Buscar

AULÃO DE REVISÃO - CONCEITOS BÁSICOS

Prévia do material em texto

CONCEITOS BÁSICOS DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
PROF. PATRICIA DO NASCIMENTO TAVARES
18/09/2021
TEMAS ABORDADOS NESTA REVISÃO
Dualismo cartesiano
Mentalismo X Behaviorismo
Comportamento Respondente
Reflexo Inato X Reflexo Aprendido
Comportamento Operante
Modelo de Seleção por Consequências
Comportamento Apetitivo (Reforço Positivo)
Controle Coercitivo (Reforço Negativo, Punição Positiva, Punição Negativa)
Extinção Operante
O PENSAMENTO EM DESCARTES
Filosofia clássica
Pautada na forma de pensamento metafísico → conhecer a essência dos objetos através da especulação racional
Propósito de Descartes: 
Ponto de clareza na metafísica
Conhecimento isento de conjecturas ou erros
Percurso valeu-se da Dúvida Metódica
Conhecimento Duvidoso deve ser rejeitado
O PENSAMENTO EM DESCARTES
“Pensarei que o céu, o ar, a terra, as cores, as figuras, os sons e todas as coisas exteriores que vemos não passam de ilusões ou fraudes”
“Considerarei a mim mesmo totalmente desprovido de mãos, de olhos, de carne, de sangue, desprovido de quaisquer sentidos, mas dotado da falsa crença de possuir todas essas coisas”
O PENSAMENTO EM DESCARTES
Provas
A existência de um sujeito para ser enganado
O próprio ato de duvidar
Característica de um ser pensante
Ponto inquestionável: “se algo pode existir sem uma propriedade, então [...] essa propriedade não está incluída em sua essência”
Essência da mente: PENSAMENTO
“Mas o que sou eu, então? Uma coisa que pensa. Que é uma coisa que pensa? É uma coisa que duvida, que concebe, que afirma, que nega, que quer, que não quer, que imagina e também e que sente”
O PENSAMENTO EM DESCARTES
Argumentos Principais ao Cogito
Argumento da dúvida:
Duvidar é pensar
Corpo não é pensamento → não é parte da essência da mente
Argumento do conhecimento privilegiado: 
Acesso direto e não inferencial a respeito dos próprios estados mentais
Incorrigibilidade: crença a respeito de algo. Crer é um estado mental
Diferenças entre as propriedades: 
Divisibilidade do corpo X indivisibilidade da mente
Mente pura X corpo composto (modificável)
Mente não ocupa lugar no espaço X corpo delimitável, extenso
Substância de natureza diferente
MENTALISMO X BEHAVIORISMO
Contraposição à propostas existentes
O objeto de estudo:
“Se, por outro lado, ela [psicologia] é uma ciência do comportamento dos organismos, humanos ou outros, então ela é parte da biologia, uma ciência natural para o qual métodos testados e muito bem sucedidos estão disponíveis. A questão não é sobre a natureza do material do qual o mundo é feito ou se ele é feito de um ou de dois materiais, mas sim as dimensões das coisas estudadas pela psicologia e os métodos pertinentes a elas” (Skinner, 1963/1969 p.221).
Mentalismo confere fundamental importância a eventos que são particulares ao sujeito (privados), e cujas propriedades são ‘peculiares’
A preocupação com eventos privados não é exclusiva ao mentalismo
Diferença, pois, centra-se na natureza dos fenômenos
Mentalismo: não material
Behaviorismo: material
REFLEXO INATO
E QUAL A FINALIDADE DO REFLEXO INATO?
Todas as espécies animais, incluindo os seres humanos, dispõem em seu repertório comportamental de comportamentos reflexos inatos
Oferecem aparato MÍNIMO para o organismo interagir com o ambiente e garantir a manutenção da espécie
NÃO CONFUNDA...
