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CÓDIGO DE ÉTICA DO ASSISTENTE SOCIAL PARA CONCURSOS ESQUEMATIZADO E COMENTADO + QUESTÕES DE CONCURSOS Sumário 1. Trajetória Histórica do Código de Ética do Assistente Social • Código de Ética de 1947 • Código de Ética de 1965 • Código de Ética de 1975 • Código de Ética de 1986 • Código de Ética de 1993 • Mudanças inseridas no código de ética pela resolução n° 594 do CFESS; 2. Princípios Fundamentais do Código de Ética Comentado 3.Competências do CFESS e do CRESS 4.Direitos, Deveres e Vedações Gerais dos Assistentes Sociais; 5-Relações dos Assistentes Sociais com: • Relação dos Assistentes Sociais com os Usuários: Deveres e Vedações; • Relação dos Assistentes Sociais com as Instituições Empregadora: Direitos, Deveres e Vedações; • Relação dos Assistentes Sociais com outros profissionais: Deveres e Vedações; • Relação dos Assistentes Sociais com as Entidades da Categoria e demais organizações da Sociedade Civil: Direitos, Deveres e Vedações; • Sigilo Profissional; • Relação do Assistente Social com a Justiça: Deveres e Vedações; 6.Penalidades impostas pelo Código de ética; • Suspensão da penalidade; • Antecedentes Profissionais; • Advertência Reservada; • Advertência Pública; • Multa; • Prazo Prescricional 7.Questões de Concursos Carta ao Leitor Concurseiros de serviço social elaboramos esse material sobre o Código de Ética dos Assistentes Sociais. Esse conteúdo é sempre cobrado nos concursos de serviço social, dessa forma esse material auxiliará em sua aprovação. Concurseiros pedimos que não compartilhe esse material, nem com FINS LUCRATIVOS e nem SEM FINS LUCRATIVOS, esse material é protegido pela lei de direitos autorais, dessa forma a reprodução dele a terceiros sem a devida autorização do grupo concurseiros de serviço social, constitui-se crime e quem o pratica está sujeito as penalidades legais. Esperamos que esse material te ajude em sua aprovação. Conheça também os nossos outros materiais, temos certeza que vários deles poderão te ajudar, estamos enviando uma lista de nossos materiais para você. Concurseiro caso necessite tirar alguma dúvida, ou fazer alguma reclamação, sugestão etc, entre em contato conosco e teremos prazer em auxiliá-lo. Contato dos concurseiros de serviço social E-mail: concurseirosdeservicosocial@gmail.com WhatsApp: 86999839453 ou 86988939890 FanPage no Facebook: https://www.facebook.com/concurseirosdeservicosocial/?fref=ts Blogger: http://concurseirosdeservicosocial.blogspot.com/ Istagram: @concurseirosdeservicosocial CÓDIGO DE ÉTICA DO ASSISTENTE SOCIAL Trajetória Histórica do Código de Ética do Assistente Social A categoria profissional dos assistentes sociais dispõe de um código de ética, esse micro sistema jurídico foi instituído pela resolução do Conselho Federal de Serviço Social-CFESS de n° 273 em 1993. Ele apresenta princípios e diretrizes para a constituição ética da profissão. Antes de se chegar ao código que foi instituído em 1993, houve outros 04 códigos de éticas, cada um de acordo com o período histórico teve suas características, dessa forma antes de se começar a análise do atual código de ética do assistente social, faz-se necessário conhecer a sua trajetória histórica, tema recorrente nos concursos de serviço social. ➢ Código de Ética de 1947 No ano de 1947, ocorreu o I Congresso Brasileiro de Serviço Social, nesse período foi criado o primeiro código, sua elaboração foi feita pela Associação Brasileira de Assistentes Sociais-ABAS. Segundo Oliveira (2011) esse código tinha uma estreita vinculação com a igreja católica e seus paradigmas, tanto que em seu texto aborda-se o respeito à doutrina cristã e a lei de Deus. É importante ressaltar que já nesse código o sigilo profissional era defendido. ➢ Código de Ética de 1965 Na década de 1960, o serviço social vivenciava o início do movimento de “reconceituação,” no início dessa década vigorava a vertente modernizadora de base funcionalista, estruturalista, de matriz positivista, dessa forma revelava traços da modernização conservadora, posta pela autocracia burguesa. Esse código continha valores liberais, entretanto ainda sem romper com a base neotomista. ➢ Código de Ética de 1975 O serviço social vivenciava, nesse período, a vertente de reatualização do conservadorismo, fortemente influenciada pela corrente da Fenomenologia, dessa forma esse código expressava a reatualização do conservadorismo profissional. Nesse código, foram inseridos os princípios do pluralismo, da democracia e da justiça social. Esse código suprimiu as referências democráticos liberais dos códigos anteriores. ➢ Código de Ética de 1986 Esse código foi o primeiro a romper com o histórico conservadorismo dos códigos de ética brasileiros, ele foi construído coletivamente com a categoria profissional, era articulado com um projeto societário, visava a superação do tratamento abstrato e a-histórico dos valores éticos, rompia com a perspectiva imparcial dos códigos anteriores e expressava um compromisso com a luta da classe trabalhadora. Segundo Barroco (2009) ele não teve sua parte operacional desenvolvida nos pressupostos do Marxismo, por isso ele foi reformulado em 1993 dando forma ao atual projeto ético vigente. Esse código passou a usar o termo usuário, nos códigos antigos os usuários eram tidos como clientes, ele também passou a negar a perspectiva a-histórica. ➢ Código de Ética de 1993 Esse código foi instituído em 13 de Março de 1993 pela resolução n° 273 do CFESS, ele sofreu alterações em 2011 que foram incorporadas pela resolução n° 594 de 21 de janeiro de 2011, que trouxe mudanças de caráter formal e de conteúdo para o código. Essas mudanças foram propostas no 39° Nacional CFESS/ CRESS, que foi realizado no estado de Santa Catarina em setembro de 2010. Veja a seguir quais mudanças foram incorporadas ao código. MUDANÇA INCORPORADA NO CÓDIGO DE ÉTICA PELA RESOLUÇÃO n°594 Mudanças Formais Mudanças de Conteúdo • Incorporou-se as mudanças propostas pela reforma ortográfica da língua portuguesa ao código de ética; • Numerou-se sequencialmente os princípios do código de ética; • Trouxe o reconhecimento da linguagem de gênero, onde o termo masculino e feminino são adotados simultaneamente em todo código, isso representa um posicionamento político. • Foi feita a substituição do termo “opção sexual” por “orientação sexual”; • Foi incluído no princípio XI o termo identidade de gênero; ATENÇÃO!! Os detalhes a seguir são sempre cobrados em concursos de serviço social. • O sigilo profissional esteve presente em todos os códigos de ética; • É a resolução 273 que instituiu o atual código de ética; • Foi o 39° encontro do CFESS/CRESS que propôs as mudanças que foram incorporadas no código pela resolução n° 594. • O código de ética é um dos pilares do projeto ético-político do serviço social. Os outros dois pilares são: lei de regulamentação da profissão (lei n° 8.662/93) e as diretrizes curriculares dos cursos de serviço social de 1996. O código de ética do assistente social, instituído pela resolução n° 273, possuí 11 princípios fundamentais, é dividido em 04 títulos e possuí 36 artigos que serão comentados e esquematizados ao longo desse material. A partir desse momento o código passará a ser estudado. Código de Ética do Assistente Social Instituído pela resolução n° 273 ➢ Princípios Fundamentais: Os princípios do código de ética são sempre cobrados nas provas de concursos de serviço social, dessa forma faz-se necessário a inteira compreensão deles, a começar pelo entendimento de que princípios são a base norteadora do código de ética, ou seja, em toda ação profissional o assistente social deve ter me mente cada um deles,pois eles comungam com o projeto profissional, com a direção social que a profissão tem. Não esqueça que o nosso código de ética tem 11 princípios fundamentais, que são: I. Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais; Comentário É importante que você saiba que o I princípio é o núcleo do código de ética, a categoria profissional reconhece que a liberdade é um valor ético central, assim como as demandas que são inerentes a essa liberdade, que são: emancipação, autonomia e plena expansão dos indivíduos sociais. II. Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo; Comentário Os assistentes sociais devem defender de forma veemente os direitos humanos e da mesma forma devem recusar o arbítrio e práticas autoritárias. III. Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras; Comentário Nesse princípio ressalta-se que a ampliação e consolidação da cidadania é tarefa de toda sociedade, ou seja, todos os membros devem lutar e defender essa ampliação. A ampliação e consolidação da cidadania deve também buscar a garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras. IV. Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida; Comentário A palavra democracia, em sua acepção mais comum, significa “governo de todos” e é isso que o código defende, ao afirmar que a participação na política deva ser socializada e que a riqueza socialmente produzida também seja socializada. V. Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática; Comentário Nesse princípio, reafirma-se a importância de todos terem acesso a bens e a serviços, entretanto relacionados aos programas e políticas sociais e defende-se também uma gestão democrática, ou seja, onde todos possam participar. VI. Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças; Comentário O assistente social deve recusar não apenas o autoritarismo e o arbítrio que estão postos no princípio II, como qualquer forma de preconceito, o profissional deve sempre empenhar-se para buscar meios de eliminar o preconceito e deve buscar sempre o respeito às diversidades, incentivando e lutando para que sempre haja a participação dos grupos que são socialmente discriminados e deve buscar também uma ampla discussão sobre as diferenças. VII. Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual; Comentário Como mencionamos no início do material, o pluralismo foi inserido desde 1975 e está presente até hoje no código atual, assim o assistente social deve garantir que exista esse pluralismo no meio profissional, onde sejam sempre respeitadas as diversas correntes profissionais democráticas. O assistente social deve buscar também o constante aprimoramento intelectual. VIII. Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, etnia e gênero; Comentário Nesse princípio demonstra-se a vertente marxista, que é a que o serviço social segue. Dessa forma a categoria busca uma sociedade onde exista uma nova ordem societária, onde não se tenha dominação, exploração de classe, etnia e gênero, ou seja, onde todos são tratados de forma igual, possam usufruir do que é socialmente produzido e dos mesmos direitos. IX. Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos/as trabalhadores/as; Comentário O serviço social não trabalha de forma isolada, por isso deve buscar articular-se com outras categorias que partilhem dos princípios que estão no código de ética e também da luta geral dos trabalhadores (as). X. Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional; Comentário O assistente social deve ser comprometido com a prestação de serviço de qualidade a população usuária. Nesse princípio, mais uma vez cita-se o aprimoramento intelectual, frisando que ele deve ser estimulado. XI. Exercício do Serviço Social sem ser discriminado/a, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição física. Esse princípio é muito cobrado nos concursos de serviço social. O profissional de serviço social tem o direito de exercer sua profissão sem sofrer discriminação por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição física, da mesma forma que ele tem esse direito o código afirma que todo tem, dessa forma o profissional também não pode ter atitudes preconceituosas, ou seja, o profissional não pode discriminar e nem ser discriminado. TÍTULO I (Disposições Gerais) Artigo n° 1 O título I do código de ética traz as disposições gerais sobre a competência do CFESS e do CRESS. O que está posto no código será esquematizado a seguir. COMPETÊNCIA DO CFESS SEGUNDO O CÓDIGO DE ÉTICA DO ASSISTENTE SOCIAL COMPETÊNCIA DO CRESS SEGUNDO O CÓDIGO DE ÉTICA DO ASSISTENTE SOCIAL • Zelar pela observância dos princípios e diretrizes do código de ética; • Fiscalizar as ações dos Conselhos Regionais; • Fiscalizar a prática exercida pelos profissionais; • Fiscalizar instituições e organizações na área do Serviço Social; • Introduzir alteração, no código de ética, através de uma ampla participação da categoria, num processo desenvolvido em ação conjunta com os Conselhos Regionais; • Atuar como Tribunal Superior de Ética Profissional, firmar jurisprudência na observância do Código e nos casos omissos. • Em suas áreas de jurisdições zelar pela observância dos princípios e diretrizes do Código de ética; • Funcionar como órgão julgador de primeira instância TÍTULO II DOS DIREITOS E DAS RESPONSABILIDADES GERAIS DO/A ASSISTENTE SOCIAL (Art. n°2 ao 4) Antes de começar a estudar os direitos, dever e vedações, analise o nosso esquema, para nortear o seu estudo: ➢ Constituem direitos do/a assistente social (Art. 2°) 1) Garantia e defesa de suas atribuições e prerrogativas, estabelecidas na Lei de Regulamentação da Profissão e dos princípios firmados neste Código; Comentário Os assistentes sociais têm legalmente assegurado o direito de exercer sua profissão, tendo respeitado suas competências privativas, suas atribuições e todas as prerrogativas que estão na Lei n° 8.662 e na resolução n° 273 do CFESS. 2) Livre exercício das atividades inerentes à Profissão; Comentário O exercício profissional é livre, desde que quem queira exercer a profissão esteja de acordo com os requisitos exigidos na lei n° 8.662, artigo 2°. Dessa forma só podem exercer a profissão de assistentes sociais aqueles que são: • Os possuidores de diploma em curso de graduação em Serviço Social, oficialmente reconhecido, expedido por estabelecimento de ensino superior existente no País, devidamente registradono órgão competente; • os possuidores de diploma de curso superior em Serviço Social, em nível de graduação ou equivalente, expedido por estabelecimento de ensino sediado em países estrangeiros, conveniado ou não com o governo brasileiro, desde que devidamente revalidado e registrado em órgão competente no Brasil; • os agentes sociais, qualquer que seja sua denominação com funções nos vários órgãos públicos, segundo o disposto no art. 14 e seu parágrafo único da Lei nº 1.889, de 13 de junho de 1953. 3) Participação na elaboração e gerenciamento das políticas sociais, e na formulação e implementação de programas sociais; Comentário Os assistentes sociais como profissionais que atuam no campo das políticas sociais têm o direito de participar na elaboração e gerenciamento dessas políticas, assim como da formulação e implementação de programas sociais. 4) Inviolabilidade do local de trabalho e respectivos arquivos e documentação, garantindo o sigilo profissional; Comentário Esse ponto do código é muito cobrado em concursos, é importante que você saiba que o assistente social tem o direito de trabalhar em um ambiente onde seja respeitado o seu espaço sócio-ocupacional, assim como também sejam respeitados os usuários. O assistente social tem o direito de ter um local de trabalho inviolável e que os documentos por ele produzidos também sejam invioláveis. É importante ressaltar que em muitos documentos produzidos por assistentes sociais abordam situação sigilosa dos usuários, dessa forma essas informações têm que ser protegidas, daí a proteção à documentação. 5) Desagravo público por ofensa que atinja a sua honra profissional; Comentário Sempre que o assistente social tiver sua honra profissional atingida ele tem direito a um pedido de desculpas público, ou seja, direito ao desagravo público por ofensa que atinja a sua honra profissional. 6) Aprimoramento profissional de forma contínua, colocando-o a serviço dos princípios deste Código; Comentário Aqui, reafirma-se o que está posto nos princípios desse código (VII e X), que é o direito de ter um contínuo aprimoramento intelectual. 7) Pronunciamento em matéria de sua especialidade, sobretudo quando se tratar de assuntos de interesse da população; Comentário Como um profissional capacitado o assistente social tem o direito de se pronunciar em material de sua especialidade. Aqui, também se ressalta que esse direito torna-se mais latente quando se trata dos interesses populacionais. 8) Ampla autonomia no exercício da Profissão, não sendo obrigado a prestar serviços profissionais incompatíveis com as suas atribuições, cargos ou funções; Comentário O assistente social não é obrigado a fazer algo que não esteja de acordo com suas competências, atribuições, ou seja, aquilo que foge de sua área de atuação, pois ele é um profissional protegido por lei, que tem atribuições definidas, revelando sua relativa- autonomia. 