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Documentos Médico-Legais

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1 
 
Documentos Médico-Legais
Conceito 
É toda declaração firmada por um médico, no 
exercício da profissão, para servir como prova, e que 
pode ser utilizada com finalidades jurídicas. 
Perito 
SABER 
Todo profissional que tenha nível superior e expertise 
em determinado assunto. 
• Oficial – é concursado, possui fé pública, 
representa o Estado 
• Nomeado ou Louvado – indicação por alguma 
pessoa do Judiciário → dentro do Instituto Médico 
Legal não existe essa categoria 
Classificação 
1. Relatórios: Auto e Laudo 
2. Pareceres 
3. Atestados 
4. Notificação 
Declaração não é emitida pelo médico, mas sim pelo 
administrativo. 
Auto – relatório que é ditado pelo perito, ex: exumação 
Laudo – relatório confeccionado pelo próprio perito, 
composto por: preâmbulo, quesitos, histórico, 
descrição, discussão, conclusão, resposta aos 
quesitos. 
As perícias médicas podem ser necessárias nos 
processos do tipo penal, civil e administrativo e 
imprescindíveis no trabalhista. 
No foro penal, o perito pode ser chamado a intervir em 
qualquer fase do processo – inquérito, sumário, 
julgamento, até mesmo após sentença. 
• As perícias podem consistir em exames da vítima, 
do indiciado, de testemunhas ou de jurado. 
• O exame do indiciado pode ter por finalidade 
determinar sua identidade, lesões ou vestígios 
de luta, a existência de doenças físicas e 
mentais, etc. 
De um modo geral, o perito médico atua na fase inicial 
– de instrução do processo – buscando provas para 
caracterizar crimes: 
1. Contra a pessoa: lesão corporal, homicídios 
2. Contra a dignidade sexual: estupro, atentado 
violento ao pudor e sedução 
3. Características especiais da vítima: sua 
sanidade mental 
Os peritos podem ser convocados: 
1. Na fase do sumário, para esclarecer dúvidas 
relativas ao laudo ou resultantes da 
superveniência de fatos novos no transcorrer do 
processo 
2. Na fase de julgamento por fatos ainda não 
plenamente caracterizados ou pela possibilidade 
de novas versões dos fatos a esclarecer 
Para a sustentação ou destruição das teses 
apresentadas aos jurados 
• Durante o cumprimento da pena pelo surgimento 
de sinais e sintomas de doença mental, o Juiz da 
Vara de Execução Penal determina o exame 
pericial do criminoso 
No processo cível o médico é recrutado, de 
preferência, entre os peritos oficiais, conforme 
recomenda o Código de Processo Civil: 
Art. 434. Quando o exame tiver por objeto a 
autenticação ou a falsidade de documento, ou for de 
natureza médico-legal, o perito será escolhido, de 
preferência, entre os técnicos de estabelecimentos 
oficiais especializados. O Juiz autorizará a remessa 
dos autos, bem como do material sujeito a exame, ao 
estabelecimento, perante cujo diretor o perito prestará 
compromisso. 
Parágrafo único... (sem interesse médico-legal). 
O perito pode ser convocado pela parte interessada, 
por meio de seu representante, para a avaliação: 
1. De um dano físico, de uma incapacidade, de 
uma deformidade, e se há consistência na 
propositura de uma reparação de danos. 
2 
 
2. Do dano e sua relação de causalidade com o 
evento alegado 
Movida a ação cível, o perito junto ao Juiz, para quem 
foi distribuído o processo, deve firmar o compromisso 
legal de servir fielmente à justiça. 
No foro penal, tal compromisso está implícito na 
função de perito oficial. 
Outras situações cíveis em que a palavra do perito 
médico é indispensável: 
1. É obrigatória nos acidentes de trabalho; 
incapacidades, sua gradação, doenças 
profissionais e seu nexo causal com o trabalho e 
eficácia de medidas preventivas 
2. A determinação da paternidade, quando 
contestada, solicitada pelas Varas de Família 
3. Validar testamentos, interditar pródigos, anular 
casamentos pela psicopatologia forense 
Na missão de informar às autoridades, o médico 
produz documentos que apresentam uma 
configuração que varia conforme a situação e a sua 
finalidade. 
