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Anamnese e Diagnósticos em Estética Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Fernanda Ribeiro de Oliveira Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro Pele e Instrumentos Avaliativos da Face • Introdução; • Biotipo Cutâneo; • Estado Cutâneo; • A Pele de Acordo com a Idade; • Instrumentos Avaliativos da Face. • Fazer com que o aluno conheça a estrutura da pele e seus anexos, bem como seja preparado para avaliar seus tipos e fototipos; • Tornar o aluno apto a identifi car os instrumentos avaliativos para a face. OBJETIVO DE APRENDIZADO Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Introdução A avaliação da pele serve, de maneira geral, para que o profissional consiga identificar as características de cada pele e oriente de maneira correta, quanto aos tratamentos e cuidados diários. Para fazer uma avaliação correta, primeiro vamos revisar de maneira breve as características fisiológicas da pele. A pele é um dos maiores órgãos do corpo humano e representa 15% do peso corporal. Toda sua estrutura é bem complexa, com muitas camadas e células, tem espessura de aproximadamente 5mm na maior parte de sua extensão, mas em regiões mais finas, como pálpebras, ela chega a ter 0,5mm. A pele precisa estar saudável para exercer suas funções, mesmo porque ela tem um contato direto com o meio externo. Alguns autores apresentam a pele em 3 camadas, porém, artigos mais recentes relatam que a pele tem apenas 2 camadas, a epiderme e derme; e a hipoderme faz parte do tecido subcutâneo. Veja a estrutura da pele e suas camadas: As Camadas da Pele Epiderme Derme Tecido Subcutâneo Figura 1 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Antes de aprendermos diferenciar cada tipo de pele, é importante que você conheça a pele um pouquinho mais a fundo. Vamos lá? A primeira camada da pele, a epiderme, é a camada mais superficial, e tem função protetora, mesmo sendo a parte mais fina da pele – representando mais ou menos de 0,03 a 1,5mm (dependendo da região) – ela tem 4 camadas diferenciadas: • Camada basal: é a camada que tem uma divisão celular muito grande, está localizada de forma mais profunda na epiderme e entra em contato direto com a derme. 8 9 • Camada espinhosa: possui filamentos de queratina e com isso consegue manter as células unidas. • Camada granulosa: há presença de grânulos de queratina que formam uma barreira entre as células, que dificulta a passagem de água; nessa camada, os queratinócitos são achatados, menos hidratados e produzem uma maior quan- tidade de queratina. • Camada córnea: é a camada mais superficial, formada por células mortas, e estão sempre se renovando. • Camada lúcida: presente somente e regiões mais espessas do corpo como palma da mão e planta dos pés. Uma célula demora aproximadamente de 26 a 28 dias para sair da camada basal e chegar até o extrato córneo (a camada mais superfi cial da pele), ou seja, para percorrer toda a ex- tensão da epiderme, uma célula demora quase 1 mês. Ex pl or Derme A derme é a camada localizada logo abaixo da epiderme, ela tem por finalidade garantir a elasticidade e resistência da pele, além de ser responsável pela oxigena- ção e nutrição da epiderme. De acordo com Rodrigues (2012), a derme apresenta uma espessura de 15 a 40 vezes maior que a epiderme. Na derme, é onde encontramos a matriz colágena, fibras elásticas, fibroblastos, substância fundamental, entre outras. Hipoderme Alguns autores falam que a hipoderme é a última camada da pele, porém, ou- tros defendem que ela não faz parte da pele, pois ela é um tecido subcutâneo com- posto por células de gordura, que têm por função dar forma e contorno ao corpo, proteger órgãos internos e manter a temperatura corpórea. Anexos cutâneos Os anexos cutâneos são as unhas, folículo piloso, glândulas sudoríparas e glân- dulas pilossebáceo. A seguir, você pode identificar os anexos cutâneos presentes na pele: 9 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Glândula Sebácea Foliculo PilosoGlândula Sudorípara Figura 2 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images • Folículo piloso: é uma unidade que é encontrada em toda a superfície da pele, onde é produzida fios de cabelos e pelos. • As glândulas sudoríparas são responsáveis