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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES NUTRICIONAIS 
NOS PRINCIPAIS PROBLEMAS DE 
SAÚDE DA MULHER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
2 
 
SAÚDE DA MULHER 
 
 
http://sb24horas.com.br/saude-da-mulher-realiza-capacitacao-sobre-exames/ 
 
No final de 2009, a Organização Mundial da Saúde lançou uma publicação 
sobre a saúde da mulher contemporânea no mundo. Esta publicação apresenta 
um panorama das mudanças nos problemas de saúde enfrentados pelas 
mulheres nas últimas décadas do século XX, além dos principais agravos e 
causas de mortes atuais. 
A população feminina no mundo em 2007 era cerca de 3,3 bilhões de 
mulheres, com aproximadamente 50% desta população entre 20-59 anos. 
Também nesta faixa etária, 85% das mulheres vivem nos países em 
desenvolvimento (baixa e média renda). Em todos os continentes esta faixa 
etária da população é a mais numerosa, superando as faixas com menos de 10, 
entre 10-19 e mais de 60 anos. 
A expectativa de vida ao nascer da população feminina é de cerca de 60 
anos nos países de baixa renda e 80 anos nos países de alta renda. Nos países 
de média renda, como o Brasil, a expectativa de vida ao nascer é cerca de 70 
anos. 
Nos últimos 40 anos as mulheres vêm diminuindo o número de filhos. Entre 
1970-75 o número de crianças por mulher na América Latina e Caribe era 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
3 
 
aproximadamente cinco, enquanto que entre 2005-10 este número baixou para 
aproximadamente dois. 
As principais causas de morte na população feminina entre 20-59 anos no 
mundo em 2004 eram: HIV/AIDS (8,9%), AVC ou derrame cerebral (8,3%), 
doença coronariana (6,9%) e câncer de mama (4,6%). 
Nos países de média renda, no mesmo ano, mais de 61% das mortes 
foram provocadas por problemas de pressão arterial alta, sobrepeso e 
obesidade, consumo de cigarro, sedentarismo e taxas de glicose e colesterol 
altas. 
 
 
http://www.net-
escola.ufba.br/mapas_de_navegacao/sistema_municipal_de_saude/organizacao_dos_servicos/acoes_programaticas/s
aude_da_mulher 
 
Um estudo de mortalidade no Brasil, publicado em 2006, mostrou que as 
principais causas de morte na população feminina brasileira entre 10-49 anos 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
4 
 
foram: cânceres (24,4%), doenças circulatórias (19,6%) e causas externas 
(15,5%). Entre as causas externas de morte encontram-se os homicídios e os 
acidentes de trânsito. 
Neste breve panorama, podemos perceber que a incorporação de 
atividades laborais, antes predominantemente ocupadas pelos homens, como o 
trabalho burocrático nas corporações, fez com que hábitos como o 
sedentarismo, dieta inadequada, consumo de álcool e cigarro, entre outros, 
somassem aos riscos exclusivos à população feminina (como os relacionados à 
gravidez e parto). 
Além disso, muitas mulheres mantém uma atividade laboral fora do lar 
sem, contudo, dispensar os cuidados com a família e as tarefas domésticas. Esta 
sobrecarga de funções acarreta um aumento do risco de agravos à saúde e 
podem comprometer a saúde da mulher no seu período reprodutivo. 
 
 
http://folhadecolider.com.br/saude-da-mulher-dados-do-rj-mostram-que-e-preciso-avancar-em-questoes-como-aborto-e-
gravidez-na-adolescencia/ 
 
Por estes motivos, cuidar da saúde das mulheres é uma tarefa relevante 
em qualquer sistema de saúde no mundo. É preciso lembrar que a força de 
trabalho feminina no setor saúde é mais de 50% em todo o mundo e no Brasil é 
cerca de 70%. Também é fato que a imensa maioria dos cuidadores informais é 
de mulheres (esposas, mães e filhas). Portanto, nada mais justo do que cuidar 
com carinho de quem tão bem cuida de nós. 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
5 
 
Percorremos um longo caminho desde 1995 – e é hora de comemorar as 
mulheres e suas realizações. Mas também é hora de fazer um balanço de como 
os direitos das mulheres sejam cumpridos no mundo –especialmente o direito à 
saúde. Vinte anos depois de os países assinaram compromissos na Declaração 
de Pequim de 1995 e Plataforma de Ação, as mulheres ainda enfrentam muitos 
problemas de saúde e devemos voltar a nos comprometer a enfrentá-los. 
 
 
DOENÇAS QUE AFLINGEM AS MULHERES 
 
ENDOMETRIOSE 
 
 
http://portalbebes.net/endometriose/ 
 
Doença caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste 
o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: 
trompas, ovários, intestinos e bexiga. 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
6 
 
Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo 
fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, esse endométrio 
que aumentou descama e é expelido na menstruação. Em alguns casos, um 
pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade 
abdominal, causando a lesão endometriótica. As causas desse comportamento 
ainda são desconhecidas, mas sabe-se que há um risco maior de desenvolver 
endometriose se a mãe ou irmã da paciente sofrem com a doença. 
É importante destacar que a doença acomete mulheres a partir da 
primeira menstruação e pode se estender até a última. Geralmente, o diagnóstico 
acontece quando a paciente está na faixa dos 30 anos. 
Hoje, a doença afeta cerca de seis milhões de brasileiras. De acordo com 
a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% das mulheres em 
idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la e 30% tem chances de 
ficarem estéreis. 
 
 
SINTOMAS 
 
Os principais sintomas da endometriose são dor e infertilidade. 
Aproximadamente 20% das mulheres têm apenas dor, 60% têm dor e 
infertilidade, e 20% apenas infertilidade. 
Existem mulheres que sofrem dores incapacitantes e outras que não 
sentem nenhum tipo de desconforto. Entre os sintomas mais comuns estão: 
• Cólicas menstruais intensas e dor durante a menstruação; 
• Dor pré-menstrual; 
• Dor durante as relações sexuais; 
• Dor difusa ou crônica na região pélvica; 
• Fadiga crônica e exaustão; 
• Sangramento menstrual intenso ou irregular; 
• Alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação; 
• Dificuldade para engravidar e infertilidade. 
 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
7 
 
A dor da endometriose pode se manifestar como uma cólica menstrual 
intensa, ou dor pélvica/abdominal à relação sexual, ou dor “no intestino” na 
época das menstruações, ou, ainda, uma mistura desses sintomas. 
 
 
DIAGNÓSTICOS 
 
O diagnóstico de suspeita da endometriose é feito por meio de exame 
físico, ultrassom (ultrassonografia) endovaginal especializado, exame 
ginecológico, dosagem de marcadores e outros exames de laboratório. 
Atenção especial deve ser dada ao exame de toque, fundamental no 
diagnóstico da endometriose profunda. Em alguns casos, o médico ginecologista 
solicitará uma ressonância nuclear magnética e a ecocoloposcpia. 
 
 
EXAMES 
 
A endometriose ainda é uma doença difícil de diagnosticar por meio do 
exame físico, ou seja, realizado durante a consulta ginecológica de rotina. Dessa 
forma, os exames de imagem são mais adequados para indicar a possível 
existência do problema, que será confirmada posteriormente por meio de 
exames laboratoriais específicos. 
Entre os exames de imagem que podem sinalizar a endometriose, 
destacam-se: 
• Ultrassonografia transvaginal – Procedimento de menor custo, que 
permite a identificação de endometriomas, aderências pélvicas e 
endometriose profunda. 
• Ressonância magnética – Exame mais caro, a ressonância magnética 
apresenta melhores taxas de sensibilidade e especificidade na avaliação 
de pacientes com endometrioma e endometriose profunda. 
 
Para identificar a existência da endometriose, outros exames 
complementares ainda podem ser solicitados pelo médico, como a 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
8 
 
ultrassonografia transretal, a ecoendoscopia retal e atomografia 
computadorizada. Após a identificação de alguma alteração, o médico poderá 
optar por realizar uma biópsia da lesão encontrada, de modo a confirmar o 
diagnóstico. Essa avaliação será realizada por meio de exames chamados 
laparoscopia e laparopotomia. 
• Laparoscopia – Permite tanto o diagnóstico como o tratamento da 
paciente. O procedimento é realizado através de pequenas incisões na 
barriga, e a introdução de instrumentos telescópicos para a visualização, 
e se for o caso, para a retirada das lesões. A laparoscopia também 
permite a coleta de material para avaliação histológica e o tratamento 
cirúrgico das lesões. O ideal é que seja realizado após o término da fase 
de avaliação por meio dos métodos de imagem, permitindo que o 
diagnóstico e o tratamento possam ser feitos de maneira integrada – e 
evitando, assim, múltiplos procedimentos. A Laparoscopia é mais 
vantajosa que a Laparotomia, porque envolve um menor tempo de 
hospitalização, anestesia e recuperação, além de permitir uma melhor 
visualização dos focos da doença. 
• Laparotomia – É o procedimento tradicional e considerado mais invasivo 
em comparação à Laparoscopia. Envolve uma incisão abdominal maior 
para acessar os órgãos internos, e pode ser indicada pelo médico 
dependendo das necessidades da paciente. 
 
Hoje em dia, no entanto, existem diversos tipos de tratamentos não 
invasivos, que podem reduzir o número total de procedimentos a que a paciente 
é submetida. Vale ressaltar que a endometriose é uma doença crônica, e por 
isso o acompanhamento médico contínuo é fundamental. 
 
