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A história do Examinado - Capítulo 6 - Psicodiagnóstico V

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→ A história e o exame do paciente permitem a 
coleta de subsídios introdutórios que vão 
fundamentar o processo a que chamamos de 
psicodiagnóstico.
→ Em muitos casos, a tarefa do psicólogo também 
vai se restringir à utilização desses recursos, 
dependendo das condições do paciente e/ou 
objetivos do exame.
→ Há pacientes que não são testáveis, dado o grau 
de comprometimento das funções do ego ou das 
funções cognitivas, pelo menos em determinadas 
faces da doença
➔ Quanto mais grave o estado do 
paciente, tanto maior o trabalho do 
psicólogo se assemelhará do psiquiatra. 
O objetivo de tal avaliação seria 
descritivo ou de classificação nosológica.
→ A tarefa do psicólogo pode se restringir a história 
e ao exame do paciente, sem a administração de 
testes, se pretende chegar a uma avaliação 
compreensiva com vistas a uma intervenção 
terapêutica imediata.
→ Como história, pode-se compreender a história 
pessoal ou anamnese, a história clínica ou a história 
da doença atual e ainda a avaliação psicodinâmica.
➔ Essas distinções além de um sentido 
didático são também utilizadas para 
sistematizar as informações, ou para 
organizá-las, na comunicação ao 
receptor dos resultados 
➔ A anamnese, envolve um levantamento 
normativo do desenvolvimento, mas 
dependendo dos objetivos do exame 
pode ser de pouca ou nenhuma 
utilidade. 
→ A história clínica é muitas vezes chamada de 
história da doença atual. 
➔ Caracterizar a emergência de sintomas 
ou de mudanças comportamentais, 
numa determinada época, e a sua 
evolução até o momento atual, que 
habitualmente é entendimento como a 
ocasião em que o exame foi solicitado. 
→ Sempre é importante ter a versão do próprio 
paciente. Há casos em que ele não se encontra 
preparado para o exame, e é conveniente 
explorar as circunstâncias em que foi tomada a 
decisão da consulta. 
→ Se o paciente nega ter problemas, pode se tratar 
de uma posição defensiva, falta de insight, ou ele 
pode estar falando a verdade, se considerarmos 
que certos encaminhamentos ocorrem por 
pressão do meio ante comportamentos não 
aceitáveis convencionalmente ou, ainda, por 
intolerância dos familiares ante uma crise. 
→ Determinado o inicio da história clínica e de seu 
curso, ainda é necessário um levantamento da 
sintomatologia e das condições de vida do 
paciente, no momento atual, em várias áreas, 
além da investigação de sua história psiquiátrica 
progressiva. 
→ A condução da entrevista pode ser mais, ou 
menos diretiva, dependendo de características do 
paciente e das preferências do psicólogo. 
→ A história pessoal pressupõe uma reconstituição 
global da vida do paciente, como um marco 
referencial em que a problemática atual se 
enquadra e ganha significação. 
→ É praticamente impossível coletar dados 
completos sobre a vida de um paciente. 
→ Dependendo da problemática e da estrutura da 
personalidade do paciente, certas áreas e certos 
conflitos deverão ser mais explorados que outros, 
concentrando-se a atenção em certos pontos da 
vida do paciente que tenham probabilidade de 
fornecer explicações para a emergência e o 
desenvolvimento dos transtornos atuais. 
→ Geralmente, é útil construir um genetograma, 
nem que seja de forma resumida, focalizando, 
principalmente, o núcleo familiar atual. Em alguns 
casos, é de interesse diagnóstico obter 
informações inter e transgeracionais. 
 
