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1 Sobre a Gramática A Gramática tem como finalidade orientar e regular o uso da língua, estabelecendo um padrão de escrita e de fala baseado em diversos critérios, tais como: - Exemplo de bons escritores; - Lógica; - Tradição; - Bom senso. Divisão da Gramática Sabe-se que a língua é um sistema tríplice: compreende um sistema de formas (mórfico), um sistema de frases (sintático) e um sistema de sons (fônico). Por essa razão, a Gramática tradicionalmente divide-se em: Morfologia - abrange o sistema mórfico. Sintaxe - enfoca o sistema sintático. Fonologia/Fonética - focaliza o sistema fônico. Observação: Alguns gramáticos incluem nessa visão uma quarta parte, a Semântica, que se ocupa dos significados dos componentes de uma língua. Estrutura das Palavras Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. Assim, compreendemos melhor o significado de cada uma delas. Observe os exemplos abaixo: art-ista brinc-a-mos cha-l-eira cachorr-inh-a-s A análise destes exemplos mostra-nos que as palavras podem ser divididas em unidades menores, a que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas. Vamos analisar a palavra "cachorrinhas": Nessa palavra observamos facilmente a existência de quatro elementos. São eles: cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém o significado. inh - indica que a palavra é um diminutivo a - indica que a palavra é feminina s - indica que a palavra se encontra no plural Morfemas: unidades mínimas de caráter significativo. Obs.: existem palavras que não comportam divisão em unidades menores, tais como: mar, sol, lua, etc. São elementos mórficos: 1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos 2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vogal temática: elementos modificadores da significação dos primeiros É o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras, consideradas do ângulo histórico. É a raiz que encerra o sentido geral, comum às palavras da mesma família etimológica. Observe o exemplo: Raiz noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significação geral de causar dano, e a ela se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo, etc. Obs.: uma raiz pode sofrer alterações. Veja o exemplo: at-o at-or at-ivo aç-ão ac-ionar Radical Observe o seguinte grupo de palavras: livr- o livr- inho livr- eiro livr- eco Você reparou que há um elemento comum nesse grupo? Você reparou que o elemento livr serve de base para o significado? Esse elemento é chamado de radical (ou semantema). Radical: elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático. É encontrado através do despojo dos elementos secundários (quando houver) da palavra. Por Exemplo: cert-o cert-eza in-cert-eza Afixos Afixos são elementos secundários (geralmente sem vida autônoma) que se agregam a um radical ou tema para formar palavras derivadas. Sabemos que o acréscimo do morfema "-mente", por exemplo, cria uma nova palavra a partir de "certo": 2 certamente, advérbio de modo. De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas "a-" e "-ar" à forma "cert-" cria o verbo acertar. Observe que a- e -ar são morfemas capazes de operar mudança de classe gramatical na palavra a que são anexados. Quando são colocados antes do radical, como acontece com "a-", os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como "-ar", surgem depois do radical, os afixos são chamados de sufixos. Veja os exemplos: Prefixo Radical Sufixo in at ivo em pobr ecer inter nacion al Desinências Desinências são os elementos terminais indicativos das flexões das palavras. Existem dois tipos: Desinências Nominais: indicam as flexões de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural) dos nomes. Exemplos: alun-o aluno-s alun-a aluna-s Observação: só podemos falar em desinências nominais de gêneros e de números em palavras que admitem tais flexões, como nos exemplos acima. Em palavras como mesa, tribo, telefonema, por exemplo, não temos desinência nominal de gênero. Já em pires, lápis, ônibus não temos desinência nominal de número. Desinências Verbais: indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dos verbos. Exemplos: compr-o compra-s compra-mos compra-is compra-m compra-va compra-va-s A desinência "-o", presente em "am-o", é uma desinência número-pessoal, pois indica que o verbo está na primeira pessoa do singular; "-va", de "ama-va", é desinência modo-temporal: caracteriza uma forma verbal do pretérito imperfeito do indicativo, na 1ª conjugação. Vogal Temática Vogal Temática é a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber as desinências. Nos verbos, distinguem-se três vogais temáticas: Caracteriza os verbos da 1ª conjugação. Exemplos: buscar, buscavas, etc. Caracteriza os verbos da 2ª conjugação. Exemplos: romper, rompemos, etc. Caracteriza os verbos da 3ª conjugação. Exemplos: proibir, proibirá, etc. Tema Tema é o grupo formado pelo radical mais vogal temática. Nos verbos citados acima, os temas são: busca-, rompe-, proibi- Vogais e Consoantes de Ligação As vogais e consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a pronúncia de uma determinada palavra. Exemplo: parisiense (paris= radical, ense=sufixo, vogal de ligação=i) Outros exemplos: gas-ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cracia, pau-l- ada, cafe-t-eira, cha-l-eira, inset-i-cida, pe-z- inho, pobr-e-tão, etc. Formação das Palavras Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição. A diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivação, partimos sempre de um único radical, enquanto no processo de composição sempre haverá mais de um radical. Derivação Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo: Primitiva Derivada mar marítimo, marinheiro, marujo 3 terra enterrar, terreiro, aterrar Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas. Tipos de Derivação Prefixal ou Prefixação Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os exemplos: crer- descrer ler- reler capaz- incapaz Sufixal ou Sufixação Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramatical. Por Exemplo: alfabetização No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar. A derivação sufixal pode ser: a) Nominal, formando substantivos e adjetivos. Por Exemplo: papel - papelaria riso - risonho b) Verbal, formando verbos. Por Exemplo: atual - atualizar c) Adverbial, formando advérbios de modo. Por Exemplo: feliz – felizmente Derivação Parassintética ou Parassíntese Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) e verbos. Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer através da junção simultânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". A presença de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras "entriste", nem "tristecer". Exemplos: Palavra InicialPrefixo Radical Sufixo Palavra Formada mudo e mud ecer emudecer alma des alm ado desalmado Atenção! Não devemos confundir derivação parassintética, em que o acréscimo de sufixo e de prefixo é obrigatoriamente simultâneo, com casos como os das palavras desvalorização e desigualdade. Nessas palavras, os afixos são acoplados em sequência: desvalorização provém de desvalorizar, que provém de valorizar, que por sua vez provém de valor. É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por parassíntese: não se pode dizer que expropriar provém de "propriar" ou de "expróprio", pois tais palavras não existem. Logo, expropriar provém diretamente de próprio, pelo acréscimo concomitante de prefixo e sufixo. Derivação Regressiva Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução. Exemplos: comprar (verbo) beijar (verbo) compra (substantivo) beijo (substantivo) Saiba que: Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação: - Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva. - Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o contrário. Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo não ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar. Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, são frequentes os exemplos de palavras formadas por derivação regressiva. Veja: o portuga (de português) o boteco (de botequim) o comuna (de comunista) 4 Ou ainda: agito (de agitar) amasso (de amassar) chego (de chegar) Obs.: o processo normal é criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivação regressiva, a língua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo. Derivação Imprópria A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo: 1) Os adjetivos passam a substantivos Por Exemplo: Os bons serão contemplados. 2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos Por Exemplo: Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso. 3) Os infinitivos passam a substantivos Por Exemplo: O andar de Roberta era fascinante. O badalar dos sinos soou na cidadezinha. 4) Os substantivos passam a adjetivos Por Exemplo: O funcionário fantasma foi despedido. O menino prodígio resolveu o problema. 5) Os adjetivos passam a advérbios Por Exemplo: Falei baixo para que ninguém escutasse. 