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Planejamento_Estrategico_de_Turismo_em_guapi

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Guapimirim
Plano Estratégico de Turismo em 
Guapimirim
Julho - 2017
Sumário
Prefeito 
Jocelito Pereira de Oliveira
Vice-prefeito 
Ricardo Almeida de Oliveira
Secretaria de Administração 
José Carlos Faria
Secretaria de Turismo 
Humberto Costa
Secretaria de Cultura
Luís Cláudio de Oliveira
Secretaria de Agricultura, Pecuária 
e Pesca
Daniel Eugênio
Secretaria de Assistência Social e 
Direito Humanos
Maria de Lourdes Muniz
Secretaria de Segurança, Ordem 
Pública e Defesa Civil 
Leonardo Rodrigues Neves
Secretaria de Educação 
Cecília Pais
Secretaria de Indústria, Comércio, 
Trabalho e Renda 
Guilherme Henrique Soares David
Secretaria de Fazenda 
Lucimar Simas da S. Tito
Secretaria de Ambiente 
Pierre Dutra
Secretaria de Obras e Serviços 
Públicos
João Maurício Ferreira
Secretaria de Saúde 
Marcos Appolinário
Controladoria Geral
Ana Cristina Almeida
Secretaria de Esporte e Lazer
Nielsen Krizek
Secretaria Casa Civil
Ricardo Almeida de Oliveira
Secretária Urbanismo e 
Regularização Fundiária
Pierre Dutra
Procurador Geral
Dr. Fabrício Vilar Flor
2017. Prefeitura Municipal de Guapimirim
Todos os direitos reservados. 
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, 
constitui violação de direitos autorais (Lei nº 9.610). 
Informações e contatos 
Prefeitura Municipal de Guapimirim - Secretaria de Turismo 
Avenida Dedo de Deus, 1161 – Centro – Guapimirim – RJ – CEP: 25946-244
Telefone.: 21 2632-2412 ramal 1247 – site: www.guapimirim.rj.gov.br
1 INTRODUÇÃO 7
2 METODOLOGIA 11
3 MERCADO TURÍSTICO 17
3.1 Turismo no Brasil e no mundo 20
3.2 Mapa do Turismo Brasileiro e no Estado do Rio de Janeiro 24
4 CARACTERIZAÇÃO DA OFERTA TURÍSTICA EM GUAPIMIRIM 27
4.1 Histórico do município 29
4.2 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Guapimirim 32
4.3 Relevo, hidrografia, vegetação e clima 34
4.4 Estrutura de serviços e equipamentos turísticos 39
4.5 Atrativos turísticos 40
4.6 Eventos municipais 49
4.7 Lei Orgânica Municipal para o Turismo 50
5 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO TURISMO NO MUNICÍPIO 53
5.1 Oficina de Planejamento Estratégico 54
5.2 Análise FOFA: forças, oportunidades, fraquezas e ameaças 62
5.3 Mapa estratégico 64
6 AÇÕES DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 67
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 73
8 ANEXOS 74
9 FICHA TÉCNICA 83
1 Introdução
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 7
O Município de Guapimirim, carinhosa-
mente chamado de Guapi, está situa-
do em um vale, no sopé do Maciço do 
Pico Dedo de Deus, acidente geográfi-
co que é símbolo da região e visível de 
diversos pontos da cidade. Possui uma 
série de atributos que o conduziram 
a buscar a atividade turística, junta-
mente aos Municípios de Cachoeiras 
de Macacu, Nova Friburgo, Petrópolis, 
Teresópolis, que junto à Guapimirim 
compõe a região turística Serra Verde 
Imperial; Areal, Comendador Levy Gas-
parian, São José do Vale do Rio Preto 
e Três Rios, que formam a região tu-
rística Caminhos Coloniais; e Magé da 
região turística Baixada Verde.
A extensão geográfica de Guapimi-
rim inclui um santuário intocado, com 
cerca de 70% distribuídos em cinco 
áreas de proteção ambiental, com a 
presença de animais selvagens, além 
do manguezal com sua flora e fauna 
características. A cidade preserva a 
autenticidade típica de interior, pre-
servando e valorizando manifestações 
folclóricas, o artesanato local e os ele-
mentos de um turismo sustentável que 
se associa às vertentes da natureza, 
da aventura e, também, da ruralidade.
A Serra Verde Imperial é composta de 
municípios com características his-
tóricas e culturais únicas se compa-
radas a outras porções da Serra Flu-
minense. A presença da família real 
brasileira nas cidades de Petrópolis e 
da estrutura de serviços voltada para o 
turismo. O resultado do estudo preten-
de dizer como o setor se encontra atu-
almente, e indicar ações e estratégias 
que impulsionem e orientem o segmen-
to por meio de um plano estratégico 
dirigido à atividade turística na cidade, 
permitindo assim, o fortalecimento do 
setor e de seus grupos organizativos. 
O Planejamento Estratégico Turísti-
co aplicado em Guapimirim tem como 
um dos principais objetivos dar aces-
so a uma participação capaz e efetiva 
ao setor, além de transmitir uma maior 
visibilidade do município no panorama 
turístico do Estado. De modo a alcançar 
os objetivos estipulados por meio des-
te Planejamento, foi desenvolvido um 
trabalho que incluiu a coleta de infor-
mações do município, desde entrevistas 
com seus principais atores administra-
tivos, comerciais e/ou sociais, comple-
mentadas pela pesquisa de campo nos 
pontos de interesse turístico de Guapi-
mirim, com devidos registros fotográfi-
cos e as respectivas análises.
Graças ao suporte da Prefeitura Mu-
nicipal de Guapimirim, as tarefas fo-
ram realizadas com detalhamento e 
abrangência necessários, permitindo 
acesso as informações locais de for-
ma eficiente e bem direcionado. Os 
dados estatísticos inseridos neste tra-
balho são oriundos de fontes oficiais, 
notadamente aqueles compilados no 
Instituto Brasileiro de Geografia e Es-
Teresópolis, a proximidade do Rio de 
Janeiro e da Baía de Guanabara foram 
fatores que impulsionaram o início da 
ocupação da Serra Fluminense por co-
lonos portugueses e, posteriormente, 
alemães, suíços, belgas e japoneses 
nas terras de Petrópolis, Teresópolis, 
Guapimirim e Magé.
A região se caracteriza pelo clima rural, 
de montanhas de Mata Atlântica, onde 
a tranquilidade é um dos mais impor-
tantes aspectos característicos de cida-
des do interior fluminense e da região. 
Conjugando a beleza da vegetação 
com uma topografia variada, Guapimi-
rim tem localização privilegiada e con-
ta com diversas paisagens únicas.
Nesse cenário, é imprescindível a for-
mação e oferta de produtos turísticos 
apropriados à demanda, além da implan-
tação de um consistente planejamento 
estratégico que garanta um turismo só-
lido e sustentável e que beneficie, sobre-
tudo, a comunidade local. Assim sendo, 
por meio da ação da Prefeitura Muni-
cipal de Guapimirim, este Planejamento 
Estratégico para o Turismo recebe o Se-
brae/RJ como o parceiro que, ao longo 
dos anos, vem estimulando o desenvolvi-
mento do setor na região. 
A conjunção de esforços da Prefeitura 
Municipal de Guapimirim com o Sebrae/
RJ propõe a construção de uma análi-
se do conjunto de atrativos turísticos 
do município, junto a um levantamento 
tatística (IBGE) e outras fontes fide-
dignas e complementares, tais como 
o site Visite Guapimirim. O estudo 
contém ainda informações sociais e 
econômicas como elementos que con-
substanciem o panorama local.
Pretende-se que a leitura final e aten-
ta deste documento ofereça orienta-
ção, sensibilização e motivação para 
que as autoridades, os empresários e 
os empreendedores locais reflitam e 
caminhem na direção adequada das 
ações propostas neste planejamento. 
Ademais, o estudo visa possibilidades 
de uma maior inserção do Município 
de Guapimirim no cenário turístico 
regional, interestadual e nacional. 
Com o olhar voltado para a execução 
das proposições e respetivos resul-
tados deste planejamento, almeja-se 
que o presente documento se referen-
cie como uma contemporânea visão 
voltada para um protótipo de turismo 
estruturado no município. Destacam-
se também os benefícios do turismo 
assim planejado que afetarão positi-
vamente micro e pequenas empresas 
locais, confirmando suas importantes 
participações no cenário empresarial, 
e que tal mobilidade coletiva induza a 
criação de novos postos de trabalho, 
trazendo um aumento na circulação 
de divisas no município por meio 
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirimPlano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 98
2 Metodologia
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 11
Tendo em vista sua eficiência para al-
cançar um resultado visível, factível e 
que conte com uma experiência pre-
viamentereconhecida, faz-se necessá-
rio eleger uma metodologia adequada 
para a construção de um pla-
nejamento estratégico de uma 
região. Dessa forma, decidiu-
se aplicar neste estudo, uma 
metodologia participativa que 
envolve a utilização de técni-
cas como World Café e o Open 
Space com coleta gráfica.
O World Café é utilizado ao 
redor mundo em empresas dos 
mais diversos segmentos e ta-
manhos, independentemente 
do número de participantes. 
Nesta dinâmica, os participan-
tes sentam-se em pequenos 
grupos de quatro ou cinco pes-
soas e são estimulados à con-
versação sobre um tema e/ou 
pergunta pré-definidos, após 
as explicações do coordena-
dor dos trabalhos (anfitrião 
ou âncora) sobre o processo, 
pressupostos e a etiqueta da 
metodologia. 
As ideias-chave são anotadas 
nas suas toalhas de papel, da 
forma como os participantes 
julgarem melhor. Terminado 
o tempo da rodada, em torno 
de 20 a 30 minutos, os parti-
toalha de papel – igual a usada em 
cafés e restaurantes e que muitas 
vezes é o espaço para registro de in-
formações e ideias – e estimular que 
sejam compartilhadas as conversa-
ções experimentadas nas outras me-
sas. Neste momento, inicia-se o pro-
cesso de polinização cruzada, que 
acontece durante todas as rodadas 
do World Café. 
O novo conteúdo deve ser incorpora-
do ao registro daquela mesa. Termi-
nada a rodada novamente os partici-
pantes, menos um, mudam de mesa e, 
dependendo do objetivo da conversa-
ção, continuam na mesma questão ou 
recebem um novo detalhamento ou 
um novo foco. 
No World Café trabalha-se com a su-
posição de que as pessoas participan-
tes já possuem dentro delas a sabe-
doria e criatividade para confrontar 
até mesmo os desafios mais difíceis. 
Dados o contexto e foco adequado, é 
possível acessar e usar este conheci-
mento mais experiente sobre o que é 
mais relevante para o tema em foco.
