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enfermagem pediatrica e neonatal

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Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica 
e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É 
proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem 
autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 
Com certificado 
Online 
 
180 horas Atualização em Enfermagem 
Pediátrica e Neonatal 
Denise Santana Silva dos Santos 
 
 
 
 
 
 
Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica 
e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É 
proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem 
autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 
Atualização em Enfermagem 
Pediátrica e Neonatal 
Denise Santana Silva dos Santos 
 
180 horas 
Com certificado 
online 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO ..........................................................................................................7 
1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................7 
1.2 PREMISSAS .......................................................................................................7 
1.3 PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO ....................................................................8 
HISTÓRICO DA ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO ..........................................9 
2.1 CONCEITOS IMPORTANTES EM NEONATOLOGIA ........................................... 11 
HOSPITALIZAÇÃO INFANTIL ................................................................................. 12 
3.1 AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL E SUA RELAÇÃO COM A 
HOSPITALIZAÇÃO ....................................................................................................... 12 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL (UTIN).................................... 15 
4.1 FUNÇÕES DA UTIN ................................................................................................ 16 
4.2 PADRÕES DE INSTALAÇÃO DA UTIN ................................................................. 16 
4.3 RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA PARA 
INSTALAÇÕES FÍSICAS DA UTIN .............................................................................. 16 
4.3.1 Área Física (por leito) .............................................................................................. 17 
4.3.2 Iluminação .............................................................................................................. 17 
4.3.3 Recursos Humanos .................................................................................................. 18 
4.3.4 Treinamento constante............................................................................................. 18 
4.3.5 Transporte do RN .................................................................................................... 18 
4.3.6 Programa de saúde – Medicina do Trabalho ............................................................ 19 
4.3.7 Equipamentos .......................................................................................................... 19 
4.3.8 Metas para o uso dos equipamentos e tecnologias .................................................... 20 
4.3.9 Dependências Acessórias da UTIN .......................................................................... 21 
4.3.10 Serviço de Apoio ................................................................................................... 22 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA (UTIP) ................................. 23 
5.1 OBJETIVOS .............................................................................................................. 23 
5.2 INDICAÇÕES PARA INTERNAÇÃO NA UTIP ...................................................... 24 
5.3 RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA ................ 24 
5.3.1 Área Física (por leito) .............................................................................................. 24 
5.3.2 Iluminação .............................................................................................................. 25 
5.4 RECURSOS HUMANOS .......................................................................................... 25 
5.4.1 Enfermeiro Coordenador ......................................................................................... 25 
5.4.2 Enfermeiro Assistencial ........................................................................................... 25 
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA UTI- PEDIÁTRICA .......................................... 27 
6.1 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO COORDENADOR DA UTI ................................... 27 
6.2 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO ASSISTENTE NA UTI – PEDIÁTRICA................ 28 
6.3 PROCEDIMENTOS BÁSICOS NA UTI- PEDIÁTRICA .......................................... 28 
 
6.4 CUIDADOS BÁSICOS NA CRIANÇA HOSPITALIZADA ..................................... 29 
O PAPEL DA ENFERMAGEM PEDIÁTRICA .......................................................... 30 
CASO CLÍNICO ............................................................................................................ 31 
8.1 ESTUDO DE CASO 1 ............................................................................................... 31 
8.1.2 Explicação do caso .................................................................................................. 31 
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 33 
1.1 OBJETIVOS .............................................................................................................. 33 
1.2 PREMISSAS .............................................................................................................. 33 
GASTROSQUISE .......................................................................................................... 35 
ONFALOCELE ............................................................................................................. 37 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA GASTROSQUISE E NA ONFALOCELE
 ........................................................................................................................................ 39 
4.1 PRÉ-OPERATÓRIO .................................................................................................. 39 
4.2 PÓS-OPERATÓRIO .................................................................................................. 39 
OBSTRUÇÃO INTESTINAL ....................................................................................... 41 
5.1 DIAGNÓSTICO ........................................................................................................ 42 
5.1.1 Pré - natal ................................................................................................................ 42 
5.2 ATRESIA INTESTINAL ........................................................................................... 43 
5.3 ROTAÇÃO INTESTINAL INCOMPLETA ............................................................... 43 
5.4 DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG (MEGACOLO) ..................................................... 44 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM - NASCIDO COM OBSTRUÇÃO 
INTESTINAL ................................................................................................................. 46 
6.1 PRÉ-OPERATÓRIO .................................................................................................. 46 
6.2 PÓS–OPERATÓRIO ................................................................................................. 47 
TRAQUEOMALÁCIA .................................................................................................. 48 
7.1 SINTOMAS ............................................................................................................... 48 
7.2 CLASSIFICAÇÃO ....................................................................................................49 
7.3 TRATAMENTO ........................................................................................................ 49 
ENTEROCOLITE NECROTIZANTE ......................................................................... 50 
8.1 SINTOMAS ............................................................................................................... 51 
SEQUÊNCIA DE PIERRE ROBIN .............................................................................. 52 
9.1 PODE ESTAR AUSENTE EM ALGUNS .................................................................. 52 
9.2 ETIOLOGIA .............................................................................................................. 53 
9.3 HETEROGENEIDADE DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ................................. 53 
9.4 VÁRIAS MODALIDADES DE TRATAMENTO, POIS NÃO EXISTE, NA 
LITERATURA, UM CONSENSO SOBRE O TRATAMENTO ...................................... 54 
9.5 DIFICULDADES ALIMENTARES .......................................................................... 54 
9.6 GERALMENTE MAIOR QUE 30 MINUTOS........................................................... 54 
9.7 TRATAMENTO DA DIFICULDADE RESPIRATÓRIA .......................................... 54 
9.8 VÁRIAS MODALIDADES DE TRATAMENTO AINDA SEM UM CONSENSO. 
TRATAMENTO POSTURAL ......................................................................................... 55 
9.9 INTUBAÇÃO NASOFARÍNGEA ............................................................................. 55 
9.10 TRATAMENTO DA DIFICULDADE ALIMENTAR ............................................. 55 
MASSAS ABDOMINAIS .............................................................................................. 56 
DIVERSAS CONDIÇÕES CIRÚRGICAS ................................................................... 57 
CUIDADOS COM A FAMÍLIA DO RN GRAVE ........................................................ 58 
MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL DO RECÉM-NASCIDO 
CIRÚRGICO ................................................................................................................. 59 
CASO CLÍNICO ............................................................................................................ 61 
 
 
14.1 ESTUDO DE CASO 1: ............................................................................................ 61 
14.2 EXPLICAÇÃO DO CASO: ..................................................................................... 61 
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 63 
1.2 OBJETIVOS .............................................................................................................. 63 
1.3 PREMISSAS .............................................................................................................. 64 
CONCEITOS DE CUIDAR/ CUIDADO ...................................................................... 65 
TIPOS DE CUIDADO ................................................................................................... 66 
TEÓRICOS DO CUIDADO .......................................................................................... 69 
4.1 LEININGER .............................................................................................................. 69 
4.2 WATSON .................................................................................................................. 69 
4.3 ROACH (1991) .......................................................................................................... 70 
POLÍTICAS DE HUMANIZAÇÃO NO BRASIL........................................................ 71 
5.1 PROGRAMA DE HUMANIZAÇÃO DO PARTO E NASCIMENTO (PHPN) .......... 72 
A ENFERMAGEM E O CUIDAR ................................................................................ 73 
6.1 A ENFERMAGEM NEONATAL E O CUIDAR/ CUIDADO ................................... 73 
CUIDADOS MAIS FREQUENTES NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
NEONATAL................................................................................................................... 75 
AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DE REANIMAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO .. 80 
8.1 ASSISTÊNCIA AO RN COM NECESSIDADE DE REANIMAÇÃO ....................... 81 
PLANOS DE CUIDADO PARA ADAPTAÇÃO DOS PAIS NA UNIDADE DE 
TERAPIA INTENSIVA NEONATAL .......................................................................... 82 
9.1 IDENTIFICAÇÃO ..................................................................................................... 83 
9.2 EXPERIÊNCIA MATERNA ANTERIOR: ................................................................ 83 
9.3 INFORMAÇÕES DE NORMAS E ROTINAS: ......................................................... 83 
9.4 ORIENTAÇÃO SOBRE ALEITAMENTO: ............................................................... 83 
9.5 TREINAMENTO ESPECÍFICO: ............................................................................... 84 
CUIDANDO DO CUIDADOR ...................................................................................... 85 
PRINCÍPIOS DA INTERVENÇÃO GLOBAL ............................................................ 86 
O CONTROLE DA DOR NO RN ................................................................................. 87 
12.1 MANEJO DA DOR: NÃO-FARMACOLÓGICO .................................................... 87 
12.2 MANEJO DA DOR: FARMACOLÓGICO .............................................................. 88 
CASO CLÍNICO ............................................................................................................ 89 
13.1 ESTUDO DE CASO 1 ............................................................................................. 89 
13.2 EXPLICAÇÃO DO CASO....................................................................................... 89 
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 92 
1.1 OBJETIVOS .............................................................................................................. 92 
1.2 PREMISSA ................................................................................................................ 93 
DEFINIÇÕES SOBRE ADMINISTRAÇÃO ENDOVENOSA .................................... 94 
2.1 INDICAÇÕES ........................................................................................................... 94 
HISTÓRICO DO ACESSO VENOSO .......................................................................... 95 
CATETERES VENOSOS .............................................................................................. 96 
CONDUTAS NA INSERÇÃO, MANUTENÇÃO, CURATIVO E RETIRADA DOS 
CATETERES VENOSOS .............................................................................................. 97 
5.1 INSERÇÃO ............................................................................................................... 97 
5.2 MANUTENÇÃO DOS ACESSOS VENOSOS .......................................................... 98 
5.3 CURATIVO ............................................................................................................... 99 
5.4 RETIRADA DO CATETER .................................................................................... 100 
ACESSO VENOSO PERIFÉRICO ............................................................................. 101 
6.1 DISPOSITIVOS UTILIZADOS ............................................................................... 101 
 
