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AULA 8 - SAÚDE MENTAL E CUIDADO DE ENFERMAGEM EM PSIQUIATRIA (crises psiquiatricas)

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Saúde mental e cuidados 
de enfermagem em 
psiquiatria 
AULA 7 – CRISES PSIQUIATRICAS 
O atendimento aos portadores de quadros agudos, 
de natureza clínica, traumática ou psiquiátrica, deve 
ser prestado por todas as portas de entradas do SUS. 
 
Emergência psiquiátrica 
Distúrbio do pensamento, sentimentos ou ações que 
envolvem risco de vida ou risco social grave, 
necessitando de intervenções imediatas e 
inadiáveis (horas-minutos) 
• Ex: violência, suicídio, automutilação, 
autonegligência, juízo crítico muito 
comprometido. 
 
Urgência psiquiátrica 
Distúrbio do pensamento, sentimentos ou ações que 
implicam risco menores de vida ou social, 
necessitando de intervenções a curto prazo (dias-
semanas) 
• Comportamento bizarro, quadros agudos de 
ansiedade, síndrome conversivas. 
 
Situações eletivas 
A rapidez da intervenção não é critério 
essencialmente importante 
• Ansiedade leve, distúrbios de 
relacionamento interpessoal, informações 
sobre medicação, fornecimento de receitas. 
 
QUAIS OS TIPOS DE INTERNAÇÕES 
PSQUIATRICAS PERMITIDAS NO BRASIL? 
PARTE I 
 
“Avaliação exame do estado mental” – a mente 
humana é uma integridade indivisível, mas o 
funcionamento psíquico pode ser analisado em 
diversas funções mentais 
 
Funções mentais: 
• Consciência 
• Atenção 
• Sensopercepção 
• Orientação 
• Memória 
• Inteligência 
• Afetividade 
• Pensamento 
• Conduta 
• Linguagem 
 
Síndrome de perturbação da conduta – “a 
agitação e agressividade se observa diferentes 
patologias” 
 
Caso 1 
O ACS Alexandre trouxe o relato bastante detalhado 
de um conjunto de alterações comportamentais 
apresentadas por Bernardo. O dr. João identifica 
imediatamente a necessidade de avaliar o quanto 
antes o paciente. Entretanto já a partir do relato do 
ACS, pode iniciar um exercício diagnóstico 
preliminar. Considerando estes aspectos quais são 
os principais sinais e sintomas presentes no relato de 
Alexandre? 
 
 
 
Quais as origens da agitação psicomotora? 
• Exógena (externo-droga, tóxico, infecção) 
o Comprometimento de consciência pode 
ir desde a confusão ao coma 
o Varia durante o dia 
 
• Psicogênica: 
o Uma situação psicotraumática numa 
personalidade premórbida suscetível, 
pode levar a uma agitação de tipo 
psicogênica 
o Própria de personalidades muito 
primitivas, desestruturadas e que 
descompensam facilmente 
 
• Endógena: 
o Frequente em psicoses esquizofrênicas, 
psicoses maníacas ou depressivas. 
 
 
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS 
1. Agitação psicogênica 
• Desequilíbrio emocional, descontrole 
• Linguagem elevada, exaltada, loquaz, às vezes 
ameaçadora 
• Gestos exagerados de rechaço ou de 
aproximação 
• Vocifera ameaças suicidas e homicidas 
• Rechaça ajuda a gritos 
• Lesões leves de autoagressão 
• Existe situação conflitiva prévia 
• Discurso abordos os motivos 
• Personalidade primitiva, com déficit 
intelectual, propensos a explosões 
incontroláveis. Excepcionalmente, é possível 
em personalidades normais. 
 
2. Paciente psicótico 
• Principais característica: distorção da 
realidade 
• Alterações da sensopercepção: alucinações 
visuais, auditivas, cinestésicas; ilusões 
• Alterações do pensamento: delírios mais, 
ou menos, estruturados. 
 
3. Agitação psicomotora 
• “É o aumento da atividade mental e motora, 
de tal maneira, que chega a ser desordenada 
e incontrolável, e portanto, perigosa para o 
individuo e para os demais” 
• Inicio de periculosidade: 
▪ Comportamento da consciência 
▪ Atitude tensa e ameaçadora 
▪ Antecedentes de violência 
▪ Agitação intensa 
 
4. Violência 
• Quadros psicóticos 
• Quadros de intoxicação exógena por 
substancias psicoativas (álcool e drogas) 
• Quadros depressivos severos e/ou agudos (as 
assim chamadas crise de “DNV” pelos clínicos) 
• Quadros pós comiciais (pós convulsão) 
• Quadros metabólicos 
• Quadros neurológicos/neurocirúrgicos 
 
5. Suicídio 
• Risco de suicídio: ideação suicida, presença 
de um plano suicida, tipo de plano, presença 
de comorbidades, tentativas prévias, tentativa 
atual, risco de recidiva. 
• Avaliar a probabilidade de que a ideação 
suicida leve ao ato suicida e tenha como 
desfecho a morte autoinduzida 
• Considera-se que um plano plenamente 
factível, com um método de fácil acesso e 
uma alta probabilidade de êxito letal indicam 
alto risco de suicídio. 
 