Usando criatividade em ambiente 
acolhedor, os participantes trocam 
informações de um jeito mais infor-
mal, e, sem que percebam, são esti-
mulados a focar nos processos coleti-
vos de aprendizagem e na criação de 
conhecimento. 
cipantes, exceto um, deverão mudar 
para outras mesas. O que permane-
ceu à mesa tem a responsabilidade 
de receber os novos companheiros, 
apresentar o que foi sintetizado na 
Complementarmente, o Open Spa-
ce (espaço aberto, em inglês) é uma 
técnica de criação livre e colaborati-
va. Nos encontros onde o Open Space 
é praticado, não há apenas um foco 
de discussão, mas diversos. Cada foco 
é um tópico, e possivelmente uma per-
gunta. Embora um tema global possa 
ser escolhido, os tópicos são propos-
tos livremente pelos participantes, 
na hora do encontro. Cada tópico vai 
atrair a atenção de quem comparti-
lha competências ou demandas seme-
lhantes, referentes aos assuntos abor-
dados, que podem ser sintetizados em 
um único tópico.
Tópicos diferentes são grupos dife-
rentes, e grupos diferentes ficam em 
espaços diferentes. Entretanto, exis-
tem três regras fundamentais:
1. Atraso do julgamento: não se 
eliminam ideias aparentemente 
ruins, pois podem se juntar com 
outras e gerar algo admirável.
2. Diálogo: falar com intenção e 
ouvir com atenção.
3. Regra dos dois pés: se você não 
está contribuindo ou aprendendo, 
utilize seus dois pés e saia do gru-
po, migrando para outro livremen-
te. Não precisa nem se despedir, o 
que interromperia o diálogo.
O único que deve permanecer no grupo 
é o anfitrião propositor e responsável 
Como surgiu o World Café
O método foi criado quase por acaso, em 1995, 
pelo casal Juanita Brown e David Isaacs. Quan-
do organizavam um diálogo estratégico que seria 
no pátio de sua residência, uma chuva torrencial 
mudou os rumos do que haviam programado. De-
cidiram fazer a reunião na própria sala de estar, 
distribuindo mesas e cadeiras brancas e recep-
cionando os participantes com café da manhã. 
Com a ajuda de Tomi Nagai-Rothe, especialista 
em gráficos interativos, cobriram cada mesa com 
papel, enfeitaram com pequenos vasos com flores 
e dispuseram giz de cera sobre as mesas. Tomi 
faz um cartaz: “Bem-vindos ao Homestead Café”, 
em alusão ao endereço do casal. Depois de tudo 
pronto, Juanita e David decidem rapidamente que 
seria melhor manter as mesas em vez da tradi-
cional roda de debates para que os participantes 
continuassem a trocar informações de forma mais 
natural. E assim foi durante 45 minutos, quando 
um dos participantes mostrou curiosidade em sa-
ber o que se passava nas demais mesas e suge-
riu que uma pessoa permanecesse em cada mesa 
para resumir o que ela e os componentes ante-
riores haviam conversado e rabiscado na toalha 
de papel aos novos participantes. E, um tempo 
depois, novamente uma pessoa ficou à mesa com 
as anotações da toalha e os demais trocaram de 
lugar. Todos estavam tão interessados que nem 
perceberam que já era quase a hora do almoço. 
Com um papel maior no chão da sala, a desenhis-
ta Tomi começou a “traduzir” de forma gráfica as 
anotações das toalhas de papel. Estava pratica-
mente criada a nova metodologia.
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirimPlano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 1312
por acolher quem quiser entrar e não 
questionar quem desejar sair. Também 
é ele quem toma notas do que está 
sendo criado em conjunto. Os diálogos 
em grupos têm uma duração determi-
nada, chamada “sessão” e ao fim dela, 
o anfitrião de cada tópico apresenta 
o resultado da criação conjunta a to-
dos os outros. É possível haver outras 
sessões com novos tópicos ou continu-
ando os anteriores. O resultado, além 
daquilo que foi criado, torna-se uma 
experiência de liberdade em ambiente 
de aprendizado de ambas as direções.
Para o planejamento estratégico do 
turismo em Guapimirim, além da con-
jugação das técnicas de metodologia 
colaborativa, usou-se como elemento 
complementar, um refinamento técni-
co das propostas apresentadas a par-
tir da menção das pesquisas secundá-
rias dos diversos estudos já realizados 
naquele território turístico, que servi-
ram de apoio à metodologia emprega-
da, motivada pelo perfil turístico do 
município e outros fatores inerentes.
O desenvolvimento do presente pla-
nejamento estratégico foi composto 
de etapas, cumpridas para atingir os 
objetivos propostos, a saber:
• Reuniões entre a equipe de con-
sultores com as entidades envol-
vidas no processo: Secretarias 
Municipais de Guapimirim, em-
presários e Sebrae/RJ.
• Oficina de Planejamento Estraté-
gico com os formadores de opi-
nião da cidade de Guapimirim.
• Sistematização das informações.
• Análise dos resultados.
• Elaboração do documento final.
Ressalta-se que a metodologia e 
técnicas aplicadas serviram para 
coletar, de forma inovadora, in-
formações e ideias dos próprios re-
presentantes que serão diretrizes 
para a condução das ações futuras.
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirimPlano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 1514
3 Mercado 
turístico
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 17
O mercado turístico é o ambiente 
onde fluem a oferta e a procura de 
produtos e serviços turísticos, com 
seus compradores e vendedores. Os 
fornecedores oferecem diferentes ti-
pos de produtos e serviços que po-
dem ser ajustados às diferentes ne-
cessidades e motivos de compra dos 
compradores. Dessa forma, torna-se 
necessário reconhecer e classificar 
o segmento dos compradores para 
oferecer os serviços existentes neste 
vasto mercado.
Os elementos que compõem o mercado 
turístico estão basicamente ligados a 
várias demandas, desde alimentação, 
passando por meios de hospedagens, 
chegando às atrações turísticas, pro-
curando cumprir exigências de cada 
grupo ou segmento. Estas demandas 
se inserem num conjunto de atribu-
tos, valores, serviços e produtos para 
o mercado (público) e requisitam ope-
radores capazes de atender determi-
nadas necessidadesde motivação, re-
creação, lazer, viagens de férias e até 
mesmo de trabalho.
Como qualquer tipo de mercado, o 
turístico pode ser considerado uma 
rede de informações que permite aos 
agentes econômicos – consumidores 
(turistas) e produtores (empresas de 
turismo) – tomarem decisões para re-
solverem os problemas econômicos 
fundamentais do setor.
nejamento adequado e sucessivo por 
meio de campanhas e propaganda e 
de promoção; e adaptação contínua 
dos meios de transporte às novas exi-
gências da demanda turística.
Além desses aspectos, deve-se con-
siderar a presença de outros fatores 
não menos relevantes em um merca-
do turístico, como: aparecimento de 
novas modas e hábitos da população; 
rigidez de adaptação da oferta tu-
rística; alta qualidade na prestação 
dos serviços a uma demanda turística 
cada vez mais exigente.
Para que o mercado turístico exista 
é necessária a presença de três ele-
mentos básicos, a saber: 
1. Preço dos produtos é consi-
derado um fator primordial que 
influencia o comportamento dos 
consumidores. Tanto a deman-
da como a oferta dependem do 
preço dos bens e dos serviços.
2. Liberdade: o turismo é uma 
manifestação da liberdade de 
ir e vir do homem. Atualmente 
o turismo pode ser praticado 
por grande parte dos indivíduos, 
tendo restrições limitadas às ra-
zões de caráter econômico.
3. Heterogeneidade. Observamos 
que no turismo tudo é desigual e 
diversificado. Os bens e serviços 
turísticos são modificados pela 
ação da natureza e do homem. 
Existem múltiplas atividades e ser-
viços – de transporte, alojamento, 
recreação, alimentação – que são 
semelhantes, mas nunca iguais. 
Feitas tais considerações sobre as 
classificações, as características e os 
fatores que determinam um mercado 
de turismo, passaremos, a seguir, à 
análise econômica do mercado turís-
tico propriamente dito.
Os visitantes (incluindo-se neste grupo 
os turistas e viajantes) estabelecem 
os padrões da demanda turística e são 
afetados por fatores: internos, como 
as motivações que os fazem viajar; e 
externos, que abrangem as mudanças 
econômicas, demográficas e sociais, e 
seguramente outros fatores como os 
tecnológicos, políticos, ecológicos, de 
segurança pública e de várias formas 
de planejamento espacial.
Vale ressaltar que o mercado se adé-
qua aos fatores (derivados de sua re-
lação com a oferta), por meio do co-
nhecimento da real oferta turística, 
inclusive com o desenvolvimento de 
produtos que contenham elementos 
que atraiam os turistas para um de-
terminado destino e que possam satis-
fazer as necessidades destes clientes.
O mercado turístico é onde converge a 
oferta de produtos e serviços de turis-
mo que se direciona aos interessados 
O mercado turístico, por suas pecu-
liaridades específicas, pode ser clas-
sificado em: 
I – Mercado turístico direto – no 
qual se oferecem e consomem 
bens e serviços plenamente re-
lacionados ao turismo como: 
voos charters, excursões de tu-
rismo e tours pela cidade;
II – Mercado turístico indireto – 
aquele em que se oferecem 
e consomem bens e serviços 
parcialmente turísticos, uma 
vez que podem ser utilizados 
por diversos consumidores que 
não necessariamente estejam 
fazendo turismo: transportes, 
alojamentos e restaurantes
Os mercados turísticos também po-
dem ser classificados pelas suas ca-
racterísticas próprias ou motivações 
de realização. Podemos destacar os 
mercados turísticos motivados por: 
férias, negócios, estudos, compras, 
busca de status etc.
Para a existência desses diversos mer-
cados é necessário enumerar uma re-
lação de fatores básicos e prioritários, 
fundamentais na atuação e potencia-
lidade de cada um dos distintos mer-
cados turísticos, tais aspectos seriam 
a existência de atrativos naturais ou 
artificiais, comprovados e conhecidos; 
uma apropriada rede de comercializa-
ção de bens e serviços turísticos; pla-
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirimPlano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 1918
que são, estão, serão ou estarão mo-
tivados para consumir os produtos e 
serviços turísticos. Já a oferta turísti-
ca é baseada em recursos que atraiam 
e forneçam os desejados serviços rele-
vantes aos turistas, ou seja, no poten-
cial que tem um centro turístico, por 
exemplo, para atrair e motivar os tu-
ristas e das infraestruturas, elementos 
fixos que compõem o negócio.
O conhecimento público mais imedia-
to deste mercado se refere às ações 
e formas pelas quais os indivíduos 
planejam suas viagens e estadas em 
lugares diferentes do seu ambiente. 
Usualmente, tal necessidade temporal 
pode compreender um período que 
geralmente dura mais de um dia e 
não mais de 12 meses.
Atualmente, o mercado turístico é um 
dos principais eixos a movimentar a 
economia tanto no Brasil quanto em 
outros lugares no mundo. Essa rea-
lidade acontece desde o turismo de 
massas (com grupos de pessoas mo-
bilizadas por operadores turísticos) 
ao turismo individual e personalizado 
(com indivíduos que organizam seus 
próprios roteiros e atividades sem 
a intervenção direta de terceiros), 
transformando-se em um gigantesco 
mercado, por meio de uma engrena-
gem globalizada e um conjunto de 
atividades e serviços que alcançam a 
vida de bilhões de indivíduos no pla-
mico Mundial; e a Pesquisa Anual de 
Conjuntura Econômica do Turismo (Pa-
cet), da Fundação Getúlio Vargas.
