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2ª aula - 02 03 2021 -O cuidado de enfermagem no período pré profissional como prática social

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Disciplina: Prática Profissional da Enfermagem
Prof. Enf. MSc. Marina Gomes dos Santos
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
O CUIDADO DE ENFERMAGEM NO PERÍODO PRÉ PROFISSIONAL E A ENFERMAGEM COMO PRÁTICA SOCIAL
Contexto Histórico
	
	
	No decorrer de sua história a enfermagem foi desenvolvida em diferentes contextos e por diversos agentes, sendo eles: mulheres, escravos e religiosos.
	A história da enfermagem pode ser situada antes, durante e depois da Idade Média.
Antes da Idade Média  processo saúde/doença esteve ligado ao sobrenatural e a enfermagem era praticada de forma intuitiva.
Durante a Idade Média  a concepção de saúde/doença foi vinculada ao aspecto religioso e com o exercício do trabalho de enfermagem as pessoas queriam aproximar-se de Deus. 
Após a Idade média  a partir da segunda metade do século XIX, na Inglaterra, que, sob a liderança de Florence Nightingale, a enfermagem surgiu como profissão e como um campo do saber.
Através da sua atuação, Florence deu à enfermagem poderosos fundamentos, princípios técnicos e educacionais e elevada ética, impulsionando a profissão e criando oportunidades impensáveis até aquele momento.
O surgimento do capitalismo e a organização do espaço hospitalar possibilitou o treinamento de pessoas para exercer a enfermagem, e o que antes estava ligado à religião adquiriu significado vocacional.
A organização da enfermagem na Sociedade Brasileira começa no período colonial e vai até o final do século XIX. A profissão surge como uma simples prestação de cuidados aos doentes, realizada por um grupo formado, na sua maioria, por escravos, que nesta época trabalhavam nos domicílios.
O ensino de enfermagem foi instituído no Brasil com a criação da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, posteriormente denominada Escola de Enfermagem Alfredo Pinto. O ensino era voltado a cuidados com pacientes psiquiátricos, demandado por processos políticos de formação técnica para assistência a estes pacientes. O exercício da enfermagem no Brasil até então, era praticado com base na solidariedade humana. 
Em meados de 1908, a escola Cruz Vermelha Brasileira foi organizada e instalada no Brasil, tendo como primeiro presidente o médico Oswaldo Cruz.
Contexto Histórico
Com as preocupações em torno da “higienização da nação”, as questões sanitárias favoreceram a inserção de estratégias estrangeiras nas reformas internas no campo da saúde. A enfermagem foi alvo de interesses políticos neste período e esteve envolvida com reformas sanitárias.
Durante a primeira reforma sanitária, Carlos Chagas, diretor do Departamento Nacional de Saúde Pública, tomando como referência as ações da Fundação Rockfeller buscou implantar um novo modelo de atenção à saúde que evidenciava a necessidade de unidades de saúde locais e permanentes, com a formação de uma equipe de profissionais que atuassem de forma sistemática junto à população.
Contexto Histórico
Visando formar profissionais para atuar na saúde pública, como agentes de educação em saúde, o sanitarista Carlos Chagas em parceria com a Fundação Rockfeller, criou em 1923 a Escola de Enfermeiras do Departamento Nacional de Saúde, posteriormente, denominada Escola de Enfermagem Anna Nery, tendo como modelo o Sistema Nightingaleano.
Períodos e Marcos Históricos:
1930 a 1949  a literatura produzida expõe a preocupação com a formação das enfermeiras, bem como com a definição de seu papel.
Segunda metade da década de 1940  houve um aumento no interesse pelas atividades desempenhadas pela enfermeira-chefe e pela formação desta profissional, buscando compreender a necessidade da preparação das enfermeiras para o exercício gerencial. 
Na década de 1950  Trabalho em equipe proporciona ao enfermeiro o papel de líder, que assume a administração da assistência de enfermagem, responsabilizando-se pelo planejamento, coordenação e a supervisão da assistência, delegando certas responsabilidades do cuidado direto ao paciente a membros da equipe.
Contexto Histórico
Portaria n° 94162 de 27 de março de 1962, do Ministro de Estado dos Negócios do Trabalho e Previdência Social  o enfermeiro conquista sua autonomia profissional, criando o grupo de enfermeiros como profissão liberal.
A partir da década de 70  percebendo a necessidade de um campo de conhecimento as enfermeiras brasileiras buscam se aproximar das Teorias de Enfermagem. 
	***(Wanda Horta foi a responsável pela primeira teoria de enfermagem brasileira, fundamentada na teoria das necessidades humanas de Maslow.)
Início da década de 1980  modelo de saúde vigente baseava-se na oferta de serviços de saúde coletivos, excludentes, ligados aos interesses da indústria médico-hospitalar e tecnológica, com o enfoque para a doença.
	
