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Ventilaçao pulmonar • Eficácia da ventilação pode ser estimada através do cálculo de VENTILAÇÃO PULMONAR TOTAL, que é o volume de ar movido para dentro e para fora dos pulmões a cada minuto. -> A frequência ventilatória normal para um adulto é de 12 a 20 respirações (ciclos ventilatórios) por minuto. -> Utilizando-se o volume corrente médio (500 mL) e a frequência ventilatória menor, temos: • Apesar da entrada de 500 mL de ar nos alvéolos em cada respiração, apenas 350 mL correspondem à entrada de ar “novo”. O volume de ar “novo” que entra nos alvéolos é igual ao volume corrente menos o volume do espaço morto. Ventilaçao alveolar • Devido ao fato de uma porção significativa de ar inspirado nunca alcançar a superfície de troca, um indicador mais acurado da eficiência da ventilação é a VENTILAÇÃO ALVEOLAR, a quantidade de ar novo que alcança os alvéolos a cada minuto. ->VA= ventilação alveolar. ->VC= volume corrente. (volume de ar em situações de repouso) ->VEM= volume do espaço morto. (volume que não chega aos alvéolos) ->FR= frequência respiratória. • Valores aproximados em situação de repouso -> VC = 500ml; VEM = 150ML; FC = 12. • Embora 6 L/min de ar “novo” entrem no sistema respiratório, apenas 4,2 L atingem os alvéolos. • A ventilação alveolar pode ser drasticamente afetada por mudanças na frequência ou na profundidade da respiração. Respiraçao externa e interna • Possível devido à diferença de pressão dos gases nos capilares dos alvéolos e dos tecidos na circulação pulmonar e sistêmica, respectivamente. -> Respiração interna: troca gasosa nos tecidos. -> Respiração externa: troca gasosa nos pulmões. DIFUSÃO GASOSA • LEI DE DALTON: local com maior quantidade de gás (maior pressão – maior energia cinética) -> local de menor quantidade de gás (menor pressão). AR ATMOSFÉRICO • É uma mistura de gases, onde há maior concentração (Pparcial maior, por maior porcentagem) de nitrogênio. VA = (VC-VEM) X FR Ventilação pulmonar total = frequência ventilatória x volume corrente. Ventilação pulmonar total = 12 ciclos/min x 500 mL/ciclos = 6.000 mL/min = 6 L/min. VA (repouso) ≃ 4,1 L/min • Por isso em locais abaixo e acima do nível do mar, a diferenças nas porcentagens de oxigênio e maior ou menor dificuldade de ocorrer à respiração/ trocas gasosas. Fatores que afetam a veloçidade de difusao (Vdifusao) GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS -> Diferença de pressão (ΔP) -> A solubilidade do gás no líquido (S): característica química do gás. -> A área da secção transversa da membrana respiratória (A) GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS -> Distância através do qual o gás deve difundir-se (d). -> Peso molecular do gás (PM). Parâmetros que dá para alterar em situações clínicas, por exemplo: -> Diferença de pressão, área da secção e a distância. LEI DE FICK • A velocidade da difusão de um gás é diretamente proporcional à área dessa membrana e ao gradiente de pressão parcial desse gás e inversamente proporcional à espessura dessa membrana. Composiçao do ar alveolar • O ar alveolar é apenas parcialmente substituído por ar atmosférico a cada respiração (no pulmão ainda fica um volume de ar residual). -> O O2 está constantemente absorvido pelo sangue pulmonar. -> O CO2 tem difusão constante do sangue pulmonar para os alvéolos. -> O ar atmosférico seco é umidificado antes de chegar aos alvéolos. VELOCIDADE DE RENOVAÇÃO DO AR ALVEOLAR • Existe sempre um “ar antigo” nos alvéolos que vai se misturar com o “novo”, e que precisa ser renovado. -> Volume corrente = 0,5 L -> Somente 0,35 L de ar fresco chegam aos alvéolos a cada respiração normal. -> A velocidade de renovação do ar alveolar e relativamente lenta (se aumentar a FR o ar é renovado mais rapidamente). Vdifusão = ΔP. A. S / d. √PM O ar alveolar não apresenta a mesma composição do ar atmosférico. Pressoes parçiais • A PO2 e a PCO2 nos alvéolos mudam muito pouco durante a respiração tranquila normal. A