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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CIVEIS DA COMARCA DE ____, CIDADE X TICIO, brasileiro, casado, portador do RG sob nº (...) e inscrito no CPF sob nº (...) residente e domiciliado na Rua (...), n (..) CEP (...), Cidade X, , por seu advogado que subscreve, procuração anexa, vem a presença de Vossa Excelência impetrar MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL com fulcro no art. 5º, inc. XXXXIV e LXIX, da CRFB/88, contra ato ilegal praticado pelo PREFEITO DA CIDADE X, na pessoa do procurador do município, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: I- DOS FATOS O impetrante foi aprovado no concurso realizado pela prefeitura X, na qual constavam 15 vagas, e sua validade era de 2 anos. Ocorre que os 10 primeiros colocados foram chamados, e dois meses antes do fim da vigência do concurso, o impetrado publicou edital para realizar novo concurso, SEM PREENCHER as 5 vagas que sobraram. Portanto, o impetrante, inconformado, requereu a prefeitura sua nomeação mas lhe foi negado em oficio datado há 5 dias, sob a alegação de discricionariedade e que a mera aprovação não gera direito a nomeação. Assim, não resta alternativa a não ser entrar judicialmente para ter seu pleito atendido. II- DO DIREITO O impetrante foi aprovado em concurso publico e existe vaga a ser preenchida, em período tempestivo. Assim, não há que se falar em abertura de novo concurso para suprir tais vagas. A Constituição Federal determina que o acesso a cargo ou emprego público será por meio de prévia aprovação em concurso público de provas ou provas e títulos, conforme consta em seu artigo 37: Art. 37 I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; Nos incisos seguintes do mesmo artigo 37 a traz a regra de que o candidato aprovado em concurso público tem direito subjetivo de ser nomeado de acordo com a ordem de classificação. III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos serão convocados com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; Assim havendo disponibilidade de cargos e a necessidade do seu preenchimento, o que se prova com a existência de contratos temporários ocupando esses cargos, os candidatos classificados em concurso público possuem absoluta prioridade sobre os contratados, sob pena de serem preteridos da ordem classificatória do concurso. De forma, o que antes era considerado mera expectativa se convola em direito subjetivo à nomeação e posse.(grifo nosso). Sendo certo e liquido o direito do impetrante de ser nomeado e empossado requer: III- DO PEDIDO Ante ao exposto, requer: a) Visto a ilegalidade do ato e do abuso de poder da autoridade coatora, violando direito liquido e certo, RECEBA o presente MANDADO DE SEGURANÇA; b) Conceder os benefícios da gratuidade da justiça, com fulcro no art. 98 e s.s da CPC; c) Conceder o MANDADO DE SEGURANÇA, expedindo a ordem mandamental para que o Impetrado conceda a imediata convocação e nomeação da Impetrante para o cargo; d) Notificar a Autoridade Coatora na pessoa do Prefeito Municipal, nos termos do art. 7º, da Lei nº 12.016/09. e) Intimar o Nobre Representante do Ministério Público para acompanhar o feito; Dá-se à causa, o valor de R$ 1.000,00, para fins meramente fiscais. Termos em que Pede Deferimento Local, data Advogado OAB/... Nº...
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