9) liberdade na realização de seus estudos e pesquisas, resguardados os direitos de participação de indivíduos ou grupos envolvidos em seus trabalhos. Comentário O assistente social não pode ter sua liberdade de realizar estudos e pesquisas cerceadas. Os indivíduos ou grupos envolvidos em seus trabalhos dispõem do direito de participar de pesquisa e estudos. ➢ São deveres do/a assistente social (Artigo 3°): 1) Desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e responsabilidade, observando a legislação em vigor; Comentário O assistente social tem obrigações com os usuários como a de prestar um serviço de qualidade, tem obrigações com as instituições empregadoras, com os outros profissionais etc, dessa forma sempre em sua atuação ele deve primar pelo desempenho de suas funções de forma eficiente e com responsabilidade, sempre respeitando o que está posto na lei. Para melhor compreensão, tenha em mente que o assistente social ao chegar atrasado, ao não prestar um atendimento de qualidade, ao não repassar as informações necessárias ao usuário está descumprindo o código de ética, pois desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e responsabilidade é um DEVER de sua atuação. 2) Utilizar seu número de registro no Conselho Regional no exercício da Profissão; Comentário Sempre que estiver no exercício de suas atividades funcionais o assistente social deve usar o número de registro de sua carteira profissional, dessa forma poderá ser facilmente identificado, por exemplo, poderá se identificar quem foi o responsável pela emissão de um parecer, ou quem realizou o atendimento de determinado usuário, etc. 3) Abster-se, no exercício da Profissão, de práticas que caracterizem a censura, o cerceamento da liberdade, o policiamento dos comportamentos, denunciando sua ocorrência aos órgãos competentes; Comentário O assistente social não deve praticar a censura, o cerceamento da liberdade, o policiamento dos comportamentos. Caso o assistente social tome conhecimento de outro profissional que tenha essas atitudes, ele não pode deixar de denunciar, ou seja, não pode ser conivente com tais práticas, essa denúncia é feita nos órgãos competentes. 4) Participar de programas de socorro à população em situação de calamidade pública, no atendimento e defesa de seus interesses e necessidades. Comentário Sempre que houver uma situação de calamidade pública, o assistente social deve participar dos programas de socorro à população que está vivendo tal situação, atendendo e defendendo os interesses e necessidades dessa população. ➢ É vedado ao/à assistente social (Artigo 4°): 1) Transgredir qualquer preceito deste Código, bem como da Lei de Regulamentação da Profissão; Comentário O código de ética assim como a Lei de Regulamentação da Profissão servem para normatizar os assistentes sociais como pertencentes de uma categoria profissional, dessa forma não é permitido a violação do que está posto neles. 2) Praticar e ser conivente com condutas antiéticas, crimes ou contravenções penais na prestação de serviços profissionais, com base nos princípios deste Código, mesmo que estes sejam praticados por outros/as profissionais; Comentário Nesse tópico, afirma que o profissional não deve praticar e nem ser conivente com condutas antiéticas, crimes ou contravenções penais na prestação de serviços profissionais e afirma que essa não conivência estende-se também a outros profissionais, ou seja, ele não pode de forma nenhuma ser conveniente com esse tipo de ação ou praticá-la. 3) Acatar determinação institucional que fira os princípios e diretrizes deste Código; Comentário O assistente social quando estiver na situação de empregado, deve ter em mente que ele não pode acatar as determinações institucionais que transgridam os princípios e diretrizes do código de ética, que foram acima citados. 4) Compactuar com o exercício ilegal da Profissão, inclusive nos casos de estagiários/as que exerçam atribuições específicas, em substituição aos/às profissionais; Comentário Para exercer a profissão de assistente social, segundo a lei 8.662 (Art. n° 2) é necessário ser: • Possuidor de diploma em um curso de graduação em serviço social oficialmente reconhecido, expedido por estabelecimento de ensino superior existente no País, devidamente registrado no órgão competente; ou • Possuir diploma de curso superior em Serviço Social, em nível de graduação ou equivalente, expedido por estabelecimento de ensino sediado em países estrangeiros, conveniado ou não com o governo brasileiro, desde que devidamente revalidado e registrado em órgão competente no Brasil; ou • Ser agentessociais, qualquer que seja sua denominação com funções nos vários órgãos públicos, segundo o disposto no art. 14 e seu parágrafo único da Lei nº 1.889, de 13 de junho de 1953. Tendo em vista os critérios que foram citados, afirma-se que qualquer pessoa que não se encaixe em nenhuma das situações está exercendo irregularmente a profissão, inclusive estagiários, que ainda não conseguiram concluir a graduação, dessa forma não podem substituir um profissional graduado. Então o assistente social não pode de forma alguma compactuar com o exercício ilegal da profissão. 5) Permitir ou exercer a supervisão de aluno/a de Serviço Social em Instituições Públicas ou Privadas que não tenham em seu quadro assistente social que realize acompanhamento direto ao/à aluno/a estagiário/a; Comentário As instituições públicas ou privadas, em que existirem estagiários de serviço social, devem ter em seu quadro um supervisor técnico de campo estiverem e um supervisor docente. Não é permitido que se tenha estagiários em instituições públicas ou privadas, onde não exista no quadro assistente social que realize acompanhamento direto ao/à aluno/a estagiário/a. 6) assumir responsabilidade por atividade para as quais não esteja capacitado/a pessoal e tecnicamente; Comentário Ao assumir uma atividade no campo de trabalho, o assistente social assume também a responsabilidade por executá-la adequadamente, por isso que está posto no art. 3 desse código que é dever do assistente social “ desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e responsabilidade “, se o assistente social não estiver capacitado/a pessoal e tecnicamente ele não poderá cumprir esse dever. 7) Substituir profissional que tenha sido exonerado/a por defender os princípios da ética profissional, enquanto perdurar o motivo da exoneração, demissão ou transferência; Comentário Esse ponto é sempre cobrado em concursos de serviço social, atente-se ao fato que o assistente social não pode ser conveniente com condutas antiética e quando o profissional aceita substituir alguém que foi exonerado/a por defender os princípios da ética profissional ele está sendo antiético, por isso ele está vedado a ter tal conduta. Dessa forma enquanto perdurar o motivo da exoneração, demissão ou transferência ele não poderá o substituir. 8) Pleitear para si ou para outrem emprego, cargo ou função que estejam sendo exercidos por colega; Comentário Da mesma forma que o assistente social não pode substituir profissional que tenha sido exonerado/a por defender os princípios da ética profissional, ele também não pode pleitear para si ou para outrem emprego, cargo ou função que estejam sendo exercidos por colega, pois isso também é um comportamento antiético. 9) Adulterar resultados e fazer declarações falaciosas sobre situações ou estudos de que tome conhecimento; Comentário Tanto os assistentes sociais como qualquer outro profissional não podem adulterar resultados e fazer declarações falaciosas, isso se constitui crime. Quando o assistente social toma conhecimento sobre situações ou estudo, ele deve manter o sigilo profissional, ou seja, não pode usar essas informações para adulterar resultados e fazer declarações falaciosas. 