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A Independência da América Espanhola e a Família Real no Brasil

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Trabalho de história
A independência da América espanhola
Assim como na relação entre Brasil e Portugal, a América espanhola tinha que seguir a política mercantilista imposta pela Espanha. Por meio do pacto colonial, as metrópoles tinham o monopólio comercial sobre as colônias, que forneciam a matéria-prima para a produção de riquezas de que o centro do império necessitava. As mudanças proporcionadas pela Revolução Industrial alteraram esse quadro de dominação. Por isso, alguns grupos de colonos, mais ligados ao comércio, passaram a defender a adoção do livre comércio, medida que foi barrada pela monarquia espanhola.
Estrutura social nas colônias hispano-americanas Para entender o início dos conflitos, é importante entender o contexto social na América espanhola. No Topo da sociedade estavam os chapetones (espanhóis natos), que ocupavam os cargos mais altos da administração e detinham boa parte dos rendimentos da colônia. Os chapetones confrontavam-se com os criollos (filhos de espanhóis nascidos na América), que lucravam com o comércio e a extração de metais preciosos, porém não tinham acesso a cargos administrativos. Por fim, as camadas mais excluídas eram compostas de mestiços (filhos de espanhóis com nativos indígenas), indígenas (geralmente utilizados como mão de obra compulsória) e negros (em sua maioria, escravizados).
Movimentos coloniais de revolta
Já no século XVIII, algumas revoltas eclodiram nos territórios hispano-americanos evidenciando atritos Entre metrópole e colônia. A primeira rebelião de grande importância aconteceu no vice-reino do Peru a revolta de Tupac Amaru nas minas, onde indígenas se rebelaram contra a mita e a cobrança de impostos A luta, que teve início em 1776, transformou-se, em 1780, em um levante armado. A repressão espanhola for violenta: muitos revoltosos foram mortos em combate ou executados e Tupac Amaru morreu sob tortura. 
No primeiro momento das guerras napoleônicas, a Espanha aliou-se à França. Com o desenrolar dos conflitos, porém, Napoleão mudou sua postura e invadiu o território espanhol, destronando o monarca Carlos IV .Durante a ocupação francesa, os espanhóis lutaram contra o invasor, mas o governo de José Bonaparte, irmão de Napoleão nomeado rei da Espanha, gerou importantes repercussões nas colônias.
Lutas pela independência
Apesar de lutarem pelo mesmo ideal, ou seja, tornar as colônias livres da exploração metropolitana europeia, Símon Bolívar e José de San Martín divergiam quanto ao futuro político da América. San Martín acreditava na fragmentação política, pois entendia que, apesar de fala rem a mesma língua, as diferenças econômicas e políticas não permitiriam uma união coesa. Bolívar, ao contrário, acreditava no pan-americanismo, ou seja, entendia que toda a região deveria manter sua unidade.
A família real no Brasil e a independência
Contexto histórico
No início do século XIX, a França e a Inglaterra eram países capitalistas industriais, já Portugal, ainda era um país mercantilista. Sendo assim, Portugal era dependente da Inglaterra econômica e politicamente. Essa dependência é caracterizada pelo Tratado de Methuen (Panos e Vinhos), assinado em 1703, o qual consistia no consumo de têxteis pelos portugueses e no consumo de vinho pelos britânicos. 
Nesse período, a França era governada por Napoleão Bonaparte, o qual defendia os interesses da burguesia francesa. Deste modo, Napoleão desejava derrubar a Inglaterra. Os dois países entram em conflito e a Inglaterra vence. Sendo assim, a França reage. 
Foram 14 anos de disputas. A França dominava a terra e a Inglaterra dominava os mares, isso foi evidenciado pela Batalha de Trafalgar, em 1805 (disputa naval travada entre a França – juntamente com a Espanha – contra o Reino Unido). Percebe-se, então, que Napoleão possuía hegemonia sobre todo o continente, com exceção da Grã-Bretanha. Dessa forma, Napoleão decreta o Bloqueio Continental (proibição de contato comercial com o Reino Unido pelos países dominados por Napoleão) em 1806 em Berlim, a fim de estrangular a economia britânica. Aqueles países que não respeitassem o Bloqueio Continental eram invadidos pelas tropas francesas. 
Como se deu a vinda da Família Real para o Brasil
Como Portugal dependia da Inglaterra econômica e politicamente, o país não respeitou o Bloqueio Continental. Dessa forma, Lord Strangford (embaixador inglês) sugeriu a transferência do governo português para o Brasil, já que Portugal seria invadido pelas tropas napoleônicas. O Príncipe-Regente, D. João, aceitou a proposta dada por Lord Strangford. Essa estratégia visava assegurar a independência de Portugal. 