No cotidiano usamos o termo reflexo com outras conotações. Veja alguns exemplos:
Um cliente/paciente que cita não reconhecer seu reflexo no espelho
Um motorista que desvia rapidamente de um obstáculo na pista, dizemos que “tem um bom reflexo”
O REFLEXO NA PSICOLOGIA
Compreende uma relação entre uma ação e o que a precedeu (o que aconteceu antes)
Assim...
A ação, aquilo que o indivíduo faz, é denominado RESPOSTA (R)
Aquilo que aconteceu antes da ação, é chamado ESTÍMULO (S)
Em outras palavras...
REFLEXO é uma relação entre um estímulo e uma resposta
sendo
ESTÍMULO: alteração no ambiente
RESPOSTA: alteração no organismo
REFLEXO INATO
Estimulação Genital → Ereção peniana/ Lubrificação vaginal
DESCRIÇÃO
Estimulação genital é a mudança no ambiente não estava ocorrendo, agora está) que leva à ereção peniana ou lubrificação vaginal, ambas mudanças no organismo (pênis não estava ereto, agora está – vagina não estava lubrificada, agora está) 
COMPORTAMENTO REFLEXO
EXERCÍCIOS
Para cada evento listado a seguir, assinale S quando se referir a um estímulo (mudança no ambiente) ou R, quando indicar uma resposta (mudança no organismo):
Som alto e estridente
Som da broca do dentista
Cheiro de tinta fresca
Sumo de limão na boca
Sudorese
Palpitação/Taquicardia
Movimentos peristálticos
Piscar
Sugar o bico do seio
Salivar
Ruborização
Tremores
Comida na boca
INTENSIDADE x MAGNITUDE
Intensidade e magnitude, AMBOS, se referem à FORÇA...
Força de um estímulo: INTENSIDADE
Força de uma resposta: MAGNITUDE
EX: Quando entramos numa sala muito quente, começamos a transpirar
ESTÍMULO (S)
RESPOSTA (R)
Sudorese
Calor
LEIS OU PROPRIEDADES DO REFLEXO
LEI DA INTENSIDADE-MAGNITUDE
A intensidade do estímulo é diretamente proporcional à magnitude da resposta
Ou seja: quanto mais de um, mais do outro
Quanto maior a intensidade do estímulo, maior a duração da resposta
EX1: Quanto mais sumo de limão (S) na limonada, mais salivação (R) produzida
EX2: Quanto maior a temperatura (S) do ambiente, mais suor (R) é produzido
LEIS OU PROPRIEDADES DO REFLEXO
LEI DO LIMIAR
Para que um comportamento reflexo seja eliciado, é necessária uma intensidade mínima do estímulo para que a resposta seja produzida.
Ou seja: se a intensidade mínima não for aplicada, a resposta NÃO é eliciada.
EX1: Despolarização da Membrana Plasmática e Condução do Impulso Nervoso
LEIS OU PROPRIEDADES DO REFLEXO
LEI DA LATÊNCIA
Lei que estabelece que quanto maior a intensidade do estímulo, menor o intervalo (tempo) entre a apresentação deste a ocorrência da resposta
Ou seja: a intensidade do estímulo e a latência da resposta são inversamente proporcionais
EX1: Aplicação do instrumento HTP
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LEIS DO REFLEXO
Com o aumento na intensidade do estímulo, o aumento na magnitude e na duração da resposta NÃO É ILIMITADO
Ou seja, em determinado momento, aumentos na intensidade do estímulo não produzirão aumentos na magnitude da resposta e na duração desta
O tempo transcorrido entre a apresentação do estímulo e a ocorrência da resposta (latência) não continuará a diminuir mesmo que se aumente a intensidade do estímulo, há um limite.