Analisaremos as características desses documentos, 
chamados de Documentos Médico-Legais. 
Atestados 
Atestado: é uma simples declaração de matéria 
médica, de consequências jurídicas, prestada por 
pessoa legal e profissionalmente qualificada. “É a 
afirmação simples e por escrito de um fato médico e 
suas consequências.” (Souza Lima) 
Relatório (Auto e Laudo): é o documento resultante 
da atuação médica em serviços médico legal, 
repartição oficial equivalente ou por determinação 
judiciária. O auto é feito perante a autoridade (ditado 
ao escrivão) e o laudo redigido pelo perito. 
Atestados Médicos Judiciários: são os atestados 
requisitados por juiz, ex: atestados que os jurados 
justificam suas faltas ao tribunal do júri. (Requisitados 
por Juiz). 
Atestados Médico-Legais: são os que interessam à 
justiça, só estes são considerados como documentos 
médicos-legais. 
Atestados Médicos Oficiosos: são os atestados 
solicitados por quaisquer pessoas, a cujo interesse 
atendem (Visam unicamente o interesse privado). 
Atestado Médico ou Certificado Médico: é a 
afirmação simples e por escrito de um fato médico e 
de suas consequências. 
Atestados Médicos Administrativos: são os 
exigidos pelas autoridades administrativas, entram 
nessa categoria os que os empregados públicos são 
obrigados a apresentar quando solicitam licença ou 
requerem aposentadoria, que, por via de regra, são 
fornecidos por juntas médicas de inspeção de saúde. 
(Ex: atestados de vacinação, de sanidade física ou 
mental para admissão em escolas e repartições 
públicas). 
Atestados Médicos – considerações e regras a 
serem respeitadas: 
• Não exige compromisso legal, mas mantém 
compromisso com a verdade 
• Refere ter estado doente, mas o médico não 
constatou o fato 
• Não refere ter estado doente e requer benefício do 
atestado 
• Os fatos anteriores trata-se do chamado atestado 
gracioso ou complacente 
• Pela reiteração do ato, sem sofrer qualquer 
vexame, acaba atestando, imprudentemente, fatos 
mais importantes 
• Informações claras e precisas sobre o profissional, 
registro, endereço completo e telefone, formação 
acadêmica e titulação, e mesmo CPF 
• Como título e em destaque a palavra 
“ATESTADO”, algumas linhas abaixo “Atesto, para 
fins...” e o número de identidade do paciente 
• A declaração do diagnóstico no corpo do atestado 
só é permitido: em casos de dever legal, justa 
causa, ou por autorização expressa do paciente/a 
pedido (se o paciente não autorizar, colocar CID) 
– art. 102 do CEM e Resolução 1.484/97 do CFM) 
• As consequências do fato médico relatadas de 
modo adequado 
• O período do impedimento deve ser descrito de 
modo claro, para que surta seu efeito legal 
• Ao final, que seja colocado o local em que se 
redigiu o atestado 
3 
 
• A data de afirmação, que pode ser anterior à do 
último dia em que o paciente esteve sob cuidados 
do profissional 
Código de ética médica (CEM) 
É vedado ao médico: 
Art. 102. Revelar fato de que tenha conhecimento em 
virtude do exercício da sua profissão, salvo por justa 
causa, dever legal ou autorização expressa do 
paciente. 
Resolução 1.484/97 do CFM 
1. É permitido ao médico, quando por justa causa, 
exercício de dever legal, solicitação do próprio 
paciente ou de seu representante legal, fornecer 
atestado médico com o diagnóstico. 
Art. 112 Deixar de atestar atos executados no 
exercício profissional, quando solicitado pelo paciente 
ou seu responsável legal. 
Parágrafo único. O atestado médico é parte 
integrante do ato ou tratamento médico, sendo o seu 
fornecimento direito inquestionável do paciente, não 
importando em qualquer majoração dos honorários. 
Código Penal 
Art. 302. Dar o médico, no exercício da sua profissão, 
atestado falso. 
Pena: detenção de 1 (um) mês a 1 (um) ano. 
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de 
lucro, aplica-se também multa. 
Código de ÉticaMédica 
É vedado ao médico: 
Art. 110. Fornecer atestado sem ter praticado o ato 
profissional que o justifique, ou que não corresponda 
à verdade. 