6.1.1 Indicações ............................................................................................................. 101 
6.1.2 Desvantagens ........................................................................................................ 102 
6.1.3 Vantagens ............................................................................................................. 102 
ACESSO VENOSO CENTRAL ..................................................................................103 
7.1 VANTAGENS ......................................................................................................... 103 
7.2 TIPOS DE CATETERISMO .................................................................................... 104 
7.3 CATETERISMO VENOSOS E/OU ARTERIAL UMBILICAL ............................... 104 
7.3.1 Complicações ........................................................................................................ 105 
7.3.2 Remoção ............................................................................................................... 105 
7.4 CUIDADOS COM A MANUTENÇÃO DO CATETER UMBILICAL .................... 105 
7.5 PICC ........................................................................................................................ 106 
7.5.1 Vantagens ............................................................................................................. 107 
7.5.2 Desvantagens ........................................................................................................ 107 
7.5.3 Indicações ............................................................................................................. 107 
7.6 DISSECÇÃO VENOSA ........................................................................................... 107 
7.6.1 Vantagens ............................................................................................................. 108 
7.6.2 Desvantagens ........................................................................................................ 108 
VIA INTRAOSSÉA (IO) ............................................................................................. 110 
8.1 LOCAIS DE INSERÇÃO INTRAÓSSEA ............................................................... 111 
8.1.1 Vantagens ............................................................................................................. 111 
8.1.2 Desvantagens ........................................................................................................ 111 
VIA CARDÍACA ......................................................................................................... 112 
9.1 VANTAGEM........................................................................................................... 112 
9.2 DESVANTAGENS .................................................................................................. 113 
COMPLICAÇÕES DAS ADMINISTRAÇÕES DE MEDICAÇÃO ENDOVENOSA 
EM PEDIATRIA.......................................................................................................... 114 
10.1 PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES ........................................................................... 114 
10.2 FATORES CONTRIBUINTES PARA EXTRAVASAMENTO OU INFILTRAÇÃO 
ENDOVENOSA ............................................................................................................ 115 
10.3 SINAIS DE EXTRAVASAMENTO OU INFILTRAÇÃO ..................................... 115 
10.4 CUIDADOS IMPORTANTES ............................................................................... 115 
PUNÇÃO ARTERIAL (PUNÇÃO DA ARTÉRIA RADIAL) ................................... 116 
PUNÇÃO DO CALCANHAR ..................................................................................... 117 
12.1 TESTE DO PEZINHO ........................................................................................... 118 
12.2 GLICEMIA CAPILAR .......................................................................................... 118 
MANEJO DA DOR NO NEONATO .......................................................................... 119 
13.1 MANEJO DA DOR: NÃO-FARMACOLÓGICO .................................................. 119 
13.2 MANEJO DA DOR: FARMACOLÓGICO ............................................................ 120 
CASO CLÍNICO .......................................................................................................... 121 
14.1 ESTUDO DE CASO 1 ........................................................................................... 121 
14.2 EXPLICAÇÃO DO CASO..................................................................................... 121 
AVALIAÇÃO ............................................................................................................... 122 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 128 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Administração e Organização dos 
Serviços Pediátricos e Neonatais 
Unidade 1 – Apresentação 
 
 
01 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
O adoecer e a hospitalização configurar situações de mudanças significativas, tanto no 
crescimento, quanto no desenvolvimento da criança, podendo interferir no equilíbrio físico, 
emocional e cognitivo, além de causar estresse e dificuldades muitas vezes incompreensíveis 
para a criança. 
A organização, nesse contexto, é compreendida como o processo de agrupar 
atividades, ou seja, o que é pertinente a cada profissional e estabelecer relações de trabalho 
direcionando assim as normas e rotinas nos serviços. 
 
 
1.1 OBJETIVOS 
Atualizar os graduandos de enfermagem e enfermeiros quanto aos princípios da organização 
e administração dos serviços neonatais e pediátricas considerando as peculiaridades 
inerentes a essa etapa da vida. 
Enfatizar que a presença do enfermeiro (a) é indispensável na liderança dos serviços 
de assistência em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal ou Pediátrica. 
 
 
1.2 PREMISSAS 
A administração e organização das unidades neonatais e pediátricas requerem planejamento 
que inclui atentar para. 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
A Filosofia e objetivo do serviço. 
Condições socioeconômicas e culturais da comunidade. 
Recursos humanos, materiais e financeiros disponíveis. 
Demanda a ser atendida. 
Nível de atendimento a ser prestado nesta unidade. 
 
 
1.3 PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO 
Tipo de população a ser atendida na unidade 
Equipe de saúde disponível 
Níveis de Assistência: 
 Nível I (primário) 
 Nível II (secundário) 
 Nível III (terciário) 
 
Unidade 2 – Histórico da Assistência ao Recém-Nascido 
 
 
02 
HISTÓRICO DA ASSISTÊNCIA AO RECÉM-
NASCIDO 
 
 
 
 
Em tempos mais remotos o parto não despertava interesse da coletividade. A mulher dava a 
luz sozinha, prevalecendo o instinto; o nascimento de uma criança era acompanhado por 
cerimônias festivas ou sacrifícios que tinham a finalidade de acalmar os maus espíritos. 
Para alguns autores a origem da assistência ao parto e ao recém-nascido está 
associada ao trabalho das parteiras, mulheres que em geral, adquiriram seus conhecimentos 
a partir da sua própria multiparidade e práticas tocológica, essas mulheres receberam várias 
denominações dentre elas os termos de comadres. 
 
Um dos pioneiros obstetras a dispensar atenção às crianças que ajudava a nascer foi 
Pierre Budin, que criou o primeiro ambulatório de puericultura para os bebês sadios, no 
hospital Charlité de Paris, em 1892. Historicamente Budin foi considerado o primeiro 
neonatologista. 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
Mudanças significativas na assistência hospitalar ao recém-nascido ocorreram na 
Inglaterra, em fins do século XIX e início do século XX, quando Martin Cooney, um dos 
alunos de Budin, utilizando incubadoras conseguiu em quatro décadas, evitar a morte de 
cerca de cinco mil prematuros. Com sucesso clínico e comercial alcançado surgiram 
numerosos centros de prematuros. 
 