10) assinar ou publicar em seu nome ou de outrem trabalhos de terceiros, mesmo que executados sob sua orientação. Comentário Quando um assistente social assina ou publica em seu nome ou de outrem trabalhos de terceiros, mesmo que executados sob sua orientação ele está cometendo um crime, por isso a vedação. TÍTULO III DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS O título III é o mais extenso do código de ética, nele você aprenderá como é norteado o relacionamento dos assistentes sociais com os usuários, com os outros profissionais, com as instituições empregadoras, com as organizações da sociedade civil e com a justiça. Das Relações com os/as Usuários/as (Capítulo I- Art. n° 5 e 6) Antes de ler esse tópico é importante que você saiba que quando se trata da relação assistente social com os usuários, os assistentes sociais apenas têm deveres e vedações, eles não tem direitos posto no código de ética. ➢ DEVERES DOS ASSISTENTES SOCIAIS PARA COM OS USUÁRIOS (Artigo 5°) 1) Contribuir para a viabilização da participação efetiva da população usuária nas decisões institucionais; Comentário Os assistentes sociais têm deveres para com os usuários, dentre eles: o direito de participar nas decisões institucionais, ou seja, com isso ele é considerado um sujeito ativo e capaz e não apenas como receptor das decisões tomada por terceiros. 2) Garantir a plena informação e discussão sobre as possibilidades e consequências das situações apresentadas, respeitando democraticamente as decisões dos/as usuários/as, mesmo que sejam contrárias aos valores e às crenças individuais dos/as profissionais, resguardados os princípios deste Código; Comentário Em sua relação com o usuário, o assistente social deve informar a ele tudo sobre sua situação, sobre seus direitos, e deve permitir que o usuário faça suas escolhas, mesmo que o profissional não concorde com elas, ele deve respeitar. 3) Democratizar as informações e o acesso aos programas disponíveis no espaço institucional, como um dos mecanismos indispensáveis à participação dos/as usuários/as; Comentário Essa democratização de informações serve para empoderar o usuário, fazer com que ele tenha acesso a seus direitos. 4) Devolver as informações colhidas nos estudos e pesquisas aos/às usuários/as, no sentido de que estes possam usá-los para o fortalecimento dos seus interesses; Comentário Quando o assistente social realizar pesquisa ou estudo com os usuários, ele deve mostrar aos usuários quais os resultados de sua pesquisa ou de seu estudo, assim ele contribuirá para que esses usuários possam usar essas informações para fortalecer os seus interesses. 5) Informar à população usuária sobre a utilização de materiais de registro audiovisual e pesquisas a elas referentes e a forma de sistematização dos dados obtidos; Comentário Antes de realizar uma pesquisa os usuários têm o direito de saber sobre a utilização de materiais de registro audiovisual e pesquisas a eles referentes e a forma de sistematização dos dados obtidos, dessa forma ele poderá decidir de forma mais consciente se quer ou não participar, se ele autoriza a não o uso de tais mecanismos. 6) Fornecer à população usuária, quando solicitado, informações concernentes ao trabalho desenvolvido pelo Serviço Social e as suas conclusões, resguardado o sigilo profissional; Comentário Mais uma vez afirma-se, aqui, a necessidade de munir os usuários de todas as informações necessárias antes de desenvolver o trabalho com ele, deve também dá ele conhecimento das conclusões dos estudos e deve sempre guardar o sigilo profissional, ou seja, não pode compartilhar a terceiro as informações que obteve em sua relação com os usuários. 7) Contribuir para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a relação com os/as usuários/as, no sentido de agilizar e melhorar os serviços prestados; Comentário Aqui se afirma a necessidade de facilitar a relação com os/as usuários/as, dessa forma os serviços prestados serão agilizados e melhorados. 8) Esclarecer aos/às usuários/as, ao iniciar o trabalho, sobre os objetivos e a amplitude de sua atuação profissional. Comentário Mais uma vez afirma-se a necessidade de munir o usuário com informações, esclarecendo a ele ao iniciar o trabalho, sobre os objetivos e a amplitude de sua atuação profissional. ➢ VEDAÇÕES DOS ASSISTENTES SOCIAIS EM SUASRELAÇÕES COM OS USUÁRIOS (Artigo 6°) 1) exercer sua autoridade de maneira a limitar ou cercear o direito do/a usuário/a de participar e decidir livremente sobre seus interesses; Comentário Como foi visto no tópico referente aos direitos, o assistente social deve trabalhar esclarecendo para os usuários os seus direitos, empoderando esses usuários para que possam acessá-los, deixar que esses eles tomem suas decisões livremente. Esse dever explicita que profissional não deve de forma nenhuma exercer sua autoridade de maneira a limitar ou cercear o direito do/a usuário/a de participar e decidir livremente sobre seus interesses; 2) Aproveitar-se de situações decorrentes da relação assistente social-usuário/a, para obter vantagens pessoais ou para terceiros; Comentário Em sua relação com os usuários o assistente social tem o dever de prestar um serviço de qualidade, de forma eficiente, isso está citado no art. 3 do código, isso é sua obrigação, dessa forma o assistente social não pode utilizar-se de sua autoridade para a limitar ou cercear o direito do/a usuário/a de participar e decidir livremente sobre seus interesses, isso é uma atitude antiética e vedada pelo código. 3) Bloquear o acesso dos/as usuários/as aos serviços oferecidos pelas instituições, através de atitudes que venham coagir e/ou desrespeitar aqueles que buscam o atendimento de seus direitos. Comentário No artigo art. 5° cita-se que o assistente social deve “democratizar as informações e o acesso aos programas disponíveis no espaço institucional, como um dos mecanismos indispensáveis à participação dos/as usuários/as” e também deve “contribuir para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a relação com os/as usuários/as, no sentido de agilizar e melhorar os serviços prestados”, dessa forma tendo esses preceitos como deveres fica explícito que ele deve contribuir para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a relação com os/as usuários/as, no sentido de agilizar e melhorar os serviços prestados Das Relações com as Instituições Empregadoras e outras CAPÍTULO II (art. n° 7 e 8) ➢ Constituem direitos do/a assistente social (Artigo 7°) 1) Dispor de condições de trabalho condignas, seja em entidade pública ou privada, de forma a garantir a qualidade do exercício profissional; Comentário O assistente social tem direito a ter um ambiente de trabalho em condições aptas para realizar o seu trabalho, onde ele seja respeitado e o usuário também, dessa forma as entidades sejam públicas ou privadas devem proporcionar esse ambiente, caso não façam o profissional tem direito a fazer uma denúncia no CRESS, para que as devidas medidas legais se cumpram. 2) Ter livre acesso à população usuária; Comentário Ao chegar em uma instituição, o assistente social irá se deparar com um público a qual aquela instituição assiste, dessa forma esse profissional deve ter um livre acesso a essa população usuária, as instituições não podem cercear esse direito do profissional. 3) Ter acesso a informações institucionais que se relacionem aos programas e políticas sociais e sejam necessárias ao pleno exercício das atribuições profissionais; Comentário Para que o profissional possa exercer um trabalho de qualidade e para que possa cumprir o que está posto no capítulo II do título III do código de Ética do assistente social que trata sobre os deveres dos assistentes sociais para com os usuários, o assistente social deve ter acesso a informações institucionais que se relacionem aos programas e políticas sociais e que sejam necessárias ao pleno exercício das atribuições profissionais, esse é um direito do profissional. 4) Integrar comissões interdisciplinares de ética nos locais de trabalho do/a profissional, tanto no que se refere à avaliação da conduta profissional, como em relação às decisões quanto às políticas institucionais. Comentário Esse tópico é muito cobrado nos concursos de serviço social é importante que você saiba que o assistente social tem direito de participar como integrante das comissões interdisciplinares de ética nos locais de trabalho do/a profissional, nos casos de : • Avaliação da conduta profissional; • Avaliação das decisões quanto às políticas institucionais. Os concursos tentam confundir o candidato afirmando que ele apenas pode participar se for referente à avaliação da conduta profissional, e acabamos de ver que não é apenas nessa situação, então fique atento na hora da prova. ➢ São deveres do/a assistente social (Artigo 8°) 1) Programar, administrar, executar e repassar os serviços sociais assegurados institucionalmente; Comentário Esse dever é muito cobrado em concursos, é necessário que você saiba que ao chegar a uma instituição, o assistente social terá acesso aos serviços sociais que lá são ofertados, dessa forma ele deve agir de forma responsável e ética e deve programar, administrar, executar e repassar os serviços sociais assegurados institucionalmente. 