6) Palavras invariáveis passam a substantivos Por Exemplo: Não entendo o porquê disso tudo. 7) Substantivos próprios tornam-se comuns. Por Exemplo: Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente) Observação: os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte da Morfologia porque implicam alterações na forma das palavras. No entanto, a derivação imprópria lida basicamente com seu significado, o que acaba caracterizando um processo semântico. Por essa razão, entendemos o motivo pelo qual é denominada "imprópria". Justaposição Na composição por justaposição ocorre a junção de duas ou mais palavras ou radicais, sem que haja alteração desses elementos formadores, ou seja, mantêm a mesma ortografia e acentuação que tinham antes da composição, havendo apenas alteração do significado. Muitas palavras compostas por justaposição são ligadas através do hífen. Contudo, o hífen é apenas uma convenção ortográfica, uma vez que os compostos por justaposição podem ser escritos unidos ou sem o hífen. Exemplos de palavras compostas por justaposição: amor-perfeito; arco-íris; beija-flor; bem-me-quer; cachorro-quente; cavalo-marinho; couve-flor; guarda-roupa; guarda-chuva; peixe-espada; roda-viva; saca-rolhas; Composição por Aglutinação Ocorre quando os elementos ou palavras se juntam, mas há perda sonora ou ortográfica. Ex: vinagre+acre: vinagre Plano+ alto: planalto Outros meios usados para criar palavras novas Abreviação vocabular: abreviar uma palavra Ex: auto; automóvel Cine; cinema. Siglonimização: Formação de uma sílaba. Ex: IFES – Instituto Federal do Espírito Santo UFES – Universidade Federal do Espírito Santo. Onomatopeia: Consiste na imitação de determinados sons. Ex: tique-taque Toc-toc Zum-zum 5 Exercícios Todas as palavras abaixo são formadas por derivação, exceto: a) esburacar; b) pontiagudo; c) rouparia; d) ilegível; e) dissílabo. O elemento mórfico sublinhado não é desinência de gênero, que marca o feminino, em: a) tristonha; b) mestra; c) telefonema; d) perdedoras; e) loba. Os elementos mórficos sublinhados estão corretamente classificados nos parênteses, exceto em: a) aluna (desinência de gênero); b) estudássemos (desinência modo-temporal); c) reanimava (desinência número-pessoal); d) deslealdade (sufixo); e) agitar (vogal temática). Marque a opção em que todas as palavras possuem um mesmo radical: a) batista – batismo – batistério – batisfera – batiscafo; b) triforme – triângulo – tricologia – tricípite – triglota; c) poligamia – poliglota – polígono – política – polinésio; d) operário – opereta – opúsculo – obra – operação; e) gineceu – ginecologia – ginecofobia – ginostênio – gimnosperma. Fonemas A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono ( "som, voz") e log, logia ( "estudo", "conhecimento") . Significa literalmente " estudo dos sons" ou "estudo dos sons da voz". O homem, ao falar, emite sons. Cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar esses sons no ato da fala. Essas particularidades na pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras: amor – ator morro – corro vento – cento Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que você, como falante de português, guarda de cada um deles. É essa imagem acústica, esse referencial de padrão sonoro, que constitui o fonema. Os fonemas formam os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparecem representados entre barras. Assim: /m/, /b/, /a/, /v/, etc. Fonema e Letra 1) O fonema não deve ser confundido com a letra. Na língua escrita, representamos os fonemas por meio de sinais chamados letras. Portanto, letra é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por exemplo, a letra s representa o fonema /s/ (lê- se sê); já na palavra brasa, a letra s representa o fonema /z/ (lê-se zê). 2) Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x: Exemplos: zebra casamento exílio 3) Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra x, por exemplo, pode representar: - o fonema sê: texto - o fonema zê: exibir - o fonema chê: enxame - o grupo de sons ks: táxi 4) O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas. Exemplos: tóxico fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o galho fonemas: /g/a/lh/o/ letras: g a l h o 5) As letras m e n, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra conta Nessas palavras, m e n indicam a nasalização das vogais que as antecedem. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o n não é um fonema; o fonemaé /ã/, representado na escrita pelas letras a e n. 6 6) A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema. Exemplos: hoje fonemas: ho / j / e / letras: h o j e Classificação dos Fonemas Os fonemas da língua portuguesa são classificados em: 1) Vogais As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua, desempenham o papel de núcleo das sílabas. Assim, isso significa que em toda sílaba há necessariamente uma única vogal. Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser: a) Orais: quando o ar sai apenas pela boca. Por Exemplo: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/. b) Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. Por Exemplo: /ã/: fã, canto, tampa, dente, tempero c) Átonas: pronunciadas com menor intensidade. Por Exemplo: até, bola d)Tônicas: pronunciadas com maior intensidade. Por Exemplo: até, bola Quanto ao timbre, as vogais podem ser: Abertas Exemplos: pé, lata, pó Fechadas Exemplos: mês, luta, amor Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das palavras. Exemplos: dedo, ave, gente Quanto à zona de articulação: Anteriores ou Palatais - A língua eleva-se em direção ao palato duro (céu da boca). Exemplos: é, ê, i Posteriores ou Velares - A língua eleva-se em direção ao palato mole (véu palatino). Exemplos: ó, ô, u Médias - A língua fica baixa, quase em repouso. Por Exemplo: a 2) Semivogais Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Nesse caso, esses fonemas são chamados de semivogais. A diferença fundamental entre vogais e semivogais está no fato de que estas últimas não desempenham o papel de núcleo silábico. Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa-pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca é o a. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico i não é tão forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, história, série. Obs.: os fonemas /i/ e /u/ podem aparecer representados na escrita por" e", "o" ou "m". Veja: pães / pãis mão / mãu/ cem /c 3) Consoantes Para a produção das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela cavidade bucal. Isso faz com que as consoantes sejam verdadeiros "ruídos", incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém justamente desse fato, pois, em português, sempre consoam ("soam com") as vogais. Exemplos: /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. Encontros Vocálicos Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o tritongo e o hiato. 1) Ditongo É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser: a) Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal. Por Exemplo: sé-rie (i = semivogal, e = vogal) b) Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal. Por Exemplo: pai (a = vogal, i = semivogal) c) Oral: quando o ar sai apenas pela boca. Exemplos: pai, série 7 d) Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. Por Exemplo: mãe 2) Tritongo É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal. Exemplos: Paraguai - Tritongo oral quão - Tritongo nasal 3) Hiato É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa sílaba. Por Exemplo: saída (sa-í-da) poesia (po-e-si-a) Saiba que: - Na terminação -em em palavras como ninguém, também, porém e na terminação - am em palavras como amaram, falaram ocorrem ditongos nasais decrescentes. - É tradicional considerar hiato o encontro entre uma semivogal e uma vogal ou entre uma vogal e uma semivogal que pertencem a sílabas diferentes, como em ge-lei-a, io-iô. Encontros Consonantais O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal. Existem basicamente dois tipos: - os que resultam do contato consoante + l ou r e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe- dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se... - os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis- ta... Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo,psi-có-lo-go... Dígrafos De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra. Por Exemplo: lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras. Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras. Por Exemplo: bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras. Na palavra acima, para representar o fonema | xe| foram utilizadas duas letras: o c e o h. Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + grafo = letra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos. Dígrafos Consonantais Letras Fonemas Exemplos Lh lhe telhado Nh nhe marinheiro Ch xe chave Rr Re (no interior da palavra) carro Ss se (no interior da palavra) passo Qu que (seguido de e e i) queijo, quiabo gu gue (seguido de e e i) guerra, guia sc se crescer sç se desço xc se exceção Dígrafos Vocálicos: registram-se na representação das vogais nasais. Fonemas Letras Exemplos ã am Tampa an Canto Templo 8 en lenda Limpo in lindo õ om tombo on tonto um Chumbo un Corcunda Observação: "Gu" e "qu" são dígrafos somente quando, seguidos de "e" ou "i", representam os fonemas /g/ e /k/:guitarra, aquilo. Nesses casos, a letra "u" não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o "u" representa um fonema semivogal ou vogal (aguentar, linguiça, aquífero...) Nesse caso, "gu" e"qu" não são dígrafos. Também não há dígrafos quando são seguidos de "a" ou "o" (quase, averiguo). Sílaba Observe: A - MOR A palavra amor está dividida em grupos de fonemas pronunciados separadamente: a - mor. A cada um desses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome de sílaba. Em nossa língua, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca há mais do que uma vogal em cada sílaba. Dessa forma, para sabermos o número de sílabas de uma palavra, devemos perceber quantas vogais tem essa palavra. Atenção: as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem representar semivogais. Classificação das Palavras quanto ao Número de Sílabas 1) Monossílabas: possuem apenas uma sílaba. Exemplos: mãe, flor, lá, meu 2) Dissílabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í, trans-por 3) Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir 4) Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas. Exemplos: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor- ri-no-la-rin-go-lo-gis-ta Divisão Silábica Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as seguintes normas: a) Não se separam os ditongos e tritongos. Exemplos: foi-ce, a-ve-ri-guou b) Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exemplos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa c) Não se separam os encontros consonantais que iniciam sílaba. Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co d) Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de e) Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc. Exemplos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te f) Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas,excetuando-se aqueles em que a segunda consoante é l ou r. Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car Acento Tônico Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, percebe-se que há uma sílaba de maior intensidade sonora do que as demais. calor - a sílaba lor é a de maior intensidade. faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade. sólido - a sílaba só é a de maior intensidade. Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas palavras, em meio a sílabas de menor intensidade, é um dos elementos que dão melodia à frase. Classificação da Sílaba quanto à Intensidade Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade. Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensidade. Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. Ocorre, principalmente, nas palavras derivadas, correspondendo à tônica da palavra primitiva. Veja o exemplo abaixo: Palavra primitiva: be - bê átona tônica Palavra derivada: be - be - 9 zi - nho átona subtônica tônica átona Classificação das Palavras quanto à Posição da Sílaba Tônica De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos da língua portuguesa que contêm duas ou mais sílabas são classificados em: Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última. Exemplos: avó, urubu, parabéns Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima. Exemplos: dócil, suavemente, banana Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a antepenúltima. Exemplos: Máximo, parábola, íntimo Saiba que: São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister, Nobel, novel, ruim, sutil, tran sistor, ureter. São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago, boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano, filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico, inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, necropsia (alguns dicionários admitem também necrópsia), Normandia, pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubrica, subido (a). São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito, bávaro, bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, pântano, trânsfuga. As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceânia/Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil, zângão/zangão. Exercícios 1. As palavras “cambalacho”, “carretilha”, “circunferência”, apresentam, respectivamente: a) oito, nove e doze fonemas b) oito, oito e onze fonemas; c) oito, sete e treze fonemas; d) sete, oito e doze fonemas; e) oito, oito e doze fonemas. 2.As palavras “pandemônio”, “derreado” e “oxalá” apresentam, respectivamente: a) nove, sete e cinco fonemas; b) nove, sete e seis fonemas; c) oito, seis e cinco fonemas; d) nove, oito e seis fonemas; e) oito, oito e cinco fonemas. 3. As palavras “bilíngue”, “derradeiro” e “complexo” apresentam respectivamente: a) sete, oito e oito fonemas; b) sete, nove e sete fonemas; c) oito, oito e oito fonemas; d) sete, nove e oito fonemas; e) oito, oito e sete fonemas. 4. Assinale a alternativa em que todos os vocábulos apresentam o mesmo número de fonemas de “carreata”: a) elíptico - sexagenário - retângulo; b) exagero - girassol - amígdala; c) ovelheiro - exceder - enxaqueca; d) miserando - excluso - fantasia; e) groselha - brinquedo - misantropa. 5. Que alternativa apresenta compostos com o mesmo número de fonemas de “esquisitice”? a) irresoluto - framboesa - basilicão; b) gargalhada - supressão - hambúrguer; c) pampulha - onomatopáico - hinduísta; d) consanguíneo - apropinquar - farisaísmo; e) heterogênio - sortilégio - ostensório. 6. As palavras “quinquênio”, “batráquio” e “miscelânea”, apresentam respectivamente: a) nove, nove e nove fonemas; b) nove, oito e nove fonemas; c) oito, nove e oito fonemas; d) oito, oito e nove fonemas; e) nove, nove e nove fonemas. 7. As palavras “profilaxia”, “translineação” e “cavalheiro” apresentam respectivamente: a) onze, doze e nove fonemas; b) doze, doze e treze fonemas; c) doze, onze e doze fonemas; d) onze, dez e doze fonemas; e) onze, onze e doze fonemas. 8. As palavras “putrescência”, “oscilógrafo” e “vitrescibilidade” apresentam, respectivamente: a) onze, onze e quinze fonemas; b) dez, onze e quatorze fonemas; c) dez, dez e quinze fonemas; d) onze, onze e quinze fonemas; e) dez, doze e treze fonemas. 10 9. As palavras “discussão”, “fissilíngue” e “sanguessuga”, têm respectivamente: a) oito, oito e oito fonemas; b) oito, oito e nove fonemas; c) nove, oito e nove fonemas; d) nove, nove e nove fonemas; e) oito, nove e oito fonemas. Substantivo Colômbia, bola, medo, trovão, paixão, etc. Essas palavras estão dando nome a lugar, objeto, sensação física, fenômenos da natureza, emoções, enfim as coisas em geral. Esses nomes são chamados SUBSTANTIVOS. Assim, podemos dizer que substantivo é a palavra que dá nome aos seres. Eles podem ser classificados da seguinte forma: Concreto, Abstrato, Comuns e Próprios. Classificação do Substantivo Concreto É aquele que indica a existência de seres reais ou imaginários. Exemplos: Reais imaginários Brasil bruxa Recife curupira Abstrato É aquele que indica sentimentos, qualidades, ações, estados e sensações. Exemplo: Sentimento: amor, ódio, paixão; Qualidade: honestidade, fidelidade, perfeccionismo, Ações: trabalho, doação; Estado: vida, solidão, morte; Sensação: calor, frio. Comuns É aquele que indica elementos de uma mesma espécie. Exemplo: Criança, cidade, livro. Próprio É aquele que indica um ser em particular. Exemplo: Roberto, Pernambuco, Capibaribe, Brasil. Os nomes próprios são utilizados principalmente em: Rios: Capibaribe, Amazonas; Cidades: Recife, Porto Alegre; Estados: Pernambuco, Rio Grande do Sul; Países: Brasil, Austrália; Pessoas: Rubem, Antônio; Empresas: Intel, Oracle. Observação: o substantivo coletivo é um substantivo comum que, mesmo no singular indica um agrupamento, multiplicidade de seres de uma mesma espécie. Constelação » estrelas; Cáfila » camelos. Vejamos alguns substantivos coletivos: Alcateia » lobos; Arquipélago » ilhas; Banca » examinadores, advogados; Boiada » bois; Cacho » bananas, uvas; Década » período de dez anos; Discoteca » discos; Enxame » abelha, insetos; Esquadrilha » aviões; Fauna » animais de uma região; Frota » carros, ônibus; Lustro » período de cinco anos; Manada » bois, porcos; Pinacoteca » quadros; Quadrilha » ladrões; Rebanho » gado, ovelhas; Resma » quinhentas folhas de papel; Século » período de cem anos; Triênio » período de três anos; Vocabulário » palavras. Formação do substantivo Quanto à formação o substantivo pode ser: Primitivo; Derivado; Simples; Composto. Primitivo Dá origem a outras palavras. Exemplo: Pedra, ferro, vidro. Derivado É originado através de outra palavra. Exemplo: Pedreira, ferreiro, vidraçaria. Simples Apresenta apenas um radical na sua formação. Exemplo: Vidro, pedra. 