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Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 RODÍZIO: FISIO NEURO Organização da Função Motora (Controle motor pelo Córtex Cerebral) Introdução Corresponde ao controle motor supra segmentar (controle motor encefálico) Base neural para o movimento voluntário É preciso localizar o alvo, determinar a trajetória, precisa ser medido a força. É uma série de transformações entre sistemas de coordenadas O básico do básico • Córtex parietal posterior agrega informações • Leva até às áreas motoras suplementar e pré-motora (plano motor) • Informação enviada ao córtex primário (execução final) • Segue as vias descendentes abordadas no resumo 02 AMS: área motora suplementar. AMP: área pré- motora COF: campo ocular frontal Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 RODÍZIO: FISIO NEURO Áreas Motoras Corticais • Áreas que pode provocar movimento com baixa intensidade de estímulo • Córtex motor primário no giro pré-central • Área pré-motora rostral ao córtex primário • Córtex motor suplementar na face medial do hemisfério • Áreas motoras do cíngulo localizadas nas paredes do sulco do cíngulo Organização Somatotópica das Áreas Motoras Corticais Córtex motor primário • Córtex motor: região donde são desencadeados movimentos com pouca intensidade elétrica • Localizado no giro pré- central que forma parede anterior do sulco central • Homúnculo motor indica % de dedicação do córtex a determinada região • Apesar de estar bonitinho, é tudo ligado e bagunçado no final das contas • Entremeado de colunas celulares controlando diferentes articulações permitem o movimento da várias articulações Área motora suplementar (MAS) • Localizado na superfície medial do hemisfério, anterior ao córtex motor primário • Parte posterior: AMS própria ▪ contribui para o trato corticospinal e está interconectado com outras áreas motoras • Parte anterior: pré-AMS ▪ Não se conecta fortemente com outras áreas motoras nem medula, mas com córtex pré-frontal Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 RODÍZIO: FISIO NEURO Área pré-motora • Superfície lateral do encéfalo, à frente do córtex motor primário • Divisão dorsal (PMd) representa membros, tronco e face. Musculatura proximal • Divisão ventral (PMv) principalmente MMSS e face. Musculatura distal Áreas motoras do giro do cíngulo • Estímulos relacionados com a preparação e execução de movimentos Conexões das Áreas Motoras Corticais • Tudo conecta tudo • Córtex motor primário com cíngulo • Vias ascendentes pelo tálamo/córtex somatossensorial com córtex motor • Córtex parietal posterior (somatossensorial e visual) com áreas motoras • Áreas motoras com cerebelo e núcleos da base pelo tálamo • Projeções corticopontinas conectam córtex com cerebelo • Córtex motor e estriado dos núcleos da base Atividade das Células do Córtex Motor • Atividade do córtex motor pode estar envolvida nos estádios iniciais de planejamento • As células apresentam uma direção “preferida” de movimento • Velho experimentos com macacos, se quiser ler vá no berne. Não me procure, eu tenho mais o que fazer • As células podem mudar de parâmetro à medida que se aproxima o momento do início do movimento Atividade em Outras Áreas Motoras Corticais • As áreas pré-motoras e motora suplementar é semelhante à do córtex primário • Planejamento motor mais prevalente • Área pré-motora relacionada com sinais externos • Área motora suplementar com sinais internos (autoiniciados) (Controle motor pelo cerebelo) Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 RODÍZIO: FISIO NEURO Resumo do papel do cerebelo • Coordenação motora • Promove a capacidade de realizar bem os movimentos A Lesão Cerebelar. Consequências Comportamentais • Lesão de um lado. Comprometimento ipsilateral ▪ Ocorre um duplo cruzamento ▪ 1º: córtex motor contralateral pelo tálamo (via eferente cerebelar) ▪ 2º: cruza na linha média da parte inferior do bulbo (via corticospinal) • Lesão de lobo floculonodular: ▪ transtornos semelhantes à de lesão vestibular ▪ dificuldade de equilíbrio e marcha ▪ nistagmo • lesão do verme ▪ distúrbio motor afeta o tronco • região intermédia ou hemisfério envolvido ▪ afeta extremidades • geram no geral transtornos da coordenação, equilíbrio e tônus • falta de coordenação: ataxia ▪ dismetria: erros na direção e força de movimento impede movimento fluido ▪ disdiadococinesia: dificuldade de realizar movimentos rápidos ▪ decomposição do movimento: movimento feito em etapas distintas ▪ tremor de intenção: paciente treme ao alvejar um alvo (aumenta quando aproxima) • comprometimento no equilíbrio: paciente tende a cair para o lado afetado (pode fazer ataxia da marcha) fala escandida: lenta e indistinta • pode apresentar hipotonia: redução do tônus ▪ associada ao reflexo patelar pendular (continua oscilando) Ataxia: dismetria, disdiadococinesia, tremor de intenção Fala escandida Hipotonia Floculonodular: dificuldade de equilíbrio e marcha e nistagmo Verme: motor tronco / intermédia ou hemisfério: motor extremidades Organização Cerebelar Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 RODÍZIO: FISIO NEURO • fibras aferentes cerebelares ao córtex e núcleo entram pelo pedúnculo inferior e médio • fibras eferentes dos núcleos saem pelo pedúnculo superior ▪ núcleos: fastígio, interpostos (globoso e emboliforme) e denteado • lobo anterior (fissura primária) lobo posterior (fissura posterolateral) lobo floculonodular Divisão longitudinal • Verme (linha média) • Paraverme (adjacente) • Hemisférios (laterais) Córtex Cerebelar Sistemas aferentes • Fibras musgosas ▪ rosetas pontos de contato sináptico ▪ originam-se da medula (espinocerebelar) núcleos da coluna dorsal (grácil e cuneiforme) ▪ as excitatórias ▪ informações Exteroceptiva e proprioceptivas ▪ áreas do lobo floculonodular e verme (vestibulocerebelo) • Fibras olivocerebelares ▪ Núcleo olivar inferior é a origem (parte rostral bulbar) ▪ São excitatórios ▪ Ligados por junções comunicantes (sincronismo) Elementos celulares e fibras eferentes do córtex Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 RODÍZIO: FISIO NEURO • 8 tipos celulares • A única fibra eferente do córtex é o axônio da célula de purkinje. • GABAérgica inibitória • As outras 7 células são interneurônios locais • Estreladas, em cesto, Golgi, Lugaro e em candelabro são GABAérgicos inibitórios • Granulares e unipolares em escova excitatórias Microcircuitos do córtex • Grande área de convergência e divergência. Devido à relação ortogonal entre fibras paralelas e árvores dendríticas das células de purkinje e interneurônios (cesto e estreladas) • Tem diversos mecanismos de retroalimentação positiva e negativa que eu não me aterei • Ela gera um estímulo inibitório nos núcleos cerebelares Núcleos cerebelares • São alvos principais do córtex cerebelar • Verme: núcleos fastígio • Paraverme: interposto • Hemisfério lateral: denteado • Neurônios do denteado oferecem eferência do cerebelo para o resto do encéfalo (exceção de purkinje que se projetam para os núcleos vestibulares) • Células GABAérgicas se projetam para núcleo olivar inferior (retroalimentação negativa) • Células não GABAérgicas excitatórias vão para medula e tálamo • Fibras ascendentes e descendentes, cruzadas (pedúnculo superior) e não cruzadas (giro Uncinado, sai pelo pedúnculo inferior) • Fibras ascendentes emitem informação para o córtex motor, pelo colículo superior e núcleo ventral lateral do tálamo, e diretamente com lobo frontal (núcleo denteado) • Fibras descendentes tem como alvo núcleos pontino, olivar inferior e reticulares • Via cerebelospinal (fastígio) Atividade das células de Purkinje no Córtex Cerebelar na coordenação motora • Eu li, mas não entendi não, célula demais, fodasse • Células granulares excitam musgosas que gerampotenciais para o córtex e ativa purkinje, refletindo o estado do córtex cerebelar • Aprendizagem motora causada pela depressão de longo prazo (DLP) Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 RODÍZIO: FISIO NEURO • Promove geração de movimento contínuo. Se for correto, não ativa núcleo olivar inferior. Se for errado, sistema olivocerebelares causa mais alteração na eficácia sináptica De outros resumos porque já estou de saco cheio • Espinocerebelo ▪ Postura, tônus/locomoção e correção de movimentos ▪ Lesões nessa região provocam tremor, disartria (dificuldade