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David LIma da Silva e Luis Eduardo S de Amorim

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL 
ESCOLA TÉCNICA SENAI SANTO AMARO 
CURSO TÉCNICO EM MECÂNICA INDUSTRIAL 
 
 
TCC concluído com aprovação e NOTA 8,5 
 
 
David Lima da Silva 
Luiz Eduardo Santos de Amorim 
 
 
 
 
 
IMPORTÂNCIA DA LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS INDUSTRIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recife 
2020 
 
 
David Lima da Silva 
Luiz Eduardo Santos de Amorim 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTÂNCIA DA LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS INDUSTRIAIS 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Escola Técnica 
SENAI Santo Amaro, como requisito 
parcial para obtenção do título de 
Técnico em Mecânica Industrial. 
 
Orientador: Prof. Alexandre Cabral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recife 
2020 
 
 
 
David Lima da Silva 
Luiz Eduardo Santos de Amorim 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTÂNCIA DA LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS INDUSTRIAIS 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Escola Técnica 
SENAI Santo Amaro, como requisito 
parcial para obtenção do título de 
Técnico em Mecânica Industrial. 
 
Orientador: Prof. Alexandre Cabral 
 
 
 
 
 
Aprovado em: ____/______/_______ 
 
Orientador: __________________________ 
Nome completo do orientador 
Docente em... 
Escola Técnica SENAI ... 
 
Examinador 1: __________________________ 
Nome completo do examinador 1 
Docente em... 
Escola Técnica SENAI ... 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradecemos a Deus, a nossa família, aos nossos professores que se 
empenharam para nos orientar. 
 
 
RESUMO 
 
A lubrificação proporciona grandes melhorias na performance de máquinas e 
elementos de máquinas industriais, como os rolamentos, principalmente na redução 
dos custos de manutenção. Este trabalho de conclusão de curso tem como 
objetivo conhecer a importância do processo de lubrificação para os rolamentos 
industriais. Para realização do presente trabalho utilizou-se como metodologia uma 
revisão de literatura. Como resultado, foi possível verificar que a lubrificação é 
essencial para o bom funcionamento e performance dos rolamentos, por meio dela 
evita-se o atrito entre os componentes, evitando assim o desgaste e outras 
ocorrências. Rolamentos são elementos de máquinas que possibilitam o movimento 
relativo controlado entre duas ou mais partes de uma máquina. A lubrificação desses 
componentes proporciona diversos benefícios ao funcionamento do maquinário, como 
o aumento da sua vida útil e da confiabilidade dos equipamentos, a diminuição dos 
custos na manutenção, o aumento da segurança operacional, e da produtividade. 
 
Palavras-chave: Rolamentos Industriais; Lubrificação; Custos. 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 Lubrication offers major improvements in the performance of machines and 
elements of industrial machines, such as bearings, mainly in reducing maintenance 
costs. This course conclusion work aims to understand the importance of the 
lubrication process for industrial bearings. To carry out the present work, a literature 
review was used as methodology. As a result, it was possible to verify that lubrication 
is essential for the proper functioning and performance of the bearings, thereby 
preventing friction between the components, thus preventing wear and other 
occurrences. Bearings are machine elements that enable controlled relative movement 
between two or more parts of a machine. The lubrication of these components offers 
several benefits to the operation of the machinery, such as increasing its useful life and 
equipment reliability, decreasing maintenance costs, increasing operational safety and 
productivity. 
 
Keywords: Industrial bearings; Lubrication; Costs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................................8 
1.1 BREVE HISTÓRICO ..............................................................................................8 
2 ROLAMENTOS INDUSTRIAIS E SEUS COMPONENTES ....................................10 
2.1 TIPOS DE ROLAMENTOS ..................................................................................12 
3 LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL ..............................................................................17 
3.1 LUBRIFICANTES INDUSTRIAIS .........................................................................18 
3.1.1 Óleos lubrificantes .............................................................................................18 
3.1.2 Graxas lubrificantes ..........................................................................................19 
3.1.3 Aditivos .............................................................................................................19 
4 IMPORTÂNCIA DA LUBRIFICAÇÃO ....................................................................22 
5 OBJETIVOS DA LUBRIFICAÇÃO NOS ROLAMENTOS.......................................22 
6 MÉTODOS DE LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS INDUSTRIAIS ...................24 
6.1 LUBRIFICAÇÃO A GRAXA ..................................................................................24 
6.2 LUBRIFICAÇÃO A ÓLEO ....................................................................................25 
6.3 REPOSIÇÃO E TROCA DOS LUBRIFICANTES .................................................27 
6.3.1 Intervalos de reposição de graxa .......................................................................28 
6.3.2 Intervalos de troca de óleo .................................................................................29 
7 OCORRÊNCIAS DOS ROLAMENTOS ..................................................................29 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................31 
REFERÊNCIAS .........................................................................................................32 
 
