solos praticas (1)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA E ZOOTECNIA
DISCIPLINA DE SOLOS IV
DOCENTE: EMILIO CARLOS DE AZEVEDO
DISCENTE: NICOLE KÁSSIA RAMOS DE SOUSA
3 ª Avaliação de Solos IV
Cuiabá-MT
2019
Com base no Levantamento de dados e informações referente a 1º Avaliação indique as práticas de conservação do solo necessárias. Para cada prática de conservação indicada será necessário:
· Justificar sua aplicação 
· Critérios utilizados 
· Análise e avaliação de sua atuação no controle do processo erosivo
· Classificação de cada prática de conservação do solo indicada em função do princípio de funcionalidade
· Cálculos, estimativas e determinações quando necessárias 
A utilização da terra deve transcorrer segundo sua capacidade, uma forma de classificá-lo quanto a intensidade de uso ou manejo que ele pode suportar sem que ocorra degradação significativa. O referente solo é o perfil nº 273, o qual possui relevo plano, com declividade de 0 a 2%, não possui erosão, sendo um solo muito profundo, com textura argilosa. Este solo apresenta estabilidade mecânica para as práticas agrícolas, mas são de baixa fertilidade natural, com características de pH ácido. É acentuadamente drenado, inicialmente com cobertura vegetal de floresta densa. Sendo capacitado a implantar uma cultura e realizar a sistematização e proteção da área, com sistema adequado de preparo e plantio. As práticas em questão visam a melhor utilização da área, em vista da produtividade, e seu uso de forma conservacionista, aumentando a resistência do solo contra a erosão. 
1. Pastagem
Justificativa do uso 
Prática mais adequada de manejo e conservação do solo.
O solo em questão possui como cultura estabelecida a Brachiaria, objetivando o manejo para pastagem, fornecendo proteção ao solo. A realização dessa prática tem como intuito a combinação da agricultura-pecuária, o critério utilizado para a escolha dessa prática refere-se à condição ideal para a manutenção da fertilidade do solo, assegurando a produção de uma densa vegetação durante períodos longos e fornecendo adubo orgânico. As pastagens fornecem grande proteção ao solo contra os estragos pela erosão, atuando como revestimento do solo contra erosão. 
Incluso a pastagem é necessário que haja rodizio de pastagens, mantendo com o peso de gado compatível com a sua capacidade, evitando que os pastos sejam raleados pelo gado. Para tal fim, sua área total será dividida em determinado número de pastos, sendo o gado passado de um para outro, dentro de uma sequência determinada. Assim, os pastos terão tempo suficiente para se refazerem, sem o perigo do pastoreio excessivo. 
Analise e avaliação 
Com a rotação racional das pastagens, é possível dobrar e mesmo triplicar essa produção sem elevação da área ocupada ou então, manter a mesma produção de hoje em área duas a três vezes menor, destinando parte desta área para a outras atividades ou a preservação ambiental, com sustentabilidade e economia
Faz-se necessário a prática de ressemeio periódico, reformando-se a pastagem e semeando ou plantando mudas de espécies de capim, no referente trabalho, a cultura Brachiaria. A análise e avaliação de sua atuação no controle do processo erosivo, de modo que conseguir-se-á uma cobertura de maior capacidade de suporte e, consequentemente, de maior capacidade de proteção do solo contra a erosão. 
A eficiência dessa pratica está relacionada ao promover cobertura do solo contra processos erosivos, pois atuará com proteção ao solo, e sua cobertura do solo promove alterações nos atributos físico-hídricos do solo, favorecendo um aumento no conteúdo prontamente disponível de água do solo, como também a produção de uma grande quantidade de matéria vegetal, gerando mais matéria orgânica, permite também que o solo fique biologicamente mais ativo, produtivo, resiliente e suporte mais situações de estresses, como desagregação do solo, sendo propenso a erosão. Atua no incremento da cobertura e melhoria da estrutura do solo, seu princípio de funcionalidade é em função da eficiência das práticas no manejo e controle do processo erosivo. Possui princípio de funcionalidade em função da sua atuação no processo erosivo.
