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TCC_CAROLINE_LICENCIATURA EM HISTORIA

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CONTESTADO: MEMÓRIAS DE UM CONFLITO CENTENÁRIO
MÜLLER, Caroline Stoker[footnoteRef:1] [1: Graduanda do curso de Licenciatura em História pelo Centro Universitário Internacional – UNINTER] 
FREZARIN, Maria Silvana[footnoteRef:2] [2: Professora orientadora do Centro Universitário Internacional – UNINTER] 
RESUMO
Há 104 anos da maior guerra civil camponesa brasileira, que durou 4 anos e fez milhares de vítimas, se faz necessário compreender quais foram os motivos e quais foram os culpados para que estourasse um combate que envolveu o país todo em um cenário marcado por profunda tensão e instabilidade social e por fim o desfecho de tanta luta em busca de justiça. Com vários estudos realizados em documentos e artigos bibliográficos, foi possível realizar uma pesquisa onde se tem uma noção da tamanha crueldade e tamanha fé de um povo desolado e escorraçado de suas terras mas que teve total importância para que se mudasse o destino do sul do país. Mesmo com a derrota, os caboclos conseguiram um olhar do poder para justiça na divisão das terras na qual era o principal motivo de uma batalha sem precedentes, até então, no Brasil. Infelizmente história essa que está sendo esquecida aos poucos, mas que tem seu grande valor histórico cultural brasileiro.
Palavras-chave: Contestado. Caboclos. Guerra. Conflito.
1 INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem uma relevância cultural histórica muito importante, pois trata de um conflito ocorrido no sul do país onde vários de nossos antepassados lutaram para proteger suas terras. Saber mais sobre como ocorreu essa revolta e quais foram as principais influências desse conflito, faz com que se reflita a importância do chão em que pisamos, o qual um dia foi um campo de batalha, onde o conflito de interesses foi o estopim de uma guerra que completa seus cento e quatro anos.
Compreender qual o legado deixado para a história cultural do país e ter uma ideia de como tudo isso aconteceu, torna esse um material importantíssimo para o conhecimento da história patrimonial para as novas gerações.
O que causou a Guerra do Contestado? Conhecer mais sobre a instalação da Madeireira Lumber na região do Contestado e também compreender o quão essa revolução política e econômica causou de impacto na vida sertaneja, resultando em um conflito onde milhares morreram em campo de batalha. Fazer uma reflexão de como vivia o povo caboclo antes de uma grandiosa empresa internacional, revolucionar o modo de vida de simples camponeses, qual o impacto causou para que tenham tido tal revolta e como foi o desfecho daquela que foi a maior revolta civil do pais, a “Guerra dos Pelados”.
O objetivo político em torno deste conflito violento e sangrento era de “limpar” de toda região todos aqueles que se puseram contra seus ideais econômicos, uma vez, que os caboclos que ali viviam se revoltaram contra as medidas adotadas pelos governantes e comandantes que usaram de toda força em cima de simples caboclos sem qualquer preparo militar.
A revolta cabocla foi liderada pelo monge José Maria que lutou ao lado do povo contra os militares, morreu em uma batalha em 1912 onde seus seguidores ganharam a luta contra os militares. A luta dos sertanejos durou quatro anos e foram batalhas muito violentas onde milhares de homens, mulheres e crianças acabaram morrendo.
2 CONTESTADO: O CONFLITO E O DESFECHO
Em meados do século XX, a região do planalto norte catarinense tenderia a passar por um cenário marcado por grande instabilidade e tensão social. Entre os diversos elementos que influenciaram essa situação, o maior desconforto certamente era concretizado pela chegada das empresas do Sindicato Farquhar à região.
Nos anos de 1912 a 1916, no distrito de Três Barras, na área então disputada pelos estados do Paraná e Santa Catarina, chamada Região do Contestado, uma empresa norte-americana – Brazil Railway Company, viria a se instalar e mudar o rumo da vida de muitos. Fundada em 12 de novembro de 1906 pelo empresário americano Percival Farquhar com um o inovador projeto de ligar a América Latina através da implantação de ferrovias. A empresa foi a grande pioneira no ramo viário na América Latina, responsável pela construção da estrada de ferro São Paulo – Rio Grande, que ligava o sul ao sudeste do Brasil.
Com um acordo firmado através de um contrato para a construção da ferrovia, a Railway Company recebeu uma grande faixa de território com a extensão de 15 km de cada lado da linha de ferro.
Este decreto confirmou que a companhia gozaria de privilégios por noventa anos e garantia de 6% em ouro, ao ano, durante trinta anos, para construção uso e gozo de uma estrada de ferro que ligasse Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, além de conectar a capital da República com fronteiras da Argentina e Paraguai. Confirmou ainda a cessão gratuita de quinze km para cada lado da linha. O decreto ainda dispunha sobre questões ligadas às negociações e pagamentos entre a Companhia e o Governo (COMPANHIA ESTRADA DE FERRO SÃO PAULO – RIO GRANDE, 1931, p. 63/65).