EFEITOS DE ELICIAÇÕES SUCESSIVAS DA RESPOSTA
Um estímulo, se apresentado ao organismo repetidas vezes seguidas em curtos intervalos de tempo, elicia a resposta várias vezes, em sequência, uma após a outra
Alterações sucessivas podem alterar a relação entre estímulo e resposta, em especial:
Intensidade
Magnitude
Latência
EFEITOS DE ELICIAÇÕES SUCESSIVAS DA RESPOSTA
HABITUAÇÃO DA RESPOSTA: quando uma mesma intensidade de estímulo elicia respostas com magnitudes cada vez menores e latências cada vez maiores
EFEITOS DE ELICIAÇÕES SUCESSIVAS DA RESPOSTA
SENSIBILIZAÇÃO DA RESPOSTA: quando uma mesma intensidade de estímulo elicia respostas com magnitudes cada vez maiores e latências cada vez menores;
ESTÍMULO (S)
RESPOSTA (R)
Alteração no ambiente ou em parte
Alteração no organismo
Força é descrita quanto sua INTENSIDADE
Força é descrita quanto sua MAGNITUDE
Elicia/Produz
DEPENDENTE DE CERTO LIMIAR 
LATÊNCIA DA RESPOSTA
ELICIAÇÕES SUCESSIVAS
HABITUAÇÃO
SENSIBILIZAÇÃO
REFLEXO INATO
EMOÇÕES
Emoções envolvem respostas reflexas contingentes a estímulos ambientais
Algumas respostas emocionais são produto da história evolutiva das espécies 
Oferecem valor de sobrevivência à espécie
EMOÇÕES
Respostas emocionais ocorrem mediante eventos desencadeadores (estímulos do ambiente)
Emoções se manifestam através de reações fisiológicas do organismo (condição sentida)
Ex.: ansiedade/nervosismo de falar em público
E COMO EXPLICAMOS O MEDO DE ELEVADOR, POR EXEMPLO?
A DESCOBERTADO REFLEXO APRENDIDO
Nem todas as pessoas têm medo de elevador, cachorro, barata, palhaço, avião...
Estes medos, portanto, foram aprendidos 
Respostas de medo são aprendidas por CONDICIONAMENTO PAVLOVIANO (também chamado Clássico ou Respondente)
CONDICIONAMENTO PAVLOVIANO
EMPARELHAMENTO 
DE 
ESTÍMULOS
REFLEXO INATO
REFLEXO APRENDIDO
NS
US
UR
CS
CR
CONDICIONAMENTO PAVLOVIANO
Se os organismos podem aprender novos reflexos, podem também aprender respostas emocionais frente a novos estímulos?
CONDICIONAMENTO E ESTUDO DAS EMOÇÕES
JOHN WATSON: 
“O CASO DO PEQUENO ALBERT”
CONDICIONAMENTO PAVLOVIANO E EMOÇÕES
Suponha a seguinte situação:
Paula, 21 anos, veio em busca de psicoterapia referindo medo de dirigir. Aos 18 anos Paula tirou sua carteira de motorista. Como não tinha veículo próprio, usava o carro do pai sempre que precisava sair. O grande sonho de Paula era estudar numa faculdade pública. Desde o ensino médio, Paula se dedicava aos estudos a fim de alcançar seu objetivo. No ano passado Paula foi aprovada no vestibular de uma faculdade pública no interior de São Paulo. Os pais de Paula decidiram que seria bom para a garota se ela morasse em uma república na região da faculdade. Assim, em um final de semana, a família decidiu viajar de carro para o interior, a fim de conhecer a moradia. Paula, por sua vez, pediu ao pai para conduzir o veículo, pois nunca tinha dirigido na estrada. Com o consentimento do pai, a garota tomou a direção. Enquanto dirigia na rodovia, a 120 Km/h, um objeto se desprendeu do bagageiro de teto do veículo que se deslocava à sua frente. Para evitar o choque do objeto contra o seu veículo, Paula jogou o carro para a esquerda, caindo no canteiro. Após esse evento, Paula parou de dirigir. Sente náuseas, palpitação e sudorese até mesmo quando viaja no banco do passageiro, evitando, com isso, sair com a família de carro. 
