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AULA 1309 ENFERMAGEM SAÚDE DO NEONATO

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Oxigenoterapia 
Padrão respiratório normal
Frequências respiratórias variam de acordo com a idade;
Relacionam-se com a maturidade anatômica e fisiológica;
Sofre influência de fatores ambientais e patologias.
	Frequência respiratória normal, OMS	
	IDADE	MOVIMENTOS/MIN
	De 0 a 2 meses	Até 60
	De 2 a 11 meses	Até 50
	De 12 meses a 5 anos	Até 40
	De 6 a 8 anos	Até 30
	Acima de 8 anos	Até 20
	Frequência respiratória normal, SBP	
	IDADE	MOVIMENTOS/MIN
	<1 ano 
1 a 3 anos
4 a 5 anos
6 a 12 anos
13 a 18 anos	30 a 60
24 a 40
22 a 34
18 a 30
12 a 16
BRASIL, 2012; SBP, 2017.
Fatores que afetam a respiração
Hiperventilação
Hipoventilação
Hipóxia
Anemia
Gravidez
Hipovolemia
Obesidade
Postura
Trauma
Alterações do SNC
Nutrição
Tabagismo e alcoolismo
Exercícios
Abuso de substâncias
Estresse
Áreas poluídas
BRUNNER & SUDDART, 2009.
Oxigenoterapia
Consiste na administração de oxigênio suplementar com o intuito de elevar ou manter a oxigenação tecidual adequada, corrigindo a hipoxemia e consequentemente, promover a diminuição da carga de trabalho cardiopulmonar através da elevação dos níveis alveolar e sanguíneo de oxigênio.
BRUNNER & SUDDART, 2009; PALS, 2014.
Oxyhood – halo – capacete 
Fornece O2 aquecido e umidificado ao RN, permitindo uma administração contínua, com flutuações mínimas nos níveis de oxigênio.
É necessário que o RN mantenha os níveis de saturação de O2 estáveis e com estresse respiratório mínimo ou moderado. 
O Fluxo de O2 e de Ar comprimido deve ser entre 6 e 8 l/min, dependendo do tamanho do capacete.
Indicações: RN com drive respiratório próprio, que necessite apenas de oxigênio suplementar, de no máximo 60%; Desmame da oxigenoterapia.
Contra-indicações: Necessidade de suporte ventilatório com outro método.
Oxyhood – halo – capacete 
Cuidados específicos: 
Escolher o Halo do tamanho adequado para o RN; 
Posicionar a cabeça do RN dentro do capacete; 
Manter livre o espaço entre o pescoço e o capacete, para permitir a saída do CO2; 
Ajustar a FiO2 de acordo com a Sat O2 do paciente; 
Manter as vias aéreas pérvias; 
Ajustar o fluxo de O2 de acordo com o tamanho do Halo.
CPAP Nasal
Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas por via nasal
Dispositivo que fornece uma mistura de oxigênio e ar comprimido sobre pressão contínua nas vias aéreas durante a fase expiratória.
O objetivo do CPAP é prevenir a atelectasia e o fechamento das vias aéreas. 
CPAP Nasal
Indicações:
Fase aguda da síndrome do desconforto respiratório (SDR). O uso do CPAP precoce diminui a necessidade de ventilação mecânica invasiva.
Controle da insuficiência respiratória. Essa situação clínica engloba grande variedade de patologias, destacam-se, além da SDR, TTRN, SAM, displasia broncopulmonar, edema pulmonar, entre outras.
RN com peso inferior a 1.500g, na presença de qualquer sinal de aumento do trabalho respiratório. 
RN com peso superior a 1.500g mantendo SatO2 abaixo de 89% ou PaO2 < 50mmHg na gasometria arterial, FiO2 igual ou superior a 40% no cateter nasal ou oxyhood.
Pós-extubação traqueal para todos os RN com peso inferior a 1.500g.
Apnéia neonatal
CPAP Nasal
Contraindicações:
Necessidade de suporte ventilatório adequado com outro método.
Hérnia diafragmática.
Onfalocele.
Gastrosquise.
Pneumotórax.
Complicações: 
Síndrome de extravasamento de ar;
Distensão gástrica e abdominal;
Irritação da mucosa nasal podendo ocorrer lesão de partes moles;
Diminuição do retorno venoso quando se utilizam altas pressões
CPAP Nasal
Tamanho ideal e Fixação adequada
	Peso	Nº de Pronga
	< 700 gramas	0
	700 gr – 1 kg	1
	1-2 kg	2
	2-3 kg	3
	> 3 kg	4
CPAP Nasal
Como montar CPAP
Montar e checar o sistema;
 Colocar a parte distal do circuito dentro um recipiente contendo água até altura desejada ( geral a pressão positiva em cm H2O);
Posicionar o RN em posição supina (aproximadamente 30º);
Proteger a cabeça do RN com gorro ou faixa crepe para facilitar a fixação da pronga e do circuito;
Como montar CPAP
5.Certificar-se de que a umidificação e o aquecimento dos gases estão adequados (30º);
6. Aspirar previamente a oro e a nasofaringe e instalar uma sonda orogástrica para descompressão;
7.Verificar periodicamente a adaptação da pronga às narinas, a permeabilidade das vias aéreas superiores, a posição do pescoço e o aspecto das asas e do septo nasal quanto a presença de isquemia e necrose.
