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TCC_Técino_em_Eletroeletrônica

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA 
PAULA SOUZA 
ETEC DE EMBU 
 
 
ADRIANO DA SILVA GOMES 
GERSON DE JESUS DUTRA 
LEANDRO RODRIGUES DA SILVA SANTOS 
LUCAS ARAUJO DE ALMEIDA 
PAULO ALEXANDRE DA SILVA 
PAULO RICARDO SILVA PIRES 
RAFAEL LUCIANO DE SOUZA 
WILLIAN ROGÉRIO CAVALCANTE PRAXEDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECONODUCHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMBU DAS ARTES 
2018 
 
 
ADRIANO DA SILVA GOMES 
GERSON DE JESUS DUTRA 
LEANDRO RODRIGUES DA SILVA SANTOS 
LUCAS ARAUJO DE ALMEIDA 
PAULO ALEXANDRE DA SILVA 
PAULO RICARDO SILVA PIRES 
RAFAEL LUCIANO DE SOUZA 
WILLIAN ROGÉRIO CAVALCANTE PRAXEDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECONODUCHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMBU DAS ARTES 
 
2018 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como 
requisito parcial à conclusão do Curso Técnico de 
Eletroeletrônica da Escola Estadual de Embu, do 
Centro Paula Souza. Orientador: Professor Péricles 
Fernando Nunes de Oliveira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERMO DE APROVAÇÃO 
 
 
ADRIANO DA SILVA GOMES 
GERSON DE JESUS DUTRA 
LEANDRO RODRIGUES DA SILVA SANTOS 
LUCAS ARAUJO DE ALMEIDA 
PAULO ALEXANDRE DA SILVA 
PAULO RICARDO SILVA PIRES 
RAFAEL LUCIANO DE SOUZA 
WILLIAN ROGÉRIO CAVALCANTE PRAXEDES 
ECONODUCHA 
 
 
Coordenador(a) do curso 
____________________________ 
Aline Francisca dos Santos 
Banca Examinadora 
 
___________________________ 
Professor Péricles Fernando Nunes de Oliveira (orientador) 
 
 
___________________________ 
Professora Livia Martins Arruda 
___________________________ 
Professora Kátia Striitzel 
Embu das Artes, 24 de novembro de 2018. 
Este trabalho de conclusão de curso foi avaliado e aprovado 
para a obtenção do título de técnico em Eletroeletrônica pela 
Etec de Embu, pela seguinte banca examinadora: 
 
 
 
AGRADECIMENTO 
A Deus primeiramente por ter nos dado força e saúde para superar todas as 
dificuldades. 
Ao professor orientador Péricles, pelo suporte oferecido, pela suas ideias e 
correções. 
Ao Professor Engenheiro Luiz Gustavo que nos ajudou com dicas para a 
programação do sistema. 
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação, o 
nosso muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
Contextualizando a demanda atual para a grande necessidade de praticidade, 
conforto e economia, através da observação de exemplos simples e agregando 
funções ainda não existentes no funcionamento de um chuveiro eletrônico, 
propomos desenvolver um sistema para chuveiro eletrônico, que em suas 
aplicações, controle o consumo de água e energia podendo ser aplicado em 
situações de larga demanda de consumo como em empresas, hospitais, hotéis e 
pousadas alem de proporcional acessibilidade. O protótipo do chuveiro inteligente, 
denominado assim por ser capaz de controlar a água e a temperatura ideal, apenas 
com comando de voz. O chuveiro será acionado por um comando de voz, onde será 
possivel ligar desligar o chuveiro, selecionar a temperatura por estações do ano, 
primavera, verão, outono, inverno, sendo o tempo de funcionamento do sistema 
programado, desta forma controlando o tempo do banho,o usuário terá também a 
facilidade de desligar o chuveiro e mudar de temperatura a qualquer momento do 
banho.Desta forma o sistema e capaz de contribuir para econômia de àgua e 
energia alem de proporcionar acessbilidade para crianças e pessoas com deficiência 
ou baixa estatura, que se deparam com a dificuldade de alterar a temperatura do 
chuveiro ou até mesmo de ligar o mesmo. 
 