2) Denunciar falhas nos regulamentos, normas e programas da instituição em que trabalha, quando os mesmos estiverem ferindo os princípios e diretrizes deste Código, mobilizando, inclusive, o Conselho Regional, caso se faça necessário; Comentário Nesse tópico do código de ética, fica claro que o assistente social não está sujeito a aceitar qualquer tipo de trabalho ou qualquer conduta institucional, ele como um profissional que segue um código de ética e possui uma lei de regulamentação deve denunciar as falhas nos regulamentos, normas e programas da instituição em que trabalha, quando os mesmos estiverem ferindo os princípios e diretrizes do Código, e caso faça-se necessário ele poderá mobilizar falhas nos regulamentos, normas e programas da instituição em que trabalha, quando os mesmos estiverem ferindo os princípios e diretrizes do Código. 3) Contribuir para a alteração da correlação de forças institucionais, apoiando as legítimas demandas de interesse da população usuária; Comentário Esse tópico é muito cobrado em concursos, geralmente as bancas tentam induzir o candidato a acreditar que isso se refere à relação “assistentes sociais com os usuários” , no entanto, se refere a relação dos assistentes sociais com as instituições empregadoras. Em seu trabalho o assistente social deve colaborar para a alteração da correlação de forças institucionais, apoiando as legítimas demandas de interesse da população usuária. 4) Empenhar-se na viabilização dos direitos sociais dos/as usuários/as, através dos programas e políticas sociais; Comentário Os assistentes sociais dentro das instituições empregadora deve empenhar-se na viabilização dos direitos sociais dos/as usuários/as, através dos programas e políticas sociais; . Esse tópico também é muito cobrado em concursos, geralmente as bancas tentam induzir o candidato a acreditar que isso se refere à relação “assistentes sociais com os usuários” , no entanto se refere a relação dos assistentes sociais com as instituições empregadoras. Dessa forma fica claro que o assistente social deve sempre buscar que a população tenha acesso aos direitos sociais e para alcançar tal fim utiliza-se dos programas e políticas sociais. 5) Empregar com transparência as verbas sob a sua responsabilidade, de acordo com os interesses e necessidades coletivas dos/as usuários/as. Comentário Quando o assistente social chega a uma determinada instituição, ele terá acesso as verbas lá existentes para execução de programas, projetos, benefícios, dessa forma ele deve empregar com transparência as verbas sob a sua responsabilidade, de acordo com os interesses e necessidades coletivas dos/as usuários/as.➢ É vedado ao/à assistente social (Artigo 9°): 1) Emprestar seu nome e registro profissional a firmas, organizações ou empresas para simulação do exercício efetivo do Serviço Social; Comentário O assistente social não pode emprestar seu nome e registro profissional a firmas, organizações ou empresas para simulação do exercício efetivo do Serviço Social, ou seja, colocar seu nome em um trabalho que não é seu, afirmar que fez algo que não fez, essa atitude constitui-se como uma infração ao código. 2) Usar ou permitir o tráfico de influência para obtenção de emprego, desrespeitando concurso ou processos seletivos; Comentário Tráfico de influência é sempre que se usam pessoas para conseguir vantagens, como emprego, dessa forma o assistente social não pode utilizar-se de tal artimanha para obter emprego, pois isso é um desrespeito aos concursos e ao processo seletivo. Além de não poder praticar tal ação, ele também não pode ser conivente com elas. 3) Utilizar recursos institucionais (pessoal e/ou financeiro) para fins partidários, eleitorais e clientelistas. Comentário O assistente social não pode utilizar recursos institucionais (pessoal e/ou financeiro) para fins partidários, eleitorais e clientelistas, isso foge do objetivo de seu trabalho. Das Relações com Assistentes Sociais e outros/as Profissionais CAPÍTULO III (Art. 10 e 11) ➢ São deveres do/a assistente social (Artigo 10°) 1) Ser solidário/a com outros/as profissionais, sem, todavia, eximir-se de denunciar atos que contrariem os postulados éticos contidos neste Código; Comentário Em sua relação com os outros profissionais, o assistente social deve ser solidário com os outros profissionais, entretanto ser solidário não significa compactuar com atitudes antiéticas que outros profissionais venham a cometer, dessa forma o assistente social tem por dever denunciar atos que contrariem os postulados éticos contidos no código de ética do assistente social. 2) Repassar ao seu substituto as informações necessárias à continuidade do trabalho; Comentário O assistente social no seu espaço de trabalho tem acesso a inúmeras informações, dessa forma quando ele não for mais o executor dos serviços e for substituído deverá repassar ao seu substituto as informações necessárias à continuidade do trabalho. Concurseiro, é importante que você se lembre do que está posto nas vedações gerais dos assistentes sociais (Art n° 4), onde o assistente social é proibido de substituir outro profissional que foi exonerado ou demitido por defender os princípios do código, não se esqueça dessa informação. 3) Mobilizar sua autoridade funcional, ao ocupar uma chefia, para a liberação de carga horária de subordinado/a, para fim de estudos e pesquisas que visem o aprimoramento profissional, bem como de representação ou delegação de entidade de organização da categoria e outras, dando igual oportunidade a todos/as; Comentário O assistente social quando estiver na função de chefe tem por dever facilitar a liberação dos seus subordinados para que eles possam se qualificar profissionalmente, através de estudo e pesquisas, essa liberação se estende a quem deseja representar organização da categoria. É importante destacar que quando o assistente social for chefe, ele deve dar iguais oportunidades a todos, não pode agir de forma antiética. 4) Incentivar, sempre que possível, a prática profissional interdisciplinar; Comentário O assistente social deve incentivar a prática profissional interdisciplinar. Segundo Raichelis (2009) “o trabalho interdisciplinar demanda a capacidade de expor com clareza os ângulos particulares de análise e propostas de ações diante dos objetos comuns a diferentes profissões, cada uma delas buscando colaborar a partir dos conhecimentos e saberes desenvolvidos e acumulados pelas suas áreas” (p. 15) 5) Respeitar as normas e princípios éticos das outras profissões; Comentário O assistente social além de respeitar as normas e princípios éticos de seu código deve também respeitar as normas e princípios éticos das outras profissões. 6) Ao realizar crítica pública a colega e outros/ as profissionais, fazê-lo sempre de maneira objetiva, construtiva e comprovável, assumindo sua inteira responsabilidade. Comentário O assistente social pode fazer uma crítica a um colega de trabalho, entretanto ele deve ser objetivo ao fazer essa crítica, deve comprovar tudo que está falando e sua crítica deve ser construtiva, ao fazer tal crítica o assistente social assumi toda responsabilidade por ela. É vedado ao/à assistente social (Artigo 11°) 1) Intervir na prestação de serviços que estejam sendo efetuados por outro/a profissional, salvo a pedido desse/a profissional; em caso de urgência, seguido da imediata comunicação ao/à profissional; ou quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada; Comentário O assistente social como regra não pode intervir no trabalho de outros profissionais, entretanto o código apenas permite que haja intervenção em 03 casos apenas: 1-Quando o profissional que estiver executando o serviço pedir ao assistente social sua ajuda; 2-Em caso de urgência- quando ocorrer esses casos o assistente social deverá comunicar o outro profissional imediatamente; 3- Em trabalho multiprofissional, quando a intervenção fizer parte da metodologia adotada. 2) Prevalecer-se de cargo de chefia para atos discriminatórios e de abuso de autoridade; Comentário Quando o assistente social usa de cargo de chefia para atos discriminatórios e de abuso de autoridade ele está cometendo uma infração ao código e isso é proibido. 