por secretar suor através dos ori- fícios pilossebáceos. O suor é necessário, pois ajuda o nosso corpo manter a temperatura. • Glândulas sebáceas: são glândulas que produzem lipídios, sebo – normal- mente estão ligadas a um folículo piloso, que ajudam a lubrificar os pelos e também a pele. • Unha: todos nós conhecemos as unhas, desde pequenos, nós já conseguimos identificá-las em nosso corpo; ela é uma placa de queratina que fica localizada nas pontas dos dedos. Biotipo Cutâneo Agora que relembramos a composição e estrutura da pele, brevemente, vamos conhecer os seus tipos. Os biotipos cutâneos que conhecemos hoje foram classificados no início do século XX por Helena Rubinstein, que era cosmetóloga e amante da beleza da mu- lher. Cada pessoa apresenta um tipo de pele diferente, cada uma traz combinações de quantidade de água, quantidade de óleo, pH e sensibilidade de forma diferente. A combinação desses três fatores é que irá determinar o biotipo cutâneo; de ma- neira geral, o biotipo cutâneo é classificado em 4 tipos distintos: pele eudérmica, pele alípica, pelo lipídica e pele mista. Vamos conhecer um pouco mais sobre elas. Agora que relembramos a composição e estrutura da pele, brevemente, vamos conhecer os seus tipos. Os biotipos cutâneos que conhecemos hoje foram classificados no início do século XX por Helena Rubinstein, que era cosmetóloga e amante da beleza da mu- lher. Cada pessoa apresenta um tipo de pele diferente, cada uma traz combinações de quantidade de água, quantidade de óleo, pH e sensibilidade de forma diferente. 10 11 A combinação desses três fatores é que irá determinar o biotipo cutâneo; de ma- neira geral, o biotipo cutâneo é classificado em 4 tipos distintos: pele eudérmica, pele alípica, pelo lipídica e pele mista. Vamos conhecer um pouco mais sobre elas. Pele Normal Pele OleosaPele Seca Pele Combinada Figura 3 – Tipos de pele Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Pele eudérmica A pele eudérmica é uma pele muito difícil de ser encontrada, ela apresenta o equilíbrio perfeito, onde tem o pH fisiológico. Esse tipo de pele, apesar de ser encontrada, quase sem- pre em bebê, se algum jovem ou adulto for contemplado por ela, pode ser resultado de uma boa alimentação, ser saudável, boa he- reditariedade e ter bons hábitos. Veja na ima- gem ao lado como conseguimos a aparência de uma pele eudérmica. Suas características são: • Média espessura; • Brilho normalizado; Figura 4 Fonte: iStock/Getty Images • Secreção sebácea equilibrada; • Secreção sudorípara equilibrada; • Hidratação equilibrada; • Superfície lisa e aveludada; • Boa elasticidade; • Superfície firme; • Óstios imperceptíveis; Orientações para a pele eudérmica: • Manter a hidratação, proteger diariamente contra agressões externas, tentar manter o equilíbrio da pele, usar cosméticos adequados. 11 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Pele alípica A pele alípica é uma pele que apresenta ausência de oleosidade, tem um pH mais ácido e devido à sua falta de hidratação e gordura é mais propensa a um en- velhecimento precoce. Características: • Espessura fina; • Secreção sebácea reduzida; • Secreção sudorípara reduzida; • Desidratada; • Sem brilho/opaca; • Descama com facilidade; • Ostios mais fechados; • Tendência a rugas; • Muito sensibilizada. Figura 5 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Orientações para a pele alípica: • Evitar agressões externas como ventos, frio e sol, fazer hidratação diária com produtos específicos, evitar água quente, não usar cosméticos com grande quantidade de álcool. Pele lipídica A pele lipídica apresenta uma quantidade de oleosidade mais intensa, tem um pH mais alcalino, porém, é uma pele que resiste mais a agressões externas e ao envelhecimento; e pele mais oleosa, além da hereditariedade, ela pode ser influen- ciada pele estresse, temperatura mais altas e desequilíbrio hormonal. 