 
PREVENÇÃO 
 
A endometriose é uma doença benigna, que se caracteriza pela 
proliferação do tecido chamado endométrio para fora da cavidade uterina, local 
em que ele normalmente se desenvolve. O crescimento do endométrio faz parte 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
9 
 
do ciclo reprodutivo da mulher. Ao longo desse período, o tecido cresce, e 
quando não ocorre gravidez ele é eliminado em forma de menstruação. 
Entretanto, em algumas mulheres algumas células desse tecido migram no 
sentido oposto, podendo subir pelas tubas e chegar à cavidade abdominal, 
multiplicando-se e provocando a endometriose. 
Não há consenso médico sobre as causas que levam ao desenvolvimento 
da endometriose, de modo que ainda é difícil falar diretamente em prevenção. 
Entretanto, diversos estudos sobre as características das mulheres que têm a 
doença ajudam a medicina a se aproximar de maiores respostas. 
Enquanto alguns fatores de risco para a endometriose são bem 
conhecidos, ainda não é claro como em determinados comportamentos, tais 
como o uso de determinados medicamentos, drogas, entre outros fatores, 
poderiam aumentar ou diminuir as chances de desenvolver a doença. 
Alguns estudos associam o padrão menstrual à ocorrência de 
endometriose: pacientes com fluxo mais intenso e mais frequente teriam mais 
risco de apresentar a doença. 
A relação entre o uso de pílula anticoncepcional e a endometriose ainda 
é polêmica: há pesquisadores que encontraram aumento de risco, e outros que 
indicaram a redução ou ausência de efeito. 
Como alguns anticoncepcionais orais são utilizados por mulheres que 
apresentam cólicas menstruais (dismenorreia primaria), e a endometriose causa 
dor pélvica (dismenorreia e dispareunia), a pílula é muitas vezes prescrita para 
mulheres que têm a doença, sem que se tenha descoberto alguma relação de 
causa e efeito entre elas. 
Filhas e irmãs de pacientes com endometriose têm maior risco de também 
desenvolver o problema. A identificação genética poderia ajudar a entender 
melhor a doença, mas é ainda difícil saber o quanto os genes realmente são 
relevantes em relação a outros fatores, como etnia e fatores ambientais. 
Consumir muito álcool e cafeína são hábitos que têm sido associados ao 
aumento do risco ou piora do quadro de endometriose, enquanto fazer atividades 
físicas parece diminuir as chances de desenvolver a doença. 
 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
10 
 
 
http://nutrircomciencia.com.br/acai-e-endometriose/ 
 
Com um debate científico ainda bastante acalorado sobre as causas da 
endometriose, o melhor que as pacientes podem fazer para manter a saúde em 
dia é consultar regularmente o ginecologista. Observar os sintomas e conhecer 
seu corpo também são atitudes que ajudam a perceber alterações, indicando a 
necessidade de voltar mais cedo ao consultório. 
 
 
TRATAMENTOS E CUIDADOS 
 
Dois tipos de tratamento podem ser usados para combater as dores da 
endometriose: medicamentos ou cirurgia. Cada um deles tem suas 
especificidades, e cabe ao ginecologista avaliar a gravidade da doença em cada 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
11 
 
caso e recomendar o melhor tratamento. Vale lembrar que, dependendo da 
situação, ambos os procedimentos são feitos de maneira integrada. 
 
• Tratamento cirúrgico: 
 
Nesse procedimento, a endometriose é removida por meio de uma 
cirurgia chamada laparoscopia. Em alguns casos, é possível eliminar apenas os 
focos da doença ou as complicações que ela traz – como cistos, por exemplo. 
No entanto, em situações mais sérias, o procedimento precisará até remover os 
órgãos pélvicos afetados pela enfermidade. Dependendo das condições da 
doença, é possível recorrer a tratamento por laparoscopia, com laser. 
Também é possível a realização da videolaparoscopia, na qual 
diagnosticará o número de lesões, aderências, a obstrução tubária e já tratar a 
doença. 
 
• Tratamento com medicamentos: 
 
Existem diversos medicamentos disponíveis no mercado para tratar a 
endometriose, como: analgésicos, anti-inflamatórios, análogos de GNHR, 
Danazol e Dienogeste. Atualmente também é possível reduzir os sintomas 
utilizando o DIU com levonorgestrel. 
Antes de começar o tratamento, caso a paciente deseje engravidar, 
poderá ser indicado o encaminhamento para um Centro de Reprodução 
Humana, pois a melhor alternativa para a mulher que possui endometriose e 
deseja ter filhos é a fertilização in vitro. Isso porque a presença da endometriose 
não afeta as taxas de gravidez quando escolhido esse método. 
É importante compreender que não existe cura permanente para a 
endometriose. O objetivo do tratamento é aliviar a dor e amenizar os outros 
sintomas, como favorecer a possibilidade de gravidez e diminuir as lesões 
endometrióticas. 
 
 
CONVIVENDO 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
12 
 
 
Se a doença for detectada logo no início, o tratamento poderá ser 
instituído precocemente, aumentando a efetividade de alívio dos sintomas. Para 
isso, a mulher deverá relatar ao médico as situações atípicas e quaisquer outros 
problemas que possam ser sintoma da endometriose. 
Uma dica para ajudar a monitorar informações de dor relacionadas à 
endometriose é o aplicativo da Bayer gratuito para iPhone e iPad, chamado Meu 
diário mensal. 
O objetivo é auxiliar as mulheres com endometriose ou suspeita da 
doença, além de seus médicos, na coleta e organização de informações 
relacionadas ao ciclo menstrual, como dor, impactos nas rotinas diárias e padrão 
de sangramento. Dessa forma, a conversa com o especialista fica mais fácil. 
 
 
CANDIDÍASE 
 
Também conhecida por Monoliase Vaginal, a candidíase vaginal é uma 
infecção ocasionada por fungo, o Cândida ou Monília, que causa um corrimento 
espesso, grumoso e esbranquiçado, acompanhada geralmente de irritação no 
local. 
Para alguns especialistas, a candidíase não é uma doença sexualmente 
transmissível, pois pode ocorrer mesmo sem o contato íntimo. Alguns estudos 
indicam que o fungo pode estar na flora vaginal, assim, quando a resistência do 
organismo cai ou quando a resistência vaginal está baixa pode ocorrer a 
multiplicação do fungo e a manifestação dos sintomas. 
Estudos mostram que alguns fatores são facilitadores dessa micose: 
 Antibióticos; 
 Gravidez; 
 Diabetes; 
 Outras infecções (porexemplo, pelo vírus HIV); 
 Deficiência imunológica; 
 Medicamentos como anticoncepcionais e corticoides; 
 Relação sexual desprotegida com parceiro contaminado; 
http://stg.gineco.com.br/aplicativos/meu-diario-mensal/
http://stg.gineco.com.br/aplicativos/meu-diario-mensal/
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13 
 
 Vestuário inadequado (roupas apertadas e biquínis molhados; lycra e 
roupa de academia que aumentam a temperatura vaginal); 
 Duchas vaginais em excesso. 
 
 
https://www.tuasaude.com/sintomas-de-candidiase/ 
 
Entre 20% a 25% dos casos de corrimentos genitais de natureza 
infecciosa têm como causa a Candidíase. Diz-se que 75% das mulheres têm 
essa infecção pelo menos uma vez na vida. 
 
 
SINTOMAS 
 
Os sinais mais comuns para essa doença são: 
 Corrimento esbranquiçado; 
 Coceira; 
 Escoriações na região vulvar; 
 Coloração vermelha na vagina. 
 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
14 
 
Em casos extremos, a candidíase pode causar úlceras. 
 
 
DIAGNÓSTICOS 
 
Para detectar corretamente a candidíase é necessário um exame clínico, 
isso porque os sintomas da doença podem aparecer somente no período de fluxo 
menstrual. O diagnóstico é realizado também pelo exame microscópico, como 
Papanicolau. 
 
 
http://jalecodeideias.blogspot.com.br/ 
 
EXAMES 
 
Mais comumente causada pelo fungo Candida Albicans, a candidíase é 
uma doença que pode acometer qualquer parte do corpo humano, mas atinge 
mais frequentemente os órgãos genitais gerando grande incomodo como 
coceira, ardência ou dor ao urinar, vermelhidão, dor durante as relações sexuais 
e corrimento branco e espesso. Ela não é considerada uma DST (doença 
sexualmente transmissível), pois o fungo vive naturalmente na flora vaginal e só 
se torna um problema quando se prolifera de maneira desenfreada. 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
15 
 
O método diagnóstico mais comum é o exame realizado em consultório 
ginecológico. O médico, com base nas queixas da paciente, no exame clínico, 
que identifica o tipo de corrimento característico que, combinado aos sintomas 
presentes e eventualmente após a realização de exames adicionais, caracteriza 
a enfermidade. O fungo causador da candidíase pode ser encontrado no exame 
de Papanicolau, no qual é feita a raspagem do canal vaginal e colo do útero para 
análise laboratorial. Encontrar o fungo no laudo não significa que a paciente 
tenha a candidíase. A bacterioscopia, exame em que a secreção vaginal é 
analisada em laboratório, também pode auxiliar no diagnóstico. 
 
 
TRATAMENTOS E CUIDADOS 
 
Para o tratamento da doença são recomendadas medidas simples: 
 Devem-se evitar vestuários inadequados; 
 Não praticar duchas vaginais; 
 Não utilizar desodorantes íntimos; 
 Abstinência sexual durante o tratamento; 
 Utilizar camisinha. 
 
Juntamente com essas indicações é recomendado o uso de antimicóticos 
via oral, além da utilização de creme vaginal de uso tópico. Todo tratamento deve 
ser indicado por um especialista, pois cada doença possui a sua indicação 
adequada. 
 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
16 
 
 
http://nutrifernanda.blogspot.com.br/2016/01/disbiose-voce-sabe-o-que-e.html 
 
CONVIVENDO 
 
A candidíase é uma condição causada pela proliferação excessiva de 
fungos do gênero Cândida, eles habitam normalmente a flora vaginal em 
pequenas quantidades. 
Sua aparição recorrente, na maioria dos casos, pode ser causada por 
fatores não ginecológicos, como estresse, baixa imunidade, má alimentação ou 
alguma outra doença. Por esse motivo, quando a candidíase se torna recorrente 
e a mulher passa a ter que conviver e tratar constantemente o problema, outras 
causas devem ser investigadas. 
Para evitar a candidíase recorrente, além do uso de medicamentos nos 
momentos de crise, é preciso seguir uma dieta pobre em açúcares e 
carboidratos, consumir em abundância alimentos ricos em vitamina A e D. Dormir 
bem e levar uma vida sem estresse também são atitudes fundamentais para se 
livrar dessa indesejada companheira. 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
17 
 
Lembre-se também que existem outras condições que podem provocar 
sintomas semelhantes aos da candidíase, somente um ginecologista poderá 
diagnosticar e decidir o melhor tratamento para cada caso. 
 
