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Cuidado ao Idoso AULA 1 – O IDOSO Política nacional do idoso e estatuto do idoso: pessoas com 60 anos ou mais. Já para a OMS: pessoas com 60 anos ou mais em países em desenvolvimento, e pessoas com 65 anos ou mais em países desenvolvidos. IDADE BIOLÓGICA X IDADE CRONOLÓGICA • Estilo de vida, biotipo, estado de saúde, participação, níveis de dependência. • Tempo que o individuo conta desde que nasceu Envelhecimento: é um processo universal e irreversível que acelera na maturidade e com o avanço da idade. Ocasiona perda funcional no organismo (a partir do momento em que nascemos, começamos a envelhecer) OMS define o envelhecimento saudável como o “processo de desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional que permite o bem-estar na idade avançada” Surgimento de doenças crônicas: importante manter a capacidade funcional ENVELHECIMENTO = VULNERABILIDADE + VARIABILIDADE + IRREVERSIBILIDADE Envelhecer: • Estigmatização: representação negativa do idoso e do envelhecimento • Idoso ativo • Garantias de Direitos: Política nacional do idoso (PNI), lei n° 8842, de 4 de janeiro de 1994, e o estatuto o idoso, lei n° 10.741, de 1° de outubro de 2003 • Politica nacional de saúde da pessoa idosa – Portaria n° 2.528 de 19 de outubro de 2006 Envelhecimento ativo: é o processo de otimização de oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas (OMS,2005) • Envolve amigos, colegas de trabalho, membros da família • “a criança de ontem é o adulto de hoje e o avô ou avó de amanhã” Segundo o IBGE, existem no brasil aproximadamente, 20 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos (10% da população brasileira); é estimado que no período de 1950 a 2025, o grupo de idosos no país deverá ter aumentado em quinze vezes, enquanto a população total em cinco. Assim, o Brasil ocupará o sexto lugar quanto ao contingente de idosos, alcançando, em 2025, cerca de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade • O envelhecimento gera nova demanda de saúde. Envelhecer.... Multifatorial e subjetivo. • Biológico: a idade biológica: alterações corporais e mentais que ocorrem ao longo do processo de desenvolvimento (envelhecimento humano) • Social: definida pela obtenção de hábitos e status social pelo individuo para o preenchimento de muitos papeis sociais ou expectativas em relação às pessoas de sua idade em sua cultura e em seu grupo social. • Econômicas: aposentadoria: visto como improdutivo • Funcional: diminuição da capacidade • Intelectual e cognitivo: déficit de atenção. FUNCIONALIDADE Define-se como a capacidade de desempenhar as atividades necessárias para cuidar de si mesmo. • Independência: ser capaz de realizar suas atividades • Autonomia: ter liberdade de tomar suas decisões A presença de incapacidade é ônus para o indivíduo, para família, para o sistema de saúde e para a sociedade. No Brasil: incapacidade entre idosos em cifras que variam de 2 a 45% dos idosos. • Relação entre funcionalidade global do organismo e ciclo de vida • Máximo de funções orgânicas entre os 30 e 40 anos; entre 40 e 50 há uma estabilização • A partir daí, declínio progressivo, com perda funcional global de 1% ao ano ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO • Inicio do Sec. XX: expectativa de vida baixa – 45 anos; altas taxas de mortalidade infantil • A partir dos anos 50: melhoria nas condições sanitárias e programas de saúde pública de erradicação de doenças; imunizações (Crianças) • Anos 60 e 70: mudança cultural, surgimento dos contraceptivos. Fecundidade caiu. • População ENVELHECEU TIPOS DE ENVELHECIMENTO • Envelhecimento: afeta os sistemas • Declínio do desenvolvimento funcional • Vulneráveis à agressões do meio interno e externo, porém não significa ADOECER CRITÉRIO DE FRAGILIDADE PELA PNSPI • Vive em ILPI • Acamados • Hospitalizados recentemente por qualquer razão • Apresente doenças sabidamente causadores de incapacidade funcional: AVE, síndrome demenciais, entre outras doenças neurodegenerativas, etilismo, neoplasia terminal, amputação de membros. • Encontra-se com pelo menos uma incapacidade funcional básica • Viva em situações de violência domestica • 75 anos de idade ou mais • Outros critérios podem ser acrescidos ou modificados de acordo com as realidades locais. ATITUDE De acordo com as condições funcionais da pessoa idosa serão estabelecidas ações de atenção primária, de prevenção – primária, secundaria e terciaria -, de reabilitação, para a recuperação da máxima autonomia funcional, prevenção do declínio funcional, e recuperação da saúde. Estarão incluídas nessas ações o controle e a prevenção de agravos de doenças crônicas não-transmissíveis. Todo profissional deve procurar promover a qualidade de vida da pessoa idosa, quando chamado a atende-la. É importante viver muito, mas é fundamental viver bem. Preservar a autonomia e a independência funcional das pessoas. Cuidado ao Idoso AULA 2 – DOENÇA DE PARKINSON A doença de Parkinson (DP): um transtorno neurodegenerativo e progressivo, que atinge o sistema nervoso central, que leva à incapacidade. É considerada crônica. Descrita pela primeira vez em 1817, pelo médico inglês James Parkinson, em seu livro “um ensaio sobre a paralisia agitante”, desenvolvida posteriormente por Jean – Martin Charcot Diferente de Parkinsonismo: doença de Wilson (distúrbio de acúmulo de cobre em diversos órgãos incluindo cérebro); uso de antipsicóticos • Reversível Causas: doença Idiopática. Fatores que influenciam: hereditariedade, idade, gênero, pesticidas. A DP NO MUNDO E NO BRASIL • OMS: 1% da população mundial (com mais de 65 anos) – 200 mil casos no brasil • Não é de notificação compulsória FISIOPATOLOFIA Neuronios da área da substancia negra: produtores de dopamina • Degeneração das células da substancia negra o Produção de dopamina prejudicada: 60% ▪ Falhas no mecanismo de controle motor MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Rigidez muscular • Bradicinesia • Tremores em repouso • Instabilidade postural • Alterações na marcha • Ansiedade, constipação intestinal • Alucinações, delírios • Depressão, demência • Micrografia • Disfonia DIAGNÓSTICO • Difícil diagnostico • História clínica: percepção do início dos sintomas • Exame físico • Exames complementares como laboratoriais, tomografias computadorizadas (TC) e ressonância magnética (RM): exclusão de outras patologias. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 1. Levodopa: precursora da dopamina (perde a eficácia ao longo dos anos) • Após 5 a 10 anos de uso: discinesia (movimento involuntário anormais) • Ligar – desligar 2. Anticolinérgicos: se contrapõem à ação da acetilcolina • Efeitos colaterais (visão turvam rubor facial, erupção cutânea, entre outros) 3. Cloridrato de amantadina: reduz a rigidez, tremores e bradicinesia. 4. Agonista da dopamina: estágios iniciais da doença 5. Antidepressivos, anti-histamínicos TRATAMENTO CIRURGICO Marcapasso cerebral (DBS – estimulação cerebral profunda) • Vantagens: diminuição considerável nas manifestações, diminuição das medicações • Desvantagens: custos, ajustes periódicos e riscos de infecção • No brasil (SUS): protocolo clínico de diretrizes terapeuticas sobre Parkinson (2002-2017) ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM • Portador da DP: hospital, na unidade saúde da família ou na residência, mediante realização de visita domiciliar, em instituições de longa permanência. • Orientar, ensinar, incentivar e estimular a realização de ações• Orientação da família e do cuidado informal • Estimular a melhora da capacidade funcional • Encaminhar para atendimento com terapia ocupacional • Incentivar as capacidades de enfrentamento APLICANDO O PROCESSO DE ENFERMAGEM – (PE) • Investigação (coleta de dados e exames físicos) • Diagnóstico de enfermagem • Planejamento (resultados esperados) • Implementação da assistência de enfermagem (prescrição de enfermagem) • Avaliação da assistência de enfermagem CASO CLÍNICO SRO, 68 anos, sexo feminino, natural de Belém- PA. Solteira, aposentada, 3 filhos. É hipertensa, nega etilismo e tabagismo. Relata que sente o braço enrijecido e com tremores, sendo dificultoso cozinhar, o que afetou sua renda, haja vista que vendia “quentinhas”. Veio acompanhada da filha, que relata ter percebido que a mãe está ficando com passos mais curtos e com dificuldade de sentar e levantar, mas se recusa a usar bengala. Relata dificuldade para realizar atividades de autocuidado, sendo que a que mais lhe incomoda é a alimentação, porque não consegue mais segurar utensílios com firmeza. Por conta de dificuldades financeiras não procuraram assistência médica antes, porém iniciaram acompanhamento mês passado, onde foi diagnosticada com Doença de Parkinson. Foi iniciado tratamento com Levedopa e Carbidopa 1x ao dia. Já faz uso de atenolol + clortalidona 1 x ao dia, de 50 mg + 12,5 mg por conta da hipertensão. Como está em uso da medicação a pouco tempo, ainda não conseguiu perceber melhoras significativas, porém relata que já se sente mais ágil. Relata que acorda muito durante a noite por conta de dor no braço, já que as vezes deita de lado. Nega alterações de eliminação. Ao exame físico: Consciente, Orientada, Eupneica, afebril, normocorada, normocárdica. Apresenta leve cifose cervical, tórax simétrico, abdome plano sem alterações. Exame genitourinário não realizado. MMSS com força muscular diminuída e amplitude de movimentos limitada. MMII apresentando