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Reações de Hipersensibilidade

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Hipersensibilidade 
→ reação\resposta aumentada do sistema 
imune. Resposta imune adaptativa exagerada ou 
adequada resultando em reação inflamatória 
e\ou dano tecidual 
→ Resposta mais exagerada do que como 
devia acontecer 
→ Todos os tipos de hipersensibilidade são 
relacionadas com a resposta imune adaptativa 
→ Tem 4 tipos, sendo que 3 delas são 
relacionadas com anticorpos e a ultima é uma 
hipersensibilidade celular 
→ Hipersensibilidade do tipo 1 
→ Mais conhecida como alergia 
→ Também chamada de hipersensibilidade 
imediata (ocorre de maneira muito rápida) → 
de segundos até 30 minutos 
→ Entra em contato com o alérgeno e já gera 
uma resposta imediata 
→ Alérgeno → oq causa a alergia = antígeno 
(molécula estranha ao organismo que causa 
uma resposta imunológica) 
→ Os antígenos são reconhecidos por uma 
classe especifica de imunoglobulinas – tipo E (já 
vai ter sensibilizado os mastócitos que são 
células que possuem granunos, quando 
associadas aos mastócitos encontram o 
antígeno o mastócito libera os seus grânulos 
que levam a hipersensibilidade) 
→ Grânulos de histamina → anti-histaminicos 
(remédio para alergia) 
 
→ As proteínas antigênicas acabam sendo 
reconhecidas pelas células apresentadoras de 
antígenos e ocorrera a montagem de uma 
resposta imune inata (processamento do 
antígeno, apresenta para um linfócito T helper 
que vai ser ativado e ativa linfócito B, se 
diferencia em plasmócitos e produz anticorpos, 
isso no caso de moléculas extracelulares) 
→ Nesse esquema está representando 
antígenos inaladas, mas podem ser ingeridas 
também, por exemplos 
→ Os alérgenos podem ser qualquer 
substancia estranha: medicamentos, alimentos, 
ácaros, etc 
→ Quando os mastócitos e a IgE se encontram 
com o antígeno atraem as células de defesa e 
ocorre a liberação dos grânulos 
→ Mastócitos → células presentes nos tecidos 
que possuem citoplasma rico em grânulos 
basófilos (esses grânulos são mediadores 
químicos da inflamação e fatores quimiotáxicos 
– atraem outras células de defesa para fazer a 
resposta imunológica). Tem receptores 
específicos para IgE (essa imunoglobulina causa 
a sensibilização do mastócito) 
→ Imunoglobulina E → se não estiver ligada ao 
receptor do mastócito não tem a reação de 
hipersensibilidade. Desencadeia a inflamação 
quando se liga ao antígeno (ligação antígeno-
anticorpo) 
→ Indivíduos alérgicos geralmente tem 
característica genética de maior produção de 
IgE 
→ Quando o organismo tem contato com o 
alérgeno se tem uma maior geração de 
linfócitos T helper do tipo 2 que produzem 
duas citocinas da família das interleucinas (do 
tipo 4 e 13) que estimulam o linfócito B a 
produzir o IgE 
*o tipo do anticorpo produzido depende da 
citocina que estimula o LB 
→ A resposta de IgE é considerada benéfica, 
porem uma resposta de IgE inapropriada pode 
causar problemas clínicos graves 
→ Em indivíduos normais a resposta normal se 
tem a produção de IgM e IgA para antígenos 
que invadem mucosas e passam pela pela. 
Porem, em indivíduos alérgicos se tem uma 
produção excessiva de IgE, desenvolvendo 
reações de hipersensibilidade 
→ Indivíduos que produzem excessivamente 
IgE são chamados de atópicos 
→ A atopia esta relacionada tanto com fator 
genéticos quanto ambientais (se tem a 
hiperprodução da imunoglobulina e também o 
contato com o alérgeno) 
→ A hipersensibilidade do tipo 1 acontece de 
duas fases: 
→ Fase 1 → fase de sensibilização 
→ Fase 2 → fase efetora ou fase alérgica 
→ Fase de sensibilização: 
→ Organismo fica sensível a um determinado 
antígeno 
→ Primeiro contato com o antígeno\ alérgeno 
quando é produzido o anticorpo 
→ É quando o alérgeno (antígeno) sera 
apresentado ao linfócito T via células 
apresentadoras de antígenos (os receptores 
associados a padrões, reconhecem os PAMPs e 
por ai vai....) 
→ O mastócito é sensibilizado com a IgE (se 
liga no receptor do mastócito) 
 
