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1 Julyana de Aquino Guerreiro Araújo Osteoporose Introdução A osteoporose (OP) é uma doença caracterizada pela alteração da qualidade óssea, diminuição de sua resistência e por sua baixa massa, podendo levar ao desenvolvimento de fraturas em homens e mulheres. Com isso, o paciente que tem a osteoporose possui uma maior predisposição a fraturas. Definição Osteoporose é uma desordem esquelética crônica e progressiva, de origem multifatorial, que acomete principalmente pessoas idosas, tanto homens quanto mulheres, geralmente após a menopausa. Caracteriza-se por resistência óssea comprometida, predispondo ao aumento do risco de fratura, à dor, à deformidade e à incapacidade física. A resistência óssea reflete a integração entre densidade e qualidade óssea, que, por sua vez é determinada por vários fatores: microarquitetura trabecular interna, taxa de remodelamento ósseo, macroarquitetura, acúmulo de microdanos, grau de mineralização e qualidade da matriz. É comum conceituar OP como sendo sempre o resultado de perda óssea. Entretanto, uma pessoa que não alcançou seu pico máximo durante a infância e a adolescência, por desnutrição ou anorexia nervosa, por exemplo, pode desenvolver OP sem ocorrência da perda óssea acelerada. Portanto, otimizar o pico de massa óssea na infância e adolescência é tão importante quanto a perda óssea no adulto. A OP é classificada como: Osteoporose primária Mais de 95% da osteoporose em mulheres e, provavelmente, cerca de 80% em homens, é primária. A maioria dos casos ocorre em mulheres na pós-menopausa e em homens mais velhos. 2 Julyana de Aquino Guerreiro Araújo Uma das principais causas da osteoporose é a falta de estrogênio, particularmente a redução rápida que ocorre na menopausa. A maioria dos homens com mais de 50 anos têm níveis mais altos de estrogênio do que as mulheres na pós-menopausa, mas esses níveis também diminuem com o envelhecimento, e baixos níveis de estrogênio estão associados com a osteoporose em homens e mulheres. A deficiência de estrogênio aumenta a degradação óssea e resulta em rápida perda óssea. Nos homens, baixos níveis de hormônios sexuais masculinos também contribuem para a osteoporose. A perda óssea é ainda maior se os níveis de ingestão de cálcio ou de vitamina D forem baixos. Baixos níveis de vitamina D resultam em deficiência de cálcio, e o aumento da atividade das glândulas paratireoides faz com que secretem hormônio da paratireoide em excesso, que também pode estimular a decomposição dos ossos. Por razões desconhecidas, a produção de osso também diminui. Vários outros fatores, como determinados medicamentos, uso de tabaco, consumo excessivo de álcool, histórico familiar de osteoporose (por exemplo, se o pai ou a mãe da pessoa sofreu fraturas de quadril) e estatura corporal pequena, aumentam o risco de perda óssea e o desenvolvimento de osteoporose em mulheres. Esses fatores de risco também são importantes em homens. Osteoporose secundária Menos de 5% dos casos de osteoporose em mulheres e cerca de 20% em homens são secundários. Exemplos de doenças que podem causar osteoporose secundária são a doença renal crônica e distúrbios hormonais (especialmente doença de Cushing, hiperparatireoidismo, hipertireoidismo, hipogonadismo, níveis elevados de prolactina e diabetes mellitus). 3 Julyana de Aquino Guerreiro Araújo Certos tipos de câncer, como mieloma múltiplo, podem causar osteoporose secundária e outras doenças, como a artrite reumatoide, podem também causar. Exemplos de medicamentos que podem causar osteoporose secundária são progesterona, corticosteroides, hormônios da tireoide, certos quimioterápicos e anticonvulsivantes. O consumo excessivo de álcool ou de cafeína e o tabagismo podem contribuir para a osteoporose. Osteoporose idiopática A osteoporose idiopática é um tipo raro de osteoporose. A palavra idiopática significa simplesmente que a causa é desconhecida. Esse tipo de osteoporose ocorre em mulheres na pré-menopausa, em homens com menos de 50 anos e em crianças e adolescentes que têm níveis normais de hormônios, níveis normais de vitamina D e nenhuma razão óbvia para terem ossos