Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Periodontia X Especialidades Odontológicas A saúde periodontal é a condição "sine qua non", pré-requisito da Odontologia integral bem sucedida; A relação entre a saúde periodontal e a restauração dos dentes é íntima e inseparável; TERAPIA PERIODONTAL Avaliação periodontal: └ ISG E PSR; └ Periograma; A terapia periodontal deve anteceder a fase restauradora/protética A resolução da inflamação pode resultar em alterações de tecidos moles ou mucosas ESPAÇO BIOLÓGICO Também chamada de inserção supracrestal; Fina camada epitelial que posiciona o tecido conjuntivo gengival próximo à superfície dentária; Contém fibras colágenas que se aderem ao dente e vedam espaço dente/gengiva. AGRESSÕES AO ESPAÇO BIOLÓGICO: Toda restauração ou prótese que invade o espaço biológico cria e perpetua áreas de inflamação no periodonto; Quando a margem da restauração é posicionada muito abaixo da crista de tecido gengival, ela incide sobre o aparelho de inserção gengival e cria uma violação do espaço biológico. Uma possibilidade é que ocorra perda óssea de natureza imprevisível e retração do tecido gengival à medida que o corpo tenta recriar espaço entre o osso alveolar e a margem para deixar espaço para a reinserção do tecido. FENÔMENOS PATOLÓGICOS ASSOCIADOS A AGRESSÃO A INSERÇÃO SUPRACRESTAL: Bolsa periodontal Recessão tecidual marginal Hiperplasia gengival localizada com perda óssea mínima RESTABELECIMENTO APICAL DA INSERÇÃO SUPRACRESTAL: Cirurgia para aumento de coroa clínica: Para que as restaurações sobrevivam a longo prazo, o periodonto precisa continuar saudável para que os dentes perdurem um longo período Para o periodonto continuar saudável, as restaurações precisam ser realizadas de maneira criteriosa para que fiquem em harmonia com os tecidos periodontais circundantes └ Para restaurar a saúde do tecido gengival, é necessário estabelecer clinicamente o espaço entre o osso alveolar e a margem; └ Isso pode ser feito por cirurgia para alterar o nível ósseo ou por extrusão ortodôntica para afastar mais a margem da restauração do nível ósseo. CIRURGIA DE AUMENTO DE COROA CLÍNICA Indicações: └ Quantidade inadequada de estrutura dentária para preparo protético; └ Localização subgengival de cáries; └ Localização subgengival de linha de fratura; O movimento ortodôntico do dente pode trazer benefícios substanciais para o paciente adulto com necessidade de tratamentos periodontal e restaurador; AVALIAÇÃO PERIODONTAL PRÉ- TRATAMENTO ORTODÔNTICO O que avaliar? └ Higiene oral; └ Presença de gengivite periodontite e trauma oclusal; Objetivos da terapia periodontal pré tratamento ortodôntico: └ Eliminação da inflamação periodontal; └ Redução do acúmulo de placa; └ Instrução de higiene oral; └ Instituição da terapia periodontal de suporte (TPS). A movimentação dentária ortodôntica em pacientes com doença periodontal ativa pode levar ao colapso periodontal; Antes Durante Depois Forças ortodônticas excessivas (trauma oclusal) Inflamação periodontal Quadro de destruição periodontal acelerado Periodonto reduzido Saúde periodontal Possibilidade de tratamento ortodôntico BENÉFICIOS DA ORTODONTIA PARA O TRATAMENTO PERIODONTAL: Alinhar as forças oclusais paralelamente ao longo eixo dos dentes; Melhorar as formas gengivais e ósseas; Assegurar um posicionamento dental mais favorável; Estabelecer uma oclusão satisfatória; Restabelecer conforto mastigatório; Estética. BENEFÍCIOS DA RELAÇÃO PERIODONTIA – ORTODONTIA 1. O alinhamento dos dentes apinhados ou mal posicionados permite ao paciente melhor acesso para higienizar todas as faces dos dentes; 2. O tratamento ortodôntico pode melhorar a relação estética dos níveis da margem gengival. └ O alinhamento ortodôntico das margens gengivais evita o recontorno gengival cirúrgico; └ Ex: abrasão e extrusão do 11 3. Extrusão do remanescente radicular após fratura coronária alta. 4. O tratamento ortodôntico permite que as ameias gengivais abertas (buracos negros) sejam corrigidas para recuperar a papila perdida; OBS: É imprescindível que a inflamação periodontal seja controlada antes do tratamento ortodôntico; A redução vertical óssea não é uma contraindicação para a movimentação ortodôntica através e/ou dentro de áreas restritas; CIRURGIAS PERIODONTAIS ASSOCIADAS A ORTODONTIA Objetivos: └ Auxiliar na prevenção da reincidência de rotações; └ Reabertura de espaços de exodontias fechados; └ Remoção de freios e bridas; └ Aumento de coroa clínica; FIBROTOMIA: Seccionamento das fibras colágenas; Técnica cirúrgica periodontal caracterizada pela incisão sulcular e consequente rompimento das fibras do ligamento gengival; Visa reduzir as tensões gengivais, evitando o deslocamento dos tecidos gengivais durante procedimentos ortodônticos; A incisão é feita em bisel interno da porção mais coronária da gengiva marginal atingindo a crista óssea; O objetivo é o rompimento e a exérese de parte das fibras gengivais; Deve ser feita nos 360º do dente. FRENECTOMIA: Procedimento operatório em que o freio (labial ou lingual) é cortado ou parcialmente removido, utilizado