No mundo
Baseados em dados de diversos desti-
nos, o Barômetro Mundial do Turismo 
da da OMT estima, na edição de janei-
ro de 2018, que cerca de 1,322 bilhão 
de turistas percorreram o mundo em 
2017, um crescimento de 7%, sendo o 
melhor resultado em sete anos.
Ainda segundo o Barômetro Mundial do 
Turismo, os resultados de 2017 se carac-
terizaram parcialmente pela retomada 
da economia global e pelo crescimento 
da movimentação de muitos destinos 
de mercados tradicionais e emergen-
tes e, particularmente, da recuperação 
dos que sofreram retração nos anos 
anteriores, como Rússia e Brasil. A OMT 
espera que esse crescimento continue 
em 2018, na ordem de 4% ou 5%.
Conforme afirmou o secretário-ge-
ral da OMT, Zurab Pololikashvili, “as 
viagens internacionais continuam a 
crescer fortemente, consolidando o 
setor turístico como fator-chave do 
desenvolvimento econômico. [...] o tu-
rismo é essencial para a criação de 
emprego e a prosperidade de comuni-
dades ao redor do globo.”
Lembrando que a Europa, em especial 
os destinos mediterrâneos, registrou 
neta. Seu faturamento corresponde a 
9% do PIB mundial, alcançando a mar-
ca de um trilhão de dólares.
O indivíduo é atraído pela diversidade 
de oportunidades que o turismo apre-
senta, tais como provar culinárias di-
ferentes ou ouvir músicas de novos 
estilos, podendo apreciar outros tipos 
de cultura, de paisagens e, sobretudo, 
a sensação de magnitude que esse 
tipo de experiência traz para sua va-
lorização, pessoal e/ou social. Por al-
gum motivo, o viajante é tentado a 
escapar da sua rotina diária e partir 
para locais onde possa vivenciar tudo 
aquilo que venha a ampliar sua visão 
pessoal, cultural e geográfica.
O mercado turístico, é a categoria eco-
nômica que inclui todas as empresas 
que vendem produtos e serviços ligados 
a viagens. É o mercado cujas ofertas são 
incialmente associadas ao lazer, mas 
definitivamente também para viagens 
de negócios, estudos e outros motivos.
3 . 1 T u r i s m o n o B ra s i l e n o m u n d o
Os dados aqui apresentados foram 
obtidos em fontes secundárias, sendo 
elas o Barômetro Mundial do Turismo 
da da Organização Mundial do Turis-
mo (OMT); o Ministério do Turismo 
(MTur); o Relatório de Competitividade 
em Viagem e Turismo do Fórum Econô-
um extraordinário aumento de chega-
das internacionais de 8%, igual ao con-
tinente africano, que consolida sua re-
cuperação iniciada em 2016. Já a Ásia 
e a região do Pacífico apresentaram6% de crescimento. O Oriente Médio 
teve um aumento de 5% dos turistas e 
o continente americano, 3% a mais. 
No Brasil
Atualmente, o turismo no Brasil, repre-
senta 4% do PIB (Produto Interno Bru-
to), empregando mais de dez milhões 
de pessoas direta e indiretamente, e 
tem enorme potencial para aumentar 
esse número. O turismo estimula um 
desenvolvimento limpo e sustentável, 
e já há ampla percepção do princípio 
de preservar para gerar renda. Além 
do seu espectro econômico, o turismo 
contribui também para a ampliação do 
autoconhecimento do povo brasileiro, 
matizando a diversificação de suas re-
ferências históricas, culturais e sociais.
O turismo é um dos setores em expan-
são no Brasil que vem apresentando 
números sempre crescentes em todas 
as categorias, inclusive turismo de 
negócios, de luxo e de aventura. In-
dependentemente da situação econô-
mica local, existem múltiplas opções 
de serviços e investimentos, uma vez 
que o mercado oferece uma exten-
sa variedade de produtos e serviços, 
atingindo desde a fase de planeja-
2 LGBT (ou LGBTTT) é a sigla para os diferentes tipos de orientações sexuais: 
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros.
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirimPlano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 2120
mento de uma viagem até o término 
da estadia no destino e seu retorno.
Em 2016, quando sediou os Jogos Olím-
picos e Paraolímpicos, o Brasil recebeu 
6,6 milhões de estrangeiros. Trata-se 
de um recorde histórico, além de uma 
alta de quase 5% em relação a 2015. Se-
gundo o Ministério do Turismo, em ter-
mos de divisas, este movimento injetou 
pouco mais de US$ 6,2 bilhões na eco-
nomia nacional (cerca de R$ 21 bilhões). 
Na geração de receitas, o resultado de 
2016 foi 6% superior ao do ano anterior, 
quando os visitantes realizaram gastos 
de US$ 5,8 bilhões. Ou seja, a atividade 
turística também estimula o desenvol-
vimento do País, com a injeção de re-
cursos e investimentos na economia. 
Na comparação com os principais 
produtos de exportação geradores de 
receitas para o Brasil, o volume da re-
ceita dos serviços turísticos os colo-
ca na quarta posição em geração de 
divisas, à frente das receitas obtidas 
com exportação de açúcar de cana, 
farelo e resíduos da extração de óleo 
de soja, carne de frango, café cru em 
grãos e automóveis de passageiros. 
Sendo um país de destino turístico 
bem diversificado, pois conta uma va-
riedade de ofertas, atingindo muitos 
segmentos: sol e praia, ecoturismo, 
aventuras em diversas regiões, cul-
tura, negócios e eventos, turismo de 
esportes até o mais recente, o LGBT2. 
mia do que por ações de marketing. 
Mesmo com os efeitos da atual crise 
econômica que o País enfrenta, a 13ª 
edição da Pesquisa Anual de Conjuntu-
ra Econômica do Turismo (Pacet) enco-
mendada pelo Ministério do Turismo à 
Fundação Getúlio Vargas mostrou que 
o mercado de turismo estava otimis-
ta em 2016, em relação aos resultados 
que seriam alcançados ao fim 2017. A 
pesquisa, divulgada em maio de 2017, 
ouviu representantes das 80 maiores 
empresas de turismo do país.
Quase 90% dos empresários entrevista-
dos informaram que farão aportes para 
investimento em seus negócios. Dentro 
deste espírito, destacam-se os segmen-
tos de transporte aéreo, locadoras de 
automóveis e operadoras de turismo, 
em que 100% dos entrevistados afir-
maram que realizarão investimentos. 
A expectativa também é elevada nas 
áreas de meios de hospedagem (94%), 
promotora de feiras (82%) e agência de 
viagens (82%). A injeção de recursos 
em setores tão capitalizados como o 
de serviços turísticos, desde hotelaria, 
refeições ao receptivo tem um efeito 
impressionante nas economias locais 
de muitos municípios.
Observa-se que no ano passado, os 
segmentos pesquisados registram um 
pequeno crescimento de 0,3%. Os me-
lhores resultados de faturamento fo-
ram observados nas empresas orga-
O Brasil oferece roteiros e produtos tu-
rísticos de todos os níveis para todos os 
gostos em qualquer período do ano. A 
gastronomia também agrada a maioria: 
em 2014, uma pesquisa feita durante a 
Copa, indicou que 93,2% dos visitantes 
aprovaram a culinária local, sinalizando 
nossos pratos como elementos caracte-
rísticos da cultura brasileira.
O Relatório de Competitividade em 
Viagem e Turismo, editado pelo Fórum 
Econômico Mundial compara uma lista 
com 136 nações, considerando 14 dimen-
sões do turismo. Em 2017, o Brasil ocu-
pou a 27º colocação, sendo o primeiro 
da América do Sul na lista e o primeiro 
do mundo no quesito recursos naturais 
e o oitavo em viagens de negócios. 
Contudo, o Brasil ainda tem uma espa-
çosa lacuna a ser preenchida quanto 
ao aproveitamento de todas as opor-
tunidades deste mercado. Em termos 
globais, 87,4% dos gastos no turismo do 
País foram realizados por viagens a la-
zer (R$ 312,2 bi). Porém, 93,5% do valor 
movimentado na economia do setor fo-
ram gerados pelos turistas domésticos.
É fato que o número de brasileiros que, 
de alguma forma, conseguiram, preci-
saram ou optaram por viagens nacio-
nais e/ou internacionais aumentou 
significativamente nos últimos anos. E, 
esse movimento foi intensificado mais 
pelo transitório crescimento da econo-
nizadoras de eventos (18,6%), locadora 
de automóveis (6,2%), meios de hospe-
dagem (5,1%). Uma notícia alentadora, 
mesmo com as altas taxas de desem-
prego, é que o mercado de trabalho 
poderá apresentar um leve cresci-
mento de 0,2% com alta nos segmen-
tos de organização de eventos (4,7%), 
agências de viagens (2,3%) e transpor-
te aéreo (1%). Em relação ao quadro 
de pessoal foi registrada uma queda 
de 5,9%. As maiores reduções foram 
observadas nas agências de viagens 
(17,8%) e operadoras de turismo (11,2%).
Confirmando a tendência dos resulta-
dos revelados pela Pacet, a expectati-
va é de desenvolvimento em torno de 
81% do mercado pesquisado, sentimento 
este amparado pela perspectiva de re-
tomada do crescimento econômico e o 
aumento no número de brasileiros via-
jando pelo Brasil. Ainda segundo o es-
tudo, 14% dos entrevistados acreditam 
na estabilidade, e os mais pessimistas 
em 5% no abatimento do mercado. 
Os resultados comprovam que o turis-
mo é uma atividade com grande po-
tencial o para o cenário econômico 
do País, que atravessa momento de 
mudanças profundas. Não obstante, 
já existe uma preocupação governa-
mental para proporcionar o melhor 
ambiente de negócios para a atração 
de investimentos no setor. Recente-
mente, o MTur lançou o Brasil + Tu-
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirimPlano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 2322
rismo, um pacote com medidas para 
desburocratização do setor e geração 
de emprego e renda por meio da ati-
vidade turística.
3 . 2 M a p a d o T u r i s m o B ra s i l e i ro e n o E s t a d o 
d o R i o d e Ja n e i ro
O levantamento completo do Mapa 
do Turismo Brasileiro, divulgado pelo 
MTur em setembro de 2017, mostrou 
que em todo o País, foram listados 
3.285 municípios em 328 regiões tu-
rísticas, ocorrendo um crescimento 
exponencial em relação ao Mapa de 
2016, quando foram registradas 2.175 
cidades em 291 regiões.
 Para o MTur, este redimensionamen-
to contribuiu para melhorar a capaci-
dade de atuar de forma coordenada 
com os estados, regiões turísticas e 
municípios, sobretudo para desenvol-
ver e consolidar novos produtos e os 
destinos turísticos.