No início do século XX, instalaram-se berçários nas maternidades para alojar todos 
os neonatos como medida de isolamento devido à elevada mortalidade infantil por doenças 
infecciosas, especialmente respiratórias e diarreia, com finalidade de reduzir os riscos de 
infecção e contaminação. 
Instituíram-se medidas rigorosas de isolamento, os prematuros eram alojados nos 
berçários. Evitava-se a hospitalização sempreque possível e adotaram regras especiais como 
a proibição do manuseio desnecessário da criança e qualquer visita ao berçário, inclusive da 
própria mãe. 
Atualmente com os modernos avanços científicos e tecnológicos, é possível observar 
uma considerável redução da taxa de mortalidade neonatal e aumento da sobrevida de recém-
nascido de alto-risco, ou seja, daquelas atendidas em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal 
(UTIN). Sendo assim, a qualidade de vida desses neonatos se tornou uma preocupação 
exigindo-se a intervenção em etapas do desenvolvimento cada vez mais precoce. 
 
Unidade 2 – Histórico da Assistência ao Recém-Nascido 
 
 
O aumento da sobrevida desses recém-nascidos de risco tem gerado também, o 
aumento da probabilidade de desenvolvimento de sequelas neurológicas, de déficits 
somáticos, dificuldade de aprendizagem, distúrbios de comportamento, anormalidades 
neuromotoras e outras afecções frequentemente incapacitantes. 
 
 
2.1 CONCEITOS IMPORTANTES EM NEONATOLOGIA 
O período neonatal inclui as 4 primeiras semanas de vida, ou seja, a partir do nascimento até 
o 28º dia de vida. 
Estão definidos abaixo alguns termos importantes relativos à vida ou morte no 
período neonatal. 
 Nascimento vivo: corresponde ao nascimento na qual o recém-nascido apresenta 
ventilação, batimentos cardíacos e movimentos involuntários independentemente da 
idade gestacional. 
 Morte Neonatal: é a morte que ocorre na fase neonatal nos primeiros 28 dias de vida. 
 Morte Neonatal Precoce: é a morte que ocorre nos primeiros 7 dias de vida. 
 Morte Neonatal Tardia: É a morte do recém-nascido que ocorre do 7º dia até o 28º 
dia de vida. 
 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
03 
HOSPITALIZAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
 
As reações da criança frente à doença e a hospitalização dependem principalmente do nível 
de desenvolvimento psíquico, do grau de apoio familiar, do tipo da doença e da atuação da 
equipe. 
 
 
3.1 AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL E SUA 
RELAÇÃO COM A HOSPITALIZAÇÃO 
A fase Neonatal é caracterizada pela total dependência do cuidado na UTI Neonatal e pela 
quebra do vínculo família-bebê. 
 
4 meses aos 2 anos: Separação da mães estimula protestos, aflição e desespero. 
Unidade 3 – Hospitalização Infantil 
 
 
 
2 aos 5 anos: A preocupação acerca do afastamento da genitora ainda são 
importantes: medo, sensibilidade com relação a dor, ferida, sangue e aos procedimentos 
médicos. Pensamentos mágicos/ fantasias floridas/ pesadelos. 
 
6 aos 9 anos: Preocupação com a morte, desaparecimento, pessoas que não voltam, 
temor de perder para sempre, preocupação com a perda do lugar (enfermarias), invalidez, 
longe de casa, escola, amigos, medo de ser abandonado. 
 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
9 aos 12 anos: Preocupa-se com a própria idade escolar acerca da capacidade 
intelectual, social e física, preocupação também acerca das funções corporais, temor na 
exposição do corpo frente ao pessoal da equipe de saúde e dos outros pacientes. 
Denominados de pré-adolescentes. 
 
 
Unidade 4 – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) 
 
 
04 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
NEONATAL (UTIN) 
 
 
 
 
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é uma unidade hospitalar destinada a 
receber as crianças graves logo após o nascimento ou até 28 dias de vida. Setor complexo 
que necessita de uma equipe treinada para trabalhar na assistência da criança grave no 
período neonatal. 
 
Na unidade de cuidados intensivos neonatais são internados, principalmente, os 
recém-nascidos prematuros, que correm risco de vida e necessitam de cuidados 24h por dia, 
bem como aqueles que sofreram algum problema ao nascimento. 
 
 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
4.1 FUNÇÕES DA UTIN 
 Reanimação e estabilização 
 Admissão e observação 
 Cuidados contínuos e intensivos 
 Isolamento 
 Apoio familiar 
 Reduzir o índice de morbimortalidade neonatal 
 Promover e incentivar o Aleitamento Materno 
 Estimular e facilitar a participação da mãe na execução dos cuidados ao RN. 
 Estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa. 
 
 
4.2 PADRÕES DE INSTALAÇÃO DA UTIN 
 Centro Obstétrico – bem equipado para o atendimento do RN. 
 UTI Neonatal – próximo ao CO, para facilitar o transporte do RN. 
 Mesmo pavimento da unidade de puerpério. 
 Distante da emergência e das UTI (processo séptico). 
 Visores de circulação externa e interna. 
 Divididos em setores por complexidade. 
 Planta física especialmente projetada. 
 Segurança do paciente e equipe. 
 
 
4.3 RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
PEDIATRIA PARA INSTALAÇÕES FÍSICAS DA UTIN 
 
Unidade 4 – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) 
 
 
4.3.1 Área Física (por leito) 
 3 a 4 m², com uma distância de 1 m entre eles 
 Energia elétrica: 10 a 12 tomadas aterradas e ligadas ao circuito de emergência do 
gerador 
 2 a 4 pontos de ar comprimido e oxigênio 
 2 a 3 pontos de vácuo 
 Temperatura: 24 a 27ºC 
 Umidade: 50% 
 Acústica: 75 dc 
 Piso: sem frestas; material lavável; cor clara; superfície lisa. 
 Teto: rebaixado; cantos arredondados; superfície lisa. 
 Comunicação: linha telefônica; música ambiente. 
 
 
4.3.2 Iluminação 
 Luz branca e florescente. 
 Interruptores silenciosos. 
 Dimmer para controle da luz. 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
 Iluminação complementar, com braço articulado. 
 
 
4.3.3 Recursos Humanos 
 Título de especialista para enfermeiras 
 Treinamento pelo menos 1 ano para auxiliar de UTI 
 Avaliação permanente do grupo 
 
4.3.4 Treinamento constante 
 Grupo de estudo (aspecto científico) 
 Grupo de desenvolvimento 
 Íntegra 
 Trabalha equipe 
 Trabalha comunicação 
 Trabalha estresse 
 Cuidar-se para cuidar 
 
4.3.5 Transporte do RN 
 
Unidade 4 – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) 
 
 
O transporte neonatal intra-hospitalar é realizado quando as crianças internadas em unidade 
neonatal necessitam de alguma intervenção cirúrgica ou procedimento diagnóstico dentro 
das dependências do próprio hospital ou em locais anexos. 
O transporte inter-hospitalar ocorre principalmente quando há necessidade de 
recursos de cuidados intensivos não disponíveis nos hospitais de origem, como abordagens 
diagnósticas e cirúrgicas mais sofisticadas e/ou de doenças menos frequentes, medidas de 
suporte ventilatório, nutrição parenteral e monitorização vital complexa. 
Em qualquer das duas situações, o transporte pode se tornar um risco a mais para o 
RN criticamente doente e, por isso, deve ser considerado como uma extensão dos cuidados 
realizados na UTI. 
A responsabilidade pela indicação desse tipo de transporte é da equipe que presta 
assistência ao RN na unidade de origem. 
Costuma-se dar muito mais atenção ao transporte inter-hospitalar que ao intra-
hospitalar. Entretanto, deve-se lembrar que o transporte intra-hospitalar ocorre com grande 
frequência e, para sua realização, são necessários treinamento e habilidades similares aos 
requisitados para a realização do transporte inter-hospitalar. 
 
