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Apostila da unidade 1 - Imunologia

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MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
A função do sistema imunológico é 
proteger o corpo contra microrganismos e 
substâncias estranhas. O sistema imune 
previne infecções e ajuda a erradicar 
infecções já estabelecidas.  Os principais 
organismos invasores são os vírus, bactérias, 
protozoários e parasitas. 
A defesa do corpo é feita por barreiras 
físicas (pele, tosse, espirro, muco), imunidade 
inata (inflamação e lisozima) e a imunidade 
específica (anticorpos e células). 
é ó É a 
reação ordenada dos componentes do 
sistema imunológico frente aos agentes 
invasores. 
Imunidade – é a proteção ou 
resistência às doenças infecciosas ou a 
moléculas ou substâncias estranhas ao 
organismo. 
Sistema imunológico – é o conjunto de 
órgãos, tecidos, células e moléculas que atuam 
para conferir imunidade aos organismos 
superiores. 
Imunologia – é o estudo do sistema 
imune, incluindo as suas respostas aos 
patógenos microbianos e aos tecidos 
danificados e seu papel nas doenças. 
Antígenos – são substâncias 
estranhas que ativam o sistema imune e o 
induz a elaborar uma resposta imunológica. 
Resposta imune – é a ação coordenada 
e coletiva dos órgãos, tecidos, células e 
moléculas do sistema imunológico ou imune. 
 
1 Exclusivo das aves que realiza hematopoiese, além da 
maturação e diferenciação das células produtoras de 
anticorpos, os linfócitos B. 
Órgãos do sistema imune – medula 
óssea, timo, Bursa de Fabricius1, linfonodos, 
baço, sistema linfático, tecido linfoide cutâneo 
e tecidos linfoides das mucosas. 
Células do sistema imune – linfócitos 
(B, T - auxiliar e citotóxico-, Natural Killer ou 
NK), eosinófilos, basófilos, neutrófilos, 
mastócitos, monócitos-macrófagos e células 
dendríticas. 
Moléculas do sistema imune – 
anticorpos, citocinas, proteínas do sistema de 
complemento, colectinas, pentraxinas, 
ficolinas, etc. 
 
A imunidade ativa é a exposição ao 
antígeno e a montagem de uma resposta 
imune ativa para erradicar a infecção e 
desenvolvimento de resistência tardia para 
aquele microrganismo. Exemplos? Vacinação e 
o próprio microrganismo. 
A imunidade passiva é quando o 
indivíduo não exposto ao antígeno recebe 
previamente os anticorpos ou células a partir 
de um outro indivíduo imune a determinada 
infecção. Exemplos? Soro ou colostro. 
 
Imunidade inata 
É a imunidade natural ou nativa e está 
sempre presente em indivíduos saudáveis, 
preparada para bloquear a entrada de 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
microrganismos e eliminar rapidamente os 
microrganismos que consigam entrar nos 
tecidos do hospedeiro. Os neutrófilos, 
macrófagos e as células NK são os principais 
componentes dessa resposta. 
Os neutrófilos e macrófagos 
encontram antígenos e microrganismos por 
meio de receptores e se ligam a eles, 
englobando-os e fazendo a fagocitose. As 
células NK reconhecem células com 
alterações tumorais ou com infecções virais. 
Elas agem de duas formas: 
1- Elas possuem grânulos que contém as 
proteínas: perforina (auxilia na entrada de 
outras proteínas) e granzima (induz a 
apoptose das células alvos). 
2- As células NK também podem ser 
estimuladas por macrófagos, ajudando-os 
aumentando sua capacidade de fagocitose em 
células infectadas. 
Caso as células não consigam eliminar 
as substâncias, os macrófagos e neutrófilos 
irão liberar citocinas e quimiocinas 
(sinalizadores químicos) que recrutarão mais 
células para o combate. 
Citocina – estimulam células que possuem 
receptores para liga-las, como neutrófilos e 
monócitos2, aumentam a permeabilidade de 
capilares sanguíneos no local e estimulam a 
leucocitose. 
Quimiocinas – atraem as células para o local 
da reação (quimiotaxia). 
 