marcha lentificada e presença de bradicinesia. Cuidado ao Idoso AULA 3 – FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO 1 ALTERAÇÕES RELACIONADAS COM A IDADE • Capacidade funcional • Bem estar • Físico • Psicossocial • Mental • Social • Econômico • Ambiental ASPECTOS FÍSICOS DO ENVELHECIMENTO Envelhecimento intrínseco: • Envelhecimento normal • Geneticamente programada Envelhecimento extrínseco: • Influencia externas COMPOSIÇÃO E FORMA DO CORPO • Redução de 1cm por década a partir dos 40 anos • Etiologias: redução dos arcos dos pés; aumento da curvatura da coluna; alteração dos discos intervertebrais; não há alterações no tamanho dos ossos longos • Aumento dos diâmetros da caixa torácica e do crânio • Aumento do pavilhão auditivo • Aumento do nariz ASPECTOS FÍSICOS DO ENVELHECIMENTO SISTEMA CARDIOVASCULAR • a cardiopatia é a principal causa de morte em idosos • a insuficiência cardíaca é a principal causa de hospitalização • há um aumento da massa cardíaca de 1 a 1,5 g/ano, entre 30 e 90 anos de idade • dispneia ou hipotensão ortostática e pós- prandial aumenta muito depois de 75 anos de idade. ALTERAÇÕES • debito cardíaco diminuído • capacidade diminuída para responder ao estresse • frequência cardíaca e volume sistólico não aumentam com a demanda máxima • taxa de recuperação cardíaca mais lenta • pressão arterial aumentada ACHADOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS • Queixas de fadiga com o aumento da atividade • Maior tempo de recuperação da frequência cardíaca • Pressão arterial ótima 120/80 mmHg • Pré-hipertensão > 120 a 139/80 a 89 mmHg • Hipertensão > 140/90 mmHg ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO À SA ÚDE • Exercitar-se regularmente; compassar a atividades • Evitar fumar; ingerir dieta hipolipídica e hipossódica. • Participar nas atividades de redução do estresse • Verificar regularmente a pressão arterial; adesão à medicação • Controle de peso. SISTEMA RESPIRATÓRIO • Frequente associação às patologias • Vários fatores associados agravam o processo de envelhecimento: tabagismo, poluição ambiental, exposição ocupacional, doenças pulmonares, diferenças socioeconômicas, constitucionais e raciais. • A eficiência respiratória diminuída, bem como as forças inspiratória e expiratória máximas diminuídas, pode acontecer como uma consequência da calcificação e enfraquecimento dos músculos da parede torácica. • A massa pulmonar diminui e aumenta o volume • residual • Stress → ↑ demanda de oxigênio → podem afetar outros sistemas • O tabagismo é o fator de risco mais significativo para as doenças respiratórias e para outras doenças. ALTERAÇÕES • Aumento no volume pulmonar residual; • diminuição na força muscular, resistência e capacidade vital; • troca gasosa e capacidade de difusão diminuída; • eficiência da tosse diminuída ACHADOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS • Fadiga e falta de ar com a atividade sustentada; • excursão respiratória e expansão tórax/pulmão diminuídas com menos expiração efetiva; • dificuldade de expectorar as secreções ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO À SAÚDE • Exercitar-se regularmente; evitar fumar; • ingerir os líquidos adequados para liquefazer as secreções; • receber a vacina anual contra gripe e vacina pneumocócica com 65 anos de idade; • evitar a exposição às infecções do trato respiratório superior SISTEMA TEGUMENTAR PELE: • ↓ proliferação epidérmica, e a derme torna-se mais delgada. • ↓ das fibras elásticas e o colágeno torna-se mais rígido. • ↓ do tecido adiposo subcutâneo, principalmente nos membros, mas aumenta de forma gradual em outras regiões, como no abdome (homens) e nas coxas (mulheres), levando a um aumento global na gordura corporal nas pessoas idosas. • ↓ de capilares na pele → ↓ aporte sanguíneo. Essas alterações provocam: perda da maleabilidade e o enrugamento e flacidez da pele; a pele torna-se mais seca e mais suscetível a queimaduras, lesão e infecção; a pigmentação dos pelos pode modificar-se e ocorrer a calvície (influência de fatores genéticos) • ↓ a tolerância aos extremos de temperatura e à exposição ao sol ALTERAÇÕES Tecido adiposo, líquido intersticial, tônus muscular, atividade glandular, receptores sensoriais diminuídos resultando em redução da proteção contra o trauma e exposição solar, e extremos de temperatura; secreção diminuída dos óleos naturais e da sudorese; fragilidade capilar ACHADOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS • Pele seca, enrugada e fina; • queixas de lesões, equimoses e queimadura solar; • queixas de intolerância ao calor; • a estrutura óssea é proeminente ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO À SAÚDE • Limitar a exposição solar a 10 a 15 min diários para a vitamina D (usar roupas de proteção e filtro solar); • vestir-se adequadamente para a temperatura; • manter uma temperatura segura em ambientes fechados; • tomar banho de chuveiro, em vez de banho de banheira, quando possível; • lubrificar a pele com loções que contenham óleo mineral ou petrolato; SISTEMA REPRODUTOR – SEXO FEMININO • Alterações hormonais: estrogênio e progesterona cessam com a menopausa. • Alterações no sistema reprodutor adelgaçamento da parede vaginal; encurtamento e uma perda de elasticidade da vagina; ressecamento vaginal; prurido e atrofia do útero e dos ovários; diminuição do tônus do músculo pubococcígeo → relaxamento da vagina e períneo. • ↓ Libido e acidez diminuída; SISTEMA REPRODUTOR – SEXO MASCULINO • O testículo torna-se menos firme, mas homens até 90 anos de idade continuam a produzir espermatozoides viáveis. • Em torno de 50 anos de idade: ↓ de • testosterona • A libido diminuída e a disfunção erétil ↓ da elasticidade do tecido dos corpos cavernosos→ ↑ tempo para atingir a ereção completa ALTERAÇÕES • Feminino: Estreitamento vaginal e elasticidade diminuída; secreções vaginais diminuídas • Masculino: Testículos menos firmes e produção • de espermatozoide diminuída • Masculino e Feminino: Resposta sexual mais lenta ACHADOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS • Feminino: Relação sexual dolorosa; sangramento vaginal após o intercurso; prurido e irritação vaginais; orgasmo retardado • Masculino: Ereção e obtenção do orgasmo retardadas ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO À SA ÚDE • Pode precisar de reposição de estrogênio vaginal; • Acompanhamento ginecológico/urológico; • usar um lubrificante na relação sexual SISTEMA GENIRURINÁRIO • ↓ Peso renal (cerca de 30%) • ↓ do número de glomérulos → ↓ taxa de filtração e função tubular (menos eficiência em reabsorver e concentrar a urina, e uma restauração mais lenta do equilíbrio acidobásico na resposta ao estresse) • Incontinência urinária (mais comum em mulheres) • Hiperplasia benigna da próstata (↑ retenção urinária e a incontinência por hiper fluxo) • ↑ infecções do trato urinário ALTERAÇÕES • Masculino: Hiperplasia benigna da próstata • Feminino: Músculos perineais relaxados, instabilidade do detrusor (incontinência de urgência), disfunção uretral (incontinência urinária por estresse) ACHADOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS • Retenção urinária; • Sintomas miccionais irritativos, incluindo frequência, sensação de esvaziamento vesical incompleto; • múltiplas micções noturnas • Síndrome da urgência/frequência, “tempo de advertência” diminuído, gotas de urina eliminadas com a tosse, riso, mudança de posição ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO À SAPUDE • Masculino: Limitar a ingestão de líquidos à noite (p. ex., bebidas cafeinadas, álcool); não esperar longos períodos entre a micção e esvaziar a bexiga por completo quando eliminar a urina • Feminino: Usar roupas fáceis de manipular; ingerir os líquidos adequados; evitar irritantes vesicais (p. ex., bebidas cafeinadas, álcool, adoçantes artificiais); exercícios da musculatura pélvica, aprendidos preferivelmente por meio de biofeedback; considerar a pesquisa urológica SISTEMA GASTRINTESTINAL • De maneira geral: redução da motilidade, na secreção e capacidade de absorção; • Felizmente, a reserva destes órgãos é tão grande que as reduções nos parâmetros fisiológicos não costumam resultar em deficiência real da função; • Disfagia – associado às patologias (complicação de AVE, doença de Parkinson, esclerose múltipla) • Constipação intestinal (falta de água, uso prolongado de laxativos, uso de medicamentos, dieta gordurosa) ALTERAÇÕES • Sensações de sede, olfato e paladar diminuídas; • salivação diminuída; • dificuldade de deglutir o alimento; • esvaziamento esofágico e gástrico retardado; • motilidade gastrintestinal reduzida ACHADOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS • Risco de desidratação, distúrbios eletrolíticos e de ingestão nutricional deficiente; • queixas de ressecamento da • boca; • queixas de plenitude, pirose e indigestão; • constipação intestinal, flatulência e desconforto abdominal ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO À SAÚDE • Usar lascas de gelo, colutório; • escovar, passar fio dental e massagear as gengivas diariamente; • receber os cuidados dentários regulares; • ingerir refeições pequenas e frequentes; • sentar e evitar a atividade intensa depois da alimentação; • limitar os antiácidos; ingerir uma dieta rica em fibras e pobre em gorduras; • limitar os laxativos; • Fazer a higiene íntima regular; ingerir líquidos adequados SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO • As alterações aparecem mais rapidamente; • Todos os músculos do organismo em especial a dos troncos e das extremidades se atrofiam com o tempo, o que leva a uma deterioração do tônus muscular e a uma perda da potência, força e agilidade; • O peso total dos músculos diminui para a metade entre 30 e70 anos (o envelhecimento muscular é o resultado da atrofia das fibras musculares e do aumento do tecido gordo no interior dos músculos; • As articulações sofrem alterações, os ligamentos calcificam-se, ossificam-se e as articulações tornam-se menores devido a erosão das superfícies articulares; O QUE DEVEMOS OBSERVAR? Postura Fraqueza muscular Lentidão dos movimentos Fadiga muscular precoce Limitações funcionais Incapacidade TECIDO ÓSSEO • Diminuição da atividade física; • Desequilíbrio na reposição óssea; • Suporta menos carga e resiste menos as forças externas. Estão mais expostos a fraturas; • Osteoporose (perda óssea- 3% por década após 40 anos) Fratura quadril ( 32% e 17%) após 1 ano somente 1/3 apenas recuperou completamente; CARTILAGEM • Diminuição da quantidade de líquido; • Diminuição da capacidade de dissipar as forças e compressões através da articulação; ARTICULAÇÕES Redução da amplitude de movimento (ADM); • Tecido periarticular rígido; • Redução da força muscular para realizar o movimento (maior sobrecarga articular); • Lesões prévias; • Má postura; • Desgaste articular-osteófitos; • Aumento de calcificação; ALGUMAS PATOLOGIAS DO SISTEMA MUSCULO ESQUELÉTICO: • Osteopenia • Osteoporose • Osteoartrose • Hérnias de disco • Tendinites • Bursites • Artrose • Atrite ALTERAÇÕES • Perda da densidade óssea; • perda da força e tamanho musculares; • cartilagem articular degenerada ACHADOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS • Perda de peso; • propenso a fraturas; • cifose; • dor nas costas; • perda da força, flexibilidade e resistência; • Dor articular ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO À SAÚDE • Exercitar-se com regularidade; • ingerir uma dieta rica em cálcio; • limitar a ingestão de fósforo; • tomar suplementos de cálcio e vitamina D, quando prescritos; SISTEMA NERVOSO • Atrofia cerebral (com redução de 5% à 10% do peso cerebral). • Aumento do tamanho dos ventrículos cerebrais • Retração do corpo celular dos grandes neurônios • Aumento dos sulcos em detrimentos dos giros • Redução de neurônio SENSIBILIDADE • Alteram sensibilidade tátil e dolorosa. • Limiar para a dor aumenta e a sensibilidade dolorosa cutânea e visceral diminui. • Perda de sensação vibratória MEMÓRIA • Aquisição e retenção de novas informações em indivíduos • O fluxo de informação é dificultado, principalmente a transferência de novas informações para a memória secundária; • Alterações das conexões do hipocampo com as áreas de aprendizagem; • Esquecimento senescente benigno X fase inicial de Alzheimer (Alteração patológica ou fisiológica????) DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAL DAS QUEIXAS DA MEMÓRIA • Quadros demenciais: delirium • Quadros depressivos • Deficiência de Vitamina (B12, ácido fólico e tiamina) • Desatenção • Esquecimento senil benigno ou fisiológico ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DO SONO Alteração da qualidade e quantidade; Redução do sono REM; Sono mais superficial CAUSAS MAIS FREQUENTES DE INSÔNIO NO IDOSO • Ambientais • Depressão • Delirium • Demências • Apnéia do sono • Dor crônica • DPOC • ICC • Mictúria • Drogas • Distúrbios Dispépticos • Fecaloma • Distúrbios do ritmo circadiano ALTERAÇÕES • Velocidade reduzida na condução nervosa; • confusão aumentada com a doença física e perda dos indícios ambientais; • Circulação cerebral reduzida (fica tonto, perde o equilíbrio) ACHADOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS • Mais lento para responder e reagir; • O aprendizado demora mais tempo; • fica confuso com a internação; • vertigem; • quedas frequentes ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO À SAÚDE • Compassar a velocidade do ensino; • com a hospitalização, incentivar as visitas; • aumentar a estimulação sensorial; • com a confusão súbita, investigar a causa; • incentivarlevantar-se lentamente da posição de repouso PERDA SENSORIAL • Diminuição da acuidade visual; • Diminui habilidade de ouvir frequências mais altas por degeneração de células dos órgãos dos sentidos; • Não altera o número de papilas gustativas; • perda ou a diminuição da capacidade olfativa, por influenciarem no apetite e na boa alimentação. • Diminui ligeiramente capacidade de detectar os quatro paladares primários • Diminuição da capacidade de focar objetos próximos ALTERAÇÕES • Visão: Capacidade diminuída de focalizar em objetos próximos; incapacidade de tolerar o ofuscamento; dificuldade de ajustar-se às alterações da intensidade da luz; capacidade diminuída de diferenciar as cores • Audição: Capacidade diminuída de ouvir sons de alta frequência; afilamento da membrana timpânica e perda de sua elasticidade • Paladar e olfato: Capacidade diminuída do paladar e olfato ACHADOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS • Segura objetos em pouco afastado da face, queixa-se de ofuscamento; visão noturna ruim. Confunde as cores. • Fornece resposta inadequada; pede às pessoas que repitam palavras; esforça-se para ouvir • Usa açúcar e sal em excesso ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO À SAÚDE • Usar óculos, usar óculos de sol quando em ambientes externos; evitar mudanças súbitas do escuro para o iluminado; usar iluminação adequada em ambientes fechados com luzes de área e luzes noturnas; usar lupa para a leitura. Evitar dirigir à noite; usar cores contrastantes para codificação por cores; evitar o ofuscamento de superfície brilhosa e a luz solar direta • Recomendar um exame da acuidade auditiva; reduzir o ruído ambiental; ficar de frente para a pessoa; pronunciar com clareza; falar com tom de voz baixo; usar indícios não verbais • Incentivar o uso de limão, condimentos, ervas Cuidado ao Idoso AULA 4 – TEORIAS DO ENVELHECIMENTO O envelhecimento biológico normalmente ocorre em resultado de um processo gradual, relacionado ao tempo, que se desenvolve à medida que os processos fisiológicos degenerativos superam os regenerativos. • O que são efeitos degenerativos e regenerativos? REGENERAÇÃO Construir novamente; desenvolver ou realizar outra vez. DEGENERAÇÃO Perda ou destruição de características originais; Diminuição, perda ou modificação das qualidades originais EXEMPLO ENVELHECIMENTO – BALANÇO ENVELHECIMENTO EXEMPLO POR QUE ENVELHECIMENTO? • Falar sobre biologia do envelhecimento é discutir fatos e hipóteses sobre a história evolutiva das Espécies • Biogerontologia – campo da ciência que tenta compreender os “como” e “porquês” da senescência. • Puramente observacional e biomédica em um primeiro momento, hoje encontra-se totalmente inserida no âmbito da pesquisa experimental, traduzindo-se em inúmeros ensaios sobre o que é o envelhecer. ENVELHECIMENTO BASEADO NO TEMPO? • a expressão do tempo em ritmos biológicos não implica o estabelecimento de padrões ou taxas de envelhecimento claramente identificáveis em todas as espécies e indivíduos • senescência: que pode ser definido como o conjunto de mudanças relacionadas com a idade capazes de afetar adversamente a vitalidade e funcionalidade dos organismos, porém, de modo mais significativo, mudanças que levem a um aumento da mortalidade em função do tempo. O QUE ACONTECE NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO? • não conhecemos todas as minúcias do processo de envelhecimento; o O conhecimento científico sobre as causas do envelhecimento é limitado ▪ as descobertas feitas ao longo do caminho tiveram e continuam tendo um tremendo impacto sobre a qualidade de vida na velhice: DEFINIÇÕES • O envelhecimento é universal, apesar de sofrer variações de indivíduo a indivíduo. O fenômeno do envelhecimento deve ocorrer em todos em uma mesma espécie • O envelhecimento deve ser intrínseco; as causas que dão origem a ele devem ser endógenas, não devem depender de fatores externos • O envelhecimento deve ser progressivo; os fenômenos que se expressam durante o envelhecimento devem ser progressivos ao longo do curso da vida • O envelhecimento deve ser deletério; os fenômenos associados ao envelhecimento somente serão considerados parte dele quando se traduzem de modo negativo para a espécie, ou seja, reduzindo sua funcionalidade. TEORIA DO ENVELHECIMENTO • Teorias biológicas • Teorias sociológicas • Teorias psicológicas TEORIAS BIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO • Estocáticas o Depende dos fatores externos • Sistêmicas o Envelhecimento programado Teoria estocásticas do envelhecimento: A organização intrínseca da célula está submetida a um contínuo e ininterrupto processo de diversos “ataques” aleatórios – estocásticos – que podem causar, em cada unidade, uma degradação. As teorias de cunho estocástico sugerem que fenômenos diversos oriundos dessa desordem promoveriam erros em diversos segmentos orgânicos, provocando um declínio fisiológico e estrutural progressivo. Teoria da mutação somática e do dano ao DNA a ideia principal é que fatores orgânicos poderiam causar alterações específicas na composição do DNA e nas células somáticas. Falha na reparação ou anomalias existentes promoveriam “golpes” aleatórios que comprometeriam a expressão de grandes regiões cromossômicas ou mesmo cromossomos inteiros teoria do erro catastrófico a teoria do