4.3.6 Programa de saúde – Medicina do Trabalho 
 
 
 
 
4.3.7 Equipamentos 
 Incubadora: 50% dos leitos (servo-controle) 
 Incubadora de transporte 
 Berço aquecido: 20 a 30% dos leitos 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
 Berço de acrílico: 20 a 30% dos leitos 
 Balanças de incubadoras 
 Balanças de fraldas 
 Capacetes de acrílico: 2 para cada 3 leitos 
 Fototerapia: 1 para cada 3 leitos 
 Oxímetros e monitores: 1 por leito 
 Bombas de infusão: 3 por leito 
 Aparelho de ventilação pulmonar mecânica: 1 para cada 2 leitos 
 PA invasiva 
 
4.3.8 Metas para o uso dos equipamentos e tecnologias 
 Profissionais treinados para operar com segurança e eficiência 
 Explorar todo o potencial 
 Evitar quebrase redução de vida útil 
 Utilizar manuais de instrução para dúvidas 
Unidade 4 – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) 
 
 
 Avaliação preventiva programada 
 Desinfecção adequada 
 
 
4.3.9 Dependências Acessórias da UTIN 
 Vestiário 
 Sanitário 
 Posto de Enfermagem central 
 Sala de guarda de equipamentos 
 Sala de reunião 
 Sala da coordenação 
 Rouparia 
 Sala de desinfecção de equipamento 
 Expurgo 
 Sala de repouso 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
 
4.3.10 Serviço de Apoio 
 Laboratório 24 horas 
 Serviço de bio imagem 
 Hemoterapia 
 Eletrocardiograma 
 Centro cirúrgico 
 CCIH 
 Psicologia 
 Serviço Social 
 Central de esterilização 
 Lactário 
 Farmácia 
 Anatomia patológica 
 
Unidade 5 – Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) 
 
 
05 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
PEDIÁTRICA (UTIP) 
 
 
 
 
A Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica é uma unidade hospitalar que recebe crianças 
graves e que necessitam de cuidados intensivos, desde lactentes até 12 anos. 
 
 
 
5.1 OBJETIVOS 
Promover o cuidado ideal das crianças criticamente enfermas: curar suas doenças e o retorno 
para a sociedade. 
Promover a monitorização contínua para a criança instável. 
Equipe multiprofissional com atividades organizadas e dinâmicas. 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
 
 
5.2 INDICAÇÕES PARA INTERNAÇÃO NA UTIP 
 Necessidade de Ventilação Mecânica 
 Infusão de drogas vasoativas 
 POI cirúrgico 
 PO de cirurgia cardíaca 
 Choque séptico 
 Portadores de doenças cardíaca, pulmonares e renais que enfrente doença aguda ou 
necessite de cirurgia. 
 Distúrbio respiratório agudo 
 Distúrbios neurológicos: coma recente, episódios convulsivos, TCE 
 Distúrbios Hematológicos e Desequilíbrio Acidobásico 
 Distúrbios renais: IRA, crise hipertensiva 
 Distúrbios metabólicos: cetoacidose diabética 
 Distúrbios cardiovasculares: ICC, arritmia, choque cardiogênico 
 Sepse 
 Desnutrição grave, leucopenia, plaquetopenia e oligúria 
 Outros: intoxicação aguda, choque anafilático, picada de animal peçonhento. 
 
 
5.3 RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
PEDIATRIA 
 
5.3.1 Área Física (por leito) 
 3 a 4 m², com uma distância de 1 m entre eles. 
Unidade 5 – Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) 
 
 
 Energia elétrica: 8 a 10 tomadas aterradas e ligadas ao circuito de emergência do 
gerador 
 2 pontos de ar comprimido e oxigênio 
 2 pontos de vácuo 
 Temperatura umidade 
 Acústica: 75 dc 
 Piso: sem frestas/ material lavável/ Cor clara/ superfície lisa 
 Teto: rebaixado / cantos arredondados/ superfície lisa 
 Comunicação: linha telefônica/ música ambiente 
 
5.3.2 Iluminação 
 Luz branca, florescente 
 Interruptores silenciosos 
 Dimmer para controle da luz 
 Iluminação complementar 
 
 
5.4 RECURSOS HUMANOS 
 
5.4.1 Enfermeiro Coordenador 
 Especialização em Enfermagem Pediátrica. 
 Elaborar o manual de normas e rotinas. 
 Elaborar e coordenar programas de treinamento da equipe. 
 
5.4.2 Enfermeiro Assistencial 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
 Preconizado um enfermeiro para cada dois pacientes críticos 
 Pediatra 
 Fisioterapeuta 
 Nutricionista 
 Assistente Social 
 Psicólogo 
 
Unidade 6 – Atuação do Enfermeiro na UTI Pediátrica 
 
 
06 
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA UTI- 
PEDIÁTRICA 
 
 
 
 
A presença do enfermeiro (a) é indispensável na liderança dos serviços de assistência em 
uma UTI. 
O enfermeiro (a) é responsável pela unidade e deve ter alguns requisitos 
contemplados. 
 
 
6.1 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO COORDENADOR DA UTI 
 Pediátrica 
 Coordenação 
 Liderança 
 Planejamento 
 Organização 
 Seleção do pessoal de enfermagem 
 Elaborar o plano de assistência 
 Supervisionar o serviço. 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
 
 
6.2 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO ASSISTENTE NA UTI – 
PEDIÁTRICA 
 Realizar procedimentos invasivos 
 Supervisionar o serviço técnico da sua equipe 
 Auxiliar e coordenar o serviço de enfermagem nas intercorrências 
 Preparar admissão da criança na UTI 
 Instalar equipamentos para o monitoramento da criança 
 Orientar e planejar a assistência prestada à criança. 
 Na admissão da criança na UTI, o enfermeiro deve ser comunicado previamente para 
que seja montada adequadamente a unidade, objetivando uma maior rapidez e 
eficiência no atendimento. 
 
 
6.3 PROCEDIMENTOS BÁSICOS NA UTI- PEDIÁTRICA 
 Preparo do leito 
 Material de intubação 
 Aparelho para Ventilação Mecânica 
 Material para procedimentos de exames 
 Material para sondagens 
 Carrinho de emergência 
 Administração de drogas 
 Controle do peso 
 Realização de Raios-X. 
 Oxigenoterapia 
 Acesso venoso 
Unidade 6 – Atuação do Enfermeiro na UTI Pediátrica 
 
 
 Controle de SSVV 
 Cuidados com a traqueostomia 
 Sondagens 
 Cateterismo vesical 
 
 
6.4 CUIDADOS BÁSICOS NA CRIANÇA HOSPITALIZADA 
 Alimentação 
 Higiene e conforto 
 Recreação (Brinquedoteca) 
 Procedimentos invasivos 
 Administração de medicamentos 
 Mobilidade e transporte 
 Alívio da dor 
 Acompanhamento familiar 
 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
07 
O PAPEL DA ENFERMAGEM PEDIÁTRICA 
 
 
 
 
A enfermagem pediátrica está envolvida em todos os aspectos do crescimento e desenvolvimento 
da criança e da sua família. As funções da enfermagem variam de acordo com as estruturas 
regionais da profissão, carreira acadêmica e experiências individuais de cada profissional. 
O estabelecimento de uma relação terapêutica é a base essencial para promover um 
cuidado de enfermagem de alta qualidade. É preciso que as enfermeiras pediátricas tenham 
relações significantes com as crianças e suas famílias. 
Em uma relação terapêutica, fronteiras atentas e bem definidas separam a enfermeira da 
criança e da sua família. Essas fronteiras são positivas e promovem o controle da família sobre o 
cuidado da criança. 
Toda enfermeira envolvida no cuidado da criança deve realizar cuidados de saúde 
preventivos. Independentemente do problema identificado, o papel da enfermagem é planejar 
cuidados que contemplem todos os aspectos do crescimento e do desenvolvimento. 
 
Unidade 8 – Caso Clínico 
 
08 
CASO CLÍNICO 
 
 
 
 
Nesta seção abordaremos um caso clínico de um recém-nascido que necessitou ser internado 
em uma Unidade Neonatal e explicaremos os procedimentos que foram realizados com ele. 
 
 
8.1 ESTUDO DE CASO 1 
“Pedro Henrique nasceu de parto normal, pesando 3Kg e com 46 cm de comprimento. 
Chorou ao nascer e não necessitou de manobras de reanimação. Apresentou escore APGAR: 
7 no 1º min. e 8 no 5º min. Informações de sua genitora: tem 23 anos, não realizou pré-natal, 
apresentava perda de líquido amniótico há 8 horas e febre no momento do parto. Apresentou 
líquido amniótico fétido.” 
 
