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Fármacos Antipsicóticos

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Fármacos Antipsicóticos 1
🧿
Fármacos Antipsicóticos 
Bárbara Aguiar dos Santos 
Medicina UFMG 158
Esquizofrenia 
Caracterizada por dimensões de sintomas que envolvem a espera cognitiva (prejuízo da atenção, da memória e da 
execução de funções); sintomas negativos (ausência de sociabilidade, verbalização e interesse por atividades 
cotidianas); e psicóticos (alucinações, delírios e pensamentos alterados);
É compreendida como uma doença do desenvolvido, e pode se manifestar devido a eventos biopsicossociais na 
infância, adolescência e início da fase adulta;
Segundo a hipótese dopaminérgica, a esquizofrenia se desenvolveria por um excesso de produção e liberação de 
Dopamina na via mesolímbica no SNC, relacionada ao prazer e ao surgimento dos sintomas positivos em pacientes 
esquizofrênicos. Esta via é o foco de tratamento da esquizofrenia;
Contudo, a Dopamina também está envolvida nas vias Nigroestriatal (relacionada ao movimento), Mesocortical 
(relacionada aos sintomas negativos da esquizofrenia), e Tuberoinfundibular (relacionada à liberação de prolactina).
Mecanismos de Ação dos Fármacos Antipsicóticos 
A primeira geração de fármacos antipsicóticos incluem:
Fenotiazinas: Clorpromazina, Tioridazina, Levomepromazina e Flufenazina;
Butirofenonas: Haloperidol e Droperidol;
Tioxantenos: Flupentixol e Tiotixeno;
Benzamidas: Sulpirida e Amisulprida. 
A segunda geração de antipsicóticos são:
Clozapina;
Olanzapina;
Quetiapina;
Risperidona. 
A terceira geração de antipsicóticos inclui:
Aripiprazol;
Brexpiprazol;
Cariprazina;
Lurasidona.
Propõem-se que os antipsicóticos possam atuar como antagonistas de monoaminas, notadamente da Dopamina e 
do receptor específico do tipo D2;
Os antipsicóticos não apresenta igual eficácia em combater os diferentes sintomas da esquizofrenia, visto que os 
fármacos de primeira geração são eficazes contra sintomas positivas, mas ineficazes contra sintomas negativos e 
cognitivos;
Os fármacos de segunda geração agem como antagonistas D2 de baixa afinidade e, por isso, não induzem 
síndrome parkinsoniana;
Fármacos Antipsicóticos 2
Os fármacos de terceira geração são agonistas parciais dos receptores D2, ou seja, ativam parcialmente os 
receptores D2, mas não abolem totalmente a sua ação como os antagonistas; 
Tanto os fármacos de segunda geração quanto os de terceira geração são eficazes contra os sintomas negativos e 
positivos da esquizofrenia; 
Efeitos Adversos dos Fármacos Antipsicóticos 
Efeitos Adversos Dopaminérgicos
Efeitos Extrapiramidais
A curto prazo, os fármacos antipsicóticos podem induzir a Síndrome Parkinsoniana, ou seja, o aparecimento de 
sintomas como bradicinesia, tremores, rigidez da musculatura e instabilidade postural. Isso ocorre devido à 
presença de receptores D2 na via Nigroestriatal do SNC, relacionada aos movimentos voluntários;
A curto prazo, também pode surgir acatisia (agitação) e distonia aguda;
Para manejo destes sintomas, os quais são dose dependente, recomenda-se a tentativa de reduzir a dose da 
medicação. Caso essa estratégia não seja positiva, sugere-se a troca do fármaco por outro de perfil melhor ou, por 
último, a associação da droga com o Biperideno, droga capaz de reduzir os efeitos extrapiramidais; 
A longo prazo, os fármacos podem causar discinesia tardia, isto é, excesso de movimentos involuntários. Sugere-se 
que isso ocorra devido ao aumento da expressão de receptores D2 no SNC a fim de compensar o antagonismo. 
Esse sintoma não é rapidamente revertido quando a medicação é interrompida;
A distonia crônica também pode estar presente em tratamentos de longo prazo;
Os sintomas crônicos não apresentam um manejo específico que promova qualidade de vida do paciente. 
Efeitos Endócrinos 
A Dopamina está presente na via tuberoinfundibular do SNC, atuando como neurotransmissor inibitório na hipófise. 
Logo, a ativação de receptores D2 inibem a secreção de prolactina, de modo que o indivíduo em uso de 
antipsicóticos pode apresentar hiperprolactinemia e galactorreia;
Para manejo destes efeitos colaterais, recomenda-se diminuir a dose da medicação ou trocá-la por outra de melhor 
perfil.
Efeitos Adversos Autonômicos 
Vários antipsicóticos podem atuar como antagonistas de receptores muscarínicos ou receptores alfa-1-adrenérgicos;
Entre os efeitos adversos presentes estão: boca seca, constipação, taquicardia, etc; 
Outros Efeitos Adversos 
Os antipsicóticos podem provocar alterações metabólicas importantes que culminam em obesidade, diabetes, 
aumento de colesterol, etc. Neste caso, os efeitos são dose dependente, de modo que várias estratégias podem ser 
sugeridas para manejar os pacientes:
Sugerir mudanças de estilo de vida e medidas não farmacológicas para redução do peso e da glicemia;
Acompanhar regularmente as variações do peso, PA, glicemia e colesterol;
Avaliar a possibilidade de reduzir a dose da medicação;
Caso a redução da dose não tenha sido efetiva, sugere-se a troca do medicamento por outro de perfil melhor ou 
acrescentar uma segunda medicação ao esquema terapêutico. 
Síndrome neuroléptica, que provoca aumento de temperatura e rigidez muscular;
Redução no limiar convulsivo;
Agranulocitose (redução de neutrófilos no sangue).
Fármacos Antipsicóticos 3
Considerações Gerais
Os fármacos antipsicóticos são bem absorvidos pela via oral, mas estão disponíveis também para administração 
pela via intramuscular, quando se deseja efeito rápido;
Novas formulações incluem preparações de depósito, para efeito a longo prazo. Isso é positivo em caso de 
pacientes com dificuldade de adesão ao tratamento;
São fármacos metabolizados pelo fígado, o que exige cuidado com pacientes hepatopatas;
Fármacos Antipsicóticos 4
A meia vida destas drogas gira em torno de 20 a 40 horas, de modo que geralmente são administradas apenas uma 
vez ao dia; 
São fármacos altamente lipofílicos, o que facilita a passagem pela BHE;
Sofrem excreção renal, mas não são contraindicados em pacientes com insuficiência renal, apenas em casos 
severos; 
Calcula-se que a dose ideal da droga antipsicótica seja aquela que propicie a interação com 60 a 80% dos 
receptores D2, a fim de propiciar o efeito terapêutico mas evitar os efeitos colaterais extrapiramidais;
Os fármacos antipsicóticos podem ser utilizados também no tratamento de síndrome delirante persistente, da 
depressão com sintomas psicóticos, do transtorno do estresse pós traumático, do transtorno bipolar com sintomas 
psicóticos, entre outros transtornos psiquiátricos que envolvam agitação e agressividade (em casos específicos) ou 
manifestações psicóticas;

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