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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 1 CONSIDERAÇÕES NUTRICIONAIS NOS PRINCIPAIS PROBLEMAS DE SAÚDE DA MULHER CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 2 SAÚDE DA MULHER http://sb24horas.com.br/saude-da-mulher-realiza-capacitacao-sobre-exames/ No final de 2009, a Organização Mundial da Saúde lançou uma publicação sobre a saúde da mulher contemporânea no mundo. Esta publicação apresenta um panorama das mudanças nos problemas de saúde enfrentados pelas mulheres nas últimas décadas do século XX, além dos principais agravos e causas de mortes atuais. A população feminina no mundo em 2007 era cerca de 3,3 bilhões de mulheres, com aproximadamente 50% desta população entre 20-59 anos. Também nesta faixa etária, 85% das mulheres vivem nos países em desenvolvimento (baixa e média renda). Em todos os continentes esta faixa etária da população é a mais numerosa, superando as faixas com menos de 10, entre 10-19 e mais de 60 anos. A expectativa de vida ao nascer da população feminina é de cerca de 60 anos nos países de baixa renda e 80 anos nos países de alta renda. Nos países de média renda, como o Brasil, a expectativa de vida ao nascer é cerca de 70 anos. Nos últimos 40 anos as mulheres vêm diminuindo o número de filhos. Entre 1970-75 o número de crianças por mulher na América Latina e Caribe era CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 3 aproximadamente cinco, enquanto que entre 2005-10 este número baixou para aproximadamente dois. As principais causas de morte na população feminina entre 20-59 anos no mundo em 2004 eram: HIV/AIDS (8,9%), AVC ou derrame cerebral (8,3%), doença coronariana (6,9%) e câncer de mama (4,6%). Nos países de média renda, no mesmo ano, mais de 61% das mortes foram provocadas por problemas de pressão arterial alta, sobrepeso e obesidade, consumo de cigarro, sedentarismo e taxas de glicose e colesterol altas. http://www.net- escola.ufba.br/mapas_de_navegacao/sistema_municipal_de_saude/organizacao_dos_servicos/acoes_programaticas/s aude_da_mulher Um estudo de mortalidade no Brasil, publicado em 2006, mostrou que as principais causas de morte na população feminina brasileira entre 10-49 anos CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 4 foram: cânceres (24,4%), doenças circulatórias (19,6%) e causas externas (15,5%). Entre as causas externas de morte encontram-se os homicídios e os acidentes de trânsito. Neste breve panorama, podemos perceber que a incorporação de atividades laborais, antes predominantemente ocupadas pelos homens, como o trabalho burocrático nas corporações, fez com que hábitos como o sedentarismo, dieta inadequada, consumo de álcool e cigarro, entre outros, somassem aos riscos exclusivos à população feminina (como os relacionados à gravidez e parto). Além disso, muitas mulheres mantém uma atividade laboral fora do lar sem, contudo, dispensar os cuidados com a família e as tarefas domésticas. Esta sobrecarga de funções acarreta um aumento do risco de agravos à saúde e podem comprometer a saúde da mulher no seu período reprodutivo. http://folhadecolider.com.br/saude-da-mulher-dados-do-rj-mostram-que-e-preciso-avancar-em-questoes-como-aborto-e- gravidez-na-adolescencia/ Por estes motivos, cuidar da saúde das mulheres é uma tarefa relevante em qualquer sistema de saúde no mundo. É preciso lembrar que a força de trabalho feminina no setor saúde é mais de 50% em todo o mundo e no Brasil é cerca de 70%. Também é fato que a imensa maioria dos cuidadores informais é de mulheres (esposas, mães e filhas). Portanto, nada mais justo do que cuidar com carinho de quem tão bem cuida de nós. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 5 Percorremos um longo caminho desde 1995 – e é hora de comemorar as mulheres e suas realizações. Mas também é hora de fazer um balanço de como os direitos das mulheres sejam cumpridos no mundo –especialmente o direito à saúde. Vinte anos depois de os países assinaram compromissos na Declaração de Pequim de 1995 e Plataforma de Ação, as mulheres ainda enfrentam muitos problemas de saúde e devemos voltar a nos comprometer a enfrentá-los. DOENÇAS QUE AFLINGEM AS MULHERES ENDOMETRIOSE http://portalbebes.net/endometriose/ Doença caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 6 Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, esse endométrio que aumentou descama e é expelido na menstruação. Em alguns casos, um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão endometriótica. As causas desse comportamento ainda são desconhecidas, mas sabe-se que há um risco maior de desenvolver endometriose se a mãe ou irmã da paciente sofrem com a doença. É importante destacar que a doença acomete mulheres a partir da primeira menstruação e pode se estender até a última. Geralmente, o diagnóstico acontece quando a paciente está na faixa dos 30 anos. Hoje, a doença afeta cerca de seis milhões de brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la e 30% tem chances de ficarem estéreis. SINTOMAS Os principais sintomas da endometriose são dor e infertilidade. Aproximadamente 20% das mulheres têm apenas dor, 60% têm dor e infertilidade, e 20% apenas infertilidade. Existem mulheres que sofrem dores incapacitantes e outras que não sentem nenhum tipo de desconforto. Entre os sintomas mais comuns estão: • Cólicas menstruais intensas e dor durante a menstruação; • Dor pré-menstrual; • Dor durante as relações sexuais; • Dor difusa ou crônica na região pélvica; • Fadiga crônica e exaustão; • Sangramento menstrual intenso ou irregular; • Alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação; • Dificuldade para engravidar e infertilidade. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 7 A dor da endometriose pode se manifestar como uma cólica menstrual intensa, ou dor pélvica/abdominal à relação sexual, ou dor “no intestino” na época das menstruações, ou, ainda, uma mistura desses sintomas. DIAGNÓSTICOS O diagnóstico de suspeita da endometriose é feito por meio de exame físico, ultrassom (ultrassonografia) endovaginal especializado, exame ginecológico, dosagem de marcadores e outros exames de laboratório. Atenção especial deve ser dada ao exame de toque, fundamental no diagnóstico da endometriose profunda. Em alguns casos, o médico ginecologista solicitará uma ressonância nuclear magnética e a ecocoloposcpia. EXAMES A endometriose ainda é uma doença difícil de diagnosticar por meio do exame físico, ou seja, realizado durante a consulta ginecológica de rotina. Dessa forma, os exames de imagem são mais adequados para indicar a possível existência do problema, que será confirmada posteriormente por meio de exames laboratoriais específicos. Entre os exames de imagem que podem sinalizar a endometriose, destacam-se: • Ultrassonografia transvaginal – Procedimento de menor custo, que permite a identificação de endometriomas, aderências pélvicas e endometriose profunda. • Ressonância magnética – Exame mais caro, a ressonância magnética apresenta melhores taxas de sensibilidade e especificidade na avaliação de pacientes com endometrioma e endometriose profunda. Para identificar a existência da endometriose, outros exames complementares ainda podem ser solicitados pelo médico, como a CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 8 ultrassonografia transretal, a ecoendoscopia retal e atomografia computadorizada. Após a identificação de alguma alteração, o médico poderá optar por realizar uma biópsia da lesão encontrada, de modo a confirmar o diagnóstico. Essa avaliação será realizada por meio de exames chamados laparoscopia e laparopotomia. • Laparoscopia – Permite tanto o diagnóstico como o tratamento da paciente. O procedimento é realizado através de pequenas incisões na barriga, e a introdução de instrumentos telescópicos para a visualização, e se for o caso, para a retirada das lesões. A laparoscopia também permite a coleta de material para avaliação histológica e o tratamento cirúrgico das lesões. O ideal é que seja realizado após o término da fase de avaliação por meio dos métodos de imagem, permitindo que o diagnóstico e o tratamento possam ser feitos de maneira integrada – e evitando, assim, múltiplos procedimentos. A Laparoscopia é mais vantajosa que a Laparotomia, porque envolve um menor tempo de hospitalização, anestesia e recuperação, além de permitir uma melhor visualização dos focos da doença. • Laparotomia – É o procedimento tradicional e considerado mais invasivo em comparação à Laparoscopia. Envolve uma incisão abdominal maior para acessar os órgãos internos, e pode ser indicada pelo médico dependendo das necessidades da paciente. Hoje em dia, no entanto, existem diversos tipos de tratamentos não invasivos, que podem reduzir o número total de procedimentos a que a paciente é submetida. Vale ressaltar que a endometriose é uma doença crônica, e por isso o acompanhamento médico contínuo é fundamental. PREVENÇÃO A endometriose é uma doença benigna, que se caracteriza pela proliferação do tecido chamado endométrio para fora da cavidade uterina, local em que ele normalmente se desenvolve. O crescimento do endométrio faz parte CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 9 do ciclo reprodutivo da mulher. Ao longo desse período, o tecido cresce, e quando não ocorre gravidez ele é eliminado em forma de menstruação. Entretanto, em algumas mulheres algumas células desse tecido migram no sentido oposto, podendo subir