em diversas situações em que eles estejam interferindo de alguma forma nas funções básicas sobre a região bucal; A frenectomia labial costuma ser realizada em pacientes com diastema interincisivo, ou seja, que apresentam os dentes incisivos centrais separados; └ Essa separação se deve à presença da membrana do freio, que interfere no crescimento dentário correto; Deve realizar o procedimento antes do tratamento ortodôntico ou somente após a erupção dos 6 dentes anteriores. AUMENTO DE COROA CLÍNICA: Estética: harmonizar o sorriso Gengivectomia/gengivoplastia: sem osteotomia RELAÇÃO ANATÔMICA ENDO-PERIO Contato direto: └ Ligamento periodontal – polpa (canal radicular); └ Forame apical └ Em casos de necrose pulpar, se há uma reabsorção óssea inflamatória no ápice da raiz, causando periodontite apical ou abscesso apical (periodontite retrógrada); └ OBS: os canais laterais ou acessórios também podem ser a rota de comunicação periodontal e pulpar; Contato indireto: └ A partir de túbulos dentinários; └ Diante disso, a dentina é uma estrutura permeável, podendo ocorrer colonização bacteriana nos túbulos; └ Invasão bacteriana nos túbulos dentinários a partir da bolsa: os túbulos dentinários podem permitir a irritação pulpar a partir de infecções periodontais crônicas; └ A penetração dos patógenos periodontais nos túbulos dentinários também pode ser a fonte de infecção periodontal permanente. Os espaços periodontais e pulpares representam os dois locais principais de infecção dentária que ocorre devido a bactérias orais; VIAS PATOLÓGICAS DE INFECÇÃO: Ausência de cemento; Reabsorção radicular; Fratura radicular. VIAS IATROGÊNICAS: Perfuração endodôntica; Perfuração protética. LESÃO ENDO-PERIO Condição clínica envolvendo tanto os tecidos pulpar como periodontal, pode ocorrer em formas aguda ou crônica; Sinais e sintomas: └ Bolsas periodontais profundas que se aproximam do ápice └ Teste de sensibilidade pulpar negativo ou alterado └ Reabsorção óssea na região apical ou furca └ Dor espontânea ou na palpação/percussão └ Esxudato purulento └ Mobilidade dentária └ Alteração de cor da gengiva e coroa dentária Combinação de lesões; Diagnóstico inicial confuso; Prognóstico. CLASSIFICAÇÃO: Lesão endo-periodontal com dano radicular: └ Fratura radicular └ Perfuração da câmara pulpar └ Reabsorção radicular externa Lesão endo-periodontal sem dano radicular: └ Lesão endo-periodontal em paciente sem periodontite: └ Lesão endo-periodontal em paciente com periodontite DIAGNÓSTICO: Exames clínico: └ Sondagem periodontal; └ Exames endodônticos. A infecção persistente no tecido pulpar leva à infecção secundária e destruição dos tecidos do periodonto A doença periodontal severa pode iniciar ou exacerbar alterações inflamatórias no tecido pulpar Grau 1: bolsa periodontal profunda e estreita em 1 face do dente Grau 2: bolsa periodontal profunda e larga em 1 face do dente Grau 3: bolsa periodontal profunda em mais de 1 face do dente Exame radiográfico: └ Radiografia periapical. TRATAMENTO: Inicia com endodontia: tratamento endodôntico; Raspagem supra e subgengival; Em geral, endodontia é previsível; o tratamento periodontal é o componente incerto. Um acúmulo localizado de pus dentro da bolsa periodontal, com uma expressiva perda de inserção ocorrida durante um período limitado de tempo com sintomas clínicos facilmente detectáveis; EM PACIENTE SEM PERIODONTITE: Impacção de corpo estranho: fio dental, elástico ortodôntico, pipoca; Hábitos prejudiciais: roer unhas; Alterações da anatomia radicular: dente invaginado, pérolas de esmalte; latrogenias: perfuração radicular; Danos radiculares: fratura vertical; FATORES DE RISCO: Pacientes com periodontite: └ Bolsas profundas (>7mm); └ Sangramento à sondagem (100%) └ Mobilidade dentária aumentada (56- 100%); └ Diabéticos descompensados; PACIENTES COM PERIODONTITE: Representa período de exacerbação da doença: └ Bolsas tortuosas; └ Envolvimento de furca; └ Defeitos verticais; As alteração na composição da microbiota subgengival geram aumento da virulência e diminuição da imunidade CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: Dor Sensibilidade na gengiva Edema "Extrusão" do dente Elevação ovóide da gengiva Supuração a sondagem Características extra-orais: └ Edema facial (3,6%) └ Elevação da temperatura corporal └ Linfadenopatia regional (7-40%) └ Aumento da taxa de leucócitos no sangue (31,6%) └ Mal-estar DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: ABCESSO PERIODONTAL X ABCESSO ENDODÔNTICO Teste de sensibilidade pulpar Sondagem periodontal Radiografia (localização da perda óssea) Abscesso periodontal Abscesso periapical (endodôntico) Vitalidade pulpar Sim ou não Não Bolsa periodontal Sim Sim ou não Perda óssea Lateral Apical Radiograficamente, também é possível descobrir a origem da infecção, a partir da inserção de um cone de guta percha na fístula, guiando-o até o foco da infecção: └ Se a guta percha for até o ápice do dente, é de origem endodôntico; └ Se a guta percha ficar longe do ápice dentário, é de origem periodontal. Eduardo Vasconcelos
Compartilhar