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LUTO E ANGÚSTIA UMA ANÁLISE SOB AS PERSPECTIVAS DE FREUD E LACAN
Maria Clara Pagio Castilho
Milcineia Machado Ribeiro de Souza Costa
Stefhanie da Silva Barbosa
Vanessa Quirino Elias Onofre
Resumo:
Considerando o tema em discussão, o texto se ocupa em fazer um apanhado e fazer uma análise sob as perspectivas freudiana e lacaniana, desses construtos que atingem a todas as camadas da sociedade não importando o tempo que o sujeito se encontra, para isso as escritoras lançam mão de alguns outros autores, já renomados e ou artigos já escritos. 
 
Palavras chaves: Angustia; libido; perda; luto; melancolia
Introdução
Falar sobre luto e angustia torna obrigatório mencionar Freud (1917) em sua obra “Luto e Melancolia”, ele salienta dois construtos e faz distinção entre ambos. Luto, reação a uma perda significativa, tanto luto quanto melancolia acontecem a partir de um evento traumático, não necessariamente numa pessoa, mas algo que agrega valor sentimental até a perda por morte.
Freud trata o luto como algo mais fácil de lidar do que a melancolia.
Conforme exposição de vídeo aula disponível no site da EGOLAB, a apresentadora expõe a leitura de trecho da obra de Clinica da Fantasia, vol 3
“O trabalho de luto é simplesmente a tentativa compor novamente a homeostase psíquica através da rearticulação simbólica e da imaginalidade das palavras e das imagens para o que ficou completamente despedaçado e sem sentido pelo real. É um trabalho longo, penoso e que segundo Freud afasta o sujeito do meio social, porque a libido, a força da pulsã1o é uma só e o sujeito não tem energia psíquicas para investir em outros objetos durante o trabalho de luto.” (EGOLAB - 2020)
Na melancolia, o sujeito tem sua autoestima abalada, a melancolia gera desprezo próprio, no luto o sujeito sabe qual foi seu objeto de perda, mesmo que haja um sentimento de desprezo, por isso não se dá a si próprio, mas ao objeto da perda.
Não é a pessoa que ficou sem graça, mas a vida que ficou ruim por causa da perda. “O mundo se torna pobre e vazio” já na melancolia a pessoa perde o amor próprio, porém, o enlutado sabe o que perdeu. Na melancolia, porque o sujeito não sabe o que perdeu, começa a odiar a si próprio.
Freud ainda fala dos dois conceitos, a ambivalência e a identificação, nela existe amor e ódio e ao perder o objeto de amor, a pessoa passa a odiar o objeto, que outrora era amor.
Já a identificação com o objeto quando há uma perda a pessoa pode vir a odiar esse objeto, porém, se a pessoa se vê em determinado objeto e odeia esse objeto, então odeia a si próprio dividindo o EU em duas partes a insultante e a insultada, na melancolia, quem bate e quem apanha são as mesmas pessoas.
Segundo freud há uma situação de auto martírio prazeroso, o melancólico se vinga do objeto por meio da auto punição. No luto, quando se perde o objeto, se perde a parte do EU, por trazer elementos de identificação.
A identificação, instrumento libidinal e narcisismo, refere-se a junção muito grande do EU com o objeto amado, podendo tornar-se indissolúvel o EU com o próprio objeto. 
Mendlowicz, destaca no seu artigo o luto e seus destinos:
“verificamos que, em qualquer processo de perda, o primeiro movimento é o de introjeção do objeto amado perdido, mecanismo que empresta vida ao objeto, vitaliza o amor que se foi. Entretanto o que se observa, segundo esses autores, é que nos processos de luto normal tal introjeção é rápida, transitória, e o psiquismo se vê obrigado a se curvar ao teste de realidade.” (MENDLOWICZ, 2000).
A introjeção refere-se a maneira que o sujeito recebe como parte integrante de seu ego, algo inerente ao objeto de interiorização, Mendlowicz, diz ainda concordar com tal processo, que efetivamente se faz mais longo quando o luto não é tão bem sucedido, ainda assim, não se trata de um destino melancólico. Sobre isso Mendlowicz ainda afirma:
“A introjeção de um objeto morto é produtora de muita angústia, mesmo quando diante de uma perda sem ambivalência excessiva. Sabemos da proximidade do conceito de introjeção com o da identificação, e ao convocarmos o objeto morto ao nosso interior a fim de não nos separarmos dele, invocamos concomitantemente uma angústia avassaladora, pois os vivos não se misturam harmoniosamente com os mortos.” (MENDLOWICZ, 2000).
No processo de convocação a uma separação do objeto, atrai automaticamente uma avassaladora angústia, sem qualquer possibilidade de negociação, com a morte, nem há troca de moeda com a própria vida. 
“Ter sido arrancado de uma porção de coisas sem sair do lugar: eis uma descrição precisa e pungente do estado psíquico do enlutado. A perda de um ser amado não é apenas a perda do objeto, é também a perda do lugar que o sobrevivente ocupava junto ao morto” (MENDLOWICZ, 2000).
 