· Cobertura do Solo
Preveem a proteção da superfície do solo em função das condições climáticas e manutenção ou melhoramento das suas condições para infiltração da agua e de outras relacionadas com a resistência à erosão e com a fertilidade. Prática mais adequada de manejo e conservação do solo.
2. Plantas de Cobertura 
Justificativa do Uso
Essas plantas são destinadas a manter o solo coberto durante o período chuvoso, a fim de reduzir os efeitos de erosão e melhorar as condições físicas e químicas do terreno, sendo que o solo em questão possui grãos fracos pequeno e granular, sucedendo na menor resistência ao solo contra erosão na camada superficial do solo. Os critérios utilizados referem-se ao controle de efeitos da erosão que elas proporcionam, e evitam que os elementos nutritivos postos em estado solúvel no solo 
Sejam lixiviados nas águas de percolação, também proporcionam uma eficiente proteção da matéria orgânica do solo contra o efeito da ação direta dos raios solares. 
A eficiência dessa pratica está relacionada a produção de matéria orgânica para incorporação ao solo, o aumento do conteúdo de matéria orgânica no solo melhora as suas condições físicas e estimula os diversos processos químicos e biológicos. De todos os resíduos das plantas, as raízes são imprescindíveis, pois seu crescimento subterrâneo possibilita a acumulação de matéria orgânica a profundidades variáveis. A matéria orgânica melhora a estrutura e a capacidade de retenção da umidade dos solos, o referente solo é argiloso e plástico, conferindo a esse solo melhor resistência, refletindo melhor aeração, e crescimento de plantas. Para culturas anuais, as plantas de cobertura são intercaladas nos ciclos da cultura, visando substitui-la assim que ela seja retirada do terreno. A análise e avaliação dessa pratica está relacionada na melhoria das condições físicas do solo. As partículas minerais menores, referente ao solo argiloso, tendem a unirem-se, de maneira a impedir a penetração do ar, a absorção e retenção de umidade, os solos argilosos endurecem quando secos e, quando úmidos, tornam-se pegajosos e pouco permeáveis, condições essas que afetam gravemente a produção. Ao enterrar-se a planta de cobertura, o volumoso material que se mistura ao solo melhora as condições de aeração e, à medida que avançam os processos os processos de decomposição, o enriquecimento em húmus, resultante da incorporação do material vegetal ao solo, modifica as condições físicas desfavoráveis, pois os abundantes coloides que o húmus contem possui grande poder absorvente, rodeiam as partículas minerais, em forma de película fina que retém a umidade e é capaz de absorver e reter os nutrientes. O sombreamento do solo, proporcionado pelas plantas e cobertura, é outro efeito importante, na região em questão, o solo se for submetido a ação direta do sol e da agua da chuva, torna-se propenso a processos erosivos, com as plantas de cobertura, consegue-se o estabelecimento de uma boa proteção sobre o terreno, amenizando esse efeito prejudicial dos fatores meteorológicos. Atua no incremento da cobertura e melhoria da estrutura do solo, seu princípio de funcionalidade é em função da cronologia das etapas no processo produtivo.
3. Cobertura Morta
Justificativa do Uso
Preveem a proteção da superfície do solo em função das condições climáticas e manutenção ou melhoramento das suas condições para infiltração da agua e de outras relacionadas com a resistência à erosão e com a fertilidade. 
A cobertura morta protege o solo contra o impacto das gotas de chuva, faz diminuir o escoamento da enxurrada, e incorpora ao solo a matéria orgânica que aumenta a sua resistência ao processo erosivo. O critério utilizado para a escolha dessa prática refere-se a cobertura morta com palha ou resíduos vegetais, a qual contribui para a conservação da agua, e diminui a temperaturado solo, reduzindo as perdas por evapotranspiração. Em culturas anuais é praticado com equipamentos que soltando o solo durante o seu preparo, deixa os restos de cultura na superfície. A eficiência dessa prática relaciona-se pela melhora da estrutura do solo na camada superficial. Seu efeito mais importante no controle do processo erosivo é pela proteção que a cobertura morta oferece contra o impacto das gotas de chuva e contra o escoamento acelerado da enxurrada. Atua no incremento da cobertura e melhoria da estrutura do solo, seu princípio de funcionalidade é em função da cronologia das etapas no processo produtivo.