 
8 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A globalização dos mercados e o desenvolvimento tecnológico, trouxeram 
consigo várias consequências ao setor industrial, uma delas é a constante busca por 
processos que mantenham o bom desempenho das máquinas industriais. A 
lubrificação é um desses processos. 
Nas industrias os rolamentos são elementos fundamentais para o bom 
funcionamento de diversas máquinas, responsáveis por suportar e guiar os seus 
elementos rotativos, favorecendo o equilíbrio entre as estruturas e transferindo 
energia e precisão. 
Este trabalho de conclusão de curso abordou a seguinte problemática, qual a 
importância da lubrificação em rolamentos industriais? A lubrificação pode ser definida 
como um processo que consiste na aplicação de uma camada de lubrificante entre 
duas superfícies solidas que executam algum tipo de movimento e que estejam em 
contato entre si, separando-as, diminuindo o atrito e o desgaste. 
O objetivo principal deste Trabalho é conhecer a importância do processo de 
lubrificação para os rolamentos industriais e suas influências. Pretende-se apresentar 
os principais conceitos e definições para a técnica de lubrificação, os tipos de 
lubrificantes utilizados na lubrificação de rolamentos; os tipos de rolamentos e os seus 
componentes; bem como identificar a importância da técnica de lubrificação para 
esses componentes. 
A metodologia utilizada para realização deste trabalho de conclusão de curso, 
consistiu em uma revisão bibliográfica, realizou-se consulta a livros, e artigos 
científicos selecionados através de busca na base de dados Google Acadêmico. As 
palavras-chave utilizadas na busca foram: Rolamentos e Lubrificação. 
 
1.1 BREVE HISTÓRICO 
 
Rolamentos são elementos de máquinas fundamentais para o bom 
funcionamento de máquinas de diversos setores da indústria. 
O surgimento dos princípios mecânicos de rolamentos data de séculos atrás, 
quando no Egito antigo construtores de monumentos,templos e grandes obras 
utilizavam grandes troncos de árvores, verdadeiros rolos de madeiras para 
9 
 
 
 
movimentação de grandes pedras e materiais, esse método tinha o objetivo aliviar a 
difícil tarefa que era o transporte, aumentando a velocidade e diminuindo a fricção. 
Do tronco de madeira surgiram diversos tipos de rodas, baseadas no mesmo 
princípio, diminuir o atrito e o esforço das tarefas realizadas pelo homem. Em 1930 no 
lago Nemi na Itália, foram encontrados os restos de uma plataforma giratória de um 
navio do imperador Calígula. Mostrado que os rolamentos utilizados pelo homem eram 
rústicos desde a antiguidade, e esta plataforma pode ser considerada um dos 
primeiros tipos de rolamento axial já construídos. 
No século XV, Leonardo da Vinci descobriu o princípio de rotação e então 
desenhou o primeiro projeto de rolamento mais parecido com o que temos hoje 
(ilustração 1), ele também descobriu que o atrito seria reduzido se as esferas não se 
tocassem e então projetou separadores para que as esferas se movessem 
livremente. 
 
Ilustração 1 – Projeto do rolamento de Leonardo Da Vinci. 
 
 
Fonte – santovitorolamentos.com 
 
Leonardo da Vince não construiu o seu projeto, porém anos após sua morte ele 
saiu do papel, como mostra a ilustração 2. 
 
Ilustração 2 – Projeto criado em computador, baseado no desenho de Da Vince. 
 
Fonte – santovitorolamentos.com 
 
10 
 
 
 
O mecanismo de Leonardo da Vince foi reinventado no século XVIII, sendo 
patenteado na Inglaterra, constituído por um eixo de carruagem e um anel de esferas 
rolando nas ranhuras de seção transversal semicircular realizada no mesmo eixo, 
como podemos observar na ilustração 3. 
 
Ilustração 3 – Rolamento Axial século XVIII. 
 
 
 
Fonte – tecmundo.com 
 
Já no século XIX surgiram um grande número de aplicações e melhorias nos 
rolamentos, graças ao progresso nos campos da metalurgia e tecnologia. O ponto 
histórico dos rolamentos foi a Revolução Industrial, o grande volume de negócios 
possibilitou, o surgimento de diferentes tipos de rolamentos, e os rolamentos 
possibilitaram o desenvolvimento da indústria. 
 