11 Composto Apresenta dois ou mais radicais na sua formação. Exemplo: Pernilongo, couve-flor. Flexão do substantivo Por ser uma palavra variável o substantivo sofre flexões para indicar: Gênero: masculino ou feminino; Número: singular ou plural; Grau: aumentativo ou diminutivo. Gênero do substantivo Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e feminino. Será masculino o substantivo que admitir o artigo o e feminino aquele que admitir o artigo a. Exemplo: O avião/ o calçado/ o leão A menina/ a camisa/ a cadeira Substantivo biforme Na indicação de nomes de seres vivos o gênero da palavra está ligado, geralmente,ao sexo do ser, havendo, portanto, uma forma para o masculino e outra para o feminino. Exemplo: Garoto – substantivo masculino indicando pessoa do sexo masculino; Garota – substantivo feminino indicando pessoa do sexo feminino. Formação do feminino O feminino pode ser formado das seguintes formas: trocando a terminação o por a: exemplo: moço - moça menino – menina trocando a terminação e por a: exemplo: gigante giganta mestre mestra acrescentando a letra a: exemplo: português portuguesa cantor cantora mudando-se ao final para ã, ao, ona: exemplo: catalão catalã valentão valentona leão leoa com esa, essa, isa, ina, triz: exemplo: conde condessa príncipe princesa poeta poetisa czar czarina ator atriz por palavras diferentes: exemplo: cavaleiro amazona padre madre homem mulher Substantivos uniformes Há substantivos que possuem uma só forma para indicar tanto o masculino quanto o feminino. Podemos classificá-los em: Epicenos Sobrecomuns Comuns de dois gêneros Epicenos São substantivos que designam alguns animais e têm um só gênero. Para indicar o sexo são utilizadas as palavras macho ou fêmea. Exemplo: Cobra macho - cobra fêmea Peixe macho - peixe fêmea Jacaré macho - jacaré fêmea Sobrecomuns São substantivos que designam pessoas e tem um só gênero tanto para o masculino como para o feminino. Exemplo: A criança – masculino ou feminino O indivíduo – masculino ou feminino A vítima – masculino ou feminino Comuns de dois gêneros São substantivos que apresentam uma só forma para o masculino e para o feminino. A distinção se dá através do artigo, adjetivo ou pronome. Exemplo: O motorista - A motorista Meu colega - Minha colega Bom estudante - Boa estudante Flexão de Número Os substantivos flexionam-se em singular e plural. Em sua maioria, o plural é formado acrescentando s. Contudo, há outras regras. Veja a seguir: Plural dos Substantivos Simples: Plural dos substantivos terminados em –ão 12 A maior parte das palavras terminadas em –ão vira –ões: Ex: Balão- balões Cão- cães Mão- mãos Algumas palavras terminadas em –ão viram – ães: Ex: Algodão- algodões Mamão-mamões Cão-cães Substantivos terminados em -m: substituição do -m por -ns Ex: homem- homens Som-sons Substantivos terminados em -n: acrescenta -s ou -es Ex: abdômen- abdômens ou abdômenes Líquem- líquens ou líquenes Substantivos terminados em -al, -el,-ol,-ul: substitui -l por -is Ex: canal- canais Fatal-fatais Azul- azuis Lençol- lençóis Substantivos terminados em -il: - Oxítonos: substitui -l por -s Ex: funil – funis Cantil- cantis - Paroxítonos: substitui -il por -eis Ex: fóssil- fósseis Réptil- répteis Substantivos terminados -s: - Oxítonos e monossílabos: acréscimo de -es Ex: país – países Mês - meses - paroxítonos e proparoxítonas são invariáveis: Ex: o vírus- os vírus Um ônibus- dois ônibus. Substantivos terminados -x são invariáveis: Ex: um tórax – dois tórax Um tipo de látex – vários tipos de látex Plural dos Substantivos Compostos - Não ligados por hífen: fazem o plural como os substantivos simples. Ex: pontapé – pontapés Girassol – girassóis - Ligados por hífem: podem ir para o plural apenas um ou nenhum. * Os dois elementos vão para plural caso seja representado por: Substantivo e substantivo: couve-flor: couves- flores Substantivo e adjetivo: banana-nanica: bananas- nanicas Adjetivo e substantivo: má-língua: más línguas Numeral e substantivo: sexta-feira: sextas-feiras * Apenas o primeiro vai para o plural: a) caso o segundo elemento indique finalidade ou restrinja a ideia do primeiro. Ex: banana-prata: bananas-prata Azul-bebê: azuis-bebê b) caso os elementos sejam ligados por preposição: Ex: pé-de-moleque: pés-de-moleque Cana-de-açúcar: canas-de-açúcar. * Apenas o segundo elemento vai para o plural: a) caso o primeiro elemento seja: verbo: guarda-chuva: guarda-chuvas advérbio: abaixo-assinado: abaixo-assinados forma reduzida (como grã, bel, grão): bel-prazer: bel-prazeres b) caso os elementos sejam: palavras repetidas: tico-tico: tico-ticos 13 palavras onomatopaicas: tique-taque: tique-taques Formação do grau substantivo Tanto o grau aumentativo quanto o diminutivo possuem duas formas, a saber: a forma analítica e a sintética. Grau aumentativo a) forma analítica: o aumento das proporções é feito com acréscimo de outras palavras. Ex: cabelo grande; pescoço curto. b) forma sintética: o aumento das proporções é obtido com acréscimo de sufixos. Ex: casarão; fogaréu. Grau diminutivo a) forma analítica: a diminuição das proporções é obtida com o acréscimo de outras palavras: menina pequena; fogo baixo. b) forma sintética: a diminuição das proporções é obtida com o acréscimo de sufixos: Ex: menininha; foguinho. Artigo Os artigos pertencem a classe de palavras variáveis. É um determinante do substantivo, diz se ele vai ser definido ou indefinido, masculino ou feminino, singular ou plural. Artigos variam em gênero e gramatica-artigo- definido-e-indefinido, são palavras que antecedem os substantivos - vem antes dos substantivos - para determiná-lo ou indeterminá-lo. Podem ser classificados em definidos ou indefinidos, singular ou plural, masculino ou feminino. Artigos: palavras que antecedem os substantivos, definindo-os ou indefinido-os, particularizando-os ou generalizando-os. Classificação dos artigos: Definidos: a, as, o, os Indefinidos: um, uns, uma, umas Contrações do artigo: Em + a(s)= na(s) Em + o(s)= no(s) Em + um= num Em + uns= nuns Em + uma(s)= numa(s) De + a(s)= da(s) De + o(s)= do(s) O artigo colocado antes de uma palavra de qualquer classe, a transforma em substantivo. Qual é o Gênero? À exceção dos seres sexualmente diferenciados, o gênero de alguns substantivos fixa-se ao longo da evolução histórica de cada língua. Assim, não raro um mesmo substantivo difere, quanto ao gênero, de uma língua para outra. Existem palavras que possuem gênero ambíguo, a elas se aplicando tanto o masculino como o feminino. Há nomes que são chamados comuns de dois, por se aplicarem a ambos os sexos. Diante das variações possíveis, o gênero de algumas palavras costuma provocar discussões. Veja a seguir as dúvidas mais frequentes: O guaraná ou a guaraná? O refrigerante, feito de um fruto da Amazônia, possui gênero masculino, da mesma forma que o fruto. Fala-se erradamente em ‘a guaraná’, por analogia a outros refrigerantes (como a Coca, Pepsi, etc.). Por Exemplo: Vamos beber um guaraná. O aguardente ou a aguardente? É substantivo de gênero feminino. Por Exemplo: Esta aguardente é a melhor que encontramos no mercado. O gambá ou a gambá? Tanto faz. As duas formas são corretas. Por Exemplo: A gambá é um animal mamífero. O pernoite ou a pernoite? É substantivo de gênero masculino. Por Exemplo: O pernoite nesta pousada está um pouco caro. O sabiá ou a sabiá? Tanto faz. As duas formas são corretas. Por Exemplo: O canto da sabiá é muito conhecido. O laringe ou a laringe? Tanto faz. As duas formas são corretas. Por Exemplo: O laringe evita a penetração de alimento na traqueia. O diabete ou a diabete? As duas formas são aceitas. Em alguns casos, usa-se diabetes, que apesar do "s" final, trata-se de um vocábulo no singular. Assim, tem-se: o diabete, a diabete, o diabetes ou a diabetes. Por Exemplo: Na aula de biologia, estudaremos o diabete. O fênix ou a fênix? É substantivo de gênero feminino. 14 Por Exemplo: A ave fênix, segundo a tradição egípcia, renascia das próprias cinzas.O cal ou a cal? É substantivo de gênero feminino. Por Exemplo: A cal que vamos utilizar na obra já foi encomendada. O púbis ou a púbis? É substantivo do gênero masculino. Por Exemplo: O púbis é a parte mais anterior do osso ilíaco. O xerox ou a xerox? Tanto faz. As duas formas são aceitas. Por Exemplo: Peguei o xerox que a professora solicitou. O magazine ou a magazine? É substantivo de gênero masculino, originado da forma francesa magasin (armazém). Por Exemplo: O magazine abrirá neste feriado. O mascote ou a mascote? É substantivo de gênero feminino, originado da forma francesa mascotte (representa boa ventura, boa sina). A mascote pode ser representada por pessoa, animal ou coisa, cuja presença traga boa sorte. Por Exemplo: Nos jogos pan-americanos de 2007, o Brasil elegeu uma mascote. O fondue ou a fondue? É substantivo de gênero feminino, corresponde ao particípio passado do verbo fondre, que em francês significa fundir (derreter). O dicionário Aurélio e o Vocabulário Ortográfico da ABL registram fondue como substantivo de gênero feminino. Para o dicionário Houaiss, é substantivo de dois gêneros. Por Exemplo: Nos dias frios, gosto de saborear uma fondue. O musse ou a musse? É substantivo de gênero feminino, originado da forma francesa mousse (espuma), referindo-se a uma preparação culinária leve e espumosa. Por Exemplo: Adoro a musse de maracujá feita por minha mãe. O baguete ou a baguete? Segundo os dicionários Aurélio e Houaiss, é substantivo de gênero feminino. A palavra tem origem na forma francesa baguette (bastão pequeno e fino). Por Exemplo: Comprei uma baguete para comer durante a tarde. O champanhe ou a champanhe? É substantivo de gênero masculino, pois refere-se a um vinho. A palavra originou-se da forma francesa champagne. Por Exemplo: O champanhe é um vinho branco mundialmente conhecido e produzido na região de Champagne, no nordeste da França. Exercícios 1) Classifique as orações de acordo com o código representado: A – artigo definido B – artigo indefinido a- Uns alunos chegaram mais cedo à escola ( ). b – O bem sempre vencerá o mal ( ). c – Preciso de uma explicação para o fato ( ). d – Chegaram as encomendas ( ). e – Nesta loja vendem-se uns artigos importados ( ). 