Iniciando as atividades em novembro de 1911, a Lumber desenvolveu inovador e avançado processo de exploração madeireira, com um imenso potencial estrutural e tecnológico para a época, foi considerada a maior madeireira da América do Sul. Foi um inovador e revolucionário avanço econômico e político para a região, causou enormes mudanças sociais na região oeste catarinense e consequentemente para a população que ali vivia.
Dentre as inúmeras mudanças que a Lumber oferecia, a maior com certeza, era a transformação social. Podemos citar como um deles o armazém da campanha. O armazém era realmente grande, e quem comprava ali eram os trabalhadores, que adquiriam pra deu sustento, tudo que precisavam e ao final do mês eram descontados de seu pagamento. Por mês o armazém da campanha chegava a lucrar um valor de 60 contos de réis, um valor bem considerável para a época e para a pequena população humilde do local, assim então, o armazenista, ou seja, responsável do armazém, se tornou uma pessoa com grande prestígio naquele local.
Trabalhadores que moravam em acampamentos mais afastados, em meio a mata, faziam suas compras no armazém da campanha, nos finais de semana, um trem os transportava até a sede da madeireira onde perto dali estava localizado o armazém.
Com o passar do tempo filiais foram instaladas em diferentes localidades, facilitando assim o acesso dos trabalhadores que se espalhavam por toda região, favorecendo assim o acesso, já que estavam mais próximos de suas casas e do seu local de trabalho.
A Lumber também se preocupava com o lazer de seus trabalhadores, já que ali na região não havia nenhuma distração e, buscando distração, diversão e uma possibilidade de entretenimento, a Lumber proporcionou e montou um cinema junto da campanha, com isso, organizava sessões para seus operários, competente estratégia articulada pelos diretores da empresa. Os operários ficavam maravilhados com as sensações, os sentimentos, a paixão pelo desejo de ver algo novo, desconhecido até então, algo que os faria rir ou até mesmo chorar.
No interior da empresa havia sido montado também um hospital, para atender os funcionários de alto poder, mas no entanto, prestava atendimento também aos trabalhadores, famílias e a população que recorriam para alguma assistência médica do hospital da campanha, o qual tinha como diretor chefe do serviço sanitário da companhia, Dr. Osvaldo de Oliveira. Além do hospital, havia também uma farmácia onde os trabalhadores poderiam adquirir os remédios que o médico lhes receitou, uma estrutura sanitária de excelente eficácia, onde lhes custaria uma taxa sanitária de 2 mil reis mensais, valor equivalente à meio dia de trabalho por mês.
Mas a chegada da empresa não trouxe só benefícios, a instalação e funcionamento da Lumber Company resultaram em uma mudança bruta no modo de vida da população local. Com o grande poder que a gigantesca empresa que ali chegou, trazendo modernidade e expansão de suas atividades, pequenas madeireiras tiveram queencerrar suas atividades, além disso, a Lumber logo tratou de se apossar das terras que a foram cedidas, expulsando de suas terras muitas famílias. Coronéis e políticos também cederam terras, supostamente desocupadas, mas que eram ocupadas pelos caboclos.
Mesmo tendo um processo muito tecnológico, quando derrubavam gigantescas arvores, essas eram arrastadas pela mata a fora, arrancando e destruindo toda vegetação, árvores nativas, espécies de pouco valor econômico e até as árvores de erva mate, a qual era uma das principais fontes de renda para sobrevivência da economia da população mais pobre da região.
As inúmeras ações praticadas pela empresa, ao menos para uma parcela dos moradores da região, resultaram em indignação pelas injustiças. A Lumber foi colocada entre os principais alvos da revolta dos trabalhadores e proprietários de pequenas terras, mostrando insatisfação com as injustiças provocadas pelas inúmeras atitudes da empresa. A Lumber Company era apontada como causadora da decadência que arruinava a população local, aumentava a exclusão da população nacional em favorecimento de estrangeiros, tudo com o apoio e participação daqueles que ocupavam cargos nos governos municipais, estaduais e federal.