 Tem especificidade para moléculas 
compartilhadas por grupos de 
microrganismos relacionados e moléculas 
 
2 Monócitos circulam nos vasos sanguíneos e ao passarem para 
os tecidos se diferenciam em macrófagos. 
produzidas por células danificadas do 
hospedeiro. 
 Não possuem células de memória 
 É composta pela pele, epitélio mucoso, 
moléculas antimicrobianas, fagócitos 
(macrófago e neutrófilo), células NK, células 
linfoides inatas e proteínas do sistema 
complemento. 
 A imunidade inata fornece a defesa inicial 
contra infecções. 
 
Imunidade adaptativa 
Também pode ser chamada de adquiria. 
Requer a expansão e diferenciação de 
linfócitos, adaptando-se a presença do 
microrganismo para em seguida, eliminá-lo 
com eficiência. É a imunidade humoral/celular. 
É uma segunda linha de ação do sistema 
imunológico. Os linfócitos ficam armazenados 
nos linfonodos e no baço, aguardando a 
entrada de um antígeno para serem ativados, 
dando início a resposta imune adaptativa. 
Os linfócitos T são ativados ao 
encontrarem células dendríticas com 
antígenos específicos. A ativação faz com 
que eles fiquem maiores e comecem a se 
multiplicar, produzindo milhões de clones 
capazes de ajudar na remoção no antígeno. A 
partir disso passam a se chamar de células T 
efetoras e células de memória. 
Demora cerda de 1-7 dias para os linfócitos T 
ativados saírem dos linfonodos e irem para o 
local de infecção pela circulação sanguínea. 
Depois da chegada dos linfócitos, na maioria 
dos casos a infecção começa a ser eliminada. 
 Após a ativação do linfócito T, eles 
passam a ser chamados células T efetoras, 
armadas e produzem moléculas para destruir 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
os patógenos e aumentar a potência da 
resposta imune inata. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os linfócitos T auxiliares reconhecem 
antígenos que foram fagocitados e 
representados por um macrófago. Ao serem 
ativados, produzem e liberam interleucinas3 
que auxiliam na diferenciação de linfócitos B e 
T citotóxicos que estejam ligados em 
antígenos.  Também potencializam 
macrófagos para fagocitarem e destruírem 
os microrganismos que estão fora das células. 
Os linfócitos T citotóxicos agem quando 
o microrganismo invade as células. Eles 
migram para o local da infecção e 
reconhecem as células que foram infectadas, 
secretando as perforina (irá aderir a 
membrana plasmática da célula infectada e 
danifica a sua estrutura) e granzima (entra 
na célula e induz a apoptose) para matar a 
célula e então eliminar o microrganismo. 
Os linfócitos T regulatórios inibem 
respostas imunes. 
Os linfócitos B participam da resposta 
imune humoral produzindo as imunoglobulinas. 
Cada linfócito B tem anticorpos específicos 
para 1 tipo de antígeno.  Quando os 
antígenos do microrganismo entram nos 
vasos linfáticos ou vasos sanguíneos, eles são 
drenados para os linfonodos mais próximos ou 
 
3 Citocinas produzidas e liberadas por linfócitos. 
para o baço e os linfócitos B reconhecem o 
antígeno e se ativam e produzem 
plasmócitos4 e células de memória. 
Os anticorpos possuem 2 mecanismos 
efetores que ajudam a combater o antígeno: 
1- Neutralização: se ligam ao redor no 
microrganismo, neutralizando-os e 
atrapalhando suas funções como reprodução 
e locomoção; 
2- Sinalizadores: marcam o alvo para os 
macrófagos e neutrófilos fagocitem e o 
destruam mais rapidamente. 
Ao final da resposta imune a maioria 
dos linfócitos T e B sofrem apoptose. Os 
linfócitos restantes são as células de memória 
e sobrevivem por vários anos. Caso ocorra um 
segundo contato com o antígeno, eles se 
multiplicam e combatem o invasor com mais 
facilidade. 
Linfócito B 
Neutralização do 
microrganismo, fagocitose, 
ativação do complemento. 
Linfócito T auxiliar 
Ativação de macrófagos, 
inflamação e ativação e 
diferenciação de linfócitos T e 
B. 
Linfócito T citotóxico Morte da célula infectada 
Linfócito T regulatório Supressão de outros linfócitos 
 Ambas as respostas (inata e adaptativa) 
não são reativas ao próprio corpo (exceto em 
mecanismos autoimunes). 
 