O Mapa do Turismo Brasileiro é um 
instrumento de orientação para a 
atuação do Ministério do Turismo no 
desenvolvimento de políticas públi-
cas, tendo como foco a gestão, estru-
turação e promoção do turismo, de 
forma regionalizada e descentraliza-
da. Sua construção é feita em conjun-
to com os órgãos oficiais de Turismo 
dos estados brasileiros. O instrumen-
to, identifica o desempenho da econo-
mia do turismo para tornar mais fácila identificação e apoio a cada um.
 Segundo a metodologia da catego-
rização adotada, os municípios estão 
divididos em categorias que vão de A 
a E. Os que estão classificados como 
A, B e C são aqueles que concentram 
o fluxo de turistas domésticos e in-
ternacionais. Os demais municípios 
figuram nas categorias D e E. Estes 
destinos não possuem fluxo turístico 
nacional e internacional expressivo, 
no entanto, alguns possuem papel im-
portante no fluxo turístico regional e 
precisam de apoio para a geração e 
formalização de empregos e estabele-
cimentos de hospedagem.
O Mapa do Turismo do Rio de Janeiro 
cresceu em comparação a 2016, com 
a inserção, pelo Estado do Rio, de 
20 municípios e a exclusão de dois, 
passando de 71 para 89 cidades com 
vocação turística, distribuídas em 12 
regiões, que também obedecem à ca-
tegorização por letras do MTur. Qua-
se a totalidade dos municípios flumi-
nenses (92) fazem parte atualmente 
do Mapa, resultado dos incentivos do 
governo estadual e de instituições 
como o Sebrae/RJ.
São cinco os destinos categorizados 
como A no Estado do Rio de Janeiro: 
Angra dos Reis, Armação dos Búzios, 
Cabo Frio, Paraty e Rio de Janeiro; 17 
estão na categoria B, entre eles Petró-
polis, Itatiaia e Arraial do Cabo; 23 são 
classificados como C, tais como: Araru-
ama, São Pedro da Aldeia e Miguel Pe-
reira; 43 são da categoria D e apenas 
um foi classificado como E (Carapebus).
O Município de Guapimirim está clas-
sificado na categoria D, pois, apesar 
de não ter um grande fluxo de turis-
tas, tem relevante papel na região 
turística em que se encontra, poden-
do atuar juntamente aos demais mu-
nicípios que compõem a Serra Verde 
Imperial: Cachoeiras de Macacu, Nova 
Friburgo, Petrópolis e Teresópolis. 
O planejamento estratégico para o 
turismo em Guapimirim servirá de es-
tímulo para que o município alcance 
resultados mais significativos com as 
atividades turísticas, aproveitando de 
modo consistente e crescente seu ca-
pital turístico, cultural e natural de 
forma sustentável e coletiva.
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirimPlano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 2524
4 Caracterização 
da oferta 
turística em 
Guapimirim
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 27
O conjunto de recursos naturais e arti-
ficiais de uma cidade ou região, incluin-
do a oferta de bens e serviços ligados 
à atividade turística, passa a englobar 
tudo o que está presente no destino 
e que pode ser oferecido aos turistas 
para a satisfação de suas necessidades.
A vasta oferta no setor de turismo 
compõe um conjunto de atrativos pre-
sentes no destino e ao alcance dos 
turistas. Entretanto, a oferta turística 
apresenta algumas peculiaridades das 
quais cinco delas merecem destaque:
A. Impossibilidade de estocagem - 
A maioria dos serviços turísticos 
não pode ser estocada, ou seja, 
não pode ser guardada para 
posterior consumo, como assen-
tos de avião ou leitos de hotel.
B. Competitividade - Por não ser con-
siderada necessidade básica e pri-
mária do homem, a oferta turística 
está fortemente sujeita à concor-
rência de outros bens e serviços.
C. Rigidez - A oferta turística é pou-
co flexível, pois é muito difícil 
transformar atividades turísticas 
em outras formas de exploração 
econômica. Exemplo: o avião tem 
por finalidade somente o serviço 
de transporte aéreo, e, mesmo 
que ofereça assentos reclináveis 
(que em alguns casos, se trans-
formam em camas) e sirvam re-
feições a bordo, não se presta 
Microrregião do Rio de Janeiro. Cor-
tado pelas rodovias BR-116, BR-493 e RJ-
122, Guapimirim faz limite com os Mu-
nicípios de Teresópolis e Petrópolis (ao 
norte), Itaboraí (ao sul), Cachoeiras de 
Macacu (a leste) e Magé (a oeste) e 
nesta direção também ocupa parte da 
margem da Baía de Guanabara.
Localizado ao norte da capital do es-
tado, da qual dista aproximadamen-
te 84 quilômetros, suas coordenadas 
geográficas são: 22°32’14” de latitude 
sul e 42°58’55” de longitude oeste. 
Apesar da altitude de 48 metros em 
sua sede, o Município de Guapimirim 
possui bairros localizados a mais de 
700 metros acima do nível do mar.
Ocupando uma área de 363,25 Km2 e 
com população estimada em 2016 pelo 
IBGE em 57.105 habitantes, Guapimi-
rim é o 37º município mais populo-
so do Estado do Rio de Janeiro, com 
densidade demográfica aproximada 
de 141,74 hab./km2. Possui clima tropi-
cal de altitude e IDH 0,698. O Municí-
pio de Guapimirim também faz parte 
da microbacia do Bananal, atualmen-
te sendo delimitada.
4 . 1 H i s t ó r i c o d o m u n i c í p i o 
O nome “Guapimirim” é originário do 
termo tupi agûapé’ymirim, que signi-
fica “rio pequeno dos aguapés” (agûa-
a outra atividade como hospeda-
gem, alimentação, lazer etc.
D. Intangibilidade - O consumidor 
compra um produto que não 
pode ser tocado (intangível), uma 
vez que a maioria dos serviços 
turísticos não pode ser estocada.
E. Imobilidade - É impossível trans-
portar a oferta turística de um 
lugar para outro. Diferentemen-
te de outros bens e serviços que 
são levados até o consumidor por 
meio das cadeias de distribuição, 
no turismo, o consumidor é que 
é levado até o produto oferecido.
Contudo, apesar do reconhecimento e 
multiplicidade dos serviços para o tu-
rismo, ainda permanece a classificação 
da oferta turística como adotada pelo 
extinto Centro Brasileiro de Informação 
Turística (Cebitur), órgão que pertencia 
à Embratur. Sua metodologia classifica 
a oferta turística em três categorias:
a) atrativos turísticos;
b) equipamentos e serviços tu-
rísticos; e 
c) infraestrutura de apoio turístico.
Complementando a metodologia de 
classificação acima, o presente plane-
jamento também inclui uma série de 
informações sobre o município. 
Guapimirim se insere na Mesorregião 
Metropolitana do Rio de Janeiro e na 
pé, aguapé + ‘y, rio + mirim, pequeno). 
A região foi inicialmente habitada 
pelos índios tamoios, que viviam em 
torno de uma nascente na região do 
Vale das Pedrinhas, e por índios tim-
biras, que ocuparam o sopé da Serra 
dos Órgãos – onde fica Guapimirim – 
até o século XVII, quando os portu-
gueses chegaram à região.
A história de Guapimirim remonta dos 
séculos XVI e XVII, com a aparição da 
Serra dos Órgãos (1561) e do rio Guapi-
mirim (1626) em mapas e cartografias 
da época. Os primeiros registros da ci-
dade são de 1674, e citam um povoado 
às margens do rio Guapimirim – usado 
pelas tropas que iam e voltavam das 
Minas Gerais –, abençoado pela funda-
ção da Igreja de Nossa Senhora d’Ajuda, 
padroeira da cidade, nas terras que fo-
ram vendidas por padres jesuítas mais 
de três décadas antes, e localizadas no 
atual distrito de Vale das Pedrinhas. 
Em 1696, Magé, até então pertencen-
te à Freguesia de Nossa Senhora da 
Candelária da Corte do Rio de Janeiro, 
torna-se a Freguesia de Nossa Senho-
ra da Piedade de Magepe. Um ano de-
pois, é anexada à Vila de Santo Antô-
nio de Sá de Macuco (a primeira Vila 
do Recôncavo da Baía de Guanabara). 
A Cidade de Magé, da qual pertenceria 
Guapimirim, surgira apenas em 1857.
A Capela de Nossa Senhora D’Ajuda 
é demolida, em 1714, a mando do re-
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirimPlano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 2928
verendo Manoel da Costa Cordeiro 
devido ao estado em ruínas em que 
encontrava, passando a funcionar no 
oratório da Capela de Nossa Senhora 
da Conceição, erguida um ano antes, 
atualmente localizada na Barreira. 
Há registros de 1725 que apontam 
o Porto de Piedade, em Magé, como 
porta de entrada da “Estrada de 
Minas”, que seguia pelo Frechal e 
Socavão (ambas regiões de Guapi-
mirim), passando pelo bairro tere-
sopolitano de Canoas e indo em di-
reção à Além Paraíba.
A Capela de Nossa Senhora D’Ajuda 
começa a ser reconstruída, em 1726, 
agora sobre o Outeiro de Grumixamas 
(ou Igramixamas, numapossível refe-
rência aos índios timbiras), obra con-
cluída somente 21 depois. E, em 1730, a 
Capela de Nossa Senhora de Sant’An-
na é construída no Bananal.
Em 1755 é criada, por meio de alvará, 
a Freguesia de Nossa Senhora D’Aju-
da de Aguapehy-Mirim, anexada à 
Vila de Santo Antônio de Sá de Ma-
cuco. Nesta época, já haviam quatro 
engenhos de cana nesta região e a 
Capela é elevada à Paróquia. 
As terras além da Serra dos Órgãos 
são anexadas, em 1789, à Freguesia 
de Nossa Senhora D’Ajuda de Guapi-
mirim com a constituição da Vila de 
Magé, da qual passou a fazer parte.
formalmente por lei a cobrança de 
pedágio na Barreira (considerado o 
primeiro do Brasil). Seis anos depois, 
quando a Vila de Magé foi considera-
da a mais próspera do Rio de Janeiro, 
foram arrecadados 300 mil contos de 
rés, quantia suficiente para adquirir, 
por exemplo, 100 escravos.
Em 1857, a Vila de Magé torna-se ci-
dade, e Guapimirim passa a ser o 
seu 5º Distrito. Cinco anos depois, a 
construção do cemitério de Sant’An-
na do Bananal – onde já eram efetu-
ados sepultamentos clandestinos de 
escravos – foi autorizado devidos às 
muitas mortes provenientes de “fe-
bres de todos os tipos”, inclusive dos 
viajantes que paravam para descan-
sar no lugar que logo seria chama-
do de Porto Modelo. O cemitério de 
Santana até hoje serve à cidade. A 
sede da Freguesia de Nossa Senhora 
D’Ajuda de Guapimirim é transferida, 
em 1865, do Outeiro dos Grumixamas 
para o Arraial do Bananal devido ao 
grande número de tropeiros e viajan-
tes em direção à Serra dos Órgãos. A 
Capela de Sant’Anna serviu proviso-
riamente como Matriz.