EMPARELHAMENTO 
DE 
ESTÍMULOS
REFLEXO APRENDIDO:
Medo de Dirigir
NS
Carro
US
“Acidente na estrada” 
(barulho da freada, deslocamento súbito do carro, objeto em alta velocidade, etc)
UR
“Medo” 
(palpitação, sudorese, tremores)
CS
Carro
CR
Medo
GENERALIZAÇÃO RESPONDENTE
Após condicionamento, estímulos que se assemelham fisicamente em termos de propriedades/características, podem passar a eliciar a resposta condicionada
Ex.: uma criança que tenha sido ‘forçada’ a comer escarola na refeição (estimulação aversiva) poderá emitir respostas condicionadas diante desse estímulo (escarola) futuramente.
É provável que tais respostas também ocorram diante de outros vegetais (devido a semelhanças na cor, formato, textura, etc.) 
GENERALIZAÇÃO RESPONDENTE
GRADIENTE DE GENERALIZAÇÃO
EXTINÇÃO RESPONDENTE E RECUPERAÇÃO ESPONTÂNEA
EXTINÇÃO RESPONDENTE E RECUPERAÇÃO ESPONTÂNEA
Uma resposta reflexa condicionada PODE DEIXAR DE OCORRER se o estímulo condicionado (CS) for apresentado repetidas vezes sem a presença do estímulo incondicionado (US) o qual foi emparelhado
Efeito eliciador se extingue gradualmente
Uma resposta reflexa de medo PODERÁ GANHAR FORÇA NOVAMENTE, mesmo após ser extinta
QUEBRA DA RELAÇÃO
US
Bicada/ Dor
UR
Medo
NS
Visão do Pássaro
Sem Medo
CS
Visão do Pássaro
CR
Medo
FATORES QUE INFLUENCIAM O CONDICIONAMENTO PAVLOVIANO
Não basta emparelhar estímulos para que haja condicionamento pavloviano. Algumas condições devem ser satisfeitas:
FREQUÊNCIA DOS EPARELHAMENTOS
Quanto mais frequentemente o CS for emparelhado a US, mais forte a CR
Em casos de eventos muito traumáticos, apenas um emparelhamento pode ser suficiente
TIPO DE EMPARELHAMENTO
Respostas condicionadas (CR) mais fortes ocorrem quando NS é apresentado antes do US e permanece durante sua apresentação
INTENSIDADE DO ESTÍMULO INCONDICIONADO (US)
US mais intenso acarreta condicionamento mais rápido
GRAU DE PREDIÇÃO DO ESTÍMULO NEUTRO (NS)
NS deve ser seguido pelo US sempre que apresentado
Até aqui vimos que...
Os reflexos compõem uma parte dos comportamentos que constituem o repertório comportamental dos organismos
Oferecem aparato mínimo para manutenção da espécie
São comportamentos herdados FILOGENETICAMENTE
1º NÍVEL DE VARIAÇÃO E SELEÇÃO
E como explicamos os demais comportamentos dos organismos?
Modelo de Seleção por Consequências: o Modelo de Causalidade da Análise do Comportamento
MODELO DE SELEÇÃO PELAS CONSEQUÊNCIAS
Explicações baseadas em agentes iniciadores autônomos (desejo, vontade, impulso, pulsão) 
Explicações teleológicas, que apelam para um propósito ou intenção como causas finais
VARIAÇÃO/ SELEÇÃO
APRENDIZAGEM PELAS CONSEQUÊNCIAS
A maioria dos comportamentos que englobam o repertório comportamental dos organismos são produto de um tipo especial de aprendizagem: o condicionamento operante
Esse tipo de aprendizagem se dá em função de suas consequências, ou seja, em função das modificações que o comportamento do organismo produz no ambiente
R
Resposta
S
Estímulo Consequente
APRENDIZAGEM PELAS CONSEQUÊNCIAS
Tomemos como exemplo o comportamento de escrever com caneta sobre uma folha de papel. A consequência do comportamento é a palavra escrita.
A palavra escrita não existia na folha, antes do organismo emitir a resposta
Sendo a consequência reforçadora, o comportamento, então, é selecionado no repertório comportamental
2º NÍVEL DE VARIAÇÃO E SELEÇÃO: ONTOGENÉTICO
R
Escrever a caneta
S
Palavra escrita
APRENDIZAGEM PELAS CONSEQUÊNCIAS
O comportamento de escrever a caneta, e produzir como consequência a palavra escrita, só ocorre mediante alguns eventos:
Quando o sujeito dispõe de uma caneta
Quando a caneta tem tinta
Quando há uma superfície para se escrever (folha de papel, bloco, etc.)