 A imunidade ativa é conferida pela resposta do 
hospedeiro a um microrganismo ou antígeno 
4 Liberam anticorpos. 
Célula T
Resposta imune 
humoral
Mediada por 
anticorpos linfócitos B
Resposta imune 
celular
Células T citotóxicas
CélulasT auxiliares
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
microbiano, ao passo que a imunidade passiva é 
conferida pela transferência adaptativa de 
anticorpos ou linfócitos T específicos para o 
organismo. Ambas fornecem resistência a infecção e 
são específicas para antígenos microbianos, mas 
apenas as respostas imunes ativas fornecem 
memória imunológica. 
 
 Os antígenos X e Y induzem a produção de 
diferentes anticorpos (especificidade). A resposta 
secundária ao antígeno X é mais rápida e maior que a 
resposta primária (memória). Os níveis de anticorpos 
declinam com o tempo a cada imunização (contração, 
o processo que mantém a homeostasia). As mesmas 
características são vistas das respostas imunes 
mediadas por células. 
 Especificidade e diversidade – específicas 
para determinados antígenos. Partes de 
antígenos são reconhecidas por linfócitos 
individuais chamados de determinantes ou 
epítopos. Essa especificidade ocorre porque 
os linfócitos tem receptores de membrana 
que podem distinguir sutis diferenças na 
estrutura entre epítopos distintos. 
 Memória – Respostas a uma segunda (ou 
mais) exposição do mesmo antígeno 
geralmente são mais rápidas e diferentes 
da primeira resposta imune.  Ocorre 
porque o antígeno gera células de memória 
de vida longa específicas que se tornam 
mais eficientes em responder e eliminar um 
antígeno do que os linfócitos imaturos. 
 Expansão clonal – linfócitos específicos 
para um antígeno se submetem a 
considerável proliferação após exposição a 
um antígeno  aumento de células que 
expressam receptores idênticos para um 
determinado antígeno. 
 Contração de homeostasia – todas as 
respostas diminuem com o tempo após a 
estimulação pelo antígeno e retornam ao 
repouso basal (homeostasia). 
 
 A imunidade adaptativa se desenvolve mais 
tardiamente e necessita da ativação de 
linfócitos. 
 A imunidade celular é aquela mediada 
diretamente pelos linfócitos T e a imunidade 
humoral é onde participam anticorpos 
específicos, produzidos pelos linfócitos B 
maduros e que se encontram presentes no 
plasma sanguíneo. 
 Os anticorpos podem neutralizar os 
antígenos (dificultando sua reprodução e 
locomoção) ou podem sinalizá-los (para 
macrófagos e neutrófilos o fagocitarem). 
 Ao final da resposta imune humoral, as 
células de memória sobrevivem para que em 
um futuro contato com o antígeno, a 
resposta imune seja facilitada. 
 Tem especificidade para microrganismos e 
antígenos não microbianos 
 
Nos animais há tecidos imunológicos nas 
glândulas salivares, timo, medula óssea, baço, 
linfonodos, sistema urogenital, intestino, 
glândulas mamárias e trato respiratório. 
 Os linfócitos (T e B) são produzidos no 
saco vitelino (embrião), fígado fetal (feto) e na 
medula óssea (indivíduo nascido). Os linfócitos 
produzidos na medula necessitam maturar 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
para que possam realizar a atividade 
imunológica. 
Locais de desenvolvimento de linfócitos 
(órgãos linfoides primários) – timo, Bursa de 
fabricius, placas de Peyer, medula óssea.  
Ainda estão muito jovens e finalizam sua 
maturação nos órgãos linfoides secundários. 
Locais em que os linfócitos respondem aos 
antígenos (órgãos linfoides secundários) – 
tonsilas, baço, linfonodos, placas de Peyer, 
medula óssea.  A partir do momento que 
são ativados, eles podem sair dos órgãos 
linfoides e realizar a resposta imunológica em 
qualquer local do corpo. 
 
