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PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA VISANDO MINIMIZAR A TRANSMISSÃO DO VÍRUS COVID-19 NO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO NO UNIPTAN ADRIENE MARIN, DANIELLE FREITAS, LAVÍNIA SILVA E LETÍCIA ZANETTI 5º PERÍODO DIURNO 1 O que é? Conhecido como COVID-19 (Coronavírus Disease 2019), o coronavírus é uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em dezembro de 2019, em Wuhan, na China. A COVID-19 pode gerar quadros variados, de leves a moderados, semelhante a uma gripe. Alguns casos podem ser mais graves, principalmente em pessoas idosas ou que possuem doenças pré-existentes, podendo levar a óbito. Pode ocorrer também congestão nasal, mal-estar, dores no corpo, dor de garganta, dor no peito e dificuldade para respirar. 2 O que é? O tratamento sintomático e repouso são suficientes para os casos mais leves. Já os casos mais graves necessitam de atendimento médico. Alguns sintomas podem ser um alarme para o diagnóstico de coronavírus. Tais como febre persistente por mais de 48 horas, falta de ar, pele pálida ou azulada, náuseas e vômitos, sono excessivo e cansaço. Nos primeiros sintomas é necessário o auxílio médico para confirmar o diagnóstico e começar a se tratar. Para os casos leves, o principal método é o tratamento sintomático e cuidados gerais como hidratação, alimentação equilibrada e repouso. Já os casos graves precisam de suporte respiratório em centro de referência. 3 O que é? 4 Como se dá a transmissão? ➢ Ainda não são conhecidas todas as formas de como se transmite o coronavírus, mas sabe-se, até o momento, que a COVID-19 é transmitido de pessoa para pessoa, seja por via respiratória ou por contato. ➢ As formas mais conhecidas de transmissão do coronavírus são por espirro, tosse, catarro, contato físico, contato com objetos ou superfícies contaminadas seguido de contato com boca, nariz e olhos. ➢ A incubação da COVID-19 gira em torno de 2 a 14 dias e sua transmissão ocorre principalmente durante os sintomas. Cada pessoa contaminada pelo coronavírus pode infectar 2 a 3 pessoas. 5 Protocolos de biossegurança preconizados até o atual momento Serão necessárias algumas mudanças no protocolo de biossegurança para que aumente a proteção do profissional e do paciente. O uso de EPIs deverá ser reforçado. Sempre que possível utilizar jaleco descartável e se caso realizar o uso de pano, ele deverá ser lavado separadamente das roupas do dia a dia para não as contaminar. Será necessário ter atenção redobrada no manuseio de moldes e modelos, assegurando a desinfecção da forma correta. Seguir rigorosamente os protocolos de desinfecção e esterilização, pois nos atendimentos pós- pandemia alguns materiais que antes era realizada apenas a desinfecção, será necessário a esterilização. Um exemplo são as canetas de alta e baixa rotação. Antes da pandemia apenas uma boa desinfecção era suficiente, porém a esterilização agora é mais do que obrigatória. 6 Classificação dos instrumentais endodônticos O princípio básico da biossegurança é que “não se deve desinfetar aquilo que pode ser esterilizado”. É necessário tratar todos os artigos/equipamentos como se estivessem contaminados Os materiais são classificados em críticos, semi-críticos e não críticos. 7 Classificação dos instrumentais endodônticos ➢ Os instrumentais críticos são aqueles que possuem contato direto com sangue. ➢ Os semi-críticos possuem contato direto com o paciente e seus fluidos. Já os não críticos, possuem contato indireto com o paciente. ➢ Na Endodontia, a maioria dos instrumentais atuam diretamente no interior do elemento dental, sendo assim, classificados como críticos e semi-críticos. ➢ Há aqueles também que são descartáveis, ou seja, são destinados apenas para uma utilização, como o caso de seringas e cones de papel absorvente para secar o interior dos canais intra-radiculares. 