fracos. Fisiopatologia O osso é uma forma rígida de tecido conjuntivo, formado por células, osteócitos, osteoblastos (Ob) e osteoclastos (Oc). Os osteócitos encontram-se embebidos em uma matriz proteica de fibras colágenas impregnadas de sais minerais, especialmente de fosfato de cálcio. A matriz apresenta- se, na fase orgânica, constituída de colágeno, proteínas e glicosaminoglicanos; na fase inorgânica, encontram-se, principalmente, hidroxiapatita (fosfato de cálcio) e menores 4 Julyana de Aquino Guerreiro Araújo quantidades de outros minerais. Os Ob e os Oc estão no periósteo e no endósteo, formando a matriz óssea. As fibras colágenas dão elasticidade, e os minerais, resistência. Na infância, dois terços da substância óssea são formados por tecido conjuntivo. Na velhice, são os minerais que predominam. Essa transposição de conteúdo leva a menor flexibilidade e aumenta a fragilidade do osso. Na composição do esqueleto, há aproximadamente 80% de osso cortical ou compacto, com funções mecânica e protetora, portanto mais resistente, e 20% de osso trabecular ou esponjoso, mais frágil, responsável pela função metabólica. Fatores de risco A detecção dos fatores de risco é de maior utilidade para os cuidados de saúde pública do que para o indivíduo isoladamente. Eles podem ser divididos em cinco categorias: • idade ou relativo à idade • sexo • genética • ambiental • doenças crônicas e hormonais • características físicas do osso • baixa ingestão dietética de cálcio • baixa DMO (densidade mineral óssea) no colo do fêmur • baixo IMC • uso de glicocorticoide •tabagismo • alcoolismo 5 Julyana de Aquino Guerreiro Araújo • sedentarismo Clinicamente, o que se observa é um somatório dos fatores de risco do passado e do presente, incluindo tanto a genética quanto o estilo de vida. A ocorrência de uma fratura é um importante fator de risco para futuros episódios. Por isso, o objetivo clínico é prevenir a primeira fratura. A partir dos 35 anos de idade, o osso cortical apresenta perda de 0,3 a 0,5% por ano, tanto em homens quanto em mulheres, podendo ser 10 vezes maior na menopausa. A perda de osso trabecular anual, pela sua alta atividade metabólica, varia de 0,6 a 2,4% nas mulheres e de 0,2 a 1,2% nos homens. Ao longo da vida, as mulheres perdem 35 a 50% do osso trabecular e 25 a 30% do osso cortical, enquanto os homens perdem 15 a 45% do osso trabecular e 5 a 15% do osso cortical. A diferença sexual no esqueleto está mais relacionada com o tamanho do que com a densidade, sendo o osso masculino frequentemente maior que o feminino. Contribuindo para a maior frequência de fratura osteoporótica nas mulheres, sabe-se que a diminuição da massa esquelética é primariamente causada pela queda dos hormônios gonadais dependente da idade. A queda dramática dos hormônios nas mulheres está relacionada com a redução de massa óssea, enquanto, nos homens, o decréscimo é gradual. Muitas evidências apontam para as grandes diferenças entre grupos étnicos. A prevalência de fratura é muito rara nos países africanos e na Jamaica. A OP é relativamente comum na Europa e na Índia, embora, entre os indianos, a osteomalacia contribua para as fraturas. As meninas negras formam, durante a adolescência, maior quantidade de massa óssea do que as brancas. Fatores genéticos são responsáveis por 85% da variância interpessoal da densidade mineral óssea (DMO). Por isso, a presença de OP e a história de FFP materna estão classificadas como fatores maiores de risco. Embora a maioria dos estudos genéticos seja realizada com mulheres, recentes trabalhos sugerem que históriafamiliar positiva de fratura é também importante na detecção da DMO em homens. Pode-se afirmar que a DMO associada ao peso, em ambos os sexos, está consagrada na literatura especializada atual. Existem dois mecanismos possíveis: o aumento dos níveis de estrogênio, pela conversão no tecido adiposo da testosterona em estradiol e da androstenediona em estrona, e o estímulo da formação de osso novo para atender ao maior esforço em responder às cargas aumentadas de peso. Portanto, pessoas magras estão mais propensas à OP. 6 Julyana de Aquino Guerreiro Araújo Têm-se considerado outros componentes da