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Direito Administrativo 1 
 Questões corrigidas - Defensor da União 2007 
 
 
 
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exclusiva destes. O acesso e a utilização das apostilas do Âmbito Jurídico (http://www.ambito-juridico.com.br) são gratuitos. Você 
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Caso queira colaborar para manutenção do serviço, deposite a colaboração que achar conveniente no Banco do Brasil, Agência: 
0084-1, Conta-corrente: 22708-0. 
Respostas a perguntas de Direito Administrativo da prova 
escrita objetiva do concurso de 2007 para Defensor da 
União 
 
Cacildo Baptista Palhares Júnior 
 
Marilda, servidora pública federal, recebia uma gratificação em sua 
remuneração desde 1.º/12/1994. Em 3/12/2003, iniciou-se processo 
administrativo visando a impugnar ato concessivo dessa gratificação e, em 
3/2/2004, foi editado ato administrativo determinando a cassação do 
referido benefício, com eficácia ex tunc, e a total restituição da gratificação 
recebida. 
 
A respeito dessa situação hipotética, da anulação dos atos administrativos, 
da prescrição no âmbito da administração pública e dos princípios a ela 
aplicáveis, julgue os itens que se seguem com base na legislação aplicável e 
na jurisprudência dos tribunais superiores. 
 
137. O ato administrativo que determinou a cassação do benefício não 
poderia ter sido emitido, devido à decadência de 5 anos, pois houve boa-fé e 
efeitos favoráveis a Marilda. 
 
Resolução: 
 
 Errado. 
 
Há boa-fé e o prazo é de cinco anos, conforme disposto no artigo 54 da 
Lei 9.784/99: 
 
“Art. 54. O direito da Administração de anular os atos 
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os 
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram 
praticados, salvo comprovada má-fé. 
 
 
Direito Administrativo 2 
 Questões corrigidas - Defensor da União 2007 
 
 
 
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§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de 
decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento. 
 
§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida 
de autoridade administrativa que importe impugnação à validade 
do ato.” 
 
No entanto, diz Hely Lopes Meirelles, citando julgados inclusive do 
Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, que “tratando-se 
de prestações periódicas devidas pela Fazenda, como são os vencimentos e 
vantagens de seus servidores, a prescrição vai incidindo sucessivamente 
sobre as parcelas em atraso quinquenal e respectivos juros, mas não sobre o 
direito.” 
 
Ou seja, deverão ser restituídos os valores dos últimos cinco anos, mas 
não os anteriores. 
 
138. Marilda terá o respaldo da atual jurisprudência do STJ se pretender 
impugnar o ato administrativo que determinou a restituição do que recebeu 
de boa-fé por força de interpretação equivocada da administração no ato 
concessivo do referido benefício. 
 
Resolução: 
 
Correto. Como o ato administrativo determinou a cassação do 
benefício, com eficácia ex tunc, e a total restituição da gratificação recebida, 
Marilda terá o respaldo da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça em 
relação ao período anterior a cinco anos, conforme resposta à pergunta 
anterior. 
 
A morte da mãe de Pedro foi ocasionada pela interrupção do fornecimento 
de energia elétrica durante cirurgia realizada em hospital público, por falta 
de pagamento. Por esse motivo, Pedro pretende ingressar com ação judicial 
de reparação de danos materiais e morais contra a concessionária de serviço 
público responsável pelo fornecimento de energia elétrica. 
 
 
Direito Administrativo 3 
 Questões corrigidas - Defensor da União 2007 
 
 
 
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0084-1, Conta-corrente: 22708-0. 
Com relação à situação hipotética descrita acima e acerca da 
responsabilidade civil do Estado e do serviço público, julgue os itens a seguir. 
 
139. Na hipótese em apreço, conforme precedentes do STF, por não ter 
havido ato ilícito por parte da concessionária, não há possibilidade de se 
reconhecer a sua responsabilidade civil objetiva. 
 