2) (FMU) Procure e assinale a única alternativa em que há erro quanto ao problema do emprego do artigo: a – ( ) Nem todas as opiniões são valiosas. b – ( ) Disse-me que conhece todo o Brasil. c – ( ) Leu todos os dez romances do escritor. d – ( ) Andou por todo Portugal. e – ( ) Todas cinco, menos uma, estão corretas. 3) Como sabemos, um sinal de pontuação, um termo atribuído intencionalmente, muda todo o sentido de uma frase. Diante dessa afirmativa, analise as orações abaixo e explicite a diferença que há na mensagem quanto ao emprego do artigo indefinido: a) Hoje irei ler uma obra literária. b) Há uns cinco dias terminei de ler uma das obras mais importantes da Literatura Brasileira: Dom Casmurro. Numeral É a palavra que indica a quantidade de elementos ou sua ordem de sucessão. Dependendo do que o numeral indica, ele pode ser: Cardinal: É o numeral que indica a quantidade de seres. Ordinal: É o numeral que indica a ordem de sucessão, a posição ocupada por um ser numa determinada série. 15 Multiplicativo: É o numeral que indica a multiplicação de seres. Fracionário: É o numeral que indica divisão, fração. Cardinais e Ordinais Algarismos Romanos Algarismos Arábicos Numerais Cardinais Numerais Ordinais I 1 um primeiro II 2 dois segundo III 3 três terceiro IV 4 quatro quarto V 5 cinco quinto VI 6 seis sexto VII 7 sete sétimo VIII 8 oito oitavo IX 9 nove nono X 10 dez décimo XI 11 onze décimo primeiro XII 12 doze décimo segundo XIII 13 treze décimo terceiro XIV 14 catorze / quatorze décimo quarto XV 15 quinze décimo quinto XVI 16 dezesseis décimo sexto XVII 17 dezessete décimo sétimo XVIII 18 dezoito décimo oitavo XIX 19 dezenove décimo nono XX 20 vinte vigésimo XXI 21 vinte e um vigésimo primeiro XXX 30 trinta trigésimo XL 40 quarenta quadragésimo L 50 cinqüenta qüinquagésimo LX 60 sessenta sexagésimo LXX 70 setenta septuagésimo / setuagésimo LXXX 80 oitenta octogésimo XC 90 noventa nonagésimo C 100 cem centésimo CC 200 duzentos ducentésimo CCC 300 trezentos trecentésimo CD 400 quatrocentos quadringentésimo D 500 quinhentos qüingentésimo Numerais Multiplicativos 2 dobro, duplo, dúplice 3 triplo, tríplice 4 quádruplo 5 quíntuplo 6 sêxtuplo 7 séptuplo 8 óctuplo 9 nônuplo 10 décuplo 11 undéclupo 12 duodécuplo 13 em diante cardinal + vezes 100 cêntuplo Numerais Fracionários 2 meio / metade 3 terço 4 quarto 5 quinto 6 sexto 7 sétimo 8 oitavo 9 nono 10 décimo 11 onze avos 12 doze avos 100 centésimo Adjetivo Adjetivo é a classe gramatical que modifica um substantivo, atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser. Um adjetivo normalmente exerce uma dentre três funções sintáticas na oração: Aposto explicativo, adjunto adnominal ou predicativo. Os adjetivos podem ser: Adjetivo explicativo É o adjetivo que denota qualidade essencial do ser, qualidade inerente, ou seja, qualidade que não pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, todo homem é mortal, todo fogo é quente, todo leite é branco, então mortal, quente e branco são adjetivos explicativos, em relação a homem, fogo e leite. Adjetivo restritivo É o adjetivo que denota qualidade adicionada ao ser, ou seja, qualidade que pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, nem todo homem é inteligente, nem todo fogo é alto, nem todo leite é enriquecido, então inteligente, alto e enriquecido são adjetivos restritivos, em relação a homem, fogo e leite. Obs.: Sempre que o adjetivo estiver imediatamente após o substantivo qualificado por ele, teremos o seguinte: Se ele for adjetivo explicativo, deverá estar entre vírgulas e funcionará sintaticamente como aposto explicativo; se for adjetivo restritivo, não poderá estar entre vírgulas e funcionará como adjunto adnominal. Por exemplo: O homem, mortal, age como um ser imortal. Nessa frase, mortal é adjetivo explicativo, pois indica uma qualidade essencial do substantivo, por isso está entre vírgulas e sua função sintática é a de aposto explicativo. Já na frase O homem inteligente lê mais. Inteligente é adjetivo restritivo, pois indica uma qualidade adicionada ao substantivo, por isso não está entre vírgulas e sua função sintática é a de adjunto adnominal. Perceba que inteligente, apesar de não ser essencial a todos os homens, é especificamente ao universo de homens dos quais estamos falando. 16 Caso o adjetivo restritivo esteja entre vírgulas, funcionará como predicativo. Por exemplo: O diretor, preocupado, atendeu ao telefone. Perceba que preocupado não é uma qualidade essencial a todos os homens nem o é ao diretor de quem estamos falando; o diretor possui a qualidade de preocupado apenas em um determinado momento - essa é a diferença entre o adjunto adnominal e o predicativo. Orações Subordinadas Adjetivas As orações subordinadas adjetivas são aquelas que funcionam como um adjetivo, modificando o substantivo. Sempre são iniciadas por um pronome relativo e podem ser denominadas de explicativas e de restritivas, tais quais os adjetivos. Oração Subordinada Adjetiva Explicativa É a oração que funciona como o adjetivo explicativo, ou seja, denota uma qualidade essencial do substantivo, deve estar entre vírgulas e funciona como aposto explicativo. Por exemplo: O homem, que é mortal, age como um ser imortal. Há outra oração que funciona como aposto explicativo: a oração subordinada substantiva apositiva . A diferença é que esta não explica o significado do substantivo anterior, mas sim ocontexto da frase anterior. Por exemplo, a frase: Todos temos conhecimento de uma verdade: que o Brasil é o maior país da América do Sul. Possui uma oração subordinada substantiva apositiva (que o Brasil é o maior país da América do Sul), que explica o contexto da frase anterior, e não o significado da palavra verdade. Oração Subordinada Adjetiva Restritiva É a oração que funciona como o adjetivo restritivo, ou seja, denota uma qualidade adicionada ao substantivo, não pode estar entre vírgulas e funciona como adjunto adnominal. Por exemplo: O homem que é inteligente lê mais. O nome restritivo se deve ao fato de que a oração restringe o significado do substantivo anterior, ou seja, a oração apresentada significa que apenas os homens que são inteligentes leem mais, os outros não. É assim que se comprova a existência de uma oração subordinada adjetiva restritiva: usando a expressão somente: os outros não. Adjetivo Pátrio É o adjetivo que Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles: Estados e cidades brasileiros: Acre = acreano Alagoas = alagoano Amapá = amapaense Aracaju = aracajuano ou aracajuense Amazonas = amazonense ou baré Belém (PA) = belenense Belo Horizonte = belo-horizontino Boa Vista = boa-vistense Brasília = brasiliense Cabo Frio = cabo-friense Campinas = campineiro ou campinense Curitiba = curitibano Espírito Santo = espírito-santense ou capixaba Fernando de Noronha = noronhense Florianópolis = florianopolitano Fortaleza = fortalense Goiânia = goianiense João Pessoa = pessoense Macapá = macapaense Maceió = maceioense Manaus = manauense Maranhão = maranhense Marajó = marajoara Natal = natalense ou papa-jerimum Porto Alegre = porto-alegrense Porto Velho = porto-velhense Ribeirão Preto = ribeiropretense Rio de Janeiro (estado) = fluminense Rio de Janeiro (cidade) = carioca Rio Branco = rio-branquense Rio Grande do Norte = rio-grandense-do-norte, norte-rio-grandense ou potiguar Rio Grande do Sul = rio-grandense-do-sul, sul-rio- grandense ou gaúcho. Rondônia = rondoniano Roraima = roraimense Salvador (BA) = salvadorense ou soteropolitano Santa Catarina = catarinense, catarineta ou barriga-verde Santarém = santarense São Paulo (estado) = paulista São Paulo (cidade) = paulistano Sergipe = sergipano Teresina = teresinense Tocantins = tocantinense PAISES China = sino- / Acordos sino-japoneses Espanha = hispano- / Mercado hispano-português Europa = euro- / Negociações euro-americanas França = franco- ou galo- / Reuniões franco- italianas Grécia = greco- / Filmes greco-romanos Índia = indo- / Guerras indo-paquistanesas Inglaterra = anglo- / Letras anglo-portuguesas Itália = ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa Japão = nipo- / Associações nipo-brasileiras Portugal = luso- / Acordos luso-brasileiros Locução Adjetiva Em muitos casos, prefere-se usar, no lugar de um adjetivo, uma expressão formada por