Esse acordo fornecia escolta inglesa à Corte Portuguesa e garantia a legitimidade do governo português. Em contrapartida, fornecia a Ilha da Madeira à Inglaterra durante o conflito com a França, além da liberdade de comércio com portos brasileiros. 
Para invadir Portugal, a França fez um tratado com a Espanha, chamado Tratado de Fontainebleau. Este acordo permitia a passagem das tropas francesas pelo território espanhol e, em troca, os espanhóis poderiam ficar com parte do território português. 
Em novembro de 1807, a Família Real embarca rumo ao Brasil antes da invasão de Portugal pelas tropas francesas.
Chegada da Corte Portuguesa no Brasil e sua estadia
Devido a uma forte tempestade, em 22 de janeiro de 1808 uma parte da Corte Portuguesa (incluindo D. João) chega em Salvador (Brasil). Também em janeiro de 1808, outra parte chega no Rio de Janeiro. Vale ressaltar que, além da Família Real, vieram diversas pessoas associadas à Corte.
Logo após a chegada da Família Real no Brasil, o Príncipe-Regente, D. João, estabelece, no dia 28, através de uma Carta Régia, a Abertura dos Portos às Nações Amigas. Esse fato marcou o rompimento do Pacto Colonial, pois extinguia a exclusividade de comércio com Portugal. A Abertura dos Portos às Nações Amigas favoreceu a Inglaterra, pois aumentava o seu mercado consumidor (a Inglaterra defendia o livre-cambismo). Em março de 1808, a Corte Portuguesa foi instalada no Rio de Janeiro. 
Em 1º de abril de 1808, D. João estabeleceu o Alvará de Liberdade Industrial, que permitia o estabelecimento de manufaturas e indústrias no Brasil. No entanto, essa tentativa de instalar manufaturas e indústrias não funcionou, pois não havia mecanismos de proteção da produção brasileira e havia uma forte economia agroexportadora escravista. 
Durante a estadia da Família Real no Brasil, diversos brasileiros foram despejados para abrigar a Corte, o que gerou insatisfação popular. Além disso, a Corte Portuguesa trouxe diversos livros, obras de arte, documentos, riquezas, entre outros artigos. 
Medidas culturais tomadas por D. João 
A vinda da Família Real para o Brasil trouxe diversas medidas culturais, as quais foram tomadas por D. João durante o Período Joanino. Dentre elas: 
A criação do Museu Nacional;
A criação da Biblioteca Real;
A criação da Escola Real de Artes;
A criação do Teatro Real de São João;
A criação do Observatório Astronômico;
A criação do Jardim Botânico;
A criação de cursos; e
A Missão Artística Francesa, que incentivou o desenvolvimento das artes.
Tratados de 1810
Por conta do Bloqueio Continental, a Inglaterra utilizava o Brasil para escoar suas mercadorias armazenadas. Essas mercadorias eram completamente desnecessárias para o Brasil, como roupas inviáveis para os trópicos, espartilhos, candelabros e, até mesmo, patins de gelo. 
Em junho de 1808, as taxas sobre as mercadorias foram reajustadas: 16% de taxa para as mercadorias portuguesas e 24% de taxa para as mercadorias das Nações Amigas. Essa medida foi tomada para corrigir a diferença que desfavorecia Portugal.
Após essa medida, os ingleses reivindicaram por seus benefícios. Dessa forma, os ingleses e portugueses estabeleceram os Tratados de 1810 (o Tratado de Comércio e Navegação, o Tratado de Amizade e Aliança e o Tratado dos Paquetes). Esses Tratados têm como principais características:
O direito de extraterritorialidade: ingleses que cometessem crimes em territórios portuguesesseriam julgados conforme a lei inglesa;
A liberdade religiosa para os ingleses, além da garantia de que a Inquisição não seria estabelecida no Brasil;
15% de taxa para as mercadorias inglesas;
Abolição do tráfico de negros.
Os Tratados de 1810 têm como principais consequências:
A aniquilação da burguesia portuguesa mercantil em relação ao comércio com o Brasil; 
O atraso no desenvolvimento industrial brasileiro;
O domínio britânico sobre Portugal. 