3) Ser conivente com falhas éticas de acordo com os princípios deste Código e com erros técnicos praticados por assistente social e qualquer outro/a profissional; Comentário Em sua relação com outros assistentes sociais e com outros profissionais, o assistente social não pode aceitar, concordar, ou seja, ser conivente com falhas éticas de acordo com o código de ética e com erros técnicos praticados por assistente social e qualquer outro/a profissional. 4) Prejudicar deliberadamente o trabalho e a reputação de outro/a profissional. Comentário O assistente social não pode prejudicar o trabalho e a reputação de qualquer profissional, sendo esse profissional assistente social ou não, de forma deliberada, quando pratica tal ação o assistente social está sujeito as penalidades impostas pelo código. Das Relações com Entidades da Categoria e demais organizações da Sociedade Civil CAPÍTULO IV ➢ Constituem direitos do/a assistente social (Artigo 12°) 1) Participar em sociedades científicas e em entidades representativas e de organização da categoria que tenham por finalidade, respectivamente, a produção de conhecimento, a defesa e a fiscalização do exercício profissional; Comentário Os assistentes sociais têm direito de participar em sociedades científicas e em entidades representativas e de organização da categoria que tenham por finalidade, essas entidades devem ser voltadas a : 1- Produção de conhecimento; 2-Defesa e fiscalização do exercício profissional (ex:CRESS/ CFESS). 2) Apoiar e/ou participar dos movimentos sociais e organizações populares vinculados à luta pela consolidação e ampliação da democracia e dos direitos de cidadania. Comentário Os assistentes sociais têm o direito de apoiar e/ou participar dos movimentos sociais e organizações populares vinculados à luta pela consolidação e ampliação da democracia e dos direitos de cidadania. ➢ São deveres do/a assistente social: 1) Denunciar ao Conselho Regional as instituições públicas ou privadas, ondeas condições de trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar os/as usuários/as ou profissionais; Comentário Quando um assistente social trabalhar em instituições públicas ou privadas e essas instituições não proporcionem condições dignas de trabalho ou quando as condições de trabalho prejudiquem os usuários ou os profissionais o assistente deve denunciar para o CRESS tais situações. 2) Denunciar, no exercício da Profissão, às entidades de organização da categoria, às autoridades e aos órgãos competentes, casos de violação da Lei e dos Direitos Humanos, quanto a: corrupção, maus tratos, torturas, ausência de condições mínimas de sobrevivência, discriminação, preconceito, abuso de autoridade individual e institucional, qualquer forma de agressão ou falta de respeito à integridade física, social e mental do/a cidadão/cidadã; Comentário A violação dos direitos humanos não está posta apenas no código de ética, a Constituição Federal proíbe esse prática. Dessa forma, o assistente social deve sempre denunciar no exercício da Profissão, às entidades de organização da categoria, às autoridades e aos órgãos competentes, casos de violação da Lei e dos Direitos Humanos. 3) Respeitar a autonomia dos movimentos populares e das organizações das classes trabalhadoras. Comentário O assistente social deve, no exercício da Profissão, respeitar às entidades de organização da categoria, às autoridades e aos órgãos competentes, casos de violação da Lei e dos Direitos Humanos. ➢ É vedado ao/à assistente social (Artigo 14°) 1) valer-se de posição ocupada na direção de entidade da categoria para obter vantagens pessoais, diretamente ou através de terceiros/as. Comentário O assistente social não pode utilizar-se de sua posição ocupada na direção de entidade da categoria para obter vantagens pessoais, diretamente ou através de terceiros/as, essa atitude constitui-se atitude antiética. Do Sigilo Profissional CAPÍTULO V Concurseiro de serviço social tenha uma atenção redobrada no artigo n° 15, 16, 17 e 18, são os mais cobrado nos concursos de serviço social, para sua melhor compreensão eles estão esquematizados a seguir. Manter o Sigilo Profissional é um : (Artigo n° 15) DIREITO Função do Sigilo Profissional: (Artigo n° 16) Proteger o usuário/a em tudo aquilo Que o assistente social tome Conhecimento Como deverão ser prestada as Informações nos trabalho em equipe MULTIDISCIPLINAR? (Parágrafo único) Em trabalho multidisciplinar as Informações só devem ser prestadas Dentro dos limites estritamente necessário É vedado ao Assistente Social (Artigo n° 17) Revelar o sigilo profissional Quando é permitido quebrar o Sigilo profissional? (Artigo n° 18) A quebra do sigilo só é admissível quando se tratarem de situações cuja gravidade possa, Envolvendo ou não fato delituoso, trazer prejuízo aos interesses do/a usuário/a, de terceiros/as e da coletividade A revelação será feita dentro do estritamente necessário, quer em relação ao assunto revelado, quer ao grau e número de pessoas que dele devam tomar conhecimento. Das Relações do/a Assistente Social com a Justiça CAPÍTULO VI ➢ Deveres dos Assistentes Sociais em sua relação com a Justiça (Artigo 19°) O assistente social tem o dever de se apresentar a justiça. quando isso ocorre ele pode ser convocado ou intimado e isso determinará a forma como o profissional deverá proceder. O que ocorre é que quando o assistente social é CONVOCADO para apresenta-se à justiça na qualidade de PERITO ou TESTEMUNHA, ele deve apresentar as conclusões do seu laudo ou depoimento, entretanto sem extrapolar o âmbito da competência profissional e sem violar os princípios éticos contidos no Código. Já quando o assistente social é INTIMADO a PRESTAR DEPOIMENTO à justiça ele deve declarar que está obrigado/a a guardar sigilo profissional de acordo como código de ética do assistente social. O esquema a seguir exemplificará esse assunto: ➢ Vedações dos Assistentes Sociais em sua relação com a Justiça (Artigo 20°) O assistente social é proibido a DEPOR como testemunha sobre situação sigilosa do/a usuário/a de que tenha conhecimento no exercício profissional, mesmo quando autorizado, ou seja, mesmo que o usuário autorize que o profissional revele as informações a que teve acesso sobre ele quando estava em pleno exercício de trabalho, ainda assim o profissional não poderá em depoimento revelar sobre o que teve conhecimento. O Assistente Social deve se apresentar a justiça quando: (Artigo n° 19) CONVOCADO INTIMADO Na qualidade de: Perito ou Testemunha Quando convocado como perito ou Testemunha, o assistente social deve Apresentar a justiça as conclusões do Seu laudo ou depoimento, sem extrapolar O âmbito da competência profissional e sem Violar os princípios do código de ética do Assistente social Comparecer perante a autoridade competente, quando intimado/a a prestar depoimento, para declarar que está obrigado/a a guardar sigilo profissional nos termos do Código de Ética e da Legislação em vigor. O Assistente social também não pode aceitar ser nomeado como perito e/ou atuar em perícia quando a situação não se caracterizar como área de sua competência ou de sua atribuição profissional, ou quando infringir os dispositivos legais relacionados a impedimentos ou suspeição. Para esclarecer melhor para vocês, o assistente social não poderá exercer função de perito médico, já que não está habilitado para essa função, a área médica não é de sua competência. Da mesma forma ela não pode aceitar ser perito quando houver a violação dos dispositivos legais. Essas vedações serão explicitadas no esquema a seguir: TÍTULO IV Da Observância, Penalidades, Aplicação e Cumprimento Deste Código ➢ deveres do/a assistente social (Artigo 21°): VEDAÇÕES Depor sobre situação Sigilosa a qual teve conhecimento Em seu exercício profissional, Mesmo quando autorizado pelo usuário Ser nomeado como perito e/ou atuar em perícia quando: Não for em área de sua competência ou de sua atribuição profissional infringir os dispositivos legais relacionados a impedimentos ou suspeição. Deveres dos Assistentes Sociais (Artigo n° 21) Cumprir e fazer cumprir o Código de Ética Denunciar ao CRESS de forma Fundamentada as formas de Exercício irregular, infrações aos Princípios e diretrizes do código de ética. Informar, esclarecer e orientar os/as Estudantes, na docência