PO2 alveolar é quase constante, com uma pressão de 100 mmHg, e a PCO2 alveolar permanece próxima aos 40 mmHg. • Motivos da PO2 ser quase cte: quantidade de oxigênio que entra nos alvéolos em cada ciclo ventilatório é aprox.. igual à quantidade de O2 que entra no sangue, e a quantidade de ar novo que entra nos pulmões em cada ciclo ventilatório é apenas um pouco mais que 10% do volume total do pulmão no final da inspiração. • À medida que a ventilação alveolar aumenta durante a hiperventilação, a PO2 alveolar aumenta, e a PCO2 alveolar diminui. Durante a hipoventilação, quando menos ar “novo” entra nos alvéolos, a PO2 diminui, e a PCO2 aumenta. As concentrações de dióxido de carbono no sangue estão intimamente ligadas ao pH sistêmico, e o corpo usa as mudanças na ventilação para ajudar a manter a homeostasia do pH. (F.H) Conçentraçao e pressao parçial do O2 nos alveolos • A concentração de O2 nos alvéolos é controlada por: 1. Velocidade de absorção do O2 para o sangue. 2. Velocidade de entrada de novo oxigênio nos pulmões (ventilação alveolar) -> Quanto maior a ventilação alveolar, maior será a pressão parcial de O2. -> No exercício físico: aumento da absorção de O2, a ventilação alveolar deve aumentar para manter a PO2 em 104 mmHg (normal) –> maior FR (aumenta troca gasosa -> maior absorção de O2). Conçentraçao e pressao parçial do CO2 nos alveolos • A concentração do CO2 nos alvéolos é controlada por: 1. Velocidade de excreção do CO2 para o alvéolo. 2. Velocidade de entrada de novo oxigênio nos pulmões (ventilação alveolar). - A PCO2 diminui em proporção inversa à ventilação alveolar (intuito de eliminar CO2). • Linha Azul do gráfico -> maior concentração de gás carbônico (exercício físico) -> maior ventilação, maior FR -> manter a pressão em 100 mmHg. Difusao dos gases atraves da membrana respiratoria • Mover o oxigênio da atm para a superfície de troca alveolar é o primeiro passo da respiração externa. Uma vez que o ar atinge os alvéolos, os gases individuais, como O2 e o CO2, difundem-se do espaço alveolar para a corrente sanguínea. A difusão é o mov. de uma molécula de uma região de maior concentração para uma de menor. Em seguida, a troca dos gases deve ocorrer através da interface alvéolo-capilar. O fluxo sanguíneo – PERFUSÃO - que passa pelos alvéolos deve ser alto o suficiente para captar o oxigênio disponível. • Ajustar a ventilação nos grupos de alvéolos pelos quais o sangue flui é um processo de duas etapas que envolvem a regulação local do fluxo de ar e do fluxo sanguíneo. • Gases vão precisar atravessar diversas estruturas que separam o ar do alvéolo até chegar no sangue. • Estruturas: fina camada com surfactante -> epitélio alveolar -> espaço do interstício ou membranas basais fundidas (do alvéolo e do endotélio, capilar). • Apesar de várias camadas -> ela é muito fina -> facilita a rápida troca gasosa. Fatores que afetam a veloçidade de difusao – Cliniça • EDEMA PULMONAR: acúmulo de líquido (pode acontecer tanto no espaço intersticial quanto dentro do alvéolo) -> aumento na espessura da membrana respiratória -> altera a distância. -> Haverá uma diminuição na PO2 arterial. ->PCO2 arterial pode estar normal devido a grande solubilidade do CO2. • ASMA: presença de broncoconstrição -> diminuição na diferença na pressão parcial dos gases. -> Aumenta a resistência das vias aéreas e diminui a ventilação. • ENFISEMA PULMONAR: destruição alveolar resultará em menor superfície de troca por diminuir sua capacidade de distenção e complacência (alvéolo não consegue expulsar o ar de forma eficiente). -> diminui a Po2, por diminuir a troca por ar novo. Capaçidade de difusao da membrana respiratoria • Volume de gás que se difunde através da membranaa cada minuto para uma diferença de pressão de 1 mmHg. EXERCÍCIO FÍSICO • Aumenta a capacidade de difusão da membrana respiratória dos gases oxigênio e gás carbônico (aumenta a FC, aumento DC - -> mais sangue nos pulmões e nos tecidos). • A habilidade dos pulmões de recrutar leitos