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Petição Inicial com Tutela de Urgência

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE DIREITO
PRÁTICA V - RECURSOS
Trabalho: Ação de busca e apreensão de menor e documentos com pedido de tutela provisória de urgência
Brasília agosto 2021
Caso em Concreto
Joana teve um relacionamento esporádico com Flávio, do qual nasceu Pedro. Durante cinco anos, o infante foi cuidado exclusivamente por sua mãe e sua avó materna, nunca tendo recebido visita ou auxílio financeiro do genitor, mesmo tendo ele reconhecido a paternidade. Entretanto, no final do mês de fevereiro do corrente ano, a mãe, a pedido do pai da criança, levou o menor para a cidade de Belo Horizonte/MG para que conhecesse os avós paternos, sobretudo o avô, que se encontra acometido de neoplasia maligna. 
Chegando à casa de Flávio, Joana foi agredida fisicamente por ele e outros familiares, sendo expulsa do local sob ameaça de morte e obrigada a deixar seu filho Pedro com eles contra sua vontade. Em seguida, ainda sob coação física, foi forçada a ingressar em um ônibus e retornar ao Rio de Janeiro. Assim, com sua vida em risco, Joana, desesperada, deixou o menor e viajou às pressa para a Cidade do Rio de Janeiro/RJ, onde reside com sua mãe, a fim de buscar auxílio. Desde aquela data o menor se encontra em outro Estado, na posse do pai e de seus familiares, e Joana, que sempre cuidou de Pedro, não sabe o que fazer. 
O Conselho Tutelar da Cidade do Rio de Janeiro já foi notificado, mas, até o momento não conseguiu fazer contato com Flávio. Insta salientar que o pai da criança fez questão de reter todos os documentos deste (certidão de nascimento e carteira de vacinação). 
Diante da situação apresentada, na qualidade de advogado constituído por Joana, proponha medida judicial adequada para a proteção dos interesses de sua cliente, abordando todos os aspectos de direito material e processual pertinentes.
AO JUIZO DA ª VARA DA FAMÍLIA, ÓRFÃOS E SUCESSÕES DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO.
JOANA..., nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portadora da cédula de identidade nº ..., inscrita no CPF sob o nº ..., domiciliada na ..., nº ..., bairro..., Cidade do Rio de Janeiro capital do Estado do Rio de Janeiro, CEP ..., e-mail...., vem por intermédio de sua advogada que esta subscreve, com escritório na..., n° ..., bairro.., município de..., e-mail...., a presença deste Juízo propor a presente, com fundamento nos art. 300, par 1°, 301 e 305 do Código de Processo Civil e art 17 e 18 do ECA, propor: 
AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO DE MENOR E DOCUMENTOS COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
em face de FLAVIO..., nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da cédula de identidade RG nº ..., inscrito (a) no CPF/MF sob o nº ..., domiciliado na ..., nº ... – bairro..., comarca da capital do Estado de Minas Gerais, CEP ..., e-mail...., 
pelas razões de fato e de direito que passa expor:
I – DOS FATOS
A autora teve um relacionamento esporádico com o réu, no qual nasceu Pedro. O garoto que hoje conta com 5 (cinco) anos de idade, foi mantido e educado todos esses anos apenas por sua genitora, jamais tendo o réu auxiliado na sua criação, apesar de reconhecer a paternidade.
Sob a legação de que o avô do menor encontrava-se acometido de neoplasia maligna, a autora no final de fevereiro deste ano, a pedido do réu, levou o garoto para cidade de Belo Horizonte/Minas Gerais, para que pudesse conhecer seus avôs, em especial seu avô. 
Ocorre que ao chegar no local, foi agredida fisicamente pelo réu e seu familiares, sendo expulsa sob ameaça de morte e obrigada a deixar o menor. Sob coação física foi forçada a ingressar num ônibus e retornar a cidade do Rio de Janeiro, local onde reside com sua mãe. O Conselho Tutelar do Rio de Janeiro já foi notificado, todavia, não conseguiu nenhum contato com o réu, que além de estar na posse do menor, reteve todos os documentos.
Não havendo outra alternativa, se vale a parte autora da presente ação para valer seu direito de ter a criança novamente aos seus cuidados.
II. DO DIREITO
II.I DA INTERVENÇÃO OBRIGATÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
A presente ação tem por objetivo fundamental a proteção de direitos e interesse de incapaz. Nesse sentido, o CPC é claro ao estabelecer, em seu art. 178, inc. II, que quando houver ações dessa natureza o Ministério Público deverá atuar como fiscal da ordem jurídica, in verbis:
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:
[...]
II - interesse de incapaz;
Portanto, com o fundamento legal supracitado, solicita a participação obrigatória do Ministério Público no presente processo.
III - DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA NO MÉRITO
III.I DO MELHOR INTERESSE DO MENOR
O filho da Autora possui apenas 5 (cinco) anos e sempre viveu com sua genitora. Em nenhum momento teve maior contato com o genitor, ora Réu, ou com a família paterna, não sendo o fato culpa da parte autora que nunca impôs óbice ao convívio paterno.