Cerca de mil burros cargueiros pas-
savam diariamente pelo Pedágio da 
Barreira, em 1868 . O transporte tam-
bém era usado por passageiros, in-
clusive a Princesa Isabel e seu marido 
Ainda no fim do século XVIII, surgiu 
o povoado de Santana, que ficava no 
caminho das tropas que cruzavam a 
Serra dos Órgãos e seguiam em dire-
ção às Minas Gerais. 
Foi também nessa época que surgiu o 
povoado da Barreira onde está loca-
lizada a Igreja de Nossa Senhora da 
Conceição (1713) e a antiga sede da 
Fazenda Barreira. 
A Capela de Nossa Senhora D’Ajuda 
elevada à Paróquia em 1808, quando 
a freguesia de onde se encontra se 
torna cada mais relevante devido ao 
trânsito de centenas de burros de 
carga que diariamente passavam pela 
Serra dos Órgãos.
A chegada à Corte, em 1817, do botâ-
nico alemão Carl Friedrich Phillip Von 
Martius. Estudando a fauna e a flora 
da Serra dos órgãos, o botânico e o 
zoólogo Johann Baptist Von Spix vive-
ram três anos no País. A casa-sede da 
Fazenda Barreira abriga o Museu Von 
Martius, em sua homenagem. 
O trânsito de cargas resultante do 
transporte de parte da produção de 
Minas Gerais até o Porto de Piedade 
na Baía de Guanabara, de onde se-
guia para atender a grande demanda 
de alimentos para a Corte Portuguesa 
no Rio de Janeiro, era tão intenso em 
1836, que nesta época foi autorizado 
Conde D’Eu para atingir Teresópolis. 
Entusiasta da fotografia, o impera-
dor Dom Pedro II atraiu fotógrafos 
estrangeiros e, em 1875, foram tira-
das as primeiras fotografias da Serra 
dos Órgãos, feitas pelos fotógrafos 
Marc Ferrez e George Leusinger.
Posteriormente, precisamente em 
1880 são iniciadas as obras da Estrada 
Magé-Teresópolis e, em 1884, Gover-
no Imperial criou a Empresa Estrada 
de Ferro Tereópolis, com a intenção 
de construir mais uma ferrovia na 
região. Em setembro de 1895, come-
ça a construção da Estrada de Ferro 
Teresópolis e, em 1º de novembro de 
1896, é inaugurada a Estação de Trem 
Raiz da Serra de Guapimirim, locali-
zada no Centro da Cidade, onde atu-
almente funciona o último ramal da 
Linha Saracuruna. Porém, a urbani-
zação de Guapimirim começou so-
mente no início do século XX. E, em 
1926, a construção da Estação Ferro-
viária de Guapimirim foi o ponto de 
partida para suas primeiras constru-
ções urbanas. 
Em plebiscito realizado no dia 25 de 
novembro de 1990, o município come-
mora sua emancipação política. Assim, 
a fundação do município emancipado 
ocorreu em 21 de dezembro de 1990. 
No ano seguinte foram realizadas as 
primeiras eleições municipais e, em 15 
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirimPlano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 3130
de julho de 1995, a divisão territorial 
determinou a constituição do municí-
pio em um distrito-sede, e do segundo 
distrito, o Vale das Pedrinhas.
4 . 2 Í n d i c e d e D e s e n v o l v i m e n t o H u m a n o 
M u n i c i p a l d e G u a p i m i r i m 3
Em julho de 2013, foi divulgado o resul-
tado da análise de mais de 180 indica-
dores socioeconômicos dos censos do 
IBGE de 1991, 2000 e 2010. O Índice de 
Desenvolvimento Humano Municipal 
(IDHM) é calculado para três dimen-
sões, como a possibilidade de viver 
uma vida longa e saudável, do acesso 
à educação e a obtenção de um pa-
drão de vida que possa garantir ne-
cessidades básicas, através da renda.
Em 2010, o IDHM de Guapimirim era 0,698, 
o que coloca o município na faixa de 
Desenvolvimento Humano Médio (IDHM 
entre 0,600 e 0,699). A dimensão que 
mais contribui para o IDHM do municí-
pio é Longevidade, com índice de 0,812, 
seguida de Renda, com índice de 0,692, 
e de Educação, com índice de 0,604. 
Evolução do IDHM de Guapimirim
Entre 1991 e 2000 - O IDHM passou de 
0,405, em 1991, para 0,572, em 2000 – 
uma taxa de crescimento de 41,23%. 
O hiato de desenvolvimento humano, 
ou seja, a distância entre o IDHM do 
Taxa de crescimento Redução hiato de desenvolvimento
Entre 1991 e 2000 + 41,23% + 71,93%
Entre 2000 e 2010 + 22,03% + 70,56%
Entre 1991 e 2010 + 72,35% + 50,76%
‑Fonte: Pnud, Ipea e FJP
Guapimirim ocupa a 1.969ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros segun-
do o IDHM. Nesse ranking, o maior IDHM é 0,862 é de São Caetano do Sul (SP) e 
o menor é 0,418 é de Melgaço (PA).
IDHM e componentes 2000 2010
IDHM Educação 0,395 0,604
% de 18 anos ou mais com fundamental completo 33,96 52,05
% de 5 a 6 anos na escola 74,36 92,59
% de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental REGULAR SERIADO 
ou com fundamental completo
49,43 81,12
% de 15 a 17 anos com fundamental completo 32,57 48,01
% de 18 a 20 anos com médio completo 14,09 38,70
IDHM Longevidade 0,722 0,812
Esperança de vida ao nascer 68,31 73,69
IDHM Renda 0,655 0,692
Renda per capita 471,04 594,06
Fonte: PNUD, Ipea e FJP
Entre 1991 e 2000, a população do município cresceu a uma taxa média anual 
de 3,44%. No Estado do Rio de Janeiro, esta taxa foi de 1,30%, enquanto no Brasil 
foi de 1,63%, no mesmo período. Na mesma década, a taxa de urbanização do 
município passou de 65,88% para 67,44%.
Entre 2000 e 2010, a população de Guapimirim cresceu a uma taxa média anual 
de 3,10%, enquanto no Brasil o crescimento foi de 1,17%, no mesmo período. Nesta 
década, a taxa de urbanização do município passou de 67,44% para 96,63%. Em 
2010, viviam, no município, 51.483 pessoas.
município e o limite máximo do ín-
dice, que é 1, foi reduzido em 71,93%, 
entre 1991 e 2000. Nesse período, a di-
mensão cujo índice mais cresceu em 
termos absolutos foi Educação (com 
crescimento de 0,205), seguida por 
Longevidade e por Renda.
Entre 2000 e 2010 - O IDHM passou de 
0,572, em 2000, para 0,698, em 2010 – 
uma taxa de crescimento de 22,03%. O 
hiato de desenvolvimento humano foi 
reduzido em 70,56% entre 2000 e 2010. 
Nesse período, a dimensão cujo índice 
mais cresceu em termos absolutos foi 
Educação (com crescimento de 0,209), 
seguida por Longevidade e por Renda.
Entre 1991 e 2010 - De 1991 a 2010, o 
IDHM do município passou de 0,405, 
em 1991, para 0,698, em 2010, enquan-
to o IDHM do Estado do Rio de Janei-
ro passou de 0,493 para 0,727. Isso 
implica em uma taxa de crescimento 
de 72,35% para o município e 47% para 
a UF; e em uma taxa de redução do 
hiato de desenvolvimento humanode 
50,76% para o município e 53,85% para 
a UF. No município, a dimensão cujo 
índice mais cresceu em termos abso-
lutos foi Educação (com crescimento 
de 0,414), seguida por Longevidade e 
por Renda. Na UF, por sua vez, a di-
mensão cujo índice mais cresceu em 
termos absolutos foi Educação (com 
crescimento de 0,358), seguida por 
Longevidade e por Renda.
3 Todos os dados referentes ao IDHM deste documento são de 2010, data da última apuração, constantes do Atlas 
do Desenvolvimento Humano, disponível em: <http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/guapimirim_rj>.
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirimPlano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 3332
População
População 
(2000)
% do total 
(2000)
População 
(2010)
% do total 
(2010)
População total 37.952 100,00 51.483 100,00
População residente masculina 18.944 49,92 25.280 49,10
População residente feminina 19.008 50,08 26.203 50,90
População urbana 25.593 67,44 49.746 96,63
População rural 12.359 32,56 1.737 3,37
Fonte: PNUD, Ipea e FJP
Estrutura etária
Em 1991, a razão de dependência e a taxa de 
envelhecimento no município eram, respecti-
vamente, 64,81% e 4,81%. Já no Estado do Rio, a 
razão de dependência passou de 65,43%, em 
1991, para 54,88%, em 2000, e 45,87%, em 2010; 
enquanto a taxa de envelhecimento passou de 
4,83%, para 5,83% e para 7,36%, respectivamen-
te. Entre 2000 e 2010, a razão de dependência 
no município passou de 55,39% para 45,86% e 
a taxa de envelhecimento, de 5,61% para 6,71%.
Estrutura etária
População 
(2000)
% do total 
(2000)
População 
(2010)
% do total 
(2010)
Menos de 15 anos 11.401 30,04 12.731 24,73
15 a 64 anos 24.423 64,35 35.295 68,56
População de 65 anos ou mais 2.128 5,61 3.457 6,71
Razão de dependência 55,39 - 45,86 -
Taxa de envelhecimento 5,61 - 6,71 -
Fonte: PNUD, Ipea e FJP
A mortalidade infantil no município (mortalidade de crianças com menos de 
um ano de idade), em 1991, era de 44,8. Passou de 22,0 óbitos por mil nascidos 
vivos, em 2000, para 16,7 óbitos por mil nascidos vivos, em 2010. Já no Estado 
do Rio, a taxa era de 29,9, em 1991, de 21,2, em 2000, e 14,2, em 2010. Em 1991, 
essa taxa no País era de 44,7 óbitos por mil nascidos vivos. Entre 2000 e 
2010, caiu de 30,6 óbitos por mil nas-
cidos vivos para 16,7 óbitos por mil 
nascidos vivos. Com a taxa observa-
da em 2010, o Brasil cumpre uma das 
metas dos Objetivos de Desenvolvi-
mento do Milênio das Nações Uni-
das, segundo a qual a mortalidade 
infantil no país deve estar abaixo 
de 17,9 óbitos por mil em 2015.
2000 2010
Esperança de vida 
ao nascer
68,3 73,7
Mortalidade infantil 22,0 16,7
Mortalidade até 5 
anos de idade
24,9 18,8
Taxa de fecundida-
de total
2,6 2,3
Fonte: PNUD, Ipea e FJP
A esperança de vida ao nascer é o in-
dicador utilizado para compor a di-
mensão Longevidade do IDHM. No mu-
nicípio, a esperança de vida ao nascer 
em 1991, era de 61,9 anos. Cresceu 5,4 
anos na última década, passando de 
68,3 anos, em 2000, para 73,7 anos, em 
2010. No Brasil, a esperança de vida ao 
nascer era de 64,7 anos, em 1991, de 68,6 
anos, em 2000, e de 73,9 anos, em 2010.