 
VULVITE E VULVOVAGINITE 
 
 
http://slideplayer.com.br/slide/5916384/ 
 
Vulvite e Vulvovaginite são inflamações da parte externa do órgão genital 
feminino (chamada vulva). Enquanto na vulvite a irritação se dá na vulva, na 
vulvovaginite ocorre na vulva e na vagina. Elas são provocadas, principalmente, 
pela presença de diversos micro-organismos que causam corrimento. As 
mesmas bactérias que originam a Candidíase, a Triconomíase e Clamídia 
podem desenvolver a vulvite e a vulvovaginite. 
A vulvovaginite também pode ser causada pelo uso de produtos alérgicos, 
como calcinhas de tecido sintético, amaciantes, papel higiênico colorido ou 
perfumado, sabonetes perfumados e até pelo hábito diário de usar o chuveirinho 
como ducha vaginal. 
As mulheres grávidas podem desenvolver vulvites crônicas após o parto 
devido a sua sensibilidade com determinados produtos químicos como o látex 
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18 
 
da camisinha, tampões vaginais e sabonetes íntimos. A sua imunidade baixa 
propicia o desenvolvimento das infecções. 
 
 
SINTOMAS 
 
Os sintomas mais comuns da vulvite e da vulvovaginite são: 
 Inflamação da vulva; 
 Vermelhidão; 
 Corrimento; 
 Prurido vulvar (coceira intensa na vulva). 
 
O que diferencia a vulvite e a vulvovaginite das outras doenças 
sexualmente transmissíveis são o tipo de irritação, a textura e a cor do 
corrimento. 
 
 
DIAGNÓSTICOS 
 
Assim como nas doenças sexualmente transmissíveis, a vulvite é 
diagnosticada pelos exames ginecológicos, e se necessário, a vulvoscopia. 
 
 
EXAMES 
 
Vulvite e Vulvovaginite são inflamações da vulva e da vagina, 
respectivamente, se manifestando pela vermelhidão, inchaço e ardor na região 
genital. A origem da enfermidade pode ser infecciosa, inflamatória, hormonal, 
por uso de produtos que provocam reações alérgicas, tratamentos 
quimioterápicos e falta da higiene íntima adequada. 
A menopausa também aumenta a predisposição à doença, com a queda 
dos hormônios e a consequente redução da secreção vaginal natural e a perda 
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19 
 
de elasticidade dos tecidos vaginais, a região lesiona-se com mais facilidade 
abrindo caminho para infecções. 
O diagnóstico da doença é realizado por meio do exame clínico 
ginecológico no qual o médico observa o aspecto do genital e se atenta às 
queixas da paciente. Mas, o exame mais confiável para o diagnóstico é a 
vulvoscopia, procedimento realizado com o aparelho chamado colposcópio, que 
permite a ampliação de até 40 vezes, possibilitando uma análise detalhada da 
vulva. 
Após o resultado, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível e 
durante o tempo indicado pelo o ginecologista para garantir a cura da doença e 
evitar a possibilidade de uma nova infecção. 
 
 
PREVENÇÃO 
 
Para impedir o surgimento dessa doença, devem-se evitar os seguintes 
hábitos diários: 
 Ducha vaginal; 
 Uso de roupas justas na região genital; 
 Uso de roupas íntimas de tecidos sintéticos; 
 Sexo sem camisinha; 
 Sabonete perfumado e com PH elevado; 
 Uso de absorventes diários. 
 
 
TRATAMENTOS E CUIDADOS 
 
Para o tratamento correto da vulvovaginite e da vulvite, a mulher deve 
realizar uma consulta com o médico ginecologista. As principais indicações são 
medicamentos orais e mudança de hábitos. 
Evite passar cremes cicatrizantes na região da vulva e da vagina, isso 
pode piorar a inflamação. A automedicação é perigosa. Qualquer tratamento 
deve ser indicado por um médico. 
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CONVIVENDO 
 
Vulvite e Vulvovaginitesão inflamações da vulva e da vagina que 
apresentam sintomas como vermelhidão, inchaço, ardor e corrimento na região 
genital e podem ter fundo infeccioso ou inflamatório. O tratamento é realizado 
por medicamentos via oral e cremes vaginais, e apresenta alto índice de sucesso 
na cura. Mas, o que fazer quando o problema se torna rotina? 
A recorrência de infecções vaginais como vulvite e vulvovaginite tem 
origem em um possível desequilíbrio da flora vaginal causada por diversos 
motivos: queda da imunidade, alergias, estresse, uso de calcinhas de tecido 
sintético e roupas muito justas que não permitem a respiração da pele, falta da 
higiene adequada e relações sexuais sem proteção. 
Além disso, caso ocorra crises por vulvite ou vulvovaginite em um curto 
espaço de tempo, procure o seu ginecologista com urgência, descreva o quadro, 
realize os exames ginecológicos indicados e siga o tratamento com rigidez, só 
assim será possível se livrar de vez dessa doença que incomoda tantas mulheres 
pelo mundo. 
 
 
TROMBOEMBOLISMO VENOSO 
 
Tromboembolismo venoso (TEV) é o termo empregado para designar a 
combinação de duas doenças, a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia 
pulmonar (EP). 
A trombose venosa profunda é uma doença causada pela formação de 
coágulos no interior das veias profundas, geralmente nos membros inferiores. E 
embolia pulmonar é a obstrução das artérias do pulmão causada pela formação 
de coágulos (trombo). 
 
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21 
 
 
http://pt-br.infomedica.wikia.com/wiki/Tromboembolismo_Venoso 
 
É uma doença decorrente de condições variadas, adquiridas ou 
congênitas. Dentre os principais fatores de risco para o desenvolvimento dessa 
doença estão: 
• Cirurgia e Trauma; 
• Idade; 
• Obesidade; 
• Câncer; 
• Gravidez e pós-parto; 
• Tabagismo; 
• Varizes; 
• Uso de anticoncepcional. 
 
Apesar de serem duas doenças combinadas, o tratamento do 
Tromboembolismo venoso deve ser único. É uma doença de alto risco, podendo 
levar a óbito caso não ocorra o tratamento adequado. 
 
 
SINTOMAS 
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22 
 
 
O tromboembolismo venoso pode apresentar os seguintes sintomas: 
• Edema (inchaço); 
• Dor; 
• Calor; 
• Rubor (vermelhidão); 
• Rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo; 
• Cor mais escura da pele; 
• Endurecimento do tecido subcutâneo; 
• Eczemas. 
 
 
TRATAMENTOS E CUIDADOS 
 
O tratamento do Tromboembolismo Venoso consiste em aliviar os 
sintomas agudos da doença, evitar o aumento dos coágulos e diminuir a 
morbidade da síndrome pós-trombótica. É indicado o uso de medicamentos 
intravenosos ou via oral. 
O laboratório Bayer, a fim de analisar o risco da ocorrência de TEV, 
patrocinou estudos para analisar o uso de anticoncepcionais combinados com 
drospirenona. Assim como em anticoncepcionais com levonorgestrel, o 
contraceptivo combinado com drospirenona apresenta baixa incidência do 
acontecimento de TEV. Já no período da gravidez, esta incidência aumenta-se 
consideravelmente. 
• Risco de TEV associado ao uso de contraceptivos 
• Risco de TEV associado ao uso de contraceptivos 
 
 
CONVIVENDO 
 
O tromboembolismo é caracterizado pela formação de coágulos de 
sangue no interior das veias, bloqueando de forma parcial ou total a passagem 
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23 
 
do sangue. O coágulo, também conhecido como trombo, se forma quando ocorre 
algum desequilíbrio no mecanismo de coagulação. 
Complicações após cirurgias, pré-disposição genética, obesidade, 
tabagismo, gravidez e longos períodos de imobilidade podem proporcionar o 
desenvolvimento de coágulos sanguíneos e a formação dos “trombos”. 
O público feminino é mais comumente atingido pela doença devido à 
maior frequência de problemas genéticos que propiciam a trombose. Os 
hormônios femininos tendem a provocar o aumento do processo de coagulação 
sanguínea em pessoas que já têm histórico na família de casos de trombose. 
Quando descoberto logo no início, as chances de cura e de convívio 
pacífico com a doença são enormes. O tratamento com medicação 
anticoagulante, que age “afinando” o sangue e diminuindo a formação dos 
coágulos, é a forma mais comum utilizada pelos médicos para controlar e impedir 
complicações como a embolia pulmonar. 
Praticar exercícios leves é de fundamental importância para evitar o 
avanço da doença. Caminhar pelo menos 30 minutos todos os dias ativa a 
circulação sanguínea e aumenta o fluxo, impedindo a formação de novos 
trombos além de auxiliar na saúde do corpo como um todo. 
As meias de alta compressão são fiéis aliadas de quem já possui a doença 
e a intensidade do uso deve ser determinada e acompanhada pelo médico de 
acordo com o quadro clínico do paciente. 
A princípio, o diagnóstico de tromboembolismo pode parecer assustador, 
mas realizando o tratamento adequado, acompanhado constantemente pelo 
médico, é possível viver bem com a doença e até mesmo alcançar a cura. 
 
 
CÂNCER 
 
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24 
 
 
http://pt.slideshare.net/institutooncoguia/instituto-oncoguia-dicas-de-nutrio 
 
Dois dos tipos de câncer mais comuns que afetam as mulheres são de 
mama e câncer do colo do útero. A detecção precoce desses dois tipos de 
câncer é a chave para manter as mulheres vivas e saudáveis. 
Os últimos números globais mostram que cerca de meio milhão de 
mulheres morrem de câncer de colo de útero e meio milhão de câncer de mama 
a cada ano. 
A grande maioria destas mortes ocorrem em países de baixa e média 
renda, onde o rastreamento, prevenção e tratamento são quase inexistentes, e 
que a vacinação contra o vírus do papiloma humano precisa ser implementada. 
 