Em 1916, a comissão municipal do Partido Republicano, em Curitibanos, era formada pelo coronel Francisco Ferreira de Albuquerque (presidente do partido e superintendente municipal); Antônio Henrique de Amorim (Secretário do partido e titular do Cartório de Registros Civis); tenente-coronel Virgílio de Pereira (fazendeiro); coronel Graciliano de Almeida (grande fazendeiro, irmão do coronel Henriquinho, mas partidário de Albuquerque) José Custódio de Mello (fazendeiro); Diogo Alves Ribeiro (fazendeiro); e Egídio Vicente de Mello (delegado de polícia, cunhado de Albuquerque, fazendeiro, suplente de secretário do Partido). Esta comissão encaminhou um ofício ao governador indicando nomes para preenchimento de cargos de suplentes de juízes de direito na sede do município; de chefe escolar (havia apenas duas escolas em funcionamento em todo o município); e suplente de subdelegado de polícia para os distritos de Santa Cecília do Rio Correntes e São Sebastião da Boa Vista (Perdizes). Na margem lateral do ofício encaminhado pelo Partido Republicano de Curitibanos, há um despacho com rubrica do governador Felipe Schmidt encaminhando a lista de nomeações ao secretário-geral do estado, no qual se lê:” [...] façam-se as nomeações indicadas” (MACHADO, 2004, p. 106).
A violência contínua contra os moradores locais e seu estilo de vida causou um sentimento maior de injustiça e levou ao início do movimento do conflito do contestado.
2.1 O MESSIANISMO
No entanto, havia outro fator importante no início do conflito: o messianismo. Nesse contexto social, em novembro de 1911, apareceu em Palmas um homem barbudo e peludo, que se dizia herdeiro espiritual do beato João Maria e se autodenominava o monge José Maria. Ele formou um exército celestial com ministérios e adolescentes virgens, simbolizando inocência e pureza. Além de milhares de adeptos, José Maria é apoiado pelo produtor de erva-mate, Coronel Henriquinho de Almeida, muito hostil a outro coronel, Francisco de Albuquerque.
Liderados pelo Monge José Maria, afirmando que “a religião dos padres é a religião dos coronéis”, apegados à crenças herdadas de seus avós índios e mestiços, forjaram uma nova ideologia, criaram uma nova seita e sustentaram uma guerra civil de 1912 a 1916, sem tréguas, sem mediações e sem armistício. Combatiam com armas obsoletas dos tempos da guerra do Paraguai – facões, revólveres, espadas de madeira de lei, contra canhões, granadas e metralhadoras recém-importadas da Europa. (...) Analfabetos, desnutridos, sem meios de reabastecimento, os sertanejos do Contestado conquistaram um lugar de honra na memória histórica do povo brasileiro, um país estigmatizado por tantas contradições e injustiças sociais (HELLER, 2012, p. 13-4).
A rápida expansão do movimento atraiu a atenção do governo, que acabou prendendo alguns integrantes de José Maria e raspando suas cabeças como punição. Para se unir, outras pessoas também raspavam a cabeça e eram chamadas de "nuas", enquanto eles chamavam os soldados de "peludos". Os rebeldes afirmavam ser donos das terras da ferrovia, atribuíam à República todos os crimes que causaram e demonstravam messianidade.
Para o governo, a condenação do governo republicano foi interpretada como um movimento monarquista. O governo investiu uma enorme força militar, sendo que a eclosão da guerra e do conflito armado entre agricultores e soldados ocorreu na luta em Irani.
2.2 BATALHA DE IRANI
A batalha de Irani, uma batalha marcante que eclodiu no conflito, aconteceu em 22 de outubro de 1912, ao sul da cidade de Palmas, participaram cerca de 500 religiosos e 65 militares do Corpo de Segurança do Estado do Paraná, atual Polícia Militar. É considerado o gatilho da guerra por seus trágicos resultados, envolveu tropas paranaenses e catarinenses e forças federais das forças armadas forças de segurança privada (vaqueanos), além dos messiânicos que habitavam a região do Contestado.
Segundo o historiador João Alves da Rosa Filho, contribuíram para o massacre dos integrantes do Regimento de Segurança uma soma de fatores, sendo eles o desconhecimento do terreno acidentado e coberto por mata densa em que os sertanejos estavam acampados, facilitando os pontos de emboscadas que os revoltados conheciam. Desde o desembarque no Porto de Vitória em 14 de outubro de 1914, as constantes marchas forçadas erodiram a condição física das tropas devido à equipamentos desatualizados e inadequados, que são cruciais para o destino da batalha. Além dos fatos já relatados, ao decidir pela invasão do acampamento, o comandante da força, coronel João Gualberto, foi politicamente interferido pelo delegado Juiz Vieira Cavalcanti, que não concordou em transferir toda a força para o Irani, concordando que o coronel só precisaria usar uma pequena parte das tropas.
Assim João Gualberto selecionou apenas 65 dos 158 homens que o acompanhavam desde Curitiba. O grupo total era dividido em 15 Oficiais: 01 Coronel, 02 Majores (01 médico), 03 Capitães, 03 Tenentes (01 dentista), 06 Alferes (01 farmacêutico) e 85 Praças: 01 1º sargento, 11 2º Sargento, 01 Furriel, 22 Cabo, 21 Anspeçada, 85 Soldados e 02 Corneteiros (PMPR, 2017, p.20).