capilares adicionais durante o exercício é um exemplo da capacidade de reserva do corpo. (F.H) -> ↑ Nº de capilares abertos; -> Dilatação de capilares já abertos; -> ↑ Fluxo Sanguíneo; -> ↑ Área; -> ↑ Difusão do O2 do alvéolo Difusao do O2 • PO2 alvéolo = 100 mmHg (nível do mar). • PO2 sangue venoso = 40 mmHg. • O oxigênio, portanto, move-se a favor do gradiente de pressão parcial = alvéolos -> capilares. -> A quase totalidade da difusão do O2 ocorre no primeiro terço do capilar CURVA DE PRESSÃO DO O2 Em nível local, o corpo tenta ajustar o fluxo de ar e o fluxo sanguíneo em cada porção dos pulmões, regulando o diâmetro das arteríolas e dos bronquíolos. • 98% do sangue é oxigenado no pulmão até PO2 = 104 mmHg • 2% do sangue faz parte do shunt fisiológico, portanto, PO2 = 40 mmHg. • A mistura do sangue faz a pressão cair até o valor de 95 mmHg Respiraçao interna (GRANDE GRADIENTE PRESSÓRICA) • Na circulação sistêmica: -> PO2 capilares > PO2 tecidos = difusão do O2 para o interstício -> células (a pressão dentro delas, depende do metabolismo, média 23 mmHg) -> tecidos. EFEITO DO METABOLISMO • Mais sangue no tecido -> maior quantidade de O2. • Menos sangue no tecido -> menor quantidade de O2. • Situação de exercício físico -> linha tracejada onde há maior consumo de O2. • Em situações de menor consumo de O2 -> linha tracejada de cima. Relaçao da PO2 e quantidade de hemoglobina • Pressão parcial de sangue depende da quantidade de gás oxigênio dissolvido no plasma, NÃO depende da quantidade de oxigênio nos eritrócitos conjugada a Hb. Troça do CO2 alveolar • PCO2 capilares > PCO2 alvéolos = difusão do CO2 para os alvéolos. -> CO2 consegue se difundir cerca de 20x mais rápido que o oxigênio. -> Difusão do gás carbônico, ocorre no início do capilar. • Para eliminar todo o CO2 produzido (durante o metabolismo celular), é preciso haver o aumento do fluxo sanguíneo -> transferência de CO2 está relacionada com o fluxo sanguíneo (diretamente proporcionais). Troça do CO2 nos teçidos (PEQUENO GRADIENTE PRESSÓRICO) • PCO2 tecidos > PCO2 capilares = difusão do CO2 para os capilares. Transporte do oxigenio no sangue • O Oxigênio é transportado de duas formas: 1. Dissolvido no plasma (1,5%) -> solubilidade do O2 é baixa. 2. Combinado com Hemoglobina (98,5%). OXIGÊNIO DISSOLVIDO NO PLASMA • Cálculo do quanto de O2 está dissolvido no plasma: Lei de Henry. -> O2 dissolvido (ml/dl) = PO2 x Ks - Dissolvido: 0,3 mL/100 mL de sangue -> bem baixa. (Na Hb ligação O2 com grupo heme = aprox. 20 ml). OXIGÊNIO LIGADO À HEMOGLOBINA • Ligado à hemoglobina: 20 ml O2/100 ml de sangue - PO2 Alta -> O2 se liga à hemoglobina. - PO2 Baixa -> O2 é liberado da hemoglobina. SATURAÇÃO DA HEMOGLOBINA • É a medida em porcentagem da quantidade de hemoglobina que está ligada ao oxigênio. -> Sangue arterial: Saturação de O2 = 97%; Volume de O2 transportado = 19,4 ml. -> Sangue venoso: Saturação de O2 = 75%; Volume de O2 transportado = 14,4 ml. • Portanto, 5ml de O2 são transportados dos pulmões para os tecidos em cada 100 ml de sangue. Curva de dissoçiaçao • A capacidade da hemoglobina de dissociar o O2 depende da PO2 do meio. Quantidade de O2 liberado no exerçiçio • REPOUSO: PO2 intersticial = 40 mmHg. • EXERCÍCIO FÍSICO: aumento do consumo de oxigênio pelas células (metabolismo aumentado) -> PO2 intersticial = 15 mmHg -> aumenta a liberação do oxigênio pela hemoglobina (maior diferença de pressão) -> 15 ml de oxigênio por 100 ml de sangue. Curva de dissoçiaçao do oxigenio hemoglobina • A capacidade da hemoglobina de saturar em O2 depende da PO2 do meio. (locais com maior ou menor rarefação p.ex.). -> Aumento do PO2 ->Aumento da porcentagem de hemoglobina saturada em oxigênio. Fatores que desviam a çurva de dissoçiaçao • Quando há o deslocamento da curva de dissociação para direita -> aumenta a PO2 com a mesma saturação de O2 -> diminuição da afinidade da Hb com O2 -> aumenta a liberação de O2 nos tecidos. • O diâmetro bronquiolar é modulado principalmente pelos níveis