dieta, incluindo alimentos ricos em fósforo, bebidas alcoólicas, café e bebidas à base de cola. Entretanto, em seres humanos, não foi comprovado que, em quantidades moderadas, sejam fatores de perda óssea. A adequada exposição solar é necessária para a produção de vitamina D na pele, substância fundamental para a absorção de cálcio pelo tubo digestivo. As fontes alimentares de vitamina D são escassas e não fazem parte do hábito alimentar brasileiro. Vários medicamentos afetam a massa esquelética, podendo acelerar a perda óssea, assim como alterar o cálcio sérico. Os principais são os corticosteroides, mas também os anticonvulsivantes, os imunossupressores e os antirretrovirais têm sido responsabilizados pela perda óssea. Por isso, devem ter indicação precisa e serem utilizados na menor dose efetiva, durante o menor tempo necessário. Sinais e sintomas Geralmente, a OP é assintomática. Os pacientes tomam conhecimento da doença quando ocorre uma fratura ou o médico observa aumento da radio transparência em exame radiológico ou quando é realizada a DO. Os locais de maior ocorrência de fraturas de baixo impacto são vértebras, punho e região proximal do fêmur. As fraturas de punho e fêmur são facilmente diagnosticadas; entretanto, só 30% dos pacientes com fraturas vertebrais procuram atendimento médico. Os mais jovens fraturam o punho ao tentarem diminuir o impacto da queda. Mais tardiamente ocorrem as fraturas de vértebras e, geralmente após os 70 anos, as femorais, quando, então, o indivíduo já não apresenta reflexos posturais adequados, caindo sentado. A maioria das FFP ocorre por traumas, sendo rara a fratura de quadril ocorrer antes da queda. A maioria das fraturas vertebrais ocorre nas vértebras torácicas inferiores ou lombares superiores, provocadas por mínimos traumas, como, ao inclinar-se para frente para pegar um objeto, levantar um peso maior, tossir, sentar-se abruptamente ou até pequenas quedas. 7 Julyana de Aquino Guerreiro Araújo A dor por compressão vertebral é aguda, de forte intensidade, permanecendo por 6 a 8 semanas, e é evidenciada pela digitopressão da área comprometida. Os movimentos podem piorá-la. Às vezes, irradia-se para frente, em barra, raramente em direção aos quadris e membros inferiores. Ocasionalmente, pode levar ao íleo paralítico. O colapso vertebral progressivo acaba produzindo hipercifose (corcunda ou corcova de viúva), diminuição da altura e da lordose natural lombar. À medida que aumenta a hipercifose dorsal, a costela passa a tocar a crista ilíaca anterossuperior, fazendo pregas horizontais no abdome, tornando-o protuso, acarretando dor, plenitude pós-prandial, constipação intestinal e refluxo gastroesofágico. Há também diminuição da expansibilidade pulmonar. A dor, a hipercifose, a perda de altura, a restrição dos movimentos respiratórios e a compressão gástrica são consequências das fraturas vertebrais. As roupas não caem bem, ficam mais compridas e, com o abdome protuso, deterioram a imagem corporal, causando desconforto social. Paciente com múltiplas fraturas vertebrais pode queixar-se de instabilidade na marcha, aumentando o risco para quedas e dificultando as diferentes atividades da vida diária. Diagnóstico e monitoramento da osteoporose Não há clínica significativa para o diagnóstico da OP em suas fases iniciais, porém exame físico e anamnese completos deverão ser realizados no indivíduo sob suspeita da doença, na tentativa de buscar uma classificação etiológica. A investigação clínica dos fatores de risco é fundamental para identificar possíveis vítimas, e alguns exames complementares podem ajudar nesse diagnóstico. 