Na medula óssea existe uma célula trombo 
pluripotencial que dá origem as células do 
sistema imunológico. 
 
Da célula trombo se origina um precursor 
linfoide comum, e a partir dele é originado a 
linhagem de linfócito T e B. Essa célula 
também origina um precursor mieloide que dá 
origem as outras células do sistema 
imunológico. 
 Linfócitos B são produzidos na medula 
óssea e completam sua maturação na 
corrente sanguínea. 
 Linfócitos T se maturam no timo e 
completam sua maturação no sangue ou linfa. 
 Nos órgãos linfoides periféricos, os 
linfócitos podem chegar nos linfonodos, baço 
e tecidos linfoides mucosos e cutâneos (a 
partir do momento que estão ativados podem 
responder diretamente nos tecidos ou voltam 
para a circulação até se encontrarem com 
uma célula apresentadora de antígeno e 
serem ativados). 
 
 O antígeno pode cair na via linfática ou entrar no capilar linfático 
via célula dendrítica. As células T imaturas do timo e as células B 
imaturas que emergem da medula óssea migram para os órgãos 
secundários linfoides, incluindo linfonodos e baço. Nestas localizações, 
as células B completam sua maturação. Quando ativadas pelo 
antígenos, se diferenciam em linfócitos efetores e de memória. 
Alguns linfócitos efetores e de memória migram para os tecidos 
periféricos. Anticorpos secretados pelas células B efetoras nos 
linfonodos, no baço e na medula óssea entram no sangue e são 
distribuídos aos locais de infecção 
. 
Medula óssea 
A medula óssea vermelha se localiza no osso 
esponjoso ou diáfise de jovens. 
 Função de formar eritrócitos, 
leucócitos e megacariócitos. 
A medula óssea amarela se localiza na diáfise 
dos ossos longos e é composta de tecido 
conjuntivo formado por células adiposas. 
 São locais de maturação das células B 
principalmente em primatas e 
roedores. 
 
Timo 
Diminui de tamanho conforme o animal vai 
envelhecendo. 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 Se localiza na cavidade torácica, 
estando a frente do coração 
 É maior nos recém nascidos e em 
animais adultos começa a involuir. 
 Maturação de células T. 
 As células T que saem da medula 
óssea e chegam no timo são 
chamadas de timócitos e junto a eles, 
há um conjunto de células epiteliais 
corticais e sintetizam uma citocina 
chamada IL-7 (interleucina 7), que 
inicia o processo de maturação dos 
timócitos. Os timócitos passam por 
uma série de baterias para ser 
responsivo a antígenos estranhos. 
 Os linfócitos T citotóxicos se 
diferenciam dos T-helper (auxiliar) em 
função da diferenciação proteínas de 
membrana (CD-cluster de 
diferenciação). 
o Linfócitos T CD4 são os 
linfócitos T helper 
o Linfócitos T CD8 são os 
linfócitos T citotóxicos. 
 Diferenciação feita apenas no timo. 
 Maturação muito importante! 
 Linfócitos não diferenciados são 
fagocitados. 
 Em animais adultos, o timo involui, mas 
há a presença de células de memória. 
 