Resolução: 
 
 Errado. Diz o Superior Tribunal de Justiça: 
 
“ADMINISTRATIVO. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. 
RECURSO ESPECIAL. ALÍNEA "A". AUSÊNCIA DE OMISSÃO NO 
ACÓRDÃO RECORRIDO. INADIMPLEMENTO DO USUÁRIO. 
INTERRUPÇÃO DO FORNECIMENTO. HOSPITAL. SERVIÇO 
ESSENCIAL. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. Preliminarmente, 
o recurso merece conhecimento, porquanto a matéria federal 
restou devidamente prequestionada. 2. Não ficou evidenciada a 
alegada violação do art. 535 do CPC, pois a prestação jurisdicional 
foi dada na medida da pretensão deduzida, conforme se 
depreende da análise do acórdão recorrido. Assim, não merece 
provimento o recurso nesse aspecto. 3. A interrupção do corte de 
energia elétrica visa a resguardar a continuidade do serviço, que 
restaria ameaçada justamente por onerar a sociedade, pois a 
levaria a arcar com o prejuízo decorrente de todos débitos. 4. No 
entanto, no caso dos autos, pretende a recorrente o corte no 
fornecimento de energia elétrica do único hospital público da 
região, o que se mostra inadmissível em face da essencialidade do 
serviço prestado pela ora recorrida. Nesse caso, o corte da energia 
elétrica não traria apenas desconforto ao usuário inadimplente, 
mas verdadeiro risco à vida de dependentes dos serviços médicos e 
hospitalares daquele hospital público. 5. O art. 6º, § 3º, inciso II, da 
Lei n. 8.987/95 estabelece que é possível o corte do fornecimento 
de energia desde que considerado o interesse da coletividade. 
Logo, não há que se proceder ao corte de utilidades básicas de um 
hospital, como requer o recorrente, quando existem outros meios 
 
Direito Administrativo 4 
 Questões corrigidas - Defensor da União 2007 
 
 
 
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jurídicos legais para buscar a tutela jurisdicional. Precedentes. 
Recurso Especial improvido. (STJ; REsp 876.723; Proc. 
2006/0178488-7; PR; Segunda Turma; Rel. Min. Humberto Martins; 
Julg. 12/12/2006; DJU 05/02/2007; Pág. 213)” 
 
140. Conforme legislação em vigor, a referida ação de indenização deve ser 
proposta no prazo de 5 anos, sob pena de prescrição. 
 
Resolução: 
 
 Correto. O prazo é de cinco anos, conforme jurisprudência: 
 
“CÍVEL. Recurso inominado. Interrupção do fornecimento de 
energia elétrica. Avicultor. Relação de consumo. Morte de aves. 
Responsabilidade pelo fato do serviço. Prazo prescricional decinco 
anos. Responsabilidade objetiva. Indenização. Recurso conhecido e 
desprovido. (TJPR; Rec. 20080013247-3/0; Londrina; Turma 
Recursal Única; Rel. Juiz Helder Luis Henrique Taguchi; DJPR 
15/12/2008; Pág. 188)” 
 
Quanto a controle da administração pública e bens públicos, julgue o item 
seguinte. 
 
141. De acordo com o STF, o TCU não tem competência para julgar contas 
das sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica, ou 
de seus administradores, já que os bens dessas entidades não são públicos, 
mas, sim, privados. 
 
Resolução: 
 
 Errado. Diz o Supremo Tribunal Federal: 
 
"Ao Tribunal de Contas da União compete julgar as 
contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e 
 
Direito Administrativo 5 
 Questões corrigidas - Defensor da União 2007 
 
 
 
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valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações 
e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal, e as contas 
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de 
que resulte prejuízo ao erário (CF, art. 71, II; Lei 8.443, de 1992, art. 1º, I). 
As empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantes da 
administração indireta, estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas, 
não obstante os seus servidores estarem sujeitos ao regime celetista." (MS 
25.092, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 10-11-05, DJ de 17-3-06) 
 
A sociedade Lucas Ltda. é concessionária de uso de bem público da União, 
por explorar atividade econômica em loja localizada em um aeroporto 
administrado pela INFRAERO. O município onde se localiza o aeroporto 
pretende cobrar o IPTU sobre esse imóvel, alegando que Lucas é seu legítimo 
possuidor. 
 