erro catastrófico apresenta que, ao longo dos anos, erros aleatórios e constantes poderiam construir alterações drásticas nas atividades enzimáticas, levando à limitação do funcionamento celular e, em nível macro, de todo o organismo teorias genéticas As teorias genéticas afirmam que modificações na expressão gênica seriam responsáveis pelas alterações observadas nas células senescentes Teorias dos radicais livres Algumas moléculas no interior da célula reagem de forma violenta quando entram em contato com o oxigênio. Elas soltam-se da célula tornando-se fragmentos instáveis. Esses componentes moleculares altamente reativos são chamados de radicais livres • Radica livres tentam ligar-se a outras moléculas dentro de células saudáveis influenciando de forma negativa o funcionamento celular normal, e possivelmente, causando danos ao DNA Teorias sistêmicas do envelhecimento As teorias sistêmicas tentam, de certa forma, agrupar o processo de envelhecimento de maneira encadeada e organizada. Para este conjunto de teorias, o envelhecimento estaria relacionado com o declínio dos sistemas orgânicos desencadeado pela inabilidade de comunicação e adaptação inter e intracelular do ser vivente com o ambiente em que ele vive. Incluo sistemas: • Neuroendócrino • Neuroendócrino imunológica medicamentos adoção de estilo de vida saudável políticas públicas para o segento idoso da população Teoria neuroendócrina • O sistema neuroendócrino tem funções que buscam manter o organismo em um estado "ótimo “para a reprodução e para a sobrevivência, sendo essenciais na coordenação da comunicação intersistêmica e no controle das respostas dos sistemas fisiológicos aos estímulos ambientais. • Um princípio dessa teoria é de que o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal funciona como um sistema regulador. Observando as contínuas mudanças ambientais, esse sistema reúne os ajustes para a homeostase e sinaliza o início e o término de cada estágio da vida. ADRENAL Adrenalina e noradrenalina, catecolaminas atuam como neurotransmissores da divisão simpática do SNA e respondem aos estresses internos e externos por ajustes em vários sistemas. Os hormônios do córtex adrenal são importantes para algumas características sexuais secundárias; osglicocorticoides, para a regulação do metabolismo lipídico, proteico e dos carboidratos e, ainda, os mineralocorticoides para a água e os eletrólitos. Os glicocorticoides e os hormônios esteroides ovarianos e testiculares são regulados pelo feedback positivo e negativo entre os hormônios- alvo e o controle central, sendo este último feito pela hipófise e pelo hipotálamo. O envelhecimento resulta da redução da competência adaptativa ao estresse, pois ocorreria uma diminuição da resposta simpática causada por três modificações: (1) diminuição do número de receptores de catecolaminas nos tecidos-alvo periféricos; (2) declínio nas heat shock proteins (proteínas de choque térmico), que aumentam a resistência ao estresse em várias espécies, inclusive a humana; (3) diminuição da competência das catecolaminas para induzir a produção dessas proteínas. • Déficit de feedback - algumas alterações características da senescência. Teorias imunológicas Redução quantitativa e qualitativa de linfócitos (resposta imune) pode ser devida á involução e envelhecimento do timo: Maior incidência de doenças infecciosas e neoplásicas associadas às alterações da imunidade uma das grandes características do envelhecimento biológico é a perda gradativa da habilidade orgânica no manejo contra agentes estressores endógenos e exógenos MODIFICAÇÕES DO ENVELHECER • Prejuízo na cicatrização => pele; • Diminuição na percepção sensorial; • Diminui a produção de suor; • Diminui o crescimento capilar do couro cabeludo e axilares e aumenta a perda capilar. • Crescimento da unha diminui 50% a partir dos 30 anos; • Mudança na opacidade, cor, rachaduras longitudinais e sulcos são considerados normais nas unhas; • Aumenta o crescimento de pelos nas orelhas, narinas e sobrancelhas. MODIFICAÇÕES NA AUDIÇÃO E PALADAR • Diminui habilidade de ouvir frequências mais altas por degeneração de células dos órgãos dos sentidos; • Não altera o número de papilas gustativas; • perda ou a diminuição da capacidade olfativa, por influenciarem no apetite e na boa alimentação. • Diminui ligeiramente capacidade de detectar os quatro paladares primários MODIFICAÇÕES NA VISÃO E NA POSTURA • Diminuição da capacidade de focar objetos próximos • Diminuição da acuidade visual; • Perda de altura (microfraturas- osteoporose); • Menos água no corpo; • Perda de massa muscular; • As vezes menos peso corporal total ALTERAÇÕES ORGÂNICAS • Órgãos internos diminuem de tamanho; • Diminuição da água corporal; Mais susceptíveis a complicações graves relacionadas à perda de líquidos e maior dificuldade à rápida reposição do volume perdido. • Gasto de energia diária diminui com idade; • menos massa muscular = menos força muscular. ENVELHECIMENTO SOCIAL • Processo lento de perda de contatos; • Ausência de relacionamentos interpessoais; • Não consegue estabelecer uma relação: Se comunica menos, é distanciado socialmente e tem seus problemas “resolvidos” pelos mais jovens.... O envelhecimento não pode ser modulado • milhares de reações orgânicas ocorrem em um indivíduo em senescência • Até o momento presente não há nenhuma evidência científica ou método terapêutico comprovadamente eficaz para interromper ou reverter o envelhecimento humano Cuidado ao Idoso AULA 5 – DEMÊNCIAS Síndrome com múltiplas etiologias, onde ocorre o declínio cognitivo persistente, independente de alteração no nível de consciência, interferindo nas atividades (ex: sociais e profissionais). Memória, raciocínio, linguagem, comportamento e alterando a própria personalidade. Mais comuns: Alzheimer; Demência vascular e Demência com corpúsculos de Lewy. Epidemiologia • Após os 60 anos: dobra a cada 5 anos de idade • Após 85 anos: 25-45% dos idosos da comunidade TIPOS DE DEMÊNCIAS Reversíveis: • Ex: Tumores Cerebrais • Baixos níveis de vit. B12 • Medicamentos, álcool... Irreversíveis • Ex: Alzheimer; Demências com córpulos de Levy; Demência vascular CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS Declínio cognitivo importante em 1 ou mais domínios cognitivos: • Queixa do paciente ou acompanhante • Alterações em testes cognitivos ⊗ Prejuízos em testes funcionais: AIVD, ABVD ⊗ Exclusão de delirium e doenças psiquiátricas DIAGNÓSTICO É CLÍNICO!! (ANAMNESE+FUNÇÃO COGNITIVA) DOMÍNIOS COGNITIVOS • Linguagem • Atenção complexa • Memória aprendizagem • Perceptormotor • Cognição social • Função executiva CLASSIFICAÇÃO DA DEMENCIA • Leve • Moderada • Grave ALZHEIMER • Doença neurológica degenerativa progressiva e irreversível; • Insidiosa, caracterizando-se por perdas graduais da função cognitiva e por distúrbios no comportamento e afeto; • Mais comum em mulheres; estima-se que existam no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas com Alzheimer. No Brasil, há cerca de 1,2 milhão de casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico (DADOS: ABRAz) • Descrita pela primeira vez por Alois Alzheimer em 1907 FATORES DE RISCO • Histórico familiar • Sedentarismo; Tabagismo; • Hipertensão arterial; Diabetes mellitus; • Colesterol e/ou triglicerídeos elevados; • Depressão após os 50 anos de idade Quanto Maior for a estimulação cerebral da pessoa, maior será o número de conexões criadas entre os neurônios. Esses novos caminhos criados ampliam a possibilidade de contornar as lesões cerebrais, sendo necessária uma maior perda de neurônios para que os sintomas de demência comecem a aparecer. Por isso, uma maneira de retardar o processo da doença é a estimulação cognitiva constante e diversificada ao longo da vida. TIPOS DA de início Tardio: • Início tardio; • Relacionada ao envelhecimento; • Complexidade; DA familiar ou DA de início precoce • Representa de 1 a 6% dos casos; • Componentes genéticos (transmissão autossômica dominante) FISIOPATOLOGIA perda de neurónios e sinapses no cortéx cerebrall e em determinadas áreas subcorticais. • perda provoca a atrofia das áreas afetadas Os emaranhados neuro fibrilares são alterações intracelulares verificadas no citoplasma dos neurônios, sobretudo dos neurônios do córtex cerebral. Os emaranhados são formados principalmente pela proteína TAU Placas senis são formadas pelo depósito de uma proteína (beta-amiloide), MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Esquecimento e perda de memória sutil, como pequenas dificuldades nas atividades de trabalho ou sociais. • O esquecimento manifesta-se em muitas ações diárias com a progressão da doença ( ex: o cliente perde-se em um ambiente familiar ou repete as mesmas histórias) • Conversa difícil, Comportamento impulsivo • Agitado; Atividade física aumenta (ex: perambula a noite); • Em casos extremos: Assistência para a maioria das atividades, ex: alimentação e higiene íntima, devido ao desenvolvimento de disfagia e incontinência • Pode durar meses ou anos, durante os quais o cliente geralmente fica imóvel e necessita de cuidado total • Costuma sofrer de complicações de pneumonia, desnutrição ou desidratação SINTOMAS DO ALZHEIMER • Esquecimento de acontecimentos recentes • Evocações de lembranças antigas • Repetição constante de histórias • Confusão e alterações de humor • Perambulação • Alucinações e delírios • Comprometimento da orientação no tempo e espaço • Redução da capacidade de realizar