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Carência afetiva - 8 motivos

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Neurociência e Saúde Mental 
 
 
 
 
1
 
 
 
 
O QUE TORNA UMA PESSOA CARENTE? CONHEÇA OS OITO 
PRINCIPAIS MOTIVOS 
 
http://estilo.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/09/13/o-que-torna-uma-pessoa-carente-
conheca-os-oito-principais-motivos.htm 
Andrezza Czech 
 
 
Sentir-se carente após sofrer uma rejeição é normal, mas quando o problema 
tem origem na infância, é preciso buscar ajuda profissional. 
Todos já passamos por momentos de carência ao menos uma vez na vida. 
Em fases de pouca autoconfiança ou após um fim de relacionamento, por exemplo, 
estamos sujeitos a sofrer desse mal. 
"Há estados situacionais de carência, mas o problema é quando é um 
sentimento constante", afirma o psicoterapeuta Marco Antonio De Tommaso, formado 
pela USP (Universidade de São Paulo). 
Segundo Ailton Amélio, doutor em psicologia e professor do Instituto de 
Psicologia da USP (Universidade de São Paulo), a carência pode ter origem no passado, 
devido a problemas vividos na infância, ou pode ser decorrente de algum acontecimento 
recente. 
Para te ajudar a entender se a sua carência é passageira ou se é melhor 
procurar ajuda profissional, UOL Comportamento conversou com especialistas para 
conhecer os principais motivos que tornam uma pessoa carente. 
1 – Baixa autoestima 
De acordo com Tommaso, o que está por trás do comportamento de alguém 
que se sente bem na presença do parceiro, mas sofre de carência na ausência dele, é a 
baixa autoestima. "É como se a pessoa buscasse no outro aquilo que não sente por si 
mesma. Ela acaba entrando em um processo de dependência muito grande", afirma o 
psicoterapeuta. 
Segundo ele, problemas de autoestima acabam com o equilíbrio do 
relacionamento. "No início, quando ninguém tem certeza se a relação vai dar certo, é 
normal que haja medo. Isso, normalmente, é amenizado à medida que o envolvimento 
evolui. Mas as pessoas carentes têm os sentimentos de insegurança e medo de perda 
ainda mais fortes conforme a relação se fortalece", diz Tommaso. 
 
 Neurociência e Saúde Mental 
 
 
 
 
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Como resultado do medo de tomar um fora a qualquer momento, a pessoa 
com baixa autoestima começa a cobrar mais o parceiro, a pressão aumenta, os pedidos 
de provas de amor são cada vez mais frequentes e ela se mostra excessivamente 
pegajosa e possessiva. "Ela revela a necessidade de uma atenção intensa que nunca 
conseguirá", diz Tommaso. 
Esse tipo de pessoa está sempre carente: quando não tem ninguém, sente-se 
assim por temer a solidão; quando tem, age desse modo por ter receio de perder o outro. 
"Para não tomar um fora, a pessoa tolera maus tratos, humilhações e se torna 
dependente do outro", afirma. 
 2 – Pais inseguros 
Em um lar onde as pessoas são autoconfiantes, a criança cresce com uma 
visão positiva sobre ela e sobre a vida. Do mesmo modo, uma família com pais 
inseguros pode criar filhos com problemas de autoestima e, consequentemente, carentes. 
"As crianças assimilam o que os pais fazem e os valores que têm. Pais 
inseguros, pessimistas e que se desentendem com frequência criam filhos pouco 
autoconfiantes e mais ciumentos. São crianças que dependem dos amiguinhos e que 
podem se tornar adultos que agem primeiro de modo extremamente submisso e, depois, 
com possessividade", afirma Tommaso. 
3 – Pais inconstantes 
Segundo Ailton Amélio, quem tem propensão a ser carente pode ter sido 
uma criança criada por alguém inconstante. "Se a mãe um dia era carinhosa e, no outro, 
fria, a criança se torna ansiosa, pois nunca sabe se o outro estará presente ou não", diz. 
Na vida adulta, ela se torna insegura, ciumenta, possessiva e grudenta. 
4 – Superproteção na infância 
Nem só de falta de carinho e atenção na infância é feita uma pessoa carente. 
De acordo com a psicanalista Luciana Saddi, mestre em Psicologia Clínica pela PUC-
SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e membro associado da Sociedade 
Brasileira de Psicanálise de São Paulo, o excesso de atenção também pode levar uma 
criança a ser carente quanto adulta. 
Segundo ela, é comum que quem foi superprotegido e mimado na infância 
exija muita atenção, algo com o qual sempre esteve acostumado. "Pessoas 
superprotegidas, sempre consideradas coitadinhas pela família, não foram estimuladas a 
acreditar que podem ser autossuficientes. Esperam e exigem muito dos 
relacionamentos", diz Luciana. 
5 – Rompimento traumático 
Há também fases de carência situacionais, com origens mais recentes e mais 
fáceis de serem superadas. Uma delas é consequência de um rompimento. "Alguns tipos 
de desfecho afetivo deixam a gente carente, mexem com o nosso amor próprio, que fica 
ferido depois de um fora. Mas, com o tempo ou um novo amor, você se renova", diz 
Tommaso. 
 
 Neurociência e Saúde Mental 
 
 
 
 
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6 – Situações de desemparo 
De acordo Luciana Saddi, a carência momentânea também pode surgir se a 
pessoa perde o emprego, recebe uma crítica muito violenta e inesperada ou sofre com a 
morte de alguém próximo. "Qualquer situação grave, que gere angústia, leva ao 
desamparo. E uma pessoa desamparada tem maior tendência a se sentir carente", afirma. 
7 – Resquícios de um relacionamento 
Segundo Ailton Amélio, experiências afetivas anteriores podem tornar a 
pessoa carente. "Uma pessoa que costumava ser independente, mas vivenciou um 
relacionamento que estimulava a dependência e o abandono dos amigos, está sujeita a 
sofrer assim que houver o término", diz. 
8 – Personalidades 
A carência também pode ser um traço de personalidade. "Pessoas muito 
vorazes dificilmente se satisfazem na vida", diz Luciana. E esse desejo de querer sempre 
mais também acontece nos relacionamentos, onde há a tendência de se mostrar carente. 
De acordo com Luciana, aqueles que se vitimizam também são fortes 
candidatos à carência. "São pessoas que gostam de se colocar em uma situação de maior 
sofrimento e costumam culpar sempre o outro por sua dor. É como se não fossem 
responsáveis por suas vidas", diz ela. 
Quando a carência exige ajuda 
Quando a origem da carência é um problema de autoestima, com origens no 
passado, decorrente da criação, o problema é mais sério e exige ajuda profissional. 
Quando é situacional, como um término de relacionamento, é possível sair dessa 
sozinho, com o tempo. "Uma dose de sofrimento e carência é natural e até saudável. 
Mas se durar demais e prejudicar a pessoa, é preciso procurar ajuda", diz Ailton Amélio. 
Quando a carência é uma característica constante, um comportamento 
repetido em todas as relações, também é preciso ficar atento. "Se você fica cada vez 
mais ansioso à medida que seu relacionamento avança, se tem fantasias decorrentes do 
medo de perder o outro, tendo ciúmes e fazendo coisas que não deveria para manter o 
outro, vale procurar ajuda psicológica", diz Tommaso.

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