Fio2
	FiO2	O2	Ar comprimido
	30%	1	7
	40%	2	6
	50%	3	5
	60%	4	4
	70%	5	3
	80%	6	2
	90%	7	1
Cuidados da equipe quanto ao posicionamento da pronga nasal
* A pronga bem posicionada é aquela que não deforma a face do neonato e sua ponta não encosta no septo nasal, além de não permitir a movimentação deste dispositivo dentro das narinas;
* Não pode ficar frouxa nem apertada.
Locais comuns para ferimentos:
Base do septo, onde encontra-se o filtro, causado pela máscara, 
Interface medial do septo, causada pelas prongas.
Classificação trauma nasal
Estágio I: eritema sem branqueamento, ou seja, pele intacta; 
Estágio II: úlcera superficial ou erosão, com espessura parcial, perda de pele; 
Estágio III: necrose, com espessura total, perda de pele.
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Placas Hidrocolóides.
Utilização de dispositivos Preventivos 
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Monitorização da temperatura
No RN, sobretudo no pré-termo, pode ocorrer desequilíbrio na termorregulação, com aumento nas perdas de calor e limitação na produção.
Todos os esforços devem ser feitos no sentido de prevenir a hipotermia.
Monitorização da temperatura
Os cuidados de rotina incluem:
•Manter a temperatura da sala de parto maior ou igual a 25°C
Controle da Temperatura do RN;
Controle da Temperatura da Incubadora 
Portinholas incubarodas 
Mecanismos de perda de calor no período neonatal
 Evaporação 
Corresponde à perda insensível de água pela pele. É a principal forma de perda de calor em RN prematuros, especialmente ao nascimento e nos primeiros dias de vida. 
Condução
Trata-se da perda de calor do RN para a superfície fria em contato com ele.
Mecanismos de perda de calor no período neonatal
Convecção
Forma pela qual ocorre perda de calor da pele do RN para o ar ao seu redor. O principal fator desencadeante dessa perda é o fluxo de ar frio na pele ou mucosas. 
Radiação
Trata-se da perda de calor do RN para objetos ou superfícies mais frias que não estão em
contato com ele. A principal causa dessa perda é a grande área da pele exposta a ambiente frio.
Sinais e Sintomas da Hipotermia
Agitação e choro;
 Extremidades frias, pálidas ou cianóticas;
 Respiração superficial e irregular, podendo ser acompanhada por gemido;
 Frequência cardíaca baixa, hipoatividade, sucção débil e choro fraco;
 Diminuição da diurese e edema generalizada
Reflexos neurológicos 
O reflexo
É a resposta motora involuntária secundária a um estímulo
A avaliação do desenvolvimento dos reflexos permite avaliar a integridade do sistema nervoso central
Expectativa relacionada à idade cronológica da criança
O reflexo
Estão presentes em todos os recém-nascidos a termo
Fisiológicos nos primeiros meses de vida
Ausência inicial ou permanência tardia sugere alterações patológicas
Reflexo da procura ou voracidade: 
O toque da pele perioral promove o movimento da cabeça em direção ao estímulo com abertura da boca e tentativa de sucção. 
Os reflexos de sucção e deglutição alterados são sinais inespecíficos e podem estar associados a uma variedade de distúrbios. 
Deve desaparecer por volta dos 4 meses de vida.
Reflexo de deglutição
Após a criança introduzir o bico do seio na sua cavidade oral, o contato deste com a porção anterior da língua, desencadeia um processo de movimentos rítmicos de sucção.
Preensão palmar
O examinador coloca o dedo index na palma da mão da criança. Observa-se a flexão dos dedos. 
Desaparecimento em torno 4 e 6 meses, quando se torna um movimento voluntário de preensão.
Preensão plantar
O examinador pressiona o polegar contra a sola do pé da criança, logo abaixo dos dedos. 
Observa-sea flexão dos dedos. 
Deve desaparecer com 15 meses de vida
Reflexo de Marcha 
O examinador segura a criança pelo tronco com as duas mãos e o reflexo é obtido pelo contato da planta do pé com a superfície, que resulta em marcha. 
Inicia nos primeiros dias pós-parto e deve desaparecer entre a quarta e oitava semana de vida
Reflexo cutâneo plantar:
Obtido através do estímulo da porção lateral do pé, desencadeando no recém-nascido a extensão do hálux. 
Apresenta-se em extensão até cerca de 18 meses.
Reflexo de Moro
É analisado pelo procedimento de segurar a criança pelas mãos e liberar bruscamente seus braços.
Deve ser sempre simétrico. 
Reflexo fuga à asfixia 
É avaliado colocando-se a criança em decúbito ventral no leito, com a face voltada para o colchão. 
Em alguns segundos o RN deverá virar o rosto liberando o nariz para respirar adequadamente
Lavf58.12.100

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