julgamentos e tomar decisões • Dificuldade em reconhecer pessoas próximas • Empecilhos para se comunicar e realizar atividades da vida diária (alimentação, higiene) ESTÁGIOS DO ALZHEIMER 1. Pré-clínico: silencioso; sem perda cognitiva observável; 2. Transtorno cognitivo leve: primeiras evidências de perda cognitiva;3. Forma leve: esquecimentos; familiares e amigos notam o problema; 4. Forma moderada: confusão mental; agitação; ansiedade; apatia; 5. Forma moderadamente grave: não consegue lidar com afazeres pessoais; desorientação no tempo e espaço; dependência; 6. Forma grave: necessita de cuidados em tempo integral; incontinência urinária e fecal; delírios; obsessões; frequentemente requer internação; 7. Forma muito grave: perda da fala; incapacidade de locomoção; perda da consciência. DIAGNÓSTICO • Clínico; • Excluir outras causas de demência ou as causas reversíveis de confusão, como outros tipos de demência, depressão, delírio, abuso de álcool ou drogas, ou dosagem inadequada de medicamentos/ intoxicação medicamentosa; • Exames de sangue e de imagem, como tomografia ou, preferencialmente, ressonância magnética do crânio, devem ser realizados para excluir a possibilidade de outras doenças CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DSM-IV PARA DEMÊNCIA DO TIPO ALZHEIMER A. Desenvolvimento de múltiplos déficits cognitivos manifestados tanto por A1 quanto por A2: 1. Comprometimento da memória (capacidade prejudicada de aprender novas informações ou recordar informações anteriormente aprendidas) 2. Uma (ou mais) das seguintes perturbações cognitivas: • afasia (perturbação da linguagem) • apraxia (capacidade prejudicada de executar atividades motoras, apesar de um funcionamento motor intacto) • agnosia (incapacidade de reconhecer ou identificar objetos, apesar de um funcionamento sensorial intacto) • perturbação do funcionamento executivo (i. e., planejamento, organização e sequenciamento), abstração B. O curso caracteriza-se por um início gradual e um declínio cognitivo contínuo C. Os déficits cognitivos nos critérios A1 e A2 não se devem a nenhum dos seguintes fatores: 1. Outras condições do sistema nervoso central que causam déficits progressivos na memória e cognição (p. ex., doença cerebrovascular, doença de Parkinson, doença de Huntington, hematoma subdural, hidrocefalia de pressão normal, tumor cerebral) 2. Condições sistêmicas que comprovadamente causam demência (p. ex., hipotireoidismo, deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico, deficiência de niacina, hipercalcemia, neurossífilis, infecção com HIV) 3. Condições induzidas por substâncias D. Os déficits não ocorrem exclusivamente durante o curso de um delirium E. A perturbação não é mais bem explicada por um outro transtorno do eixo I (p. ex., esquizofrenia). PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO Diagnóstico de exclusão: uma história clínica detalhada, a confirmação por parte dos familiares mais próximos e a avaliação do estado mental podem alcançar uma precisão de diagnóstico de até 90% dos casos da DA, aproximadamente. Apesar disso, é consenso que uma investigação propedêutica deva ser realizada rotineiramente para auxiliar no esclarecimento do diagnóstico. • História: Medicamentos, hábitos, familiar, cronologia dos fatos, nível educacional, hobbies, personalidade • Exames físico e neurológico: Insuficientes para o diagnóstico da DA. • Avaliação do estado mental: testes cognitivos a serem incluídos na avaliação rotineira devem, idealmente: curtos; de fácil manuseio, de aplicação simples e rápida; apropriados para qualquer ambiente propiciar o reconhecimento efetivo dos sinais e dos sintomas precoces de demências. Miniexame do estado mental (MEEM) MINIEXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM) • Permite avaliar de forma rápida a função cognitiva de uma pessoa; • Como fazer?????????? • Como calcular o resultado: Para saber o resultado do teste deve-se somar todos os pontos obtidos durante o teste e depois comparar com os intervalos abaixo. A pessoa é considerada com alteração cognitiva quando a pontuação é igual ou inferior a: o Em analfabetos: 18; Em pessoas com escolaridade entre 1 a 3 anos: 21; o Em pessoas com escolaridade entre 4 a 7 anos: 24 o Em pessoas com mais de 7 anos de escolaridade: 26. 1. Orientação • Em que ano estamos? Em que mês estamos? • Em que dia do mês estamos? Em que estação do ano estamos? • Em que dia da semana estamos? Em que país estamos? • Em que estado/distrito você mora? Onde você mora? • Onde estamos agora? Em que piso estamos? Por cada resposta certa, deve atribuir-se 1 ponto 2. Retenção • Para avaliar a retenção deve-se dizer 3 palavras diferentes para a pessoa, como "Pêra", "Gato" ou "Bola" e pedir para que a pessoa as decore. Passados alguns minutos deve-se pedir à pessoa para repetir as 3 palavras e, por cada palavra correta, deve-se dar 1 ponto 3. Atenção e cálculo • A atenção e o cálculo podem ser avaliados através de uma técnica simples que consiste em pedir à pessoa para ir contando desde 30 para trás, subtraindo sempre 3 números. Deve-se pedir pelo menos 5 números, e por cada certo atribuir 1 ponto. 4. Evocação • Esta avaliação só deve ser feita se a pessoa se lembrou das 3 palavras no teste da "retenção". Nesse caso, deve-se pedir para que a pessoa volte a dizer as 3 palavras. Por cada palavra certa deve dar-se 1 ponto. 5. Linguagem Neste grupo deve-se fazer várias questões: a) Mostrar o relógio de pulso e perguntar “como se chama isso”? b) Mostrar um lápis e perguntar “como se chama isto”? c) Pedir para a pessoa repetir a frase "O rato rói a rolha" d) Pedir para a pessoa seguir as ordens "Vou dar-lhe um papel. Quando eu lhe entregar o papel, pegue nele com a mão direita, dobre- o ao meio e coloque-o no chão". Dar 1 ponto por cada ação bem executada: pegar com a mão direita, dobrar o papel e colocar no chão. e) Mostrar um cartão com algo escrito para a pessoa e pedir para que leia e faça a ordem simples que está no cartão. A ordem pode ser "Feche os olhos" ou "Abra a boca", por exemplo. Dar 1 ponto caso a pessoa faça corretamente. f) Pedir à pessoa para escrever uma frase. A frase deve conter pelo menos 1 sujeito, 1 verbo e fazer sentido. Deve dar-se 1 ponto caso a frase esteja certa. Erros gramaticais ou de escrita não devem ser considerados. Copie esse desenho: Para considerar a cópia do desenho correta os 10 ângulos devem estar presentes e as imagens devem se cruzar em 2 pontos, devendo-se atribuir 1 ponto, caso isso aconteça. TRATAMENTO Não dispomos de medicamentos capazes de interromper ou modificar o curso da DA nem sequer de impedir a sua eclosão. Mesmo assim, muito pode ser feito pelo paciente e por seus familiares; em outras palavras, embora ainda incurável, a DA é tratável. As metas primárias do tratamento da DA são: melhorar a qualidade de vida, maximizar o desempenho funcional dos pacientes e promover o mais alto grau de autonomia factível pelo maior tempo possível em cada um dos estágios da doença, ou seja, prover eficácia sustentada ao longo do tempo. Farmacológico e não farmacológico Não farmacológico: • a identificação e o tratamento das condições clínicas passíveis de exacerbar o quadro clínico • manutenção de um estado nutricional adequado • esclarecimento aos familiares e aos pacientes sobre os objetivos e as limitações do tratamento • informação e a identificação de suportes psicossociais e comunitários disponíveis tanto para o paciente quanto para os familiares e os cuidadores • o planejamento de um ambiente favorável e livre de conflitos e a sugestão de adaptações ambientais necessárias. Acetilcolina: diminuído na doença de Alzheimer (DA) ou por diminuição de produção ou por excessiva destruição pela ação da enzima acetilcolinesterase. Uso de agonistas (estimuladores) colinérgicos ou por anticolinesterásicos, ambos aumentando a atividade colinérgica. DEMÊNCIA POR CORPÚSCULOS DE LEWY Demência com corpos de Lewy (DCL) é uma síndrome degenerativa,caracterizada clinicamente por sintomas cognitivos, motores, psiquiátricos e autonômicos; • Idiopática; • Placas senis neuríticas são observadas; Os emaranhados neurofibrilares são menos frequentes. • Presença dos corpúsculos de Lewy MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS As manifestações clínicas na DCL incluem, além do comprometimento cognitivo, sintomas psiquiátricos (alucinações, alterações de comportamento, depressão, apatia, ansiedade), neurológicos (parkinsonismo, distúrbios do sono, falência autonômica) e clínicos (síncope, hipotensão postural, quedas, incontinência urinária, constipação intestinal). Ocorre em idades mais avançadas, com duração média da doença variando de 6 a 10 anos. Progressão dos sintomas é geralmente mais rápida do que na DA DIAGNÓSTICO ⊗ TC e RM ajudam a identificar degeneração de algumas partes do cérebro, eles não conseguem identificar os corpos de Lewy, que só podem ser observados após a morte; ⊗ Aproximação com outros quadros demenciais. QUADRO CLÍNICO Comprometimento cognitivo: • Déficits de memória, déficits de atenção. Flutuações • Paciente vai do estado de alerta ao estado de pouca interação. • Sonolência • Alucinações visuais Disfunção autonômica • Hipotensão ortostática; • Incontinência; • Sincope TRATAMENTO Antipsicóticos, como Quetiapina ou Olanzapina: permitem reduzir a frequência das alucinações, porém, podem provocar vários efeitos secundários ou piorar o estado geral da pessoa e, por isso, quando