Nesse primeiro conflito tiveram mortes significativas para ambos os lados do conflito. Foram vitimados o Comandante Geral do Regimento de Segurança Coronel João Gualberto e também o líder messiânico o Monge José Maria.
Depois de lutar contra o processo de "reencantamento do mundo", os seguidores de José Maria foram organizados em misteriosas irmandades ou fortalezas, criando um vínculo de unidade e significado para um novo modo de vida.
Constituem a irmandade de Taquaruçu, que foi atacada pelas forças catarinenses, federais e de Vaqueanos em 29 de dezembro de 1913, o ataque à comunidade foi liderado por Gustavo Lebon Régis, Secretário-Geral do Governo do Estado de Santa Catarina, enquanto as forças oficiais foram dispersas por sertanejos. O segundo ataque a Taquaruçu ocorreu em 8 de fevereiro de 1914. Eram principalmente mulheres e crianças, enquanto os homens se mudaram para o reduto de Caraguatá.
Posteriormente, uma luta desigual se desenrolou: soldados armados de revólveres, espadas, artilharia e até mesmo uma aeronave, fato que entrou na história das Forças Armadas, sendo a primeira vez que uma aeronave foi usada em uma batalha. Por outro lado, os caboclos estavam muito abaixo em armamento e despreparados, homens e mulheres empunhavam espadas, pistolas e facões, alguns com pedaço de pau.
Após o ataque do Taquaruçu, os caboclos se refugiaram, junto com outros dois mil fanáticos que já viviam em Caraguatá, que foi mais uma vez um massacre das forças de segurança que ali operavam. É a razão do importante marco do Movimento Contestado. 
2.3 NOVO MASSACRE
Em 9 de março de 1914, uma nova ofensiva militar atacou o local e se realizouum novo massacre nas forças de segurança. Os caboclos mais uma vez usaram o conhecimento do terreno acidentado, o que ajudou a sua posição e ignorância do exército. Portanto, o ataque militar terminou com 24 mortos, incluindo 1 Tenente e 21 feridos. Pelo lado dos bandoleiros apenas 04 fanáticos foram mortos, fortalecendo assim a confiança dos revoltosos que haviam triunfado novamente sob tropas do governo republicano, uma das aspirações do movimento era a reinstalação da monarquia (PMPR, 2017, p. 7).
A batalha aconteceu em 6 de setembro de 1914, na estrada de Estiva entre Rio Negro e Papanduva, alguns deles, da força militar paranaense, resistentes ao ataque dos revoltosos do Contestado.
Durante aquele período da Guerra do Contestado, o povo caboclo não esperavam mais os ataques das forças de segurança, mas se rebelavam por meio de ataques, roubos e assassinatos por onde passavam, criando um clima de caos para os moradores da região. Assustados, pediram aos seus governos, Paraná e Santa Catarina, que fossem tomadas atitudes de segurança e, percebendo que não teriam condições de fazer frente a todas as posições ameaçadoras foi ao Governo Federal pedir apoio.
O Corpo de Segurança do Estado do Paraná sob o comando do Major Bennamen Augusto Lage, antes de aguardar a chegada das forças federais, marchava de Itaiópolis à Papanduva com o objetivo de restaurar a ordem ali e fazer com que a fronteira do Paraná na região fosse vigiada. Os caboclos entrincheirados atacaram uma parte da tropa avançada e então encontraram uma possível emboscada. A força de ataque comandada pelo Tenente König, Tenente Benedito, Deocleciano e Tenente Busse contra-atacou com o apoio de duas metralhadoras, massacrando os rebeldes e sobreviventes e, mais uma vez se espalhou na floresta densa.
O combate da Estiva tem seu grau de importância no cenário da Guerra do Contestado pois se lá forças estaduais não tivessem barrado os fanáticos, certamente a cidade de Rio Negro teria sido tomada e as linhas de comunicações com a cidade de Canoinhas teriam sido interrompidas, cidade em que tropas federais iriam operar a seguir (PMPR, 2017, p. 7).
2.4 CANOINHAS E A GUERRA
No contexto histórico da Guerra do Contestado, o município de Canoinhas foi sede da campanha militar, fazendo parte da Linha Norte, assim descrita no relatório de Setembrino de Carvalho: compreendendo os seguintes pontos: Rio Negro – Sede do Comando – 28º Batalhão do 10º RI de São Gabriel; Canoinhas – 29º Batalhão do 10º RI de São Gabriel; Barreiro – 56º Batalhão de Caçadores (de Porto Alegre) e Poço Preto – 30º Batalhão do 10º RI de São Gabriel.