CONTEXTO: PAPEL INSTANCIADOR DOS ESTÍMULOS
R
Resposta
S
Estímulo Consequente
S
Estímulo Antecedente
APRENDIZAGEM PELAS CONSEQUÊNCIAS
3º NÍVEL DE VARIAÇÃO E SELEÇÃO: CULTURAL
“As condições para o surgimento de um terceiro nível de seleção são dadas por certas características excepcionais legadas pela evolução natural à espécie humana: a ampla suscetibilidade ao condicionamento operante, o controle da musculatura vocal e a consequente possibilidade de exercer controle relativamente preciso sobre o comportamento dos membros da cultura. A possibilidade de transmissão intergeracional de operantes é, sem dúvida, a marca principal desse processo [...]”(MOREIRA, 2013, p.54).
CONSEQUÊNCIAS REFORÇADORAS
COMPORTAMENTO OPERANTE
COMPORTAMENTO OPERANTE
O comportamento operante opera/produz mudanças no ambiente 
Probabilidade de ocorrência futura de um dado comportamento é afetada por tais consequências 
Consequências que aumentam a probabilidade de ocorrência de um comportamento são chamadas REFORÇADORAS
CONTINGÊNCIA DE REFORÇAMENTO
Compreende uma relação entre o organismo e ambiente, no qual o organismo emite uma resposta, esta produz mudanças no ambiente, e tais mudanças retroagem sobre o organismo, alterando a probabilidade de que tal comportamento volte a ocorrer 
Ao oferecer biscoitos a Snoopy, quando este olha fixamente pela janela, Charlie Brown aumenta a probabilidade (chances) de, em situações similares, este comportamento de Snoopy volte a ocorrer
CONTINGÊNCIAS DE REFORÇAMENTO
EFEITOS DO REFORÇAMENTO
Aumento da frequência (probabilidade) de ocorrência futura de um dado comportamento
Diminuição da frequência de outros comportamentos diferentes do comportamento reforçado
Diminuição da variabilidade na topografia (forma/estrutura) da resposta reforçada
TIPOS DE ESTÍMULOS REFORÇADORES
Estímulo Reforçador Natural
Produzidos diretamente pelo comportamento
Estímulo Reforçador Arbitrário
Mediados pelo comportamento de outrem
Estímulo Reforçador Social
Mudança produzida pelo comportamento do organismo no ambiente impacta sobre o comportamento de outrem
Estímulo Reforçador Primário
Caracterizam-se por sua capacidade inata de, nas devidas condições motivacionais, fortalecer comportamentosque os produzem (SR+) ou que os eliminam (SR-)
Estímulo Reforçador Positivo
Acréscimo (+) de um estímulo apetitivo/atrativo contingente à emissão da resposta 
EXTINÇÃO OPERANTE
COMPORTAMENTO OPERANTE
EXTINÇÃO OPERANTE
É comum que algumas consequências produzidas por alguns comportamentos deixem de ocorrer quando um determinado comportamento é emitido.
Compreende procedimento de suspensão do reforço, em que a frequência do comportamento retorna ao nível operante
O comportamento deixa de ser consequenciado (não há reforçadores positivos ou negativos) e tende a diminuir sua frequência (podendo até deixar de acontecer)
EX.:
Discar um número e ninguém atender
Mãe não dar atenção à birra dos filhos
EFEITOS DA EXTINÇÃO
Aumento na frequência da resposta no início do procedimento, antes de a frequência começar a diminuir
Aumento na variabilidade da topografia da resposta
Evocação de respostas emocionais
Por que algumas pessoas são mais perseverantes que outras? 