8.1.2 Explicação do caso 
Pedro Henrique pela classificação de risco do recém-nascido do Ministério da Saúde seria 
definido como um neonato de alto risco ao nascer, devido ao bolsa rota materna de 8 hs, 
presença de líquido amniótico de odor fétido e febre materna, sinais indicativos de infecção 
materna. 
O recém-nascido deverá ser encaminhado urgentemente para uma unidade de 
cuidados semi-intensivo neonatal ou berçário para iniciar antibioticoterapia. 
Essa criança deverá ser monitorizado os exames laboratoriais, sinais de sepse 
neonatal precoce, temperatura e glicemia. 
As infecções neonatais sempre devem ser consideradas como doenças graves e a 
criança deve receber os antibióticos necessários.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manejo Clínico ao Recém-Nascido 
Cirúrgico: Um Enfoque da Enfermagem 
Unidade 1 – Apresentação 
 
 
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01 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
A neonatologia é uma área de estudo da Pediatria que ocupa - se do cuidado das crianças 
desde o nascimento até 28 dias de vida. Abrangendo as atividades de prevenção, promoção, 
recuperação e reabilitação do neonato. As características anatômicas e funcionais do neonato 
fazem dele um ente completamente individualizado dentro dos limites do desenvolvimento 
infantil. 
 
 
1.1 OBJETIVOS 
Atualizar os profissionais de enfermagem acerca do cuidado ao neonato cirúrgico. 
Explicar patologias cirúrgicas mais frequentes nos recém-nascido. 
Esclarecer dúvidas sobre o manejo clínico ao recém-nascido cirúrgico. 
 
 
1.2 PREMISSAS 
A passagem da vida intrauterina para a extrauterina é um dos eventos de maior risco na vida. 
Os ajustes fisiológicos necessários para essa transição devem ser rápidos, completando-se 
quase que totalmente logo após o nascimento. 
O exame físico do recém - nascido (RN) deve ser feito inicialmente, em sala de parto, 
complementando - se na primeira hora de vida. Tem como finalidade principal detectar a 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
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presença de alguma malformação congênita, verificar se a transição respiratória intrauterina 
para a extrauterina processou - se de forma adequada, se houve possíveis danos ao RN 
causados pela gestação, pelo trabalho de parto propriamente dito ou pelo uso de analgésico 
e anestésico utilizados pela mãe e se há alguma infecção ou distúrbios metabólicos. 
 
O nascimento de uma criança com malformação congênita que necessita de uma 
intervenção cirúrgica é marcado pela dor e angústia dos pais devido à necessidade de uma 
separação brusca entre os pais e o filho que poderá afetar o desenvolvimento físico e psíquico 
do RN. 
Unidade 2 – Gastrosquise 
 
 
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02 
GASTROSQUISE 
 
 
 
 
É uma fenda na parede abdominal desenvolvida no útero, com prolapso de órgãos – ocorre 
ao lado do cordão umbilical, geralmente à direita. 
 
Prolapso: intestino, fígado, estômago e baço. 
Etiologia exata e o tempo de ocorrência controversas. 
Ocorrência de gastrosquise está relacionada à idade materna e anomalias adicionais. 
Geralmente a malformação é limitada ao trato gastrointestinal. 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
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Diagnóstico: USG no 2º trimestre com Idade Gestacional (IG) entre 19 e 21,5 
semanas. 
Controvérsias no tipo de parto, porém a preferência que é seja parto cesariano. 
Casos de diagnósticos pré - natal – índice de Partos Cesáreas: variam de 28 a 96,6 
%. 
Tratamento cirúrgico que deve ser corrigida tão logo possível após o parto. 
 
Unidade 3 – Onfalocele 
 
 
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03 
ONFALOCELE 
 
 
 
 
É uma malformação congênita na qual o intestino e outros órgãos saem da cavidade 
abdominal através do cordão umbilical. 
 
Existe sempre o envolvimento intestinal, mas outros órgãos podem estar prolapsados. 
Não existem fatores de risco conhecido. 
A Onfalocele é frequentemente vista no contexto de síndromes congênitas, com 
múltiplas malformações associadas: 
Extrofia de Bexiga; 
OEIS complexo (omphalocele, exstrophy, imperforate anus, spinal); 
Pentalogia de Cantrell’s; 
Trissomias; 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
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Anomalias Cardíacas são descritas em 13% e 
Outras cromossomopatias e hipoplasia pulmonar também são associadas com estes 
defeitos. 
Unidade 4 – Assistência de Enfermagem na Gastrosquise e na Onfalocele 
 
 
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04 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA 
GASTROSQUISE E NA ONFALOCELE 
 
 
 
 
4.1 PRÉ-OPERATÓRIO 
 Preparo do leito (Berço Aquecido) 
 Monitorização do recém-nascido 
 Suporte ventilatório 
 Termorregulação 
 Acesso venoso 
 Passagem da Sonda Orogástrica aberta 
 Cobertura das vísceras (gastrosquise) e da membrana amniótica (onfalocele): utilizar 
compressa estéril, SF 0,9% (morno). 
 Exames laboratoriais 
 Encaminhamento para o Centro Cirúrgico. 
 
 
4.2 PÓS-OPERATÓRIO 
 Monitorização 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
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 Suporte ventilatório 
 Termorregulação 
 Acesso venoso 
 Cuidados com a Ferida Operatória (FO) 
 Cuidados com a dor do recém - nascido 
 Hidratação / venóclise para reposição de eletrólitos 
 Administração de Antibioticoterapia prescrita. 
 
Unidade 5 – Obstrução Intestinal 
 
 
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05 
OBSTRUÇÃO INTESTINAL 
 
 
 
 
A obstrução intestinal neonatal pode ser definida por ausência de eliminação de mecônio, 
acompanhada de distensão abdominal progressiva e vômitos, ainda que até 30% das 
obstruções apresentem eliminação meconial nos primeiros dias. 
 
Embora este conceito seja amplo, há que se fazer distinção entre duas grandes formas 
de obstrução intestinal: 
 Causas mecânicas: representadas pelas atresias intestinais, por vícios de rotação, 
por estenoses e por bridas congênitas, entre outras. 
 Causas funcionais: que são originadas de falha na propulsão do conteúdo intestinal, 
representadas, em sua grande maioria, pelas alterações de inervação do tubo 
digestivo e displasias neuronais. 
A primeira evacuação ocorre dentro das primeiras 24 horas do nascimento, em 99% 
dos recém-nascidos de termo ou, nas primeiras 48 horas, em todos recém-nascidos de termo 
saudáveis. 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
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A ausência de eliminação de mecônio nas primeiras 24 horas em recém - nascidos a 
termo levanta a suspeita de obstrução intestinal. 
No entanto, em recém-nascidos prematuros, somente cerca de 37% tiveram sua 
primeira evacuação nas primeiras 24 horas. 
As principais causas de obstrução intestinal no recém - nascido são atresias 
intestinais, vícios de rotação intestinal, íleo meconial, doença de Hirschsprung, síndrome da 
rolha meconial e anomalias anorretais. 
 
 
5.1 DIAGNÓSTICO 
 
5.1.1 Pré - natal 
 USG 
A associação entre história materna de polidrâmnio e obstrução intestinal em recém 
- nascidos é bem conhecida. Ocorre em cerca de metade dos recém - nascidos com obstrução 
intestinal alta, mas em menos de 20% nos neonatos com obstrução baixa. 
Entende - se por obstrução intestinal alta aquelas situadas até as porções iniciais da 
região ileal. 
Nessas condições, a ultrassonografia pré - natal é mais confiável na detecção de 
atresia duodenal do que nas obstruções distais. 
O achado de polihidrâmnio faz com que, ao recepcionar o recém - nascido quando 
do seu nascimento, nos preocupemos em observar o volume de líquido aspirado da câmara 
gástrica. Um volume superior a 20 ml é sugestivo de obstrução. 
O exame abdominal, frequentemente, revela alças intestinais distendidas, podendo 
ser palpáveis e, mesmo, visíveis. 
Quanto menor o número de alças dilatadas, mais proximal a obstrução intestinal; 
entretanto, a interpretação deve ser cuidadosa, sempre em associação com o quadro clínico. 
A inspeção anal, acompanhada de toque retal, é essencial para excluir a presença de anomalia 
anorretal. 
 
 
Unidade 5 – Obstrução Intestinal 
 
 
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5.2 ATRESIA INTESTINAL 
É a causa mais comum de obstrução intestinal congênita e corresponde a um terço de todas 
as causas de obstrução intestinal no recém - nascido. 
 