→ É importante descrever como transcorreu a 
gestação (ou o processo de adoção). 
→ Procure informar-se sobre aspectos nutricionais, 
doenças acidentes, uso de drogas, ou ainda, de 
fatos significativos na vida do casal, em especial 
para a mãe, o estado psicológico da mãe, em 
termos de ansiedades, temores e fantasias e 
como isso repercutiu na vida do casal. Também 
como ocorreu o parto, as relações dos pais em 
relação ao bebê, quanto à sua aparência, sexo e 
estado geral, e, também, informe-se sobre as 
experiências iniciais (sucção, deglutição...) 
→ É de grande importância a qualidade da relação 
materno-infantil. 
→ Importante sempre estar atento a amamentação, 
cólicas, emergência de padrões comportamentais 
motores, controle dos esfíncteres, ... 
➔ Deve ser considerados sintomas 
especiais, como o de chupar dedo, roer 
unhas, enurese, explosões de raiva, 
tiques, terrores noturnos, medos, etc. 
Se ficaram restritos nessa fase ou 
deram continuidade. 
→ Geralmente é nessa fase que há um alargamento 
da rede de relações sociais da criança, pelo 
ingresso na “escolinha”. 
➔ Como foi a experiência de separação 
da mãe-sujeito? Como foi se 
estruturando as suas relações no grupo 
de iguais? 
→ Devido as experiências e conflitos, deve emergir 
na criança, novos recursos de socialização e uma 
nova percepção de sua identidade. 
→ Histórias de pesadelos, fobias, urinar na cama, 
provocação de incêndios, crueldade com os 
animais e masturbação compulsória é também 
importante no reconhecimento dos primeiros 
sinais de distúrbios psicológicos. 
➔ Mas, é igualmente essencial considerar 
a frequência, a intensidade, as 
circunstâncias do aparecimento dos 
sintomas, sua coexistência com outros 
sinais de perturbação ou a sua relação 
com situações críticas. 
→ Deve-se analisar a facilidade ou não de 
estabelecer e manter relações, avaliar a extensão 
da rede de amizades, identificar qual o papel 
desempenhado nos grupos, grau de popularidade 
e liderança, a tendência de participar de grupos 
que se envolvem em atividade não aceitas pelas 
normas sociais ou, ao contrário, de organizações 
com interesses artísticos, políticos, religiosos, etc. 
Também, devem ser examinadas características, 
conflitos na relação com pais, professores e 
outras figuras. 
→ Importante registrar a história escolar, em termos 
de desempenho, aproveitamento, ajustamento, 
interesses específicos em relação às atividades 
extracurriculares e curriculares, bem como as 
expectativas quanto ao futuro acadêmico ou 
profissional. Assim como, fracassos e interrupções 
na vida escolar. 
→ Também importante considerar a área sexual, 
quanto as primeiras experiencias, práticas sexuais, 
escolha e variabilidade de parceiros, dificuldade, 
conflitos e as reações da família frente ao 
desenvolvimento sexual. 
→ Os principais temas a serem abordados incluem a 
história e a situação ocupacional, as relações 
sociais, a área sexual, a história conjugal e as 
atitudes frente a mudanças ocorridas na vida. 
→ Deve-se incluir uma análise da situação 
ocupacional atual, das condições financeiras do 
paciente e do impacto de seus problemas atuais 
sobre a sua situação ocupacional e financeira. 
→ Deve-se deter na análise do enfrentamento de 
mudanças e crises ocorridas ao longo da vida. 
Devem-se incluir as reações, as atitudes, verificar 
como sujeito lidou com situações críticas e 
fatores estressantes. 
→ Em muitos casos são de muita valia resultados de 
exames anteriores, realizados por médicos de 
várias especialidades, psicológicos, etc. Bem como 
pode ser de interesse o exame de material 
resultante da produção espontânea do paciente, 
de caráter literário, artístico, etc. 
→ Pretende-se colocar a problemática presente 
numa perspectiva histórica, que permita 
compreender o transtorno dentro de um 
processo vital, em um contexto temporal, afetivo 
e social, com base num quadro referencial teórico. 
→ Os acontecimentos também devem ser 
entendidos em função da época que ocorreram, 
pois, a sua repercussão psicodinâmica pode ser 
intensificada em meio a uma crise de 
desenvolvimento, por exemplo, e eventualmente 
agravada por vulnerabilidade no desenvolvimento 
anterior. 
 
Capítulo 6 – Psicodiagnóstico V

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