12 13 Figura 6 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Características de uma pele lipídica: • Espessura aumentada; • Secreção sebácea aumentada; • Secreção sudorípara aumentada; • Desidratada as vezes; • Superfície sebáceo; • Brilho excessivo; • Óstios mais abertos; • Tem tendência a comedões e acne. Orientações para a pele lipídica: • Para a pele oleosa, devemos ter alguns cuidados no controle da oleosidade: sempre utilizar cosméticos adequados para esse tipo de pele, ou seja, produtos livres de óleo. Pele mista Esse tipo de pele é muito comum e re- úne característica de oleosas e secas em uma mesma pele; na zona central do ros- to (testa, nariz e queixo), ela tem carac- terísticas lipídicas, já na lateral do rosto ( orelhas, área dos olhos e bochechas) tem características de uma pele mais seca, essa divisão conhecemos com ao zona T. Característica da pele mista: • Oleosidade na zona T; • Espessura normal em laterais e mais espessa e zona T; • Brilho mais intendo na zona T; • Ostios mais dilatados na zona T; Figura 7Fonte: iStock/Getty Images 13 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face As regiões marcadas na imagem representam as regiões com oleosidade, as demais áreas têm características de pele mais seca. Orientações para pele mista: • Para quem tem este tipo de pele é preciso fazer a proteção contra agentes externos (assim como os outros tipos), usar os cosméticos adequados para controlar a oleosidade na parte central da face e também aumentar a hidrata- ção nas laterais. Estado Cutâneo • Normal: quando há equilíbrio de todo os requisitos, de hidratação, oleosidade, textura etc. • Sensibilizado: como a pele reage a estímulos, quando apresenta irritação, vermelhidão, coceira, calor etc. • Seborreico: quando há uma secreção de sebo muito grande na pele. • Textura: quando identificamos se a pele do cliente é mais lisa ou áspera. • Ostio: mais popularmente conhecidos como poros, são os orifícios que estão sobre toda a pele. Importante! Para avaliar o biotipo cutâneo, é necessário que antes se faça a higienização adequa- da da pele, pois não é possível identificar corretamente as características da pele se o cliente estiver de protetor solar, ou se acabou de chegar da rua em um dia ensolarado, com maquiagem etc. Então, para ter um diagnóstico correto, a pele SEMPRE deverá estar limpa. Importante! Qual é a importância de sabermos o tipo de pele de nosso cliente? Antes de realizar qualquer procedimento estético, é importante identificar qual é o tipo de pele do seu cliente, isso porque você deverá eleger os cosméticos corre- tos para cada tipo de pele. Já pensou usar uma máscara em creme (que tem mais óleos) em uma pele oleosa, ou usar um produto que retira totalmente a oleosidade em uma pele alípica? Em qualquer uma dessas situações, você poderia ter provo- cado um efeito não desejado na pele, isso porque não está usando e nem fazendo o procedimento adequado ao tipo de pele do seu cliente. Fototipo A classificação do fototipo de pele está relacionada ao comportamento da pele quando exposta ao sol, nossa pele pigmenta-se através da ação da melanina, que é o pigmento que dá coloração, isso é definido de maneira genética. Se os pais 14 15 produzem pouca melanina, o filho também produzirá e assim sucessivamente. No ano de 1976, o Dr. Thomas Fitzpatrick classificou 6 fototipos cutâneos, que varia do I ao VI. Classificação de fototipo de pele segundo Fitzpatrick: I.I - Pele muito sensível ao sol, sempre se queima ( ca muito vermelha) e nunca bronzeia. I.II - Pele sensível ao sol, sempre se queima e bronzeia pouco. I.III - Pele de sensibilidade normal, bronzeia moderadamente e às vezes se queima. I.IV - Pele com sensibilidade normal, bronzeia bastante e se queima pouco. I.V - Pele com pouca sensibilidade, muito pigmentada bronzeia sempre e raramente se queima. I.VI - Pele sem sensibilidade, nunca se queima, é muito pigmentada naturalmente. Figura 8 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Importante! A tabela de fototipo proposto por Fitzpatrick não é com a fi nalidade de defi nir a cor da pele somente, mas sim classifi cá-la em decorrência da reação à exposição solar ao bronzeamento e queimadura. Importante! A Pele de Acordo com a Idade Para atendermos melhor cada tipo de cliente, de maneira geral, é importante entendermos como cada pele se comporta em diferentes fases da vida. Bebês A pele do bebê obviamente é mais fina do que de um adulto, e não tem todas as funções em plano funcionamento. Em um atendimento de Shantala, por exemplo, é necessário tomar os devidos cuidados. 