Tem prevalência de um caso para cada 2.500 nascidos vivos. 
Distensão abdominal global está presente em 80% dos neonatos com obstrução distal 
ao jejuno. 
Nas obstruções intestinais altas, proximais ao jejuno, a distensão é exclusivamente 
epigástrica. Podem - se observar movimentos peristálticos da alça proximal à obstrução. 
Falha na passagem de mecônio é indicativo de obstrução intestinal, mas 
aproximadamente 30% dos pacientes com atresia duodenal e 20% daqueles com atresia 
jejuno - ileal têm eliminação de pequena quantidade de mecônio, com características 
anormais, após o nascimento. 
O tratamento é cirúrgico, com reconstituição do trânsito intestinal, preferencialmente 
com ressecção da porção mais dilatada e anastomose término - terminal. 
 
 
5.3 ROTAÇÃO INTESTINAL INCOMPLETA 
Os vícios de rotação intestinal têm prevalência de um caso para 500 nascidos vivos. 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
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Estima-se que 50% são sintomáticos no período neonatal, sendo a manifestação 
predominante o vômito bilioso. 
Os vômitos biliosos são uma constante e associam - se à distensão e a dor abdominal. 
Podem ocorrer desidratação e alteração no equilíbrio ácido - básico, de acordo com a 
intensidade dos vômitos. 
A progressão da isquemia intestinal leva à necrose, seguida de peritonite, choque 
hipovolêmico e sepse. O abdome torna - se distendido, com edema e hiperemia de parede, 
extrema sensibilidade e, às vezes, coloração violácea Periumbilical. 
O tratamento cirúrgico está sempre indicado na má rotação intestinal, mesmo nos 
casos crônicos, pois não há meios de prever quais pacientes desenvolverão e necrose. 
A apresentação clínica mais comum é de obstrução distal, com o toque retal 
revelando saída explosiva de gases e fezes. 
A radiografia simples de abdome evidencia distensão de alças com ausência de ar 
nos segmentos distais, na maioria dos casos. 
A cirurgia, para remoção do segmento intestinal agangliônico, é necessária. Na 
maioria dos neonatos, realiza-se colostomia no segmento normal para descompressão, 
seguida da cirurgia definitiva em três a seis meses. 
 
 
5.4 DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG (MEGACOLO) 
O megacoloagangliônico, megacolo congênito ou doença de Hirschsprung tem incidência 
global de um caso para cada 4000 nascidos vivos. 
Unidade 5 – Obstrução Intestinal 
 
 
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Corresponde de 20% a 25% das causas de obstrução intestinal neonatal. As crianças 
portadoras de aganglionose apresentam defeito na inervação entérica distal, caracterizada 
pela ausência de células ganglionares nas camadas submucosa e muscular e aumento das 
fibras neurais colinérgicas. 
A síndrome da rolha meconial é benigna e é causa frequente de obstrução funcional 
distal no recém - nascido. É forma transitória de obstrução retal causada por mecônio 
espesso. 
A incidência é estimada de um cada para 500 a 1000 neonatos. 
A etiologia desta afecção é incerta. 
Em alguns recém - nascidos, a simples estimulação retal com exame digital ou enema 
salino pode induzir à eliminação da rolha. 
No entanto, estes neonatos devem ser acompanhados periodicamente, pois, ao 
retorno dos sintomas, é necessária investigação adicional, por suspeita de serem portadores 
da doença de Hirschsprung. 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
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06 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO 
RECÉM - NASCIDO COM OBSTRUÇÃO 
INTESTINAL 
 
 
 
 
6.1 PRÉ-OPERATÓRIO 
 Preparo do leito (Berço Aquecido) 
 Monitorização do recém-nascido 
 Suporte ventilatório 
 Termorregulação 
 Acesso venoso 
 Passagem da Sonda Orogástrica aberta 
 Cobertura das vísceras (gastrosquise) e da membrana amniótica (onfalocele): utilizar 
compressa estéril, SF 0,9% (morno) 
 Exames laboratoriais 
 Encaminhamento para o Centro Cirúrgico. 
 
 
Unidade 6 – Assistência de Enfermagem ao Recém-Nascido com Obstrução Intestinal 
 
 
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6.2 PÓS–OPERATÓRIO 
 Monitorização 
 Suporte ventilatório 
 Termorregulação 
 Acesso venoso 
 Cuidados com a Ferida Operatória (FO) 
 Cuidados com a ostomia e a região periostomia 
 Cuidados com a dor do recém - nascido 
 Hidratação / venóclise para reposição de eletrólitos 
 Administração de Antibioticoterapia prescrita. 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
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07 
TRAQUEOMALÁCIA 
 
 
 
 
Consiste na flacidez da via aérea acompanhada de debilidade dos anéis traqueais e 
abaulamento da parede posterior da traqueia. Ocorre o colapso da traqueia durante expiração. 
 
 
 
7.1 SINTOMAS 
 Ocorre nas primeiras semanas de vida 
 Depende da extensão da obstrução 
 Estridor 
 Infecções respiratórias recorrentes 
 Apnéia após ingesta alimentar 
 75% das crianças apresentam 1 a 3 meses após extubação desenvolvem 
traqueomalácia. 
Unidade 7 – Traqueomalácia 
 
 
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 Os sintomas são insidiosos e diagnóstico ocorre quando a luz traqueal está reduzida. 
 
 
7.2 CLASSIFICAÇÃO 
 Tipo I ou congênita 
 Associada à atresia de esôfago 
 Tipo II ou secundária 
 Compressão extrínseca da lúmen por malformações vasculares e tumor 
 Tipo III ou adquirida 
 VM por tempo prolongado, traqueostomia e cirurgia traqueal 
 
 
7.3 TRATAMENTO 
Formas leves e moderadas (obstrução lúmen<70%) – tratamento da patologia de base 
(infecção) e exercícios respiratórios (Fonoaudiólogo). 
Formas graves (obstrução>90%)- cirurgia (traqueostomia, aortopexia - terço distal 
da traqueia, ressecção segmento malácico e aplicação “stents”). 
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08 
ENTEROCOLITE NECROTIZANTE 
 
 
 
 
A Síndrome de etiologia desconhecida, caracterizada por necrose intestinal aguda, que 
acomete entre 0,03 a 0,3% de todos os recém - nascidos e 2 a 5% dos recém - nascidos 
tratados em UTI – Neonatal. 
 
É uma doença de causa desconhecida, multifatorial e relacionada à imaturidade 
intestinal, fenômeno inflamatório (infecciosos), hipóxia / isquemia do intestino, flora e 
conteúdo presente na luz intestinal. 
 
 
Unidade 8 – Enterocolite Necrotizante 
 
 
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8.1 SINTOMAS 
 Intolerância alimentar 
 Distensão abdominal 
 Vômito (bilioso) 
 Eritema e hiperemia da parede abdominal 
 Piora do quadro respiratório 
 Apnéia com ou sem bradicardia 
 Alteração da cor e palidez 
 Piora da perfusão, choque e hipotensão 
 Oligúria e acidose persistente. 
Diagnóstico: A suspeita de enterocolite é descartada ou reforçada pela evolução da 
doença, com aparecimento de sinais abdominais. 
Do ponto de vista laboratorial, o quadro se assemelha ao da sepse com acidose 
significativa, hiperglicemia, leucocitose, leucopenia e plaquetopenia. 
Um dos sinais mais úteis no diagnóstico é a presença de sangue oculto nas fezes. 
Ao Raios -X, as imagens de pneumatose, ar na subserosa do intestino, fortalecem o 
diagnóstico. Pode ser realizado o ultrassom abdominal e a paracentese abdominal. 
Tratamento: Nos casos apenas com estas com estase e distensão abdominal, em que 
a criança persiste com bom estado geral, estável hemodinamicamente e sem sangue nas 
fezes, a dieta é suspensa, a sonda de aspiração é mantida aberta e em aspiração intermitente 
ou contínua com baixa pressão. Deve ser introduzido antibioticoterapia de acordo com o 
protocolo do hospital ou assim que o resultado da cultura forem disponibilizados. 
O tratamento cirúrgico está indicado nos casos com peritonite apontada por 
pneumoperitônio, paracentese positiva ou gás no sistema porta. A cirurgia pode ser indicada 
pela presença de um conjunto de outras evidências de necrose intestinal e/ ou peritonite, 
como eritema evidente na parede abdominal, massa abdominal fixa à palpação ou distensão 
das alças abdominais. 
Nos pacientes menores de 1000g e com indicação de cirurgia, mas muito graves ou 
instáveis, pode-se optar por drenar a cavidade abdominal sob anestesia local e adiar a cirurgia 
para quando o paciente estabilizar um pouco. 
Complicações: estenose após enterocolite (intolerância à dieta, distensão abdominal 
e vômito), fístula, dificuldade de ganhar peso, síndrome do intestino curto, diarreia 
recorrente da enterocolite e colestase. A insuficiência renal pode ocorrer na fase aguda. 
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09 
SEQUÊNCIA DE PIERRE ROBIN 
 
