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Petição - Impugnação Administrativa

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Impugnação Administrativa
ILUSTRÍSSIMO SENHOR SECRETÁRIO DA FAZENDA DO ESTADO DE RONDÔNIA.
Auto de Infração nº 4.508.670
Empresa XY, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 078.789.667.411, com sede na Av. Almirante Barroso, nº 560, Porto Velho/RO, vem, respeitosamente, por meio de seu advogado abaixo assinado (procuração e atos constitutivos anexos) com endereço profissional situado na Rua Salgado Filho, n° 5342, Bairro Nossa Sra. Das Graças, Cidade Porto Velho, Estado de Rondônia, CEP nº 76804-118, onde recebe intimações apresentar, com fulcro no artigo 538, caput, do Decreto nº 45.490/2000.
IMPUGNAÇÃO
Ao Auto de Infração nº 4.508.670 de 01 de Fevereiro de 2021, promovido pelo Estado de Rondônia, pessoa jurídica de direito público, pelas razões de fato e de direitos a seguir aduzidas.
1. Dos fatos
A empresa XY, foi notificada do Auto da Infração no dia 01/02/2021, onde o Fisco Estadual alega que a empresa creditou-se indevidamente do ICMS, no valor de R$ 100.000,00 (Cem mil), no ano de 2020, o fisco considera a documentação juntada pela empresa como insuficiente e inábil.
No entanto a empresa não foi notificada para apresentar defesa no processo administrativo e no Auto de Infração, evitando eventual lançamento do débito tributário. Diante do exposto, não restou opção à Impugnante senão apresentar a presente Impugnação, a fim de anular o Ato de Lançamento em epígrafe.
2. Da tempestividade 
Sabe-se que o prazo para impugnar é de 30 dias, conforme disposto no artigo 89, § 2º da Lei Estadual nº 6.374/1989 e artigo 538, caput, do Decreto nº 45.490/2000. Desse modo, tendo em vista que o Auto de Infração não foi recebido, podendo causar a nulidade.
3. DAS PRELIMINARES – NULIDADE DAS FORMAS
3.1 DA AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO 
O artigo 23 do Decreto nº 70.235, de 1972, que dispõe sobre o processo administrativo fiscal, estabelece claramente:
Art. 23. Far-se-á a intimação:
(...)
II - por via postal, telegráfica ou por qualquer outro meio ou via, com prova de recebimento no domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo;
Ocorre que não houve intimação ao Requerente, fato que não fica demonstrado em momento algum do processo administrativo. Tem-se por necessário, portanto, a nulidade do processo, por ausência de comprovação de notificação válida (com consequente nulidade do título executivo que aparelha a execução fiscal embargada), conforme precedentes sobre o tema:
4. DO DIREITO
4.1 DA RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO
A Impugnante é sujeito passivo do ICMS no regime de substituição tributária prevista no artigo 45 do Código Tributário Nacional, ou seja, a lei determina que ela é responsável pelo pagamento do tributo desde a ocorrência do fato gerador no lugar do contribuinte. Desse modo, desde o nascimento da obrigação tributária, o responsável já é sujeito passivo. O substituto legal tributário tem não só a responsabilidade pela obrigação principal, como também pelas acessórias, incumbindo-lhe praticar todos os deveres instrumentais do Fisco.
4.2 DA HOMOLOGAÇÃO E PRESCRIÇÃO QUINQUENAL 
O ICMS é tributo sujeito ao lançamento por homologação, no qual o contribuinte emite a nota fiscal, discrimina o tributo e efetua o recolhimento deste aos cofres públicos municipais, através da guia de recolhimentos. Ou seja, faz o pagamento com base em apuração realizada por ele próprio. Por isso, diz pagamento antecipado, porque feito antes do lançamento (antes da participação da autoridade administrativa). A extinção do crédito tributário não se verifica com o pagamento, mas com a soma deste com a homologação do lançamento (art. 150, § 4º, do CTN).
Em vista desta antecipação de pagamento, é permitido ao Fisco homologá-lo em um prazo decadencial de 5 anos, contados a partir do fato gerador. O transcurso in albis do quinquênio decadencial, sem que se faça uma conferência expressa, provocará o procedimento homologatório tácito, segundo o qual perde o Fisco o direito de cobrar uma possível diferença, vindo a reboque a perda do direito de lançar. Dessarte, extingue-se definitivamente o crédito tributário, conforme o art. 156, VII, do CTN.
5. DA SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Tendo em vista a apresentação da presente Impugnação, requer-se que a Ilma. Autoridade Administrativa reconheça a suspensão da exigibilidade do crédito tributário discutido no Auto de Infração nº 4.508.670, em razão da existência do artigo 151, III do CTN que confere tal direito.
6. DOS PEDIDOS 
Diante do exposto requer-se:
a) o recebimento da presente Impugnação, uma vez que tempestiva e pertinente;
b) que seja cancelado o Auto de Infração, em razão da decadência, conforme artigos 150, § 4º e 156, VII do CTN;
c) que seja reconhecida a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, enquanto estiver em discussão administrativa o presente Auto de Infração, conforme dispõe o artigo 151, III, do CTN;
d) caso não seja pelo cancelamento do Auto de Infração, o entendimento da Ilma. Autoridade Administrativa, que este, então, seja revisado e que eventuais valores remanescentes sejam lançados em novo Lançamento com novo prazo para apresentação de defesa.
Nestes termos,
Pede deferimento.
15 de Setembro de 2021.
Jakeline Gonçalves Reis

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