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ATIVIDADE AVALIATIVA 03 - DOPING SANGUÍNEO NO ESPORTE

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ATIVIDADE AVALIATIVA 03 – FISIOLOGIA HUMANA 
CURSO: NUTRIÇÃO 
 
DOPING SANGUÍNEO NO ESPORTE 
 
Acadêmico: Uéslei Felipe dos Santos 
 
A expressão dopagem sanguínea é utilizada desde a década de 70 a fim de denominar 
a técnica do uso de hemácias com a função de aumentar a resistência de atletas. 
Inicialmente, o aumento das hemácias era realizado através de técnicas de transfusão 
sanguínea. Hoje muitos utilizam a administração do hormônio eritropoietina. 
A utilização de sangue como doping é proibida desde 1985, sendo que, nessa época, a 
dopagem ocorria principalmente através das transfusões sanguíneas. Essas 
transfusões eram feitas pelos atletas através do uso de suas próprias hemácias (infusão 
autóloga) ou células de outro indivíduo (infusão homóloga). 
Em 1988, ficou disponível no mercado um hormônio sintético que agia da mesma forma 
que a eritropoietina produzida pelo nosso corpo. A eritropoietina é um hormônio 
glicoproteico produzido pelo rim e fígado, com a função principal de aumentar a 
formação de hemácias na medula óssea. Sua síntese é estimulada em situações em 
que há falta de oxigênio (hipóxia). 
 
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/doping-sanguineo.htm. Acesso em 
28 de jun. 2021. 
 
É posicionamento oficial do Colégio Americano de Medicina do Esporte que qualquer 
procedimento de manipulação sanguínea utilizado como uma tentativa de melhorar o 
desempenho atlético é antiético, desonesto e expõe o atleta a riscos imprevisíveis e 
potencialmente graves para a saúde. 
É aceitável, entretanto, aumentar artificialmente a massa de hemácias para o tratamento 
de alguma condição clínica e para realizar alguma pesquisa científica séria. Os médicos 
aumentam a massa de hemácias para melhorar a capacidade funcional de pacientes 
anêmicos com insuficiência renal, AIDS e outras doenças. 
Além disso, os cientistas aumentam a massa de hemácias em indivíduos que participam 
de pesquisas (sob condições controladas medicamente) para aprimorar a compreensão 
das respostas fisiológicas ao exercício e aos extremos ambientais. 
 
Fonte: 
https://www.scielo.br/j/rbme/a/fvpjnvZnH7nvYQ7Y64mHNkc/?format=pdf&lang=pt. 
Acesso em 28 de jun. 2021. 
 
Em uma situação real, em que um atleta irá competir uma maratona em altitudes 
elevadas, local esse rarefeito em gases, dentre ele o oxigênio, um “treinador” propôs a 
transfusão de hemácias e a utilização do hormônio eritropoetina, para que aumente o 
número dessas células no sangue do competidor. O atleta se recusou a realizar essas 
ações devido não ser honesto com os outros competidores e também aos exames 
antidoping, no entanto, ficou pensativo em como esses métodos podem auxiliar o 
maratonista nessa prova. 
 
Sabendo que os métodos oferecidos ao seu atleta são ilegais, como o treinador poderia 
justificar a utilização destes métodos, considerando a resposta fisiológica que o atleta 
teria? 
 
O doping sanguíneo pode ser realizado através da infusão de hemácias ou através da 
administração de eritropoietina com o objetivo de estimular artificialmente a formação 
de hemácias. O doping sanguíneo pode aumentar a capacidade de um atleta para 
desempenhar exercícios de endurance de caráter submáximo e máximo. Além disso, o 
doping sanguíneo pode ajudar a reduzir a sensação fisiológica de esforço durante 
exercícios em altas temperaturas e em grandes altitudes. 
A infusão de hemácias próprias (infusão autóloga) ou de outro indivíduo (infusão 
homóloga) aumenta rapidamente a massa de hemácias, mas esse aumento se mantém 
apenas por algumas semanas. A administração de eritropoietina aumentará lentamente 
o número de hemácias ao longo de várias semanas, mas o aumento será mantido por 
quanto tempo continuar o tratamento com eritropoietina. 
Uma alta potência aeróbica máxima (ou consumo máximo de oxigênio, O2máx) é 
importante para obter sucesso em eventos desportivos que requeiram atividade 
muscular com altas taxas metabólicas (como maratonas) mantida por um tempo 
prolongado; portanto, aumentos do O2máx com frequência se traduzem sob a forma de 
melhora do desempenho atlético. 
O “doping” sanguíneo se apoia na ideia de que após a flebotomia, o organismo do atleta 
entra no estado de eritropoiese (produção e maturação de glóbulos vermelhos) 
buscando o restabelecimento do nível normal de eritrócitos. Após a infusão ou reinfusão 
sanguínea tem-se como consequência uma elevada concentração de hemoglobina 
plasmática aumentando, assim, a capacidade de transportar 02 e consequentemente a 
capacidade aeróbia. 
O reforço no fornecimento de oxigênio aos tecidos está associado a uma substancial 
melhora no desempenho atlético, sobretudo nas modalidades como o atletismo, ao 
passo que o aumento do nível de glóbulos vermelhos no sangue melhora, assim, a troca 
de oxigênio, elevando a resistência ao exercício físico e isso pode ser alcançado por 
injeções exógenas de eritropoietina, já que a mesma causa um aumento dos eritrócitos. 
Este hormônio age sobre as colônias formadoras de unidades de células 
desencadeando a formação de novos eritrócitos. Desta forma, espera-se que indivíduos 
tratados com eritropoietina melhorem sua capacidade de realizar exercícios físicos 
prolongados. 
 
 
Retirado de: 
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE et al. O uso do doping sanguíneo como 
recurso ergogênico. Rev Bras Med Esporte, v. 5, n. 5, p. 194-201, 1999. 
 
RASSIER, Dilson José E.; NATALI, Antônio José; DE ROSE, Eduardo Henrique. Doping 
sangüíneo no esporte. Revista Paulista de Educação Física, v. 10, n. 1, p. 76-86, 
1996. 
 
CERQUEIRA, Gilberto Santos et al. Doping sanguíneo no esporte: uma revisão da 
literatura. 2014.

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