2 ROLAMENTOS INDUSTRIAIS E SEUS COMPONENTES 
 
Rolamentos industriais são elementos de máquinas que permitem o movimento 
relativo controlado entre duas ou mais partes de uma máquina, os rolamentos 
reduzem as percas de energia e o desgaste produzido pelo atrito entre os elementos 
de máquina. 
Os rolamentos são mecanismos necessários na maioria das máquinas 
industriais, são esses elementos encarregados pelo movimento entre partes das 
máquinas, podendo ser esse movimento linear ou rotacional. 
11 
 
 
 
Conforme Armini e Saulo (1996, p.54), os rolamentos são elementos de 
máquinas de suma importância nos sistemas mecânicos, estes elementos são 
responsáveis pela redução do atrito nos sistemas tanto em baixa ou alta rotação. 
Belmiro e Carreteiro (2006), destacam que os Rolamentos servem para 
minimizar a fricção entre as peças móveis das máquinas industriais para que elas 
consigam suportar uma determinada carga. 
Esses elementos de máquina possuem ainda grande importância na indústria, 
sendo responsáveis pela movimentação de esteiras, sistemas lineares, estruturas de 
elevação e qualquer outro equipamento que requeira a movimentação de estruturas 
sólidas. 
A maioria dos rolamentos é composta por um anel interno e um externo, 
elementos rolantes e uma gaiola. Como mostrado na Ilustração 4: 
 
Ilustração 4 – Componentes dos rolamentos industriais. 
 
 
 
Fonte – Belmiro e Carreteiro (2006, p. 22). 
 
O rolamento é constituído de dois anéis concêntricos e entre esses anéis são 
colocados elementos rolantes. 
Os elementos rolantes, presentes nos rolamentos podem ser rolos ou esferas, 
essas esferas ou rolos são mantidos equidistantes por meio do separador ou gaiola a 
fim de distribuir os esforços e manter concêntricos os anéis. 
O anel externo é fixado em uma peça ou mancal e o anel interno é fixado 
diretamente a um eixo. 
Os elementos rolantes transferem a carga de um anel para o outro. Esses anéis 
suportam a pressão na área de contato e devem ser de aço temperado (padrão 
12 
 
 
 
100Cr6 com aproximadamente 1% carbono e 1,5% cromo). Já as gaiolas têm como 
função separar os elementos rolantes para reduzir o calor de atrito gerado, guiar e 
manter a distribuição uniforme dos elementos rolantes e reter os elementos quando 
um anel é removido durante uma montagem ou desmontagem (SKF, 2001). 
É possível encontrar diversos tipos de rolamentos, podendo não possuir gaiolas 
e até com mais de dois anéis, a representação mais detalhada de partes dos 
rolamentos industriais podemos ver na Ilustração 5: 
 
Ilustração 5 – Designação das Partes dos Rolamentos. 
 
 
 
Fonte – NSK catalogo geral (2015, p. A7). 
 
Os rolamentos ainda podem ser classificados quanto ao tipo de carga que 
suportam, dessa forma os rolamentos podem ser: 
-Rolamentos Radiais, que podem suportar cargas radiais e leves cargas axiais. 
-Rolamentos Axiais, que não podem ser submetidos a cargas radiais. 
-Rolamentos Mistos, que podem suportar tanto carga axial quanto radial. 
 
2.1 TIPOS DE ROLAMENTOS 
 
Atualmente na indústria existem inúmeros modelos e variações de tipos de 
rolamentos, dentre os quais podemos listar alguns dos mais utilizados nas industrias, 
são eles: 
13 
 
 
 
O rolamento fixo de uma carreira de esferas é o tipo de rolamento mais 
representativo, o mais comum dentre os rolamentos, possui um grande número de 
utilizações, suporta cargas radiais e leves cargas axiais, possui um pequeno troque 
de atrito sendo indicado para aplicações que necessitem de pouco ruido e vibração e 
alta velocidade e rotação, esse tipo de rolamento apresenta uma limitada capacidade 
de ajuste angular, sendo necessário um alinhamento perfeito entre eixos. 
 
Ilustração 6 – Rolamento fixo de uma carreira de esferas. 
 
 
 
Fonte – nsk.com.br 
 
O rolamento de contato angular de uma carreira de esferas é um rolamento 
permite o apoio de cargas axiais, porém deve ser montado contraposto a outro 
rolamento porque só suporta carga axial em um sentido, sendo o outro rolamento 
responsável por receber a carga no sentido contrário. Suas esferas e anéis internos e 
externos formam ângulos de contato de 15°, 25°, 30° ou 40°, a capacidade de carga 
axial varia com o ângulo de contato, quanto maior o ângulo maior a capacidade de 
carga axial. 
 
Ilustração 7 – Rolamento de contato angular de uma carreira de esferas. 
 
 
 
Fonte – nsk.com.br 
14 
 
 
 
Rolamento autocompensador de esferas é um rolamento que apresenta duas 
pistas, com duas carreiras de esferas, e a pista do anel externo é esférica, o que 
possibilita ajustagem angular, podendo esse rolamento compensar eventuais 
desalinhamentos do eixo e deficiências na instalação. 
 