O primeiro ataque à vila ocorreu na noite de 14 a 15 de julho de 1914. Durante o ataque, esses sertanejos saudavam São Sebastião e São João com gritos para comemorar sua existência, e morte os "peludos". Nos autos do Livro de Tombo da Diocese de Santa Cruz de Canoinhas, o atentado consta da seguinte forma:
“Calcula-se que o número de fanáticos comandados pelos bandidos acima citados era de 500. Estavam eles assim comandados: ao Norte por Bonifácio dos Santos, vulgo Papudo, e Ignácio de Lima. Ao Sul por Tobias Lourenço de Souza e Antônio Tavares Junior, vulgo D. Juan da Mão Queimada; ao Oeste por Joaquim Gonçalves de Lima, vulgo Joaquinzinho. Calcula-se que número de fanáticos, com mandados pelos bandidos acima citados era de 500. Usavam facões e armas diversas. O tiroteio cerrado durou três horas, sendo que as demais descargas eram feitas com pequeno espaço de tempo. As trincheiras mais perseguidas foram as que ficam perto da Pharmacia do Sr Hasse (pois os fanáticos estavam em redor da residência do Vigário), guarnecida pelo Exército, e a da “Água Verde”, guarnecida pela Polícia. As demais trincheiras também pretendiam os fanáticos tomar, o que não conseguiram. As forças, quer do Exército, quer da Polícia, bem como os civis estavam dispostos à luta de qualquer forma e com prazer podemos dizer, não registramos uma só morte, nem ferimento da parte de nossos defensores (Tombo da Diocese de santa Cruz de Canoinhas, 1914, p. 12). 
Os fanáticos tiveram algumas baixas e muitos feridos. As duas carruagens do capitão Bonifácio serviam para transportar munições para o exército e a polícia e eles tinham certeza de que as levariam embora. No entanto, foram encontrados perto da cabana do Papudo, com balas e sangrando por toda parte e a conclusão foi que não tinham munição, mas lideraram as vítimas e feridos.
Após o combate também foram encontradas no alto da igreja uma carabina “Comblain”, manchada de sangue, munição e muitas balas e capas deixadas pelos terríveis bandidos, quando em debandada completa. Na noite de 17 e manhã de 18 vieram novamente experimentar as trincheiras do exército e da Polícia, sendo novamente repelidos, com fortes descargas de “Mauser” e “Comblain”. Os fanáticos, segundo informações e rastros verificados tem seus espiões nos arredores da Villa. Na noite de 19, do alto do morro da igreja foram feitos alguns disparos contra o exército, que imediatamente respondeu com uma descarga. O mesmo deu-se com a trincheira da “Água Verde”, guarnecida pela polícia, que por sua vez se manteve como devia (Livro de Tombo, 1914, p. 15).
Relativamente a atuação das autoridades locais:
O “Major Vieira superintendente municipal, serviu de destacamento do regimento de segurança da força de paz de Santa Catarina. Soldados do 16º Batalhão de Infantaria, Santa Catarina O Exército e um grande número de civis Ecstasy resistiram aos violentos ataques, que se prolongaram até o nascer do sol” (Machado, 2004, p. 252).
Fernando Tokarski registra:
No dia seguinte ao primeiro ataque efetivo à aldeia de Canoinhas, Juiz Milito Tavares da Cunha Barreto fugiu da aldeia. No dia seguinte, o procurador Augusto Lustosa Ferreira de Freitas, detido há mais de 30 dias, também renunciou. No dia 17, “o Presidente da Câmara de Canoinhas, Manoel Tomás Vieira, fugiu após os dois primeiros ataques à aldeia” (Tokarski, sd, p. 144).
Sobre a ação das autoridades locais, “O Major Vieira, superintendente municipal, serviu-se de pequeno contingente do Regimento de Segurança de Santa Catarina, uma unidade de soldados do 16º Batalhão de Infantaria do Exército, e de grande número de vaqueanos civis para resistir à investida, que prosseguiu até o sol raiar” (MACHADO, 2004).
No dia 17, o prefeito de Canoinhas, Manoel Tomás Vieira, fugiu após os dois primeiros ataques à vila. Diante do incidente, a vila tornou-se uma praça de guerra. O poder militar atuante cresce cada vez mais, e a população civil começa a abandonar suas casas.
Além dos ataques à aldeia, os sertanejos também investiram na área próxima a Canoinhas: Por ordem do fazendeiro Aleixo Gonçalves de Lima eles lançaram um novo ataque a Três Barras. O principal alvo dos agressores era a empresa americana Southern Brazil Timber and Colonial Company. O ataque foi repelido sem maiores consequências. Antes disso, os rebeldes roubaram perto da vila de Pardos e na fazenda do Coronel Benvindo Pacheco dos Santos Lima. No mesmo dia, a aldeia de Santa Cecília também foi atacada por rebeldes.