Com a promulgação da Lei dos Juizados Especiais 
(Lei 9.099 de 26/09/95), o atestado médico assumiu a 
posição de substituto eventual da perícia médico-legal 
nos casos de lesão corporal leve – parágrafo 
primeiro do artigo 77. 
Notificação Médico-Legal (compulsória) 
É a comunicação obrigatória de um fato médico, na 
qual o médico comunica a natureza da doença à 
saúde pública, para que tome as medidas profiláticas 
cabíveis na espécie. 
Consulta e parecer 
Há controvérsias: 
Flamínio Fávero opina que parecer é a resposta a 
uma consulta. Como dizia Souza Lima consulta é 
pergunta, e não resposta. 
Hélio Gomes e vários outros autores diferenciam os 
dois termos: 
- Parecer é dado a uma das partes, sendo documento 
particular feito por autoridade científica no assunto 
consultado. 
- Consulta é o meio pelo qual os interessados 
esclarecem suas dúvidas, através da autoridade 
processante, acerca de um relatório médico-legal. 
Parecer Médico-Legal 
É o exame do Relatório Médico-Legal, por outros 
peritos, quando há dúvida nos Laudos existentes ou é 
o estudo apresentado por um médico ou por uma junta 
médica, respondendo a questões a serem 
esclarecidas aos julgadores e a qualquer das partes 
interessadas no processo. 
É possível solicitar um parecer sobre outro parecer. 
É composto de: 
1 – Preâmbulo: onde ficam a qualificação da 
autoridade que faz a consulta e do parecerista, o 
número do processo e da Vara Criminal ou Civil 
correspondente. 
2 – Histórico: compreende o motivo da consulta, os 
quesitos formulados e o histórico do caso a ser 
analisado. O parecerista deve fazer um resumo 
cronológico dos fatos e dos demais elementos dos 
autos. 
3 – Discussão: a parte mais importante e mais rica de 
um parecer onde se evidencia a capacidade de 
análise e o poder de argumentação. São apontados os 
pontos julgados falhos na perícia, com ética – de modo 
sereno e sem excessos de linguagem. 
4 – Conclusão: deve sintetizar os pontos relevantes 
da discussão de modo claro e sucinto. Há quem prefira 
colocar a conclusão ou conclusões à medida que vão 
4 
 
sendo respondidos os quesitos formulados na 
consulta. 
Auto de Exumação 
Documento Médico-Legal, solicitado por autoridade 
policial ou judiciária, pelo qual se autoriza ao 
desenterramento de cadáveres. Art. 163 do CPP. 
Art. 163. Em caso de exumação para exame 
cadavérico, a autoridade providenciará para que, em 
dia e hora previamente marcados, se realize a 
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado. 
Parágrafo único. O administrador de cemitério 
público ou particular indicará o lugar da sepultura, sob 
pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta 
de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o 
cadáver em lugar não destinado a inumações, a 
autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que 
tudo constará do auto. 
Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na 
posição em que forem encontrados, bem como, na 
medida do possível, todas as lesões externas e 
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada 
pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) 
Violação de Sepultura 
Quando não determinado por autoridade competente, 
ou se não visar a um fim especificamente legal, o 
desenterramento do cadáver por assumir as 
características delituosas da violação de sepultura, 
não poderá ser considerado como exumação. (Código 
Penal, Art. 120). 
Exumação – efetua-se a exumação quando: 
1 – Se pretende transladar os despojos de um morto 
para outro cemitério ou jazido, ou quando exigem 
razões de ordem médico-legal. 
No primeiro caso se adulto, só poderá ser realizada 
decorridos 5 anos do sepultamento; tratando-se de 
crianças, reduz-se esse prazo para 3 anos. 
Código Sanitário, em vigor pelo Decreto Federal nº 
2.918, de abril de 1918: 
“Artigo 542 – poderão ser exumados no fim de 5 anos 
os despojos de adultos falecidos de doença não 
infecciosa; no fim de 3 anos, os de menores. Esses 
prazos podem variar conforme as condições químicas 
e geológicas do terreno. 
Artigo 543 – a trasladação total dos despojos de um 
cemitério só poderá ser feita depois de 5 anos da 
última inumação e com as precauções que a ciência 
aconselhar.” 