Ilustração 8 – Rolamento autocompensador de esferas. 
 
 
 
Fonte – NSK catálogo geral (2015, p. B76). 
 
Rolamentos de rolos cilíndricos são rolamentos que apresentam grande 
capacidade de carga, sobretudo apoiando a carga radial, formados por dois anéis 
simples interno e externo, os rolos cilíndricos ficam em contato linear com a pista, 
possui baixo atrito entre os corpos rolantes e o rebordo do anel, sendo indicados para 
altas rotações. seus componentes são separáveis, possuindo fácil montagem e 
desmontagem. 
 
Ilustração 9 – Rolamento de rolo cilíndrico. 
 
 
 
Fonte – nsk.com.br 
 
15 
 
 
 
Rolamento de rolos cônicos são um tipo de rolamento que apresenta grande 
capacidade de carga, admitem o apoio de carga radial e um único sentido de carga 
axial, possuem anéis separáveis e as linhas de projeção das pistas juntam-se em um 
ponto comum no eixo do rolamento, por serem separáveis os anéis interno e externo 
podem ser instalados independentemente. De acordo com o ângulo de contato são 
categorizadosem ângulo normal, ângulo intermediário e ângulo grande. Rolamentos 
de rolos cônicos são abundantemente utilizados para suportar cargas radiais e axiais 
de forma conjunta. 
Ilustração 10 – Rolamento de rolos cônicos. 
 
 
 
Fonte – nsk.com.br 
 
Rolamentos de agulhas, são rolamentos que possuem uma secção transversal 
fina, se comparados aos rolamentos de rolos comuns também possuem capacidade 
de carga radial comparativamente maior, são indicados para aplicações em que o 
espaço radial é limitado. 
Devido a seu perfil muito mais baixo do que o de um rolamento convencional, 
os rolamentos de agulhas são muito utilizados em caixas de cambio, e motores 
elétricos de automóveis, poupando espaço e peso, sua altura reduzida não causa 
nenhum impacto em seu desempenho, conseguem atingir grandes velocidades. 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
Ilustração 11 – Rolamento de agulhas. 
 
 
 
Fonte – nsk.com.br 
 
Rolamentos autocompensadores de rolos, são rolamentos formados por um 
anel interno que possui uma ou duas pistas, e um anel externo com pista esférica e 
rolos com a superfície de rolagem esférica. São rolamentos que suportam cargas 
altíssimas, os rolos possuem um grande diâmetro e comprimento, toleram o apoio da 
carga radial e carga axial, também permitem o autoalinhamento, como os rolamentos 
autocompensadores de esferas. 
Os rolamentos autocompensadores de rolos são submetidos a um tratamento 
térmico especial e são estabilizados ao calor para uso em temperaturas de até 200 ºC 
por pelo menos 2500 horas ou por períodos mais curtos em temperaturas mais 
elevadas (SKF, 2001). 
 
Ilustração 12 – Rolamento autocompensador de rolos. 
 
 
 
Fonte – nsk.com.br 
 
17 
 
 
 
Existem dois tipos de rolamento axial de esfera o de escora simples e escora 
dupla, formados por anéis em configuração de arruelas com um canal de gaiolas com 
esferas embutidas, nos rolamentos de escora dupla há um anel central e esse anel é 
o instalado no eixo, ambos suportam elevadas cargas axiais porem não podem sofrer 
cargas radiais. 
 
Ilustração 13 – Rolamento axial de esfera. 
 
 
 
Fonte – nsk.com.br 
 
Rolamento axial autocompensador de rolos é um rolamento que possui uma 
pista esférica no assento do anel externo, e rolos despostos de forma inclinada, a pista 
esférica faz com que esse rolamento possua propriedade de alinhamento angular, 
podendo esse rolamento compensar eventuais desalinhamentos do eixo, o rolamento 
axial autocompensador de rolos possui altíssima capacidade de carga axial. 
 
Ilustração 14 – Rolamento axial autocompensador de rolos. 
 
 
 
 
Fonte – rolamentossp.com.br 
 
 
18 
 
 
 
3 LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL 
 
Pode-se definir lubrificação como um processo ou técnica que consiste na 
introdução de uma substância especifica entre duas ou mais superfícies solidas que 
executam algum tipo de movimento e que estejam em contato entre si. 
Lubrificação é simplesmente a aplicação de um filme lubrificante para melhorar 
a suavidade do movimento de uma superfície em relação a outra, e o material que é 
utilizado neste modo é chamado de lubrificante (LANSDOWN, 2004, p. 13). 
Essa substância especifica é definida na literatura como 
lubrificante, geralmente os lubrificantes utilizados são óleos e graxas, os lubrificantes 
formam uma camada protetora entres as superfícies sólidas, diminuindo o atrito entre 
elas e amenizando o desgaste das superfícies. 
Além de reduzir o atrito entre as partes sólidas, a lubrificação proporciona 
vantagens ao sistema como um todo, como a menor dissipação de energia na forma 
de calor, redução da temperatura, diminuição dos casos de corrosão, vibrações, ruído 
e desgaste (KARDEC, 2009). 
Essencialmente a principal função da lubrificação é reduzir o atrito de tal 
maneira que não haja contato entre as superfícies sólidas, de modo que ocorra apenas 
o atrito entre o lubrificante e a superfície sólida. 
 