→ Reação cruzada: moléculas que são muito 
parecidas. Pode acontecer isso quando no 
primeiro contato já é desencadeado um 
processo de hipersensibilidade 
→ Nessa primeira fase ainda não se tem a 
alergia pois demora a produção do anticorpo 
→ Fase alérgica: 
→ Segundo contato com o alérgeno (o 
anticorpo já foi produzido) 
→ A IgE (anticorpo) ao alérgeno. A IgE na esta 
na superfície dos mastócitos e basófilos 
→ Depois ocorre a liberação dos grânulos, 
liberação de mediadores químicos que são as 
moléculas responsáveis pelos sinais clínicos 
alérgicos (calor, rubor, edema, perda da função, 
etc) 
→ Quando o antígeno entra no tecido ele se 
conjuga com a IgE aderida ao mastócito 
---------------------------------------------------------- 
→ Os efeitos da alergia podem ser local (ex: so 
no trato respiratório) ou sistêmica dependendo 
da quantidade de mastócitos sensibilizados, 
quantidade de alérgeno que entra em contato 
→ As citocinas produzidas pelos mastócitos 
podem ter diferentes funções: 
 
→ As IgE produzidas sensibilizam mais 
mastócitos. Ou seja, toda vez que entra em 
contato com o alérgeno se tem uma reação 
de hipersensibilidade (essa reação de 
hipersensibilidade vai ocorrer sempre se não 
ocorrer uma dessensibilização) 
→ Os sinais clínicos da Hipersensibilidade do 
tipo 1 resultam da resposta de um animal as 
moléculas vasoativas provenientes dos 
mastócitos e dos basófilos 
→ Os mastócitos estao no tecido por onde o 
alérgeno entrou. O sinal clinico sera nesse local. 
Porem, existem casos sistêmicos que 
dependem do numero de mastócitos 
sensibilizados e da quantidade de alérgico 
→ Sistêmico → choque anafilático (animal 
pode ir a óbito) 
→ Reação de hipersensibilidade sistêmica → 
condição severa e generalizada que 
compromete a vida 
→ Para ser uma resposta sistêmica o alérgeno 
tem que chegar via intravenosa e cair na 
corrente sanguínea e fazer uma resposta 
inflamatória geral 
→ Testes → se ve os sinais inflamatórios 
(edema, aumento de volume, rubor, calor) → 
tem reação de hipersensibilidade se ve pq é 
imediata 
→ Tratamento → evitar a exposição ao 
alérgeno. Utilização de drogas: corticoides, 
ciclosporina, epinefrina e anti-histamínicos 
→ Dessensibilização: vai colocando quantidades 
graduais de alérgenos para que o organismo se 
“acostume” 
→ Hipersensibilidade do tipo 11 
→ Relacionada com os grupos sanguíneos 
Células normais que são destruídas. Principal 
exemplo são os grupos sanguíneos 
→ As hemácias possuem antígenos na sua 
superfície (moléculas que atuam como atuam 
como antígenos) 
→ Ex: tipo sanguíneo A antígeno A no 
eritrócito 
→ São produzidos anticorpos contra antígenos 
na superfície dessas células, principalmente IgG 
e IgM, esses anticorpos destroem os eritrócitos 
estranhos → no momento da transfusão se 
isso for feito colocado eritrócitos errados 
ocorre a hipersensibilidade sistêmica 
 