8 Classificação dos instrumentais endodônticos CRÍTICOS NÃO-CRÍTICOSSEMI-CRÍTICOS 9 Protocolos clínicos a nível hospitalar, ambulatorial e odontológico 10 PROTOCOLO CLÍNICO PARA CONTENÇÃO DO COVID- 19 NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA DO UNIPTAN O Cirurgião-Dentista deve adotar um questionário de rotina antes de agendar qualquer consulta presencial e estabelecer um primeiro contato. Deve-se perguntar se o paciente faz parte de algum grupo de risco. Idosos, diabéticos, hipertensos, quem tem insuficiência renal crônica, doença respiratória crônica ou doença cardiovascular são considerados mais suscetíveis ao vírus. Perguntar se teve ou está com algum quadro gripal nos últimos 14 dias, se convive (em casa ou no trabalho) com alguém que teve ou está com um quadro gripal nos últimos 14 dias e se apresentou nos últimos 14 dias alguns dos seguintes sintomas, mesmo que de maneira rápida. Se a resposta for afirmativa para qualquer uma destas perguntas, é necessário avaliar cuidadosamente o caso e do motivo da consulta. Caso não seja emergencial, agende uma reavaliação do paciente para depois de 21 dias e aí marque a consulta. 11 PROTOCOLO CLÍNICO PARA CONTENÇÃO DO COVID- 19 NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA DO UNIPTAN 12 PROTOCOLO CLÍNICO EPIs INDISPENSÁVEIS A máscara N95/PFF2 ou equivalente é ideal para quando o profissional atuar em procedimentos com risco de geração de aerossóis, em pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus. Com objetivo de minimizar a contaminação da máscara N95/PFF2 ou equivalente, se houver disponibilidade, o profissional de saúde deve utilizar um protetor facial (face shield), pois este equipamento protegerá a máscara de contato com as gotículas expelidas pelo paciente. Os óculos devem possuir as laterais largas, ser confortáveis, com boa vedação lateral e totalmente transparente. 13 PROTOCOLO CLÍNICO EPIs INDISPENSÁVEIS As luvas recebem destaque porque impedem o contato da pele do dentista com o sangue e a saliva do paciente, que podem estar contaminados. Após colocar as luvas, deve-se evitar tocar em outros materiais e superfícies. O gorro é uma barreira mecânica contra a possibilidade de contaminação por secreções, aerossóis e produtos. Conferir se ele cobre todo o cabelo e as orelhas. É indispensável a troca a cada atendimento. 14 PROTOCOLO CLÍNICO EPIs INDISPENSÁVEIS Em relação aos calçados, optar pelos fechados, de borracha e com solado antiderrapante para facilitar a limpeza, a segurança e o conforto. Por cima do calçado, utilizar o propé para entrar em ambiente clínico. O avental deve ser de mangas longas, punho de malha ou elástico e abertura posterior. Seu papel é proporcionar barreira antimicrobiana efetiva, além de permitir a execução de atividades com conforto e estar disponível em vários tamanhos. O avental, assim como o jaleco, deve ser sempre usado fechado durante todos os procedimentos. 15 PROTOCOLO CLÍNICO 1) Retire qualquer ornamento: relógio, anéis e pulseiras 2) Abra a torneira e molhe as mãos. Evite encostar-se à pia. 3) Aplique na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das mãos. 4) Ensaboe as palmas das mãos, friccionando-as entre si. 16 PROTOCOLO CLÍNICO 5) Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice- versa. 6) Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais. 7) Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem e vice-versa. 8) Esfregue o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando-se movimento circular e vice-versa. 17 PROTOCOLO CLÍNICO 9) Friccione as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha, fazendo movimentos circulares e vice-versa. 10) Use a escova de assepsia para limpar as unhas. 11) Enxague as mãos, retirando os resíduos de sabonete. Evite contato direto das mãos ensaboadas com a torneira. 