Brasil elevado a Reino Unido
Em 1814, os membros do Congresso de Viena estavam redefinindo o mapa que foi muito modificado pela expansão de Napoleão e pela Revolução Francesa. Dessa forma, recomendavam o retorno da Família Real a Portugal para que o governo fosse legítimo. No entanto, Talleyrand, membro do Congresso, sugeriu a elevação do Brasil a Reino Unido para que a Corte permanecesse em território brasileiro e seu governo fosse legítimo. Em 16 de dezembro de 1815, D. João criou, por meio de uma Carta Régia, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. 
Retorno a Portugal
Após alguns meses da invasão de Portugal pelas tropas francesas, os ingleses derrotaram e expulsaram os franceses do território português. 
Em 1821, D. João VI (D. João se tornou D. João VI, pois ele se tornou rei após a morte de sua mãe, D. Maria I) retornou à Portugal devido à Revolução Liberal do Porto que ocorreu em 1820. O filho de D. João VI, D. Pedro, permaneceu no Brasil como Príncipe-Regente. Durante a regência de seu filho ocorre o processo de Independência do Brasil.
Consequências da Vinda da Família Real para o Brasil
A principal consequência da vinda da Família Real para o Brasil foi a antecipação do processo de Independência do Brasil. 
Algumas revoluções que aconteceram
A Revolução Pernambucana
Os impostos castigavam todos os brasileiros desde os tempos de colônia e, para manter a corte e todo o novo Aparato burocrático na América portuguesa, dom João não hesitava em aumentá-los. O nordeste exportador de matérias-primas estava muito suscetível às flutuações dos preços na Europa, e seus principais produtos, algodão e açúcar, estavam com seu valor em baixa. A situação piorou com a seca de 1816, que prejudicou as exportações e a alimentação dos nordestinos.
A população do Recife estava descontente com o governo. Em 1817, os revoltados tomaram o poder, Depondo o governador Caetano Pinto Miranda Montenegro e estabelecendo um governo provisório. Os revoltosos, entre os quais se encontravam desde proprietários de terra até colonos livres pobres, contavam com grande participação de membros do clero adeptos e responsáveis pela difusão do pensamento iluminista.
 O novo governo pernambucano foi formado por representantes da elite da região. Sua intenção era estabelecer um governo republicano, apoiado em bases iluministas – liberdade de imprensa, liberdade religiosa e Liberdade de expressão – que seriam garantidas por uma Constituição já em processo de elaboração.
O movimento não era coeso, porém, no que se referia à questão da escravidão. Os proprietários de terras, Mento contou com a adesão das províncias da Paraíba e do Rio Grande do Norte.Por exemplo, eram contra qualquer medida que levasse o movimento em direção ao fim da escravidão; já os mais radicais adotavam a perspectiva abolicionista, dividindo o movimento. 
A repressão ao movimento foi violenta, e, no dia 18 de maio de 1817, os revoltosos foram obrigados a se render. Os líderes foram executados, e mais de cem participantes foram presos, entre eles Frei Caneca, que, sete anos mais tarde, voltaria à cena política na Confederação do Equador
A Revolução do Porto
Após sua desocupação pelas tropas napoleônicas, Portugal encontrava-se em crise, acentuada pela abertura dos portos no Brasil, já que a riqueza da colônia ia agora direto para seus parceiros comerciais, principalmente a Inglaterra.
Além disso, os portugueses estavam sob o poder de uma junta governativa liderada Beresford, que não media esforços para beneficiar seu país nas transações comerciais.
As rebeliões não tardaram a acontecer, e em agosto de 1820 a cidade do Porto foi abalada por uma dessas agitações. Dois meses depois, aproveitando a onda de descontentamento, rebeldes tomaram a cidade, Dando início à Revolução do Porto. Entre suas exigências encontravam-se:
•a saída de Beresford;
• o retorno imediato de dom João para Portugal;
 • maior controle sobre o comércio nos portos da América portuguesa;
• uma nova Constituição para Portugal.
O Primeiro Reinado 
O Primeiro Reinado foi o período da história do Brasil iniciado a partir da independência do país, em 1822. Essa fase estendeu-se até 1831, quando o imperador D. Pedro I abdicou o trono brasileiro em favor de seu filho, Pedro de Alcântara, futuro D. Pedro II.
Constituição Brasileira de 1824 foi outorgada por Dom Pedro I em 25 de março de 1824.
A primeira Carta Magna brasileira garantia a unidade territorial, instituía a divisão do governo em quatro poderes entre eles o poder executivo, legislativo, judiciário e o poder Moderador. e estabelecia o voto censitário (voto ligado à renda do cidadão).
Foi elaborada por um grupo reduzido devido às desavenças entre o Imperador e a Assembleia Nacional Constituinte.