Sistema linfático 
É um conjunto de vasos linfáticos que se 
espalham pelo organismo e drenam fluidos 
inadequados dos tecidos para dentro e fora 
dos linfonodos. 
 A linfa é quem circula no sistema linfático. 
 O fluido intersticial é constantemente 
formado em todos os tecidos 
vascularizados em razão de um filtrado de 
plasma para fora dos capilares e a taxa 
de formação local pode aumentar muito 
quando o tecido é lesionado. 
 A pele, o epitélio e os órgãos parenquimais 
contêm numerosos capilares linfáticos que 
absorvem esses fluidos oriundos dos 
espaços entre as células teciduais, a linfa. 
Linfonodos – São os locais onde são 
montadas as respostas imunes contra 
antígenos linfáticos. 
 Estruturas arredondadas com uma rede 
completa de linfócitos, macrófagos e 
células dendríticas. 
 Tem acesso aos antígenos encontrados 
nos epitélios e originados nos fluidos 
intersticiais na maioria dos tecidos. 
Linfonodo Cães Gatos Equinos Ruminantes 
Mandibular + + ± ± 
Pré-escapular + ± * + 
Subilíacos (pré-
crurais) 
NE NE ± + 
Poplíteos + + NE * 
Mamários * * * ± 
Inguinal + ± * * 
Legenda: (+ - facilmente palpável), (± - não tão fácil de palpar), (* - de difícil 
palpação) e (NE – não existem). 
O linfonodo tem um local onde a linfa chega e 
um local onde a linfa sai. 
 Ducto aferente (chega) e deferente 
(sai). 
 Antígeno é carreado pelo sistema 
linfático até o linfonodo. 
 No linfonodo se encontram os 
linfócitos T e B virgens. 
o Desencadeia a imunidade 
adaptativa 
o Linfonodo aumentado 
Dentro do linfonodo há uma região em que 
existe várias células T (córtex parafolicular) e 
outra com células B (folículolinfonodo). 
Em ruminantes, 
ainda há os 
linfonodos 
palpáveis 
parotídeo e 
retrofaríngeo. 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 Os linfócitos chegam nos linfonodos 
através de vasos que se ramificam 
em vênulas (vênula endotelial alta) que 
permitem a passagem de apenas 1 
linfócito. 
 O que guia os linfócitos para sua 
respectiva região são as quimiocinas 
cujo os linfócitos T e B tem 
receptores para essas citocinas. 
 Quimiocinas CCL -19 e CCL-21 são 
produzidas nos vasos linfáticos e 
linfonodos e tem afinidade para o 
receptor CCR-7. 
o A célula T imatura expressa 
o receptor CCR-7. 
 A célula B expressa o receptor 
CXCR-5 que tem afinidade para a 
quimiocinas CXCL-13, que são 
produzidas na zona folicular. 
 Mas afinal, o que são quimiocinas? 
É um sinalizador químico que tem a capacidade 
de atrair para o local em que está sendo 
sintetizada, células que possuem receptores 
para si mesma. 
 
 
Bursa de Fabricius 
 Encontrada apenas em aves 
 Localizada na cloaca 
 Local de maturação das células B. 
 À medida que as aves envelhecem, 
ela involui. 
 
Baço 
Filtram os antígenos do sangue 
 Remove partículas antigênicas, 
fragmentos de células e hemácias 
envelhecidas 
 Recicla o ferro 
 Produz hemácias no feto. 
Histologicamente é dividido em duas polpas: 
Vermelha – composto pelos macrófagos. 
Branca – linfócitos T e B 
 
Sistema imune regional 
Distribuído por todo o organismo e são 
divididos em: 
 Tecido linfoide associado as mucosas 
(MALT). 
o BALT – Tecido cutâneo 
associado ao brônquio 
o GALT - Tecido linfoide 
associado ao intestino 
 Placa de Peyer é local de maturação 
de células B. 
 Tecido linfoide associado ao cutâneo 
o Queratinócitos (citocinas 
inflamatórias) 
o Células de Langerhans (são 
células dendríticas que 
promovem a fagocitose e 
endocitose) 
o Linfócitos intra-epidérmicos. 
 