pelas tubas e chegar à cavidade abdominal, multiplicando-se e provocando a endometriose. Não há consenso médico sobre as causas que levam ao desenvolvimento da endometriose, de modo que ainda é difícil falar diretamente em prevenção. Entretanto, diversos estudos sobre as características das mulheres que têm a doença ajudam a medicina a se aproximar de maiores respostas. Enquanto alguns fatores de risco para a endometriose são bem conhecidos, ainda não é claro como em determinados comportamentos, tais como o uso de determinados medicamentos, drogas, entre outros fatores, poderiam aumentar ou diminuir as chances de desenvolver a doença. Alguns estudos associam o padrão menstrual à ocorrência de endometriose: pacientes com fluxo mais intenso e mais frequente teriam mais risco de apresentar a doença. A relação entre o uso de pílula anticoncepcional e a endometriose ainda é polêmica: há pesquisadores que encontraram aumento de risco, e outros que indicaram a redução ou ausência de efeito. Como alguns anticoncepcionais orais são utilizados por mulheres que apresentam cólicas menstruais (dismenorreia primaria), e a endometriose causa dor pélvica (dismenorreia e dispareunia), a pílula é muitas vezes prescrita para mulheres que têm a doença, sem que se tenha descoberto alguma relação de causa e efeito entre elas. Filhas e irmãs de pacientes com endometriose têm maior risco de também desenvolver o problema. A identificação genética poderia ajudar a entender melhor a doença, mas é ainda difícil saber o quanto os genes realmente são relevantes em relação a outros fatores, como etnia e fatores ambientais. Consumir muito álcool e cafeína são hábitos que têm sido associados ao aumento do risco ou piora do quadro de endometriose, enquanto fazer atividades físicas parece diminuir as chances de desenvolver a doença. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 10 http://nutrircomciencia.com.br/acai-e-endometriose/ Com um debate científico ainda bastante acalorado sobre as causas da endometriose, o melhor que as pacientes podem fazer para manter a saúde em dia é consultar regularmente o ginecologista. Observar os sintomas e conhecer seu corpo também são atitudes que ajudam a perceber alterações, indicando a necessidade de voltar mais cedo ao consultório. TRATAMENTOS E CUIDADOS Dois tipos de tratamento podem ser usados para combater as dores da endometriose: medicamentos ou cirurgia. Cada um deles tem suas especificidades, e cabe ao ginecologista avaliar a gravidade da doença em cada CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 11 caso e recomendar o melhor tratamento. Vale lembrar que, dependendo da situação, ambos os procedimentos são feitos de maneira integrada. • Tratamento cirúrgico: Nesse procedimento, a endometriose é removida por meio de uma cirurgia chamada laparoscopia. Em alguns casos, é possível eliminar apenas os focos da doença ou as complicações que ela traz – como cistos, por exemplo. No entanto, em situações mais sérias, o procedimento precisará até remover os órgãos pélvicos afetados pela enfermidade. Dependendo das condições da doença, é possível recorrer a tratamento por laparoscopia, com laser. Também é possível a realização da videolaparoscopia, na qual diagnosticará o número de lesões, aderências, a obstrução tubária e já tratar a doença. • Tratamento com medicamentos: Existem diversos medicamentos disponíveis no mercado para tratar a endometriose, como: analgésicos, anti-inflamatórios, análogos de GNHR, Danazol e Dienogeste. Atualmente também é possível reduzir os sintomas utilizando o DIU com levonorgestrel. Antes de começar o tratamento, caso a paciente deseje engravidar, poderá ser indicado o encaminhamento para um Centro de Reprodução Humana, pois a melhor alternativa para a mulher que possui endometriose e deseja ter filhos é a fertilização in vitro. Isso porque a presença da endometriose não afeta as taxas de gravidez quando escolhido esse método. É importante compreender que não existe cura permanente para a endometriose. O objetivo do tratamento é aliviar a dor e amenizar os outros sintomas, como favorecer a possibilidade de gravidez e diminuir as lesões endometrióticas. CONVIVENDO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 12 Se a doença for detectada logo no início, o tratamento poderá ser instituído precocemente, aumentando a efetividade de alívio dos sintomas. Para isso, a mulher deverá relatar ao médico as situações atípicas e quaisquer outros problemas que possam ser sintoma da endometriose. Uma dica para ajudar a monitorar informações de dor relacionadas à endometriose é o aplicativo da Bayer gratuito para iPhone e iPad, chamado Meu diário mensal. O objetivo é auxiliar as mulheres com endometriose ou suspeita da doença, além de seus médicos, na coleta e organização de informações relacionadas ao ciclo menstrual, como dor, impactos nas rotinas diárias e padrão de sangramento. Dessa forma, a conversa com o especialista fica mais fácil. CANDIDÍASE Também conhecida por Monoliase Vaginal, a candidíase vaginal é uma infecção ocasionada por fungo, o Cândida ou Monília, que causa um corrimento espesso, grumoso e esbranquiçado, acompanhada geralmente de irritação no local. Para alguns especialistas, a candidíase não é uma doença sexualmente transmissível, pois pode ocorrer mesmo sem o contato íntimo. Alguns estudos indicam que o fungo pode estar na flora vaginal, assim, quando a resistência do organismo cai ou quando a resistência vaginal está baixa pode ocorrer a multiplicação do fungo e a manifestação dos sintomas. Estudos mostram que alguns fatores são facilitadores dessa micose: Antibióticos; Gravidez; Diabetes; Outras infecções (porexemplo, pelo vírus HIV); Deficiência imunológica; Medicamentos como anticoncepcionais e corticoides; Relação sexual desprotegida com parceiro contaminado; http://stg.gineco.com.br/aplicativos/meu-diario-mensal/ http://stg.gineco.com.br/aplicativos/meu-diario-mensal/ CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 13 Vestuário inadequado (roupas apertadas e biquínis molhados; lycra e roupa de academia que aumentam a temperatura vaginal); Duchas vaginais em excesso. https://www.tuasaude.com/sintomas-de-candidiase/ Entre 20% a 25% dos casos de corrimentos genitais de natureza infecciosa têm como causa a Candidíase. Diz-se que 75% das mulheres têm essa infecção pelo menos uma vez na vida. SINTOMAS Os sinais mais comuns para essa doença são: Corrimento esbranquiçado; Coceira; Escoriações na região vulvar; Coloração vermelha na vagina. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 14 Em casos extremos, a candidíase pode causar úlceras. DIAGNÓSTICOS Para detectar corretamente a candidíase é necessário um exame clínico, isso porque os sintomas da doença podem aparecer somente no período de fluxo menstrual. O diagnóstico é realizado também pelo exame microscópico, como Papanicolau. http://jalecodeideias.blogspot.com.br/ EXAMES Mais comumente causada pelo fungo Candida Albicans, a candidíase é uma doença que pode acometer qualquer parte do corpo humano, mas atinge mais frequentemente os órgãos genitais gerando grande incomodo como coceira, ardência ou dor ao urinar, vermelhidão, dor durante as relações sexuais e corrimento branco e espesso. Ela não é considerada uma DST (doença sexualmente transmissível), pois o fungo vive naturalmente na flora vaginal e só se torna um problema quando se prolifera de maneira desenfreada. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 15 O método diagnóstico mais comum é o exame realizado em consultório ginecológico. O médico, com base nas queixas da paciente, no exame clínico, que identifica o tipo de corrimento característico que, combinado aos sintomas presentes e eventualmente após a realização de exames adicionais, caracteriza a enfermidade. O fungo causador da candidíase pode ser encontrado no exame de Papanicolau, no qual é feita a raspagem do canal vaginal e colo do útero para análise laboratorial. Encontrar o fungo no laudo não significa que a paciente tenha a candidíase. A bacterioscopia, exame em que a secreção vaginal é analisada em laboratório, também pode auxiliar no diagnóstico. TRATAMENTOS E CUIDADOS Para o tratamento da doença são recomendadas medidas simples: Devem-se evitar vestuários inadequados; Não praticar duchas vaginais; Não utilizar desodorantes íntimos; Abstinência sexual durante o tratamento; Utilizar camisinha. Juntamente com essas indicações é recomendado o uso de antimicóticos via oral, além da utilização de creme vaginal de uso tópico. Todo tratamento deve ser indicado por um especialista, pois cada doença possui a sua indicação adequada. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 16 http://nutrifernanda.blogspot.com.br/2016/01/disbiose-voce-sabe-o-que-e.html CONVIVENDO A candidíase é uma condição causada pela proliferação excessiva de fungos do gênero Cândida, eles habitam normalmente a flora vaginal em pequenas quantidades. Sua aparição recorrente, na maioria dos casos, pode ser causada por fatores não ginecológicos, como estresse, baixa imunidade, má alimentação ou alguma outra doença. Por esse motivo, quando a candidíase se torna recorrente e a mulher passa a ter que conviver e tratar constantemente o problema, outras causas devem ser investigadas. Para evitar a candidíase recorrente, além do uso de medicamentos nos momentos de crise, é preciso seguir uma dieta pobre em açúcares e carboidratos, consumir em abundância alimentos ricos em vitamina A e D. Dormir bem e levar uma vida sem estresse também são atitudes fundamentais para se livrar dessa indesejada companheira. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 17 Lembre-se também que existem outras condições que podem provocar sintomas semelhantes aos da candidíase, somente um ginecologista poderá diagnosticar e decidir o melhor tratamento para cada caso. VULVITE E VULVOVAGINITE http://slideplayer.com.br/slide/5916384/ Vulvite e Vulvovaginite são inflamações da parte externa do órgão genital feminino (chamada vulva). Enquanto na vulvite a irritação se dá na vulva, na vulvovaginite ocorre na vulva e na vagina. Elas são provocadas, principalmente, pela presença de diversos micro-organismos que causam corrimento. As mesmas bactérias que originam a Candidíase, a Triconomíase e Clamídia podem desenvolver a vulvite e a vulvovaginite. A vulvovaginite também pode ser causada pelo uso de produtos alérgicos, como calcinhas de tecido sintético, amaciantes, papel higiênico colorido ou perfumado, sabonetes perfumados e até pelo hábito diário de usar o chuveirinho como ducha vaginal. As mulheres grávidas podem desenvolver vulvites crônicas após o parto devido a sua sensibilidade com determinados produtos químicos como o látex CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 18 da camisinha, tampões vaginais e sabonetes íntimos. A sua imunidade baixa propicia o desenvolvimento das infecções. SINTOMAS Os sintomas mais comuns da vulvite e da vulvovaginite são: Inflamação da vulva; Vermelhidão; Corrimento; Prurido vulvar (coceira intensa na vulva). O que diferencia a vulvite e a vulvovaginite das outras doenças sexualmente transmissíveis são o tipo de irritação, a textura e a cor do corrimento. DIAGNÓSTICOS Assim como nas doenças sexualmente transmissíveis, a vulvite é diagnosticada pelos exames ginecológicos, e se necessário, a vulvoscopia. EXAMES Vulvite e Vulvovaginite são inflamações da vulva e da vagina, respectivamente, se manifestando pela vermelhidão, inchaço e ardor na região genital. A origem da enfermidade pode ser infecciosa, inflamatória, hormonal, por uso de produtos que provocam reações alérgicas, tratamentos quimioterápicos e falta da higiene íntima adequada. A menopausa também aumenta a predisposição à doença, com a queda dos hormônios e a consequente redução da secreção vaginal natural e a perda CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 19 de elasticidade dos tecidos vaginais, a região lesiona-se com mais facilidade abrindo caminho para infecções. O diagnóstico da doença é realizado por meio do exame clínico ginecológico no qual o médico observa o aspecto do genital e se atenta às queixas da paciente. Mas, o exame mais confiável para o diagnóstico é a vulvoscopia, procedimento realizado com o aparelho chamado colposcópio, que permite a ampliação de até 40 vezes, possibilitando uma análise detalhada da vulva. Após o resultado, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível e durante o tempo indicado pelo o ginecologista para garantir a cura da doença e evitar a possibilidade de uma nova infecção. PREVENÇÃO Para impedir o surgimento dessa doença, devem-se evitar os seguintes hábitos diários: Ducha vaginal; Uso de roupas justas na região genital; Uso de roupas íntimas de tecidos sintéticos; Sexo sem camisinha; Sabonete perfumado e com PH elevado; Uso de absorventes diários. TRATAMENTOS E CUIDADOS Para o tratamento correto da vulvovaginite e da vulvite, a mulher deve realizar uma consulta com o médico ginecologista. As principais indicações são medicamentos orais e mudança de hábitos. Evite passar cremes cicatrizantes na região da vulva e da vagina, isso pode piorar a inflamação. A automedicação é perigosa. Qualquer tratamento deve ser indicado por um médico. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 20 CONVIVENDO Vulvite e Vulvovaginitesão inflamações da vulva e da vagina que apresentam sintomas como vermelhidão, inchaço, ardor e corrimento na região genital e podem ter fundo infeccioso ou inflamatório. O tratamento é realizado por medicamentos via oral e cremes vaginais, e apresenta alto índice de sucesso na cura. Mas, o que fazer quando o problema se torna rotina? A recorrência de infecções vaginais como vulvite e vulvovaginite tem origem em um possível desequilíbrio da flora vaginal causada por diversos motivos: queda da imunidade, alergias, estresse, uso de calcinhas de tecido sintético e roupas muito justas que não permitem a respiração da pele, falta da higiene adequada e relações sexuais sem proteção. Além disso, caso ocorra crises por vulvite ou vulvovaginite em um curto espaço de tempo, procure o seu ginecologista com urgência, descreva o quadro, realize os exames ginecológicos indicados e siga o tratamento com rigidez, só assim será possível se livrar de vez dessa doença que incomoda tantas mulheres pelo mundo. TROMBOEMBOLISMO VENOSO Tromboembolismo venoso (TEV) é o termo empregado para designar a combinação de duas doenças, a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar (EP). A trombose venosa profunda é uma doença causada pela formação de coágulos no interior das veias profundas, geralmente nos membros inferiores. E embolia pulmonar é a obstrução das artérias do pulmão causada pela formação de coágulos (trombo). CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 21 http://pt-br.infomedica.wikia.com/wiki/Tromboembolismo_Venoso É uma doença decorrente de condições variadas, adquiridas ou congênitas. Dentre os principais fatores de risco para o desenvolvimento dessa doença estão: • Cirurgia e Trauma; • Idade; • Obesidade; • Câncer; • Gravidez e pós-parto; • Tabagismo; • Varizes; • Uso de anticoncepcional. Apesar de serem duas doenças combinadas, o tratamento do Tromboembolismo venoso deve ser único. É uma doença de alto risco, podendo levar a óbito caso não ocorra o tratamento adequado. SINTOMAS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 22 O tromboembolismo venoso pode apresentar os seguintes sintomas: • Edema (inchaço); • Dor; • Calor; • Rubor (vermelhidão); • Rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo; • Cor mais escura da pele; • Endurecimento do tecido subcutâneo; • Eczemas. TRATAMENTOS E CUIDADOS O tratamento do Tromboembolismo Venoso consiste em aliviar os sintomas agudos da doença, evitar o aumento dos coágulos e diminuir a morbidade da síndrome pós-trombótica. É indicado o uso de medicamentos intravenosos ou via oral. O laboratório Bayer, a fim de analisar o risco da ocorrência de TEV, patrocinou estudos para analisar o uso de anticoncepcionais combinados com drospirenona. Assim como em anticoncepcionais com levonorgestrel, o contraceptivo combinado com drospirenona apresenta baixa incidência do acontecimento de TEV. Já no período da gravidez, esta incidência aumenta-se consideravelmente. • Risco de TEV associado ao uso de contraceptivos • Risco de TEV associado ao uso de contraceptivos CONVIVENDO O tromboembolismo é caracterizado pela formação de coágulos de sangue no interior das veias, bloqueando de forma parcial ou total a passagem CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 23 do sangue. O coágulo, também conhecido como trombo, se forma quando ocorre algum desequilíbrio no mecanismo de coagulação. Complicações após cirurgias, pré-disposição genética, obesidade, tabagismo, gravidez e longos períodos de imobilidade podem proporcionar o desenvolvimento de coágulos sanguíneos e a formação dos “trombos”. O público feminino é mais comumente atingido pela doença devido à maior frequência de problemas genéticos que propiciam a trombose. Os hormônios femininos tendem a provocar o aumento do processo de coagulação sanguínea em pessoas que já têm histórico na família de casos de trombose. Quando descoberto logo no início, as chances de cura e de convívio pacífico com a doença são enormes. O tratamento com medicação anticoagulante, que age “afinando” o sangue e diminuindo a formação dos coágulos, é a forma mais comum utilizada pelos médicos para controlar e impedir complicações como a embolia pulmonar. Praticar exercícios leves é de fundamental importância para evitar o avanço da doença. Caminhar pelo menos 30 minutos todos os dias ativa a circulação sanguínea e aumenta o fluxo, impedindo a formação de novos trombos além de auxiliar na saúde do corpo como um todo. As meias de alta compressão são fiéis aliadas de quem já possui a doença e a intensidade do uso deve ser determinada e acompanhada pelo médico de acordo com o quadro clínico do paciente. A princípio, o diagnóstico de tromboembolismo pode parecer assustador, mas realizando o tratamento adequado, acompanhado constantemente pelo médico, é possível viver bem com a doença e até mesmo alcançar a cura. CÂNCER CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 24 http://pt.slideshare.net/institutooncoguia/instituto-oncoguia-dicas-de-nutrio Dois dos tipos de câncer mais comuns que afetam as mulheres são de mama e câncer do colo do útero. A detecção precoce desses dois tipos de câncer é a chave para manter as mulheres vivas e saudáveis. Os últimos números globais mostram que cerca de meio milhão de mulheres morrem de câncer de colo de útero e meio milhão de câncer de mama a cada ano. A grande maioria destas mortes ocorrem em países de baixa e média renda, onde o rastreamento, prevenção e tratamento são quase inexistentes, e que a vacinação contra o vírus do papiloma humano precisa ser implementada. CÂNCER DO COLO DO ÚTERO O Câncer de Colo de Útero é uma lesão invasiva intrauterina ocasionada principalmente pelo HPV, o papilomavírus humano. Este pode se manifestar através de verrugas na mucosa da vagina, do pênis, do ânus, da laringe e do esôfago, ser assintomático ou causar lesões detectadas por exames CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 25 complementares. É uma doença demorada, podendo levar de 10 a 20 anos para o seu desenvolvimento. http://vivomaissaudavel.com.br/saude/mulher/incidencia-do-cancer-de-colo-de-utero-diminui-no-brasil/ Alguns riscos favorecem o aparecimento dessa doença: • Sexo desprotegido com múltiplos parceiros; • Histórico de DSTs (HPV); • Tabagismo; • Idade precoce da primeira relação sexual; • Multiparidade (Várias gravidezes). Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de colo de útero é o segundo tumor mais frequente entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama. Ao contrário do que se acredita, a endometriose e a genética não possuem relação com o surgimento desse câncer. Mas o Câncer de Colo de Útero, caso não tratado, pode evoluir para uma doença mais severa, o Carcinoma invasor do colo uterino (tumor maligno). • Afeta em sua maioria mulheres entre 40 e 60 anos de idade. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 26 • Uterus – Útero • Cervix – colo do útero • Cervical Cancer – Câncer de colo do útero SINTOMAS Por ser uma doença lenta, geralmente quando os sintomas aparecem o câncer já se encontra em estágio avançado. Os principais sintomas são: • Corrimento persistente de coloração amarelada ou rosa e com forte odor; • Sangramento após o ato sexual; • Dor pélvica. Em casos mais graves há o surgimento de edemas nos membros inferiores, problemas urinários e comprometimento de estruturas extragenitais. DIAGNÓSTICOS Para detectar o Câncer do colo de útero é necessária à realização do exame Papanicolau que pode ser complementado com Colposcopia com a realização de biópsia para se confirmar o diagnóstico. EXAMES O câncer de colo de útero, considerado um problema de saúde pública, é associado ao vírus do HPV,transmitido comumente pelo contato sexual, que por meio da vagina atinge o colo uterino alterando a estrutura das células e sua reprodução, originando um câncer. O exame ginecológico preventivo, o Papanicolau – trata-se do nome próprio do inventor do exame – é a principal ferramenta para diagnosticar as CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 27 lesões precursoras do câncer. Este exame é indolor e rápido. A mulher pode sentir um pequeno desconforto caso esteja tensa ou se o profissional que realizar o procedimento não tiver a delicadeza necessária. Para garantir o resultado, 48 horas antes do exame a mulher não deve ter relações sexuais mesmo com camisinha, fazer duchas vaginais, ou aplicar pomadas ginecológicas. Para a realização desse procedimento é inserido na vagina um instrumento chamado espéculo. O médico examina visualmente o interior da vagina e o colo do útero e com uma espátula de madeira e uma pequena escova especial é realizada a descamação do colo do útero a fim de recolher as células para a análise em laboratório. Toda mulher que tem uma vida sexualmente ativa deve realizar o exame anualmente, após dois resultados negativos esse intervalo pode passar a ser de três anos. Caso apresente dores durante a relação sexual, sangramento fora do período menstrual ou corrimento procure o quanto antes o seu ginecologista. PREVENÇÃO O câncer de colo de útero já é considerado um problema de saúde pública. Atualmente, existem diversas campanhas de conscientização sobre a importância de se prevenir dessa doença que mata tantas mulheres pelo mundo todos os anos. A enfermidade é causada principalmente por meio da infecção pelo vírus HPV, o papiloma vírus humano, que de acordo com pesquisas, está presente em mais de 90% dos casos de câncer cervical. A principal forma de transmissão do vírus é via contato sexual, seja vaginal, oral ou anal. Para se prevenir da doença o melhor aliado é o preservativo, seja ela masculina ou feminina. A camisinha deve ser usada em todas as relações sexuais para garantir a proteção de ambos os parceiros. Também é importante realizar anualmente o exame ginecológico preventivo, o popular Papanicolau. Esse procedimento é capaz de identificar as lesões precursoras do câncer de colo de útero possibilitando o diagnóstico no início da doença, aumentando assim as chances de sucesso no tratamento. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 28 Não deixe de usar preservativo em todas as suas relações sexuais e de visitar seu ginecologista periodicamente para a realização dos exames de rotina. Simples atitudes como estas podem prevenir sua saúde contra o câncer de colo de útero. TRATAMENTOS E CUIDADOS O tratamento desse câncer pode ser realizado por cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. A cirurgia consiste na retirada do tumor e, ocasionalmente, na retirada do útero e da porção superior da vagina. De acordo com a paciente, seu modo de vida (o desejo de ter filhos) e com o estágio do câncer, é escolhida uma técnica específica para a realização da operação. Já o tratamento por radioterapia tem a finalidade de reduzir o volume tumoral e melhorar o local, para depois realizar a radioterapia interna. A quimioterapia é indicada para tumores em estágios avançados da doença. CONVIVENDO Conviver com um câncer não é nada fácil, na verdade é uma tarefa extremamente árdua que exige muito do corpo e da mente do paciente. Os tratamentos contra o câncer do colo de útero podem remover a lesão ou destruir as células cancerígenas, mas até seu fim e cura completa há um longo caminho a ser percorrido. Além do choque ao receber o diagnóstico, a paciente é acometida pelas dores, enjoos e outras reações adversas devido à quimioterapia e radioterapia. Por isso, além da importância do acompanhamento do ginecologista e do oncologista, é imprescindível que sejam realizadas consultas com um psicólogo para garantir o bem-estar da mulher. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 29 Mesmo após o termino do tratamento, é importante que o acompanhamento pelos profissionais continue, para observar o comportamento do corpo em relação a uma recidiva do câncer e reforçar a necessidade de bons pensamentos para o avanço da saúde da paciente. Além disso, para superar a doença, o apoio dos familiares é essencial. CÂNCER DE MAMA http://embarazo-sintomas.info/category/enfermedades Todo câncer se caracteriza por um crescimento rápido e desordenado de células, que adquirem a capacidade de se multiplicar. Essas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos (câncer), que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. O câncer também é comumente chamado de neoplasia. O câncer de mama, como o próprio nome diz, afeta as mamas, que são glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. É o tumor maligno mais comum em mulheres e o que mais leva as brasileiras à morte, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 30 Segundo a Estimativa sobre Incidência de Câncer no Brasil, 2014-2015, produzida pelo Inca, o Brasil terá 576 mil novos casos de câncer por ano. Desses, 57.120 mil serão tumores de mama. O câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima dessa idade sua incidência cresce rápida e progressivamente. É importante lembrar que nem todo tumor na mama é maligno e que ele pode ocorrer também em homens, mas em número muito menor. A maioria dos nódulos (ou caroços) detectados na mama é benigna, mas isso só pode ser confirmado por meio de exames médicos. Quando diagnosticado e tratado ainda em fase inicial, isto é, quando o nódulo é menor que 1 centímetro, as chances de cura do câncer de mama chegam a até 95%. Tumores desse tamanho são pequenos demais para serem detectados por palpação, mas são visíveis na mamografia. Por isso é fundamental que toda mulher faça uma mamografia por ano a partir dos 40 anos. FATORES DE RISCO O câncer de mama – e o câncer de forma geral – não tem uma causa única. Seu desenvolvimento deve ser compreendido em função de uma série de fatores de risco, alguns deles modificáveis, outros não. O histórico familiar é um importante fator de risco não modificável para o câncer de mama. Mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) que tiveram a doença antes dos 50 anos podem ser mais vulneráveis. Entre outros fatores de risco não modificáveis estão o aumento da idade, a menarca precoce (primeira menstruação antes dos 11 anos de idade), a menopausa tardia (última menstruação após os 55 anos), nunca ter engravidado ou ter tido o primeiro filho depois dos 30 anos. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 31 https://cantodanutricao.wordpress.com/2013/10/07/nutrientes-x-cancer-de-mama/ Já os fatores de risco modificáveis bem conhecidos até o momento estão relacionados ao estilo de vida, como o excesso de peso e a ingestão regular (mesmo que moderada) de álcool. Alterá-los, portanto, diminui o risco de desenvolver a doença. No entanto, a adoção de um estilo de vida saudável nunca deve excluir as consultas periódicas ao ginecologista, que incluem a mamografia anual a partir dos 40 anos. SINTOMAS Os sinais e sintomas do câncer podem variar, e algumas mulheres que têm câncer podem não apresentar nenhum destes sinais e sintomas. De CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 32 qualquer maneira, é recomendável que a mulher conheça suas mamas, e saiba reconhecer alterações para poder alertar o médico. A melhor época do mês para que a mulher que ainda menstrua avalie as próprias mamas para procurar alterações são alguns dias após a menstruação, quando as mamas estão menos ingurgitadas (inchadas). Nas mulheres que já estão na menopausa,este autoexame pode ser feito em qualquer época do mês. Alterações devem ser relatadas ao seu médico, mesmo que elas tenham aparecido pouco tempo depois de uma mamografia ou do exame clínico das mamas feito pelo profissional de saúde. O câncer de mama pode apresentar vários sinais e sintomas, como: Nódulo único endurecido. Abaulamento de uma parte da mama. Edema (inchaço) da pele. Eritema (vermelhidão) na pele. Inversão do mamilo. Sensação de massa ou nódulo em uma das mamas. Sensação de nódulo aumentado na axila. Espessamento ou retração da pele ou do mamilo. Secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos. Inchaço do braço. Dor na mama ou mamilo. Vale a pena lembrar que na grande maioria dos casos, a vermelhidão, inchaço na pele e mesmo o aumento de tamanho dos gânglios axilares representam inflamação ou infecção (mastite, por exemplo), especialmente se acompanhados de dor. Mas como existe uma forma rara de câncer de mama que se manifesta como inflamação, estes achados devem ser relatados ao médico da mesma maneira, e a mulher deve passar por um exame clínico, obrigatoriamente. DETECÇÃO PRECOCE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 33 http://www.institutocarmelita.com.br/2015/10/outubro-rosa.html O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%. Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama. Se a detecção precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em toda mulher com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença começa a aumentar significativamente. A mamografia é o único exame diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. Com esse tamanho, o nódulo ainda não pode ser palpado. Mas é com esse tamanho que ele pode ser curado em até 95% dos casos. Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 34 O autoexame continua sendo importante – mas de forma secundária. Quando o tumor atinge o tamanho suficiente para ser palpado, já não está mais no estágio inicial, e as chances de cura não são máximas. Infelizmente, ainda há muita desinformação no Brasil. Uma pesquisa realizada em 2008 pelo Datafolha a pedido da Femama revelou que para 82% das mulheres o autoexame é a principal forma de diagnóstico precoce. Apenas 35% apontaram a mamografia. A incidência do câncer de mama vem crescendo no mundo todo, mas, quando se trata do número de mortes causadas pela doença, as tendências variam. Em países desenvolvidos, a mortalidade vem caindo lentamente, ao passo que nos países em desenvolvimento, como o Brasil, registra-se um gradativo aumento. Pelo menos parte dessa diferença se deve ao diagnóstico precoce, ainda precário no nosso país. Entre 1999 e 2003, quase metade dos casos de câncer de mama foram diagnosticados em estágios avançados, segundo estudo do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Especialistas estimam que mortalidade por câncer de mama em mulheres entre 50 e 69 anos poderia ser reduzida em um terço se todas as brasileiras fossem submetidas à mamografia uma vez por ano. DIAGNOSTICO PRECOCE O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%, segundo a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – Femama. Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama. Se o diagnóstico precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em todas as mulheres com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença começa a aumentar significativamente. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 35 A mamografia é o único exame diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. Com esse tamanho, o nódulo ainda não pode ser palpado. Mas é com esse tamanho que ele pode ser curado em até 95% dos casos. AUTOEXAME Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram. O autoexame continua sendo importante – mas de forma secundária. Ele é essencial para que a mulher conheça seu corpo, em especial sua mama, e possa perceber qualquer alteração. O autoexame pode ser feito visualmente e por meio da palpação, uma vez por mês, após o final da menstruação. Para as mulheres que não menstruam mais, o ideal é definir uma data e fazê-lo uma vez ao mês, sempre no mesmo dia. Entretanto, ele não substitui a importância do exame clínico feito por um profissional da saúde por meio da palpação e, menos ainda, a mamografia. É fundamental que, além do autoexame, todas as mulheres acima dos 40 anos façam seus exames de rotina, entre eles a mamografia. Só ela pode detectar precocemente um nódulo pequeno e aumentar muito as chances de cura. MAMOGRAFIA A mamografia é um exame de raio-X, na qual a mama é comprimida entre duas placas de acrílico para melhor visualização. Em geral são feitas duas chapas de cada mama: uma de cima para baixo e uma de lado. Apesar da compressão da mama ser um pouco desagradável para algumas mulheres, é importante lembrar que ela não é perigosa para a mama. A dose de raios X CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 36 utilizada nos aparelhos modernos é também muito baixa, e não deve servir de empecilho para a realização do exame. Fundamental e insubstituível, a mamografia pode detectar nódulos de mama em seu estágio inicial, quando não são percebidos na palpação do autoexame feito pela mulher ou pelo profissional de saúde. Por serem pequenos, esses nódulos têm menor probabilidade de disseminação e mais chances de cura. Por essa razão, as mulheres acima de 40 anos devem realizar a mamografia regularmente, em intervalos anuais. E, com a efetivação da Lei Federal nº 11.664/2008, em vigor a partir de 29 de abril de 2009, toda mulher brasileira tem direito a realizar pelo SUS sua mamografia anual a partir dessa idade. Como todo exame médico, a mamografia está sujeita a deficiências. Acredita-se que cerca de 10% dos casos comprovados de câncer de mama não sejam detectados na mamografia, principalmente em mulheres jovens, que têm a mama densa. A ultrassonografia pode auxiliar no diagnóstico quando associada à mamografia e pode ser muito útil para detectar lesões duvidosas. TIPOS DE CÂNCER DE MAMA O câncer de mama pode se manifestar de diversas formas, e conhecer seus principais tipos ajuda a compreender melhor o que está acontecendo. O diagnóstico positivo é sempre uma notícia impactante, mas é importante estar bem informada para conversar com o oncologista sobre as opções de terapias disponíveis e mais apropriadas para o seu caso. Há os tumores mais e os menos agressivos, e os que crescem mais ou menos rápido, por exemplo. Uma série de características vai permitir ao médico indicaro tratamento mais adequado, aquele com maior chance de trazer a cura no menor tempo possível, minimizando os riscos de recaída. Muitas vezes, porém, a paciente não fica sabendo o que significam tantos termos técnicos e quais são suas implicações, o que tende a aumentar ainda mais sua angústia nesse momento CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 37 tão delicado. Não deixe de conversar com o seu médico para acompanhar todos os passos do tratamento. DUCTAL OU LOBULAR As primeiras informações sobre o tipo de tumor costumam vir no resultado da biópsia, que informa se o carcinoma (que é sinônimo para câncer de mama) é ductal ou lobular, classificação que diz respeito ao local da mama onde se originou o tumor. As mamas são glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. O tipo mais comum é chamado carcinoma ductal, porque se origina nas células dos ductos mamários. Já o carcinoma lobular, menos comum, tem origem nas células dos lóbulos mamários. IN SITUE INVASOR Além de ser lobular ou ductal, o tumor poderá ser também in situ ou invasor. Essa classificação indica se ele está contido num ponto específico da mama ou se já começou a se espalhar pelo órgão. “O tumor é revestido por uma membrana”, explica o mastologista Pedro Aurélio Ormonde do Carmo, do Hospital Câncer III, do Instituto Nacional do Câncer – Inca. “Se essa membrana não foi rompida e as células tumorais estão contidas dentro do nódulo, temos um carcinoma in situ. Se elas já atravessaram essa membrana, falamos de carcinoma invasor”, esclarece. “Todo tumor in situ, se não for tratado, tende a evoluir para invasor”, completa o especialista. Por isso, a importância do diagnóstico precoce. O câncer de mama pode ser ainda do tipo inflamatório, que é uma forma de apresentação incomum dos carcinomas invasores. “É um tipo mais agressivo, com mais risco de metástase”, afirma Ormonde do Carmo. O carcinoma inflamatório se diferencia dos demais pelo fato de deixar a mama inchada e CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 38 avermelhada, podendo a pele adquirir o aspecto de casca de laranja. Isso acontece porque as células tumorais se disseminaram pelos vasos linfáticos da pele que recobre a mama. RECEPTORES Seja ductal ou lobular, in situ ou invasivo, todos os tumores de mama devem ser testados quanto à presença de receptores para os hormônios femininos estrógeno e progesterona. Receptores são proteínas localizadas na superfície externa da célula. No caso dos receptores hormonais, sua presença indica que o tecido tumoral se prolifera em resposta a esses hormônios. “Essa informação é muito importante para o tratamento”, afirma o especialista do Inca. “Os tumores que são positivos para receptores hormonais têm melhor prognóstico, ou seja, são mais fáceis de curar”, acrescenta. O teste avalia a presença de cada receptor separadamente. Se o resultado for positivo para algum deles ou para ambos, a paciente passa a receber, além do tratamento convencional (quimio e radioterapia, por exemplo), a chamada hormonioterapia, que impede o acoplamento do hormônio com seu receptor, retardando o crescimento tumoral. Normalmente, a medicação leva a uma interrupção temporária dos ciclos menstruais. HER2 POSITIVO Tão indispensável quanto o exame para receptores hormonais é o teste para o receptor HER2, que também é uma proteína localizada na membrana das células. “Em até 25% dos casos de câncer de mama, essa proteína aparece em excesso, indicando que se trata de um tumor mais agressivo, ou seja, o risco de recaída, após o tratamento convencional, é bem maior”, explica o oncologista Aman U. Buzdar, oncologista do MD Anderson Câncer Center, da Universidade do Texas, que esteve em São Paulo em 2009 para um congresso organizado pelo Hospital A. C. Camargo. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 39 http://fisiourogo.blogspot.com.br/2013/07/cancer-de-mama.html Tal como os receptores hormonais, a positividade para HER2 implica no uso de uma medicação específica que se somará ao tratamento e cujo objetivo também é bloquear o receptor, diminuindo a velocidade de crescimento do tumor. Segundo Buzdar, nos casos em que a doença está em estágio inicial, o tratamento específico pode reduzir o risco de recorrência da doença em até 50%. “É importante que a paciente cobre do médico o teste de HER2”, completa o especialista. TRIPLO NEGATIVO Um tumor de mama pode ser positivo para estrógeno, progesterona e HER2. Ou pode ser positivo apenas para um ou dois desses receptores. Ou pode, ainda, ser negativo para todos eles, o que os oncologistas chamam de tumor triplo negativo. “São tumores mais agressivos”, afirma Ormonde do Carmo. “Como não há um receptor para atacar com medicamentos específicos, o CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 40 tratamento é mais difícil”, acrescenta. Por outro lado, essas pacientes respondem melhor à quimioterapia. DIAGNÓSTICO POSITIVO O câncer de mama pode se manifestar de diversas formas, e conhecer seus principais tipos ajuda a compreender os diferentes tratamentos prescritos pelos médicos. O diagnóstico positivo é sempre uma notícia impactante, mas é importante estar bem informada para conversar com o oncologista sobre as opções de terapias disponíveis e mais apropriadas para o seu caso. CARCINOMA DUCTAL E LOBULAR As mamas são glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. A principal classificação do câncer de mama diz respeito à estrutura em que se originou o tumor. O tipo mais comum é chamado carcinoma ductal, porque se origina nas células dos ductos mamários. Ele pode ser in situ, quando se restringe às células desses ductos, ou invasor, quando se dissemina para os tecidos adjacentes. Já o carcinoma lobular, menos comum, tem origem nas células dos lóbulos mamários, e também pode ser in situ ou invasivo. O carcinoma ductal ou o lobular in situ representam o estágio mais precoce do câncer de mama. Se não forem tratados, a tendência é evoluir para a forma invasora, disseminando-se para outras regiões da mama e, posteriormente, do corpo. Nessa fase, os tumores são muito pequenos (menores de 1 centímetro) para serem palpados, mas podem ser detectados na mamografia e curados em 95% dos casos. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 41 TIPO INFLAMATÓRIO O câncer de mama pode ser ainda do tipo inflamatório, que é uma forma de apresentação incomum dos carcinomas invasores. Ele costuma disseminar- se por toda a pele da mama, tornando-a avermelhada, quente e inchada devido à presença de células tumorais nos vasos linfáticos da pele. Outros tipos de câncer de mama, bem mais raros, incluem a doença de Paget, que se inicia no mamilo; os linfomas, que acometem o sistema linfático da mama; e os sarcomas, que se originam no tecido conjuntivo (músculo ou gordura) da mama. RECEPTORES HORMONAIS Seja qual for o tipo, todos os tumores de mama devem ser testados quanto à presença de receptores para hormônios femininos (estrógeno e progesterona), que são proteínas localizadas na superfície externa da célula. Sua presença indica sensibilidade das células tumorais a esses hormônios. Trata-se de uma informação muito importante para definir que tipo de tratamento a paciente irá receber. Os tumores positivos para receptores hormonais geralmente crescem mais lentamente. HER2 Outro receptor cuja presença fará muita diferença no tratamento prescrito pelo médico é conhecido como HER-2. Trata-se de uma proteína, também situada na face externa da célula, que está presente em 25% dos casos de câncer de mama. Os tumores HER-2 positivos costumam ser mais agressivos, isto é, crescem e se disseminam mais rapidamenteque outros tipos de câncer, e devem ser tratados com medicamentos específicos. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 42 CÂNCER DE OVÁRIO http://ovariancancerday.org/pt/about-ovarian/ Entre todos os tipos de cânceres em mulheres, o câncer de ovário é o que tem a taxa de sobrevivência mais baixa. Sendo diagnosticado anualmente em quase 250.000 mulheres em todo o mundo, o câncer de ovário é responsável por 140.000 óbitos por ano. Os dados estatísticos indicam que apenas 45% das mulheres com câncer de ovário têm probabilidades de sobreviver por cinco anos, em comparação com 89% das mulheres com câncer de mama. As nações desenvolvidas e em desenvolvimento são igualmente afetadas por essa doença. Os sintomas são, muitas vezes, erradamente diagnosticados, dado que podem ser confundidos com sintomas de outras doenças menos graves, especialmente enfermidades gastrintestinais. A maioria das pacientes apenas são identificadas nas fases avançadas da doença, quando o seu tratamento é mais difícil. Não há nenhum teste simples ou de rotina para descobrir o câncer de ovário com precisão. Não existem testes de detecção precisos e seguros para o câncer de ovário. O que sabemos é que existe um determinado número de fatores que aumentam o risco de a mulher desenvolver câncer de ovário: Idade: A maioria dos casos de câncer de ovário ocorre em mulheres com mais de 55 anos, dado que chegaram à menopausa. Todavia, alguns tipos de câncer de ovário podem aparecer em mulheres jovens. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 43 Antecedentes familiares: As mulheres para quem é maior o risco (relativamente à população geral) de desenvolverem câncer de ovário são as que têm dois ou mais parentes que tiveram câncer de ovário, da mama, do cólon ou do útero, quer seja do lado paterno ou materno da família. Muitas vezes, os sintomas do câncer de ovário podem ser confundidos com outros problemas menos graves, tais como as enfermidades gastrintestinais. Genética: O risco também aumenta quando a pessoa é portadora de anormalidades nos genes BRCA1 ou BRCA2 (genes que ajudam a reparar os danos nas células). Outros fatores: O risco de desenvolver câncer de ovário é maior nas mulheres que não tiveram filhos, que nunca tomaram a pílula anticoncepcional, que iniciaram o período menstrual muito cedo ou cuja menopausa começou mais tarde do que a média. Para as mulheres que já tiveram endometriose é mais provável desenvolverem câncer de ovário. FATORES DE RISCO O câncer de ovário é o sétimo câncer feminino mais comum em todo o mundo, sendo o câncer ginecológico mais grave. Cerca de 15% dos casos de câncer de ovário têm antecedentes familiares. Isso significa ter laços de sangue estreitos (mãe, irmã, filha, avó, neta, tia ou sobrinha), quer seja no lado materno ou paterno da família, com alguém que tenha tido câncer da mama antes dos 50 anos de idade ou câncer de ovário em qualquer idade. Para mulheres sem antecedentes familiares, o maior fator de risco é a idade. É importante falar com o médico para saber qual poderá ser seu risco pessoal. Se você tiver antecedentes familiares de pessoas com câncer de mama ou de ovário, conforme indicado acima, sugerimos para procurar aconselhamento genético. Na verdade, segundo o modo de pensar atual, qualquer mulher com câncer de ovário também deve procurar aconselhamento genético como sendo CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 44 um passo importante para ela e para os membros de sua família. Para obter mais informações, pergunte ao seu médico sobre os serviços disponíveis na sua área ou contate a organização contra o câncer na sua região. SINTOMAS Muitas vezes, os sintomas do câncer de ovário podem ser confundidos com outros problemas menos graves, tais como as doenças gastrintestinais. Atualmente, os peritos acreditam que a frequência e a combinação dos sintomas podem ajudar os médicos a diferenciar entre o câncer de ovário e outros problemas. Se a mulher sentir um, ou mais, dos sintomas seguintes na maioria dos dias e por um período de três semanas, deverá discutir as preocupações com o seu médico: Aumento do volume abdominal / inchaço contínuo (não é o inchaço casual) Dificuldade de comer / sensação de plenitude Dor abdominal ou pélvica Necessidade urgente e frequente de urinar É muito provável que as mulheres com câncer de ovário tenham com frequência um ou mais dos sintomas acima mencionados. Também podem ocorrer outros