Art. 165. Para representar as lesões encontradas no 
cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao 
laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou 
desenhos, devidamente rubricados. 
Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do 
cadáver exumado, proceder-se-á ao reconhecimento 
pelo Instituto de Identificação e Estatística ou 
repartição congênere ou pela inquirição de 
testemunhas, lavrando-se auto de reconhecimento e 
de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com 
todos os sinais e indicações. 
Parágrafo único. Em qualquer caso, serão 
arrecadados e autenticados todos os objetos 
encontrados, que possam ser úteis para a 
identificação do cadáver. 
Realizada a exumação sem a rigorosa observância 
dessas prescrições legais, constituirá o ato 
transgressão prevista na Lei das Contravenções 
Penais: 
“Artigo 67 – inumar ou exumar cadáver, com infração 
das disposições legais: 
Pena – prisão simples, de um mês a um ano, ou multa 
de duzentos cruzeiros a dois mil cruzeiros.” 
Requisito indispensável à feitura da perícia de 
exumação e necropsia, por se tratar de ato médico-
legal de alta relevância é a solicitação policial ou 
judiciária para tanto. 
Realiza-se o trabalho independentemente da época 
de inumação. Quanto menor o tempo de inumação, 
mais numerosos e exatos serão os subsídios que se 
colherão, para melhores esclarecimentos à 
autoridade solicitante. 
Para orientar o procedimento, recomenda-se a 
observância das seguintes normas administrativas: 
1 – Interação entre Delegado de Polícia e Perito 
Médico-legal para evitar a diligência inútil ou não 
esclarecedora; 
2 – Dia e hora predeterminados, bem como informar o 
responsável pelo cemitério, o pessoal auxiliar na 
5 
 
localização do túmulo e designado para a abertura do 
túmulo; 
3 – O médico-legista e o auxiliar de necropsia, levará 
instrumental cirúrgico adequado, luvas, frascos, 
esparadrapo, blocos de papel e canetas, etc; 
4 – A abertura do túmulo fará-se-á após a chegada do 
Perito médico-legal e seus auxiliares; 
5 – A autoridade solicitante acompanhará a realização 
da perícia, ou mandará um representante para assistir 
ao ato; 
6 – À exumação segue-se, de imediato, o estudo 
necroscópico, isto é, a abertura das três cavidades 
(crânio, tórax e abdome), e se necessário o exame da 
coluna vertebral e dos membros superiores e 
inferiores; 
Para orientar o procedimento, recomenda-se a 
observância das seguintes normas técnicas, com 
vistas à elaboração do auto: 
1 – Anotação dos dados fornecidos pelo administrador 
do cemitério, como sejam número do livro, do registro, 
e também a rua, quadra e número do túmulo, 
descrição do tipo e outras características do ataúde; 
2 – Registro da posição em que o cadáver foi 
encontrado, vestes, estado de transformação ou 
conservação do cadáver, consignação da estatura, 
raça e sexo do cadáver; 
3 – Colheita de impressões digitais, se possível, 
estudo dos arcos dentários, quando necessário, 
exame macroscópico externo e interno do cadáver, 
coleta de fotografias, elaboração de diagramas e 
desenhos, sempre que praticáveis, retirada de corpos 
estranhos (ex. projétil de arma de fogo), assim como 
fragmentos de vísceras, líquidos, etc., para exames 
complementares; 
Atestado de Óbito – documento médico pelo qual se 
afirma a cessação da vida. 
Importância do atestado de óbito – juridicamente, 
transmite direitos e obrigação, tendo também 
importância sanitária. 
Relatório médico-legal: é a descrição minuciosa de 
uma perícia ou fato médicoe de suas consequências, 
requisitada por autoridade competente. 
Protocolo Médico-Legal: é o relatório nos casos de 
necroscopia em sua parte objetiva. 
Auto Médico-Legal: é o relatório médico-legal ditado 
ao escrivão, logo após o exame do corpo de delito. 
Partes do Relatório Médico-Legal 
Importante! 
Preâmbulo: com a qualificação dos peritos e 
indicação da autoridade requisitante e do processo a 
que se refere. 