 
 
 
Sequência de Pierre Robin (SR) é uma malformação congênita caracterizada por: 
 Micrognatia 
 Glossoptose 
 Fissura de palato 
 
 
9.1 PODE ESTAR AUSENTE EM ALGUNS 
 
Histórico da malformação: Pierre Robin, em 1934, descreveu a tendência da queda da 
língua causando obstrução das vias aéreas, assim como a presença da fissura. 
1976: A malformação foi identificada não como uma síndrome específica, mas sim 
como um complexo sintomático, não - específico. 
Unidade 9 – Sequência de Pierre Robin 
 
 
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Isoladamente. 
Associado a uma síndrome conhecida ou em associação a outros defeitos do 
desenvolvimento. 
Sequência de Robin: patogênese sequencial Sequência de Robin isolada (SRI) 
 
 
9.2 ETIOLOGIA 
Teorias sobre posições intrauterinas anômalas 
Não colocam a hereditariedade como fator relevante. 
Estudos sugeriram a hereditariedade 
Alguns sugerem a fissura de palato como evento primário na etiopatogênese da SRI, 
e não a micrognatia 
A síndrome genética que mais se apresenta com a SR é a síndrome de Stickler (artro 
- oftalmopatia hereditária) 
A incidência da SR varia na literatura entre 1:2000 e 1:30.000 
Estudo mais controlado realizado na Inglaterra sugere 1:8. 500 nascidos vivos 
90% apresentaram fissura de palato 
Em 70% são amplas e completas, em forma de U 
Em 30% são estreitas, completas ou incompletas, em forma de V 
 
 
9.3 HETEROGENEIDADE DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Obstrução das vias aéreas 
 Dificuldades alimentares 
 São mais frequentes e mais graves no período neonatal 
 
 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
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9.4 VÁRIAS MODALIDADES DE TRATAMENTO, POIS NÃO 
EXISTE, NA LITERATURA, UM CONSENSO SOBRE O 
TRATAMENTO 
 Domínio das áreas de otorrinolaringologia e cirurgia craniofacial 
 Técnicas cirúrgicas para aliviar a obstrução respiratória 
 Poucos estudos foram desenvolvidos para resolver as dificuldades alimentares 
 
 
9.5 DIFICULDADES ALIMENTARES 
 Pouco volumede leite ingerido 
 Alimentação por via oral demorada 
 
 
9.6 GERALMENTE MAIOR QUE 30 MINUTOS 
 Fadiga, tosse, engasgos, vômitos e regurgitações durante e após as mamadas 
 Desnutrição protéico - calórica 
 Uso prolongado de sondas alimentadoras e suas graves consequências 
 
 
9.7 TRATAMENTO DA DIFICULDADE RESPIRATÓRIA 
A obstrução respiratória é fator comum a todos 
A gravidade do DR é tanto maior quanto menor a criança, e esta, quanto menor, mais 
susceptível a agravos respiratórios e nutricionais 
A prioridade deve ser manter VAS pérveis 
Hipóxia crônica com retenção de CO2 e o aumento da resistência vascular pulmonar 
podem levar à cor pulmonal. 
Crises recorrentes de cianose levam à hipóxia cerebral 
Unidade 9 – Sequência de Pierre Robin 
 
 
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9.8 VÁRIAS MODALIDADES DE TRATAMENTO AINDA SEM UM 
CONSENSO. TRATAMENTO POSTURAL 
Posição prona: leve dificuldade. Melhora habilidade de coordenar movimentos da língua e 
mandíbula; extensão cervical. 
 
 
9.9 INTUBAÇÃO NASOFARÍNGEA 
Cânula de silicone (leitosa), com diâmetro de 3 a 3,5 mm, introduzida de 7 a 8 cm pela narina 
até a faringe e cortada 1 cm para fora da narina. 
 
 
9.10 TRATAMENTO DA DIFICULDADE ALIMENTAR 
Dificuldade respiratória leva à dificuldade na coordenação entre sucção, deglutição e 
respiração. 
Glossoptose dificulta a anteriorização da língua, necessária para a adequada sucção. 
Fissura de palato proporciona déficit na pressão intra - oral negativa 
Sucção ineficiente e refluxo nasal de alimentos, favorecendo a bronco - aspiração. 
Impedem a alimentação oral sondas 
Aumenta o risco de desenvolvimento de RGE patológico. 
Já apresentam predisposição a esta patologia, devido ao aumento da pressão negativa 
intratorácica resultante do esforço respiratório. 
Retira - se a SNG quando o lactente aceita, por VO volumes correspondentes a 70% 
do preconizado para a idade, ingeridos em tempo menor do que 30 minutos, sem 
intercorrências. 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
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10 
MASSAS ABDOMINAIS 
 
 
 
 
Massas Renais: Na maioria das séries clínicas, a maior parte das massas abdominais em 
neonatos é de origem renal. Podem ser uni ou bilaterais, sólidas ou císticas. Após o exame, 
que físico, a avaliação inicia com uma ecografia que é simples e segura, devendo definir a 
natureza sólida ou cística da massa, determinar a presença ou ausência de rins normais 
fornecer informações sobre a presença de outras anormalidades abdominais. 
Massas Ovarianas: O cisto ovariano simples tem sido a massa abdominal mais 
frequentemente palpada no recém-nascido do sexo feminino. Apresenta-se como uma massa 
relativamente móvel, de bordas regulares, palpável no abdome. Não está associado a câncer, 
e a sua excisão cirúrgica com a preservação do tecido ovariano saudável é curativa. 
Massas Hepáticas: O fígado pode estar aumentado, geralmente em proporção 
grotesca, por causa de uma variedade de problemas. Quando o exame físico, ecografia e 
exames radiológicos sugerirem origem hepática, deve-se realizar uma Tomografia. Esse 
exame pode definir o diagnóstico e auxiliar nos planos terapêuticos. As lesões podem ser: 
Cistos hepáticos, tumores sólidos, benignos; tumores vasculares e tumores malignos 
(Hepatoblastomas). 
Massas Gastrintestinais: Massas abdominais palpáveis que se originam no Trato 
Gastrointestinal (TGI) são raras e tendem a ser císticas, com bordas regulares e móveis 
(dependendo do tamanho). As causas incluem duplicações intestinais e cistos mesentéricos.
Unidade 10 – Massas Abdominais 
 
 
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11 
DIVERSAS CONDIÇÕES CIRÚRGICAS 
 
 
 
 
Hipóspadia: é uma anormalidade do desenvolvimento, na qual a abertura externa da uretra 
está localizada na porção inferior do pênis ou do períneo, em vez de estar no final da extensão 
perineal. Tratamento é a correção cirúrgica. 
Hérnia Inguinal: A abertura do canal patente no anel inguinal é grande o suficiente 
para permitir a passagem de uma alça intestinal da cavidade abdominal, quando há aumento 
de pressão intra-abdominal. Tratamento é a correção cirúrgica. 
Hidrocele: O canal patente é muito estreito para permitir a passagem de alças, porém 
o líquido peritoneal percorre o canal estreito e se acumula no escroto. A hidrocele 
frequentemente se resolve sem tratamento específico, porém a sua persistência é indicado 
correção cirúrgica. 
 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
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12 
CUIDADOS COM A FAMÍLIA DO RN 
GRAVE 
 
 
 
 
O cuidado centrado na família na UTI neonatal tem sido desenvolvido na maioria das 
instituições que oferecem cuidados aos recém-nascidos enfermos e pré-termo. Os pais não 
devem ser considerados visitas, mas sim parceiros da equipe de cuidadores. Algumas 
estratégias podem contribuir para a interação dos pais, dentre elas destacamos: 
Apresentar a criança para os pais, ainda na sala de parto, mesmo dentro da incubadora 
de transporte, sempre que possível; 
Orientar os pais antes da primeira visita à UTI neonatal em relação ao estado de saúde 
do recém-nascido e cuidados necessários, equipamentos ao redor, medidas para prevenir 
infecção; 
Orientar e incentivar a participação dos pais nos procedimentos; 
Encorajar o contato físico com o recém-nascido; 
Incentivar a ordenha de leite precoce; 
Manter os pais informados sobre o estado clínico de recém-nascido. 
 
