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Cadeia Epidemiológica

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Cadeia epidemiológica 
 
 
Epidemiologia médica e veterinária 
 
 
 Fábio Raphael Pascoti Bruhn 
 
Universidade Federal de Pelotas 
Faculdade de Veterinária 
Centro de Controle de Zoonoses 
TEORIA DOS MIASMAS 
 Século XVII a XIX 
 Higiene e saneamento 
básico 
Caçadores e coletores, 50.000 a.c. 
Serra da Capivara (Piauí) 
MÁGICO-RELIGIOSAS 
 Pré-história (até 3500 
a.c) e idade média 
(500 a 1500 a.c) 
TEORIA UNICAUSAL 
 Final do século XIX 
 Mycobacterium 
tuberculosis (1882) 
 A cada doença uma 
causa 
 Doenças crônico-
degenerativas? 
 
 
Robert Koch 
TEORIA MULTICAUSAL 
 Segunda metade do 
século XX 
 Fatores de risco 
 Modelos ecológicos: 
 História natural das 
doenças e tríade 
epidemiológica 
 
 
Port Scene with the Villa Médici (1637) 
(Claude Lorrain) 
Lições de anatomia do Dr. Tulp (1632) 
(Rembrandt) 
R
e
n
a
s
c
im
e
n
to
 
 A saúde e doença são 
fenômenos ao mesmo 
tempo biológicos e 
sociais 
 Indivíduos devem ser 
considerados em seu 
contexto social - 
abordagem sistêmica 
 Efeito sobre a prática 
médica, produção e 
sanidade animal 
Epidemiologia social 
http://www.ccs.saude.gov.
br/Msf/Malaria.html 
 A crescente complexidade da saúde na América Latina caracteriza-se pela persistência de problemas 
tradicionais, por modificações dos mesmos e pelo surgimento de novos problemas de saúde (...). Ainda 
que diversas doenças infecciosas tradicionais já tenham sido total ou parcialmente controladas, sua 
importância continua sendo considerável em populações de muitas áreas geográficas do mundo. O 
sarampo, a malária, a cólera, o dengue, a doença de Chagas, as infecções de transmissão sexual e a 
tuberculose, entre outras, voltaram a ter sua importância como causa de morbidade e mortalidade no 
nível global. 
 Além das doenças transmissíveis, as doenças crônicas e os problemas emergentes são também de 
especial relevância. Soma-se a eles o surgimento de novas populações em risco, como os trabalhadores 
migrantes e os refugiados. Por outro lado, além da desnutrição, que afeta milhares no mundo, as 
mudanças dos padrões alimentares resultaram em um maior número de pessoas adotando dietas 
associadas a um maior risco de doenças crônicas. 
 Na América Latina, as doenças transmissíveis mantêm sua importância, enquanto as não transmissíveis, 
as lesões e as toxicomanias tiveram uma maior relevância como causas de morbidade e mortalidade. 
Essas transformações são particularmente complexas nos países não industrializados, nos quais o modelo 
de desenvolvimento econômico produziu uma profunda desigualdade social. Esse novo perfil 
epidemiológico evidencia nossa vulnerabilidade ante as mudanças naturais, sociais e biológicas e 
demanda o fortalecimento das redes nacionais e internacionais de vigilância em saúde pública. 
 A deterioração dos recursos naturais e a produção de poluentes têm impacto na saúde, desencadeando 
efeitos em nível macro como o aquecimento global, que está produzindo uma redistribuição das doenças 
transmitidas por vetores a latitudes que antes tinham uma temperatura menor. 
 As condições mutantes de saúde representam riscos para a população e desafios para os serviços de 
saúde. A desacertada visão linear da transição epidemiológica e a dependência científica e tecnológica 
nos levaram em anos recentes a descuidar dos problemas de saúde tradicionais, do tipo nutricional e 
infeccioso e a privilegiar as doenças crônico degenerativas e a medicina de alta tecnologia para sua 
atenção. A resposta apropriada às atuais necessidades de saúde deve ser adequada à apresentação dos 
novos problemas sem descuidar dos problemas tradicionais. 
(Organização Panamericana de Saúde – OPAS, 2010) 
Respostas aos problemas atuais de 
saúde pública ou veterinária 
 Uma saúde (one health iniciative) 
 
 Estratégia Saúde da Família 
 
 Fortalecimento dos sistemas de 
vigilância em saúde pública e 
veterinária 
CFBio (2016) - http://www.cfbio.gov.br/artigos/Conselho-Federal-de-Biologia-se-reune-com-ministro-da-Saude 
Cadeia Epidemiológica 
Organização dos fatores da 
tríade epidemiológica, 
visando descrever como 
estes desempenham seu 
papel no desenvolvimento 
da infecção (na sua história 
natural) 
Cadeia epidemiológica 
(ou ecologia das enfermidades) 
 Conceito 
 Processo de identificação dos mecanismos envolvidos no 
processo de propagação das doenças que envolve os 
hospedeiros, os agentes patogênicos, o ambiente 
(ecossistema) e os meios pelos quais os agentes infectam os 
susceptíveis 
 Objetivo 
 Racionalizar o controle 
 
 Ecologia das enfermidades 
 Infecção x doença 
 Relação harmônica ou desarmônica 
 Desequilíbrio 
Alguns determinantes ecológicos das 
doenças 
 Distribuição e tamanho das populações 
 Densidade animal ou populacional 
 Disponibilidade de alimentos 
 Características etológicas 
 
 Competição excludente (Thursfield, 2007) 
 