mais de uma palavra para caracterizar o substantivo. Essa expressão, que tem o mesmo valor e o mesmo sentido de um adjetivo, recebe o nome de locução adjetiva. Observe alguns exemplos: de águia = aquilino de aluno = discente de anjo = angelical de ano = anual de aranha = aracnídeo de asno = asinino de baço = esplênico de bispo = episcopal de bode = hircino de boi = bovino 17 de bronze = brônzeo ou êneo de cabelo = capilar de cabra = caprino de campo = campestre ou rural de cão = canino de carneiro = arietino de cavalo = cavalar, eqüino, eqüídio ou hípico de chumbo = plúmbeo de chuva = pluvial de cinza = cinéreo de coelho = cunicular de cobre = cúprico de couro = coriáceo de criança = pueril de dedo = digital de diamante = diamantino ou adamantino de enxofre = sulfúrico de estômago = estomacal ou gástrico de falcão = falconídeo de farinha = farináceo de fera = ferino de ferro = férreo de fígado = figadal ou hepático de garganta = gutural de gelo = glacial de gesso = gípseo de guerra = bélico de homem = viril ou humano de ilha = insular de intestino = celíaco ou entérico de inverno = hibernal ou invernal de lago = lacustre de leão = leonino de lua = lunar ou selênico de macaco = simiesco, símio ou macacal de madeira = lígneo de mestre = magistral de orelha = auricular de ouro = áureo de ovelha = ovino de pâncreas = pancreático de pato = anserino de peixe = písceo ou ictíaco de pombo = columbino de porco = suíno ou porcino de prata = argênteo ou argírico dos quadris = ciático de rio = fluvial de serpente = viperino de sonho = onírico de terra = telúrico, terrestre ou terreno de vaca = vacum de velho = senil de visão = óptico ou ótico Flexões do Adjetivo Gênero e Número O adjetivo concorda com o substantivo a que se refere em gênero e número (masculino e feminino; singular e plural). Caso o adjetivo seja representado por um substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva e passará a ser denominado de substantivo adjetivado. Por exemplo, a palavra cinza é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então invariável. Camisas cinza, ternos cinza. Ex. Carros amarelos e motos vinho. Telhados marrons e paredes musgo. Espetáculos gigantescos e comícios monstro. Adjetivo composto Com raras exceções, o adjetivo composto tem seus elementos ligados por hífen. Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo, a palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Camisas rosa-claro. Ternos rosa-claro. Ex. Olhos verde-claros. Exercícios 1. Aponte a alternativa incorreta quanto à correspondência entre a locução adjetiva e o adjetivo: a) glacial (de gelo); ósseo (de osso) b) fraternal (de irmão); argênteo (de prata) c) farináceo (de farinha); pétreo (de pedra) d) viperino (de vespa); ocular (de olho) e) ebúrneo (de marfim); insípida (sem sabor) 2. Estabeleça a correspondência adequada, levando em consideração os adjetivos destacados na primeira coluna e as locuções adjetivas, expressas na segunda: a) “ A chuva, em gotas glaciais, Chora monotonamente” (Manuel Bandeira) b) “(...) a criancinha é um boneca de olhos cerúleos, mas já careca, que atende pelo nome de Rosinha(...)” (Paulo Mendes Campos) c) “No céu plúmbeo a Lua baça ...Paira(...)” (Manuel Bandeira) d) “Não havia uma flor nas roseiras desertas, e esse riso estival dos púrpuros gerânios(...)” (Manuel Bandeira) ( ) de verão ( ) da cor do céu ( ) de gelo ( ) de chumbo 3.Os acordos _______dispensam interpretações de natureza_________ a) lusos-brasileiros – filosófico-científica b) lusos-brasileiros – filosófica-científicas c) luso-brasileiros – filosófico-científica d) lusos-brasileiros – filosófica-científica 18 e) luso-brasileiros – filosófica-científicas 4. Faça como no modelo: a) Dores no estômago – dores estomacais b) Instinto de irmão – c) Campo da audição – d) Olhar de gato – e) Armamentos de guerra – f) Faixa de idade – g) Toque de mestre – h) Protetor de orelha – i) Grupo de professores – j) Doença no pulmão – k) Carências de proteína – Pronomes São palavras que indicam as pessoas do discurso e os seres ou situações aos quais o discurso se refere. Classificação dos pronomes Pronomes pessoais: são aqueles que indicam as três pessoas do discurso. Os pronomes pessoais dividem-se em: Retos: exercem a função de sujeito da oração,predicativo do sujeito ou vocativo; Oblíquos: exercem, na oração, a função de objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, adjunto adverbial ou agente da passiva. Empregos dos pronomes pessoais Podem-se empregar os pronomes tu ou você (ambos de segunda pessoa), indiferentemente. Nota-se uma preferência pelo uso do pronome tu em algumas regiões do país. Os pronomes pessoais eu e tu não podem vir antecipado de preposição, devendo ser substituídos pelos pronomes oblíquos mim e ti. Pronomes de tratamento: são expressões empregadas no trato cerimonioso com interlocutor ou para se referir respeitosamente a alguém, além de marcar níveis de familiaridade das pessoas do discurso. Pronomes possessivos: são aqueles que indicam posse em relação às três pessoas do discurso. Os pronomes possessivos também se classificam em pronomes adjetivos e pronomes substantivos. Observe: Ela é minha mãe. (pronome adjetivo) Esta decisão foi minha. (pronome substantivo) Pronomes demonstrativos: são aqueles que situam, no tempo e no espaço, a pessoa ou coisa referida, em relação às três pessoas do discurso. Emprego dos pronomes demonstrativos Os pronomes demonstrativos são empregados de acordo com a posição da pessoa do discurso em relação ao espaço e ao tempo. > Em relação ao espaço este(s), esta(s) e isto são usados quando se quer indicar o ser (ou objeto) que está próximo da pessoa que fala 1° pessoa.) > Em relação ao tempo este(s), esta(s) e isto são usados quando se quer indicar o tempo presente em relação ao momento em que se fala. Exemplos: Este ano termina o século XX. (o ano presente) Esta noite haverá a entrega do Oscar. (a noite presente) Pronomes indefinidos são palavras que se referem a substantivos de forma genérica ou vaga. Os pronomes indefinidos também podem ser pronomes substantivos ou pronomes adjetivos. Exemplos: Ninguém percebeu a alteração na assinatura. Pronome substantivo Cada produto passará por severa inspeção Pronome adjetivo Emprego dos pronomes indefinidos O pronome indefinido algum expressa sentido positivo, se colocado antes do substantivo; se vier depois dele, o pronome passa a ter sentido negativo: Algum setor registrará lucro este mês. Substantivo (sentido positivo) Este mês, setor algum registrará lucro. Substantivo (sentido negativo= nenhum setor) Pronomes interrogativos são os pronomes indefinidos que, quem, qual e quanto empregados em frases interrogativas diretas ou indiretas. Pronomes relativos: é aquele que liga duas orações, substituindo na 2° oração uma palavra ou expressão antecedente, isto é, já expressa na 1° oração. Emprego dos pronomes relativos O pronome relativo que é empregado para fazer referência a pessoa ou a coisa. Exemplos: Voltou o representante que esteve aqui ontem. Usa-se o pronome relativo o qual e suas flexões depois das preposições com mais de uma sílaba e das locuções prepositivas. Exemplos: O empresário para o qual trabalhamos reconhece nosso valor. Exercícios 1.Complete com “eu” ou “mim”: - eles chegaram antes de ____ . - há algum trabalho para _____ fazer? - há algum trabalho para _____ ? - ele pediu para _____ elaborar alguns exercícios; - para _____, viajar de trem é uma aventura deliciosa; a) mim – mim – mim – mim – mim; b) mim – eu – eu – eu – mim; c) eu – eu – mim –mim – eu; 19 d) eu – mim –eu – mim – eu; e) mim – eu – mim – eu – mim. 2. Assinale a única frase correta quanto ao uso dos pronomes pessoais: a) você não pode ir sem eu; b) meu amigo, o diretor quer falar consigo; c) entre eu e tu não pode haver romance; d) era para mim encontrar a solução do problema; e) para mim, jogador de futebol tem que ter raça. 3. Assinale o exemplo que contém mau emprego de pronome pessoal: a) nada mais há entre mim e ti; b) nada mais há entre eu e ti; c) nada mais há entre mim e ela; d) nada mais há entre ele e você; e) nada mais há entre ele e ela. 4. Era para _________ falar ________ ontem, mas não __________ encontrei em parte alguma. a) mim – consigo – o; b) eu – com ele – lhe; c) mim – consigo – lhe; d) mim – contigo – te e) eu – com ele – o . 