	***(Com o fim da ditadura militar e início da democratização do país, enfermeiros e sanitaristas viram no campo da saúde um espaço para discutir a ampliação dos direitos de cidadania e da estatização do setor saúde).
Reforma Sanitária  o enfermeiro busca ampliar seu campo de ação e questionou a assistência de enfermagem vigente até então, conceituada como o atendimento às necessidades biopsicossociais.
	*** A partir de então, a formação do enfermeiro volta-se para um atendimento integral no que diz respeito à promoção, proteção e recuperação da saúde, implicando na humanização do atendimento com uma visão global do homem na plenitude de seus direitos de cidadão
Contexto Histórico
O campo de atuação da enfermagem tem crescido substancialmente nos últimos anos, abrindo perspectivas de conhecimento em múltiplas direções e espaços, permitindo que este profissional desenvolva atividades e serviços nas áreas do cuidado, da educação e da gestão, tanto de natureza pública quanto privada (ERDMANN et al., 2009).
A Lei nº 7.498/86, de 25 de junho de 1986 que dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências, em seu Artigo 11 demonstra algumas áreas de atuação que são exclusivas do enfermeiro e vão além do cuidado com o paciente, tais como a direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, chefia de serviço e de unidade de enfermagem; organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem.
Enfermagem como Prática social
Compreender a Enfermagem como uma prática social contribui para resgatar o reconhecimento da condição da enfermagem como prática social, contextualizada no mundo do trabalho, como parte integrante do processo de trabalho em saúde, sujeita às suas regras, aliada aos seus usuários, na luta contínua por melhores condições de vida. E isso não significa desprestigiá-la mas, ao contrário, visualizá-la em igualdade com as demais profissões que dividem o trabalho de produzir serviços de saúde. 
Este posicionamento contribui para compreendê-la como uma profissão tal qual tantas outras com quem partilha a responsabilidade de prestar assistência à saúde das pessoas.
Devendo ser compreendida como uma profissão dinâmica, sujeita a transformações permanentes e que está continuamente incorporando reflexões sobre novos temas, problemas e ações, porque seu princípio ético é o de manter ou restaurar a dignidade do corpo em todos os âmbitos da vida.
Enfermagem como Prática social
A compreensão da Enfermagem como uma prática social, historicamente construída, nos permitirá ampliar a nossa visão crítica sobre a organização e implementação do processo educacional, estreitando as distâncias entre a academia e os serviços.
Se nos considerarmos mesmo pessoas que cuidam de pessoas, como ensinava Wanda Horta, poderemos aprimorar o nosso maior produto – o cuidado de enfermagem – e poderemos traçar alianças com as pessoas de quem cuidamos aprendendo com elas qual o cuidado que desejam, como e quando deve ser feito.
Compreender a enfermagem como prática social, é considerá-la como um trabalho necessário e de interesseda sociedade, inserida no processo de trabalho que produz serviços em saúde, exercida por enfermeiros(as), técnicos(as) e auxiliares de enfermagem e cujo produto final é o cuidado de enfermagem à pessoa em seu processo saúde-doença.
Enfermagem como Prática social
Reconhecer os valores estruturantes e orientadores da enfermagem como prática social contribui para a compreensão da recorrência de algumas atitudes e comportamentos dos enfermeiros. 
Para além vislumbrar os valores de ordenamento e cuidado, enquanto balizadores da enfermagem como prática social, pode contribuir para o reconhecimento do que sustenta ou desgasta o trabalho do enfermeiro no processo de atenção e cuidados à saúde. 
O que dá sentido à enfermagem como prática social é o ordenamento para o bom cuidado; a ordem e a organização são fulcrais no bem cuidar. 
Assim, manter redes, serviços, equipes e processos de produção em saúde organizados, ou seja, em ordem, parece ser importante para diminuir o desgaste dos enfermeiros, especialmente, na atenção primária.
Ao se fundir em uma prática social valores de ordenamento e cuidado, tendo em vista que essa prática é a enfermagem, que tem em seu lastro histórico a proteção da vida.
Enfermagem como Prática social
A prática social, para além de uma atividade pontual, se caracteriza pelas relações e interações sistêmicas que se estabelecem entre os indivíduos e os diferentes espaços sociais. Sendo assim, a prática social ocupa determinadas funções profissionais, que consistem em produzir conhecimentos específicos, valores, tradições, posições e posturas diante da vida. Visam suprir necessidades de sobrevivência, de manutenção material e simbólica de um grupo, bem como conhecer suas necessidades específicas. A prática social objetiva, sob esse enfoque, propor e ou executar transformações na estrutura social e formas de racionalidade, oportunizando garantir os direitos sociais, culturais, econômicos, políticos, civis, bem como intervir nas iniquidades sociais.
Assim, toda e qualquer prática social está inserida em um processo sociocultural-histórico, produzida por meio de relações intencionais entre os seres humanos e na interação de homens e mulheres com o mundo das relações.
A prática social nas ações e atividades do Enfermeiro
A prática social do enfermeiro, reconhecida pelo cuidado integral ao ser humano, não se restringe a um ato ou ação pontual, mas se amplia como atitude que envolve mais que um momento de atenção, zelo e desvelo. Representa, portanto, uma atitude de preocupação, ocupação, responsabilização e envolvimento afetivo com o ser humano inserido no seu contexto real e concreto.
A enfermagem é a profissão que tem como núcleo de competências o cuidado integral ao ser humano que, gradativamente, precisa ser ampliado, já que é uma profissão que não se apresenta neutra na sua inserção social e que não tem como único instrumento de trabalho a execução técnica.
O enfermeiro deve ser reconhecido pela sua capacidade de compreender o ser humano como um todo, ou seja, pela manutenção da saúde física, emocional, psicológica, espiritual e social do ser humano e família, seja por meio da assistência enquanto técnica ou da inserção enquanto ação social, que pode ser de promoção, reabilitação, manutenção ou transformação da realidade.
Referências Bibiliográficas
Evidenciando o cuidado de enfermagem como prática social
Backes DS, Erdmann AL, Büscher A.
Rev Latino-am Enfermagem 2009 novembro-dezembro; 17(6) www.eerp.usp.br/rlae
 