 
CÂNCER DO COLO DO ÚTERO 
 
O Câncer de Colo de Útero é uma lesão invasiva intrauterina ocasionada 
principalmente pelo HPV, o papilomavírus humano. Este pode se manifestar 
através de verrugas na mucosa da vagina, do pênis, do ânus, da laringe e do 
esôfago, ser assintomático ou causar lesões detectadas por exames 
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25 
 
complementares. É uma doença demorada, podendo levar de 10 a 20 anos para 
o seu desenvolvimento. 
 
 
http://vivomaissaudavel.com.br/saude/mulher/incidencia-do-cancer-de-colo-de-utero-diminui-no-brasil/ 
 
Alguns riscos favorecem o aparecimento dessa doença: 
• Sexo desprotegido com múltiplos parceiros; 
• Histórico de DSTs (HPV); 
• Tabagismo; 
• Idade precoce da primeira relação sexual; 
• Multiparidade (Várias gravidezes). 
 
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de colo de útero 
é o segundo tumor mais frequente entre as mulheres, perdendo apenas para o 
câncer de mama. 
Ao contrário do que se acredita, a endometriose e a genética não 
possuem relação com o surgimento desse câncer. Mas o Câncer de Colo de 
Útero, caso não tratado, pode evoluir para uma doença mais severa, o 
Carcinoma invasor do colo uterino (tumor maligno). 
• Afeta em sua maioria mulheres entre 40 e 60 anos de idade. 
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26 
 
• Uterus – Útero 
• Cervix – colo do útero 
• Cervical Cancer – Câncer de colo do útero 
 
 
SINTOMAS 
 
Por ser uma doença lenta, geralmente quando os sintomas aparecem o 
câncer já se encontra em estágio avançado. 
Os principais sintomas são: 
• Corrimento persistente de coloração amarelada ou rosa e com forte odor; 
• Sangramento após o ato sexual; 
• Dor pélvica. 
 
Em casos mais graves há o surgimento de edemas nos membros 
inferiores, problemas urinários e comprometimento de estruturas extragenitais. 
 
 
DIAGNÓSTICOS 
 
Para detectar o Câncer do colo de útero é necessária à realização do 
exame Papanicolau que pode ser complementado com Colposcopia com a 
realização de biópsia para se confirmar o diagnóstico. 
 
 
EXAMES 
 
O câncer de colo de útero, considerado um problema de saúde pública, é 
associado ao vírus do HPV,transmitido comumente pelo contato sexual, que por 
meio da vagina atinge o colo uterino alterando a estrutura das células e sua 
reprodução, originando um câncer. 
O exame ginecológico preventivo, o Papanicolau – trata-se do nome 
próprio do inventor do exame – é a principal ferramenta para diagnosticar as 
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27 
 
lesões precursoras do câncer. Este exame é indolor e rápido. A mulher pode 
sentir um pequeno desconforto caso esteja tensa ou se o profissional que realizar 
o procedimento não tiver a delicadeza necessária. Para garantir o resultado, 48 
horas antes do exame a mulher não deve ter relações sexuais mesmo com 
camisinha, fazer duchas vaginais, ou aplicar pomadas ginecológicas. 
Para a realização desse procedimento é inserido na vagina um 
instrumento chamado espéculo. O médico examina visualmente o interior da 
vagina e o colo do útero e com uma espátula de madeira e uma pequena escova 
especial é realizada a descamação do colo do útero a fim de recolher as células 
para a análise em laboratório. 
Toda mulher que tem uma vida sexualmente ativa deve realizar o exame 
anualmente, após dois resultados negativos esse intervalo pode passar a ser de 
três anos. Caso apresente dores durante a relação sexual, sangramento fora do 
período menstrual ou corrimento procure o quanto antes o seu ginecologista. 
 
 
PREVENÇÃO 
 
O câncer de colo de útero já é considerado um problema de saúde pública. 
Atualmente, existem diversas campanhas de conscientização sobre a 
importância de se prevenir dessa doença que mata tantas mulheres pelo mundo 
todos os anos. 
A enfermidade é causada principalmente por meio da infecção pelo vírus 
HPV, o papiloma vírus humano, que de acordo com pesquisas, está presente em 
mais de 90% dos casos de câncer cervical. A principal forma de transmissão do 
vírus é via contato sexual, seja vaginal, oral ou anal. 
Para se prevenir da doença o melhor aliado é o preservativo, seja ela 
masculina ou feminina. A camisinha deve ser usada em todas as relações 
sexuais para garantir a proteção de ambos os parceiros. 
Também é importante realizar anualmente o exame ginecológico 
preventivo, o popular Papanicolau. Esse procedimento é capaz de identificar as 
lesões precursoras do câncer de colo de útero possibilitando o diagnóstico no 
início da doença, aumentando assim as chances de sucesso no tratamento. 
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28 
 
Não deixe de usar preservativo em todas as suas relações sexuais e de 
visitar seu ginecologista periodicamente para a realização dos exames de rotina. 
Simples atitudes como estas podem prevenir sua saúde contra o câncer de colo 
de útero. 
 
 
TRATAMENTOS E CUIDADOS 
 
O tratamento desse câncer pode ser realizado por cirurgia, radioterapia 
ou quimioterapia. 
A cirurgia consiste na retirada do tumor e, ocasionalmente, na retirada do 
útero e da porção superior da vagina. De acordo com a paciente, seu modo de 
vida (o desejo de ter filhos) e com o estágio do câncer, é escolhida uma técnica 
específica para a realização da operação. 
Já o tratamento por radioterapia tem a finalidade de reduzir o volume 
tumoral e melhorar o local, para depois realizar a radioterapia interna. 
A quimioterapia é indicada para tumores em estágios avançados da 
doença. 
 
 
CONVIVENDO 
 
Conviver com um câncer não é nada fácil, na verdade é uma tarefa 
extremamente árdua que exige muito do corpo e da mente do paciente. Os 
tratamentos contra o câncer do colo de útero podem remover a lesão ou destruir 
as células cancerígenas, mas até seu fim e cura completa há um longo caminho 
a ser percorrido. 
Além do choque ao receber o diagnóstico, a paciente é acometida pelas 
dores, enjoos e outras reações adversas devido à quimioterapia e radioterapia. 
Por isso, além da importância do acompanhamento do ginecologista e do 
oncologista, é imprescindível que sejam realizadas consultas com um psicólogo 
para garantir o bem-estar da mulher. 
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29 
 
Mesmo após o termino do tratamento, é importante que o 
acompanhamento pelos profissionais continue, para observar o comportamento 
do corpo em relação a uma recidiva do câncer e reforçar a necessidade de bons 
pensamentos para o avanço da saúde da paciente. Além disso, para superar a 
doença, o apoio dos familiares é essencial. 
 
 
CÂNCER DE MAMA 
 
 
http://embarazo-sintomas.info/category/enfermedades 
 
Todo câncer se caracteriza por um crescimento rápido e desordenado de 
células, que adquirem a capacidade de se multiplicar. Essas células tendem a 
ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores 
malignos (câncer), que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. O 
câncer também é comumente chamado de neoplasia. 
O câncer de mama, como o próprio nome diz, afeta as mamas, que são 
glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas 
lóbulos e ductos mamários. É o tumor maligno mais comum em mulheres e o 
que mais leva as brasileiras à morte, segundo o Instituto Nacional de Câncer 
(Inca). 
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30 
 
Segundo a Estimativa sobre Incidência de Câncer no Brasil, 2014-2015, 
produzida pelo Inca, o Brasil terá 576 mil novos casos de câncer por ano. 
Desses, 57.120 mil serão tumores de mama. 
O câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima 
dessa idade sua incidência cresce rápida e progressivamente. É importante 
lembrar que nem todo tumor na mama é maligno e que ele pode ocorrer também 
em homens, mas em número muito menor. A maioria dos nódulos (ou caroços) 
detectados na mama é benigna, mas isso só pode ser confirmado por meio de 
exames médicos. 
Quando diagnosticado e tratado ainda em fase inicial, isto é, quando o 
nódulo é menor que 1 centímetro, as chances de cura do câncer de mama 
chegam a até 95%. Tumores desse tamanho são pequenos demais para serem 
detectados por palpação, mas são visíveis na mamografia. Por isso é 
fundamental que toda mulher faça uma mamografia por ano a partir dos 40 anos. 
 
 
FATORES DE RISCO 
 
O câncer de mama – e o câncer de forma geral – não tem uma causa 
única. Seu desenvolvimento deve ser compreendido em função de uma série de 
fatores de risco, alguns deles modificáveis, outros não. 
O histórico familiar é um importante fator de risco não modificável para o 
câncer de mama. Mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) que 
tiveram a doença antes dos 50 anos podem ser mais vulneráveis. 
Entre outros fatores de risco não modificáveis estão o aumento da idade, 
a menarca precoce (primeira menstruação antes dos 11 anos de idade), a 
menopausa tardia (última menstruação após os 55 anos), nunca ter engravidado 
ou ter tido o primeiro filho depois dos 30 anos. 
 
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31 
 
 
https://cantodanutricao.wordpress.com/2013/10/07/nutrientes-x-cancer-de-mama/ 
 
Já os fatores de risco modificáveis bem conhecidos até o momento estão 
relacionados ao estilo de vida, como o excesso de peso e a ingestão regular 
(mesmo que moderada) de álcool. Alterá-los, portanto, diminui o risco de 
desenvolver a doença. No entanto, a adoção de um estilo de vida saudável 
nunca deve excluir as consultas periódicas ao ginecologista, que incluem a 
mamografia anual a partir dos 40 anos. 
 