3.1 LUBRIFICANTES INDUSTRIAIS 
 
O lubrificante pode ser definido como uma substância que, quando aplicada 
entre duas superfícies móveis é capaz de formar uma película protetora, que tem a 
função de reduzir o atrito e o desgaste entre as superfícies em contato. 
Compreende-se por lubrificante o material utilizado entre duas superfícies 
sólidas com o intuito de evitar o atrito entre elas, por meio de uma película lubrificante 
(LANSDOWN, 2004). 
A função mais importante dos lubrificantes industriais (óleos e graxas) é a 
redução de fricção e desgaste e em alguns casos, o movimento relativo de duas 
superfícies rotativas só é possível se um lubrificante estiver presente (MANG; 
DRESEL, 2007). 
 
 
 
19 
 
 
 
3.1.1 Óleos lubrificantes 
 
Óleos lubrificantes podem ser de origem animal ou vegetal, derivados 
de petróleo ou produzidos em laboratório, também podem ser constituídos pela 
mistura de dois ou mais tipos. 
Os lubrificantes líquidos são utilizados para proporcionar uma película 
lubrificante entre duas superfícies com o intuito de evitar a ocorrência de atrito entre 
elas, de forma a reduzir o desgaste e aumentar a vida útil dos materiais (BELMIRO, 
2006). 
De acordo com Belmiro e Carreteiro (2006), os lubrificantes líquidos são 
submetidos a uma série de ensaios físicos, esses ensaios servem como parâmetros 
de avaliação da qualidade desses óleos. Os parâmetros e requisitos de qualidade 
levados em consideração nesses ensaios físicos são mencionados na Tabela 1: 
 
Tabela 1 – Requisitos de Qualidade de Óleos Lubrificantes 
 
 
 
Fonte – Belmiro (2006, p.31). 
 
3.1.2 Graxas lubrificantes 
 
A graxa é definida como uma combinação semissólida de produtos de petróleo 
e um sabão ou mistura de sabões, adequada para certos tipos de lubrificação e são 
empregadas nos pontos em que os óleos não seriam eficazes, em virtude de sua 
20 
 
 
 
tendência natural em escorrer, são usadas também, quando é conveniente formar um 
selo protetor, evitando a entrada de contaminantes. (PIRRO; WESSOL, 2001). 
As graxas devem ser usadas em aplicações onde ocorrem vazamentos de um 
óleo, elas também podem fornecer a ação de um selante natural (MOBLEY, 2007). 
Graxas lubrificantes podem ser classificadas segundo o tipo de agente 
espessante que faz parte da sua composição, na Tabela 2 podemos ver alguns dos 
principais tipos de graxas, bem como suas vantagens, desvantagens, composição e 
onde são utilizadas: 
Tabela 2 – Principais tipos de graxas lubrificantes. 
 
 
 
Fonte – lorencini.com.br 
 
3.1.3 Aditivos 
 
Os aditivos são substancias que, anexadas ao lubrificante, alteram suas 
propriedades especificas (STACHOWIAK; BATCHELOR, 2005, p. 81). 
Segundo a Total Brasil (2018), os aditivos para lubrificantes são substâncias 
químicas adicionadas a óleos básicos que intensificam suas características, 
21 
 
 
 
minimizando propriedades indesejáveis e evitando possíveis danos ao motor. Mesmo 
quando usados em pequenas quantidades, esses aditivos transformam as 
propriedades dos lubrificantes. 
Os aditivos podem ser classificados de acordo com sua função, como pode-se 
ver na Tabela 3: 
 
Tabela 3 – Tipos de aditivos e suas funções. 
 
 
Fonte – totalbrasil.com 
 
Um bom desempenho de um lubrificante está diretamente ligado à sua 
composição química e ao processo de refinamento que óleo cru foi submetido, além 
da adição de aditivos. Esta junção de aditivos dá uma melhor característica aos 
lubrificantes, permitindo controlar a sua eficácia e qualidade, além de possibilitar o 
direcionamento do seu uso (CARRETEIRO; BELMIRO, 2006, p.35). 
 