RESISTÊNCIA À EXTINÇÃO OPERANTE
RESISTÊNCIA À EXTINÇÃO
“Dizemos que, quanto mais tempo, ou quanto maior o número de vezes que um determinado comportamento continua a ocorrer sem ser reforçado, maior é a resistência à extinção” 
(Moreira & Medeiros, 2019, p. 59).
FATORES QUE INFLUENCIAM A RESISTÊNCIA À EXTINÇÃO
Número de exposições à contingências de reforçamento
Custo da resposta
Intermitência do reforçamento
RESISTÊNCIA À EXTINÇÃO
SUPRESSÃO DA RESPOSTA
RESISTÊNCIA À EXTINÇÃO
O controle aversivo do comportamento 
ESTÍMULOS AVERSIVOS
CONTINGÊNCIAS DE REFORÇAMENTO NEGATIVO
CONTINGÊNCIAS DE REFORÇAMENTO NEGATIVO
O reforçamento não se dá apenas pela apresentação de estímulos, contingentes à emissão de uma resposta como nos exemplos:
Trabalhar e ser remunerado
Pedir um copo d’água e recebe-lo
Dar sinal para o ônibus e o mesmo parar para sua subida
O reforçamento também se dá pela REMOÇÃO (-) de um estímulo do ambiente, contingente ao responder. Na tirinha, o comportamento de Linus (fazer o sanduíche) é evocado mediante à remoção do estímulo aversivo ‘surra’ da irmã 
A contingência é classificada como de reforçamento porque houve um aumento na frequência/probabilidade de um comportamento (fazer o sanduíche).
O estímulo removido do ambiente denomina-se ESTÍMULO REFORÇADOR NEGATIVO
FUGA: Sav presente no ambiente
ESQUIVA: Sav não está presente – Resposta antecipatória (eminência de contato)
REFORÇAMENTO POSITIVO VS REFORÇAMENTO NEGATIVO
		REFORÇAMENTO POSITIVO 	REFORÇAMENTO NEGATIVO 
	Situação	Pedido da irmã para lhe fazer um sanduíche	Ameaça de surra
	Comportamento	Fazer o sanduíche	Fazer o sanduíche
	Consequência	Agradecimento da irmã	Remoção da surra
	Operação	Acréscimo de um estímulo agradável ao ambiente (agradecimento)	Remoção de um estímulo aversivo do ambiente (surra)
	Classificação do Estímulo	SR+	SR-
	Efeito sobre o Comportamento	↑ Probabilidade de ocorrência futura	↑ Probabilidade de ocorrência futura
CONTINGÊNCIAS DE PUNIÇÃO
Contingências de punição tornam a ocorrência de alguns comportamentos menos prováveis
Diminuição da probabilidade/frequência do comportamento (punido) voltar a ocorrer 
O estímulo contingente à emissão da resposta é denominado ESTÍMULO PUNIDOR
Não existe um estímulo que seja punidor por natureza – dependente da história 
Ex.: A bronca dos pais contingentes a comportamentos de birra de uma criança pode ter efeito punidor, mas também, efeito reforçador
CONTINGÊNCIAS DE PUNIÇÃO
TIPOS DE CONSEQUÊNCIAS PUNITIVAS
PUNIÇÃO POSITIVA
↓ a probabilidade de o comportamento ocorrer novamente pela ADIÇÃO (+) de um Sav
Trafegar em uma via em velocidade superior à permitida e receber uma multa
Levar uma surra ao fazer birra 
PUNIÇÃO NEGATIVA
↓ a probabilidade de o comportamento ocorrer novamente pela REMOÇÃO (-) de um SR
Exceder os pontos na CNH e perder o direito de dirigir
Ficar de castigo ao fazer birra
RECUPERAÇÃO DA RESPOSTA
REFORÇAMENTO
PUNIÇÃO
Respostas	1	2	3	4	5	6	7	8	9	10	11	12	13	14	15	16	17	18	19	20	21	22	23	24	25	26	27	28	29	30	3	5	2	10	8	4	30	60	80	75	90	92	76	80	78	92	80	85	86	85	86	76	60	25	20	27	15	3	2	3	
Respostas	1	2	3	4	5	6	7	8	9	10	11	12	13	14	15	16	17	18	19	20	21	22	23	24	25	26	27	28	29	30	90	85	90	86	83	80	67	30	15	13	8	5	2	7	1	6	3	5	4	1	3	80	85	90	86	83	91	90	82	85	