 
SINTOMAS 
 
Os sinais e sintomas do câncer podem variar, e algumas mulheres que 
têm câncer podem não apresentar nenhum destes sinais e sintomas. De 
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32 
 
qualquer maneira, é recomendável que a mulher conheça suas mamas, e saiba 
reconhecer alterações para poder alertar o médico. 
A melhor época do mês para que a mulher que ainda menstrua avalie as 
próprias mamas para procurar alterações são alguns dias após a menstruação, 
quando as mamas estão menos ingurgitadas (inchadas). Nas mulheres que já 
estão na menopausa,este autoexame pode ser feito em qualquer época do mês. 
Alterações devem ser relatadas ao seu médico, mesmo que elas tenham 
aparecido pouco tempo depois de uma mamografia ou do exame clínico das 
mamas feito pelo profissional de saúde. 
O câncer de mama pode apresentar vários sinais e sintomas, como: 
 Nódulo único endurecido. 
 Abaulamento de uma parte da mama. 
 Edema (inchaço) da pele. 
 Eritema (vermelhidão) na pele. 
 Inversão do mamilo. 
 Sensação de massa ou nódulo em uma das mamas. 
 Sensação de nódulo aumentado na axila. 
 Espessamento ou retração da pele ou do mamilo. 
 Secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos. 
 Inchaço do braço. 
 Dor na mama ou mamilo. 
 
Vale a pena lembrar que na grande maioria dos casos, a vermelhidão, 
inchaço na pele e mesmo o aumento de tamanho dos gânglios axilares 
representam inflamação ou infecção (mastite, por exemplo), especialmente se 
acompanhados de dor. 
Mas como existe uma forma rara de câncer de mama que se manifesta 
como inflamação, estes achados devem ser relatados ao médico da mesma 
maneira, e a mulher deve passar por um exame clínico, obrigatoriamente. 
 
 
DETECÇÃO PRECOCE 
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33 
 
 
 
http://www.institutocarmelita.com.br/2015/10/outubro-rosa.html 
 
O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. 
Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do 
diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de 
cura chegam a 95%. 
 Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A 
detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o 
câncer de mama. Se a detecção precoce é a melhor estratégia, a principal arma 
para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em toda 
mulher com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença 
começa a aumentar significativamente. A mamografia é o único exame 
diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos 
de 1 centímetro. Com esse tamanho, o nódulo ainda não pode ser palpado. Mas 
é com esse tamanho que ele pode ser curado em até 95% dos casos. 
Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de 
mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na 
palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo 
passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram. 
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34 
 
O autoexame continua sendo importante – mas de forma secundária. 
Quando o tumor atinge o tamanho suficiente para ser palpado, já não está mais 
no estágio inicial, e as chances de cura não são máximas. 
Infelizmente, ainda há muita desinformação no Brasil. Uma pesquisa 
realizada em 2008 pelo Datafolha a pedido da Femama revelou que para 82% 
das mulheres o autoexame é a principal forma de diagnóstico precoce. Apenas 
35% apontaram a mamografia. 
A incidência do câncer de mama vem crescendo no mundo todo, mas, 
quando se trata do número de mortes causadas pela doença, as tendências 
variam. Em países desenvolvidos, a mortalidade vem caindo lentamente, ao 
passo que nos países em desenvolvimento, como o Brasil, registra-se um 
gradativo aumento. 
Pelo menos parte dessa diferença se deve ao diagnóstico precoce, ainda 
precário no nosso país. Entre 1999 e 2003, quase metade dos casos de câncer 
de mama foram diagnosticados em estágios avançados, segundo estudo do 
Instituto Nacional de Câncer (Inca). Especialistas estimam que mortalidade por 
câncer de mama em mulheres entre 50 e 69 anos poderia ser reduzida em um 
terço se todas as brasileiras fossem submetidas à mamografia uma vez por ano. 
 
 
DIAGNOSTICO PRECOCE 
 
O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. 
Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do 
diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de 
cura chegam a 95%, segundo a Federação Brasileira de Instituições 
Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – Femama. Quanto maior o tumor, 
menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é, portanto, uma 
estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama. 
Se o diagnóstico precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair 
vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em todas as 
mulheres com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença 
começa a aumentar significativamente. 
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35 
 
A mamografia é o único exame diagnóstico capaz de detectar o câncer de 
mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. Com esse tamanho, o 
nódulo ainda não pode ser palpado. Mas é com esse tamanho que ele pode ser 
curado em até 95% dos casos. 
 
 
AUTOEXAME 
 
Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de 
mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na 
palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo 
passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram. 
O autoexame continua sendo importante – mas de forma secundária. Ele 
é essencial para que a mulher conheça seu corpo, em especial sua mama, e 
possa perceber qualquer alteração. O autoexame pode ser feito visualmente e 
por meio da palpação, uma vez por mês, após o final da menstruação. Para as 
mulheres que não menstruam mais, o ideal é definir uma data e fazê-lo uma vez 
ao mês, sempre no mesmo dia. Entretanto, ele não substitui a importância do 
exame clínico feito por um profissional da saúde por meio da palpação e, menos 
ainda, a mamografia. 
É fundamental que, além do autoexame, todas as mulheres acima dos 40 
anos façam seus exames de rotina, entre eles a mamografia. Só ela pode 
detectar precocemente um nódulo pequeno e aumentar muito as chances de 
cura. 
 
 
MAMOGRAFIA 
 
A mamografia é um exame de raio-X, na qual a mama é comprimida entre 
duas placas de acrílico para melhor visualização. Em geral são feitas duas 
chapas de cada mama: uma de cima para baixo e uma de lado. Apesar da 
compressão da mama ser um pouco desagradável para algumas mulheres, é 
importante lembrar que ela não é perigosa para a mama. A dose de raios X 
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36 
 
utilizada nos aparelhos modernos é também muito baixa, e não deve servir de 
empecilho para a realização do exame. 
Fundamental e insubstituível, a mamografia pode detectar nódulos de 
mama em seu estágio inicial, quando não são percebidos na palpação do 
autoexame feito pela mulher ou pelo profissional de saúde. Por serem pequenos, 
esses nódulos têm menor probabilidade de disseminação e mais chances de 
cura. 
Por essa razão, as mulheres acima de 40 anos devem realizar a 
mamografia regularmente, em intervalos anuais. E, com a efetivação da Lei 
Federal nº 11.664/2008, em vigor a partir de 29 de abril de 2009, toda mulher 
brasileira tem direito a realizar pelo SUS sua mamografia anual a partir dessa 
idade. 
Como todo exame médico, a mamografia está sujeita a deficiências. 
Acredita-se que cerca de 10% dos casos comprovados de câncer de mama não 
sejam detectados na mamografia, principalmente em mulheres jovens, que têm 
a mama densa. A ultrassonografia pode auxiliar no diagnóstico quando 
associada à mamografia e pode ser muito útil para detectar lesões duvidosas. 
 
 
TIPOS DE CÂNCER DE MAMA 
 
O câncer de mama pode se manifestar de diversas formas, e conhecer 
seus principais tipos ajuda a compreender melhor o que está acontecendo. O 
diagnóstico positivo é sempre uma notícia impactante, mas é importante estar 
bem informada para conversar com o oncologista sobre as opções de terapias 
disponíveis e mais apropriadas para o seu caso. Há os tumores mais e os menos 
agressivos, e os que crescem mais ou menos rápido, por exemplo. 
Uma série de características vai permitir ao médico indicaro tratamento 
mais adequado, aquele com maior chance de trazer a cura no menor tempo 
possível, minimizando os riscos de recaída. Muitas vezes, porém, a paciente não 
fica sabendo o que significam tantos termos técnicos e quais são suas 
implicações, o que tende a aumentar ainda mais sua angústia nesse momento 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
37 
 
tão delicado. Não deixe de conversar com o seu médico para acompanhar todos 
os passos do tratamento. 
 
 
 DUCTAL OU LOBULAR 
 
As primeiras informações sobre o tipo de tumor costumam vir no resultado 
da biópsia, que informa se o carcinoma (que é sinônimo para câncer de mama) 
é ductal ou lobular, classificação que diz respeito ao local da mama onde se 
originou o tumor. 
As mamas são glândulas formadas por lobos, que se dividem em 
estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. 
O tipo mais comum é chamado carcinoma ductal, porque se origina nas 
células dos ductos mamários. Já o carcinoma lobular, menos comum, tem origem 
nas células dos lóbulos mamários. 
 
 
 IN SITUE INVASOR 
 
Além de ser lobular ou ductal, o tumor poderá ser também in situ ou 
invasor. Essa classificação indica se ele está contido num ponto específico da 
mama ou se já começou a se espalhar pelo órgão. “O tumor é revestido por uma 
membrana”, explica o mastologista Pedro Aurélio Ormonde do Carmo, do 
Hospital Câncer III, do Instituto Nacional do Câncer – Inca. “Se essa membrana 
não foi rompida e as células tumorais estão contidas dentro do nódulo, temos 
um carcinoma in situ. Se elas já atravessaram essa membrana, falamos de 
carcinoma invasor”, esclarece. “Todo tumor in situ, se não for tratado, tende a 
evoluir para invasor”, completa o especialista. Por isso, a importância do 
diagnóstico precoce. 
O câncer de mama pode ser ainda do tipo inflamatório, que é uma forma 
de apresentação incomum dos carcinomas invasores. “É um tipo mais agressivo, 
com mais risco de metástase”, afirma Ormonde do Carmo. O carcinoma 
inflamatório se diferencia dos demais pelo fato de deixar a mama inchada e 
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38 
 
avermelhada, podendo a pele adquirir o aspecto de casca de laranja. Isso 
acontece porque as células tumorais se disseminaram pelos vasos linfáticos da 
pele que recobre a mama. 
 
