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@mv luisa faria s @mv luisa faria s @mv luisa faria s A TRÍADE EPIDEMIOLÓGICA DE DOENÇAS É COMPOSTA POR: Hospedeiro: fatores genéticos, estado nutricional, idade, sexo e imunidade. Agente etiológico: dose infectante, tempo de exposição, local de entrada, multiplicação e virulência. Meio ambiente: condições climáticas e condições socioeconômicas-culturais. FONTE DE INFECÇÃO Organismo vertebrado, onde o AE evolui e se multiplica, posteriormente acessando o exterior. Serve apenas como veículo mecânico, transmite o vírus a um hospedeiro susceptível. Portador: hospedeiro que não apresenta sinais de enfermidade Portador São: não manifesta sinais em nenhum momento, devido a resistência natural ou imunidade adquirida. Circula livremente entre a população. Portador em Incubação: não manifesta sinais até eliminar o AE. Posteriormente, aparecem os sinais. Portador Convalescente: não manifesta sinais por ter havido cura clínica. Via por onde o AE tem acesso ao exterior, é eliminado de uma fonte de infecção. Estão na dependência do local de multiplicação do AE. Exemplo: lesões entéricas - fezes; lesões no trato respiratório - secreções oronasais. As vias de eliminação podem ser: Secreções oronasais e expectorações, exemplo: garrotilho, tuberculose e raiva. Excreções como fezes e urina, exemplo: salmonelose, verminoses, esquistossomose, leptospirose, Dioctophyma renale. Leite, exemplo: mamite, mastite, tuberculose, brucelose. Sangue, exemplo: anemia infecciosa equina, babesiose, anaplasmose, malária, febre amarela. Exsudatos e pus uretrais e vaginais, exemplos: blenorragia, brucelose, vibriose, tricomonose. Placenta, exemplo: brucelose, sífilis. Descamações epiteliais, exemplo: sarna, micoses superficiais. Órgãos internos (cadáver), exemplo: hidatidosesanidade Sémen, exemplo: brucelose suína Geralmente, o meio externo é ruim para os AE, porém, há casos que é necessário para completar o ciclo vital, como por exemplo as verminoses. Os AE não se adaptam ao meio externo, precisam estar em um hospedeiro ou reservatório. Conjunto de veículos animados ou inanimados, dos quais se dá transmissão de um agente desde a fonte de infecção até um hospedeiro. VIA DE ELIMINAÇÃO Podem atuar como fonte de infecção: Doente: fonte mais comum. Indivíduo que apresenta sintomas da enfermidade. Doente típico: manifesta os sinais característicos, facilitando o diagnóstico. Doente atípico: manifesta sinais diferentes dos que geralmente caracterizam a enfermidade. Dificulta o diagnóstico e atrasa as medidas profiláticas. Doente em fase Prodrômica: manifesta sinais inespecíficos, como dor no tornozelo e diarréia. Nesse período o AE pode ser eliminado para o exterior. Reservatório: hospedeiro vertebrado, incomum para instalação do AE, e mesmo assim, o faz, se multiplica e é eliminado para o exterior. A cadeia epidemiológica é uma sucessão de eventos para que então possa haver uma enfermidade em uma população. É um sistema cíclico, onde o AE sai do hospedeiro, vai para o ambiente e encontra um novo hospedeiro, no qual ele penetra, evolui e é novamente eliminado. A cadeia é composta por: fonte de infecção, via de eliminação, meio de transmissão e porta de entrada. MEIO DE TRANSMISSÃO Contato direto: contato físico entre a fonte de infecção e o hospedeiro, com transferência de material infectante. Exemplo: raiva e mordedura, beijo e sífilis. Contato indireto: a contaminação ocorre por intermédio de um veículo animado ou inanimado. Exemplo: mosca, comedouro, termômetro. Pelo ar: secreções nasofaríngeas, por meio de aerossóis ou poeira que transportam partículas de microrganismos. epidemiológicaepidemiológica @mv luisa faria s @mv luisa faria s @mv luisa faria s Epidêmica Pandêmica Esporádica O que é foco? O que é surto? Por vetores: organismo vivo, invertebrado e geralmente artropode hematófago. Ele fornece ao AE as condições necessárias para multiplicação/proteção. Participa de maneira ativa na transmissão. Pelo ar: secreções nasofaríngeas, por meio de aerossóis ou poeira que transportam partículas de microrganismos. Por comida/água: principal meio de doenças entéricas. Na água pode haver poluição e patógenos, e na comida pode haver manipulação inadequada e origem duvidosa. Exemplo: leite passa pela pasteurização para não haver microrganismos. Pelo solo: pode ter AE no solo completando seu ciclo. Exemplo: tétano Por hospedeiro intercalado: não participa ativamente da transmissão, apenas transporta o AE. Exemplo: caracol pode transportar a fasciolose, porém, não há multiplicação viral/bacteriana no caracol (porém, se