Quesitos: são perguntas específicas, dirigidas pelo 
Juiz ou pelas partes aos peritos, objetivando 
esclarecer determinado ponto referente ao exame 
realizado. 
Histórico e antecedentes: com referência ao fato 
ocorrido ou motivo ensejaram a perícia, localizando-os 
no tempo e no espaço. 
Descrição: trata-se da parte com maior relevância no 
laudo, pode-se dizer, a mais importante. Deverá 
informar minuciosamente e de forma precisa o objetivo 
da perícia, citando as partes lesivas em exame e 
utilizando métodos, esquemas, desenhos, gráficos, 
fotografias, etc., mencionando exames externos e 
internos. 
Discussão: quando o perito apresenta os 
diagnósticos, suas impressões pessoais e 
comentários sobre o exame. 
Conclusão: deve conter a síntese do exame e da 
discussão. 
Resposta aos quesitos: deve ser sumária e o mais 
possível concludente e não dubitativa. Devem ser 
respondidos de preferência com monossílabos 
(sim/não) ou a afirmação de que a perícia não tem 
condições de esclarecer a dúvida levantada. 
Findado o Relatório, deve ser assinado e datado por 
um perito relator e um perito revisor 
(responsabilidade técnica e científica). Podem ser 
anexados fotogramas, esquemas, exames 
complementares, etc – obviamente assinados. 
Laudo Médico-Legal: é o relatório médico-legal 
redigido pelo perito. 
Preâmbulo do Laudo Médico-Legal: é a parte do 
laudo onde figuram os nomes, títulos e residência dos 
6 
 
peritos, a indicação da autoridade que determinou o 
exame, local, dia e hora exata, qualificação do 
examinando, natureza e fim da operação, declaração 
de haver sido prestado o compromisso nos termos da 
lei, e a transcrição dos quesitos. 
Histórico do laudo (Comemorativo) 
É o registro de todas as informações, de todos os 
dados colhidos pelo perito nas indagações a que 
houver procedido. 
Descrição - Visum et repertum 
É a descrição minuciosa, clara, metódica, singela de 
todos os fatos apurados diretamente pelo perito, 
(exame interno e externo), sua função é reproduzir 
fielmente o visto pelo perito. 
Discussão do laudo 
É, quando necessário, o confrontamento de fatos, 
analisando-os de modo a dissipar qualquer dúvida ou 
afastar qualquer obscuridade, assegurando lógica e 
clareza no deduzir das conclusões. 
Conclusão do laudo 
As conclusões conterão uma síntese do que os peritos 
conseguiram deduzir do exame e da discussão. 
Devem ser redigidas com clareza, dispostas em 
ordem numeradas, devendo ser, sempre que possível, 
afirmativas ou negativas. 
Respostas aos Quesitos 
Em seguida às conclusões, serão dadas respostas 
aos quesitos. Estas devem ser precisas e concisas, e 
sempre que possível afirmativas ou negativas. 
Todavia, como a certeza nem sempre é possível, 
respostas haverá dubitativas. 
Todos os quesitos devem ser respondidos. 
Escapando o quesito à competência profissional, dirá 
isso o perito, mas dizendo-o, estará dando uma 
resposta. 
Consulta médico-legal 
É na qual os interessados ouvem a opinião de um ou 
mais especialistas, de uma Instituição a respeito do 
valor científico (dúvidas) de determinado relatório 
Médico-Legal. (esclarecimentos sobre pontos 
controvertidos, formulando quesitos complementares 
– poucos. Em geral, as partes esclarecem suas 
dúvidas através da autoridade processante.) 
Depoimento oral médico-legal 
Esclarecimentos feitos pelo perito acerca do relatório 
apresentado ou a oitiva de peritos, em juízo. Este 
depoimento pode ocorrer desde a fase de instrução 
até após o julgamento. (devem fazê-lo de modo claro 
e respeitoso e em linguagem técnica adequada) 
Atestados ou Certificados 
Trabalhista 
• Em caso de aborto não-criminoso; repouso 
remunerado da mulher e retorno à função anterior: 
Art. 395, CLT. 
• Rompimento do contrato por mulher grávida; 
admissibilidade, se apresentado: Art. 394, CLT 
• Justificação - Ausência no Trabalho - Doença - 
Atestado Médico - Enunciado nº 15 - TST 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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