A angustia foi objeto de estudo não apenas por psicanalistas, não apenas por Freud. Em 1925, publicação em 1926 Freud publica o artigo “inibição, sintoma e angustia” ele diz que a angustia é o afeto por excelência sem sofrer interferência do recalque, apesar de haver uma grande proximidade.
Sobre esse assunto, Maria Angélica Pisetta ressalta em seu artigo: 
“Freud coloca a angústia em posição privilegiada, enquanto constructo em sua teorização metapsicológica, e a sua definição é algo que será perseguido até o fim de seus estudos. Assim, ele vê a angústia como centro de suas investigações, derivando dela até mesmo o sintoma. Suas relações com o recalque já estão definitivamente demarcadas na primeira tópica e se aprofundam na segunda visão do aparelho psíquico” (PISETTA, 2008)
Pisetta, 2008, ressalta ainda que Freud destaca a angustia como privilegiada enquanto construto na teorização metapsicológica e defende que ira perseguir essa definição até ´o fim de seus dias. 
REFERÊNCIAS
https://www.scielo.br/j/pcp/a/mgspzjFNV9MhPykRRstnFhz/?lang=pt – Psicologia: Ci~encia e Profissão, acessado em 15/06/21 Maria Angélia Augusto de Mello Pisetta artigo Considerações sobre as teorias da Angustia em Freud
Mendlowicz, ElianeO luto e seus destinos. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica [online]. 2000, v. 3, n. 2 [Acessado 15 Junho 2021] , pp. 87-96. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1516-14982000000200005>. Epub 27 Fev 2009. ISSN 1809-4414. https://doi.org/10.1590/S1516-14982000000200005.
Vídeo introdutório da teoria psicanalítica, falando sobre o texto de Freud, Luto e Melancolia [1917(1915)]. Oitavo vídeo de uma série que aborda as principais teorias psicanalíticas. Acessado em 15?06/21 leitura referente a obra Fundamentos da Psicanálise – de Freud a Lacan - A Clínica da fantasia vol.3 – Marco Antônio Coutinho Jorge
site: www.egolab.com.br Instagram: @egolaboficial Referência: Freud (1914-1916) introdução ao narcisismo, ensaios de metapsicologia e outros textos - https://amzn.to/3hOjJi1 Fundamentos da Psicanálise de Freud a Lacan - Volume 2 - https://amzn.to/2FybkC6 Luto e Melancolia: À sombra do espetáculo - https://amzn.to/3l2vaoe
pag 280
Luto e M elancolia: Um texto em expansão - Ronis Magdaleno Júnior1
alter – Revista de Estudos Psicanalíticos | Vol. 32(2) - 2014 | Vol. 33(1/2) - 2015 | Vol. 34(1/2) - dezembro de 2016.

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