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MEDICINA LEGAL

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INTRODUÇÃO À MEDICINA LEGAL
“É a ciência do Médico aplicada aos fins da ciência do Direito.”
“É o ramo da Medicina que reúne todos os conhecimentos médicos que podem auxiliar a administração da Justiça”.
“É a medicina a serviço das ciências jurídicas e sociais” (França).
“É o conjunto de conhecimentos médicos voltados para a leitura e interpretação dos fatos e ocorrências incidentes na natureza humana e, claro, de interesse para a justiça” (Galvão)
História da Medicina Legal
1808: Criação da Faculdade de Medicina após a chegada de D. João VI ao Brasil.
1832: Criação da Cátedra de Medicina Legal na Faculdade de Medicina na Bahia e do Rio de Janeiro.
1891: Criação da Cátedra de Medicina Legal nas Faculdades de Direito.
1895: Tornou-se catedrático (6º) de Medicina, através de concurso, Raymundo Nina Rodrigues.
Inicio da Escola da Bahia de Medicina Legal.
Dois grandes alunos:
· Juliano Moreira
· Afrânio Peixoto
Sétimo catedrático de Medicina Legal – Oscar Freire.
1927: Augusto Lins e Silva fundou a cátedra de Medicina Legal na Faculdade de Medicina do Recife.
Constituição da República Federativa do Brasil
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade [...]
 Perícia como garantia de direitos e da ordem - Prof. Chun-Lay Leme
Código Penal Brasileiro
Art. 1º. – Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
Art. 4º. – A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.
Art. 6º. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos Peritos criminais […].
VII – determinar se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Perícia
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I. Polícia federal;
II. Polícia rodoviária federal;
III. Polícia ferroviária federal;
IV. Polícias civis;
V. Polícias militares e corpos de bombeiros militares.
Perícias e Peritos
Secretária de Segurança Pública da Bahia
I. Polícia Militar da Bahia
II. Corpo de Bombeiros Militar da Bahia
III. Polícia Civil da Bahia
IV. Secretária de Segurança Pública
Departamento de Polícia Técnica
· Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues
· Instituto de Identificação Pedro Mello
· Instituto de Criminalística Afrânio
· Peixoto
· Laboratório Central de Polícia Técnica
· Diretoria do Interior
Áreas de Estudo da Medicina Legal
· Antropologia Forense: Estuda a identidade e a identificação médico-legal e judiciária.
· Traumatologia Forense: Trata das lesões corporais sob o ponto de vista jurídico e das energias causadoras do dano.
· Tanatologia Forense: Cuida da morte e do morto. Analisa os mais diferentes conceitos de morte, os direitos sobre o cadáver, o destino dos mortos, o diagnóstico de morte, o tempo aproximado da morte, a morte súbita, a morte agônica e a sobrevivência; a necropsia médico-legal, a exumação e o embalsamamento. E, entre outros assuntos, ainda analisa a causa jurídica de morte e as lesões in vita e post-mortem.
· Sexologia Forense: Vê a sexualidade do ponto de vista normal, anormal e criminoso.
· Psicologia e Psiquiatria Forense: Analisa o psiquismo normal e as causas que podem deformar a capacidade de entendimento da testemunha, da confissão, do delinquente e da própria vítima; Estuda os transtornos mentais e da conduta, os problemas da capacidade civil e da responsabilidade penal sob o ponto de vista médico-forense. 
· Infortunística: Estuda os acidentes e as doenças do trabalho e as doenças profissionais, não apenas no que se refere à perícia, mas também à higiene e à insalubridade laborativas.
Perícias
“Perícia é o resultado da observação mediante conhecimento científico, artístico, industrial ou comercial que não são comuns aos integrantes da sociedade” (Galvão LCC).
“Perícia é a capacidade teórica e prática para empregar, com talento, determinado campo do conhecimento, alcançando sempre os mesmos resultados” (Alcântara HR)
Perícia médico-legal é “todo procedimento de investigação científica, solicitado por autoridade policial ou judiciária, praticado por médico, visando prestar esclarecimentos à Justiça” (Galvão LCC).