5. Assinale a alternativa em que o pronome grifado foi empregado corretamente: a) aguarde um instante. Quero falar consigo. b) é lamentável, mas isso sempre ocorre com nós dois; ) o processo está aí para mim examinar. d) Vossa Senhoria preocupa-se com problemas cuja solução foge a vossa alçada; e) Já se tornou impossível haver novos entendimentos entre eu e você. Verbos Verbos: são palavras variáveis que exprimem ação, estado, mudança de estado ou fenômenos meteorológicos, situando os fatos sempre em relação a determinado tempo. Elementos estruturais do verbo > Radical: é a parte imutável do verbo que encerra sua significação. > Vogal temática: é o elemento que designa a qual conjunção pertence o verbo. > Tema: é o elemento constituído pelo radical mais a vogal temática. > Desinência: é o elemento final do verbo que designa o modo e o tempo, o número e a pessoa em que o verbo está flexionado. Locução verbal: é a expressão verbal composta por dois ou mais verbos, ligados ou não por preposição. Toda locução verbal apresenta verbo principal e verbo auxiliar. Verbo principal é aquele que, sozinho ou depois de outro verbo numa locução verbal, expressa a ideia principal da frase. Verbo auxiliar é aquele que não tem sentido próprio; auxilia uma das formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio) do verbo principal, constituindo uma locução verbal, em que somente ele, o verbo auxiliar é conjugado. Flexões verbais > Pessoa e número: o verbo pode ser conjugado nas três pessoas do discurso, no singular e no plural. Exemplo: 1° pessoa (pessoa que fala – emissor) Eu amo (singular) Nós amamos (plural) 2° pessoa (pessoa com quem se fala – receptor). Tu amas (singular) Vós amais (plural) 3° pessoa (a pessoa ou a coisa da qual se fala). Ele ama (singular) Eles amam (plural) > Modos verbais: são os três modos verbais: indicativo, subjuntivo e imperativo: O Indicativo, chamado modo da realidade, exprime um fato certo, seguro. Exemplo: O espetáculo de dança começa hoje. (presente) O subjuntivo expressa um fato incerto, duvido, por isso é conhecido como modo da irrealidade. Exemplo: Talvez o professor possa esclarecer essa dúvida. (presente) O imperativo indica ordem, pedido ou conselho. Exemplo: Coma logo! (ordem) Come, por favor! (pedido) Não coma muito, para você não engordar! (conselho) Tempos verbais Há três tempos verbais: presente, pretérito (passado) e futuro. Eles se referem ao momento da enunciação. Classificação dos verbos Os verbos são classificados de acordo com as flexões que apresentam, ao serem conjugados. Podem ser regulares, irregulares, anômalos, defectivos e abundantes. Verbos regulares: são aqueles que não apresentam modificações no radical nem nas desinências, e que seguem um modelo de conjunção. Verbos irregulares: são aqueles que apresentam alterações no radical ou nas desinências e não seguem um modelo de conjunção. Verbos anômalos: há dois verbos irregulares, que, por apresentar profundas alterações no radical, são conhecidos como verbos anômalos – o verbo ser e o verbo ir. Verbos defectivos: não são conjugados em todos os tempos, modos ou pessoas. Esses verbos são chamados defectivos e a maioria pertence a 3° conjunção, como colorir, abolir, demolir, explodir, banir, falir, delinquir, etc. 20 Verbos abundantes: são os verbos que apresentam mais de uma forma para a mesma pessoa, e sobretudo, para o particípio, são chamados abundantes: havemos ou hemos, haveis ou heis, entopem ou entupem, enxugado ou enxuto, apiedo-me ou apiado-me, etc. Formação dos tempos verbais simples Presente do subjuntivo: dá origem a três tempos: presente do subjuntivo, imperativoafirmativo e imperativo negativo. Presente do subjuntivo: Forma-se da seguinte maneira: Primeira conjunção (-ar): troca-se a vogal final do presente do indicativo por – e. Segunda (-er) e a terceira (-ir) conjunções: troca-se a vogal final do presente do indicativo por -a. Imperativo afirmativo: não tem a primeira pessoa do singular. A segunda pessoa do singular (tu) e a segunda do plural (vós) originam-se do presente do indicativo sem o –s final; e as demais pessoas são as mesmas do presente subjuntivo. Imperativo negativo: também não tem a primeira pessoa do singular, e todas as pessoas se originam do presente do subjuntivo. Pretérito perfeito do indicativo: a partir do tema (radical + vogal temática) da segunda pessoa do singular do pretérito do indicativo, formam três tempos verbais: Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: para formá-lo, acrescentam-se as desinências verbais – ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram. Pretérito imperfeito do subjuntivo: para formá- lo, acrescentam-se as desinências verbais –sse, - sses, -sse, -ssemos, -sseis, -ssem. Futuro do subjuntivo: para formá-lo, acrescentam-se as desinências verbais, -r, -res, -r, -rmos, -rdes, -rem. Infinitivo impessoal: do infinitivo impessoal derivam três tempos do modo indicativo, o futuro de presente, o futuro do pretérito e o pretérito imperfeito do indicativo bem como as formas nominais infinitivo pessoal, gerúndio e particípio. Futuro do presente do indicativo: forma-se com acréscimo das desinências –rei, -rás, -rá, -remos, - reis, -rão ao tema do infinitivo impessoal. Futuro do presente do indicativo: forma-se com acréscimo das desinências, ria, -rias, -ria, -ríamos, -ríeis, -riam ao tema do infinitivo impessoal. Pretérito imperfeito do indicativo: forma-se com acréscimo das desinências, -va, -vas, -va, -vamos, -veis, -vam, ao tema do infinitivo impessoal, se o verbo for da primeira conjunção; e com acréscimo das desinências, -ia, -ias, -íamos, -íeis, -iam, ao radical, se o verbo for da segunda ou da terceira conjunção. Infinitivo pessoal: forma-se pelo acréscimo, ao infinitivo impessoal, das desinências –es, -mos, - des e –em para a 2° pessoa do singular e 1°, 2°, 3° do plural, respectivamente. A 1° e a 3° do singular são iguais às do infinitivo impessoal. Gerúndio: não se flexiona em número nem em pessoa. Forma-se pelo acréscimo do sufixo –ndo ao tema do infinitivo pessoal. Particípio: também não se flexiona e forma-se pelo acréscimo do sufixo –do ao tema do infinitivo impessoal. Formação dos tempos verbais compostos Os tempos verbais compostos são formados com verbos auxiliares ter ou haver flexionados, seguido pelo particípio do verbo conjugado. Nem todos os tempos verbais possuem formas compostas. São compostos os seguintes tempos: Modo indicativo Pretérito perfeito composto: forma-se com o presente do indicativo ter seguido pelo particípio do verbo conjugado: A televisão tem divulgado a situação no Iraque. Pretérito mais-que-perfeito composto: forma-se com pretérito imperfeito do indicativo de ter ou haver seguido pelo particípio do verbo conjugado: Naquela madrugada, a neve tinha caído intensamente. Futuro do presente composto: Forma-se com o futuro do presente do indicativo de ter ou haver seguido pelo particípio do verbo conjugado: Em pouco tempo terei completado meu curso de inglês. Futuro do pretérito composto: Forma-se com o futuro do pretérito do indicativo de ter ou haver seguido pelo particípio do verbo conjugado: Os quadros mais valiosos teriam desaparecido do museu, durante o tumulto, se a polícia não estivesse de prontidão. Modo subjuntivo Pretérito perfeito: Forma-se com o presente do subjuntivo de ter ou haver seguido pelo particípio do verbo conjugado: Espero que tenhamos feitos os cálculos com exatidão. Pretérito mais-que-perfeito: Forma-se com o pretérito imperfeito do subjuntivo de ter ou haver seguido pelo particípio do verbo conjugado: Seria conveniente que eu tivesse conversado com ele. Futuro composto: Forma-se com o futuro do subjuntivo de ter ou haver seguido pelo particípio do verbo conjugado: O aumento sairá depois que o congresso tiver aprovado a proposta. Formas nominais Infinitivo impessoal composto: Forma-se com o infinitivo impessoal de ter ou haver seguido pelo particípio do verbo conjugado: Ter decidido logo foi importante. Infinitivo pessoal composto: Forma-se com o infinitivo pessoal de ter ou haver seguido pelo particípio do verbo conjugado: Só conseguiram sucesso após haverem vencido seus medos. 21 Gerúndio composto: Forma-se com o gerúndio de ter ou haver seguido pelo particípio do verbo conjugado: Tendo planejado o cruzeiro pelo Caribe, partiu ontem. Formas nominais: São assim chamados porque possuem o valor de um nome (advérbio, substantivo,e adjetivo). Gerúndio: é a forma nominal que expressa uma ação em curso, isto é, que está se realizando. Particípio: indica uma ação completamente acabada ou concluída. Infinitivo: indica a ação verbal propriamente dita, nomeia os verbos e pode ter valor de substantivo. Empregos dos modos e tempos verbais > Modo Indicativo: Presente: exprime > Um fato que ocorre no momento em que se fala (presente atual). Escrevo uma carta para meus pais. > Um fato habitual ou rotineiro (presente habitual ou frequentativo). Vou ao colégio de manhã. > Um fato ou verdade indiscutível, universal (presente universal ou durativo). Jupter é o maior planeta do sistema solar. Pode substituir > O futuro do presente. Nosso chefe viaja amanhã. (sentido de viajará) > O pretérito perfeito em narrações. Após o impeachment, Collor deixa a presidência. (sentido de deixou) Pretérito imperfeito: exprime Quando se fala no passado, aquilo que então era presente. A festa continuava agitada. Um fato ou ação habitual ou frequente, no passado (pretérito imperfeito habitual ou frequentativo). Júlia ia à aula de dança, depois da escola. Em narrativas, um fato vago, impreciso (nesse caso usa-se o verbo ser). “Era no tempo do rei...” Pode substituir: O futuro do pretérito. Este dinheiro bastava apenas para nós. (sentido de bastaria) O presente, como forma de polidez ou delicadeza. A gerência preferia o pagamento à vista. (sentido de prefere) Pretérito perfeito: Pretérito perfeito simples: exprime