Educação
O percentual de crianças e jovens fre-
quentando ou tendo completado de-
terminados níveis de estudo indicam 
a situação da educação entre a po-
Entenda
A razão de dependência é o 
percentual da população de 
menos de 15 anos e da popula-
ção de 65 anos ou mais (popula-
ção dependente) em relação à 
população de 15 a 64 anos (po-
pulação potencialmente ativa). 
Já a taxa de envelhecimento é 
a razão entre a população com 
idade a partir de 65 anos em re-
lação à população total.
pulação em idade escolar do estado e 
compõe o IDHM Educação. 
Em 1991, 66,59% das crianças entre 
cinco e seis anos estavam na escola 
no município, passando para 69,71%, 
em 2000. Em 2010, 92,59% das crian-
ças entre cinco e seis anos frequen-
tam a escola no município. 
Em 2010, a proporção de crianças de 
11 a 13 anos frequentando os anos fi-
nais do ensino fundamental era de 
81,12%; a proporção de jovens de 15 
a 17 anos com ensino fundamental 
completo é de 48,01%; e a proporção 
de jovens de 18 a 20 anos com ensino 
médio completo era de 38,70%. 
Dos jovens adultos de 18 a 24 anos, 
em 1991, 0,20% estavam cursando o 
ensino superior. Em 2000 eram 3,02% 
e, em 2010, 5,68%.
Entre 1991 e 2010, essas proporções 
aumentaram, respectivamente, em 
61,45%, 58,25%, 36,22% e 32,25%. Sendo 
que em 2010, 77,63% da população 
de 6 a 17 anos do município esta-
vam cursando o ensino básico regu-
lar com até dois anos de defasagem 
idade-série. 
O indicador Expectativa de Anos de 
Estudo também sintetiza a frequên-
cia escolar da população em idade 
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirimPlano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 3534
escolar. Mais precisamente, indica o número de anos de estudo que uma 
criança que inicia a vida escolar no ano de referência deverá completar ao 
atingir a idade de 18 anos. Em 1991 , a expectativa de anos de estudo era de 
7,33 anos, no município, e de 8,65 anos, no Estado do Rio. Entre 2000 e 2010, 
ela passou de 7,92 anos para 8,83 anos, no município, enquanto no Estado 
do Rio passou de 8,96 anos para 9,17 anos. 
Também compõe o IDHM Educação um indicador de escolaridade da popu-
lação adulta, o percentual da população de 18 anos ou mais com o ensino 
fundamental completo. Esse indicador carrega uma grande inércia, em fun-
ção do peso das gerações mais antigas, de menor escolaridade. Em 1991, os 
percentuais eram de 20,96%, no município, e 30,09%, no Estado do Rio. Entre 
2000 e 2010, esse percentual passou de 33,96% para 52,05%, no município, e 
de 39,76% para 54,92%, no estado. Em 2010, considerando-se a população mu-
nicipal de 25 anos ou mais de idade, 9,35% eram analfabetos, 47,82% tinham 
o ensino fundamental completo, 29,92% possuíam o ensino médio completo e 
5,41%, o superior completo. No Brasil, esses percentuais são, respectivamen-
te, 11 ,82%, 50,75%, 35,83% e 11 ,27%.
A renda per capita média de Guapimirim 
cresceu 113,35% nas últimas duas décadas, 
passando de R$ 278,45, em 1991, para R$ 
471,04, em 2000, e para R$ 594,06, em 2010. 
Isso corresponde a uma taxa média anu-
al de crescimento de 4,07% nesse período. 
A taxa média anual de crescimento foi de 
6,02%, entre 1991 e 2000, e 2,35%, entre 2000 
e 2010. A proporção de pessoas pobres, ou 
seja, com renda domiciliar per capita infe-
rior a R$ 140 (a preços de agosto de 2010), 
passou de 43,33%, em 1991, para 19,94%, em 
2000, e para 10,48%, em 2010. A evolução da 
desigualdade de renda nesses dois períodos 
pode ser descrita por meio do Índice de Gini, que passou de 0,55, em 1991, 
para 0,54, em 2000, e para 0,50, em 2010.
2000 2010
Renda per capita 471,04 594,06
% de extremamente pobres 5,36 3,28
% de pobres 19,94 10,48
Índice de Gini 0,54 0,50
Fonte: PNUD, Ipea e FJP
Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, 
o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou de 65,58%, 
em 2000, para 67,96%, em 2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou 
seja, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupa-
da) passou de 16,62%, em 2000, para 12,16%, em 2010.
Ocupação da população de 18 anos ou mais - Guapimirim - RJ 2000 2010
Taxa de atividade - 18 anos ou mais 65,58 67,96
Taxa de desocupação - 18 anos ou mais 16,62 12,16
Grau de formalização dos ocupados - 18 anos ou mais 46,54 52,70
Nível educacional dos ocupados
% dos ocupados com fundamental completo - 18 anos ou mais 38,88 56,30
% dos ocupados com médio completo - 18 anos ou mais 20,89 36,12
Rendimento médio
% dos ocupados com rendimento de até 1 s.m. - 18 anos ou mais 41,50 16,47
% dos ocupados com rendimento de até 2 s.m. - 18 anos ou mais 78,09 76,45
% dos ocupados com rendimento de até 5 s.m. - 18 anos ou mais 94,76 96,13
Fonte: PNUD, Ipea e FJP. Nota: Salário mínimo está representadopor s.m. 
Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais do município, 
3,92% trabalhavam no setor agropecuário; 0,23% na indústria extrativa; 6,60% na 
indústria de transformação; 15,48% no setor de construção; 1,78% nos setores de 
utilidade pública; 16,04% no comércio; e 50,99% no setor de serviços.
Indicadores de Habitação - Guapimirim - RJ 1991 2000 2010
% da população em domicílios com água encanada 76,79 86,32 89,68
% da população em domicílios com energia elétrica 94,85 99,83 100,00
% da população em domicílios com coleta de lixo 31,78 92,53 94,43
Fonte: PNUD, Ipea e FJP
Entenda
O Índice de Gini é um instru-
mento usado para medir o grau 
de concentração de renda. Ele 
aponta a diferença entre os 
rendimentos dos mais pobres e 
dos mais ricos. Numericamen-
te, varia de 0 a 1, sendo que 0 
representa a situação de total 
igualdade, ou seja, todos têm a 
mesma renda, e o valor 1 signi-
fica completa desigualdade de 
renda, ou seja, se uma só pessoa 
detém toda a renda do lugar.
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirimPlano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 3736
2000 2010
Crianças e Jovens
Mortalidade infantil 21,96 16,72
% de crianças de 0 a 5 anos fora da escola 79,26 60,00
% de crianças de 6 a 14 fora da escola 5,78 2,40
% de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam, não trabalham e 
são vulneráveis, na população dessa faixa
16,20 12,27
% de mulheres de 10 a 17 anos que tiveram filhos 3,24 4,54
Taxa de atividade - 10 a 14 anos 5,55 4,75
Família
% de mães chefes de família sem fundamental e com filho menor, 
no total de mães chefes de família
18,53 19,83
% de vulneráveis e dependentes de idosos 3,27 2,01
% de crianças extremamente pobres 10,44 5,59
Trabalho e renda
% de vulneráveis à pobreza 44,81 31,34
% de pessoas de 18 anos ou mais sem fundamental completo e em 
ocupação informal
52,97 36,59
Condição de moradia
% da população em domicílios com banheiro e água encanada 91,27 92,17
Fonte: PNUD, Ipea e FJP
4 . 3 R e l e v o , h i d ro g ra f i a , v e g e t a ç ã o e c l i m a
O município apresenta três relevos diferenciados: área de escarpas da Serra do 
Mar (Serra dos Órgãos), com encostas cobertas por porções primárias e secun-
dárias de Mata Atlântica; área plana e semiplana, no sentido leste-oeste, indo 
até a base da Serra dos Órgãos e ocupando a área central do município; e área 
de baixada, mais ao sul, no entorno da Baía de Guanabara.
Hidrografia – Devido às diversas topografias na área do município, os rios de 
baixada têm formas meândricas e movimento lento, ao contrário dos rios e nas-
centes das regiões mais altas e mon-
tanhosas. São duas bacias: a do rio 
Guapimirim na parte oeste do muni-
cípio (recebendo os rios Corujas, Ba-
nanal, Riacho Branco e Soberbo), e a 
leste a sub-Bacia do rio Guapiaçu (re-
cebendo os rios Iconha, Caneca Fina, 
Suvacão e Paraíso). Todos os afluen-
tes possuem nascentes na Serra dos 
Órgãos e vários correm no interior de 
unidades de conservação.
Vegetação – Floresta ombrófila den-
sa, ocorrência de florestas de monta-
na entre 500 e 1500 metros, de alto 
montana (acima de 1.500 metros) e 
campos de altitude. Próximo ao limi-
te de Cachoeiras de Macacu, o estra-
to arbóreo é de floresta submontana 
com ocorrência de canéfitas, epífitas 
e lianas. Existem árvores de 25 a 50 
metros de altura e as espécies mais 
usuais são jequitibá, pau de tucano, 
baguaçu, faveira, jacatirão, canelas, 
sangue de dragão e palmito. A cober-
tura vegetal dos morros mais altos 
é composta por matas secundárias, 
capoeiras e capoeirões. Na área de 
baixada são encontradas florestas 
de terras baixas e a vegetação dos 
manguezais.
Clima – Divide-se em dois tipos. Nas 
regiões mais elevadas com ocorrên-
cia de clima superúmido e precipita-
ções pluviais de mais de 2.500mm/ano 
e temperatura média entre 16 e 18 °C. 
Há também o clima tropical de altitu-
de nas proximidades dos limites com 
Teresópolis e Petrópolis. Nas regiões 
semiplana e baixa, o clima varia en-
tre quente, úmido e superúmido. A es-
tação chuvosa ocorre entre dezembro 
e abril e a mais seca nos meses entre 
junho e setembro.
Segundo os dados do Laboratório In-
terdisciplinar de Meio Ambiente da 
Coppe/UFRJ, em 2008 o município 
apresentava 42,7% de seu território 
com cobertura vegetal. Além disso, 
também possui importantes fragmen-
tos florestais nas áreas de colinas, 
circundadas por extensas áreas co-
bertas por pastagens. Os mais impor-
tantes remanescentes de manguezais 
do entorno da Baía de Guanabara es-
tão em Guapimirim.