sintomas, como por exemplo: mudança nos hábitos intestinais, sangramento vaginal anormal, cansaço e perda ou aumento inesperado de peso (neste caso, em redor do abdômen). Todavia, tais sintomas são menos úteis quando o médico está tentando determinar se a causa deve-se, ou não, ao câncer de ovário. PREVENÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 45 http://slideplayer.com.br/slide/5658132/ Existem atualmente duas opções para reduzir o risco de câncer de ovário, sobre as quais você poderá falar com seu médico. Pílula anticoncepcional: Tem sido demonstrado que os contraceptivos orais reduzem o risco de câncer de ovário entre 30% e 60%. Poderá ser considerada a cirurgia preventiva para remover os ovários e as trompas de Falópio, se os testes genéticos indicarem um aumento do risco do câncer de ovário. Para as mulheres que estão na fase pós- menopausa, a cirurgia pode reduzir o risco do câncer de ovário em 85%- 90%, bem como outros cânceres relacionados. Para as mulheres na fase pré-menopausa, a remoção dos ovários e das trompas de Falópio também pode reduzir o risco do câncer de mama entre 40% e 70%. Os estudos de pesquisa têm demonstrado que a forma mais comum e mais grave de câncer de ovário começa realmente nas trompas de Falópio. Toda a mulher que está considerando a cirurgia ginecológica poderá discutir sobre a remoção das trompas nessa ocasião. Manter um peso corporal saudável poderá também reduzir o risco. Antes de tomar tais importantes decisões, é importante analisar a série de riscos e benefícios. Seu médico também poderá discuti-los com você. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 46 DIAGNÓSTICO Atualmente, não existe nenhum exame de detecção fidedigno para o câncer de ovário. Se você tem sinais ou sintomas do câncer de ovário, seu médico deverá efetuar ou encaminhá-la para fazer os seguintes exames: Exame pélvico completo Ultrassom pélvico ou transvaginal Exame de sangue CA-125 Tais exames são mais eficazes quando são usados no seu conjunto. Como parte do processo de diagnóstico, os médicos também poderão efetuar uma tomografia por emissão de pósitrons ou uma tomografia computadorizada. Todavia, a biopsia é a única maneira definitiva de diagnosticar o câncer de ovário. PÍLULA ANTICONCEPCIONAL http://ciclomenstrual.blog.br/ CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 47 O anticoncepcional hormonal combinado oral (AHCO) ou pílula anticoncepcional é um comprimido que tem em sua base a utilização de uma combinação de hormônios, geralmente estrogênio e progesterona sintéticos, que inibe a ovulação. O anticoncepcional oral também modifica o muco cervical, tornando-o hostil ao espermatozoide. O uso desse método contraceptivo deve ser indicado pelo médico ginecologista, pois somente após análise é possível indicar qual a pílula adequada ao seu organismo. Recentemente, com o avanço científico, surgiram pílulas com hormônios bioidênticos. Os hormônios bioidênticos são substâncias que têm estrutura química e molecular igual à dos gerados pelo organismo humano. Produzidos em laboratório, a partir de diversas matérias-primas, servem para desempenhar as funções dos hormônios do corpo – desde o controle do ciclo menstrual e do metabolismo até o tratamento da menopausa – e como anticoncepcional. O hormônio sintéticoé uma substância processada e manipulada em laboratório e pode gerar mais efeitos colaterais que o hormônio natural ou bioidêntico. O anticoncepcional hormonal combinado oral (AHCO) é considerado um medicamento eficiente na prevenção da gravidez e seu índice de falha é de 0,1%. TIPOS DE PÍLULAS Dentre os diversos tipos de pílulas existentes, as mais receitadas são: PÍLULA MONOFÁSICA A pílula monofásica possui em sua fórmula estrogênio e progesterona com a mesma dosagem. É o comprimido anticoncepcional mais conhecido pelas mulheres. A utilização deve ter início entre o primeiro e o quinto dia da menstruação e termina quando a cartela acabar. Depois, é necessário parar por 7 dias. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 48 MINIPÍLULA A minipílula ou pílula sem estrogênio possui em sua base somente progesterona. É a pílula indicada para mulheres que estão amamentando e querem evitar uma nova gravidez. Para essas mulheres, a pílula deve ser tomada todos os dias, sem interrupção. PÍLULA MULTIFÁSICA A pílula multifásica tem combinação de hormônios com diferentes dosagens conforme a fase do ciclo reprodutivo. Essas pílulas causam menos efeitos colaterais e possuem cores diferentes, para diferenciar a dosagem e o ciclo. A ordem da cartela deve ser respeitada. Em 2007, foi lançada no Brasil a pílula anticoncepcional que contém em sua fórmula drosperinona e etinilestradiol. Essa nova pílula é mais eficiente por amenizar os sintomas físicos e emocionais causados pelos hormônios femininos, como tensão pré-menstrual, acne e síndrome dos ovários policísticos. Trata-se de uma cartela de 24 pílulas, cada uma 3mg de drosperinona e 0,02mg de etinilestradiol. Para que o medicamento tenha eficiência, é preciso tomar uma pílula por dia durante 24 dias e 4 dias de intervalo. Há também a pílula do dia seguinte, que deve ser usada somente em situação de emergência. TRATAMENTOS E CUIDADOS O método contraceptivo oral é a prática de prevenção mais utilizada atualmente. Além da contracepção, a pílula anticoncepcional também é utilizada na terapia de algumas doenças que acometem uma parcela das mulheres. Na parte clínica, os métodos contraceptivos são usados para o tratamento de sintomas de patologias, tais como sangramentos irregulares, cólicas CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 49 menstruais, TPM, diminuição do fluxo menstrual, endometriose e síndrome dos ovários policísticos. Existem estudos que apontam que a pílula anticoncepcional pode diminuir a incidência de câncer de ovário e de endométrio, doença benigna da mama, o desenvolvimento de cistos ovarianos funcionais, artrite reumatoide, doença inflamatória pélvica (DIP), gravidez ectópica e anemia por deficiência de ferro. A terapia com contraceptivos orais também é utilizada no tratamento contra sangramento irregular ou excessivo, acne, hirsutismo (aumento de pelos em locais não comumente femininos), dismenorreia e endometriose. Para evitar alguns desses problemas, têm-se oferecido regimes alternativos de uso dos anticoncepcionais chamados de regime contínuo, quando a mulher não para de usar o anticoncepcional, e regime estendido, quando a mulher o usa por períodos prolongados, geralmente de 84 dias seguidos de 7 dias de pausa. Esses regimes mostraram que há benefícios e efeitos colaterais nessa nova maneira de usar o anticoncepcional. Um dos efeitos colaterais é o “spotting” ou a perda de sangue (em pequena quantidade) durante o uso do anticoncepcional. A maioria das pacientes não está consciente desses benefícios à saúde, bem como do uso terapêutico dos contraceptivos orais. Orientação e educação são necessárias para ajudar as mulheres a ficarem bem informadas a respeito de decisões de cuidados com a saúde e aderência aos tratamentos. CONVIVENDO Existem diversos tipos de pílulas porque existem diversos tipos de mulheres. Somente seu médico poderá identificar a pílula mais indicada para você. Na maioria das pílulas disponíveis no mercado com 21 drágeas/comprimidos, a maneira correta é iniciar com a primeira pílula no primeiro dia da menstruação. Tomar uma pílula por dia durante 21 dias, fazer uma pausa de 7 dias sem tomar e recomeçar. A menstruação vem durante essa pausa. Outras pílulas podem ser tomadas de formas diferentes, por isso é CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 50 necessário consultar o médico. No caso da pílula sem estrogênio, ela deve ser iniciada no primeiro dia da menstruação e tomada sem interrupção. Se tomada corretamente, a pílula fará efeito a partir do primeiro dia em que foi tomada. A pílula deve ser tomada diariamente e, aproximadamente, no mesmo horário. Isso quer dizer que se eu tomar à noite, devo continuar tomando à noite. Se esquecer e lembrar de tomar dentro de 12 horas, a pílula continuará funcionando. Se esquecer por mais de doze horas, verifique as instruções com seu médico ou na bula do produto. Tome a pílula que esqueceu assim que lembrar e a pílula do dia no seu horário habitual. Verifique sempre na bula do produto e com seu médico informações detalhadas e específicas sobre o tipo de pílula que você está tomando. Existem diversos tipos de pílulas porque existem diversos tipos de mulheres. Os efeitos colaterais variam de acordo com o organismo da pessoa, como aumento de risco de doenças cardiovasculares em mulheres hipertensas e aumento de enxaquecas e problemas vasculares em pessoas com histórico familiar dessas doenças. Entretanto, somente o próprio médico poderá identificar a pílula mais adequada para você e qual tem menos efeitos colaterais. A pílula anticoncepcional é um dos medicamentos mais usados (e estudados) no mundo todo. Além de ser usada para evitar gravidez, ela pode proteger mulheres contra algumas infecções genitais, câncer de ovário e alguns tipos de câncer de útero. Assim como qualquer outro medicamento, a pílula possui contraindicações e efeitos colaterais. O uso de anticoncepcionais por algumas mulheres, contudo, pode aumentar o risco de complicações vasculares como trombose venosa profunda (TVP), embolia pulmonar, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). Por isso a importância de consultar um médico antes de optar por determinada pílula. A pílula tem sido usada com sucesso no tratamento da síndrome dos ovários policísticos e no tratamento conservador da endometriose. Também é muito utilizada no tratamento da acne (espinhas), hirsutismo (aumento de pelos), cólicas e distúrbios da menstruação, tais como tensão pré-menstrual e cólica menstrual. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 51 HORMÔNIOS BIODÊNTICOS ESTÃO PRESENTES NO DIA A DIA DA MULHER Ao contrário dos homens, que só tomam hormônio em casos excepcionais – para tratar alguma doença ou distúrbio –, as mulheres convivem diariamente com esse tipo de medicamento. Mesmo versões modernas dessas substâncias, como os hormônios bioidênticos (cuja estrutura é igual à dos produzidos pelo organismo), estão presentes em produtos voltados para o público feminino, inclusive algumas formulações de anticoncepcionais. Os estrogênios e os progestagênios, em conjunto, ajudam a regular o ciclo menstrual. Baixos níveis desse hormônio podem resultar em problemas de pele, insônia e falta de desejo sexual. http://www.farmaciaformularium.com.br/hormonios Em sua forma bioidêntica, quando combinada em pílulas com a progesterona, formam um contraceptivo muito eficiente. Segundo alguns especialistas, o uso do estradiol bioidêntico em um contraceptivo (um dos estrógenos presentes no corpo feminino) destaca-se por CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 52 ser uma substância que o organismo feminino já está acostumado, o que melhora sua atuação e diminui os impactos no metabolismo. É uma forma de mesclar a segurança necessária a um anticoncepcionalcom um equilíbrio hormonal mais natural. OVÁRIOS POLICÍSTICOS A Síndrome do Ovário Policístico, também conhecida pela sigla SOP, é um distúrbio endócrino que provoca alteração dos níveis hormonais, levando à formação de cistos nos ovários que fazem com que eles aumentem de tamanho. É uma doença caracterizada pela menstruação irregular, alta produção do hormônio masculino (testosterona) e presença de micro cistos nos ovários. http://ginecologia.amato.com.br/content/8-perguntas-sobre-s%C3%ADndrome-dos-ov%C3%A1rios- polic%C3%ADsticos Sua causa ainda não é totalmente esclarecida. A hipótese é que ela tenha uma origem genética e estudos indicam uma possível ligação entre a doença e CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 53 a resistência à ação da insulina no organismo, gerando um aumento do hormônio na corrente sanguínea que provocaria o desequilíbrio hormonal. É a alteração hormonal mais comum em mulheres na idade fértil podendo atingir de 7 a 20% dessas. SINTOMAS A falta crônica de ovulação ou a deficiência dela é o principal sinal da síndrome. Em conjunto, outros sintomas podem ajudar a detectar essa doença, como: Atrasos na menstruação (desde a primeira ocorrência do fluxo); Aumento de pelos no rosto, seios e abdômen; Obesidade; Acne. Em casos mais graves, pode predispor o desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares, infertilidade e câncer do endométrio. DIAGNÓSTICOS Para realizar o diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos são necessários o exame clínico, o ultrassom ginecológico e exames laboratoriais. Através da ultrassonografia da pelve, a doença pode ser percebida pelo aparecimento de ovários de volume aumentado e pela presença de mais de 10 folículos de pequenas dimensões (cistos) ao mesmo tempo na superfície de cada ovário. Não sendo a mulher virgem, deve-se dar preferência à técnica de ultrassonografia transvaginal. É importante definir que esses resultados não se aplicam a mulheres que estejam tomando pílula anticoncepcional. Se houver um folículo dominante ou CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 54 um corpo lúteo, é importante repetir o ultrassom em outro ciclo menstrual para realizar o diagnóstico corretamente. Um importante exame laboratorial a ser realizado é a dosagem da testosterona total, nessa síndrome os hormônios masculinos tendem a ser mais elevados que o normal. Outros hormônios devem ser dosados bem como a dosagem da glicemia sérica e curva de insulina que podem se alterar também. Mulheres que apresentam apenas sinais de ovários policísticos ao exame de imagem sem desordens de ovulação ou hiperandrogenismo (aumento dos níveis dos hormônios masculinos) não devem ser consideradas como portadoras da síndrome dos ovários policísticos. EXAMES A síndrome de ovário policístico (SOP) é uma doença causada pelo desequilíbrio dos hormônios na mulher. Ela pode alterar o ciclo menstrual, causar problemas de pele e ocasionar pequenos cistos nos ovários que por fim podem gerar dificuldades para engravidar entre outros problemas, porém algumas vezes pode ser assintomática. As mulheres descobrem a síndrome entre 20 e 30 anos de idade, mas os primeiros sintomas aparecem logo nos primeiros ciclos menstruais ainda na adolescência. Pacientes que apresentam a doença normalmente têm antecedentes da mesma enfermidade em parentes próximos, como mãe e irmãs, o que configura uma pré-disposição genética ao desequilíbrio hormonal e suas consequências. O médico algumas vezes já pode conseguir diagnosticar a SOP através da história e do exame físico, porém existem diversos exames que auxiliam no diagnóstico da síndrome. Sinais e sintomas da SOP como surgimento de pelos em maior quantidade e com características e distribuição masculinas, acne, aumento da oleosidade da pele, irregularidade menstrual ou ausência de menstruação, dificuldade de engravidar entre outros podem sugerir o diagnóstico. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 55 O exame de sangue auxilia na verificação dos níveis de hormônios como estrogênio, folículo estimulante (FSH), luteinizante (LH), testosterona, tireoide e prolactina. A SOP pode contribuir para o surgimento de muitas doenças também como: Diabetes, alterações do colesterol, aumento do peso e da pressão arterial podendo até causar câncer de útero se não for adequadamente tratada. Se você faz parte do grupo de risco da doença ou sente algum tipo de desconforto ginecológico, procure o seu médico para realizar os exames necessários. A síndrome dos ovários policísticos tem tratamento e, quanto antes ele for iniciado, menores são as chances de a doença causar danos graves. PREVENÇÃO A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é um distúrbio endócrino que provoca alteração dos níveis hormonais. Essa alteração dos níveis hormonais leva à formação de múltiplos cistos nos ovários que fazem com que eles aumentem de tamanho. A mulher também passa a produzir mais hormônios masculinos que podem causar sintomas como aumento de pelos e aparecimento de acne. Por toda essa alteração hormonal muitas mulheres que tem SOP apresentam dificuldades para engravidar. A causa exata da síndrome dos ovários policísticos ainda não é totalmente conhecida, uma das hipóteses é que tenha uma origem genética, pois quando há casos de SOP em parentes próximas como mães e irmãs a chance de desenvolver a doença aumenta. Estudos indicam que a SOP está associada coma resistência à ação da insulina no organismo e aumento desse hormônio na corrente sanguínea é que provocaria o desequilíbrio hormonal que gera a doença. Para prevenir a síndrome dos ovários policísticos é recomendada uma dieta leve e completa, acompanhada de exercícios físicos. Mulheres que estão acima do peso, têm glicemia, pressão arterial e taxa de colesterol elevadas fazem parte do grupo de risco da doença, por isso precisam se prevenir seguindo CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 56 uma dieta saudável, praticando exercícios físicos e realizando acompanhamento ginecológico anual. A SOP é uma doença que pode trazer graves danos à saúde ginecológica da mulher, podendo até mesmo levar à infertilidade. Por isso, assim que apresentar algum sintoma da doença ou se fizer parte do grupo de risco, procure um ginecologista para realizar os exames necessários, sua saúde merece sua atenção. TRATAMENTOS E CUIDADOS O tratamento da síndrome dos ovários policísticos depende dos sintomas que a mulher apresenta e do que ela pretende. Cabe ao médico e à paciente a avaliação do melhor tratamento, mas para isso é fundamental questionar se a paciente pretende engravidar ou não. Os principais tratamentos são: Anticoncepcionais orais - Não havendo desejo de engravidar, grande parte das mulheres se beneficia com tratamento à base de anticoncepcionais orais devido sua ação hormonal. A pílula melhora os sintomas de aumento de pelos, aparecimento de espinhas, irregularidade menstrual e cólicas, além de reduzir o volume dos ovários e o aparecimento dos cistos. Existem pílulas com composições específicas para controlar o excesso de hormônios masculinos e essas têm um efeito melhor sobre a acne, espinhas e pele oleosa. Mulheres que não podem tomar a pílula podem se beneficiar de outros tratamentos orais. Cirurgia - Cada vez mais os métodos cirúrgicos para essa síndrome têm sido abandonados em função da eficiência do tratamento com hormônios orais. Antidiabetogênicos orais - Estando a síndrome dos ovários policísticos associada à resistência insulínica, um dos tratamentos disponíveis é por meio de medicamentos para diabetes. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 57 Dieta e atividade física – Essas pacientes devem ser orientadas em relação à dieta e atividade física, simultaneamente com as medidas terapêuticas.
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