Considerando essa situação hipotética e a legislação acerca dos contratos 
administrativos, julgue o item abaixo. 
 
142. Na hipótese em epígrafe, conforme jurisprudência do STJ, não pode 
haver incidência do referido imposto, já que a posse não é exercida com 
animus domini, sendo fundada em direito pessoal. 
 
Resolução: 
 
 Correto. O contrato de concessão de uso de bem público divide-se em 
concessão administrativa de uso, conferindo ao concessionário um direito 
 
Direito Administrativo 6 
 Questões corrigidas - Defensor da União 2007 
 
 
 
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pessoal, intransferível a terceiros, e concessão de direito real de uso, 
transferível a terceiros por ato inter vivos ou por sucessão: 
 
“DIREITO TRIBUTÁRIO. IPTU. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA. 
DIFERENCIAÇÃO CONCEITUAL ENTRE CONTRATO DE USO DE BEM 
PÚBLICO E CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO DE BEM PÚBLICO. 
DIREITO REAL RESOLÚVEL, REGIDO PELO DECRETO-LEI Nº 
271/1967. Incorreta identificação do contribuinte do IPTU, em se 
tratando do contrato de concessão de uso, em que a apelada / 
concessionária de uso é titular de direito pessoal e não real. 
Recurso conhecido e improvido. (TJRJ; AC 2006.001.05081; Décima 
Primeira Câmara Cível; Rel. Des. Claudio de Mello Tavares; Julg. 
26/04/2006)” 
 
 O IPTU incide via de regra sobre a propriedade. O sujeito passivo seria 
a União, que é imune ao tributo, conforme o disposto no artigo 150, VI, da 
Constituição Federal. 
 
Considerando que uma concessionária de serviço público de energia elétrica 
pretenda utilizar uma propriedade de cerca de quatro mil metros quadrados 
situada no centro de determinado município, julgue os itens seguintes, 
relativamente ao processo de desapropriação dessa propriedade. 
 
143. Havendo autorização no contrato de concessão, a concessionária de 
serviço público pode promover essa desapropriação, mas não pode declará-
la de utilidade pública, pois essa competência cabe somente ao poder 
concedente ou mesmo à Agência Nacional de Energia Elétrica. 
 
Resolução: 
 
 Correto. De acordo com o artigo 3º do Decreto-lei 3.365/41, a 
concessionária pode propor desapropriação se tiver autorização legal ou 
contratual. 
 
Conforme o artigo 6º do mesmo Decreto-lei, o Presidente, o 
Governador, o Interventor ou o Prefeito podem fazer declaração de utilidade 
 
Direito Administrativo 7 
 Questões corrigidas - Defensor da União 2007 
 
 
 
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pública. Mas no caso específico isso também cabe à autoridade da Agência 
Nacional de Energia Elétrica, conforme o art. 10 da Lei nº. 9.074/95: 
 
“Art. 10. Cabe à Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL 
declarar a utilidade pública, para fins de desapropriação ou 
instituição de servidão administrativa, das áreas necessárias à 
implantação de instalações de concessionários, permissionários e 
autorizados de energia elétrica. (Redação dada pela Lei nº 9.648, 
de 27-05-98)” 
 
144. Conforme jurisprudência do STJ, os juros compensatórios, na 
desapropriação direta, são devidos a partir da imissão provisória na posse 
pela concessionária do serviço público, no percentual de 12% ao ano, já que 
o STF suspendeu, por meio de medida cautelar em ADIN, a MP que o fixava 
em 6% ao ano, independentemente da data em que ocorresse essa imissão 
na posse. 
 
Resolução: 
 
 Errado. 
 
A Súmula 69 do Superior Tribunal de Justiça diz: “Na desapropriação 
direta, os juros compensatórios são devidos desde a antecipada imissão na 
posse e, na desapropriação indireta, a partir da efetiva ocupação do imóvel.” 
 