8 Julyana de Aquino Guerreiro Araújo Com isso, o médico pode solicitar o exame de densidade óssea, o nível de vitamina D e exames para causas de osteoporose secundária. Além disso, o médico pode suspeitar de osteoporose nas seguintes pessoas: • Todas as mulheres com 65 anos ou mais • Mulheres entre a menopausa e 65 anos que apresentam fatores de risco para osteoporose • Todos os homens e mulheres que tiveram uma fratura anterior causada por pouca ou nenhuma força, mesmo que a fratura tenha ocorrido quando jovem • Adultos com idade a partir de 65 anos com dores nas costas ou perda de, pelo menos, cerca de 3 centímetros de altura do corpo sem explicação • Pessoas cujos ossos parecem finos na radiografia ou cuja radiografia mostre fraturas por compressão vertebral • Pessoas com risco de desenvolver osteoporose secundária Exame de densidade óssea: Exames de densidade óssea podem ser utilizados para detectar ou confirmar a suspeita de osteoporose, mesmo antes de ocorrer uma fratura. Várias técnicas de triagem rápida estão disponíveis para medir a densidade óssea no dedo da mão ou no calcanhar por absorciometria de raios X de dupla energia (DXA), que podem ser utilizados para medir a densidade óssea nestes locais. No entanto, resultados de testes de triagem rápida devem ser confirmados com DXA convencional. DXA convencional, o exame mais útil, mede a densidade óssea na coluna e no quadril, que são os locais com maior probabilidade de ocorrerem fraturas importantes. Esse teste é indolor, envolve muito pouca radiação e pode ser realizado em cerca de 10 a 15 minutos. Ele pode ser útil para monitorar a resposta ao tratamento, bem como para se fazer o diagnóstico. A DXA também pode revelar osteopenia, um quadro clínico no qual a densidade óssea está diminuída, mas não tão intensamente como na osteoporose. As pessoas que têm osteopenia também têm risco aumentado de fraturas. A definição de osteoporose da OMS baseia-se nos resultados de DMO por DXA (absorciometria de raios-x de dupla energia). Os valores de DMO habitualmente são expressos sob a forma de T-score (comparação com um grupo jovem do mesmo género) e de Z-score (comparação com um grupo da mesma idade e género). 9 Julyana de Aquino Guerreiro Araújo Radiografias simples: Os ossos mostram radiodensidade diminuída e perda da estrutura trabecular, porém não até que cerca de 30% do osso tenha sido perdido. Entretanto, as radiografias simples são importantes para documentar as fraturas decorrentes da perda óssea. Perda da altura corporal vertebral e maior biconcavidade caracterizam as fraturas por compressão vertebral. Fraturas das vértebras torácicas podem causar encunhamento ventral no osso. Em ossos longos, embora os córtices sejam finos, a superfície do periósteo permanece lisa. As fraturas vertebrais em T4 ou acima levantam suspeitas de câncer em vez de osteoporose. Radiografias simples da coluna vertebral devem ser consideradas em pacientes mais velhos com lombalgia e sensibilidade localizada na coluna vertebral. 10 Julyana de Aquino Guerreiro Araújo É mais provável que a osteoporose induzida por glicocorticoides cause fraturas vertebrais por compressão, mas também pode causar fraturas em outros locais onde as fraturas osteoporóticas são comuns. O hiperparatireoidismo pode ser diferenciado quando produz reabsorção subperióstea ou lesões ósseas císticas (raramente). A osteomalacia pode produzir anormalidades em raios X e densitometria similares às da osteoporose. Na osteoporose,há diminuição da massa óssea com taxa normal de mineral ósseo na matriz óssea. Já na osteomalacia, a taxa de mineral ósseo na matriz óssea é mais baixa. Outros exames: Uma avaliação das causas secundárias da perda óssea deve ser considerada para um paciente com uma classificação Z ≤ -2,0 ou se houver suspeita clínica de causa secundária de perda óssea secundária. Testes laboratoriais devem incluir: • Cálcio, magnésio e fósforo séricos • Nível de 25-hidroxi-vitamina D • Provas da função hepática, para identificar diminuição da fosfatase alcalina (hipofosfatasia) • Níveis de PTH (hiperparatireoidismo) • Níveis séricos de testosterona nos homens (hipogonadismo) • Dosagem de cálcio e creatinina em urina de 24 h (hipercalciúria) Outros testes como hormônio estimulante da tireoide ou toxina livre a fim de verificar os níveis de hipertireoidismo, medições de urina livre, cortisol, hemogramas e outros testes para descartar câncer, especialmente mieloma (p. ex., eletroforese de urina e proteína séricas), devem ser considerados com base na apresentação clínica. Os pacientes com perda ponderal devem ser testados para distúrbios gastrintestinais (p. ex., má absorção, doença celíaca e doença intestinal inflamatória), bem como câncer. A biópsia óssea é