→ O tipo O não possui antígeno → doador 
universal (o organismo não encontra o antígeno 
na superfície da celula para formar a resposta 
imunológica) 
→ Os animais também possuem seus grupos 
sanguíneos que são diferentes do sistema ABO 
dos humanos, para fazer uma transfusão 
sanguínea é levado em consideração isso 
→ Animais podem ter naturalmente anticorpos 
contra antígenos eritrocitários, anticorpos 
preexistentes ou naturais não derivam de um 
contato anterior com o eritrócitos estranhos 
(reação cruzada) 
→ IgM e IgG são ativadores do sistema 
complemento (são os anticorpos que se ligam 
aos eritrócitos estranhos) 
→ Quando é feito uma transfusão sanguínea o 
principal anticorpo é a IgM, se tem uma 
destruição imediata significa que teve contato 
anterior (já tem anticorpo produzido) ou por 
reação cruzada. 
→ Destruição tardia → ocorreu a produção de 
anticorpos (primeiro contato) 
→ Ocorre a fagocitose dos eritrócitos e a 
hemólise dessas células (leva a uma anemia 
hemolítica) → perda de células sanguíneas 
→ Pode-seevitar essa reação imune através 
do teste imunológico de comparação cruzada 
→ Eritrócito do doador + soro receptor -> 
incuba por 30 min, se ocorrer lise ou aglutinar 
não deve se fazer a transfusão (deve ser feito 
se não tem conhecimento do tipo sanguíneo, 
por ex) 
→ Eritroblastose fetal → a mae que é rh – 
(não tem um antígeno rh na suas células), o 
filho sendo rh + sensibiliza a mae na primeira 
gravidez. Quando se tem um segundo filho, a 
mae já tem os anticorpos (para rh +) e ele é rh 
+ a mae ataca o feto (pode ter o aborto) 
→ Doença hemolítica do recém-nascido → o 
sangue fetal (eritrócitos feitais) do potro que 
ainda esta no útero da égua, entra na circulação 
sanguínea da mae (comunicação com a 
placenta) e a mae forma uma resposta imune 
contra as hemácias do feto, começa a produzir 
anticorpos frente as células sanguíneas do feto. 
Esses anticorpos vao para o colostro e quando 
a mae fornece o colostro ao recém nascido ele 
ingere anticorpos que atuam contra as suas 
hemácias e esses anticorpos agem na celula 
sanguínea (lise de eritrócitos), levando a uma 
anemia (doença hemolítica do recém-nascido) 
→ Hipersensibilidade do tipo III 
→ É uma reação estimulada por complexos 
imunes formados por antígenos e anticorpos 
(imunocomplexos) que se depositam em 
determinados locais do organismo 
→ A partir do momento que se tem uma 
doença (o antígeno entra dentro do organismo 
do animal), esse organismo vai produzir as 
células de defesa (anticorpos). Se há uma 
produção de anticorpos tem uma alta ligação 
com os antígenos e a partir do momento que 
esses imunocomplexos não são removidos de 
forma eficiente eles acabam se acumulando em 
alguns locais 
 