Unidade 13 – Manutenção da Temperatura Corporal do Recém-Nascido Cirúrgico 
 
 
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13 
MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA 
CORPORAL DO RECÉM-NASCIDO 
CIRÚRGICO 
 
 
 
 
 
Na abordagem ao recém-nascido cirúrgico um dos fatores mais importantes é o controle da 
temperatura corporal devido as peculiaridades dessa fase da vida e dos procedimentos que o 
neonato será submetido. 
A regulação térmica é um fator essencial à sobrevivência e estabilidade do recém-
nascido (RN), sendo a produção de calor consequência da atividade metabólica que leva à 
homeostase do organismo. 
Como no recém-nascido a atividade muscular voluntária é limitada e a involuntária 
é inadequada, ele depende da gordura marrom para realizar a termogênese ou produção de 
calor. A gordura marrom ou tecido adiposo recebe este nome devido à maior quantidade de 
mitocôndrias, as quais contêm ferro e fornecem a coloração marrom ao tecido. 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
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Nos recém-natos, este tipo de gordura é mais abundante e corresponde entre 2 a 6% 
do seu peso corporal total, isto é evolutivamente vantajoso, já que neste período da vida o 
ser humano está mais vulnerável por não dispor de muitos recursos próprios para evitar a 
perda de calor. 
O calor produzido neste tecido é distribuído para outras regiões do corpo através do 
sangue que recebe calor conforme flui através das camadas de gordura marrom. Os depósitos 
superficiais deste tecido estão localizados sobre as escápulas, ao redor do pescoço, nas axilas 
e atrás do esterno. As camadas mais profundas circulam os rins, a traqueia, o esôfago e as 
glândulas suprarrenais. 
No recém-nascido, o controle térmico ideal é aquele em que a temperatura corporal 
é mantida estável, possibilitando seu ganho de peso. Quando a temperatura ambiente está 
muito baixa, o neonato que nasceu termo dispõe de três mecanismos para manter a 
temperatura: 
 Posição fetal flexionada – reduzindo então a superfície de contato exposta ao 
ambiente; 
 Vasoconstricção Periférica – vasoconstricção dos vasos periféricos; 
 Termogênese sem tremores e calafrios – através do consumo da gordura marrom. 
No caso de falha de tais mecanismos, o recém-nascido passa a apresentar hipotermia. 
A hipotermia agrava ou favorece o desequilíbrio ácido-básico, o desconforto respiratório, a 
enterocolite necrosante, a hemorragia intra-periventricular em prematuros. 
De acordo com a OMS, a faixa de normalidade da temperatura do recém-nascido é 
entre 36,5ºC e 37ºC. 
A OMS classifica a gravidade da hipotermia da seguinte forma: 
 - Potencial estresse do frio (hipotermia leve): RN com temperatura entre 36,0ºC e 
37,4ºC. 
 Hipotermia Moderada: RN com temperatura entre 32,0ºC e 35,9ºC. 
 Hipotermia grave: RN com temperatura menor que 32º C. 
 
Unidade 14 – Caso Clínico 
 
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14 
CASO CLÍNICO 
 
 
 
 
14.1 ESTUDO DE CASO 1: 
Mariana está grávida do seu segundo filho e na realização da 2º Ultrassonografia com 28 
semanas de gestação foi evidenciado aumento do perímetro cefálico da criança e dilatação 
dos ventrículos cerebrais, sugestivo de hidrocefalia. Ela informa que tem 26 anos e que sua 
1ª gestação foi há três anos e que seu filho não teve nenhuma complicação. 
 
 
14.2 EXPLICAÇÃO DO CASO: 
Mariana será encaminhada para realização de acompanhamento de gestação de alto risco e 
orientada a parir num hospital referência para neurocirurgia no SUS. 
Calcula-se que entre 2 a 5¢ dos recém-nascidos apresentem alguma malformação 
congênita. 
As malformações congênitas alteram de forma significativa a saúde, o crescimento e 
o desenvolvimento físico e psicossocial da criança além de interferir nas relações familiares. 
Algumas malformações congênitas, como as relacionadas com o tubo neural tais 
como: hidrocefalia, meningolece e espinha bífida. Nessas situações o neonato necessitará de 
intervenção cirúrgica após o nascimento e cuidados em Unidade de Terapia Intensiva 
neonatal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidado na Terapia Intensiva 
Neonatal 
Unidade 1 – Apresentação 
 
 
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01 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
Estudos apontam que os profissionais de saúde e de educação, entre outros, têm tornado suas 
práticas bastante mecanizadas, impessoais, pouco criativas e, por vezes, desumanas, apesar 
dos esforços contrários. Portanto, é preciso resgatar o sentido da existência humana e nessa 
dimensão, insere-se o cuidado. 
O ato de cuidar é inerente ao exercício da profissão de enfermagem, por isso, é 
necessário enfatizar o cuidado humanizado que valoriza o toque, o ouvir / escutar, o acolher 
e através dessas ações prestarem uma assistência de qualidade ao paciente. 
No contexto, da assistência ao recém-nascido, faz-se necessário o cuidado contínuo 
de forma humanizada, levando em conta a peculiaridade de cada neonato. 
 
 
1.2 OBJETIVOS 
Atualizar o profissional de enfermagem acerca do cuidar/ cuidado em terapia intensiva 
neonatal. 
Refletir sobre as Políticas de Humanização no Brasil. 
Esclarecer os planos de cuidado mais utilizados na Unidade de Terapia Intensiva 
Neonatal. 
 
 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
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1.3 PREMISSAS 
O cuidado humano é uma característica de todos nós, seres humanos, o que difere do cuidado 
profissional de enfermagem e do cuidado leigo. Cuidado humano consiste em uma forma de 
ser, de viver, de se expressar. 
A humanização necessita do aporte indiscutível da ciência e da tecnologia, pressupõe 
investimentos financeiros, mas, acima de tudo, precisa contar com uma persistente proposta 
de sensibilidade das pessoas. 
A passagem da vida intrauterina para a extrauterina é um dos eventos de maior risco 
na vida. Os ajustes fisiológicos necessários para essa transição devem ser rápidos, 
completando-se quase que totalmente logo após o nascimento. 
 
A criança necessita de um ambiente voltado para assistência das suas necessidades 
básicas, e qualquer falha no atendimento às mesmas pode ocasionar sequelas irreversíveis. 
Neste contexto, o cuidar firma-se como um valioso instrumento capaz de melhorar o 
prognóstico dos neonatos. 
Na arte de cuidar do recém-nascido, faz-se necessário a criação do vínculo. 
 
 
Unidade 2 – Conceitos de Cuidar/Cuidado 
 
 
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02 
CONCEITOS DE CUIDAR/ CUIDADO 
 
 
 
 
O ato de cuidar significa dedicar tempo, atenção, zelo, conforto, respeito, competência e 
ética, que se processa por meio de uma relação de horizontalidade e igualdade, em que o 
sujeito do cuidado e o sujeito cuidador são coparticipes dessa construção. 
O termo cuidado em inglês significa preocupação, consideração, interesse, afeição, 
importar-se, proteger, gostar, já em português significa atenção, cautela, zelo, 
responsabilidade, preocupação. O verbo cuidar especificamente assume a conotação de 
imaginar, pensar, meditar, causar inquietação, empregar atenção. 
Ressalta-se que o cuidar é uma atitude, que abrange mais que um momento de 
atenção, zelo e desvelo, ele representa uma atitude de preocupação, responsabilização e de 
envolvimento afetivo com o outro. 
Compreende-se que o cuidar representa um conjunto de atividades que visa manter, 
sustentar e dar continuidade à vida. 
 
Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 
 
 
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03 
TIPOS

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