Valores da enfermagem como prática social: uma metassíntese qualitativa
Zoboli ELCP, Schveitzer MC.
Rev. Latino-Am. Enfermagem maio-jun. 2013;21(3):[08 telas]
 
Enfermagem: história e memórias da construção de uma profissão
Carlos DJD, Germano RM
REME – Rev. Min. Enferm.;15(4): 513-521, out./dez., 2011
 
Enfermagem pré-profissional no Brasil: questões e personagens
Oguisso T, Campos PFS, Moreira A
Enfermagem em Foco 2011; 2(supl):68-72
 
Uma abordagem da atuação histórica da enfermagem em face das políticas de saúde
Costa GMC, Bernardino E, Abuhab D, Silva A
REME – Rev. Min. Enf.;10(4):412-417, out./dez., 2006
 
Enfermagem como prática social: um exercício de reflexão
Trezza MCAF, Santos RM, Leite JL
Revista Brasileira de Enfermagem, vol. 61, núm. 6, nov-dez, 2008, pp. 904 -908
 
As práticas de saúde ao longo da história e o desenvolvimento das práticas de enfermagem
www.abenpe.com.br (ABEN/PE)
 
História da enfermagem: ensino, pesquisa e interdisciplinaridade
Padilha MICS, Borenstein MS
Esc Anna Nery R Enferm 2006 dez; 10 (3): 532 - 8.
 
ERDMANN, Alacoque Lorenzini; LANZONI, Gabriela Marcellino de Melo. Características dos grupos de pesquisa da enfermagem brasileira certificados pelo CNPq de 2005 a 2007. Revista de Enfermagem Escola Anna Nery, v. 12, n. 2, p. 316-322, jun. 2008.
 
ERDMANN, Alacoque Lorezini et al. A visibilidade da profissão de enfermeiro: reconhecendo conquistas e lacunas. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 62, n. 4, p. 637-643, jul./ago. 2009.
 
BRASIL. Lei nº 7.498/86 - de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências. Associação Brasileira de Enfermagem.
 
FLEURY, Sonia. Reforma sanitária brasileira: dilemas entre o instituinte e o instituído. Revista Ciência e Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, v.14, n.3, maio/jun. 2009.
 
Lima MJ. O que é enfermagem? Coleção Primeiros Passos. 4ª
São Paulo: Ed. Brasiliense; 2004
 
Horta WA. Processo de enfermagem. São Paulo: EPU; 1979
Obrigada!
Prof. Enf. MSc. Marina Santos
 
Telefone: 987466604
E-mail: marina.santos@nt.universo.edu.br

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