15 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Crianças Para as crianças, o primordial é que tenha muito cuidado de prevenção, pois a criança com uma pele bem cuidada permanecerá na fase adulta. De acordo com Rodrigues (2012), até os 18 anos, estima-se que a criança e o adolescente já ti- veram a pele exposta aos raios solares máximos em 80%. Nessa fase da vida, é importante predominar os cuidados com a proteção solar e hidratação à pele. Adolescentes Nessa fase, há grande quantidade de alteração hormonal e isso faz com que as haja um aumento na atividade da glândula sebácea e com isso consequentemente a pele do adolescente é mais oleosa e com tendências à acne. Gestantes Nas gestantes, em decorrência das alterações vasculares e hormonais, a pele da gestante sofre grandes modificações, como aparecimento de hipercromias, maior quantidade de pelo, estrias (devido ao estiramento da pele) e também mais edemas são presentes. Idosos A pele do idoso é uma pele mais fina, apresenta pouca atividade das glândulas sebáceas, logo, ela se apresentará mais sec. Além disso, a pele senil terá mais res- secamento, descamação e será mais sensível a agressões (tome cuidado ao esfoliar). Instrumentos Avaliativos da Face Para qualquer avaliação estética, é importanteque tenhamos equipamentos que nos auxilie na investigação da alteração estética, às vezes, muitas coisas não esta- rão evidentes a olho nu. Vamos conhecer os instrumentos que irão nos ajudar na avaliação e diagnóstico das alterações estéticas. Papel de seda O papel de seda é de fácil acesso e de prático manuseio. Com ele, nós podemos identificar a oleosidade da pele do cliente. Esse tipo de material tem a capacidade de absorver a oleosidade da pele, logo, se a pele for lipídica, o papel apresentará áre- as com óleo. Porém, se a pele for alípica, o papel permanecerá seco. Figura 9 Fonte: iStock/Getty Images 16 17 Paquímetro O paquímetro é muito utilizado por design de sobrancelhas, pois auxilia na medi- ção das mesmas, contribuindo para uma imagem mais harmônica. Na avaliação esté- tica, nós utilizamos o paquímetro para medir tamanhos de lesões, discromias e rugas; assim, com a ajuda da fotografia, podemos acompanhar a evolução do tratamento. Figura 10 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Como usar? Para um tratamento de rugas, por exemplo, no dia da avaliação você deverá posicionar uma ponta do paquímetro no início das rugas e a outra ponta no final. Você deverá anotar na ficha de avaliação quais foram os milímetros ou centímetros encontrados e depois tirar uma foto. Depois, você irá repetir esse processo ao final do tratamento. Que cliente não gostaria de saber que sua diminui de tamanho e ver isso de forma comprovada através do paquímetro e foto? Vamos utilizar esse recurso para documentar suas avaliações. Lupas e lentes de aumento Nem todas as alterações estéticas podem ser vistas com base apenas em nossos olhos. Para isso, utilizamos a lentes de aumento que mais conhecemos com lupa. Ela poderá ali- mentar em até 10x o tamanho da lesão, que podem ser, por exemplo, os comedões. Na hora de comprar uma lente de aumen- to, você deverá verificar alguns itens: Se acompanha iluminação: Algumas já vêm com a luz acopladas, outras não. Então você irá depender de ter uma boa iluminação do ambiente (que já é indicado). Veja, na imagem a seguir, um exemplo de lupa com iluminação. Figura 11 Fonte: iStock/Getty Images 17 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Quanto à estrutura física: existem diferentes tipos de lupas. Na hora de comprar, você deverá ajustar ao seu espaço e ao valor que pretende investir. Vamos conhecê-las: Lupa de pala: é uma lupa de pala que se assemelha a óculos, de fácil utilização e mais econômica; às vezes, tem um ponto de luz que ajuda na hora da visuali- zação. Alguns fabricantes permitem que você troque os tamanhos das lentes de acordo com a sua necessidade. Lupa articulada: um pouco maior do que a lupa de pala, ela normalmente vem com uma iluminação melhor e você pode fixá-la no seu carrinho auxiliar, na maca, ou onde você tem um apoio adequado e que não atrapalhe o seu cliente; ela é arti- culada, o que permite você movimentar de acordo com a sua necessidade. Lupa Articulada Lupa Tripê Figura 12 Fonte: iStock/Getty Images Lupa tripé: para esse equipamento, é necessário um