 
No epitélio da mucosa intestinal existe uma célula 
chamada de Célula M, que tem característica de 
conseguir identificar um antígeno, permitindo que ele 
passe para a placa de Peyer, onde é reconhecido pela 
célula dendrítica, ser fagocitado por ela e ser 
apresentado ao linfócito. 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Existe ainda uma região chamada de lâmina própria, 
onde pode-se encontrar um plasmócito, que é um 
linfócito B ativado que produz imunoglobulinas, 
sobretudo a IgA, que consegue passar da lâmina 
própria ao lúmen, onde se encontra com o antígeno. 
Além disso podem ser encontrados macrófagos, 
células dendríticas. 
 
Células do sistema imunológico 
As células de defesa do organismo são 
chamadas de leucócitos e divididas inicialmente 
em dois grandes grupos: 
 Células com um único núcleo 
o Poucos grânulos 
 Células com núcleos multilobuladas 
o Muitos grânulos 
Granulócitos mononucleares – monócitos 
(fagocítica) e linfócitos (não fagocíticas). 
Granulócitos polimorfonucleares – eosinófilos 
(incorporam corantes ácidos), neutrófilos 
(raramente incorporam corante) e basófilos 
(incorporam corantes básicos). 
 São chamadas dessa forma em 
função da coloração apresentada. 
 
Na medula óssea, uma célula tronco hematopoiética pluripotenciais 
origina um progenitor chamado linfoide e um progenitor chamado 
mieloide. 
O progenitor linfoide gera todos os linfócitos e algumas células dendríticas e algumas 
células linfoides inatas. 
Quando as células B, T e NK são ativadas elas se tornam células 
efetoras, onde o linfócito B se transforma em plasmócito que secreta 
anticorpo. A célula T se divide em citotóxica e helper. 
O progenitor mieloide origina as demais células sanguíneas e também as 
hemácias e plaquetas. Além disso também formam algumas células 
dendríticas. 
Do progenitor mieloide, se originam dois progenitores: 
granulocitomacrófago que origina todas as células granulócitas e 
macrófagos e o progenitor que dá origem aos mastócitos. 
Macrófago 
 
Macrófago 
Fagocitose e ativação de mecanismos antibacterianos 
Apresentação de antígenos 
Promovem reparo tecidual 
Expressam receptores que conseguem reconhecer 
padrões moleculares inerentes aos patógenos. 
Célula 
dendrítica 
Captura de antígenos nos sítios periféricos 
Fagocitam e apresentam antígenos 
Principais células apresentadoras de antígenos na 
defesa imune inata 
Neutrófilo 
Fagocitose e ativação de mecanismos antibacteriano 
Principal leucócito encontrado no sangue 
Medeia as fases iniciais da resposta inflamatória 
Bastonete (jovem) e segmentado (maduros) 
Eosinófilo 
Morte de parasitas opsonizados por anticorpos 
Células efetoras terminais da resposta alérgica 
Foco inflamatório 
Basófilo 
Promoção das respostas alérgicas (menos que os 
mastócitos) e aumento da imunidade antiparasitária 
(menos que eosinófilo) 
Expressam receptores para a IgE. 
Mastócito 
Liberação de grânulos contendo histamina e agentes 
ativos 
Liberam histamina quando ativados 
Expressam receptores com alta afinidade para IgE 
Linfócitos Células da resposta imune adaptativa 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Uma célula do sistema imunológico possui em 
sua membrana, proteínas que funcionam 
como receptores que tem afinidade 
específica para determinados ligantes.  O 
macrófago tem receptor para anticorpos, de 
proteínas do sistema complemento, de 
citocinas, de transporte e outros receptores. 
O macrófago, quando ativado, ele promove 
comandos para o núcleo sintetizarem e liberar 
as citocinas. 
Interleucina 1 (IL-1) – Coestimulados de 
linfócitos T. helper 2, que estimula respostas 
de fase aguda. 
IL-6 – Promove diferenciação de linfócitos B. 
Estimula respostas de fase aguda. 
IL-12 – Coestimulados de linfócitos T. helper 1. 
IL-18 – Promove a produção de IFN-y por 
linfócitos Th1. 
Fator de necrose tumoral alfa – É citotóxico, 
estimula o crescimento de linfócitos T, 
estimula respostas de fase aguda e 
desencadeia a inflamação. 
Neutrófilos 
 