“Conjunto de procedimentos médicos e técnicos que tem por finalidade o esclarecimento de um fato de interesse da justiça” (França GV).
A finalidade da Perícia é produzir prova.
· Prova é o elementos demonstrativo da autenticidade ou da veracidade de um fato.
Perito
“Profissional de nível superior que esclarece a justiça sobre assuntos da sua profissão”.
“Entende-se por Perito, todo técnico que por seu conhecimento e aptidão à determinada área do conhecimento, analisa e interpreta fatos com objetivo de esclarecimento à Justiça” (Galvão LCC).
Tipos: 
· Perito médico-legal
· Perito odonto-legal
· Perito criminal
· Perito técnico
· (Perito datiloscopista)
Função:
Perito exerce uma função de auxiliar do Juiz.
Perito não é testemunha
· Testemunha tem conhecimento do fato.
· Perito analisa, discute e explica os fundamentos da questão discutida por meio de uma metodologia técnicocientífica.
Autoridades que podem determinar perícia:
· Juiz de Direito
· Promotor de Justiça.
· Delegado de Polícia
· Encarregado de Inquérito Policial Militar
· Defensoria pública (?)
Perícias e Peritos
Código de Processo Penal
CAPÍTULO II
DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS PERÍCIAS EM GERAL
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por Perito oficial, portador de diploma de curso superior.Corpo de Delito X Exame de Corpo de Perito
Corpo de delito é a materialidade do crime. Exame de corpo de delito é a perícia que se faz para apontar a referida materialidade. 
§ 1º Na falta de Perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
§ 2º Os Peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos Peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão.
PERÍCIA E PERITOS
Código de Processo Penal
Art. 277. O Perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa [...], salvo escusa atendível.
Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o Perito que, sem justa causa, provada imediatamente:
a) Deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade;
b) Não comparecer no dia e local designado para o exame;
c) Não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabelecidos.
Art. 278. No caso de não comparecimento do Perito, sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua condução.
Quando não fazer a perícia?
Código de Ética Médica
É vedado ao médico:
Art. 93. Ser perito ou auditor do próprio paciente, de pessoa de sua família ou de qualquer outra com a qual tenha relações capazes de influirem seu trabalho ou de empresa em que atue ou tenha atuado.
Código de Processo Penal
Art. 279. Não poderão ser peritos:
I. Os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos ns I e IV do [...]Código Penal;
II. Os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia;
III. Os analfabetos e os menores de 21 anos.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de Perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um Perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
Art. 160. Os Peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados. 
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos Peritos.
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os Peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.
Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.
Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os Peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
Circular CFM nº 118/2016
Assunto: Acesso a prontuários médicos de pacientes da rede pública por peritos médicos legistas para fins de realização de perícia.
[...] Considerando que, diante da impossibilidade do exame direto na vítima/investigado, ou da necessidade de complementação desse exame, uma das vias de materialização do ilícito consiste no exame de corpo de delito, pela via indireta, ou seja, através das anotações contidas no prontuário de atendimento médico [...]
“O Conselho Federal de Medicina recomenda e orienta no sentido de que os peritos médicos legistas, vinculados à Polícia Civil do Distrito Federal ou de outros Estados da Federação, tem legitimidade para acessar ou requerer cópia dos prontuários médicos de pacientes da rede pública, bem como de estabelecimentos particulares, para fins de realização de perícia, requisitada pelos órgãos que atuam na investigação criminal (Polícia Civil e Ministério Público) de crime de ação penal pública extraindo da guia de atendimento e/ou prontuário apenas os dados necessários para o fim pericial, mantendo as referidas cópias de guias e prontuários sob sua responsabilidade de confidencialidade”.
DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS
Documento é toda anotação escrita que tem a finalidade de reproduzir e representar uma manifestação do pensamento.