Na manhã do dia 17 de novembro, 10 praças de cavalaria, 12 civis à cavalo e um pelotão de engenharia foram enviados à estrada da Paciência para dispersar os rebeldes na estrada. No caminho para avisar que o inimigo havia fugido, Pedro Ruivo deixou cair uma tigela, cuia de farinha e torresmo crocante. Após percorrer alguns quilômetros, Pedro Ruivo avisou junto à fortaleza que um grande número de jagunços sabiam da sua presença e estavam prontos para lutar. O exército assume a posição de combate e começa o tiroteio. O número de vítimas aumentou.
Devido à posição dos revoltosos, ao seu grande número e a pedido do 25º batalhão, que tinha apenas uma ambulância para socorrer os feridos, decidiram recuar e trazer 15 soldados feridos para a vila Canoinhas. Nessa batalha, houve registros de seis soldados mortos. Entre tantos atos de violência, alguns chamam a atenção pela sua crueldade. Em 2 de dezembro de 1914, na vila de Bugres, próximo aodistrito de Felipe Schmidt, dentro de Canoinhas, 17 homens foram decapitados e acusados de contrabando de armas para os rebeldes. Atacados por 45 homens do fazendeiro Manoel Fabrício Vieira, eles foram degolados à beira do rio Iguaçu.
O capitão do mato Domingos Correia e Silva comandou a chacina. Entre os mortos estavam o comerciante Jose Lirio Santi, conhecido por “Beppi Liro”, e os lavradores Rufino Teixeira e José Lira. Apenas André da Silva conseguiu fugir a nado (TOKARSKI, s.d.).
Em 15 de julho de 1915, após um ano de paralização na região de Canoinhas, foi realizada a primeira audiência, presidida pelo Juiz Antônio Silvestre de Campos. O Procurador Mário Teixeira Carrilo representou o Ministério da Administração Pública. No dia 17 de outubro, o reduto de Pedra Branca foi arrasado. A base principal do reduto sediava-se em Caçador e Adeodato decidiu mudá-lo para o Vale de Santa Maria em um cânion.
2.5 REDUTO SANTA MARIA
Para o líder, com a mudança, tornaria mais fácil controlar as entradas ao norte e ao sul, mas a escolha não é das mais felizes porque fornece ao exército planos para sitiar e matar sertanejos antes da batalha final. O General Fernando Setembrino de Carvalho, Eloy Tonon e Soeli Regina Lima lideraram juntos 7.000 militares do exército catarinense. As tropas do exército chegaram, lançaram guerra ao cerco e travaram a batalha final contra o reduto de Santa Maria, a maior irmandade misteriosa ruiu entre março e abril de 1915.
Com a ocupação da fortaleza, o país começou a se render. O medo da vingança, a fome e a dor exacerbaram, foram os últimos momentos da guerra, a restauração de uma nova vida. Devido à estratégia militar de derrotar lentamente o inimigo através da fome, ele gradualmente cedeu e foi incapaz de obter os suprimentos necessários. Quanto ao número de sertanejos capturados, podemos descobrir verificando os registros militares. Aos 383 prisioneiros do reduto Itajaí, somavam-se mais de mil e trezentas pessoas apresentadas em Papanduva, S. João e Canoinhas, Queiroz registra sobre a rendição no mês de janeiro de 1915. Naquele mês contaram-se grande número de rendições. Em Papanduva, 300 rebeldes se renderam e não puderam mais suportar as condições da guerra nacional. Desde o início do movimento, 65 pessoas foram presas na floresta do Rio Negro. Só em Canoinhas, nada menos que 243 famílias sofreram.
No município de Lages depuseram armas 528 indivíduos, provenientes da área do Serrito e de Campo Belo. Dentro de Campos Novos, 40 jagunços entregaram-se aos vaqueanos. Ao todo, somaram-se que no decorrer do mês, 3 mil jagunços baixaram guarda.
AURAS (1997) relata que Setembrino de Carvalho e seus soldados, no assalto ao reduto de Antônio Tavares, acompanhados de mais de uma centena de vaqueanos, quando se aproximam do reduto sem serem vistos, na véspera do dia marcado, cerca de 400 caboclos de todas as idades, conduzidos por Pedro Nepomuceno, apresentaram-se aos comandantes do efetivo policial que atacaria o reduto.
No inverno de 1916, o último e mais temido líder dos rebeldes, Adeodato Ramos, foi capturado e a guerra acabou por completo. Adeodato Ramos passou a maior parte do tempo em Santa Catarina no frio inverno de 1916, embrenhado na mata, fugindo de perseguidores. Depois de uma noite de geada, o líder rebelde da Guerra do Contestado, após tanta resistência, estava exausto.