investimento financeiro e um espaço físico um pouco maior; ela tem um apoio com tripé, o que permite o deslocamento pelo seu ambiente de trabalho – para ambientes menores, ela não seria tão indicada devido ao espaço que ocupa – assim, você pode ter uma maior flexibilidade durante a sua avaliação, podendo avaliar um rosto e um corpo de uma mesma cliente, sem precisar fazer grandes movimentações. Qualquer uma das lupas citadas irá auxiliar de maneira muito eficaz em qualquer avaliação facial. Luz de Wood A luz de Wood é uma lâmpada de mercúrio de alta pressão, que também é co- nhecida como luz negra, contém em seu interior o cristal de Wood que absorve to- das as radiações luminosas; com ela, podemos identificar alterações de manchas e sua profundidade, a desidratação da pele, células mortas, comedões e oleosidades. 18 19 Figura 13 Fonte: Wikimedia Commons Na hora da avaliação, a pele do cliente pode apresentar colorações diferencia- das e você precisará saber identificá-las de maneira correta para ter o diagnóstico correto. Veja, na tabela a seguir, a fluorescência da lâmpada e o que as cores estão identificando: AZUL: Pele normalizada e saudável LARANJA CLARO OU AMARELO: Pontos onde há comedões ou acne LARANJA: Onde há pontos de oleosidade MARROM: Área pigmentada ROXO FLURESCENTE: Mostra desidratação cutânea BRANCO: Área de pele que apresenta grande quantidade de células mortas ROXO ESCURO: Mostra que há produtos como protetor solar ou maquiagem no local Figura 14 Como usar a luz Wood? A pele deve estar higienizada, sem maquiagens, protetor solar, cremes etc. para não causar diagnósticos errôneos. Na hora da avaliação, o ambiente deve estar to- talmente escuro – tem alguns equipamentos que possuem uma cabine onde o clien- te posiciona a face dentro (que já é escura); já outros equipamentos são vendidos somente à lupa com a luz, onde você segura com as mãos; com ele, você deverá ter um ambiente totalmente escuro para conseguir usá-lo corretamente. Saiba mais: o cristal de Wood é um vidro violeta-azulado bem escuro, sua radia- ção é invisível, porém, seus feixes de luz permitem identificar radiações infraverme- lhas e ultravioletas com comprimento de ondas entre 320 a 400nm. 19 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Dermatoscópio É um equipamento muito potente que, através de uma lente especial, permite aumentar de 10 até 200x o tamanho real de uma área, aumentando consideravel- mente todas as estruturas epidérmicas. Figura 15 Fonte: iStock/Getty Images O dermatoscópio se mostra muitíssimo eficaz para avaliar lesões cutâneas e do couro cabeludo; esse equipamento é muito utilizado por dermatologista devido à sua finalidade – de acordo com o conhecimento, pode-se fazer diagnóstico precoce de lesões, porém, a cada dia, está mais frequente nas clínicas de estética. 20 21 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Fototipos cutâneos e risco de câncer Você conhece sua pele, sabe identificar qual é o seu fototiopo? Neste link, você poderá fazer um teste e reconhecer qual é o seu fototipo de pele de acordo com suas características genéticas e de exposição ao sol, aproveite. https://goo.gl/PhVbGf Vídeos Sistema Tegumentar - Pele: Estrutura, divisões (camadas) e funções - VideoAula 036 Neste vídeo, você poderá entender melhor qual é a estrutura da pele https://youtu.be/YYdCfzgAhQ4 Descomplique Estética | Fototipos No vídeo a seguir, você poderá entender um pouco mais sobre os fototipos de pele https://youtu.be/FpPnq5WvN1s MOMENTO DA ESTÉTICA #2 - TIPOS DE PELE Veja a maneira interessante com que a Professora Isabel Piatti fala dos diferentes tipos de pele https://youtu.be/al8Gyf-e0M8 21 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Referências GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recur- sos, patologias. 3. ed. Barueri, SP: Manole, 2002. KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. São Paulo: Athe- neu, 2003. RODRIGUES, M. M. Dermatologia o nascer ao envelhecer. Rio de Janeiro: Medbook, 2012. SBD – Sociedade Brasileria de dermatologia. Classificação dos tipos de pele. http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/cuidados/classificacao-dos-fototipos- de-pele/. Acesso em 04 de agosto de 2018. 22
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