considera como um animal contaminado). Vetor mecânico: transportam o AE sem prejuízo algum ao organismo do vetor. Pode ser pelas patas ou trato intestinal, sem multiplicação ou desenvolvimento do AE. Exemplo: mosca. Vetor biológico: transmite a enfermidade por meio da retirada do AE da fonte de infecção e transporte seguro até o hospedeiro, porém, necessita de multiplicação ou desenvolvimento. Pode ser por saliva (picada), regurgitação ou deposição na pele capaz de penetrar e causar lesões. Exemplo: miíase e mosca > > Por fômites: objetos contaminados. Exemplo: agulhas, seringas, baldes, instrumentos cirúrgicos. Por outros meios: produtos de origem animal não comestíveis, como couro, lã e penas. Também pode ser produtos imunizantes, como soros e vacinas, e meios de transporte normais, como carros e caminhões. PORTA DE ENTRADA Associado ao meio de transmissão, é uma via que o AE penetra em um novo hospedeiro Mucosas: gotículas e poeira (respiração), alimentos e água (digestório) e contado direto (genitourinário). Pele: pode ser contato direto, como mordeduras, vetores, solos e fômites, lambeduras e arranhões. FORMAS DE OCORRÊNCIA DE DOENÇÃS EM POPULAÇÕES Endêmica ocorre dentro dos limites esperados, com curto curso e com mortalidade de máx. 1%. É conhecida e previsível. Ocorre de forma frequente e constante, fácil tratamento e sintomas/evolução conhecidos. súbito aumento de casos de doenças transmissíveis ou não, geralmente de patologias já conhecidas. A população foi exposta a um novo fator ou aumento de fator já existente, acentuando-se. ocorrencia maior que a esperada, atinge grandes extensões geográficas. Exemplo: febre aftosa, parvovirose canina, peste suína africana, peste bubônica, cólera, influenza, AIDS. OBS: Não há conhecimento da doença e é de rápida disseminação a nível mundial. ocorre casualmente, pequenos surtos localizados. Exemplo: caxumba, sarampo, raiva. Episódio de uma enfermidade, dentro de um grupo onde todos são postos em risco. Grupo de afetados por uma infecção comum, dentro de uma área e período determinados. Um grupo de focos, que pode ser uma escola, quartel, etc. Mundo disseminado Surto de doença X em um local Exemplo 1 Exemplo 2 Covid-1 espalhado pelo mundo com um número X de casos. Porém, no Hospital Conceição de Porto Alegre há um surto de Covid-19, aumento súbito de casos em um grupo restrito. @mv luisa faria s @mv luisa faria s @mv luisa faria s vaca 1 vaca 2 fonte de infecção ocorre a excreção contaminada contamina o ambiente colocando outros animais em risco ocorre a penetração do patógeno em um novo hospedeiro pessoa contaminada espalha patógenos por meio de espirros e contamina outras pessoas Horizontal direto é quando o contágio acontece por contato direto. Horizontal indireto é quando há contágio por meio de veículos carreadores, animados ou inanimados. Vertical hereditário é quando é genético, carreado no genoma. Vertical congênito é quando é adquirido no útero ou ovo. ASPECTOS DE DOENÇAS Doenças infecciosas ocorrem quando há invasão do patógeno em um hospedeiro (humano ou animal). Precisa haver replicação e manutenção do ciclo. Doenças transmissíveis são aqueles em que o AE pode ser transmitido e retransmitido, geralmente por aerossóis. Doenças contagiosas são aquelas transmitidas por contato com o indivíduo ou secreções/excreções. TIPOS DE TRANSMISSÕES DE AGENTES De modo simplificado:Transmissão horizontal é de animal para animal Transmissão vertical é de animal para seu produto (filho, leite, ovos) TIPOS DE HOSPEDEIROS Definitivo: o organismo do hospedeiro participa na reprodução do agente. Ex: gato e toxoplasma, carrapato e babesia. hospe deiro 1 Intermediário: uma fase do ciclo do gente acontece no organismo do hospedeiro. Ex: caramujo e fascíola, porco e teníase. hospe deiro 2 Primário ou natural: sinais clínicos após a infecção. Ex: cinomose hospe deiro 3 Amplificador: participa do ciclo reproduzindo (aumentando) o patógeno, disseminando-o no ambiente e não tem sinais clínicos. Ex: capivara e febre maculosa. hospe deiro 4 Acidental: teve contato com o agente, desenvolvendo sinais clínicos acidentalmente, não há reprodução desse agente e o mesmo morre após causar a lesão. hospe deiro 5 Reservatório: hospedeiro que promove a multiplicação viral, pouco patogênico, sem sinais clínicos, há transmissão. Pode ser inanimado, ex: fungo. hospe deiro 6 Sentinela: animais não vacinados expostos ao patógeno para saber a capacidade de resposta imunológica. hospe deiro 7 A TRÍADE DOENÇA animal ambiente microrganismos ma ne jo sanidade higiene
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