 
→ Essas células de defesas são atraídas para 
tentar eliminar esses imunocomplexos, porem 
quando não consegue elimina-los de forma 
eficiente ele liberam as enzimas citadas no 
esquema 
→ Sinal clinico dessa hipersensibilidade: 
depende de onde o imunocomplexo se 
acumulam 
→ Lesão tecidual mediada por complexos 
imunes → no vaso sanguíneo tem o antígeno 
ligado e a partir disso se tem o recrutamento 
de outras células inflamatórias como os 
neutrófilos que vao depositando citocinas e 
mediadores inflamatórios que levam a inflamcao 
do local (vasculite). Dependendo do local em 
que a vasculite esta localizada leva a alguma 
sintomatologia no animal 
→ A intensidade e significância das reações 
dessa hipersensibilidade dependem do local de 
deposição dos imunocomplexos 
→ Podem ser lesões locais (imunocomplexos 
depositados nos tecidos) ou reações 
generalizadas (imunocomplexos na corrente 
sanguínea – acaba acontecendo em todo 
organismo) 
→ Ex de reações locais: reação do olho azul 
(comum em cães acometidos pelo adenovírus) 
o cao infectado ou como reação da vacina se 
tem muita formação de anticorpos que não 
são eliminados de maneira correta pode causar 
a reação de hipersensibilidade no olho (uveite). 
Observado edema e opacidade de córnea 
(córnea é infiltrada por imunocomplexos e 
neutrófilos podem ser detectados na lesão). 
Desenvolvimento 1 a 3 semanas após a infecção 
e resolução espontânea a medida que o vírus 
é eliminado (vai diminuindo a quantidade de 
anticorpos e de imunocomplexos) 
→ Ex de reação generalizadas: antígeno por 
via intravenosa em animais com altos títulos de 
anticorpos circulantes (imunocomplexos na 
corrente sanguínea). Caso não forem 
removidos acabam se depositando geralmente 
em vasos de menor calibre, em glomero renal 
e capsula sinovial por exemplo 
→ Ex de rações generalizada: garrotilho ou 
adenite equina → uma das complicações dessa 
doença é chamada de purpura hemorrágica. 
Essa doença é causada por uma bactéria e 
depois de 2 a 4 semanas pode ocorrer o 
acumulo desses imunocomplexos na corrente 
sanguínea desse animal ocasionando edemas 
subcutâneos 
 
*O funcionamento exagerado do sistema imune 
ocasiona essas lesões 
→ Hipersensibilidade do tipo IV 
→ Também chamada de reação de 
hipersensibilidade tardia 
→ Antígenos injetados na pele de animais 
sensibilizados provocam uma inflamação que se 
desenvolve lentamente (retardada ou do tipo 
tardia) no local da entrada 
→ Essa resposta de hipersensibilidade esta 
associada com as células T (linfócitos t), ocorre 
uma interação entre antígeno, celula 
apresentadoras de células T 
→ Demora para dar resposta pois é mediada 
por células e não por anticorpos (a resposta 
demora de 24 a 72h) 
→ Mecanismo: 
→ Os antígenos são englobados pelas células 
dendríticas (APCs) que migram para o linfonodo 
drenante e apresentam o antígeno para o 
linfócito T helper 
→ Ocorre a ativação do LTh1 que vai se 
direcionar ao local da inoculação (local por onde 
o antígeno entrou no organismo do animal) e 
vai liberar citocinas provocando uma inflamação 
e quimiotaxia (atração de células de defesa) no 
local 
→ Chegada de neutrófilos, macrófagos e 
células T para o local provocando uma reação 
inflamatória 
→ Essa reação inflamatória associada com o 
acúmulo de células leva um edema no local, 
aumento do volume e endurecimento do local 
→ Ao final os macrófagos conseguem ingerir e 
destroem o antígeno inoculado 
→ Pode ver no teste da tuberculina (para ver 
se o animal tem ou não tuberculose) 
→ Teste da tuberculina → se o animal já 
entrou em contato com a bactéria que causa a 
doença se tem uma resposta mais exacerbada 
pq já tem uma quantidade de células de defesa 
e T, essa resposta ocorre de forma mais rápida 
(24-72h e mais exacerbada) se o animal nunca 
entrou em contato não consegue observar 
essa reação de hipersensibilidade do tipo IV em 
24 a 72h 
→ Ex: dermatite por contato. Plantas urticarias 
que liberam substancias que entram no corpo 
como hapteno que se conjuga com a proteína 
carreadora e acaba estimulando uma resposta 
imunológica (aparecimento da irritação leva de 
24 a 72h) 
→ Tuberculina → pedaço da bactéria 
purificado, aplicada intradermicamente para ser 
absorvida lentamente. A reação vai ate 72h 
caso o animal esteja doente (aumento de 
volume no local da aplicação → resultado 
positivo, é medido o tamanho)

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