Contexto Histórico
Após a proclamação da independência e da aclamação de Dom Pedro I como imperador do Brasil, o país precisava organizar sua estrutura política e administrativa.
É importante lembrar que ainda havia tropas portuguesas lutando na Bahia e este combate só seria finalizado em 2 de julho de 1823.
Para tanto foi reunida a Assembleia Nacional Constituinte com deputados vindos de diversas províncias do Brasil.
Características da Assembleia Constituinte
Partido Português ou “conservadores”, que reuniam lusitanos e brasileiros. Defendiam a monarquia centralizada, pouca autonomia provincial e manutenção de seus privilégios econômicos e sociais.
Partido Brasileiro ou “liberais”, formado por brasileiros e portugueses. Desejavam maior autonomia para as províncias, defendiam a monarquia parlamentarista e a manutenção da escravidão.
Partido Liberal-Radical – composto pelas camadas médias urbanas que advogavam pelo liberalismo econômicos e político. Alguns dos seus membros, inclusive, queriam a implantação da república.
Para conciliar estas três visões de Estado é preciso entender a atuação de José Bonifácio, ministro dos Negócios Estrangeiros. Desde a independência, Bonifácio buscava criar uma monarquia
forte, constitucional e centralizada. Desta maneira, se evitaria a fragmentação do país, como ocorreu na América Espanhola. Igualmente, pretendia abolir o tráfico de escravizados e a escravidão.
Devido às crescentes desavenças entre os deputados e o Imperador, este manda o Exército fechar a Assembleia Constituinte. Vários deputados foram presos, inclusive José Bonifácio, que partiu para o exílio com sua família.
Nas semanas seguintes, D. Pedro I convoca um grupo de dez pessoas para formar o Conselho Imperial e elaborar a Carta Magna.
Características da Constituição de 1824
•O regime de governo estabelecido foi a monarquia hereditária.
•Existência de Quatro poderes: Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário e o Poder Moderador.
•O Poder Moderador, exercido pelo imperador, lhe dava o direito de intervir nos demais poderes, dissolver a assembleia legislativa, nomear senadores, sancionava e vetava leis, nomeava ministros e magistrados, e os depunha.
•Poder Executivo: exercido pelo Imperador que, por sua vez, nomeava os presidentes de províncias.
•Poder Legislativo: era composta pela Câmera dos Deputados e pelo Senado. Os deputados eram eleitos por voto censitário e os senadores eram nomeados pelo Imperador.
•Poder Judiciário: os juízes eram nomeados pelo Imperador. O cargo era vitalício e só podiam ser suspensos por sentença ou pelo próprio Imperador.
•Direito ao voto: para homens livres, maiores de 25 anos, e renda anual de mais de 100 mil réis era permitido votar nas eleições primárias onde eram escolhidos aqueles que votariam nos deputados e senadores.
•Por sua parte, para ser candidato naseleições primárias, a renda subia a 200 mil reis e excluía os libertos.Por fim, os candidatos a deputados e senadores deviam ter uma renda superior a 400 mil réis, serem brasileiros e católicos.
•Estabeleceu o catolicismo como religião oficial do Brasil. No entanto, a Igreja ficou subordinada ao Estado através do Padroado.
•Criação do Conselho de Estado, composto por dez conselheiros escolhidos pelo imperador.
•A capital do Brasil independente era o Rio de Janeiro que não estava submetida à Província do Rio de Janeiro. Esta tinha sua capital na cidade de Niterói.
A Confederação do Equador
O nordeste brasileiro passava por grave crise econômico-social, causada pela diminuição das exportações de açúcar de cana, que não conseguia concorrer com o açúcar de beterraba produzido na Europa. Apesar disso, os nordestinos tinham que pagar impostos cada vez mais altos. É importante lembrar que os ideais republica Nos, vindos dos países da América espanhola, encantavam os homens da região. 
Algumas províncias, descontentes com a imposição da nova Constituição, recusaram-se a aceitá-la. Homens remanescentes da Revolução Pernambucana de 1817, como Cipriano Barata, Frei Caneca e Pais de Andrade, assumiram a frente da rebelião. Em julho de 1824, no Recife, Pais de Andrade lançou um manifesto repudiando o autoritarismo de dom Pedro lê convocando algumas províncias para se unirem contra o impera dor. Eram homens com ideais republicanos e lutavam também pela autonomia das províncias, mas decidiram investir na emancipação política da região.