utilizados, devem ser constantemente avaliados por um médico; Memória, como Donepezila ou Rivastigmina: aumentam a produção de neurotransmissores no cérebro, podendo melhorar a concentração, a memória e reduzindo o surgimento de alucinações e outros problemas de comportamento Melhorar a motricidade, como Carbidopa e Levodopa, muito utilizados no Parkinson: diminuem sintomas motores como os tremores, rigidez muscular ou lentidão de movimentos. No entanto, podem piorar as alucinações e a confusão, podendo, por isso, ser associados a remédios para a memória; Antidepressivos, como Sertralina ou Citalopam: utilizados para melhorar sintomas depressivos, além de ajudar a controlar o comportamento e regular o sono; Tratamento multidisciplinar e terapias alternativas DEMÊNCIA VASCULAR • Também conhecida como multi- infarto • mais abrupto que a DA, e caracteriza-se por um declínio gradual e desigual da função mental associado a um incidente vascular, como um acidente vascular cerebral subclínico. Sintomas variam de acordo com a região afetada; Está associada à hipertensão e à doença cardiovascular, há semelhança entre os fatores de risco. A prevenção e o tratamento também são semelhantes. Por conseguinte, as medidas para diminuir a pressão arterial e os níveis de colesterol menores podem evitar os futuros mini infartos. FATORES DE RISCO • Histórico de ataque isquêmico transitório • Pequenos infartos cerebrais que não deixam sequelas • Infarto do miocárdio • Obstrução de carótidas • Arritmias cardíacas, como fibrilação atrial DIAGNOSTICO E TRATAMENTO DA DEMÊNCIA VASCULAR • O diagnóstico de DV é feito com base no quadro clínico e em exames complementares de neuroimagem • Prevenção de novas lesões cerebrovasculares por exemplo usando anti-hipertensivos e antitrombóticos quando necessário; • Adequação do ambiente para as dificuldades do idoso e; • Mobilização da família e dos cuidadores. QUADRO CLÍNICO • C1: Alterações abruptas das funções cognitivas • C2: Curso flutuante: período estável seguido de piora abrupta • C3: Distúrbios de marcha: dificuldade na deambulação e quedas frequentes • C4: Incontinência: urinária e fecal • C5: Alterações no exame neurológico: hemiparesia e déficits sensoriais TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO • Alimentação saudável • Eliminar o tabagismo • Controle de hipertensão e diabetes • Tratar o colesterol elevado • Praticar atividade física • Realizar fisioterapia, se necessário MEDICAMENTOSO • Antiplaquetário • Antidepressivo ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NAS DEMÊNCIAS o Promover a segurança física do paciente o Promover a independência nas atividades de autocuidado, reduzir a ansiedade e a agitação, melhorar a comunicação, prover a socialização e intimidade, promover a nutrição adequada, promover a atividade e repouso balanceados e apoiar e educar os cuidadores da família. Suporte para a Função Cognitiva: o Orientação sobre a função cognitiva; o Com o tempo, maior assistência e supervisão. Promoção da Segurança Física: o Ambiente seguro; o Em casos graves: andar com algo que identifique o indivíduo. Promoção da Independência nas Atividades de Autocuidado o Os pacientes devem ser assistidos a permanecer funcionalmente independentes pelo maior intervalo de tempo possível Redução da Ansiedade e a Agitação: o Os pacientes precisam de suporte emocional constante que reforce uma autoimagem positiva. o Orientar sobre um ambiente sem ruido. Melhora da Comunicação o O uso de frases claras e de fácil compreensão para transmitir as mensagens é essencial porque os pacientes em geral esquecem o significado das palavras ou têm dificuldade de organizar e expressar os pensamentos. Provimento de Medidas para Atender às Necessidades de Socialização e Intimidade o Incentivar recreação; o Distrações, hobbies. Promoção da Nutrição Adequada o Incentivar os momentos juntos para a alimentação; o Avaliar a necessidade de auxílio; Promoção da Atividade e o Repouso Balanceados o Muitos pacientes com demência exibem transtornos do sono, perambulação e comportamentos que podem ser considerados inadequados. Apoio ao Cuidado Domiciliar e Comunitário o Os sentimentos de culpa, nervosismo e preocupação contribuem para a fadiga do cuidador, depressão e disfunção familiar. EXERCÍCIO A respeito da doença de Alzheimer, assinale a afirmativa correta. a) No início da doença, problemas motores e de marcha são comuns b) Na Doença de Alzheimer, alterações de humor não são comuns. c) As tarefas cotidianas e familiares não costumam ser prejudicadas. d) Não têm ocorrido avanços significativos no diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer. e) Exercícios de lógica, jogos mentais e exercícios físicos podem contribuir para o tratamento A doença de Alzheimer requer do enfermeiro conhecimentos específicos, a fim de assegurar uma assistência de qualidade. O profissional deve saber que essa doença neurológica a) é caracterizada por perdas graduais da função cognitiva e por distúrbios comportamentais e afetivos. b) é degenerativa, reversível e progressiva, com distúrbios comportamentais. c) tem início rápido e progressivo, ocasionando perda da memória e, paradoxalmente, facilidade de pensamento abstrato. d) estimula a capacidade em formular conceitos e de pensar de forma abstrata, porém, com a presença de comportamentos impulsivos. e) provoca declínio desigual e acentuado na função mental associada a um incidente vascular, e é também chamada de Demência Vascular. ATIVIDADE Fazer mapa mental: o Doença de Alzheimer o Demência com corpos de lewys o Demência vascular Cuidado ao Idoso AULA 6 – VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA Definição: não é algo novo; crescimento exorbitante • É imprescindível, entretanto considerar que a violência que se abate contra o idoso se restringe à sua relação com causas de óbito. O fenômeno se expressa, também, com agressões sofridas no seio da própria família, abandono em asilos, perda de direitos próprios ao exercício da cidadania, preconceitoe, em última instância, ostracismo e exclusão social. Tipos de violência: • Violência física: utiliza a força física para obrigar o idoso a fazer o que não se deseja e, desta forma ferir, provocar dor, dano ou morte • Violência psicológica: diz respeito as agressões verbais ou gestuais, com o intuito de amedrontar e coagir, humilhar, impedir a liberdade e privar com convívio social • Violência sexual: refere-se ao ato sexual, homo ou heterossexual, sem consentimento da pessoa, e visa excitação, a relação sexual ou às práticas eróticas, por meio de ameaças e agressões física. • Violência financeira: corresponde à exploração ao uso do consentido dos recursos financeiros e patrimoniais do idoso, comum no meio familiar. Negligência: diz respeito a recusa ou à omissão de cuidados adequados e primordiais por partes dos responsáveis legais, familiares e institucionais. Esse é o tipo de violência mais comum no brasil e geralmente, associa-se a outros tipos de violência física e psicológica. “um ato único ou repetido, ou falta de ação apropriada, ocorrendo em qualquer relacionamento onde exista uma expectativa de confiança que cause dano ou sofrimento a uma pessoa idosa” – definição: OMS Pode divergir em culturas diferentes – vulnerabilidade DADOS Estudo: lancet global Health (2017) – OMS • Quase 16% das pessoas com 60 anos ou mais foram submetidas a abusos psicológicos, abusos financeiros, negligência, abusos físicos ou abusos sexuais • A pesquisa se baseia nas melhores evidencias disponíveis de 52 estudos em 28 países de diferentes regiões, incluindo 12 países de baixa e média renda • Violência intrafamiliar Caso: não são corretamente diagnosticados: • Falta de informação e preparo dos profissionais de saúde para enfrentar esses eventos • Descrédito para os relatos dos idosos por parte dos familiares e destes profissionais • Constrangimento do idoso em acusar pessoas de sua família O contexto familiar da violência contra a pessoa idosa e o impacto na saúde • Violência familiar: ocorre quando há laços entre a vítima e o agressor. Pode ser dentro ou fora do domicílio da vítima. • Violência doméstica: implica em proximidade com a vítima, não exatamente ligada a laços de parentesco, podendo assim ser exercida por pessoas que compartilham o espaço doméstico, como empregados, agregados e visitantes Os homens sofrem mais violência que levam a óbito e tornam-se visíveis nos índices de mortalidade. Em outros segmentos, porém, sobretudo o de criança, adolescente, mulher e idoso, as violências não resultam necessariamente em óbito, mas repercutem, em sua maioria, no perfil de morbidade, devido ao seu impacto sobre a saúde IMPACTOS NA SAÚDE • Consequências o Depressão o Déficit cognitivo o Incapacidade funcional o Suicídio • Fatores relacionados ao suicídio o Isolamento social o Ser negligente em sua situação social ou de saúde o Ser acometido por doenças graves o Possuir deficiências e/ou transtornos mentais o Ter sintomas depressivos o Conflitos familiares e conjugais TEORIAS A teoria situacional: identificar um ambiente propício ao abuso a partir de um cuidador sobrecarregado que não consegue prover as necessidades do individuo idoso A teoria de trocas explica o quanto a interdependência do idoso e seu agressor está relacionado com táticas e respostas estabelecidas há muito na vida familiar A teoria de aprendizado social identifica o abuso como um comportamento aprendido, influenciado pelo