 
 
 
22 
 
 
 
4 IMPORTÂNCIA DA LUBRIFICAÇÃO 
 
A lubrificação proporciona grandes melhorias na performance de máquinas e 
elementos de máquinas industriais, como os rolamentos, principalmente na redução 
dos custos de manutenção. 
A lubrificação tem um peso significativo na disponibilidade da máquina e nas 
suas atividades, chegando a 50%dos motivos de quebra dentro do setor da 
manutenção com isso entendemos que a lubrificação é parte fundamental de todo o 
conjunto de um equipamento (BANNISTER,1996). 
Nesse contexto, a utilização de técnicas de lubrificação adequadas acarreta 
inúmeros benefícios para a empresa, e somado ao uso do produto certo pode ter um 
resultado bastante positivo (PIRRO; WESSOL, 2001). 
Conforme Belmiro e carreteiro (2006), a lubrificação representa uma parte 
fundamental de todo o conjunto do maquinário, devendo ser realizada com frequência 
e por profissionais habilitados e credenciados para a atividade, de forma que a 
qualidade seja assegurada. Assim, equipamentos como rolamentos apresentarão 
melhor desempenho, maior eficiência e menores custos devido à problemas com 
lubrificação. 
Somente a prática da lubrificação correta, efetuada de forma contínua e 
permanente, garante uma vida útil plena para os componentes de máquinas, e embora 
não percebida por muitos, a lubrificação correta concorre, também, para a redução no 
consumo de energia e na preservação dos recursos naturais (MANG; DRESEL, 
2007). 
 
5 OBJETIVOS DA LUBRIFICAÇÃO NOS ROLAMENTOS 
 
Para Hori (2006), a lubrificação nos rolamentos industriais proporciona diversos 
benefícios ao equipamento, como o aumento da sua vida útil e da confiabilidade dos 
equipamentos, a maximização da disponibilidade e da eficiência operacional, a 
diminuição dos custos na manutenção, o controle das atividades de lubrificação, o 
aumento da segurança operacional, dentre diversos outros. 
Além de lubrificar superfícies metálicas impedindo o atrito entre elas, os 
lubrificantes também têm como função o controle da temperatura e da corrosão; atuar 
como isolante elétrico; transmitir a potência hidráulica; amortecer os choques; e formar 
a vedação (graxa) (LIANG; TOTTEN, 2004). 
23 
 
 
 
Segundo Mobley (2007) e Bannister (1996), os óleos lubrificantes possuem 
muitas outras funções do que só reduzir atrito e desgaste: 
• Auxilia na refrigeração; 
• Auxilia na vedação; 
• Evita a entrada de impurezas; 
• Faz a limpeza das peças; 
• Protege contra corrosão; 
• Além de tudo aumenta a vida útil do equipamento. 
Conforme NSK..., (2016), os principais objetivos da lubrificação são a redução 
do atrito e do desgaste interno que pode causar falha prematura nos rolamentos, e a 
correta lubrificação fornece os seguintes benefícios: 
• Redução do atrito e desgaste: 
O contato metálico entre os anéis, corpos rolantes e gaiola, os quais são os 
componentes básicos, são protegidos por uma película de óleo que reduz o atrito e o 
desgaste nas áreas de contato (NSK..., 2016, p. 6). 
• Prolongamento da vida de fadiga: 
A vida de fadiga dos rolamentos depende da viscosidade e espessura do filme 
entre as superfícies de contato. Uma grande espessura do filme prolonga a vida à 
fadiga, mas é reduzida se a viscosidade do óleo for muito baixa de forma que a 
espessura do filme seja insuficiente (NSK..., 2016, p. 6). 
• Dissipação de calor do atrito e resfriamento: 
O método de lubrificação, como o de circulação de óleo evita a deterioração do 
óleo lubrificante e previne o aquecimento do rolamento, resfriando e dissipando 
através do óleo, o calor originado no atrito ou o calor de origem externa (NSK..., 2016, 
p. 6). 
• Vedação e proteção a oxidação: 
A lubrificação adequada pode também prevenir a entrada de materiais 
estranhos e proteger contra a oxidação e corrosão (NSK..., 2016, p.6). 
 
24 
 
 
 
6 MÉTODOS DE LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS INDUSTRIAIS 
 
Segundo NSK... (2016), é possível dividir os métodos de lubrificação de 
rolamentos em duas categorias: Lubrificação a graxa e lubrificação a óleo. E o método 
de lubrificação a ser adotado fica a critério das condições de aplicação e do propósito 
da aplicação, de modo a garantir o melhor desempenho do rolamento em questão. A 
Tabela 4 mostra uma comparação entre graxa e óleo. 
 
Tabela 4 – Comparação entre graxa e óleo. 
 
 
 
Fonte – NSK Diagnóstico Rápido de Ocorrências em Rolamentos (2016, p.6). 
 