12) Seque a mão com papel toalha descartável. No caso detorneiras com contato manual para fechamento, utilize papel toalha para fechá-la. 18 PROTOCOLO CLÍNICO A parte mais delicada da paramentação é justamente retirá-la sem haver a sua contaminação e a das superfícies do local. ➢ Retire as luvas puxando a primeira pelo lado externo do punho com os dedos da mão oposta. Segure a luva removida com a outra mão enluvada. Toque a parte interna do punho da mão enluvada com o dedo indicador oposto (sem luvas) e retire a outra luva. 19 PROTOCOLO CLÍNICO ➢ O avental sujo deve ser removido e descartado como resíduo infectante após a realização do procedimento. ➢ Retire o face shield de trás para frente, o gorro, retire os óculos e a máscara. Não toque na parte da frente da máscara, pois pode estar contaminada. Descarte-a no lugar indicado. ➢ Retire o propé e higienize as mãos novamente. 20 21 PROTOCOLO CLÍNICO ➢ Quando chegar à clínica o paciente deve ser orientado a colocar o propé e lavar as mãos e o rosto. Lembre o paciente: O celular é uma grande fonte de contaminação. Após a higienização das mãos, ele não deve pegar novamente o aparelho. ➢ Antes de entrar na sala de atendimento, medir a temperatura do paciente com um termômetro infra vermelho, sem contato. ➢ Pedir que ele faça o processo de higienização com álcool em gel ou 70% e convide-o a entrar na sala. Deve-se realizar o bochecho peróxido de hidrogênio de 1,0% a 1,5% (9mL da solução por 30 segundos), como enxaguatório bucal pré- procedimento com o objetivo de reduzir a carga viral. Este procedimento pode ser realizado antes da utilização subsequente da clorexidina (CHX) a 0,12% ou 0,2%, sem álcool. Apenas a clorexidina parece não ser eficaz. ➢ Na saída, pedir que ele repita a higienização do rosto e das mãos. Se for necessário coletar a assinatura do paciente, deixar para solicitá-la nesse momento. ➢ Caso o paciente apresentar sintomas de gripe nos 14 dias posteriores ao atendimento, pedir a ele que comunique a clínica. 22 PROTOCOLO CLÍNICO Os CDs e toda equipe auxiliar deverão ser avaliados constantemente por um profissional médico e a temperatura deverá ser aferida duas vezes ao dia, sendo que a primeira deverá ser antes de iniciar o trabalho e a outra ao longo do dia. Caso algum membro da equipe apresente temperatura superior a 37,3°C, deverá ser afastado do trabalho por 14 dias. 23 Referências 1. Borghi, A., 2020. Consultório Seguro - Novo Guia De Biossegurança. [ebook] <https://m.dentalcremer.com.br/Assets/Uploads/pdf/Ebook_Consult orio_Seguro_Novo_Guia_de_Biosseguranca.pdf?utm_campaign=res posta_automatica_da_landing_page_tofu__eboo_- _guia_de_biosseguranca&utm_medium=email&utm_source=RD+Sta tion> Acesso em: 20 de maio de 2020 2. CORONAVÍRUS: MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA PACIENTES E DENTISTA. Uniodonto,2020. Disponível em:< https://uniodontocampinas.com.br/2020/03/20/coronavirus- medidas-de-seguranca-para-pacientes-e-dentistas/>. Acesso em: 20 de maio de 2020. 3. DE CAMPOS TUÑAS, Inger Teixeira et al. Doença pelo Coronavírus 2019 (COVID-19): Uma abordagem preventiva para Odontologia. Revista Brasileira de Odontologia, v. 77, p. 1-7, 2020. 4. Folha informativa – COVID-19. Disponível em: < https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=a rticle&id=6101:covid19&Itemid=875>. Acesso em: 20 maio de 2020. 5. MANEJO DO PACIENTE ODONTOLÓGICO VISANDO A PREVENÇÃO DO CORONAVÍRUS. Sanar saúde,2020. Disponível em < https://www.sanarsaude.com/blog/manejo-do-paciente- odontologico-visando-prevencao-coronavirus>. Acesso em: 20 de maio de 2020. 6. ANDRADE DANTAS, Altair et al. RECOMENDAÇÕES PARA ATENDIMENTOS ODONTOLÓGICOS EM TEMPOS DE COVID-19. Material desenvolvido pela Comissão Especial de Acompanhamento do Coronavírus na Odontologia do Conselho Regional de Odontologia do Rio de Janeiro. 7. Sobre a doença. 2020. Disponível em: < https://coronavirus.saude.gov.br/index.php/sobre-a-doenca>. Acesso em: 20 maio de 2020. 8. TUDO SOBRE CORONAVÍRUS. Disponível em: <https://www.drogariasaopaulo.com.br/tudo-sobre- coronavirus#container-sobre-faq>. Acesso em: 20 maio 2020. 24
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