“É a demonstração do exame pericial de forma escrita, à autoridade solicitante”.
Tipos
· Notificação: São comunicações compulsórias feitas pelo médico as autoridades competentes de um fato profissional.
· Deve-se notificar a suspeita, não precisa esperar confirmar.
· É sigilosa, só será divulgada em caso de risco para a comunidade, sendo respeitado o direito de anonimato dos cidadãos.
· SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
· Ficha Individual de Notificação (FIN)
· Lista nacional de doenças de notificação compulsória (Portaria nº 207, de 17 de fevereiro de 2016).Vigilância Epidemiológica
NOTIFICAÇÕES
Código Penal Brasileiro
CAPÍTULO III
DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA
Omissão de notificação de doença
Art. 269. Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
· É facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região
· Atestado: Declaração pura e simples, por escrito, de um fato médico e suas consequências.
· Tem o propósito de sugerir um estado de sanidade ou doença, anterior ou atual, para fins de licença, dispensa ou justificativa de falta ao serviço, entre outros.
· Finalidade:
· Atestado de portador de enfermidade.
· Atestado de saúde ou sanidade.
· Atestado de óbito.
RESOLUÇÃO CFM n.º 1.658/2002
(Publicada no D.O.U. de 20 de dezembro de 2002, Seção I, pg. 422)
(Alterada pela Resolução CFM nº 1851/2008)
Normatiza a emissão de atestados médicos e dá outras providências.
· Art. 1º. O atestado médico é parte integrante do ato médico, sendo seu fornecimento direito inalienável do paciente, não podendo importar em qualquer majoração de honorários.
· Art. 2º. Ao fornecer o atestado, deverá o médico registrar em ficha própria e/ou prontuário médico os dados dos exames e tratamentos realizados, de maneira que possa atender às pesquisas de informações dos médicos peritos das empresas ou dos órgãos públicos da Previdência Social e da Justiça.
· Art. 3º. Na elaboração do atestado médico, o médico
assistente observará os seguintes procedimentos:
I. Especificar o tempo concedido de dispensa à atividade, necessário para a recuperação do paciente;
II. Estabelecer o diagnóstico, quando expressamente autorizado pelo paciente;
III. Registrar os dados de maneira legível;
IV. Identificar-se como emissor, mediante assinatura e carimbo ou número de registro no Conselho Regional de Medicina.
· Art. 4º. É obrigatória, aos médicos, a exigência de prova de identidade aos interessados na obtenção de atestados de qualquer natureza envolvendo assuntos de saúde ou doença.
§ 1º Em caso de menor ou interdito, a prova de identidade deverá ser exigida de seu responsável legal.
§ 2º Os principais dados da prova de identidade deverão obrigatoriamente constar dos referidos atestados.
· Art. 5º. Os médicos somente podem fornecer atestados com o diagnóstico codificado ou não quando por justa causa, exercício de dever legal, solicitação do próprio paciente ou de seu representante legal. 
Parágrafo único. No caso da solicitação de colocação de diagnóstico, codificado ou não, ser feita pelo próprio paciente ou seu representante legal, esta concordância deverá estar expressa no atestado.
· Art. 6º. Somente aos médicos e aos odontólogos, estes no estrito âmbito de sua profissão, é facultada a prerrogativa do fornecimento de atestado de afastamento do trabalho.
§ 1º Os médicos somente devem aceitar atestados para avaliação de afastamento de atividades quando emitidos por médicos habilitados e inscritos no Conselho Regional de Medicina, ou de odontólogos, nos termos do caput do artigo.
§ 2º O médico poderá valer-se, se julgar necessário, de opiniões de outros profissionais afetos à questão para exarar o seu atestado.
§ 3º O atestado médico goza da presunção de veracidade, devendo ser acatado por quem de direito, salvo se houver divergência de entendimento por médico da instituição ou perito.
§ 4º Em caso de indício de falsidade no atestado, detectado por médico em função pericial, este se obriga a representar ao Conselho Regional de Medicina de sua jurisdição.