ou supervisão, quanto aos princípios e normas contidas no Código de Ética ➢ Infrações Disciplinares (Artigo 22°) Penalidades ➢ As infrações a este Código (Artigo 23°) Quando um assistente social infringe o código de ética, essas infrações acarretarão penalidades, que vão desde a multa à cassação do exercício profissional, na forma dos dispositivos legais e/ ou regimentais. É importante lembrar que serão eliminados/as dos quadros dos CRESS aqueles/as que fizerem falsa prova dos requisitos exigidos nos Conselhos para se tornar assistentes sociais. As Constituem Infrações Disciplinares Exercer a Profissão quando impedido/a de fazê- lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício ao/às não inscritos/as ou impedidos/as Não cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou autoridade dos Conselhos, em matéria destes, depois de regularmente notificado/a; Deixar de pagar, regularmente, as anuidades e contribuições devidas ao Conselho Regional de Serviço Social a que esteja obrigado/a; Participar de instituição que, tendo por objeto o Serviço Social, não esteja inscrita no Conselho Regional Fazer ou apresentar declaração, documento falso ou adulterado, perante o Conselho Regional ou Federalpenalidades que são aplicadas aos assistentes sociais são: multa, advertência reservada, advertência pública, suspensão do exercício profissional e cassação do registro profissional. As penalidades estão esquematizadas a seguir: Esquema das Penalidades Aplicáveis ➢ O artigo n° 25 aborda sobre a pena de suspensão, ela leva à interdição do exercício profissional em todo o território nacional, pelo prazo de 30 (trinta) dias a 2 (dois) anos. O parágrafo único desse artigo afirma que a suspensão por falta de pagamento de anuidades e taxas só cessará com a satisfação do débito, podendo ser cassada a inscrição profissional após decorridos três anos da suspensão. As informações aqui citadas serão esquematizados a seguir: ➢ De acordo com o artigo n° 26 os antecedentes profissionais serão considerados na aplicação das penas de quem infringiu o código de ética, as circunstâncias em que ocorreu a infração, também devem ser consideradas. A banca Cespe/UNB já cobrou várias vezes esse artigo. SUSPENSÃO (Artigo n° 25) A suspensão acarreta ao Assistente Social A interdição do exercício profissional em Todo território nacional A suspensão dura pelo prazo de 30 (trinta) dias a 2 (dois) anos Quando a suspensão é por falta de pagamento Das anuidades e taxas só cessará quando o Débito for pago A suspensão poderá acarretar na cassação da inscrição profissional, após 03 anos ➢ O código de ética também aborda no artigo n° 27 que salvo nos casos de gravidade manifesta, que exigem aplicação de penalidades mais rigorosas, a imposição das penas obedecerá à gradação estabelecida pelo artigo 24, que é de: Multa, Advertência reservada, Advertência pública, Suspensão do exercício profissional e cassação do registro profissional. ➢ O artigo n° 29 aborda sobre a advertência reservada, onde é explicitado que ela será confidencial, exceto nos casos em que o penalizado não é encontrado ou se este/a, após duas convocações, não comparecer no prazo fixado para receber a penalidade, deverá ser ela tornada pública. Já a advertência pública, suspensão e a cassação do exercício profissional serão efetivadas através de publicação em Diário Oficial e em outro órgão da imprensa, e afixado na sede do Conselho Regional onde estiver inserido/a o/a denunciado/a e na Delegacia Seccional do CRESS da jurisdição de seu domicílio. ➢ O artigo n°30 afirma que é o Conselho Regional que fica responsável pela execução das decisões proferidas nos processos disciplinares. É afirmado também no artigo n° 31 que quem foi penalizado pode recorrer junto ao CFESS, podendo o caso ser reavaliado e a pena que foi aplicada ser supena, pois como mencionado anteriormente o CFESS funciona como superior tribunal de ética da categoria profissional. ➢ O prazo prescricional por falta sujeita a processo ético e disciplinar, prescreve em 5 (cinco) anos, contados da data da verificação do fato respectivo. ➢ O artigo n° 33 na execução da pena de advertência reservada, não sendo encontrado o/a penalizado/a ou se este/a, após duas convocações, não comparecer no prazo fixado para receber a penalidade, será ela tornada pública. Isso será esquematizado a seguir: ➢ Multa: O artigo n° 33 é o que aborda também sobre a multa, nele é explicitado que na pena de multa, ainda que o/a penalizado/a compareça para tomar conhecimento da decisão, mas ele não efetive o pagamento devido de sua dívida em 30 dias, ele terá seu nome publicação em Diário Oficial e em outro órgão da imprensa, e afixado na sede do Conselho Regional onde estiver inserido/a o/a denunciado/a e na Delegacia Seccional do CRESS da jurisdição de seu domicílio, sem prejuízo da cobrança judicial. 1°- Advertência Reservada 2° Advertência Pública Após duas convocações se o penalizado/a não comparecer ela se tornará ➢ O código afirma que a pena de multa variará entre o mínimo correspondente ao valor de uma anuidade e o máximo do seu décuplo. Ou seja, o menor valor a se pagar em uma multa é o valor de uma anuidade, o valor máximo são dez anuidades. ➢ O artigo n° 33 também aborda sobre a cassação do exercício profissional, e informa quando ela ocorrer, além dos editais e das comunicações feitas às autoridades competentes interessadas no assunto, deverá também haver a apreensão da Carteira e Cédula de Identidade Profissional do/a infrator/a . ➢ As dúvidas na observância do Código e os casos omissos serão resolvidos pelos Conselhos Regionais de Serviço Social “ad referendum” do Conselho Federal de Serviço Social, a quem cabe firmar jurisprudência. Prazo para o pagamento da Multa: 30 (trinta) dias Quais procedimentos devem ser Feitos quando houver a cassação Do exercício profissional? Publicação em edital das comunicações feitas às autoridades competentes interessadas no assunto Apreensão da Carteira e Cédula de Identidade Profissional do/a infrator/a Revisão Para Concursos Tema: Código de Ética do Assistente Social COPESE/2016-Prefeitura de Bom Jesus 1. A quantidade de Códigos de Ética Profissional que regulamentaram a profissão de assistentes sociais desde a Lei n 3.252, de 27 de agosto de 1957, até os dias atuais é: (A) Dois (B) Três (C) Quatro (D) Cinco (E) Seis 2. A orientação filosófica e metodológica presente no maior número de Códigos de Ética Profissional do/a Assistente Social é: (A) Marxista e dialética. (B) Funcionalista e positivista. (C) Neotomista e positivista. (D) Neotomista e dialética. (E) Marxista e positivista. 3. A orientação filosófica e metodológica presente no maior número de Códigos de Ética Profissional do/a Assistente Social é atestada na afirmação: (A) ―É dever do Assistente Social cumprir [...] os compromissos assumidos, respeitando a lei de Deus, os direitos naturais do homem, inspirando-se, sempre em todos seus atos profissionais, no bem comum e nos dispositivos da lei, tendo em mente o juramento prestado diante do testemunho de Deus‖. (B) É princípio norteador da prática profissional ―o respeito à tomada de decisão dos usuários, ao saber popular e à autonomia dos movimentos e organizações da classe trabalhadora‖. (C) ―Os princípios e diretrizes norteadores da prática profissional estão expressos neste Código [...] serão destacados aqueles que dão indicações de uma nova ética, tendo como referência o encaminhamento da prática profissional articulada às lutas da classe trabalhadora‖. (D) ―A quebra do sigilo só é admissível, quando se tratar de situação cuja gravidade possa trazer prejuízos aos interesses da classe trabalhadora‖. (E) ―Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais‖. 4. São deveres do Assistente Social, conforme o Código de Ética Profissional do/a Assistente Social aprovado pela Resolução CFESS n.º 273/93, de 13 de março de 1993, e alterado pelas Resoluções CFESS n.º 290/94, 293/94, 333/96 e 594/11: I. Desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e responsabilidade, observando a legislação em vigor; II. Guardar rigoroso sigilo, mesmo em depoimentos policiais, sobre o que saiba em razão do seu ofício; III. Utilizar seu número de registro no Conselho Regional no exercício da profissão; IV. Participação em manifestações de defesa dos direitos da categoria e dos interesses da classe trabalhadora; V. Abster-se, no exercício da profissão, de práticas que caracterizem a censura, o cerceamento da liberdade, o policiamento dos comportamentos, denunciando sua ocorrência aos órgãos competentes. Está CORRETO apenas o que se afirma na opção:(A) I, II e IV. (B) I. (C) I, III e V. (D) I e IV. (E) III, IV e V. 5. Nas relações com as instituições empregadoras e outras, conforme o Código de Ética Profissional do/a Assistente Social aprovado pela Resolução CFESS n.