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Camila Quevedo Rodrigues descreva a farmacodinâmica do AAS AAS (ácido acetilsalicílico) Pertence à classe dos AINES não seletivos, subgrupo dos salicilatos. Tem ótimo efeito analgésico, antipirético/antitérmico e anti-inflamatório. Mas, seu maior uso é como droga antiplaquetária, pois o AAS é o principal inibidor da síntese de Tromboxanos por plaquetas. O AAS inibe irreversivelmente a formação de TXA2 mediada por COX-1. É uma droga muito utilizada na profilaxia de eventos tromboembólicos. Doses baixas de ASS (85 a 325mg) são suficientes para a sua ação antiplaquetária. Os AINES possuem como mecanismo de ação principal o bloqueio das enzimas cicloxigenases (COX), inibindo, desta forma, a formação dos mediadores dessa via (prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxano). Como as plaquetas não possuem núcleo, elas não podem sintetizar novas enzimas quando inibidas pelo AAS, e a falta de tromboxano persiste durante toda a vida da plaqueta (3-7 dias). Como resultado da diminuição de TXA2, a aglutinação plaquetária (o 1º estágio da formação do trombo) é reduzida, produzindo efeito antiplaquetário com aumento do tempo de sangramento. É o AINE que mais irrita a mucosa gástrica, pois se liga fortemente à COX-1 do estômago, promovendo redução da síntese de prostaglandinas, substâncias muco-protetoras pois aumentam a síntese de muco e bicarbonato, alcalinizando o pH gástrico. Ao inibir as prostaglandinas, o AAS promove acidificação da mucosa gástrica, decorrendo em desconforto gastrointestinal.
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