um fato concluído em relação ao momento em que se fala. Samuel fez o exame de direção. Pretérito perfeito composto: exprime um fato passado que continua a se repetir no presente. O governo tem falado em reformas. Pretérito mais-que-perfeito (simples e composto): São formas equivalentes. Exprimem um fato passado, anterior a outro também passado. Meu irmão já comprara (ou tinha comprado) o carro, quando saiu a nova tabela de preços. Podem substituir: O futuro do pretérito. O visitante ali ficara por alguns dias, se não tivesse chovido. (sentido de ficaria ou teria ficado) O pretérito imperfeito do subjuntivo. “Se mais mundo houvera, lá chegaria... “(Camões) (sentido de houvesse ou tivesse havido) O pretérito mais-que-perfeito simples pode ser empregado para expressar desejo. Pudera eu ter o mesmo ânimo! Futuro do presente: Futuro do presente simples exprime: Um fato certo ou provável que ocorrerá posteriormente ao momento em que se fala. O comércio abrirá aos domingos. Um fato presente incerto ou hipotético. Será que o professor é gaúcho? Pode indicar um valor imperativo, com tom de ênfase. Não roubarás. Futuro do presente composto exprime uma ação que estará concluída antes de outra posterior a ela. Até lá, todos terão esquecido este incidente desagradável. Futuro do pretérito: Futuro do pretérito simples exprime: Um fato futuro incerto ou hipotético, dependente de outro acontecimento. O concerto começaria mais cedo, se houvesse público. Um fatoincerto ocorrido no passado. Seria a descoberta do país fruto do acaso? 22 A substituição do presente, como forma de respeito ou delicadeza. Eu recomendaria sua presença às 7 horas, em ponto. (sentido de recomendo) Futuro do pretérito composto exprime um fato que poderia ter sido realizado após outro fato passado. O passeio teria sido mais tranquilo se nos tivessem dado as informações corretas. Modo Subjuntivo: Presente: exprime Um fato incerto ou duvidoso, em orações dependentes (subordinadas). É possível que se faça justiça. Uma dúvida, um desejo. Que surjam bons políticos! Pretérito imperfeito: exprime uma condição ou hipótese. Ela se casaria, contanto que comprassem um apartamento. Se recebesse o prêmio, voltaria às pesquisas. Pretérito perfeito: exprime Um fato supostamente concluído no passado. Espero que tenham obtido os recursos necessários. Um fato que será concluído no futuro, em relação a outro fato também futuro. Convém que ele tenha acordado antes que as crianças cheguem. Pretérito mais-que-perfeito: exprime uma ação que ocorreria no passado, antes de outro fato também passado. Se você tivesse lido o manual, teria feito a ligação certa. Futuro: Futuro do subjuntivo simples exprime um fato hipotético que pode acontecer ou não. Receberá boas notas, se estudar o suficiente. Futuro do subjuntivo composto: exprime um fato futuro terminado em relação a outro fato também futuro. Compraremos o imóvel, quando tivermos economizado. Modo Imperativo: O imperativo pode ser: Afirmativo: coma o chocolate; Negativo: não coma o chocolate. O imperativo exprime ordem, pedido, conselho ou proibição. Venha logo! Não fume neste recinto. Vozes do verbo: Voz verbal é a forma pela qual o verbo se relaciona com o sujeito da oração, designando-o como agente, paciente ou agente e paciente de uma ação verbal. O verbo pode apresentar-se em três vozes: Ativa: o sujeito é agente, pratica a ação verbal. Exemplo: Os australianos usaram o DNA. Passiva: o sujeito é paciente, sofre a ação verbal. Pode ser: analítica (verbo auxiliar + verbo principal no particípio), ex. A pizza era trazida pelo rapaz; sintética ou pronominal (verbo principal, na 3ª pessoa, + pronome apassivador se), ex. Vendem- se objetos de madeira. Reflexiva: o sujeito é agente e paciente, pratica e sofre a ação. Exemplo: Lavei-me com água morna. Verbo pronominal: Verbo pronominal é aquele que se conjuga com um pronome oblíquo átono, sempre referente ao sujeito. Exemplos: eu me sinto, ele se queixa, nós nos lamentamos, etc. Classificação dos verbos pronominais: Essencialmente pronominais: são usados somente na forma pronominal. Apiedou-se, arrependeu-se, queixou-se, etc. Acidentalmente pronominais: podem ser usados também em sua forma simples, sem o pronome oblíquo. debater (debater- se), envolver (envolver—se), etc. Exercícios 1) (UFF) Assinale a série em que estão devidamente classificadas as formas verbais destacadas: “Ao chegar da fazenda, espero que já tenha terminado a festa”. a) futuro do subjuntivo, pretérito perfeito do subjuntivo b) infinitivo, presente do subjuntivo c) futuro do subjuntivo, presente do subjuntivo d) infinitivo, pretérito imperfeito do subjuntivo e) infinitivo, pretérito perfeito do subjuntivo 23 2) (ENG – MACK) Só muito mais tarde vim, a saber, que a chuva os ___________ na estrada e que não _________ ninguém que ______________. a) detera; houve; os ajudasse; b) detivera; houve; os ajudasse; c) detera; teve; ajudasse eles; d) detivera; houve; ajudasse eles; e) detivera; teve; os ajudasse. 3) (CESGRANRIO) No trecho: “...fui obrigado a dá- lo de presente a um bandido, seu amigo, quando, provou que completara na véspera o seu vigésimo nono assassinato”, o mais-que-perfeito foi empregado com seu valor normal; na linguagem literária ele pode também aparecer no valor de: a) imperativo afirmativo b) pretérito imperfeito do subjuntivo c) pretérito perfeito do indicativo d) infinito pretérito e) futuro do pretérito composto 4) (CESGRANRIO) “Acesas” é particípio adjetivo de “acender”, verbo chamado abundante, porque possui dupla forma de particípio (acendido e aceso). Em abundância, que é geralmente do particípio, em alguns verbos ocorre em outras formas. Assim, por exemplo, é o caso de: a) coser b) olhar c) haver d) vir e) dançar 5) (FEB) Assinale a alternativa que completa adequadamente as lacunas: “Visto que a democratização do ensino é uma necessidade, a escola pública ___________ de ser realmente apoiada e defendida, embora muitos _______________ pois abaixamento de nível”. a) tenha – contestem – haveria b) tem – contestam – há c) tem – contestam – haveria d) tem – contestem – haveria e) N.D.A. 6) (ENG – MACK) Só muito mais tarde vim, a saber, que a chuva os ___________ na estrada e que não _________ ninguém que ______________. a) detera; houve; os ajudasse; b) detivera; houve; os ajudasse; c) detera; teve; ajudasse eles; d) detivera; houve; ajudasse eles; e) detivera; teve; os ajudasse. 7) (Cefet-MG) Empregou-se o verbo no futuro do subjuntivo em: a) … afrontava os perigos (…) para vir vê-la à cidade. b) Se algum dia a civilização ganhar essa paragem longínqua… c) Continuaram ainda a dialogar com certo azedume. d) Tinha-me esquecido de contar-lhe que eu fizera uma promessa… e) e encontrei o faroleiro ocupado em polir os metais da lanterna. 8) (UFMG) Em todas as alternativas, a lacuna pode ser preenchida com o verbo indicado entre parênteses, no subjuntivo, exceto em: a) Olhou para o cão, enquanto esperava que lhe _______ a porta (abrir). b) Por que foi que aquela criatura não ________ com franqueza? (proceder) c) É preciso que uma pessoa se ________ para encurtar a despesa. (trancar). d) Deixa de luxo, minha filha, será o que Deus ________. (querer) e) Se isso me ______ possível, procuraria a roupa. (ser) 9) (PUC-SP) Uma das alternativas abaixo está errada quanto à correspondência no emprego dos tempos verbais. Assinale-a. a) Porque arrumara carona, chegou cedo à cidade. b) Se tivesse arrumado carona, chegaria cedo à cidade. c) Embora arrume carona, chegará tarde. d) Embora tenha arrumado carona, chegou tarde. e) Se arrumar carona, chegaria cedo à cidade. Exercício 5: 10) (FUVEST-SP) Assinale a frase em que aparece o pretérito mais-que-perfeito do verbo ser: a) Não seria o caso de você se acusar? b) Quando cheguei, ele já se fora, muito zangado. c) Se não fosse ele, tudo estaria perdido. d) Bem depois se soube que não fora ele o culpado. e) Embora não tenha sido divulgado, soube-se do caso 11) (FAAP) Assinale a resposta correspondente à alternativa que completa corretamente o espaço em branco: “Não ________. Você não acha preferível que ele se ________ sem que você o __________?” a) interfere – desdiz – obriga. b) interfira – desdisser – obrigue. c) interfira – desdissesse – obriga. d) interfere – desdiga – obriga. e) interfira – desdiga – obrigue. 12) (FATEC-SP) Assinale a alternativa em que a forma verbal grifada no período 2 não substitui corretamente a do período 1. a) 1. Economistas afirmam que já foi descoberto o remédio para a inflação no Brasil. 2. Economistas afirmam que já ter sido descoberto o remédio para a inflação no Brasil. b) 1. Não souberam ou não me quiseram dizer para onde você tinha ido. 2. Não souberam ou não me quiseram dizer para onde você fora. 24 c) 1. Eram passados já muitos anos, desde o acidente. 2. Haviam passado já muitos anos, desde o acidente. d) 1. Honrarás a teu pai e a tua mãe. 2. Honra a teu pai e a tua mãe. e) 1. Ao chegar à sua casa, o seu amigo já terá partido. 2. Ao chegar à sua casa, o seu amigo já partirá. 13) (FUEL-PR) “Pode ser que
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