Guerra Cisplatina
Como vimos, durante o governo de dom João VI a Província Cisplatina havia sido anexada ao Brasil Desde 1816, quando foi anexada, a região resistia à soberania portuguesa, pois, além de ter sido colonizada por outro país europeu, seus habitantes não falavam a mesma língua nem tinham os mesmos costumes que os brasileiros.
Após a independência do Brasil, a situação agravou-se na região. Liderados por João Antônio Lavalleja, em 1825 os uruguaios revoltaram-se contra o domínio brasileiro e proclamaram a independência da província, a República Oriental do Uruguai. 
O conflito na região foi bastante desfavorável a dom Pedro, pelas mortes na guerra, pela opinião pública, que não via sentido em manter o Uruguai como território brasileiro, e também pelo agravamento da situação financeira do império, já que o dinheiro necessário para sustentar o conflito vinha de mais empréstimos tomados da Inglaterra.
FIM DO PRIMEIRO REINADO
Ao ascender como chefe supremo do Estado monárquico do Brasil, Dom Pedro I chegou ao poder para atender aos anseios de uma elite temerosa em perder todas as liberdades políticas e econômicas alcançadas durante o governo de Dom João VI. Dessa forma, Dom Pedro I tinha sua base de sustentação política situada entre os comerciantes e proprietários de terra do período.
No entanto, as contradições geradas entre a estabilidade do novo poder e os interesses das elites acabaram por esfacelar esse acordo político que conferia legitimidade ao Primeiro Reinado. Em outras palavras, o forte caráter centralizador do governo de D. Pedro I gerou conflito entre o novo estadista e as elites que defenderam sua chegada ao poder.
Durante a própria elaboração da Carta Constitucional, as relações entre os membros da Assembléia Constituinte e Dom Pedro I iniciaram a crise do Primeiro Reinado. Impassível ao texto constitucional elaborado em 1823, D. Pedro resolveu dissolver a assembléia e ele mesmo, junto de um pequeno grupo de aliados, redigir a primeira constituição do Brasil.
Em 1824, o governo imperial outorgou a Constituição Brasileira. Segundo o seu texto, os poderes políticos estavam divididos em três grades frentes (Legislativo, Executivo e Judiciário) que se subordinariam à presença de um quarto poder, designado Poder Moderador. Tal poder seria exercido pelo imperador e, utilizando seus atributos, o rei poderia anular qualquer outra decisão estabelecida pelos demais poderes.
O excessivo poder abocanhado por Dom Pedro foi alvo de protestos e da insatisfação da maioria dos representantes políticos da época, em sua maioria, ligados ao interesse das elites. Ao mesmo tempo, a forte presença lusa nas cadeiras do governo e o envolvimento do rei com as questões políticas de Portugal – como no caso da sucessão do trono português – colocavam sob desconfiança o comprometimento de Dom Pedro I em defender os interesses da nação brasileira.
Não bastassem os desentendimentos políticos, a falta de arrojo do rei junto às questões econômicas também contribuiu para sua queda. A contração de dívidas com a Inglaterra e o gasto de verbas com a Guerra da Cisplatina fortaleceram o movimento oposicionista. Em 1829, a falência do Banco do Brasil agravou o repúdio aos poderes imperiais. Dessa forma, a vitória dos oposicionistas, em 1830, dava sinais do enfraquecimento político de Dom Pedro I.
Aliada às críticas referentes ao seu governo, outro escândalo piorou a imagem do imperador. Em 1830, o assassinato do oposicionista Libero Badaró provocou uma onda de ataques contra Dom Pedro I. Segundo alguns jornais da época, a falta de uma investigação detalhada sobre o crime seria um forte indício do envolvimento do rei com a morte de Badaró.
No Rio de Janeiro, vários confrontos entre brasileiros e portugueses representavam a falta de reconhecimento ao governo imperial. A Noite das Garrafadas, ocorrida no início 1831, ficou marcada como a maior dessas manifestações anti-lusitanas. Ainda tentando recuperar prestígio, em março daquele ano, Dom Pedro I anunciou um corpo de ministros formado somente por brasileiros.
A manobra de Dom Pedro I já era tardia. Os militares aderiram ao movimento de oposição ao seu governo e a câmara dos deputados se tornou um reduto de críticas à presença do rei. Procurando retaliar os revoltosos, Dom Pedro dissolveu seu conselho de ministros e formou um novo conselho dominado por portugueses.
Sem alcançar o êxito esperado, um grupo de soldados e populares concentrados no Campo de Santana ameaçaram a integridade de Dom Pedro I. Mediante a embaraçosa situação, o imperador abdicou do trono no dia sete de abril de 1831.

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