de CO2 no ar expirado. Um aumento na PCO2 do ar expirado provoca a dilatação dos bronquíolos. A diminuição da PCO2 do ar expirado provoca a contração dos bronquíolos. PH SANGUÍNEO • Diminuição da afinidade do O2 pela Hb -> liberação dos 02 -> desloca para direita (↑[H+] e diminui pH). • Aumenta a afinidade do oxigênio pela Hb -> desloca para a esquerda -> diminui [H+] e ↑ pH. EFEITO BOHR • Diminui o Ph -> desloca para direita -> diminui afinidade da Hb pelo O2 -> liberação de O2 (o que ocorre nos tecidos). • Quanto mais para a direita a curva, mais difícil será a saturação da Hb. ↑ Metabolismo; ↑ PCO2; ↑[H+] = ↑ Efeito Bohr CONCENTRAÇÃO DE CO2 • Aumento do PCO2 (tecido com grande metabolismo) -> descola a curva de dissociação para direita -> libera mais O2. • Diminuição do PCO2 -> descola a curva de dissociação para esquerda. TEMPERATURA CORPORAL • O ↑ da Temperatura ↑ Metabolismo ↑ necessidade de O2, diminui afinidade do O2 pela Hb = ↑ O2 para os tecidos -> desloca a curva para direita. FOSFATOS ORGÂNICOS (2,3-BPG) • O fosfato orgânico 2,3 bifosfoglicerato está presente nos eritrócitos e é produzida através do metabolismo anaeróbico. • O 2,3 DPG estabiliza a molécula no seu estado desoxigenado. (molécula que “compete” com a Hb). - Hipóxia prolongada -> Aumenta a concentração de BPG -> Desloca para a direita -> Diminui a afinidade. EXERCÍCIO FÍSICO • Vários Fatores -> Desloca a curva para a direita -> maior liberação de O2 para os tecidos. ↑ Metabolismo; ↑ PCO2 e diminui o Ph. Intoxicação por monóxido de carbono • O monóxido de carbono possui afinidade pela Hb 250x maior do que o O2. • PO2 vai estar provavelmente normal (receptores que detectam não são acionados, por isso a morte é “silenciosa”), mas o transporte de O2 vai estar bem diminuído. OBS: A PO2 no ar diminui junto com a pressão atm total quando você se move do nível do mar. Transporte de Dioxido de çarbono (CO2) no sangue • Em condições normais de repouso, são transportados 3-4 ml de CO2 dos tecidos para os pulmões a cada 100 ml de sangue. • Diferentes formas de transporte de CO2 1. Dissolvido no plasma (7%): mais solúvel que o O2. -> PCO2 sangue venoso = 45 mmHg - 2,7 ml/dl ->PCO2 sangue arterial = 40 mmHg - 2,4 ml/d 2. Quimicamente combinado com proteínas (principalmente Hb) (23%); • CO2 se liga a grupos aminos presentes nos aminoácidos formando compostos denominados carbaminos. • Se liga a Hb formando carbaminohemoglobina (Hb. CO2) 3. Na forma bicarbonato (70%): gás carbônio apolar (entra facilmente nas hemácias) -> reage com água -> forma ácido carbônico -> e por ação da enzima anidrase carbônica -> há dissociação e forma H+ e HCO3- -> o HCO3 - é transportado para o para o plasma através do transportador e o H+ se liga a Hb. -> É feito o transporte inverso nos alvéolos. -> A saída e entrada do bicarbonato dependem da concentração do íon cloreto no eritrócito. OBS: -> HIPÓXIA: estado de muito pouco oxigênio nos tecidos. -> HIPERCAPNIA: concentração elevada de dióxido de carbono. Para evitar a hipóxia e a hipercapnia, o corpo utiliza sensores que monitoram a composição do sangue arterial. Esses sensores respondem a três variáveis: 1. Oxigênio: fornecimento p/ células deve ser adequado para manter a respiração aeróbia e a produção de ATP. 2. Dióxido de carbono (CO2): produtoresidual durante o ciclo do ácido cítrico. A eliminação de CO2 pelos pulmões é importante por: altos níveis de CO2 = depressor do SNC = acidose (pH baixo) através da reação: CO2 + H2O = H2CO3 + H HCO3- . 3. pH: homeostasia impede a desnaturação de proteínas; sist. Resp. monitora o pH plasmático e utiliza as alterações na ventilação para equilibrar o pH. Ref: SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana: 7 Ed – São Paulo: Artmed editora ltda, 2017. Unidade 3, CAP 17 e 18 GUYTON, Arthur C; Hall, John E. Tratado de fisiologia médica. 13a ed. São Paulo: Elsevier, 2017. CAP 38 Aluna: Iasmim Araújo Xavier Fonseca – Medicina UNINOVE
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