4 . 4 E s t r u t u ra d e s e rv i ç o s e e q u i p a m e n t o s 
t u r í s t i c o s
A cidade de Guapimirim é um reduto 
da Mata Atlântica, pois está incrus-
tada na subida da Serra dos Órgãos 
e tem 70% de seu território em área 
de proteção ambiental, inclusive a 
Área de Proteção Ambiental Guapi-
mirim. Encontra-se localizada num 
vale formado pela base do Pico Dedo 
de Deus na Serra dos Órgãos e, junta-
mente aos Municípios de Petrópolis, 
Teresópolis, Friburgo, Magé e Cacho-
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirimPlano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 3938
eiras de Macacu, Guapimirim integra 
a Serra Verde Imperial região turís-
tica do Rio de Janeiro.
O Pico Dedo de Deus, importante sím-
bolo turístico do estado, localiza-se 
dentro da área territorial do município 
e atrai turistas e amantes das práti-
cas esportivas em montanhas de todo 
o mundo. Em Guapimirim também, ain-
da se encontram áreas preservadas do 
trecho da antiga estrada de ferro que 
ligava Guapimirim a Teresópolis, sen-
do uma área que vem sendo explora-
da por turistas mais recentemente em 
caminhadas pelo leito da estrada.
Guapimirim reserva motivos de admi-
ração além do seu patrimônio natu-
ral. Sob a formação multicultural e 
artística de seu povo, lá se encon-
tram artesãos dos mais diversos seg-
mentos: artistas plásticos, arte em 
couro, escultura em raízes, arte em 
madeiras entre outros.
Com forte influência das culturas indí-
gena e africana, a cidade abriga par-
te do Parque Nacional da Serra dos 
Órgãos. A riqueza de sua flora atraiu 
xamãs, pajés. Cultura, misticismo e 
uma rica natureza dão a “Guapi”’ um 
charme peculiar e diferenciado perto 
de um grande centro metropolitano. 
Sua vocação turística é fortemente 
baseada no turismo de lazer, no eco 
turismo e no turismo de aventura.
vérsias, a história relata que os pri-
meiros batismos da família real e sua 
corte aconteceram naquela capela. 
Construída em 1713, numa bifurcação 
das águas do rio Soberbo, a capela é 
uma das atrações do Parque Nacio-
nal da Serra dos Órgãos e seu aces-
so se dá por meio do antigo leito da 
estrada de ferro que ligava o cais de 
Piedade a Teresópolis. Com alpendres 
laterais, muito comuns na arquitetu-
ra rural fluminense dos séculos XVIII 
e XIX, a capela é coberta por telhas 
francesas e precedida por um terreno 
ladeado por muros de arrimo (escora-
dos). Tombada pelo Instituto Estadual 
do Patrimônio Cultural (Inepac), em 
1989, ela foi restaurada pelo Instituto 
Chico Mendes de Conservação e Bio-
diversidade (ICMBio), em 2011. São mui-
to procuradas pelos fiéis, as missas 
celebradas no dia de Nossa Senhora 
da Conceição, em 8 de dezembro. Du-
rante todo o ano as missas são reali-
zadas quinzenalmente, nos segundos 
e quartos sábados de cada mês, às 16 
horas. Endereço: Km 98 da Estrada Rio-
Teresópolis (Rodovia Santos Dumont).
Capela de Nossa Senhora D`Ajuda – 
Nossa Senhora D’Ajuda era fervorosa-
mente clamada por militares e mari-
nheiros portugueses quando partiam 
em expedições para enfrentar os de-
safios do Atlântico e o culto em tor-
no dela santa chegou ao Brasil ain-
da no tempo da colônia. A primeira 
Igreja de Nossa Senhora d’Ajuda foi 
PRINCIPAIS MÍDIAS
TVerde Escola 
Canal 10 / Associação Cultural Onda 
Verde. Rua Sebastião Schenwenk, 580, 
Centro. www.youtube.com/tverdecanal.tverde.10@ig.com.br
Jornal Folha de Guapimirim 
folhadeguapimirim.wordpress.com.
Rádio Comunitária Onda Verde 
www.guapimirimonline.com.br.
PRINCIPAL ESCOLA
Fundação de Apoio da Escola Técnica 
do Estado do Rio de Janeiro (FAETEC) 
Oferece cursos de informática, inglês e 
espanhol. As inscrições são em janeiro 
e junho, pelo site da FAETEC ou na pró-
pria unidade. O FAETEC digital dispo-
nibiliza gratuitamente computadores 
e acesso à internet de 9h às 18h. Servi-
ço: Estrada da Caneca Fina, 39, Iconha, 
Guapimirim. www.faetec.rj.gov.br
4 . 5 A t rat i v o s t u r í s t i c o s
Com mais de 70% de área verde, Guapi-
mirim possui cachoeiras, museus, pré-
dios históricos e parques e é o local 
perfeito para quem gosta de trilhas e 
esportes radicais. 
PATRIMôNIO HISTóRICO-CuLTuRAL
Capela de Nossa Senhora da Concei-
ção do Soberbo - Apesar das contro-
fundada em 1647, e é um dos muitos 
patrimônios históricos e religiosos 
de Guapimirim. Seu templo foi edifi-
cado pelos irmãos Pedro Gago e Es-
tevão Gago, perto do Rio Sernambe-
tiba, sobre o Outeiro de Grumixamas 
(ou Igramixamas, numa possível refe-
rência aos índios timbiras que habi-
tavam aquela região). É considerado 
um dos primeiros marcos católicos 
fixados no recôncavo da Baía de Gua-
nabara. Em 1714, é demolida, porém, a 
devoção permaneceu, sendo a sede 
da região transferida para a Cape-
la Nossa Senhora da Conceição, na 
Barreira (inaugurada um ano antes) 
e, posteriormente, levando à criação 
de uma Paróquia de Nossa Senhora 
d’Ajuda de Guapimirim, como ficou 
denominada, no Vale das Pedrinhas. 
Quando a epidemia de febre Palude 
dizimou a população das redonde-
zas, a Paróquia foi abandonada e, no 
início do século XX, ficou em ruínas. 
Em 1990, foram inauguradas as obras 
da atual edificação. Todo mês de 
agosto, que é o mês festivo de Nossa 
Senhora d’Ajuda (dia 15), é realizada 
a Quermesse com suas tradicionais 
barracas de comida e artesanato. 
Atualmente, é denominada Paróquia 
de Nossa Senhora d’Ajuda de Guapi-
mirim e foi tombada em 1989, apesar 
de não conservar suas característi-
cas originais.
Casa de Henrique Bernadelli – O artis-
ta plástico Henrique Bernadelli man-
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirimPlano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 4140
teve seu ateliê na casa onde vivia nos 
arredores de Guapimirim, entre 1890 
e 1920. Nela se encontra um impor-
tante registro histórico para a arte 
brasileira: um afresco que pode ter 
sido a origem do quadro “Os Bandei-
rantes”, uma de suas telas mais fa-
mosas e uma das primeiras obras de 
arte a serem adquiridas pelo estado 
fluminense, quando o Brasil se tor-
nou República. Retratista e paisagista 
premiado, Bernardelli foi professor da 
Escola Nacional de Belas Artes e tem 
trabalhos expostos no interior de pré-
dios históricos como o do Teatro Mu-
nicipal e o da Biblioteca Nacional, no 
Centro do Rio de Janeiro. Nascido em 
Valparaíso, no Chile, Henrique Bernar-
delli naturalizou-se brasileiro em 1878, 
e morreu no Rio de Janeiro, em 1936. 
A história do artista e a importância 
do afresco de seu ateliê em Guapimi-
rim levaram a comunidade a pedir o 
tombamento da casa onde morou. En-
dereço: Estrada Bernadelli, s/nº, Bar-
reira - Km 100 da Rio-Teresópolis (Ro-
dovia Santos Dumont).
Mirante do Soberbo - Conhecido tam-
bém por Mirante da Vista Soberba, o 
Mirante do Soberbo fica no Municí-
pio de Guapimirim, mas já próximo à 
entrada da cidade de Teresópolis. De 
lá é possível avistar o pico Dedo de 
Deus e também avista-se o pico do 
Escalavrado, a Boca do Peixe e outros 
pontos da Serra dos Órgãos. Junto ao 
Museu Von Martius - Um museu em 
homenagem ao botânico e naturalista 
alemão Carl Friedrich Philipp Von Mar-
tius ocupa a antiga casa-sede da Fa-
zenda Barreira do Soberbo, é o Centro 
de Visitantes do Parque Nacional de 
Serra dos Órgãos. O ilustre cientista 
era membro da missão científica en-
viada ao Brasil pelos governos bávaro 
e austríaco, que fez parte da comitiva 
da grã-duquesa austríaca Leopoldina, 
que viajava para o Brasil para casar-
se com Dom Pedro I, em 1817. Durante 
três anos Von Martius percorreu di-
versas regiões brasileiras a cavalo, 
até se hospedar na Fazenda do Sober-
bo. Pesquisando mais de 12 mil espé-
cies da fauna e da flora brasileiras, o 
trabalho de Von Martius foi muito sig-
nificativo, tanto que sua data de seu 
nascimento, em 17 de abril, tornou-se 
o Dia Nacional da Botânica. O Impera-
dor Dom Pedro II, a Princesa Isabel e 
o Conde D’Eu também se hospedaram 
na Barreira do Soberbo. O imóvel foi 
incorporado ao patrimônio ambien-
tal da União em 1939, quando o presi-
dente Getúlio Vargas criou o Parque 
Nacional da Serra dos Órgãos. O mu-
seu mantém a exposição permanente 
Flora Brasiliens, uma mostra sobre as 
pesquisas de Von Martius e uma ma-
quete de toda a área do parque. O 
casarão foi restaurado, preservando 
suas características originais e pos-
sui, além de videoteca, um auditório 
com capacidade para 40 pessoas para 
mirante encontram-se o Terminal Tu-
rístico Tancredo Neves, a Praça “Sen-
ta a Pua” (em homenagem aos comba-
tentes brasileiros da Segunda Guerra 
Mundial) e o monumento à Dona Tere-
sa Cristina, Imperatriz do Brasil.
Sede Guapimirim do Parque Nacio-
nal da Serra dos órgãos (Parnaso) - O 
nome da serra se deve à semelhança 
que seus picos têm com os tubos dos 
órgãos das igrejas. Neste paredão ro-
choso e desnivelado da Serra do Mar, 
destaca-se o maciço do Dedo de Deus, 
um bloco de 1.692 metros de altitude 
que é símbolo do montanhismo no Rio 
de Janeiro e tombado pelo Instituto do 
Patrimônio Histórico e Artístico Cultu-
ral (Iphan). Com uma área de mais de 
20 mil hectares, o parque foi criado 
em 1939, durante o governo do presi-
dente Getúlio Vargas, e atualmente é 
administrado pelo Instituto Chico Men-
des de Conservação da Biodiversidade 
(ICMBio). Aberto permanentemente à 
visitação pública, um de seus acessos 
está no município de Guapimirim, por 
onde se pode percorrer, a pé ou de bi-
cicleta, as trilhas que levam a cacho-
eiras, poços e piscinas naturais. Tam-
bém em Guapimirim estão localizadas 
duas atrações arquitetônicas do Par-
naso: a casa sede da antiga fazenda 
Barreira do Soberbo e a capela de 
Nossa Senhora da Conceição, constru-
ída no século XVIII, em estilo barroco. 
