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Redação Modelo uerj 
Olá! 
Meu nome é Pedro Moura (@pedroh.sa) e tirei 
960 no ENEM 2020 e 9 na UERJ 2021 
Estou disponibilizando minha redação. 
Tenho outras redações disponíveis no meu 
perfil do “Passei Direto”, dá uma olhada! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Até que ponto a vigilância, autorizada ou não, é 
benéfica ou ruim para a sociedade? 
 
 
Tema: Até que ponto a vigilância, autorizada ou não, é benéfica ou ruim para a sociedade? 
Algema comportamental 
No episódio “Arkangel”, da série “Black Mirror”, a mãe instala um aparelho na sua filha com o intuito de monitorá-la 
durante sua fase de crescimento, porém essa atitude afeta seu comportamento de forma intensa. Assim como nessa 
produção, as discussões sobre a observação excessiva geram uma dicotomia. Embora muitos acreditem que ela possa 
ser vantajosa para segurança, suas consequências podem ser críticas. Nesse sentido, podemos observar que a 
manipulação por meio da vigilância, bem como o controle pelo medo são os resultados da violação da linha que 
delimita a privacidade. 
É importante pontuar, primeiramente, a internet como uma ferramenta de vigilância e manipulação. Segundo o artigo 
12 da Declaração dos Direitos Humanos, o cidadão tem direito à privacidade. Acerca disso, analisa-se que, no mundo 
globalizado, tal norma não é respeitada, uma vez que os equipamentos modernos monitoram o indivíduo de forma 
indiscriminada. Nessa visão, essa vigilância é usada como estratégia comercial para manipular os internautas por meio 
dos seus dados pessoais, através da venda de informações para as empresas interessadas. Sob esse viés, têm-se o caso 
de Edward Snowden, que trabalhava na inteligência americana e confessou que o governo espionava a população e 
seus dados pela internet. Assim, fica claro a falta de privacidade presente no âmbito “online”, na qual as informações 
particulares são coletadas e utilizadas como ferramenta no sistema capitalista. 
Ademais, a vigilância extrema pode influenciar o comportamento humano. No livro “1984”, obra distópica de George 
Orwell, o protagonista Winston era constantemente vigiado pelas “teletelas”, o que moldou suas atitudes para não ser 
pego pela polícia do pensamento. Nesse panorama, fica evidente que, assim como na obra orwelliana, a observação 
intensa promove o controle social pelo medo, já que os indivíduos deixam de agir pela racionalidade ou ética e passam 
a se comportar com o temor da punição. Essa mesma ideia já foi discutida por Foucault, no livro “Vigiar e punir”, na 
qual ele expõe que tal modelo de monitoramento induz, também, a massificação de hábitos dos vigiados. Dessa 
maneira, a vigilância tem o papel repressivo, de forma a orientar o comportamento, além de ser um instrumento de 
padronização da conduta humana. 
Portanto, podemos analisar que o monitoramento em larga escala não se mostra benéfica para sociedade. No que 
tange a esse assunto, verificamos que somos observados constantemente nos novos meios de comunicação, o que 
permitiu a maior manipulação por meio dos dados e rompeu com o direito que assegurava a privacidade do cidadão. 
Além disso, outro fator negativo diz respeito à influência da observação sobre o homem, o que altera suas atitudes e 
leva a ser guiado pelo receio de ser penalizado por suas ações. Logo, penso que a vigilância excessiva atua como uma 
algema comportamental, impedindo a livre conduta humana, como visto no livro “1984” e na série “Black Mirror”.

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