Quando ele deixou a floresta e se sentou à beira da estrada para se aquecer ao sol, foi pego pela patrulha. A rendição final do temido facínora, ocorreu em janeiro de 1916. A fase final da guerra foi chamada de "açougue", a "gravata vermelha". Muitos revoltosos que se renderam foram presos, outros foram decapitados e alguns foram dispersos, o “sanguinário chefe dos fanáticos”, o “flagelo de Deus”, como o descreviam os jornais da época, entregou-se sem nem sequer esboçar resistência.
A Guerra do Contestado começou com um líder considerado santo, o monge José Maria e terminou com outro tido como o próprio diabo, Adeodato Ramos.
2.6 O FINAL DA GUERRA
“O demônio está encarcerado”, anunciou em agosto de 1916 o jornal “O Imparcial”, de Canoinhas, referindo-se à captura de Adeodato, que tinha fama de assassino e era temido pelos próprios companheiros. Logo em seguida, em outubro, foi finalmente fechado o acordo de limites entre Santa Catarina e Paraná, sob a pressão do presidente Wenceslau Braz.
Os dois estados ganharam um pouco cada um, no entanto, esse compartilhamento é considerado benéfico para o Estado de Santa Catarina, deixando 28 mil pessoas nos 48 mil quilômetros quadrados de terra disputada.
Quando o acordo foi assinado, no Palácio Catete, no Rio de Janeiro, o governador de Santa Catarina, Felipe Schmidt celebrou a paz e pôs fim ao "passado doloroso", fazendo os dois estados unirem-se um ao outro, como “dois povos estranhos que aguardassem, de arma em punho, a hora da peleja”. O governador do Paraná, Affonso Camargo, também elogiou a paz, mas expressou insatisfação com os resultados que considerou injusto. No entanto, defendeu a decisão de assinar o acordo com a necessidade urgente de acabar com a "luta fratricida sem precedentes".
Ali caíram sem vida oficiais do Exército, bravos soldados das forças nacionais e estaduais e milhares de sertanejos, na sua maioria laboriosos, em uma confusão desumana que dolorosamente impressionou todo o país. O governador, citando sertanejos disse, “em sua maioria laborioso”, não só é uma combinação de fanatismo e banditismo, mas já é considerado uma dos maiores revoltas camponesa do Brasil.
Essa consciência se ampliaria a partir dos anos 1970, explica o historiador Paulo Pinheiro Machado. Com a redemocratização do país, criou-se um ambiente favorável para a retomada da memória e dos estudos sobre a Guerra do Contestado.
3 METODOLOGIA
A Guerra do Contestado ocorreu entre 1912 e 1916 marcando para sempre a história dos estados do Paraná e de Santa Catarina, principalmente na região do Planalto Norte sendo considerada uma das maiores guerras civis do país.
A atuação na Guerra do Contestado foi apresentada por tenentes, coronéis e generais como uma missão que visava pacificar a região, livrando dessa maneira o país de males como o fanatismo, a ignorância e o banditismo, sendo igualmente uma forma de os jovens oficiais da época expor seus projetos e anseios relacionados a uma campanha de modernização do exército (RODRIGUES, 2001).
O objetivo político em torno deste conflito violento e sangrento era de “limpar” de toda região todos aqueles que se puseram contra seus ideais econômicos, uma vez, que os caboclos que ali viviam se revoltaram contra as medidas adotadas pelos governantes e comandantes que usaram de toda força em cima de simples caboclos sem qualquer preparo militar.
“O combate do Irani repercutiu entre a população sertaneja como um ato de extremo heroísmo praticado por José Maria. Sendo atacado por força do governo, o monge tinha que pensar na comunidade maior, composta de famílias com mulheres, velhos e crianças que o acompanhavam. Não havia possibilidade para uma fuga, tiveram que lutar contra uma força oficial e venceram-na (MACHADO, 2004).
A revolta cabocla foi liderada pelo monge José Maria que lutou ao lado do povo contra os militares, morreu em uma batalha em 1912 onde seus seguidores ganharam a luta contra os militares. A luta dos sertanejos durou quatro anos e foram batalhas muito violentas onde milhares de homens, mulheres e crianças acabaram morrendo.
Foi utilizado nessa pesquisa de caráter bibliográfico, livros, como “O Tombo” da Igreja Matriz de Canoinhas, revistas digitais, artigos científicos e demais materiais literários que retratam a época tão dura e sangrenta vivida pelo povo das regiões envolvidas.
 Com uma abordagem qualitativa, buscou-se investigar fatos, conhecer a realidade do conflito, os motivos, os rivais e com tudo, o desfecho trágico de milhares de sertanejos que com muita fé e luta garantiram, por menor que fosse, seu pedaço de chão.
Para que fosse realizada a pesquisa e então chegar a este artigo foram realizados diversosestudos, artigos bibliográficos do Repositório Institucional da UFSC e o artigo cientifico “Embates e Conflitos Envolvendo a Atuação De Militares Na Guerra Do Contestado”.