 
 RECEPTORES 
 
Seja ductal ou lobular, in situ ou invasivo, todos os tumores de mama 
devem ser testados quanto à presença de receptores para os hormônios 
femininos estrógeno e progesterona. Receptores são proteínas localizadas na 
superfície externa da célula. No caso dos receptores hormonais, sua presença 
indica que o tecido tumoral se prolifera em resposta a esses hormônios. “Essa 
informação é muito importante para o tratamento”, afirma o especialista do Inca. 
“Os tumores que são positivos para receptores hormonais têm melhor 
prognóstico, ou seja, são mais fáceis de curar”, acrescenta. 
O teste avalia a presença de cada receptor separadamente. Se o 
resultado for positivo para algum deles ou para ambos, a paciente passa a 
receber, além do tratamento convencional (quimio e radioterapia, por exemplo), 
a chamada hormonioterapia, que impede o acoplamento do hormônio com seu 
receptor, retardando o crescimento tumoral. Normalmente, a medicação leva a 
uma interrupção temporária dos ciclos menstruais. 
 
 
 HER2 POSITIVO 
 
Tão indispensável quanto o exame para receptores hormonais é o teste 
para o receptor HER2, que também é uma proteína localizada na membrana das 
células. “Em até 25% dos casos de câncer de mama, essa proteína aparece em 
excesso, indicando que se trata de um tumor mais agressivo, ou seja, o risco de 
recaída, após o tratamento convencional, é bem maior”, explica o oncologista 
Aman U. Buzdar, oncologista do MD Anderson Câncer Center, da Universidade 
do Texas, que esteve em São Paulo em 2009 para um congresso organizado 
pelo Hospital A. C. Camargo. 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
39 
 
 
 
http://fisiourogo.blogspot.com.br/2013/07/cancer-de-mama.html 
 
Tal como os receptores hormonais, a positividade para HER2 implica no 
uso de uma medicação específica que se somará ao tratamento e cujo objetivo 
também é bloquear o receptor, diminuindo a velocidade de crescimento do 
tumor. Segundo Buzdar, nos casos em que a doença está em estágio inicial, o 
tratamento específico pode reduzir o risco de recorrência da doença em até 50%. 
“É importante que a paciente cobre do médico o teste de HER2”, completa o 
especialista. 
 
 
 TRIPLO NEGATIVO 
 
Um tumor de mama pode ser positivo para estrógeno, progesterona e 
HER2. Ou pode ser positivo apenas para um ou dois desses receptores. Ou 
pode, ainda, ser negativo para todos eles, o que os oncologistas chamam de 
tumor triplo negativo. “São tumores mais agressivos”, afirma Ormonde do Carmo. 
“Como não há um receptor para atacar com medicamentos específicos, o 
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40 
 
tratamento é mais difícil”, acrescenta. Por outro lado, essas pacientes 
respondem melhor à quimioterapia. 
 
 
DIAGNÓSTICO POSITIVO 
 
O câncer de mama pode se manifestar de diversas formas, e conhecer 
seus principais tipos ajuda a compreender os diferentes tratamentos prescritos 
pelos médicos. 
O diagnóstico positivo é sempre uma notícia impactante, mas é importante 
estar bem informada para conversar com o oncologista sobre as opções de 
terapias disponíveis e mais apropriadas para o seu caso. 
 
 
 CARCINOMA DUCTAL E LOBULAR 
 
As mamas são glândulas formadas por lobos, que se dividem em 
estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. A principal 
classificação do câncer de mama diz respeito à estrutura em que se originou o 
tumor. 
O tipo mais comum é chamado carcinoma ductal, porque se origina nas 
células dos ductos mamários. Ele pode ser in situ, quando se restringe às células 
desses ductos, ou invasor, quando se dissemina para os tecidos adjacentes. Já 
o carcinoma lobular, menos comum, tem origem nas células dos lóbulos 
mamários, e também pode ser in situ ou invasivo. 
O carcinoma ductal ou o lobular in situ representam o estágio mais 
precoce do câncer de mama. Se não forem tratados, a tendência é evoluir para 
a forma invasora, disseminando-se para outras regiões da mama e, 
posteriormente, do corpo. Nessa fase, os tumores são muito pequenos (menores 
de 1 centímetro) para serem palpados, mas podem ser detectados na 
mamografia e curados em 95% dos casos. 
 
 
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41 
 
 TIPO INFLAMATÓRIO 
 
O câncer de mama pode ser ainda do tipo inflamatório, que é uma forma 
de apresentação incomum dos carcinomas invasores. Ele costuma disseminar-
se por toda a pele da mama, tornando-a avermelhada, quente e inchada devido 
à presença de células tumorais nos vasos linfáticos da pele. 
Outros tipos de câncer de mama, bem mais raros, incluem a doença de 
Paget, que se inicia no mamilo; os linfomas, que acometem o sistema linfático 
da mama; e os sarcomas, que se originam no tecido conjuntivo (músculo ou 
gordura) da mama. 
 
 
 RECEPTORES HORMONAIS 
 
Seja qual for o tipo, todos os tumores de mama devem ser testados quanto 
à presença de receptores para hormônios femininos (estrógeno e progesterona), 
que são proteínas localizadas na superfície externa da célula. Sua presença 
indica sensibilidade das células tumorais a esses hormônios. Trata-se de uma 
informação muito importante para definir que tipo de tratamento a paciente irá 
receber. Os tumores positivos para receptores hormonais geralmente crescem 
mais lentamente. 
 
 
 HER2 
 
Outro receptor cuja presença fará muita diferença no tratamento prescrito 
pelo médico é conhecido como HER-2. Trata-se de uma proteína, também 
situada na face externa da célula, que está presente em 25% dos casos de 
câncer de mama. Os tumores HER-2 positivos costumam ser mais agressivos, 
isto é, crescem e se disseminam mais rapidamenteque outros tipos de câncer, 
e devem ser tratados com medicamentos específicos. 
 
 
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42 
 
CÂNCER DE OVÁRIO 
 
 
http://ovariancancerday.org/pt/about-ovarian/ 
 
Entre todos os tipos de cânceres em mulheres, o câncer de ovário é o que 
tem a taxa de sobrevivência mais baixa. Sendo diagnosticado anualmente em 
quase 250.000 mulheres em todo o mundo, o câncer de ovário é responsável 
por 140.000 óbitos por ano. Os dados estatísticos indicam que apenas 45% das 
mulheres com câncer de ovário têm probabilidades de sobreviver por cinco anos, 
em comparação com 89% das mulheres com câncer de mama. 
As nações desenvolvidas e em desenvolvimento são igualmente afetadas 
por essa doença. Os sintomas são, muitas vezes, erradamente diagnosticados, 
dado que podem ser confundidos com sintomas de outras doenças menos 
graves, especialmente enfermidades gastrintestinais. 
A maioria das pacientes apenas são identificadas nas fases avançadas 
da doença, quando o seu tratamento é mais difícil. Não há nenhum teste simples 
ou de rotina para descobrir o câncer de ovário com precisão. Não existem testes 
de detecção precisos e seguros para o câncer de ovário. O que sabemos é que 
existe um determinado número de fatores que aumentam o risco de a mulher 
desenvolver câncer de ovário: 
 Idade: A maioria dos casos de câncer de ovário ocorre em mulheres com 
mais de 55 anos, dado que chegaram à menopausa. Todavia, alguns tipos 
de câncer de ovário podem aparecer em mulheres jovens. 
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43 
 
 Antecedentes familiares: As mulheres para quem é maior o risco 
(relativamente à população geral) de desenvolverem câncer de ovário são 
as que têm dois ou mais parentes que tiveram câncer de ovário, da mama, 
do cólon ou do útero, quer seja do lado paterno ou materno da família. 
Muitas vezes, os sintomas do câncer de ovário podem ser confundidos 
com outros problemas menos graves, tais como as enfermidades 
gastrintestinais. 
 Genética: O risco também aumenta quando a pessoa é portadora de 
anormalidades nos genes BRCA1 ou BRCA2 (genes que ajudam a 
reparar os danos nas células). Outros fatores: O risco de desenvolver 
câncer de ovário é maior nas mulheres que não tiveram filhos, que nunca 
tomaram a pílula anticoncepcional, que iniciaram o período menstrual 
muito cedo ou cuja menopausa começou mais tarde do que a média. Para 
as mulheres que já tiveram endometriose é mais provável desenvolverem 
câncer de ovário. 
 
 
FATORES DE RISCO 
 
O câncer de ovário é o sétimo câncer feminino mais comum em todo o 
mundo, sendo o câncer ginecológico mais grave. 
Cerca de 15% dos casos de câncer de ovário têm antecedentes familiares. 
Isso significa ter laços de sangue estreitos (mãe, irmã, filha, avó, neta, tia ou 
sobrinha), quer seja no lado materno ou paterno da família, com alguém que 
tenha tido câncer da mama antes dos 50 anos de idade ou câncer de ovário em 
qualquer idade. Para mulheres sem antecedentes familiares, o maior fator de 
risco é a idade. 
 É importante falar com o médico para saber qual poderá ser seu risco 
pessoal. Se você tiver antecedentes familiares de pessoas com câncer de mama 
ou de ovário, conforme indicado acima, sugerimos para procurar 
aconselhamento genético. 
Na verdade, segundo o modo de pensar atual, qualquer mulher com 
câncer de ovário também deve procurar aconselhamento genético como sendo 
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44 
 
um passo importante para ela e para os membros de sua família. Para obter mais 
informações, pergunte ao seu médico sobre os serviços disponíveis na sua área 
ou contate a organização contra o câncer na sua região. 
 
 
SINTOMAS 
 
Muitas vezes, os sintomas do câncer de ovário podem ser confundidos 
com outros problemas menos graves, tais como as doenças gastrintestinais. 
Atualmente, os peritos acreditam que a frequência e a combinação dos sintomas 
podem ajudar os médicos a diferenciar entre o câncer de ovário e outros 
problemas. Se a mulher sentir um, ou mais, dos sintomas seguintes na maioria 
dos dias e por um período de três semanas, deverá discutir as preocupações 
com o seu médico: 
 Aumento do volume abdominal / inchaço contínuo (não é o inchaço 
casual) 
 Dificuldade de comer / sensação de plenitude 
 Dor abdominal ou pélvica 
 Necessidade urgente e frequente de urinar 
 
É muito provável que as mulheres com câncer de ovário tenham com 
frequência um ou mais dos sintomas acima mencionados. Também podem 
ocorrer outros sintomas, como por exemplo: mudança nos hábitos intestinais, 
sangramento vaginal anormal, cansaço e perda ou aumento inesperado de peso 
(neste caso, em redor do abdômen). Todavia, tais sintomas são menos úteis 
quando o médico está tentando determinar se a causa deve-se, ou não, ao 
câncer de ovário. 
 