Os rolamentos axiais autocompensadores de rolos são normalmente 
lubrificados com óleo. Todos os demais tipos de rolamentos podem ser lubrificados 
com óleo ou com graxa. (BELMIRO; CARRETEIRO, 2006). 
 
6.1 LUBRIFICAÇÃO A GRAXA 
 
Conforme NSK... (2016), para lubrificação a graxa é necessário selecionar uma 
graxa compatível com o desempenho das condições de aplicação do rolamento. Pois 
existem diferenças no desempenho das graxas de diferentes fabricantes. A Tabela 5 
mostra exemplos de aplicações e consistência da graxa. 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
Tabela 5 – Exemplos de aplicações e consistência da graxa. 
 
 
 
Fonte – NSK Diagnóstico Rápido de Ocorrências em Rolamentos (2016, p.7). 
 
 
 
Belmiro e Carreteiro (2006), fazem observações acerca do uso de graxas, 
segundo eles as graxas de cálcio só podem ser utilizadas para rolamentos que 
funcionam sob temperaturas moderadas, no máximo 60ºC, e baixas rotações. As 
graxas de sódio são adequadas para aplicações livres de umidade. Uma vantagem 
que a graxa apresenta em relação ao óleo é que ela contribui para boa vedação da 
caixa, e com qualquer que seja a graxa, as caixas devem ser preenchidas no máximo 
até a metade de sua capacidade. 
 
6.2 LUBRIFICAÇÃO A ÓLEO 
 
São vários os métodos de lubrificação a óleo, podemos citar como exemplos: 
Banho de óleo, gotejamento, salpico, circulação, jato de óleo, névoa e óleo e ar. 
A lubrificação a óleo é mais compatível com altas velocidades e temperaturas 
elevadas do que a lubrificação a graxa. A lubrificação a óleo é especialmente efetiva 
em casos em que é necessário a dissipação de calor para o exterior. (NSK..., 2016, 
p.7). 
É importante estar atento na escola do óleo lubrificante, este deve atender as 
necessidades da aplicação, e ter viscosidade compatível com a temperatura de 
operação do rolamento. 
Geralmente um óleo com baixa viscosidade é utilizado para aplicações em alta 
velocidade enquanto um óleo com alta viscosidade é usado para aplicações com alta 
carga (NSK..., 2016, p.7). 
Segundo NSK... (2016), em condições normais de aplicação, as viscosidades 
compatíveis com as temperaturas de aplicações são tabeladas, como podemos 
observar na Tabela 6. Obs.: 1 mm² /s = 1 centi-Stokes. 
26 
 
 
 
 
 
Tabela 6 – Viscosidade requerida por tipo de rolamento. 
 
 
 
Fonte – NSK Diagnóstico Rápido de Ocorrências em Rolamentos (2016, p.7). 
 
 
 A Ilustração 15 mostra a relação entre a temperatura e a viscosidade 
para lubrificação a óleo. 
Ilustração 15 – Relação entre viscosidade e temperatura. 
 
 
 
Fonte – NSK Diagnóstico Rápido de Ocorrências em Rolamentos (2016, p.7). 
 
 
Podemos observar ainda na Tabela 7 exemplos de como selecionar o óleo 
lubrificante para diferentes condições de aplicação. 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
Tabela 7 – Seleção do óleo lubrificante para diferentes condições de aplicação. 
 
 
 
Fonte – NSK Diagnóstico Rápido de Ocorrências em Rolamentos (2016, p.7). 
 
O nível de óleo dentro da caixa de rolamentos deve ser mantido baixo, não 
excedendo o centro do corpo rolante situado mais baixo. (BELMIRO; CARRETEIRO, 
2006). 
 
6.3 REPOSIÇÃO E TROCA DOS LUBRIFICANTES 
 
Contaminação e temperaturas elevadas são as principais razões, que levam a 
necessidade de reposição de lubrificantes. Por isso é importante saber sobre os 
pontos de fulgor e gota, dos óleos e graxas lubrificantes que estão sendo utilizados. 
Segundo a Biolub (2015), O ponto de fulgor representa a temperatura que o óleo 
deve atingir para que uma chama, passada sobre a sua superfície, incendeie os 
vapores formados; a labareda formada extingue-se imediatamente, uma vez que a 
temperatura do óleo ainda é insuficiente para produzir vapores em quantidades 
suficientes para sustentar a combustão. Outro detalheverificado é que, ao retirar-se 
a fonte de calor, acaba a inflamação (queima) da mistura. 
Ponto de gota ou ponto de gotejamento é uma propriedade qualitativa que 
apresenta a temperatura na qual uma graxa lubrificante, ou qualquer substância de 
alta viscosidade, passa do estado sólido ou semi-sólido (altamente viscoso) ao 
liquido, sob condições determinadas de pressão e movimento, por exemplo. 
(WIKIPÉDIA) 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Temperatura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Graxa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lubrificante
https://pt.wikipedia.org/wiki/Viscosidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3lido
https://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o
28 
 