 
 
 
Palavras chave: Acessibilidade, Voz, Chuveiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 The current demand to increase practicality, comfort and economy, through 
the observation of simple and aggregative examples that do not yet exist, the 
electronic operation, the development of a system for the electronic bath, its 
applications, control and consumption. use of water and energy can be applied in 
situations of high consumption demand such as companies, hospitals, hotels and 
inns, as well as accessibility. The prototype smart shower, named for being able to 
control the water and the ideal temperature, only with the voice command. The 
switch-on will be activated by a voice command, where you can turn on the shower, 
select the temperature during the year, spring, summer, autumn, winter, being the 
time of use of the system programmed, thus controlling bath time, user also has the 
ability to change the showerhead and change the temperature of the bath. This form 
of system and responsiveness to the water and energy saving in relation to the 
attention for children and people with disabilities or short stature, encountered with 
diligence to change the temperature of the shower or even to turn it on. 
 
 
Keywords: Accessibility, Voice, Shower. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Figura 01 - Consumo de Água --------------------------------------------------------------------- 24 
Figura 02 - Custo por banho ------------------------------------------------------------------------ 25 
Figura 03 - Custo de banho para quatro pessoas--------------------------------------------- 25 
Figura 04 - Sistemas e preços de aquecimento de água (conclusão) ------------------- 26 
Figura 05 - Perdas de água em sistemas de aquecimento de água --------------------- 26 
Figura 06 - Informações gerias de tempo de banho (conclusão) ------------------------- 27 
Figura 07 - Gasto mensal de água (conclusão) ----------------------------------------------- 28 
Figura 08 - Circuito do Chuveiro Eletrônico – (4,93cm x 10,4cm) ------------------------ 35 
Figura 09 - Simbologia TRIAC - (3,31cm x 6,44cm) ------------------------------------------ 37 
Figura 10 - TRIAC – (3,16cm x 5,98cm) --------------------------------------------------------- 38 
Figura 11 - Placa de fenolite – (3,71cm x 4,75cm) -------------------------------------------- 40 
Figura 12 - Sensor de temperatura de água – (4,5cm x 5,49cm) ------------------------- 42 
Figura 13 - Módulo Comando de Voz – (4,5cm x 4,5cm) ----------------------------------- 43 
Figura 14 - Diodo Zener – (4,5cm x 4,5cm) ----------------------------------------------------- 43 
Figura 15 - Transistor – (4,5cm x 4,5cm) -------------------------------------------------------- 44 
Figura 16 - Relê – (4,5cm x 4,5cm) --------------------------------------------------------------- 46 
Figura 17 - Arduino Uno – (4,08cm x 4,8cm) --------------------------------------------------- 47 
Figura 18 - Capacitor – (4,74cm x 6,69cm) ----------------------------------------------------- 48 
Figura 19 - CI 555 – (4,76cm x 6,35cm) --------------------------------------------------------- 49 
Figura 20 - Montagem da estrutura do protótipo – (4,18cm x 8,36cm) ------------------ 52 
Figura 21 - Colocação do reservatório de água – (6,52cm x 6,27cm) ------------------- 52 
Figura 22 - Estrutura do protótipo pronta – (4,4cm x 6,93cm) ----------------------------- 52 
Figura 23 - Progamação comando de voz – (4,31cm x 7,67cm) -------------------------- 53 
Figura 24 - Arduino associado ao comando de voz – (4,85cm x 8,44cm) -------------- 53 
Figura 25 - Placa de seleção de relês – (4,3cm x 6,38cm) --------------------------------- 54 
Figura 26 - Estágio 2 da placa de seleção de relês – (5,24cm x 7,54cm) -------------- 54 
Figura 27 - Placa pronta – (6,1cm x 6,62cm) --------------------------------------------------- 54 
Figura 28 - Módulo Temporizador – (7cm x 3,94cm) ----------------------------------------- 55 
Figura 29 - Estrutura com os banners – (7cm x 7,75cm) ------------------------------------ 55 
Figura 30 - Estrutura(parte frontal) – (4,5cm x 8cm) ----------------------------------------- 56 
Figura 31 - Módulo comando de voz no projeto – (8,56cm x 4,81cm) ------------------- 56 
Figura 32 - Associação dos Módulos e arduino – (6,97cm x 5,61cm) -------------------56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
 
l/min. - litros por minuto 
Min. - minuto 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
 
FINEP - Financiadora de Inovação e Pesquisa 
FEEC - Faculdade de Engenharia e de Computação 
ABINEE - Associação Brasileira da Indústria de Energia Elétrica e Eletrônica 
CIRRA - Centro Internacional da Referência e Reúso da Água 
GCE - Grupo de Chuveiros Elétricos 
USP - Universidade de São Paulo 
ONU - Organização das Nações Unidas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SUMÁRIO 
 