 
PREVENÇÃO 
 
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45 
 
 
http://slideplayer.com.br/slide/5658132/ 
 
Existem atualmente duas opções para reduzir o risco de câncer de ovário, 
sobre as quais você poderá falar com seu médico. 
 Pílula anticoncepcional: Tem sido demonstrado que os contraceptivos 
orais reduzem o risco de câncer de ovário entre 30% e 60%. 
 Poderá ser considerada a cirurgia preventiva para remover os ovários e 
as trompas de Falópio, se os testes genéticos indicarem um aumento do 
risco do câncer de ovário. Para as mulheres que estão na fase pós-
menopausa, a cirurgia pode reduzir o risco do câncer de ovário em 85%-
90%, bem como outros cânceres relacionados. Para as mulheres na fase 
pré-menopausa, a remoção dos ovários e das trompas de Falópio 
também pode reduzir o risco do câncer de mama entre 40% e 70%. 
Os estudos de pesquisa têm demonstrado que a forma mais comum e 
mais grave de câncer de ovário começa realmente nas trompas de Falópio. Toda 
a mulher que está considerando a cirurgia ginecológica poderá discutir sobre a 
remoção das trompas nessa ocasião. 
 Manter um peso corporal saudável poderá também reduzir o risco. 
 Antes de tomar tais importantes decisões, é importante analisar a série de 
riscos e benefícios. Seu médico também poderá discuti-los com você. 
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46 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
Atualmente, não existe nenhum exame de detecção fidedigno para o 
câncer de ovário. Se você tem sinais ou sintomas do câncer de ovário, seu 
médico deverá efetuar ou encaminhá-la para fazer os seguintes exames: 
 Exame pélvico completo 
 Ultrassom pélvico ou transvaginal 
 Exame de sangue CA-125 
 
Tais exames são mais eficazes quando são usados no seu conjunto. 
Como parte do processo de diagnóstico, os médicos também poderão efetuar 
uma tomografia por emissão de pósitrons ou uma tomografia computadorizada. 
Todavia, a biopsia é a única maneira definitiva de diagnosticar o câncer de 
ovário. 
 
 
PÍLULA ANTICONCEPCIONAL 
 
 
http://ciclomenstrual.blog.br/ 
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47 
 
 
O anticoncepcional hormonal combinado oral (AHCO) ou pílula 
anticoncepcional é um comprimido que tem em sua base a utilização de uma 
combinação de hormônios, geralmente estrogênio e progesterona sintéticos, que 
inibe a ovulação. O anticoncepcional oral também modifica o muco cervical, 
tornando-o hostil ao espermatozoide. 
O uso desse método contraceptivo deve ser indicado pelo médico 
ginecologista, pois somente após análise é possível indicar qual a pílula 
adequada ao seu organismo. 
Recentemente, com o avanço científico, surgiram pílulas com hormônios 
bioidênticos. Os hormônios bioidênticos são substâncias que têm estrutura 
química e molecular igual à dos gerados pelo organismo humano. Produzidos 
em laboratório, a partir de diversas matérias-primas, servem para desempenhar 
as funções dos hormônios do corpo – desde o controle do ciclo menstrual e do 
metabolismo até o tratamento da menopausa – e como anticoncepcional. 
O hormônio sintéticoé uma substância processada e manipulada em 
laboratório e pode gerar mais efeitos colaterais que o hormônio natural ou 
bioidêntico. O anticoncepcional hormonal combinado oral (AHCO) é considerado 
um medicamento eficiente na prevenção da gravidez e seu índice de falha é de 
0,1%. 
 
 
TIPOS DE PÍLULAS 
 
Dentre os diversos tipos de pílulas existentes, as mais receitadas são: 
 
 PÍLULA MONOFÁSICA 
 
A pílula monofásica possui em sua fórmula estrogênio e progesterona 
com a mesma dosagem. É o comprimido anticoncepcional mais conhecido pelas 
mulheres. A utilização deve ter início entre o primeiro e o quinto dia da 
menstruação e termina quando a cartela acabar. Depois, é necessário parar por 
7 dias. 
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48 
 
 
 MINIPÍLULA 
 
A minipílula ou pílula sem estrogênio possui em sua base somente 
progesterona. É a pílula indicada para mulheres que estão amamentando e 
querem evitar uma nova gravidez. Para essas mulheres, a pílula deve ser 
tomada todos os dias, sem interrupção. 
 
 PÍLULA MULTIFÁSICA 
 
A pílula multifásica tem combinação de hormônios com diferentes 
dosagens conforme a fase do ciclo reprodutivo. Essas pílulas causam menos 
efeitos colaterais e possuem cores diferentes, para diferenciar a dosagem e o 
ciclo. A ordem da cartela deve ser respeitada. 
Em 2007, foi lançada no Brasil a pílula anticoncepcional que contém em 
sua fórmula drosperinona e etinilestradiol. Essa nova pílula é mais eficiente por 
amenizar os sintomas físicos e emocionais causados pelos hormônios femininos, 
como tensão pré-menstrual, acne e síndrome dos ovários policísticos. 
Trata-se de uma cartela de 24 pílulas, cada uma 3mg de drosperinona e 
0,02mg de etinilestradiol. Para que o medicamento tenha eficiência, é preciso 
tomar uma pílula por dia durante 24 dias e 4 dias de intervalo. 
Há também a pílula do dia seguinte, que deve ser usada somente em 
situação de emergência. 
 
 
TRATAMENTOS E CUIDADOS 
 
O método contraceptivo oral é a prática de prevenção mais utilizada 
atualmente. Além da contracepção, a pílula anticoncepcional também é utilizada 
na terapia de algumas doenças que acometem uma parcela das mulheres. 
Na parte clínica, os métodos contraceptivos são usados para o tratamento 
de sintomas de patologias, tais como sangramentos irregulares, cólicas 
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49 
 
menstruais, TPM, diminuição do fluxo menstrual, endometriose e síndrome dos 
ovários policísticos. 
Existem estudos que apontam que a pílula anticoncepcional pode diminuir 
a incidência de câncer de ovário e de endométrio, doença benigna da mama, o 
desenvolvimento de cistos ovarianos funcionais, artrite reumatoide, doença 
inflamatória pélvica (DIP), gravidez ectópica e anemia por deficiência de ferro. 
A terapia com contraceptivos orais também é utilizada no tratamento 
contra sangramento irregular ou excessivo, acne, hirsutismo (aumento de pelos 
em locais não comumente femininos), dismenorreia e endometriose. Para evitar 
alguns desses problemas, têm-se oferecido regimes alternativos de uso dos 
anticoncepcionais chamados de regime contínuo, quando a mulher não para de 
usar o anticoncepcional, e regime estendido, quando a mulher o usa por períodos 
prolongados, geralmente de 84 dias seguidos de 7 dias de pausa. 
Esses regimes mostraram que há benefícios e efeitos colaterais nessa 
nova maneira de usar o anticoncepcional. Um dos efeitos colaterais é o “spotting” 
ou a perda de sangue (em pequena quantidade) durante o uso do 
anticoncepcional. 
A maioria das pacientes não está consciente desses benefícios à saúde, 
bem como do uso terapêutico dos contraceptivos orais. Orientação e educação 
são necessárias para ajudar as mulheres a ficarem bem informadas a respeito 
de decisões de cuidados com a saúde e aderência aos tratamentos. 
 
 
CONVIVENDO 
 
Existem diversos tipos de pílulas porque existem diversos tipos de 
mulheres. Somente seu médico poderá identificar a pílula mais indicada para 
você. 
Na maioria das pílulas disponíveis no mercado com 21 
drágeas/comprimidos, a maneira correta é iniciar com a primeira pílula no 
primeiro dia da menstruação. Tomar uma pílula por dia durante 21 dias, fazer 
uma pausa de 7 dias sem tomar e recomeçar. A menstruação vem durante essa 
pausa. Outras pílulas podem ser tomadas de formas diferentes, por isso é 
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50 
 
necessário consultar o médico. No caso da pílula sem estrogênio, ela deve ser 
iniciada no primeiro dia da menstruação e tomada sem interrupção. 
Se tomada corretamente, a pílula fará efeito a partir do primeiro dia em 
que foi tomada. 
A pílula deve ser tomada diariamente e, aproximadamente, no mesmo 
horário. Isso quer dizer que se eu tomar à noite, devo continuar tomando à noite. 
Se esquecer e lembrar de tomar dentro de 12 horas, a pílula continuará 
funcionando. Se esquecer por mais de doze horas, verifique as instruções com 
seu médico ou na bula do produto. Tome a pílula que esqueceu assim que 
lembrar e a pílula do dia no seu horário habitual. Verifique sempre na bula do 
produto e com seu médico informações detalhadas e específicas sobre o tipo de 
pílula que você está tomando. 
Existem diversos tipos de pílulas porque existem diversos tipos de 
mulheres. Os efeitos colaterais variam de acordo com o organismo da pessoa, 
como aumento de risco de doenças cardiovasculares em mulheres hipertensas 
e aumento de enxaquecas e problemas vasculares em pessoas com histórico 
familiar dessas doenças. Entretanto, somente o próprio médico poderá identificar 
a pílula mais adequada para você e qual tem menos efeitos colaterais. 
A pílula anticoncepcional é um dos medicamentos mais usados (e 
estudados) no mundo todo. Além de ser usada para evitar gravidez, ela pode 
proteger mulheres contra algumas infecções genitais, câncer de ovário e alguns 
tipos de câncer de útero. Assim como qualquer outro medicamento, a pílula 
possui contraindicações e efeitos colaterais. O uso de anticoncepcionais por 
algumas mulheres, contudo, pode aumentar o risco de complicações vasculares 
como trombose venosa profunda (TVP), embolia pulmonar, infarto do miocárdio 
e acidente vascular cerebral (AVC). Por isso a importância de consultar um 
médico antes de optar por determinada pílula. 
A pílula tem sido usada com sucesso no tratamento da síndrome dos 
ovários policísticos e no tratamento conservador da endometriose. Também é 
muito utilizada no tratamento da acne (espinhas), hirsutismo (aumento de pelos), 
cólicas e distúrbios da menstruação, tais como tensão pré-menstrual e cólica 
menstrual. 
 