reservada para os casos incomuns (p. ex., pacientes jovens com fraturas de fragilidade e sem nenhuma causa aparente, pacientes com doença renal 11 Julyana de Aquino Guerreiro Araújo crônica e que podem ter outros distúrbios ósseos, pacientes com níveis persistentemente muito baixos de vitamina D com suspeita de osteomalacia). Níveis séricos em jejum de ligações cruzadas do telopeptídeo-C (CTX) ou níveis urinários de ligações cruzadas de telopeptídeo-N (NTX) refletem maior reabsorção óssea. Embora a confiabilidade varie para o uso clínico de rotina, a densitometria óssea pode ajudar na previsão do risco de fraturas, no monitoramento da resposta terapêutica ou no tempo de descanso sem usar o fármaco. PREVENÇÃO A prevenção da osteoporose tem geralmente mais sucesso do que o tratamento, pois é mais fácil prevenir a perda de densidade óssea do que restaurá-la depois que ela tiver sido perdida. Medidas preventivas são recomendadas para qualquer pessoa com perda óssea ou que tenha fatores de risco para a perda óssea, independentemente de terem tido ou não uma fratura por osteoporose. A prevenção da osteoporose envolve: • Gerenciar os fatores de risco (por exemplo, parar de fumar e evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas e cafeína). • Consumir quantidades adequadas de cálcio e vitamina D • Praticar exercícios com suporte de peso (como fazer caminhadas, subir escadas ou levantamento de peso) • Tomar determinados medicamentos (para certas pessoas) Algumas medidas podem ajudar a prevenir fraturas. Muitos idosos correm o risco de cair devido a coordenação e visão deficientes, fraqueza muscular, confusão e uso de medicamentos que causam tontura quando se levantam ou de medicamentos que podem causar confusão. Modificar o ambiente familiar por segurança e trabalhar com um fisioterapeuta para desenvolver um programa de exercícios pode ajudar. Exercícios de fortalecimento, incluindo fortalecimento do tronco (“core”), podem ajudar a melhorar o equilíbrio. 12 Julyana de Aquino Guerreiro Araújo Tratamento O tratamento da osteoporose também envolve garantir a ingestão adequada de cálcio e vitamina D e fazer exercícios com suporte de peso (como caminhar, subir escadas ou treinamento com pesos). O tratamento medicamentoso é geralmente recomendado. Ao tratar pessoas com osteoporose, os médicos também gerenciam outros quadros clínicos e fatores de risco capazes de piorar a osteoporose. • Cálcio e vitamina D: Consumir uma quantidade adequada de nutrientes, especialmente cálcio e vitamina D, é útil, especialmente antes de a densidade óssea máxima ser atingida (cerca de 30 anos de idade), mas também após esse período. A vitamina D ajuda o corpo a absorver cálcio. • Exercícios com suporte de peso: A prática de exercícios com suporte de peso, como caminhar e subir escadas, aumenta a densidade óssea. A maioria dos especialistas recomenda cerca de 30 minutos de exercício de sustentação de peso por dia. • Medicamentos: A maioria dos medicamentos é utilizada tanto para prevenção como para tratamento. Os bifosfonatos (alendronato, risedronato, ibandronato e ácido zoledrônico) são úteis na prevenção e tratamento de todos os tipos de osteoporose e geralmente são os primeiros medicamentos utilizados. • Mulheres grávidas ou que estejam amamentando • Pessoas que têm baixos níveis de cálcio no sangue • Pessoas que têm doença renal grave A calcitonina, que inibe a decomposição óssea, é outro medicamento que pode ser usado no tratamento, mas não é prescrito com frequência. Não foi provado que a calcitonina diminua o risco de fraturas, mas pode ajudar a aliviar a dor causada pelas fraturas vertebrais. A calcitonina geralmente é administrada através de um spray nasal. Seu uso pode diminuir os níveis sanguíneos de cálcio, assim, esses níveis devem ser monitorados. A terapia hormonal (por exemplo, com estrogênio) ajuda a manter a densidade óssea em mulheres e pode ser usada para prevenção ou tratamento. Essa terapia é mais eficaz quando iniciada em até quatro a seis anos após a menopausa, mas iniciá-la posteriormente ainda pode desacelerar a perda óssea e reduzir o risco de fraturas.
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