Endereço: Km 98 da BR-116.
palestras, cursos e seminários. O local 
é a sede do Parque Nacional da Serra 
dos Órgãos em Guapimirim. Endereço: 
Km 98 da Estrada Rio-Teresópolis (Ro-
dovia Santos Dumont).
Centro de Primatologia do Rio de Ja-
neiro (CPRJ) - Criado, em 1979, pela an-
tiga Feema, atual Instituto Estadual do 
Ambiente (Inea), o CPRJ atualmente 
está vinculado à Estação Ecológica Es-
tadual do Paraíso (Eeep). Desenvolve 
estudos sobre primatas, com a reali-
zação de programas de reprodução 
em cativeiro de espécies ameaçadas 
de extinção e promove ainda, experi-
ências de repovoamento, por meio da 
reintrodução das espécies em outros 
habitats. Ocupa cerca de 265 hecta-
res com prédio-sede, 85 viveiros, uni-
dade de internação, diagnóstico e tra-
tamento médico-veterinário, insetário, 
sala de reuniões e para o acompa-
nhamento de projetos. Mantém ainda 
uma biblioteca com amplo acervo de 
publicações especializadas em prima-
tologia, um museu de peles e crânios 
e um banco de carcaças em formol 
para pesquisa e preserva o esqueleto 
do “Macaco Tião”, famoso chipanzé e 
mascote carioca que viveu no Zoológi-
co do Rio. Colabora com várias organi-
zações científicas e conservacionistas 
do Brasil e do exterior, nas áreas de 
pesquisa genética e de conservação 
ambiental. Já recebeu a visita da Rai-
nha Elizabeth II, da Inglaterra, sendo 
Plano Estratégico de Turismo em GuaPimirimPlano Estratégico de Turismo em GuaPimirim 4342
a única instituição do mundo especia-
lizada no estudo, proteção e repro-
duçãodos símios mais ameaçados da 
Mata Atlântica. Somente encontrado 
na Mata Atlântica, o muriqui-do-sul, 
ou mono-carvoeiro, é o maior primata 
das Américas e uma das 35 espécies 
mais ameaçadas da Terra. Na língua 
tupi-guarani, muriqui significa “povo 
manso da floresta”. Os animais são so-
ciáveis e são vistos se abraçando com 
frequência. Endereço: Estrada do Pa-
raíso, s/nº, Paraíso (dentro da Estação 
Ecológica Estadual do Paraíso)
Ponte Velha – Um dos vestígios da his-
tória de Guapimirim, a ponte locali-
zada no bairro Barreira, ainda man-
tém a mesma estrutura dos tempos 
da antiga Estrada de Ferro Therezopo-
lis – que ligava o Porto de Piedade, 
em Magé, à nossa outra cidade vizi-
nha, Teresópolis. Os trilhos seguiam 
basicamente o mesmo percurso feito 
anteriormente no lombo de animais e 
pequenas carruagens, quando o ouro 
vindo de Minas Gerais precisava che-
gar pela Baía de Guanabara à então 
capital, Rio de Janeiro.
Estação Ferroviária - Localizada até 
hoje no Centro de Guapimirim era o 
ponto de baldeação para quem subia 
a serra. Para isso, era utilizada a cre-
malheira. O sistema funcionava como 
uma roda dentada que auxiliava a tra-
ção dos trens trilhos acima. Exempla-
acreditam que tenham sido extermi-
nados ou aculturados aos tupis, sob 
um processo de evolução do homem. 
Apesar de registros de mais de dez 
sítios arqueológicos em Guapimirim, 
nenhum deles encontra-se preserva-
do atualmente. Após um longo tra-
balho de campo efetuado por parti-
culares, as escavações e pequenas 
partes ajudam a recontar a história 
da cultura sambaqui.
Túnel dos Escravos – Descoberto por 
particulares, é um túnel subterrâneo 
que teria sido feito por escravos há 
aproximadamente 300 anos e fica no 
distrito de Vale das Pedrinhas. Conta 
a lenda que o túnel era utilizado para 
o transporte dos escravos trazidos 
em navios negreiros para o recônca-
vo da Baía de Guanabara, a partir do 
rio Guapimirim. Outra versão seria o 
uso para trânsito dos escravos entre 
a senzala e a Capela de N. Sra. D’Aju-
da. Uma terceira versão liga o uso do 
túnel como duto de descarga dos re-
síduos de um dos engenhos de cana 
da região diretamente no rio Guapi-
mirim. Apesar de vinculada à escravi-
dão, a preciosa construção é referên-
cia importante de Guapimirim para a 
reconstrução da sua história.
Sede da Fazenda Segredo - Embora 
atualmente em ruínas, a sede desta 
contribui para montar parte da his-
tória de Guapimirim desde o século 
res originais do objeto, apesar de ra-
ros, podem ser vistos atualmente em 
dois pontos da cidade: no Espaço Cul-
tural Estação Maria da Paz e no tradi-
cional Rogério’s Restaurante, localiza-
do a poucos metros da Ponte Velha.
Sítios arqueológicos - Os nomes de 
Sernambetiba, Arapuan, Amourins, 
Fernando, Cordovil, Guapi e Guará-Mi-
rim são alguns dos sambaquis (“monte 
de conchas” na língua guarani) encon-
trados em Guapimirim. Ainda desco-
nhecidos pela maioria da população, 
tais elevações que são montes altos e 
secos formados pela aglomeração de 
material oriundo de moluscos e areia 
são prova de que comunidades pré
-históricas por lá viveram. São impor-
tantes sítios arqueológicos do estágio 
antigo da ocupação da costa brasi-
leira e ajudam a revelar variações do 
nível do mar. Os de Guapimirim (onde 
foram encontrados esqueletos huma-
nos, ossadas de animais, objetos etc.) 
foram datados de aproximadamente 
5 mil anos, indicando que a Baía de 
Guanabara era cerca de três metros 
acima do atual nível do mar. Os povos 
dos sambaquis ignoravam qualquer 
agricultura e domesticação animal, 
pois viviam principalmente da pesca 
e da coleta. Também não possuíam 
instrumentos de arremesso potentes.
Os povos desapareceram misteriosa-
mente há quase 1.000 anos e alguns 
XVIII. Até o início do século passado, 
foi utilizada para a produção de açú-
car e derivados e pertencia ao coman-
dante Ribeiro da Costa. A decadência 
da produção agrícola local ocorreu 
pelo movimento abolicionista, pois 
sem a mão de obra escrava tornou-
se inviável a produção. Em 1920, ou-
tro comandante da Marinha, Gilberto 
Huet Barcellar (governante de Magé 
entre 1930 e 1934) adquiriu a fazenda 
e, passou a produzir aguardente. A 
cachaça feita no alambique era ven-
dida na região até que João Seixas 
Júnior comprou a propriedade em 
1953. A fazenda dá nome ao bairro da 
cidade e se encontra inativa.
Fazenda Santa Constança - Pertencia 
à S. A. Cortume Carioca, que nos anos 
1950 era a maior indústria de curtição 
de couros das Américas e a segunda 
maior do mundo. Na década de 1920, a 
companhia começou a adquirir terras 
em Guapimirim e Cachoeiras de Ma-
cacu, chegando aos 2.500 alqueires. 
A grande propriedade era forte na 
agropecuária e servia como uma re-
serva de matérias-primas, entre elas a 
acácia negra, utilizada na fabricação 
do couro. A fazenda foi inaugurada 
em 1938, chegando a ter 150 quilôme-
tros de estradas próprias, vila de casa 
para funcionários, sede administrati-
va, estábulo para 160 vacas, aviário 
com capacidade para 10 mil galinhas, 
chocadeira para 16 mil ovos, gado lei-
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teiro, porcos e búfalos. A Santa Cons-
tança também chegou a ser uma das 
maiores produtoras de banana d’água 
do Rio de Janeiro e tinha, ainda, plan-
tações de laranja, tangerina, limão, 
coco, mamão e abacaxi. Os inúmeros 
pés de goiaba até hoje são comuns 
pelas ruas do bairro.
Seringal - O Centro Cultural Seringal 
Guapimirim apresenta aos visitantes 
o cultivo de seringueiras e processo 
de extração do látex líquido, e seu be-
neficiamento (prensagem e secagem 
da borracha), preparando a borracha 
natural para uso pelas indústrias de 
transformação. Lá os visitantes tam-
bém veem o trabalho dos seringueiros 
e obtêm informações sobre fotossín-
tese, proteção ambiental, a história 
do Ciclo da Borracha no Brasil. A pro-
priedade onde hoje funciona o Serin-
gal é, desde 1979, de Carlos Frederico 
de Almeida. Pela Rota da Borracha, os 
visitantes podem conhecer o serin-
gal e exemplares da fauna local tais 
como o pau-Brasil, jambeiro, urucum, 
bambu gigante, pitangueira e outras 
espécies comuns na Mata Atlântica. 
Biblioteca Comunitária Boa Vontade - 
Nasceu por iniciativa pessoal de João 
Alberto Montano, de 54 anos. Em 2004, 
ele começou a reunir livros para que 
os moradores de Citrolândia pudes-
sem ter acesso à leitura sem precisar 
se deslocar até o centro de Guapimi-
sobrevivência de populações huma-
nas que vivem neste ecossistema. A 
APA abrange parte dos Municípios 
de Guapimirim, Magé, Itaboraí e São 
Gonçalo. É onde se pode contemplar 
os mais diversos tipos de aves do 
“Pantanal Fluminense” com sua vege-
tação típica, os meios da pesca ar-
tesanal, o jacaré-de-papo-amarelo e 
outros animais. O trabalho realizado 
pela APA de Guapimirim é essencial 
para a região, lá também é possível 
observar golfinhos que vivem na Baía.
Trilhas, poços de rios e montanhas - 
Localizada no Bairro Garrafão, a tri-
lha no meio da Serra de Guapimirim 
passa por nascentes, quedas d’água, 
cachoeiras pouco exploradas e uma 
pequena hidrelétrica desativada. São 
atrações em torno das cinco casca-
tas, onde praticantes de rapel enfren-
tam paredão de 20 metros de altura 
nas águas do rio Iconha.
Acompanhando o rio Iconha, a Trilha 
da Concórdia é um local para cami-
nhar ouvindo o canto dos pássaros 
e o rumor das águas. O trajeto liga 
também os bairros Garrafão e Limo-
eiro, passando por uma área parcial-
mente protegida pelo Parnaso.
O Poço Sem Fundo tem uma área pe-
quena, estreita e bastante profunda. 
Localizado no sopé de uma das Cas-
catas do Garrafão no corredor do rio 
rim. “Meu sonho é ver uma biblioteca 
em cada comunidade”, diz Montano. 
Há três anos, seu projeto passou a 
ter apoio da prefeitura e

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