4. Controle ao fogo
Justificativa do Uso 
A queima das pastagens deve ser evitada. Essas queimas de limpeza e renovação tornam o solo mineralizado e pobre em nitrogênio e matéria orgânica, posteriormente diminui-se a capacidade de suporte das pastagens. As queimas praticadas anualmente para facilitar o preparo são extremamente nocivas, pois causam prejuízos a matéria orgânica e nitrogênio, o solo perde sua capacidade de absorção e retenção de umidade e, principalmente, sua resistência à erosão.Todavia, é um fato indubitável, à vista que o efeito que tal prática tem no considerável aumento das perdas de solo e água pela erosão. Atua diminuindo o volume e velocidade da enxurrada, e no incremento da cobertura e melhoria da estrutura do solo, seu princípio de funcionalidade é em função da cronologia das etapas no processo produtivo. Práticas complementares de manejo e conservação do solo.
· Preparo de Solo
Tem por finalidade a manutenção ou melhoramento das condições morfológicas, físicas, químicas e biológicas do solo, importantes para sua resistência à erosão e desenvolvimento de culturas. Preveem a proteção da superfície do solo em função das condições climáticas e manutenção ou melhoramento das suas condições para infiltração da agua e de outras relacionadas com a resistência à erosão e com a fertilidade. 
5. Preparo Reduzido
Justificativa do Uso
O objetivo do preparo do solo é criar condições favoráveis ao desenvolvimento da planta até aproximadamente 20 anos. Tem por finalidade evitar problemas de erosão e outros relacionados ao manejo intensivo do solo. A superfície do solo fica protegida pelos restos culturais nela mantidos. O critério utilizado para a escolha dessa prática refere-se ao revolvimento mínimo, o qual evita deterioração da estrutura do solo e corrige as condições que levam à sua compactação ou à formação de camadas endurecidas, conservando-se assim a capacidade de infiltração e de armazenamento de água, diminuindo a susceptibilidade a erosão, sendo uma eficiente prática de conservação do solo. Juntamente com a determinação correta do espaçamento, como também o plantio realizado na época adequada. Atuam no incremento da cobertura e melhoria da estrutura do solo, seu princípio de funcionalidade é em função da cronologia das etapas no processo produtivo.
6. Adubação Química 
Justificativa do Uso
A manutenção e a restauração sistemática da fertilidade do solo, por meio de um plano racional de adubações deverá fazer parte de qualquer programa de conservação de solo. A manutenção da fertilidade é imprescindível, pois proporciona melhor cobertura vegetal no terreno sucedendo na melhor proteção do solo. O critério utilizado para a escolha dessa prática refere-se ao plano racional de adubações, para contrabalancear o declínio de fertilidade do solo, resultante da retirada normal de elementos nutritivos. Sem dúvida, é mais econômico repor regularmente as pequenas diminuições de fertilidade sofridas pelo solo, de forma a manter sempre um nível mínimo necessário de elementos nutritivos essenciais, do que restaurar de uma só vez. 
Os elementos que o referente solo necessita como nitrogênio, fosforo e potássio, e os secundários como cálcio, magnésio, enxofre, cobre, manganês e zinco, em geral são fornecidos nos fertilizantes empregados para fornecer os três elementos principais. Atua no incremento da cobertura e melhoria da estrutura do solo, seu princípio de funcionalidade é em função da sua atuação no processo erosivo.