São os primeiros fagócitos que saem da corrente sanguínea para 
o processo infeccioso. 
Sua produção é regulada pelo fator estimulado de granulócito (G-
CSF). 
Neutrófilos segmentados iniciam o processo de apoptose, onde os 
macrófagos fagocitam os corpos apoptóticos do neutrófilo. Na 
fagocitose, o macrófago produz a IL-23, que cai na corrente 
sanguínea e tem um receptor específico para os linfócitos, que 
desencadeia uma ação para o linfócito sintetizar a IL-17, que cai na 
corrente sanguínea, chega na medula óssea e estimula o G-CSF, 
que produz mais neutrófilos bastonetes. 
 
Mastócitos 
O que ocorre nos processos alérgicos? 
O mastócito é ativado quando o seu receptor 
encontra o alvo específico. 
Quando a IgE se liga ao antígeno, ocorre uma 
mudança na conformação da IgE, que fica alvo 
desse receptor e se liga a essa imunoglobulina 
que está ligada ao antígeno. Quando pelos 
menos duas imunoglobulinas se ligam a 
receptores (ativação cruzada) o mastócito 
libera grânulos, como a histamina. 
Além disso, quando ocorre a ligação do 
anticorpo com o receptor do mastócito, 
ocorre a ativação da fosfolipase A2, que 
quebram os fosfolipídeos da membrana, 
originando o ácido araquidônico, que originam 
os leucotrienos e as prostaglandinas. 
Linfócitos 
Encontrados nos órgãos linfoides, sangue e 
espalhados sobre as mucosas. 
As células linfoides inatas se dividem em: ILC-
1, ELC-2 e ILC-3. 
ILC-1 – Defesa contra vírus ao estimular a 
produção de interferon gama. 
ILC-2 – Inflamação alérgica ao produzir a IL-
5 e IL-13. 
ILC-3 – Função de barreira intestinal, 
organogênese linfoide ao produzir a IL-17 e IL-
22. 
 Não expressam receptores que as células 
T. helper. 
 Linfócitos NK matam células infectadas e 
produzem ITF-Y. 
 Expressam vários receptores e 
moléculas. 
 A proteína CD4 e CD8 diferencia o T. 
helper do T. citotóxico. 
 As duas não podem ser expressas 
simultaneamente. 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 São testados para ver se produzem 
respostas imunológicas para o 
próprio organismo. 
 
O linfócito T virgem foi produzido na medula óssea, 
chega no timo e é maturado e aprovado nos testesdo organismo, caindo na corrente sanguínea. O 
Linfócito chega ao linfonodo através da vênula 
endotelial alta. No linfonodo, chega também à célula 
dendrítica dos antígenos. O linfócito expressa um 
receptor de linfócito T, que é específico para um 
determinado antígeno. Quem apresenta o antígeno ao 
linfócito T é o MHC. Se no linfonodo não houver 
antígeno específico para o receptor, o linfócito sai do 
linfonodo e circula até chegar ao linfonodo que tem 
uma célula dendrítica que irá apresentar um peptídeo 
antigênico específico para o receptor. Assim, o 
linfócito é ativado e se torna uma célula efetora do 
sistema imunológica, se diferenciando em T. citotóxica 
e T. helper. 
Após isso a célula cai na corrente linfática e chega no 
vaso sanguíneo periférico mais próximo do linfático, 
chegando até o local de infecção, onde está sendo 
desencadeado um processo imunológico específico. 
Se for um linfócito citotóxico ele marca a célula, se 
for um linfócito T. helper ele estimula macrófagos, 
aumentando a atividade fagocitária, promove a 
ativação de células B e aumentar a produção de 
anticorpos, etc.

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