 
 
6.3.1 Intervalos de reposição de graxa 
 
De acordo com NSK... (2016), a graxa sofre desgaste e deterioração com o 
tempo, e isso ocasiona a degradação da sua ação lubrificante, sendo dessa forma 
necessário à sua reposição. É importante que a reposição da graxa ocorra nos 
intervalos de tempo corretos. 
Os intervalos de reposição da graxa dependem de fatores como tipo do 
rolamento, dimensões e velocidade de rotação (NSK..., 2016, p.8). 
Na Ilustração 16 podemos observar alguns intervalos aproximados para 
reposição de graxa em função do tempo de operação e velocidade de rotação. 
 
Ilustração 16 – intervalo aproximados para reposição de graxa em função do tempo de operação e 
velocidade de rotação. 
 
 
 
Fonte – NSK Diagnóstico Rápido de Ocorrências em Rolamentos (2016, p.8). 
 
 
Como regra geral, o intervalo de reposição da graxa deve ser reduzido à 
metade para cada 15°C acima de 70°C (NSK..., 2016, p.8). 
Segundo Belmiro e Carreteiro (2006), a graxa de conjuntos de rolamentos e 
mancais de rolamentos podem ser completamente ou parcialmente substituídas, e só 
há necessidade de efetuar essa operação semestral ou anualmente. 
Um dispositivo muito útil é a válvula de graxa, que permite a saída 
automática do excesso de graxa. O excesso de graxa na caixa é altamente 
prejudicial. Regra geral, a caixa deve ser preenchida apenas até um terço ou 
a metade de seu espaço livre com uma graxa de boa qualidade, 
possivelmente à base de lítio. (BELMIRO; CARRETEIRO, 2006, p.181). 
 
Ainda segundo Belmiro e Carreteiro (2006), em casos normais a quantidade de 
graxa para relubrificação pode ser calculada pela fórmula abaixo: 
 
29 
 
 
 
Q = 0,005 x D x B 
 
Em que: 
Q = Quantidade de graxa, em gramas; 
D = Diâmetro externo do rolamento, em milímetros; 
B = Largura do rolamento, em milímetros. 
 
6.3.2 Intervalos de troca de óleo 
 
Segundo Belmiro e Carreteiro (2006), os intervalos para trocas de óleo de 
rolamentos, vão depender de fatores como a temperatura de funcionamento do 
rolamento, e se o óleo está exposto a possibilidade de contaminação pelo ambiente, 
não havendo a possibilidade de poluição, e a temperatura de funcionamento do 
rolamento sendo abaixo de 50ºC, o óleo pode ser trocado uma vez por ano, para 
temperaturas próximo dos 100ºC, o intervalo de troca cai para 60 ou 90 dias. 
Os intervalos de troca de óleo dependem das condições de operação e da 
quantidade de óleo. De modo geral, para temperaturas de operação abaixo de 50°C 
e em ambientes limpos, o intervalo de troca é de um ano. Se a temperatura do óleo 
for acima de 100°C, o óleo deve ser trocado no mínimo a cada 3 meses (NSK..., 2016, 
p.8). 
 
7 OCORRÊNCIAS DOS ROLAMENTOS 
 
Grande parte das ocorrências em rolamentos podem ser ocasionadas por uma 
lubrificação deficiente ou inadequada. Alterações de cor, descasmento, 
superaquecimento, são algumas das ocorrências, que podem ser vistas nas 
Ilustrações abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
Ilustração 17 – Sintomas de alterações de cor em rolamentos. 
 
 
Fonte – NSK Diagnóstico Rápido de Ocorrências em Rolamentos (2016, p.33). 
 
 
 
 
Ilustração 18 – Sintomas de descascamento em rolamentos. 
 
 
 
Fonte – NSK Diagnóstico Rápido de Ocorrências em Rolamentos (2016, p.13). 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
Ilustração 19 – Sintomas de superaquecimento em rolamentos. 
 
 
 
Fonte – NSK Diagnóstico Rápido de Ocorrências em Rolamentos (2016, p.29). 
 
 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente trabalho abordou um pouco da história dos rolamentos, os tipos de 
rolamentos e a importância da lubrificação dos rolamentos. Como resultado foi 
possível observar que a lubrificação dos rolamentos proporciona diversos benefícios 
ao equipamento, assim como o aumento da sua vida útil, aumento da eficiência 
operacional, e a diminuição dos custos na manutenção. 
Por fim, sendo a lubrificação importantíssima e uma necessidade constante 
para as indústrias, é necessário que ela seja realizada de maneira técnica, por 
profissionais capacitados, visando a garantir a máxima eficiência operacional dos 
rolamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
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