7. Adubação Orgânica
Justificativa do Uso
Possuem a vantagem de ser estabelecida em qualquer cultura e produzida no próprio solo em que vai ser incorporada. Como o referente solo submeterá a aplicação de pastagem, o esterco pode ser utilizado da própria área, possui alto melhoramento das condições para o desenvolvimento das culturas e a influência da matéria orgânica na redução das perdas de solo e água por erosão. O critério utilizado para a escolha dessa prática refere-se à utilização do esterco já em estado de decomposição e elementos nutritivos, tem a vantagem de fornecer certos compostos orgânicos que tem a função estimulante do crescimento das plantas. Na organização de uma propriedade agrícola, o aproveitamento do esterco produzido pelos animais e dos demais resíduos orgânicos, na forma de composto, é um programa fundamental para a manutenção e melhoramento da produtividade do solo. Atua no incremento da cobertura e melhoria da estrutura do solo, seu princípio de funcionalidade é em função da sua atuação no processo erosivo.
8. Calagem 
Justificativa do Uso
O referente solo possui acidez alta. A correção de acidez se faz com a aplicação de cálcio ao solo, calagem, no qual deve-se utilizar calcário dolomitico devido a quantidade de magnésio presente no solo. O critério utilizado para a escolha dessa prática refere-se que a calagem proporciona melhor cobertura vegetal do solo, o que reflete em maior proteção contra o impacto das gotas da chuva, diminuindo, portanto, as perdas de solo e água pela erosão. Analise e avaliação refere-se a as limitações que o solo com acidez elevada proporcionam para o funcionamento do solo, sendo imprescindível a atuação com essa prática. Atua no incremento da cobertura e melhoria da estrutura do solo, seu princípio de funcionalidade é em função da sua atuação no processo erosivo.
· Sistematização e Proteção da Área
Efetuam alterações morfológicas na superfície desta com o fim de implantar racionalmente obstáculos, drenos ou vias de acesso contra a ação dos agentes erosivos. Práticas complementares de manejo e conservação do solo
9. Terraceamento 
Justificativa do Uso
É uma das práticas mais eficientes para controlar a erosão nas terras cultivadas. O terraceamento quando bem planejado e bem construído, reduz as perdas de solo e água pela erosão e previne a formação de sulcos e grotas, sendo mais eficiente quando combinado com outras práticas. O presente solo possui declividade suave, sendo possível a aplicação do terraço de base larga, pode ser facilmente cruzado por maquinas agrícolas e permitindo o plantio em todas as dimensões, é uma das formas mais seguras de proteção do solo contra os efeitos de erosão, podendo ser empregados em pastagens. O critério utilizado para a escolha dessa prática refere-se a alta eficiência no controle da erosão. O mesmo tem a grande vantagem de não perder área de cultura anual que está protegendo, inclusive a faixa ocupada pelo camalhão e pelo canal. Pode ser usado em pastagens para a proteção de áreas susceptíveis à erosão, ou para proteção durante o período de formação de pastagem, enquanto a vegetação ainda não está bem estabelecida, não dando a proteção suficiente. O presente solo possui declividade de 0-2%, é fortemente drenado, sendo um solo muito profundo, resultante a isso, determinou-se a aplicação de terraço em nível, com as pontas fechadas, não necessitando de canais escoadouros, sendo em geral recomendados para solos com boa permeabilidade. O solo possui boa capacidade de absorção da agua, sendo em nível, para retenção total da agua de chuva, denominado de retenção. 
Terracos de retenção, são terraços construídos com o canal em nível e as extremidades bloqueadas, de tal maneira que a água de enxurrada é retida no canal até infiltrar-se no perfil do solo. Atua diminuindo o volume e velocidade da enxurrada, seu princípio de funcionalidade é em função da cronologia das etapas no processoprodutivo.
A presente área corresponde a uma extensa superfície de relevo plano com declividade de O a 2%. 
Comprimento de rampa 
X = (Cultura Anual ;nivel.; Resistência à erosão alta)=4,5
Referencias Bibliograficas 
Bertoni Jose, Conservação do solo/ José Bertoni, Francisco Lombardi Neto. –São Paulo: Ícone, 2014-9º edição.