comportamento no ambiente propício Teoria econômica política focaliza o abuso nos desafios enfrentados pelos idoso quando estes perdem seu papel social e passam a depender de outros para seu bem-estar. Teoria da psicopatologia do cuidador: examinar o papel do cuidador portador de um problema de saúde mental colocando os idosos em uma situação de risco de abuso. FATORES DE RISCO • Idoso é dependente físico ou mental • É um idoso que é isolado socialmente • Idoso entra em situações de conflitos com o cuidador • Cuidador desempregado/falta de capacitação • Agressor é dependente economicamente • Cuidador é usuário de drogas lícitas ou ilícitas • Cuidador com algum problema de saúde • Cuidador com altos níveis de estresse SINAIS DE ALERTA • Ter medo de um familiar ou de um cuidador profissional • Não responder quando se pergunta, ou olha para o cuidador/familiar antes de responder • Manifesta sentimento de solidão, diz que precisa amigos, família, dinheiro, etc. • Expressa frases que indicam baixa autoestima “não sirvo pra nada”, “só estou incomodando” • Seu comportamento muda quando o cuidador/familiar entra ou sai do espaço físico onde se encontra • Mostra exagerado respeito ao cuidador/familiar. Sinais de que o cuidador pode ser um possível agressor: • Apresenta um importante nível de estresse ou sobrecarga nos cuidados com a pessoa idosa • Dificulta ou evita que o profissional e a pessoa idosa conversem em particular • Insiste em contestar as perguntas dirigidas à pessoa idosa • Põe obstáculos para que se proporcione com domicílio a assistência necessária à pessoa idosa • Não está satisfeito em cuidar da pessoa idosa • Mostra descontrole emocional, fica sempre na defensiva • Mostra-se excessivamente “controlador” nas atividades que a pessoa idosa realiza na vida cotidiana • Culpabiliza o idoso por tudo que acontece, inclusive pelas suas condições de saúde No estatuto do idoso (Lei n° 10.741, de 1° de outubro de 2003) Disposições preliminares: • Art. 4° nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligencia, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei Capitulo II (do direito à liberdade, ao respeito e à dignidade) • § 3° É dever de todos zelar pela dignidade do idoso, colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. CAPÍTULO IV – do direito à saúde • Art. 19 os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra idosos serão objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde público e privados à autoridade sanitária, bem como serão obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos: I. Autoridade policial II. Ministério público III. Conselho municipal do idoso IV. Conselho estadual do idoso V. Conselho nacional do idoso • § 1° para os efeitos desta lei, considera-se violência contra o idoso qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico • § 2° aplica-se, no que couber, à notificação compulsória prevista no caput deste artigo, o disposto na lei n° 6.259, de 30 de outubro de 1975 e o ministério da saúde / SUS? • Violência intrafamiliar: orientações para a prática em serviço • Caderno de atenção básica n°19: envelhecimento e saúde da pessoa idosa (2006) • Política nacional de redução da morbimortalidade por acidentes e violências. • Valorizar a capacitação do profissional Para o profissional: • O idoso não tem forças para sair do ciclo de violência • O profissional tem acesso ao idoso: atuamos prevendo sinais e na abordagem: Ex: visita domiciliar • Necessidade de capacitação Dificuldade para o profissional: • Falta de informação adequada para identificar corretamente os sinais, os indicadores e os procedimentos adequados para a intervenção na violência contra a pessoa idosa • Ausência de protocolos para a detecção, avaliação e intervenção nas situações de VCPI • Ausência de meios adequadospara diagnosticar de forma diferencial a violência quando se apresentar lesões e traumatismo ou quando do aparecimento de desidratação, desnutrição, hipotermia ou quedas. • Acreditar no mito de que a família sempre proporciona apoio e amor aos idosos. A existência deste mito impede que os profissionais considerem possíveis situações abusivas • Medo de que a pessoa responsável pelo idoso tome represálias contra a pessoa idosa. • Não querer envolver-se com questões legais • Inexistência ou desconhecimento de recursos disponíveis • Sentir-se impotente mediante as situações de violência • Não dispor de tempo necessário para a realização de uma avaliação minuciosa da situação • Manter determinadas atitudes, tais como: ambivalência: pensar, por exemplo: “roupa suja se lava em casa”; tendencia a culpar a pessoa idosa pelo que está passando: “ela deve estar pagando o que fez na vida” ou “não é fácil cuidar de pessoa idosa”; acreditar que se a vítima quisesse, ela poderia ter saído da situação sozinha. Durante a visita domiciliar: • é importante para as equipes de saúde da família: o identificar outras formas de violência como a violência institucional, que pode ocorrer nas instituições de longa permanência para pessoas idosas (ILPI) (antigos asilos), nos serviços de saúde, e demais instituições situadas na área de atuação da equipe o cabe a elas a identificação dos casos suspeitos ou conformados de violência, notificando-se; bem como a promoção de ações de prevenção dessas violências, por meio de educação em saúde com familiares e estimulando uma rede de proteção à pessoa idosa o promover e estimular a cultura da paz e promoção da saúde, estimulando hábitos e comportamentos saudáveis, como também propor estratégias intersetoriais que busquem ambientes e entornos seguros • orientar para a importância da denúncia: (podem se negar, podem não querer) Atenção as pessoas idosas em situação de violência • utilizar linguagem adequada em nível sociocultural da pessoa idosa atendida, a fim de tornas a comunicação mais eficiente, possibilitando ao idoso que compreenda adequadamente a principal mensagem a ser repassada • realiza o atendimento em ambiente seguro, no qual haja privacidade e segurança das informações a serem repassadas • estabelecer sempre uma relação empática – colocando-se no lugar do outro – favorecendo que o idoso se sinta compreendido e sinta-se compreendido e confiante em expor o que realmente lhe preocupa considerando a vulnerabilidade do idoso, cabe ao profissional dar o primeiro passo • não emitir juízo de valor ou julgamentos sobre as crenças ou percepções da pessoa idosa. • Mantenha uma boa postura de aproximação com a pessoa idosa • Observe aspectos de comunicação não verbal, tais como a expressão facial, o tom de voz, o contato visual • Demostre atenção e receptividade às informações trazidas pelo idoso • Repita ideias expressadas pelo idoso com as mesmas palavras que ele utilizou (ou as mais próximas possíveis) para compreender melhor a informação relatada • Evite fazer perguntas que possam denotar tom de acusatório. Seus questionamentos devem propiciar um clima de escuta e confiança • Não emita juízos de valor sobre as pessoas e demonstre sensibilidade diante das necessidades de todos os membros da família • Utilize um tom de voz sereno, sem demonstrar surpresa, cansaço ou rejeição ao discurso trazido pelo idoso. FERRAMENTAS DE ATUAÇÃO • Projeto terapêutico singular • Visita domiciliar • Entrevista familiar Fases da entrevista familiar: • Cumprimento • Entendimento • Discussão • Identificar • Estabelecer a primeira fase da entrevista é a dos cumprimentos, tem uma duração aproximada de 5 minutos. É a etapa de identificação, observar as pessoas no espaço da entrevista e falar com cada membro da família ou presentes no atendimento a segunda fase da entrevista é a do entendimento da situação, dura aproximadamente 5 minutos. Deve-se solicitar a cada pessoa que deseja falar que explique suas preocupações. Cada preocupação deve se tornar clara, realística e concisa. Deve-se acrescentar as preocupações que pensamos ser necessárias em relação aos cuidados, além de priorizar os objetivos e observar se existem conflito. A terceira fase é discussão, dura aproximadamente 15 minutos, deve-se solicitar que cada pessoa mostre seu ponto de vista, encorajando a família a perguntar, questionando-os como já lidaram com os problemas em situações anteriores A fase de identificar recursos, dura aproximadamente 10 minutos. Nela, identifica-se os pontos fortes da família, os recursos de saúde de que as pessoas dispõem e os recursos comunitários A fase do estabelecimento de plano dura aproximadamente 10 minutos. Solicita-se um plano da família; contribui-se quando necessário com informações profissionais ou aconselhamento; enfatizam-se as questões em comum; realizam-se combinações lembrando os objetivos de cuidado; questiona-se sobre dúvidas; remarca-se novo encontro se necessário, e se agradece a participação de todos. Na entrevista: avaliação focada em possíveis situações de risco. Isto não requer um aumento substancial de tempo. É preciso classificar e ordenar os possíveis fatores de riscos físicos, psicológicos, sociais e econômicos Avaliação física • Grau de dependência: necessita de ajudar para realizar a maioria das suas atividades de vida diária (vestir, tomar banho, alimentação) • Idade: tem mais de 75 anos? Quanto mais idade, maior o risco de dependência • Sono: altera o sono do resto da família? Levanta-se diversas vezes à noite? • Dor: tem alguma dor crônica que não esta sendo tratada de forma adequada? • Higiene pessoal: apresenta-se em condições