Em sede de medida cautelar na ADIN 2.332, o Supremo Tribunal 
Federal declarou a inconstitucionalidade, com efeitos ex nunc, da Medida 
Provisória que limitou a taxa de juros compensatórios em 6% ao ano. 
Portanto, a Medida Provisória vigeu entre a data de sua publicação e a da 
declaração de inconstitucionalidade. Assim, fluíram juros com taxa de 6% nas 
imissões de posse pendentes nesse período. Então, a taxa de juros depende 
da data em que ocorreu a imissão na posse, sendo incorreta a afirmação. 
 
Cada um dos próximos itens contém uma situação hipotética acerca do 
regime jurídico dos servidores públicos previsto na Lei n.º 8.112/1990, 
seguida de uma assertiva a ser julgada. 
 
Direito Administrativo 8 
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145. Paulo, servidor público federal, detentor de cargo efetivo de auditor 
fiscal da previdência social, já havia adquirido a estabilidade no serviço 
público quando foi aprovado em concurso público para o cargo de analista do 
TCU, no qual tomou posse, assumindo a função em 15/1/2007. Nessa 
situação, conforme jurisprudência dos tribunais superiores, Paulo pode 
requerer a sua recondução ao cargo que ocupava anteriormente até 
15/1/2009, mesmo sendo bem avaliado no estágio probatório em curso. 
 
Resolução: 
 
 Correto. Dispõe o artigo 20 da Lei 8.112/90: 
 
 “Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo 
de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por 
período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão 
e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do 
cargo, observados os seguintes fatores: 
 
I - assiduidade; 
 
II - disciplina; 
 
III - capacidade de iniciativa; 
 
IV - produtividade; 
 
V - responsabilidade. 
 
(...) 
 
§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado 
ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, 
observado o disposto no parágrafo único do art. 29. 
 
(...) 
 
Direito Administrativo 9 
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(...)” 
 
 Diz a jurisprudência: 
 
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR 
PÚBLICO. ESTÁGIO PROBATÓRIO. RECONDUÇÃO. 1. A Súmula 
administrativa nº 16, de 19 de junho de 2002, aplicou no âmbito da 
administração federal a diretriz firmada pela jurisprudência do 
Supremo Tribunal Federal, no sentido de que a desistência do 
estágio probatório pelo servidor estável investido em novo cargo 
público não impede a sua recondução. (...) (TRF 4ª R.; AG 
200304010460343; SC; Terceira Turma; Rel. Juiz Luiz Carlos de 
Castro Lugon; Julg. 08/06/2004; DJU 23/06/2004)” 
 
146. Antônio, ex-servidor público federal, foi punido com a pena de cassação 
de aposentadoria por meio de portaria do ministro de Estado competente, 
publicada no dia 10/2/2007. Nessa situação, conforme jurisprudência do STF, 
essa punição não poderia ser aplicada, já que, com a EC n.º 20/1998, o 
regime previdenciário próprio dos servidores públicos passou a ser 
contributivo, o que afastou a relação jurídica estatutária da relação jurídica 
previdenciária dos servidores públicos. 
 
Resolução: 
 
 Errado. Diz o artigo 141, I, da Lei 8.112/90: 
 
“Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: 
 
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do 
Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral 
da República, quando se tratar de demissão e cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao 
respectivo Poder, órgão, ou entidade;” 
 
 
Direito Administrativo 10 
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 Ou seja, somente por ato do Presidente da República, e não do 
Ministro de Estado, é que poderia ser aplicada a punição de cassação de 
aposentadoria. 
 
Julgue os itens a seguir. 
 
147. Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos 
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo 
da ação penal cabível. 
 
Resolução: 
 
 Correto. É o que consta do artigo 37, § 4º, da Constituição Federal. 
 
148. Ao servidor público federal é proibido atuar, como procurador ou 
intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de 
benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e 
de cônjuge ou companheiro. 
 
Resolução: 
 
 Correto. Diz o artigo 117 da Lei 8.112/90: 
 
“Art. 117. Ao servidor é proibido: 
 
(...) 
 
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições 
públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou 
assistenciais de parentes até o segundo grau, e de c cônjuge ou 
companheiro;” º

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