 Redes de alimentação 
 
Determinantes da cadeia epidemiológica 
Conceitos 
 Transmissão horizontal: infecção é transmitida de uma fonte de infecção para um 
hospedeiro 
 Transmissão vertical: é aquela transmitida de uma geração para a próxima 
 Fontes de infecção: hospedeiro que alberga o agente etiológico com potencial de 
transmissão 
 Hospedeiro: pode ser uma planta, animal ou artrópode que pode se infectar por, e 
permitir a manutenção (replicação e desenvolvimento), dos agentes infecciosos 
– Hospedeiro doente 
 Típico, atípico ou em fase prodrômica 
– Hospedeiro portador: não manifesta sinal clinico da doença 
 Portador sadio (sem sinal clinico e não está na fase de incubação), em incubação (mas já 
eliminam o agente) e em convalescência (em recuperação, porem ainda eliminando) 
– Hospedeiro primário (mantém o R0>1), secundário (mantém o R0<1) e acidental (não 
transmite) 
 
 
Determinantes da cadeia epidemiológica 
Conceitos 
 Reservatório: os animais capazes de atuar como fontes de infecção no 
processo de disseminação da doença; podem manifestar os sinais clínicos 
 Vetores: transmissores vivos dos agentes infecciosos 
– Vetor mecânico: um animal que carreia fisicamente um agente infeccioso para 
os hospedeiros primários ou secundários. O agente infeccioso não se desenvolve 
e nem se multiplica no vetor mecânico 
– Vetor biológico 
 Transmissão por desenvolvimento: o agente etiológico cresce e muda, porem não se 
multiplica. Ex. Dirofilaria immitis, causadora da dirofilariose, em mosquitos culex 
 Transmissão propagativa: apenas se multiplica, não muda de forma ou tipo. Ex. 
encefalomielite ovina, que é transmitida ao ser humano via picada de carrapato da 
família Ixodidae 
 Transmissão ciclo propagativa: alem das mudanças, se multiplicam no vetor. Ex. 
Plasmodium e Anopheles (malária) 
 Fômites: veículos inanimados de doenças 
Determinantes da cadeia epidemiológica 
Hospedeiro 
 Susceptibilidade: pode se restringir a uma espécie ou a várias 
espécies de agentes infecciosos, como no caso da febre aftosa, que 
acomete várias diferentes espécies de animais; resistência 
 
 Transmissibilidade: se refere a duração do período no qual o 
hospedeiro pode infectar e a quantidade de agentes infecciosos que 
ele pode transmitir 
 Período pré-patente (parasitos), eclipse (vírus) ou latência 
(bactérias) 
 
 Período de incubação 
Determinantes da cadeia epidemiológica 
Agente etiológico 
 Infectividade: é a capacidade dos agentes de infectar e multiplicar 
no hospedeiro. Vírus da gripe apresentam elevada infectividade 
 Virulência: é a capacidade do agente em produzir casos graves ou 
fatais (casos graves / casos da doença) 
 Patogenicidade: é a qualidadeque tem o agente infeccioso de, 
uma vez instalado no organismo, produzir sinais clínicos em maior ou 
menor grau, dentre os hospedeiros infectados (casos da doença / 
total de infectados) 
 Estabilidade: é o tempo que o agente infeccioso resiste fora do 
hospedeiro 
 
 
 
Determinantes da cadeia epidemiológica 
Ambiente 
 Manejo produtivo 
 Bem estar 
 Contaminação do ambiente 
 Condições higiênico-sanitárias 
 Educação 
 Aspectos culturais 
 Saneamento básico 
 
Métodos de transmissão 
 Contágio: transmissão rápida do material infectante da fonte de infecção 
ao hospedeiro; caracteriza-se pela presença de ambos no espaço e tempo 
– Contágio direto: quando não há relacionamento do agente com o meio exterior, nem 
contato com fomites que possibilitem a infecção. Exemplo de transmissão por contato direto 
incluem a por contato direto, inoculação, sexual e vertical. 
– Contágio indireto: há participação de fomites que carreiam o agente a fresco até o 
hospedeiro 
 Ingestão: esta via pode ocorrer pela ingestão do agente etiológico ou 
ainda fomites ou hospedeiros intermediários com presença do agente 
infeccioso 
 Transmissão aerógena: ocorre via ar contaminado, principalmente 
associado a esporos de fungos, algumas bactérias e vírus, que são 
eliminados pelos animais infectados via respiração, atingindo assim demais 
susceptíveis 
 Percutânea: picadas de artrópodes, mordidas, penetração ativa. 
Doenças infecciosas 
Doenças negligenciadas 
Figura 1. Países com transmissão ativa pelo vírus da zica, maio de 2016 
http://www.cdc.gov/zika/geo/active-countries.html 
Necessário investir em: 
 
Pesquisas 
 Elucidação da cadeia 
epidemiológica, visando racionalizar as 
medidas de prevenção e controle 
Referencias 
 CORTES, J. A. Epidemiologia: conceitos e princípios fundamentais. 
São Paulo: Livraria Varela, 1993. 227p. 
 
 OPAS. Módulo de Princípios de Epidemiologia para o Controle de 
Enfermidades (MOPECE). Brasilia: OPAS, Ministério da Saúde, 2010. 
48 p. 
 ROUQUAYROL, M. Z; SILVA, M. G. C. Epidemiologia & Saúde. 7 ed. 
Rio de Janeiro: MedBook, 2013. 736p. 
 THURSFIELD, M. Veterinary epidemiology. 3 ed. Oxford: Blackwell 
Publishing, 2007. 610p.

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