EFEITOS COLATERAIS DO CONTROLE AVERSIVO
ESTÍMULOS AVERSIVOS
EFEITOS COLATERAIS DO CONTROLE AVERSIVO
Eliciação de respostas emocionais
EFEITOS COLATERAIS DO CONTROLE AVERSIVO
Supressão de outros comportamentos além do comportamento punido
EFEITOS COLATERAIS DO CONTROLE AVERSIVO
Ocorrência de respostas incompatíveis com o comportamento punido
EFEITOS COLATERAIS DO CONTROLE AVERSIVO
Respostas de contracontrole
EXERCÍCIO 1
Paulo tem 12 anos. Cursa a 6a série do ensino fundamental em uma escola pública. A escola o encaminha para psicoterapia reportando dificuldades em leitura e escrita, e comportamento “agressivo”. Ao psicólogo, Paulo conta que frequentemente é levado à diretoria por envolver-se em brigas com os colegas de sala. Diz que os colegas o chamam de “burro” e “tiram sarro” (SIC) quando não consegue realizar as atividades propostas pelos professores. Quando isso acontece, parte para cima dos mesmos, dando-lhes socos e chutes. Estruture uma contingência do comportamento de Paulo, indicando o efeito comportamental. 
	ANTECEDENTE 	RESPOSTA	CONSEQUÊNCIA
			
EXERCÍCIO 2
Leonardo tem 19 anos, solteiro, filho único. Dedica-se integralmente aos estudos. Frequenta o cursinho pela manhã e, após almoço, permanece em seu quarto estudando por longas horas. Está estudando para o vestibular de engenharia. Prestou vestibular nos últimos 3 anos e não foi aprovado. Desde que Leonardo terminou o ensino médio, os pais permitiram que o mesmo se dedicasse aos estudos, para passar no vestibular. Contudo, em razão de dificuldades financeiras, informaram ao filho que, caso o mesmo não passe no vestibular no final do ano, não custearão mais as despesas com o cursinho. Leonardo relata sentimentos de incapacidade e tristeza diante das reprovações nos vestibulares anteriores e perante a cobrança dos pais. Diz sentir-se culpado, pois não consegue se dedicar o quanto deveria aos estudos, desagradando os pais. Estruture uma contingência do comportamento de Leonardo e indique o efeito comportamental. 
	ANTECEDENTE 	RESPOSTA	CONSEQUÊNCIA
			
REFERÊNCIAS
Borges, N. B., & Cassas, F. A. (2012). Clínica Analítico-Comportamental: aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre: Artmed.
Moreira, M. B., & Medeiros, C. A. (2019). Princípios Básicos de Análise do Comportamento. 2ª Ed. Porto Alegre: Artmed.
Sério, T. M. de A. P. (2005). O behaviorismo radical e a psicologia como ciência. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 7(2), 247-262. 
Zilio, D. (2010). A natureza comportamental da mente: behaviorismo radical e filosofia da mente. São Paulo; Cultura Acadêmica.
Queremos saber a sua opinião sobre esse Aulão de Revisão! Digite o link a seguir em seu navegador ou use um leitor QR Code:
https://forms.office.com/r/gx4z7zXrTU 
Pesquisa de Satisfação do Aulão de Revisão
Para realizar a leitura dos QR Codes com seu smartphone, sugerimos os aplicativos “Barcode Scanner” ou “QR Code Reader”. Em alguns celulares, a câmera reconhece os códigos sem necessidade de instalação de um aplicativo extra.
MUITO
OBRIGADO(A)!
PATRICIA DO NASCIMENTO TAVARES
patricia.tavares@fmu.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
.MsftOfcThm_Text1_Stroke_v2 {
 stroke:#000000; 
}

Continue navegando