacocinética são responsáveis 
por modificações na disponibilidade de drogas, 
resultando em diferentes concentrações nos sítios 
de ação de determinado fármaco. 
 
Essas alterações podem resultar em altas 
concentrações da droga, ocasionando um aumento 
da resposta no órgão efetor. 
Ex: 
• Drogas hidrossolúveis: menos água... menor 
distribuição 
• Drogas lipossolúveis: alguns idosos tem maior 
gordura corporal, assim aumenta a distribuição. 
• Metabolismo de primeira passagem diminui, 
por conta da redução do fluxo hepático. 
 
 
 
 
Absorção: esvaziamento gástrico desacelerado, 
perda de motilidade intestinal e o aumento do pH 
gástrico. 
Distribuição: maior nível de gordura aumenta o 
volume de distribuição dos medicamentos 
altamente lipofílicos (aumenta também a meia vida) 
Ex: Diazepam 
Metabolismo: o metabolismo de primeira 
passagem também é afetado pelo envelhecimento, 
uma redução cerca de 1% ano após os 40 anos. 
Assim, para uma dada dose oral, os idosos podem 
ter níveis circulantes mais elevados de fármacos. 
Exemplo importante de medicamentos 
potencialmente tóxicos: propranolol e nifedipina. 
Excreção: perda de 30 a 40% de massa renal, 
diminuição dos 60% dos glomérulos, queda do fluxo 
sanguíneo, espessamento das paredes dos túbulos 
renais, queda de 30 a 40% da taxa de filtração 
glomerular (TFG). Decorrente a isso, efeito 
prolongado dos fármacos de excreção renal. Ex: 
vancomicina. 
 
O que é farmacodinâmica? 
Efeito(s) do fármaco no organismo, que, no paciente 
idoso, depende de alterações em mecanismos 
homeostático e de modificações em receptores e 
sítio de ação. 
 
Alteração do numero de receptores na afinidade dos 
receptores 
• A sensibilidade de fármacos varia em função 
do numero de receptores e da capacidade de 
ligação a eles 
• O envelhecimento influencia a interação de 
medicamentos e receptores, alterando 
consequentemente o padrão de resposta 
orgânica aos fármacos. 
 
Interações medicamentosas: 
A gravidade, prevalência e possíveis consequências 
das IM estão relacionadas a variáveis como 
condições clinicas dos indivíduos, número e 
características dos medicamentos. 
• Idoso: mau uso não intencional (ex: 
memória) 
• Ex: anti-inflamatórios não esteroidais (AINE), 
betabloqueadores, diuréticos, 
antilipidêmicos, depressões do sistema 
nervoso central são potencialmente 
interativos 
• As vezes conseguimos “prever”: prevenir 
eventos adversos decorrentes da 
combinação terapêutica. 
Intervenções 
• Realizar uma anamnese adequada, revisando 
antecedentes 
• Obter história medicamentosa completa, 
atentando para automedicação e associações 
medicamentosas 
• Simplificar o regime medicamentoso, quando 
possível 
• Adequar o esquema de administração às 
condições clínicas do paciente (insuficiência 
renal ou hepática, etc.) 
• Monitorizar cuidadosamente efeitos adversos 
• Dar orientações repetitivas e certificar-se de 
que o paciente as incorporou. 
 
Finalizando... 
• Contribuir na promoção do uso racional dos 
medicamentos 
• A educação dos usuários (automedicação-
fitoterápicos) 
• A orientação acerca dos riscos das 
interrupções, troca, substituição ou inclusão de 
medicamentos sem conhecimento dos 
profissionais da saúde 
• O aprazamento criterioso dos horários da 
prescrição/receita médica, de modo a evitar a 
administração simultânea de medicamentos 
que podem interagir entre si ou com alimentos 
• O monitoramento de eventos adversos. 
 
ADERÊNCIA TERAPÊUTICA 
A organização mundial da saúde define aderência 
como adequação do indivíduo, como fazer dieta, 
exercícios e usar medicamentos, à recomendação 
médica. 
 
Já a aderência a medicamentos é entendida como a 
utilização dos medicamentos prescritos em pelo 
menos 80% do seu total, observando horários, doses 
e tempo de tratamento. 
 
• Complacência 
• Concordância 
• Persistência 
 
Adesão é um fenômeno multidimensional 
determinado pela interação de cinco fatores como 
dimensões, no qual os fatores relacionados ao 
paciente são apenas um determinante. 
 
 
 
 
Magnitude e custos... 
• A falta de adesão ao tratamento 
farmacológico, nas enfermidades crônicas, 
em países desenvolvidos, atinge cifras de ate 
50% dos pacientes que recebem tratamento 
• Nos países em desenvolvimento bem como 
nos subdesenvolvidos essa cifra é bem 
maior, variando de acordo com o país e com 
a doença. 
 
Indivíduos... 
• Aderentes, indivíduos que seguem 
totalmente o tratamento 
• Desistentes, são aqueles que abandonam o 
tratamento 
• Persistente, dentro do grupo dos não-
aderentes, que são aqueles indivíduos que 
ate comparecem às consultas, mas não 
seguem o tratamento. 
 
Método empregados para avaliação de 
aderência: 
• Subjetivos, como o relato do próprio 
paciente e do médico que prescreve ou 
outro 
o Problema do subjetivo: superestima! 
• Objetivos: contagem do medicamento 
residual, pela família; registro da 
dispensação pelo farmacêutico; dosagem 
química do medicamento ou de um 
marcador, no sangue ou

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