de articular a palavra) ▪ Dissinergia (erro na execução dos movimentos) • Vestibulocerebelo ▪ Equilíbrio e movimentação ocular ▪ Lesões podem gerar perda do equilíbrio, ataxia de tronco (preservação do tônus) ▪ Nistagmo • Cerebrocerebelo ▪ Movimentos ágeis e precisos das extremidades ▪ Lesões podem provocar atraso no início do movimento disdiadococinesia, tremor, dismetria, decomposição do movimento ▪ Rechaço: dificuldade de abortar o movimento Arqui = Vestibulo cerebelo = vermis e lóbulo floculo nódulo = recebe informação dos núcleos vestibulares (posição da cabeça, aceleração, rotação) Paleo = espino cerebelo = paravermis = recebe informação da espinocerebelar anterior (cópia do movimento, conhecimento do movimento) e posterior (propriocepção inconsciente dos fusos e órgão tendinoso de golgi, participa também da correção) Neo = cérebro cerebelo= hemisférios = recebe informações do plano motor (regula o movimento) (Controle motor pelos núcleos da base) Introdução • Núcleos profundos do cérebro • Regula a atividade motora • Conexão entre núcleos e córtex (alças de atividade) • 2 vias de funcionamento: direta e indireta Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 RODÍZIO: FISIO NEURO Organização dos Núcleos da Base e Núcleos Relacionados • Caudado, putame e globo pálido (segmento externo e interno) • Estriado: caudado e putame • Putame + globo pálido = núcleo lentiforme • Associação com núcleos talâmicos: ventral anterior e ventral lateral • Núcleos subtalamicos do diencéfalo e substância negra do mesencéfalo • Substância negra devido à melanina (relação com dopamina) Conexões e Operação dos Núcleos da Base • Maioria das regiões do córtex se projetam para o estriado (corticoestriatal) • Glutamato excitatório como neurotransmissor • Estriado influencia tálamo pela via direta e indireta • Tálmao excita córtex Via direta • Intensifica a atividade motora • Estriado projeta-se para o segmento interno do globo pálido Inibitória (GABA) • GPi projeta-se para núcleos VA e VL do tálamo Inibitórias (GABA) • VA e VL enviam conexões são córtex motor pré-frontal, pré-motor e suplementar Excitatórias (GLUTAMATO) • Influencia planejamento motor e afeta descarga de neurônios Corticospinais e Corticonucleares • Nessa via, os receptores D1 de dopamina no estriado o estimula a inibir o pálido, desinibindo o tálamo e estimulando o córtex Via indireta • Efeito global é a redução da atividade dos neurônios das áreas motoras do córtex cerebral • Estriado libera GABA e inibe GPe • GPe libera GABA para núcleo subtalamicos • Subtalamico estimula GPi com GLUTAMATO • GPi inibe tálamo com GABA Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 RODÍZIO: FISIO NEURO • Tálamo estimula córtex com GLUTAMATO • Como estriado inbie GPe, subtalamicos fica desinibido, estimulando GPi, que inibe tálamo que não estimula córtex • Nessa via, os receptores D2 de dopamina no estriado estimula a inibir a inibição do GPe Ações dos neurônios da parte compacta da substância negra sobre o estriado • Porção compacta utiliza dopamina tem ação excitatória na via direta e inibitória sobre a indireta • Em ambos os casos, facilita a atividade nas áreas motoras do córtex Papel dos Núcleos da Base no Controle Motor • Influenciam sistema lateral (extremidades) das vias motoras e medial • Podem afetar postura e tônus dos músculos proximais • Discinesia (movimento anormal) ▪ Tremor (membro em repouso), coreia, balismo e distonia • Aumento do tônus muscular (rigidez em roda denteada) • Bradicinesia (lentidão de movimento) • Atetose: movimento lento contorna partes distais das extremidades • Coreia: movimentos rápidos e breves, como de dança • Balismo: movimento violento em arremesso nas extremidades • Distonia: involuntários e lentos que podem causar posturas distorcidas Parkinson • Caracterizado por tremor, rigidez e bradicinesia • Perda de neurônios da substância negra (perda de dopamina) • Perda no locus coeruleus e núcleos da rafe também • Essa perda diminui atividade da via direta e aumenta atividade da via indireta. Aumenta atividade neuronal do GPi, inibindo tálamo LEVODOPA: pode aliviar os déficits motores da doença • Ela é um precursor da