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51 
 
 
HORMÔNIOS BIODÊNTICOS ESTÃO PRESENTES NO DIA A DIA DA 
MULHER 
 
Ao contrário dos homens, que só tomam hormônio em casos excepcionais 
– para tratar alguma doença ou distúrbio –, as mulheres convivem diariamente 
com esse tipo de medicamento. Mesmo versões modernas dessas substâncias, 
como os hormônios bioidênticos (cuja estrutura é igual à dos produzidos pelo 
organismo), estão presentes em produtos voltados para o público feminino, 
inclusive algumas formulações de anticoncepcionais. 
Os estrogênios e os progestagênios, em conjunto, ajudam a regular o ciclo 
menstrual. Baixos níveis desse hormônio podem resultar em problemas de pele, 
insônia e falta de desejo sexual. 
 
 
http://www.farmaciaformularium.com.br/hormonios 
 
Em sua forma bioidêntica, quando combinada em pílulas com a 
progesterona, formam um contraceptivo muito eficiente. 
Segundo alguns especialistas, o uso do estradiol bioidêntico em um 
contraceptivo (um dos estrógenos presentes no corpo feminino) destaca-se por 
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52 
 
ser uma substância que o organismo feminino já está acostumado, o que 
melhora sua atuação e diminui os impactos no metabolismo. É uma forma de 
mesclar a segurança necessária a um anticoncepcionalcom um equilíbrio 
hormonal mais natural. 
 
 
OVÁRIOS POLICÍSTICOS 
 
A Síndrome do Ovário Policístico, também conhecida pela sigla SOP, é 
um distúrbio endócrino que provoca alteração dos níveis hormonais, levando à 
formação de cistos nos ovários que fazem com que eles aumentem de tamanho. 
É uma doença caracterizada pela menstruação irregular, alta produção do 
hormônio masculino (testosterona) e presença de micro cistos nos ovários. 
 
 
http://ginecologia.amato.com.br/content/8-perguntas-sobre-s%C3%ADndrome-dos-ov%C3%A1rios-
polic%C3%ADsticos 
 
Sua causa ainda não é totalmente esclarecida. A hipótese é que ela tenha 
uma origem genética e estudos indicam uma possível ligação entre a doença e 
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53 
 
a resistência à ação da insulina no organismo, gerando um aumento do hormônio 
na corrente sanguínea que provocaria o desequilíbrio hormonal. 
É a alteração hormonal mais comum em mulheres na idade fértil podendo 
atingir de 7 a 20% dessas. 
 
 
SINTOMAS 
 
A falta crônica de ovulação ou a deficiência dela é o principal sinal da 
síndrome. 
Em conjunto, outros sintomas podem ajudar a detectar essa doença, 
como: 
 Atrasos na menstruação (desde a primeira ocorrência do fluxo); 
 Aumento de pelos no rosto, seios e abdômen; 
 Obesidade; 
 Acne. 
 
Em casos mais graves, pode predispor o desenvolvimento de diabetes, 
doenças cardiovasculares, infertilidade e câncer do endométrio. 
 
 
DIAGNÓSTICOS 
 
Para realizar o diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos são 
necessários o exame clínico, o ultrassom ginecológico e exames laboratoriais. 
Através da ultrassonografia da pelve, a doença pode ser percebida pelo 
aparecimento de ovários de volume aumentado e pela presença de mais de 10 
folículos de pequenas dimensões (cistos) ao mesmo tempo na superfície de cada 
ovário. Não sendo a mulher virgem, deve-se dar preferência à técnica de 
ultrassonografia transvaginal. 
É importante definir que esses resultados não se aplicam a mulheres que 
estejam tomando pílula anticoncepcional. Se houver um folículo dominante ou 
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54 
 
um corpo lúteo, é importante repetir o ultrassom em outro ciclo menstrual para 
realizar o diagnóstico corretamente. 
Um importante exame laboratorial a ser realizado é a dosagem da 
testosterona total, nessa síndrome os hormônios masculinos tendem a ser mais 
elevados que o normal. Outros hormônios devem ser dosados bem como a 
dosagem da glicemia sérica e curva de insulina que podem se alterar também. 
Mulheres que apresentam apenas sinais de ovários policísticos ao exame 
de imagem sem desordens de ovulação ou hiperandrogenismo (aumento dos 
níveis dos hormônios masculinos) não devem ser consideradas como portadoras 
da síndrome dos ovários policísticos. 
 
 
EXAMES 
 
A síndrome de ovário policístico (SOP) é uma doença causada pelo 
desequilíbrio dos hormônios na mulher. Ela pode alterar o ciclo menstrual, causar 
problemas de pele e ocasionar pequenos cistos nos ovários que por fim podem 
gerar dificuldades para engravidar entre outros problemas, porém algumas 
vezes pode ser assintomática. 
As mulheres descobrem a síndrome entre 20 e 30 anos de idade, mas os 
primeiros sintomas aparecem logo nos primeiros ciclos menstruais ainda na 
adolescência. Pacientes que apresentam a doença normalmente têm 
antecedentes da mesma enfermidade em parentes próximos, como mãe e irmãs, 
o que configura uma pré-disposição genética ao desequilíbrio hormonal e suas 
consequências. 
O médico algumas vezes já pode conseguir diagnosticar a SOP através 
da história e do exame físico, porém existem diversos exames que auxiliam no 
diagnóstico da síndrome. Sinais e sintomas da SOP como surgimento de pelos 
em maior quantidade e com características e distribuição masculinas, acne, 
aumento da oleosidade da pele, irregularidade menstrual ou ausência de 
menstruação, dificuldade de engravidar entre outros podem sugerir o 
diagnóstico. 
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55 
 
O exame de sangue auxilia na verificação dos níveis de hormônios como 
estrogênio, folículo estimulante (FSH), luteinizante (LH), testosterona, tireoide e 
prolactina. A SOP pode contribuir para o surgimento de muitas doenças também 
como: Diabetes, alterações do colesterol, aumento do peso e da pressão arterial 
podendo até causar câncer de útero se não for adequadamente tratada. 
Se você faz parte do grupo de risco da doença ou sente algum tipo de 
desconforto ginecológico, procure o seu médico para realizar os exames 
necessários. A síndrome dos ovários policísticos tem tratamento e, quanto antes 
ele for iniciado, menores são as chances de a doença causar danos graves. 
 
 
PREVENÇÃO 
 
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é um distúrbio endócrino que 
provoca alteração dos níveis hormonais. Essa alteração dos níveis hormonais 
leva à formação de múltiplos cistos nos ovários que fazem com que eles 
aumentem de tamanho. 
A mulher também passa a produzir mais hormônios masculinos que 
podem causar sintomas como aumento de pelos e aparecimento de acne. Por 
toda essa alteração hormonal muitas mulheres que tem SOP apresentam 
dificuldades para engravidar. 
A causa exata da síndrome dos ovários policísticos ainda não é totalmente 
conhecida, uma das hipóteses é que tenha uma origem genética, pois quando 
há casos de SOP em parentes próximas como mães e irmãs a chance de 
desenvolver a doença aumenta. 
Estudos indicam que a SOP está associada coma resistência à ação da 
insulina no organismo e aumento desse hormônio na corrente sanguínea é que 
provocaria o desequilíbrio hormonal que gera a doença. 
Para prevenir a síndrome dos ovários policísticos é recomendada uma 
dieta leve e completa, acompanhada de exercícios físicos. Mulheres que estão 
acima do peso, têm glicemia, pressão arterial e taxa de colesterol elevadas 
fazem parte do grupo de risco da doença, por isso precisam se prevenir seguindo 
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56 
 
uma dieta saudável, praticando exercícios físicos e realizando acompanhamento 
ginecológico anual. 
A SOP é uma doença que pode trazer graves danos à saúde ginecológica 
da mulher, podendo até mesmo levar à infertilidade. Por isso, assim que 
apresentar algum sintoma da doença ou se fizer parte do grupo de risco, procure 
um ginecologista para realizar os exames necessários, sua saúde merece sua 
atenção. 
 
 
TRATAMENTOS E CUIDADOS 
 
O tratamento da síndrome dos ovários policísticos depende dos sintomas 
que a mulher apresenta e do que ela pretende. Cabe ao médico e à paciente a 
avaliação do melhor tratamento, mas para isso é fundamental questionar se a 
paciente pretende engravidar ou não. 
Os principais tratamentos são: 
 Anticoncepcionais orais
- Não havendo desejo de engravidar, grande 
parte das mulheres se beneficia com tratamento à base de 
anticoncepcionais orais devido sua ação hormonal. A pílula melhora os 
sintomas de aumento de pelos, aparecimento de espinhas, irregularidade 
menstrual e cólicas, além de reduzir o volume dos ovários e o 
aparecimento dos cistos. Existem pílulas com composições específicas 
para controlar o excesso de hormônios masculinos e essas têm um efeito 
melhor sobre a acne, espinhas e pele oleosa. Mulheres que não podem 
tomar a pílula podem se beneficiar de outros tratamentos orais. 
 Cirurgia
- Cada vez mais os métodos cirúrgicos para essa síndrome têm 
sido abandonados em função da eficiência do tratamento com hormônios 
orais. 
 Antidiabetogênicos orais
- Estando a síndrome dos ovários policísticos 
associada à resistência insulínica, um dos tratamentos disponíveis é por 
meio de medicamentos para diabetes. 
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57 
 
 Dieta e atividade física – Essas pacientes devem ser orientadas em 
relação à dieta e atividade física, simultaneamente com as medidas 
terapêuticas.

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