1 - INTRODUÇÃO.................................................................................................... 12 
1.1 - OBJETIVO ....................................................................................................... 12 
1.2 - JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 12 
1.3 - RESULTADOS ESPERADOS .......................................................................... 12 
2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 13 
2.1 - ESCASSEZ DE ÁGUA ..................................................................................... 13 
2.1.1 - Quais as causas ........................................................................................... 13 
2.1.2 – E as consequências ..................................................................................... 13 
2.1.3 – O que fazer .................................................................................................. 14 
2.1.4 – No Mundo .................................................................................................... 14 
2.1.5 – No Brasil ...................................................................................................... 14 
2.2 - BANHO ........................................................................................................... 15 
2.2.1 - Banho quente (acima de 38°C) .................................................................... 15 
2.2.2 - Banho frio (abaixo de 29°C) ......................................................................... 16 
2.3 - A TEMPERATURA IDEAL PARA TOMAR BANHO OU DUCHA ..................... 17 
2.4 - BANHO PASSOU DE 10 MINUTOS É DESPERDÍCIO .................................... 17 
2.5 - QUATORZE ERROS FREQUENTES QUE COMETEMOS NO BANHO .......... 18 
2.6 – SAIBA COMO ECONOMIZAR ENERGIA NA HORA DO BANHO ...................21 
2.7 - ESTUDO DA USP MOSTRA CHUVEIRO ELÉTRICO COMO OPÇÃO MAIS 
ECONÔMICA PARA O BANHO ............................................................................... 22 
2.7.1 - Metodologia do estudo ................................................................................. 24 
2.8 - O CHUVEIRO NA CURVA DO CONSUMO ..................................................... 28 
2.8.1 - Picos ............................................................................................................ 30 
2.8.2 - Abrangência ................................................................................................. 31 
2.8.3 - Tarifa branca ................................................................................................ 32 
2.9 - O CHUVEIRO NO MODO VERÃO OU INVERNO FAZ DIFERENÇA NA 
 
 
CONTA DE ENERGIA ............................................................................................. 33 
2.10 - FUNCIONAMENTO DO CHUVEIRO ELETRÔNICO. ..................................... 34 
2.11 - VANTAGENS DO CHUVEIRO ELETRÔNICO ............................................... 35 
2.12 - RECONHECIMENTO DA FALA ..................................................................... 35 
3 - COMPONENTES ................................................................................................ 37 
3.1 - TRIAC .............................................................................................................. 37 
3.1.1 - Funcionamento ............................................................................................. 38 
3.2 VÁLVULA SOLENOIDE .................................................................................... 38 
3.2.1 - Funcionamento ............................................................................................. 39 
3.3 - PLACA DE FENOLITE ..................................................................................... 40 
3.4 - SENSOR TEMPERATURA .............................................................................. 41 
3.5 - MÓDULO DE RECONHECIMENTO DE VOZ .................................................. 42 
3.6 - DIODO ZENER ............................................................................................... 43 
3.7 - TRANSÍSTOR .................................................................................................. 44 
3.8 - RELÉ .............................................................................................................. 45 
3.9 - ARDUINO ....................................................................................................... 46 
3.10 - CAPACITOR .................................................................................................. 47 
3.11 - CIRCUITO INTEGRADO................................................................................ 48 
4 - METODOLOGIA ................................................................................................. 50 
4.1 - PROTÓTIPO .................................................................................................... 51 
4.1.1 – Diagrama em Bloco ...................................................................................... 51 
4.1.2 – Montagem da Base ...................................................................................... 52 
4.1.3 – Comando de voz para o chuveiro inteligente ................................................ 53 
4.1.4 – Módulo Relé ................................................................................................. 54 
4.1.5 – Módulo Temporizador .................................................................................. 55 
4.1.6 – Projeto Finalizado......................................................................................... 55 
4.2 - VIABILIDADE FINANCEIRA ............................................................................ 57 
5 - RESULTADOS OBTIDOS ................................................................................ 588 
 
 
6 - CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................. 59 
7 - REFERÊNCIAS ................................................................................................ 600 
8 - APÊNDICE ......................................................................................................... 63 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
1 - INTRODUÇÃO 
 
 
Apresentando a idéia de desenvolver um sistema para chuveiro eletrônico 
capaz de proporcionar um banho agradável associando a ele comodidade conforto 
economia,sustentabilidade e acessibilidade, propomos um projeto simples, porem 
eficaz.Uma das principais preocupações do homem moderno são a preservação da 
água potável no planeta e a produção de energia sustentável. 
 
