Transfusão sanguínea em grandes animais

Prévia do material em texto

Transfusão sanguínea 
em grandes animais 
O sangue possui 
componentes essenciais para 
a vida, glóbulos vermelhos e 
brancos, plaquetas, fatores de 
coagulação e plasma. A 
manutenção desses fatores é 
essencial para a manutenção 
da vida 
Produtos e indicação 
Sangue total: perda aguda de 
sangue, anemias, 
coagulopatias, 
hipoproteinemia. 
Plasma: hipoproteinemia 
(albumina < 1,5g/dl ou PPT 
4g/dl). 
Papa de hemácias: anemia 
sem hipovolemia. 
A escolha do doador tem que 
ser animais da mesma espécie 
e de preferência do mesmo 
tamanho, preferencialmente 
machos, quando utilizar 
fêmeas preferir aquelas que 
nunca pariram e que no 
momento da coleta não 
estejam grávidas nem no cio, 
animais livres de doenças 
infectocontagiosas (AIE ou 
brucelose) e o volume deve 
ser de até 25% da volemia (8% 
do peso vivo) a cada duas a 
três semanas. 
Tipagem sanguínea: é muito 
útil na identificação do 
animal, registros genealógicos 
e confirmações de 
paternidade. 
Bovinos: 2 trilhões de tipos 
sanguíneos (11 grupos, grupo 
B tem 60 fatores) 
Equinos: 400 mil tipos 
sanguíneos (7 grupos com 32 
fatores) 
Provas de incompatibilidade: 
hemólise e aglutinação. 
Prova maior: hemácias do 
doador x soro do receptor 
(verificar se o receptor tem 
anticorpos para as células do 
doador). 
Incompatibilidade maior: é 
contraindicada a transfusão. 
Prova menor: hemácias do 
receptor x soro do doador 
(verifica se o doador tem 
anticorpos para as células do 
receptor). 
Incompatibilidade menor: é 
tolerada nos casos de 
emergência. 
As chances de ocorrer 
incompatibilidade maior é 
pequena, os animais 
raramente possuem 
anticorpos naturais para os 
tipos sanguíneos, a tipagem 
sanguínea em grandes 
animais só será importante 
em casos de transfusões 
repetidas. 
Histórico: se já recebeu 
transfusão em 
aproximadamente 10 dias o 
organismo produz anticorpos 
para novas transfusões do 
mesmo doador. 
Colheita: agulhas 12 ou 14 G 
Anticoagulantes: 
Citrato de sódio dextrose CPD 
(durabilidade 20 a 30 dias a 
4oC) 
Heparina (duração de no 
máximo 6 horas) 
EDTA (não recomendado pois 
é quelante de cálcio) 
Bolsas de transfusão 
comercial (500ml) 
CPDA 1: citrato e fosfato de 
sódio (tampões)/ dextrose 
(fonte de energia)/ adenina 
(síntese de ATP)/ ácido cítrico 
(impede mudanças de 
coloração) – conserva o 
sangue por 28 a 32 dias sob 
refrigeração, homogeneizar e 
aquecer no máximo 40oC na 
hora de administrar (não 
misturar o sangue com 
soluções que contenham 
cálcio). 
 
Volume: 
Peso vivo X (HT desejado – HT 
encontrado) X 80 
________________________ 
 HT do doador 
 
Volume máximo em 2 horas: 
25% da volemia (8% PV). 
Pode-se aumentar o VG do 
doador tirando plasma do 
sangue, dividir o volume total 
em duas doses, sendo a 
segunda dada com 18 a 24 
horas depois da primeira. 
Animais desidratados podem 
receber de 35% a 40% da 
volemia. 
Velocidade inicial: 2 a 
4ml/kgPV/hora (observar se 
há reação). 
Reações transfusionais: 
geralmente ocorre nos 
primeiros 15 minutos, 
taquicardia, sudorese, edema, 
agitação, micção, febre, 
defecação, sinais 
dermatológicos. 
Combate a reação 
transfusional: suspenção 
imediata da transfusão, anti-
histamínicos, corticosteroide: 
10mg/kg/PV IV de 
hidrocortisona, adrenalina: 
0,01mg/kg/PV SC de uma 
solução 1:1000, Solução 
hipertônica 4ml/kgPV IV. 
Velocidade após 15 minutos: 
10 a 20ml/kgPV/hora. 
Transfusões autólogas 
Plasma: sedimenta entre 12 a 
14 horas, corresponde a 60% 
do volume do sangue total, 
estocado a -4oC (1 ano) e a -
20oC (5anos), administrado 
em indicações: 
hipoproteinemia, falha de 
transferência de imunidade 
passiva, CID (fatores de 
coagulação).