	
PROCESSO Nº TST-RO-268-11.2014.5.12.0000
RECURSO ORDINÁRIO - AÇÃO ANULATÓRIA
CLÁUSULA 39 – ATESTADO MÉDICO – EXIGÊNCIA
DE PREVISÃO DA CID
A exigência da CID nos atestados estipulada por norma coletiva obriga o trabalhador a divulgar informações acerca de seu estado de saúde sempre que exercer o seu direito - garantido pelo art. 6º, § 1º, “f”, da Lei nº 605/1949 – de justificara ausência no trabalho por motivo de doença comprovada. Essa exigência, por si só, viola o direito fundamental à intimidade e à privacidade do trabalhador, sobretudo por não existir, no caso, necessidade que decorra da atividade profissional.
Recurso Ordinário conhecido e desprovido.
· O Atestado é um documento unilateral e não se sobrepõe ao laudo.
· Relatório: É a descrição minuciosa de uma perícia médica a fim de responder ‘a solicitação da autoridade policial ou judiciária’.
· Auto: Relatório é realizado pelos peritos após suas investigações, contando para isso com a ajuda de outros recursos ou consultas a tratados especializados;
· Laudo: quando o exame é ditado diretamente a um escrivão e diante de testemunhas.
· Preâmbulo: Constam dessa parte a hora, data e local exatos em que o exame é feito. Nome da autoridade que requereu e daquela que determinou a perícia. Nome, títulos e residências dos peritos. Qualificação do examinado.
· Quesitos: Nas ações penais, já se encontram formulados os chamados quesitos oficiais. Mesmo assim, podem, à vontade da autoridade competente, existir quesitos acessórios.
· Histórico: Consiste no registro dos fatos mais significativos que motivam o pedido da perícia ou que possam esclarecer e orientar a ação do legisperito. Isso não quer dizer que a palavra do declarante venha a torcer a mão do examinador. Outra coisa: essa parte do laudo deve ser creditada ao periciado, não se devendo imputar ao perito nenhuma responsabilidade sobre seu conteúdo.
· Descrição: É a parte mais importante do relatório médico-legal. Por isso, é necessário que se exponham todas as particularidades que a lesão apresenta, não devendo ser referida apenas de forma nominal, como, por exemplo, ferida contusa, ferida de corte, queimadura, marca elétrica, entre outras. Devem-se deixar para a última parte do documento: respostas aos quesitos, a referência ao meio ou o tipo de ação que provocou a ofensa.
É necessário afirmar justificando, mencionar interpretando, descrever valorizando e relatar esmiuçando.
A verdadeira finalidade do laudo médico-legal é oferecer à autoridade julgadora elementos de convicção para aquilo que ela supõe mais de que necessita se convencer. A essência da perícia é dar a imagem mais aproximada possível do dano e do seu mecanismo de ação, do qual a lesão foi resultante.
· Exame externo
· Exame interno
· Exame complementar
· Discussão/ Comentário médico legal: Diagnóstico lógico a partir de justificativas racionais.
· Conclusão: Síntese diagnóstica redigida com clareza, disposta ordenadamente, deduzida pela descrição e pela discussão. É a análise sumária daquilo que os peritos puderam concluir após o exame minucioso.
· Resposta aos quesitos: Ao encerrarem o relatório, respondem os peritos de forma sintética e convincente, afirmando ou negando, não deixando escapar nenhum quesito sem resposta.
· Parecer: Analise crítica a um fato médico. Quando Médico Legista é nomeado para intervir na qualidade de perito, e quando a questão de fato é pacífica, mas apenas o mérito Médico Legal é discutido, cabe-lhe, apenas, emitir suas impressões sob forma de parecer e responder aos quesitos formulados pelas partes (pericia deducendi). O documento final dessa análise chama-se parecer médico-legal.
· Depoimento oral: Esclarecimento oral de pontos duvidosos de uma perícia realizada pelo próprio Perito.

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