dopamina e atravessa a BHE Doença de Huntington Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 RODÍZIO: FISIO NEURO • Defeito genético autossômico dominante • Perda de neurônios GABAérgicos e colinérgicos do estriado que se projetam para o GPe. Isso diminui a atividade dos neurônios no núcleo subtalamicos, reduzindo atividade do GPi. • Esse mecanismo desinibe tálamo, potencializando a atividade dos neurônios das áreas motoras. • Gera o fenômeno da coreia Hemibalismo • Lesão no núcleo subtalamicos em um lado do encéfalo • Movimento involuntários e violentos no lado contralateral ao da lesão • Núcleo subtalamicos excita neurônios do GPi, uma lesão reduziria atividade do GPi. Estimulando tálamo OBS: Todas disfunções motoras de núcleos da base é contralateral ao componente doente. Anotações de humbertinho • Córtex motor primário: manda ordem para executar o movimento • Lobo parietal: recebe e integra informação onde está a mão no espaço e onde está o alvo (PAPEL SENSITIVO) • Córtex motora suplementar e pré-motor: envolvidas com o planejamento motor, recebem informações do parietal, frontal e enviam o plano motor para execução do movimento (motor primário) • Lobo frontal: iniciativa e vontade (recebe informações do límbico, hipotálamo) • Cerebelo: auxilia na correção do movimento. Recebe informação do plano motor (Cerebrocerebelo). Recebe do movimento que quer executar . Recebe informações dos fusos, proprioceptivos. Esses dois últimos pela via espinocerebelar anterior e posterior, respectivamente. • Núcleos da base: regulam o ritmo e quantidade de força (gera movimentos hipercinéticos e bradicinético em casos de lesões) Parte retirada do resumo 2 de semio Hipotonia ou flacidez • pode ter como causa um comprometimento do sistema nervoso, ▪ Colunas anteriores da medula (neuropatia motora, poliomielite) ▪ Nervos periféricos (neuropatias sensitivas, motoras ou mistas) ▪ Músculo (miopatia congênita) ▪ Doenças cerebelares • Pode ser por comprometimento das vias proprioceptivas (tabes dorsalis, degeneração medular posterior) Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 RODÍZIO: FISIO NEURO • Lesões cerebelares (atrofias cerebelares) • Gânglios basais (correia mole) Hipertonia • Ausência do controle das vias piramidal e extrapiramidal sobre as colunas anteriores da medula (corpos dos neurônios motores) • Pode se expressar como tono elástico (disfunção via piramidal) ou tono rígido (envolve sistema extrapiramidal) Hipertonia elástica ou espasticidade • Exagera-se no movimento ativo e abrande-se no repouso • Na mobilidade passiva, apresenta grau de resistência, com facilitação posterior como uma abertura de lâmina de canivete (sinal do canivete) • Predomina nos músculos flexores (MMSS) e extensores (MMII) • Lesão de neurônio motor superior • Lesa piramidal Rigidez ou Hipertonia plástica • Exacerba-se com o repouso e cede com movimento ativo • Afeta sobretudo músculos proximais (agonistas e antagonistas) • Sinal da roda dentada: intercala resistência e facilitação no movimentopassivo (sinal de Negro) ▪ PODE PEDIR PARA O PACIENTE REALIZAR MOVIMENTOS ATIVOS COM O MEMBRO HOMÓLOGO, enquanto realizamos o exame • Sinal do cano de chumbo: contínua resistência quando realizamos o mesmo movimento • Lesão extrapiramidal Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 RODÍZIO: FISIO NEURO 1. Conhecer e esquematizar as principais áreas do córtex relacionadas com a motricidade OK 2. Fazer representação esquemática do Homúnculo de Penfield motor correlacionando com anatomia vascular OK 3. Reconhecer a importância das áreas de associação sensitiva para a motricidade OK 4. Explicar o funcionamento do cerebelo, sendo capaz de esquematizar as principais aferências e eferências cerebelar e reconhecendo as divisões funcionais do cerebelo (vestíbulo/espino/cérebro-cerebelo) OK 5. Explicar e esquematizar o funcionamento do circuito motor do núcleos da base OK 6. Explicar neurofisiologicamente as alterações do tônus (flacidez/hipotonia, espasticidade/hipertonia elástica, rigidez/ hipertonia plástica) ok Referências: • Berne e Levy 7ª edição, capítulo 9 • Vídeos humbertinho
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