satisfatórias de higiene? Tem forte odor? Suas roupas estão limpas ou muito velhas? • Alimentação: come bem? Perde peso frequentemente? • Quedas: a casa esta preparada para evitar quedas? Avaliação Psicológica: • Solidão: passa muitas horas sozinho? Tem horário diferente dos demais membros da família para alimentar, dormir ou realizar a higiene pessoal? • Comunicação: é incapaz de comunicar suas emoções, desejos, sentimentos? • Mostra-se inibido? Quando lhe é feita uma pergunta, olha para o cuidador antes de responder para observar a reação dele, como se tivesse “pedindo autorização” para poder responder? • Estado de ânimo: parece assustado, desconfiado, tímido, como medo? Chora com facilidade, muda de humor de forma inexplicável? • Intimidade: a sua intimidade é respeitada? • Autopercepção: diz que se sente maltratada? Expressa desgosto quando se refere a convivência com a família? Avaliação financeira: • Autonomia: necessita de ajuda para fazer uma compra ou vende seu patrimônio, controla sua conta bancária ou cartão de segurado? Administra seus recursos financeiros com total liberdade ou delega a uma outra pessoa para administrar esse assunto? • Condições de moradia: reside com algum membro da família sem ajuda economicamente? • Escassez de recursos: reclama que está sempre sem dinheiro? Avaliação do possível agressor • Tempo do cuidador: o cuidador esta na função há mais de dois anos? • Capacitação: a pessoa que cuida está capacitada para fazê-lo? Tem os conhecimentos, habilidades e atitudes precisas para realização da tarefa? • Divisão da tarefa: é o principal ou o único cuidador? há revezamento na tarefa? • Alteração da rotina de vida: foi necessário renunciar um trabalho, férias, estudo para ser o cuidador da pessoa idosa? Tem dificuldade de encontrar tempo para si mesmo? Está isolado, sem relacionamento social, absorvido pela responsabilidade de cuidar? •Alteração física e psicológica: apresenta sintomas de cansaço no exercício da tarefa? Tem sentimentos de desespero, de impotência, chora ou se irrita com facilidade quando fala do trabalho que realiza como cuidador? Tem problemas de saúde e sente que não pode cuidar de si porque está cuidando da pessoa idosa? Sofre de dores crônicas que não tem explicação orgânica? • Impacto econômico: realiza de forma gratuita a função? Tem dificuldades econômicas? • Relacionamento com a pessoa idosa: não se comunica com a pessoa idosa? Recebe da pessoa idosa sinais de agradecimento pelo trabalho que o cuidador presta? • Relação com os serviços públicos: permite que sejam realizadas visitas domiciliares? Dificulta a intervenção dos profissionais? • Saúde mental: tem problemas com o uso de substancias químicas? Tem antecedentes de problemas relacionados com saúde mental? Está passando por algum problema de ordem pessoal de extrema importância? Avaliação da presença de violência e maus tratos contra a pessoa idosa Segundo o caderno de atenção básica: Notificação Trabalho em rede: nas praticas dos serviços de saúde é essencial que a rede de atendimento à pessoa idosa se integre com a rede de serviços sociais nos vários níveis de complexidade, otimizando os centros de convivência, entre outros, para melhorar, a qualidade de vida da pessoa idosa e a capacidade funcional Finalizando... • Formação e capacitação de cuidadores de idoso • Oferecer apoio, inserindo-os na rede do SUS, auxiliando-os nos centrais de informações gerenciamento e propondo-lhes alternativas do cuidado, pois estes cuidadores poderiam melhorar a condição do idoso, constituindo-se em grandes parceiros para o sistema de saúde Cuidado ao Idoso AULA 7 – INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA E ADESÃO TERAPÊUTICA Avaliar se o perfil da medicação é excessivo ou desnecessário. A combinação de fármacos pode ser benéfica, apropriada e suportada por evidencia. A polifarmácia tem maior prevalência em pacientes com idade mais avançada, devido ao maior numero de doenças crônicas que se manifestam com o avanço da idade e de opções farmacológicas voltadas para essa faixa etária. Polifarmácia pode levar á: • Incidência de interações medicamentosas • Incidência de reação adversa á droga • Toxicidade cumulativa O que é interação medicamentosa? É um evento clinico em que os efeitos dos fármacos são alterados pela presença de outros fármacos, alimento, planta, bebida ou algum agente químico ambiental, ou seja, eles podem interagir entre si, com aumento ou diminuição de efeitos terapêuticos ou tóxico de um ou de outro. O que é farmacocinética? 1. Absorção 2. Distribuição 3. Metabolismo 4. Excreção As alterações na farmacocinética são responsáveis por modificações na disponibilidade de drogas, resultando em diferentes concentrações nos sítios de ação de determinado fármaco. Essas alterações podem resultar em altas concentrações da droga, ocasionando um aumento da resposta no órgão efetor. Ex: • Drogas hidrossolúveis: menos água... menor distribuição • Drogas lipossolúveis: alguns idosos tem maior gordura corporal, assim aumenta a distribuição. • Metabolismo de primeira passagem diminui, por conta da redução do fluxo hepático. Absorção: esvaziamento gástrico desacelerado, perda de motilidade intestinal e o aumento do pH gástrico. Distribuição: maior nível de gordura aumenta o volume de distribuição dos medicamentos altamente lipofílicos (aumenta também a meia vida) Ex: Diazepam Metabolismo: o metabolismo de primeira passagem também é afetado pelo envelhecimento, uma redução cerca de 1% ano após os 40 anos. Assim, para uma dada dose oral, os idosos podem ter níveis circulantes mais elevados de fármacos. Exemplo importante de medicamentos potencialmente tóxicos: propranolol e nifedipina. Excreção: perda de 30 a 40% de massa renal, diminuição dos 60% dos glomérulos, queda do fluxo sanguíneo, espessamento das paredes dos túbulos renais, queda de 30 a 40% da taxa de filtração glomerular (TFG). Decorrente a isso, efeito prolongado dos fármacos de excreção renal. Ex: vancomicina. O que é farmacodinâmica? Efeito(s) do fármaco no organismo, que, no paciente idoso, depende de alterações em mecanismos homeostático e de modificações em receptores e sítio de ação. Alteração do numero de receptores na afinidade dos receptores • A sensibilidade de fármacos varia em função do numero de receptores e da capacidade de ligação a eles • O envelhecimento influencia a interação de medicamentos e receptores, alterando consequentemente o padrão de resposta orgânica aos fármacos. Interações medicamentosas: A gravidade, prevalência e possíveis consequências das IM estão relacionadas a variáveis como condições clinicas dos indivíduos, número e características dos medicamentos. • Idoso: mau uso não intencional (ex: memória) • Ex: anti-inflamatórios não esteroidais (AINE), betabloqueadores, diuréticos, antilipidêmicos, depressões do sistema nervoso central são potencialmente interativos • As vezes conseguimos “prever”: prevenir eventos adversos decorrentes da combinação terapêutica. Intervenções • Realizar uma anamnese adequada, revisando antecedentes • Obter história medicamentosa completa, atentando para automedicação e associações medicamentosas • Simplificar o regime medicamentoso, quando possível • Adequar o esquema de administração às condições clínicas do paciente (insuficiência renal ou hepática, etc.) • Monitorizar cuidadosamente efeitos adversos • Dar orientações repetitivas e certificar-se de que o paciente as incorporou. Finalizando... • Contribuir na promoção do uso racional dos medicamentos • A educação dos usuários (automedicação- fitoterápicos) • A orientação acerca dos riscos das interrupções, troca, substituição ou inclusão de medicamentos sem conhecimento dos profissionais da saúde • O aprazamento criterioso dos horários da prescrição/receita médica, de modo a evitar a administração simultânea de medicamentos que podem interagir entre si ou com alimentos • O monitoramento de eventos adversos. ADERÊNCIA TERAPÊUTICA A organização mundial da saúde define aderência como adequação do indivíduo, como fazer dieta, exercícios e usar medicamentos, à recomendação médica. Já a aderência a medicamentos é entendida como a utilização dos medicamentos prescritos em pelo menos 80% do seu total, observando horários, doses e tempo de tratamento. • Complacência • Concordância • Persistência Adesão é um fenômeno multidimensional determinado pela interação de cinco fatores como dimensões, no qual os fatores relacionados ao paciente são apenas um determinante. Magnitude e custos... • A falta de adesão ao tratamento farmacológico, nas enfermidades crônicas, em países desenvolvidos, atinge cifras de ate 50% dos pacientes que recebem tratamento • Nos países em desenvolvimento bem como nos subdesenvolvidos essa cifra é bem maior, variando de acordo com o país e com a doença. Indivíduos... • Aderentes, indivíduos que seguem totalmente o tratamento • Desistentes, são aqueles que abandonam o tratamento • Persistente, dentro do grupo dos não- aderentes, que são aqueles indivíduos que ate comparecem às consultas, mas não seguem o tratamento. Método empregados para avaliação de aderência: • Subjetivos, como o relato do próprio paciente e do médico que prescreve ou outro o Problema do subjetivo: superestima! • Objetivos: contagem do medicamento residual, pela família; registro da dispensação pelo farmacêutico; dosagem química do medicamento ou de um marcador, no sangue ou
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