A ausência de vínculo afetivo entre o Réu e o menor se deu exclusivamente pela conduta negligente daquele, que não se interessa na educação, no cuidado ou na entrega de afeto ao seu próprio filho e que jamais procurou estreitar laços ou participar efetivamente de sua vida.
Nesse ínterim, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) preceitua uma série de garantias em benefício do menor, um deles é o direito ao respeito, consistindo na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente. Nas lestras da lei:
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
Quando o Réu age como fez, sem questionar a vontade da criança, de maneira forçada e abrupta, além de violenta, acaba por abalar a criança psíquica e moralmente, acostumando a um ambiente e, de repente, forçada a viver em outro, longe das pessoas que costumava estar ao seu redor.No mesmo sentido, o art. 18 do ECA continua:
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
A conduta ilegal do Réu demonstra o seu desprezo pela própria criança, uma vez que não se preocupa com os constrangimentos e o medo proporcionado por ele quando tomou as atitudes violentas postas na inicial. A própria segurança da criança parece estar em jogo, afinal o Réu se mostra um completo desequilibrado.
Ademais, também é de se considerar os maus tratos sofridos pela própria parte autora que, de boa fé, levou a criança para conhecer a família paterna, à revelia das condutas negligentes do Réu, que não se preocupa com a educação e mesmo com o desenvolvimento e criação do menor.
Em troca,a autora, sofreu ameças, violências psíquicas, expulsa do local sem o seu próprio filho, quem tinha levado para o Estado onde estava a família do genitor de forma voluntária a pedido do genitor. A Autora sofreu tratamento incompatível com sua própria condição humana. O Réu, obviamente, não respeita um valor constitucional tão caro a democracia quanto a dignidade da pessoa humana, não merecendo, de certo, ficar responsável pelos cuidados de um menor, principalmente quando fruto de circunstâncias violentas e abruptas como essas narradas.
Ante todo exposto, com a fundamentação indicada, requer que o Réu seja obrigado a devolver a criança à Autora, com a devida devolução da guarda de fato do menor para ela.
III.II - DA TUTELA DE URGÊNCIA
As tutelas de urgência são institutos jurídicos oriundos do dever geral de cautela, tendo por finalidade principal a garantia de que o provimento jurisdicional final estará garantido ou será plenamente exequível a seu tempo.
Assim, o CPC, em seu art. 300, exige para a concessão da tutela de urgência a existência da probabilidadedo direito e o perigo do dano ou resultado útil ao processo.
A probabilidade do direito fica plenamente satisfeita ante os fundamentos jurídicos apresentados, com a evidência de que com as condutas perpetradas pelo Réu os direitos e segurança do menor se mostram em perigo, não estando o genitor em condições de garanti-los, realizá-los ou protegê-los.
O risco de dano é evidente, comprovado pela conduta violenta do Réu, pela forma abrupta que a criança foi retirada de seu ciclo de convivência - acostumado por viver durante toda sua vida - e pela negligência do Réu para com a criança durante todo seu desenvolvimento.
Dessa forma, requer a concessão da tutela de urgência, de forma preliminar e sem justificação prévia (art. 300, § 2º, CPC), para determinar a busca e apreensão do menor, devolvendo-o ao convívio familiar materno e, especificamente, à Autora, com quem sempre viveu até as condutas ilegais do Réu.
III.III – DA MEDIDA CAUTELAR
Sendo assim, não resta outra alternativa se não a medida cautelar de busca e apreensão do menor Pedro, bem como de sua documentação, autorizado pelos artigos 305, 306 e 307 do CPC, para fins de preservação da integridade psíquica e moral, que pelos fatos narrados foi e está sendo submetido a tratamento aterrorizante, pois foi separado, da sua genitora a qual sempre conviveu com ele e única responsável por sua educação de forma repentina e abrupta. Vale ressaltar que a mesma foi forçada a deixar o filho com o pai e impedida, sobre fortes e sérias ameaças contra a sua vida, de ter qualquer contato com o filho.
V - DOS PEDIDOS
Ante todo o exposto, requer:
a) Concessão liminar, sem audiência da parte contrária, de busca e apreensão do menor e seus documentos, no endereço do Requerido, por estarem presentes os requisitos essenciais - periculum in mora e do fumus boni juris – nos termos do (art. 300, § 2º, CPC).
b) No mérito, a procedência do pedido tornando definitivo os efeitos da liminar concedido em tutela antecipada de urgência.
c) A citação do requerido, no endereço acima indicado, para quê, no prazo legal, apresente defesa, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de serem presumidos como verdadeiros os fatos elencados na inicial.
d) Intimação do Ministério Público para que intervenha no feito, nos termos do inciso I do art. 82 do Código de Processo Civil.
e) A Condenação de Réu em honorários sucumbenciais e custas.
f) O recebimento de intimações no endereço profissional indicado ou de forma eletrônica de forma exclusiva ao advogado habilitado, sob pena de nulidade.
Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial prova documental, ,
Valor da causa: R$ 100,00 ( cem reais), para fins meramente fiscais. Art. 91 e 92 do CPC. 
Nestes termos, pede deferimento
Local, data.
Advogado, OAB.

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