º 273/93, de 13 de março de 1993, e alterado pelas Resoluções CFESS n.º 290/94, 293/94, 333/96 e 594/11, é VEDADO ao Assistente Social: (A) Denunciar falhas nos regulamentos, normas e programas da instituição em que trabalha, quando os mesmos estiverem ferindo os princípios e diretrizes deste Código, mobilizando, inclusive, o Conselho Regional, caso se faça necessário. (B) Usar ou permitir o tráfico de influência para obtenção de emprego, desrespeitando concurso ou processos seletivos. (C) Contribuir para a alteração da correlação de forças institucionais, apoiando as legítimas demandas de interesse da população usuária. (D) Intervir na prestação de serviços que estejam sendo efetuados por outro/a profissional, salvo a pedido desse/a profissional; em caso de urgência, seguido da imediata comunicação ao/à profissional; ou quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada. (E) Ser conivente com falhas éticas de acordo com os princípios deste Código e com erros técnicos praticados por assistente social e qualquer outro/a profissional. CESPE/UNB-2015-SERVIÇO SOCIAL-DEPEN-2015 Acerca da ética profissional pertinente ao assistente social, julgue os itens a seguir à luz da legislação específica do assistente social e do vigente Código de Ética do Assistente Social, publicado em 1993. 6-De acordo com os princípios éticos pertinentes ao assistente social, a ele é vedado substituir outro profissional da categoria que tenha sido exonerado por defender os princípios da ética profissional, enquanto durar o período da exoneração. 7-Constitui dever do assistente social, em sua relação com os usuários do serviço social, esclarecê-los sobre os objetivos e a amplitude de sua atuação ao iniciar o processo de intervenção profissional. 8- É dever do assistente social denunciar possíveis falhas nos regulamentos, nas normas e nos programas da instituição em que trabalhe quando estes ferirem princípios e diretrizes do seu código de ética profissional. 9- De acordo com o Conselho Federal de Serviço Social, a versão anterior do Código de Ética do Assistente Social, publicada em 1986, expressava clara conformidade com as bases filosóficas tradicionais, nitidamente conservadoras, orientadoras da ética da neutralidade. CESPE/2014-TJ/SE- ASSISTENTE SOCIAL 10-A exigência de que em cada capital de estado, de território e no Distrito Federal haja um CRESS é estabelecida pelo Código de Ética dos Assistentes Sociais de 1986. 11-Apesar de o sigilo profissional constituir um direito do usuário a ser defendido pelo assistente social, tal prerrogativa poderá ser dispensada em caso de atuação em equipe multiprofissional, haja vista que todas as informações relativas ao usuário devem ser transmitidas à equipe. FUNRIO/2015-UFRB-ASSISTENTE SOCIAL 12-A fundamentação ética, concebe uma projeção de sociedade, que propicia aos trabalhadores o pleno desenvolvimento para a invenção e vivência de novos valores, e pressupõe a erradicação de todos os processos de exploração, opressão e alienação. Este código, se opõe não apenas ao liberalismo, mas também ao humanismo cristão tradicional e ao marxismo antihumanista. Estes conceitos estão expressos no código de ética profissional de A) 1947. B) 1965. C) 1986. D) 1993. E) 1975. FUNCAB-2015-FUNASG- ASSISTENTE SOCIAL 13-O atual código de ética profissional dos assistentes sociais é uma revisão do código anterior, de 1986, que foi um marco na consolidação das conquistas profissionais, pois, coroou o rompimento com o conservadorismo. As lacunas revisadas pelo Código de 1993 estão localizadas nas dimensões: A) política e social. B) ética e profissional. C) profissional e teórica. D) jurídica e política. E) teórica e ética. FUNRIO/2015-UFRB-ASSISTENTE SOCIAL 14-A profissão, em sua trajetória, expressou através de seus códigos de ética, suas diretrizes. O primeiro código de ética (1947), expressou a estreita vinculação do Serviço Social com a doutrina social da igreja. O segundo código de ética (1965), revelou traços da renovação profissional, no contexto da modernização conservadora posta pela autocracia burguesa. O terceiro código de ética (1975), suprimiu as referências democráticos- liberais do código de 1965, configurando-se como uma das expressões da reatualização do conservadorismo profissional. Com relação ao código de 1965, sobre suas diretrizes, é correto afirmar que A) estava intimamente ligado a concepção dos dogmas católicos e revelou em seu interior o preceito de “ ajustar” os indivíduos dentro dos paradigmas marxistas. B) o código legitima as exigências do bem comum, com efeito da ação disciplinadora do Estado, formas de vinculação do homem à ordem social, considerando a luta de classe trabalhadora. C) propiciou a superação da perspectiva a-histórica e acrítica, onde os valores são tidos como universais e acima dos interesses de classe. D) defendeu a parcialidade, e legitimou a ação disciplinadora do Estado, conferindo-lhe o direito de dispor sobre as atividades profissionais, no contexto da ditadura militar. E) considerou o assistente social como profissional liberal e inseriu os princípios do pluralismo, da democracia e da justiça, numa concepção liberal. FCC - 2012 - TJ-RJ - Analista Judiciário - Assistência Social 15-A revisão realizada em 1993 relativa ao Código de Ética Profissional do Assistente Social de 1986, considerou alguns aspectos essenciais. São eles: (A) direitos, compromisso e seguridade. (B) transformação, compromisso e liberdade. (C) política, inclusão e emancipação. (D) liberdade, autonomia e justiça social. (E) universalidade, equidade e emancipação. CESPE/UNB-2010-TJ/BA-SERVOÇO SOCIAL Acerca de ética, julgue os itens a seguir. 16-O Código de Ética Profissional do Assistente Social, publicado em 1986, é considerado um orientador da ação profissional suficientemente desenvolvido em sua parte operacional e em seus pressupostos teóricos, haja vista ter sido reformulado em um contexto semelhante ao do Código de 1980. 17-Ao elaborar uma proposta de trabalho, o assistente social deve fazer referência aos princípios éticos fundamentais, como o compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento intelectual na perspectiva da competência profissional. 18-Entendida como uma ação prática consciente que resulta de uma escolha racional, a ética orienta-se por valores que buscam objetivar algo que se considera valoroso, bom, justo, sendo permeada por mediações como a razão, a definição do projeto que se quer realizar e a responsabilidade em face das implicações objetivas da ação voltada para outros cidadãos, ou seja, para a sociedade. 19-A ética tem caráter universalizante, dado que estabelece conexão entre a singularidade e a genericidade do ser humano. A autonomia, por sua vez, implica racionalidade crítica capaz de ultrapassar o nível do que é repetido espontaneamente, para recriar a vida em patamares cada vez mais criativos e livres. FUNRIO - 2009 - INSS - Analista - Serviço Social 20-De acordo com Barroco (2005), a elaboração do Código de Ética de 1986 A) orienta um ethos neoconservador para o Serviço Social. B) abre caminho para o militantismo e o basismo na prática profissional. C) evidencia o ecletismo teórico-metodológico presente naprofissão. D) determina o trabalho do assistente social junto aos movimentos sociais, não mais nas instituições. E) expressa formalmente a ruptura ética com o tradicionalismo do Serviço Social. GABARITO DAS QUESTÕES 1-C 2-C 3-A 4-C 5-B 6-CORRETO 7-CORRETO 8-CORRETO 9-ERRADO 10-ERRADO 11-ERRADO 12-D 13-B 14-E 15-D 16-ERRADO 17-CORRETO 18-CORRETO 19-CORRETO 20-E Referência: BRASIL. Constituição Federal de 1988. BRASIL. Lei 8.662 de 1993. BARROCO, Maria Lúcia Silva. Os Fundamentos Éticos do Serviço Social. CFESS, 2009. OLIVEIRA, Rayanne Danielle Cardoso. O SIGILO PROFISSIONAL DOS ASSISTENTES SOCIAIS: Um estudo dos Códigos de Ética e da concepção de profissionais. RAICHELIS. Raquel. O trabalho do assistente social na esfera estatal. CFESS, 2009.
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