No acervo do CPDOC – Centro de Pesquisa da História Contemporânea do Brasil, vários arquivos históricos de grande relevância, depoimentos entrevistas, imagens e vídeos em comemoração aos cem anos da guerra.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final dessa pesquisa, foram contados fatos de uma história de fé e justiça. E por outro lado, disfarçado, a ganância e o poder. O estopim de uma guerra, quais foram os motivos, qual impacto causou, quem realmente foram os culpados e, como tudo aconteceu na região sul do pais. Como a fé fez milhares lutarem por seus direitos, e morrerem na esperança de um dia melhor. O derramamento de sangue e o fim trágico onde milhares, entre eles, militares, caboclos mulheres e crianças morreram.
No começo do século XX, do ano1912 a 1916, na área então disputada pelos estados do Paraná e Santa Catarina, chamada de região do Contestado, uma luta sertaneja pela posse da terra levou ao conflito cerca de 20 mil pessoas, começando uma das maiores guerras civis do país. Os caboclos, população que habitava a região se revoltou contra os governos estaduais, que promoviam a concentração da terra em benefício dos grandes latifundiários.
Para quem queira saber notícias da época, como foram descritas as batalhas e como a população estava reagindo em meio ao medo e receio de novos conflitos uma boa pesquisa no antigo “Jornal da Tarde (1912-1916) descrevia trechos do trágico momento que se vivia.
O principal campo de concentração das tropas, militares de João Gualberto sem dúvida foi na Vila de Canoinhas, e no livro da Paroquia Santa Cruz, o livro “O Tombo” tem uma reflexão significativa das incessantes batalhas ocorridas na vila de Canoinhas e região, com detalhes conta como os caboclos estavam reagindo ao massacre que estavam sofrendo, relatando também o desfecho final desse conflito histórico.
A guerra do Contestado teve sua grande importância para a história geográfica e econômica para o sul do país, mas não é vista com essa importância, sua memória infelizmente está enfraquecendo, morrendo aos poucos e com esse trabalho pudemos perceber como a história é importante para que o passado de lutas de nossos antepassados não seja esquecido.
A busca por informações nos faz conhecedores de nossa própria história, fatos esses que merecem uma atenção maior e uma ampla divulgação em nossa comunidade escolar. Muitos de nós não sabemos ao certo de onde viemos, quais foram nossas lutas e nossas angústias. Isso se faz importante na hora de traçarmos metas de vida e objetivos para nosso futuro. Nossos antepassados foram, sem dúvidas, grandes heróis, lutando contra tudo e contra todos para defender o que hoje chamamos de “Nossa Terra”.
REFERÊNCIAS
AURAS, Marli. Guerra do Contestado – A organização da irmandade cabocla. Florianópolis: Editora da UFSC, 2001.
BELTRÃO, Tatiana. Senado notícias. Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/07/01/ha-100-anos-o-fim-da-sangrenta-guerra-do-contestado>. Acesso em: 29 fev. 2021.
BLHAZAR, Paulo. Histórias de vida, São Paulo: Clube de Autores, 2018.
LIMA, Soeli Regina; TEMPOROSKI, Alexandre Assis. ECOS DO CONTESTADO – DA SERRARIA LUMBER AO CAMPO DE INSTRUÇÃO MARECHAL HERMES. Gráfica e Editora Kaygangue Ltda. PALMAS – Paraná, 2017. Disponível em: <https://pdfcoffee.com/ecos-do-contestado-pdf-free.html>. Acesso em: 15 mar. 2021.
MACHADO, Paulo Pinheiro. Contestado – Que Brasil é esse? Disponível em: <http://querepublicaeessa.an.gov.br/temas/97-tema-contestado.html>. Acesso em: 20 fev. 2021.
OLIVEIRA, Susan Ap. A Guerra do Contestado: mimeses da memória. Tese apresentada ao programa de Pós-graduação em Literatura da Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/88536/234045.pdf?sequence=1>. Acesso em: 15 mar. 2021.
POYER, Viviane. Fronteiras de uma Guerra. Diplomacia e política internacional em meio ao movimento social do Contestado 1907 – 1918. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/189169/PHST0615-T.pdf?sequence=-1&isAllowed=y>. Acesso em: 20 fev. 2021.
RODRIGUES, Rogerio Rosa. OS SERTÕES CATARINENSES – Embates e conflitos envolvendo a atuação militar na Guerra do Contestado. Artigos Bibliográficos do Repositório Institucional da UFSC. Disponível em: <http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/80223>. Acesso em: 15 mar 2021.
TEMPOROSKI, Alexandre Assis. O pessoal da Lumber, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/89306/242374.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 15 mar. 2021.

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