6. Síndromes ansiosas 
• Egodistônica (os sintomas contrariam e 
perturbam a própria pessoa): angustia, 
irritabilidade e/ou labilidade, tensão, insônia, 
dificuldade de concentração 
• Sintomas físicos: taquicardia, tontura, cefaleia, 
dores musculares, dores gástricas, 
formigamentos, suor frio, tremores, falta de 
ar, náuseas 
• Despersonalização, desrealização 
• Medo de morrer ou de enlouquecer 
• Por dias, meses ou crises intermitentes 
 
7. Intervalo lúcido 
• Fase de certas doenças mentais, na qual os 
sintomas desaparecem, dando a impressão 
de que o paciente voltou a ser um individuo 
normal. 
 
 
 
PARTE II 
Abordagem inicial, manejo e intervenções com 
técnicas farmacológicas 
 
Tratamento das urgências 
• Dependera do diagnostico, da gravidade, do 
risco vital, do lugar de procedência do 
paciente, se hospitaliza ou não 
• Poderá bastar uma intervenção breve ou 
somente encaminhamento a uma clinica 
• A orientação à família é fundamental 
 
O profissional da saúde deve! 
• Adotar atitudes que não causam lesão ao 
paciente 
• Evitar se expor desnecessariamente 
• Adotar uma atitude sóbria, empática 
• Respeitar a dignidade do paciente. 
 
Manejo ambiental 
• Retirada de objetos que podem ser usados 
para agredir (tesouras...) 
• Fácil acesso a portas 
• Atendimento precoce e com privacidade 
• Observação contínua 
• Redução de estímulo externos 
• Afastamento de pessoas que podem ser 
desestabilizadores a pessoa em sofrimento 
 
Manejo 
• Apresenta-se e situar o serviço e a equipe 
• Não fazer ameaça, não constranger, não 
humilhar 
• Evitar movimentos bruscos ou atitudes 
ameaçadoras 
• Olhar diretamente a pessoa, mantendo certa 
distancia 
• Falar pausadamente, com clareza e firmeza 
• Fazer perguntas claras, diretas e objetivas 
• Não confronte 
• Estimular a falar 
• Mostrar-se disposto a ajudar 
• Diminuir a tensão do momento 
 
Descarte a possibilidade de psicose iminente 
Comportamento do paciente durante a entrevista é 
o preditor mais importante de violência iminente: 
• Paciente com as mãos fechadas, com a 
musculatura tensa, sentado na ponta da 
cadeira, inquieto 
• Paciente que fala alto, de forma ameaçadora 
ou que blasfema 
• Paciente desconfiado ou com o humor 
irritado, exaltado ou eufórico 
• Paciente intoxicado por álcool ou por 
drogas. 
 
CONTENÇÃO FÍSICA É IGUAL CONTENÇÃO 
MECÂNICA? 
Contenção mecânica: ao contrario do que muitas 
vezes se pensa, a reação do paciente à contenção 
mecânica é, no final do tratamento de gratidão, ao 
se dar conta de que foi impedido de agir de forma 
destrutiva durante seu episódio de agitação 
 
“a única norma legal que pode aplicar à contenção 
física de paciente é a lei n° 10.216 de 6 de abril de 
2001, que no artigo 2°, item VIII do paragrafo único, 
declara ser direito do paciente “ser tratado em 
ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos” 
Sendo indubitavelmente a restrição física um meio 
invasivo, deduz-se que sua aplicação deve ser 
excepcional e cercada de todos os cuidados, para 
que a ação sobre o paciente seja a menos lesiva 
possível. 
 
Consta na resolução n° 1.598/2000, do conselho 
federal de medicina, a indicação e prescrição de 
contenção física ao paciente psiquiátrico pelo 
médico. 
 
Parecer técnico COREN-MS n° 004/2004: o 
enfermeiro possui competência técnica e legal para 
realizar a prescrição da contenção e/ descontenção 
física de pacientesem risco para a violência dirigida 
a si mesmo ou aos outros, constituindo atividade 
compartilhada com o profissional médico, 
independente da presença deste. 
 
A contenção mecânica pode desencadear 
complicações clinicas graves, como desidratação, 
redução da perfusão em extremidades, fraturas, 
depressão respiratória e ate mesmo morte súbita. 
 
A adequação do comportamento da equipe no 
manejo da situação é um aspecto fundamental para 
a prevenção de agressão física ou danos materiais. 
 
• Em dois pontos (somente MMSS) 
• Em quatro pontos (MMSS e MMII) 
• Em cinco pontos (MMSS, MMII e TORAX) 
• Lençol de contenção 
• Faixa de contenção no leito 
• Grupo de apoio – com auxílio de 8 pessoas 
 
Dois pontos 
 
 
Quatro pontos 
 
Lençol de contenção 
 
 
Faixa de contenção no leito 
 
 
Manejo afetivo 
• É comumente utilizado em crianças, tentando 
com isso acalmá-la. 
• Técnica: 
o A – Abraçar a criança por trás e ficar 
conversando com ela em tom suave e 
calmo. 
o B – Abraço de urso, sempre conversando 
com a criança 
 
Contenção química 
Tranquilização rápida: entende-se por 
tranquilização rápida a obtenção de redução 
significativa dos sintomas de agitação e 
agressividade sem a indução de sedação mais 
profunda ou prolongada.

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