 
1.1 - OBJETIVO 
 
 
O objetivo é desenvolver um sistema para chuveiro eletrônico que contribua para 
economia de água, energia e proporcione acessibilidade, sendo o controle do 
sistema realizado via comando de voz. 
 
 
1.2 - JUSTIFICATIVA 
 
 
 Devido a necessidade nos dias atuais para economia tanto de energia como de 
água e acessibilidade possibilitamos atraves do projeto economia, associando a 
conforto e praticidade.Desta forma contribuindo com o bem estar do planeta e 
pessoas.1.3 - RESULTADOS ESPERADOS 
 
 
Espera-se que o projeto possibilite economia, tanto de àgua como de energia e 
que atenda sastifatóriamente as crianças, pessoas com deficiência e baixa estatura 
que se deparam com a dificuldade de ligar e desligar ou mudar a temperatura do 
chuveiro. 
 
 
 
13 
 
 
2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
2.1 - ESCASSEZ DE ÁGUA 
 
 
 
A escassez de água é um problema que afeta todo o mundo. No Brasil, 
apesar da porcentagem de 12% da água doce do planeta estar concentrada no 
nosso país, a crise hídrica é uma preocupação que também atinge os brasileiros. 
A situação parece contraditória, tendo em conta que todos aprendemos que a 
maior parte do planeta Terra é constituído de água (75%). 
Entretanto, o que as pessoas precisam realmente saber é que mais de 97% 
dessa água não pode ser consumida e nem utilizada em limpezas e higiene pessoal, 
por exemplo. Isso porque ela é salgada. 
Da água doce que sobra, a grande parte está congelada e outra parte 
substancial está no subsolo. 
Enquanto isso, a água que existe nos reservatórios e entra nas redes de 
distribuição para serem utilizadas pelas pessoas corresponde a menos de 1%. 
E pouco sobra para consumo próprio, pois a produção agrícola exige uma 
grande quantidade de água para se desenvolver de forma satisfatória. Além disso, 
uma boa porcentagem dessa água também é requerida pelas indústrias. 
Infelizmente, isso não é tudo. Há água que poderia ser utilizada, mas acaba 
sendo contaminada por resíduos industriais e resíduos de aterros sanitários e lixões, 
entre outros. 
 
 2.1.1 - Quais as causas 
 
Há vários fatores que motivam a falta de água, dentre eles: seca, poluição e 
má distribuição desse recurso, apenas para citar os mais comuns. 
Quando falamos em má distribuição, estamos nos referindo ao fato de que 
nem sempre a região onde a concentração populacional é maior é aquela que 
possui mais água. 
Além disso, a distribuição da água é um problema de poder. É por isso que há 
conflitos mundiais pela posse de água, tal como acontece com as águas do rio 
Jordão. 
 
 
2.1.2 - E as consequências 
 
 
 
14 
 
 
 
Quanto mais pessoas, há mais consumo de água. 
 Desta forma, daqui a uns anos, o aumento da população sinaliza uma crise 
hídrica grave. 
Pois se a água é um bem essencial, a falta dela terá impactos sociais, 
econômicos e ambientais. São exemplos esvaziamento das cidades, baixa produção 
agrícola e industrial, falta de emprego, entre muitos outros. 
 
 2.1.3 - O que fazer 
 
É preciso conscientizar as pessoas que apesar da quantidade de água 
existente no planeta, nem toda pode ser consumida. 
Por isso, a água deve ser vista como um bem que precisa ser preservado. 
Seu uso deve ser racional. 
 
2.1.4 - No Mundo 
 
No mundo, são mais de 750 milhões as pessoas sem acesso à água potável. 
O problema é mais incidente em países do Oriente Médio e da África. 
Há conflitos no mundo que decorrem da escassez de água, um problema que 
muitas vezes está relacionado às desigualdades sociais. 
Dentre os principais conflitos por posse de água, podemos citar: 
 Israel X Palestina e Jordânia, os quais contestam as águas do rio Jordão; 
 Egito X Sudão, os quais contestam o controle das vazões do rio Nilo; 
 Líbia X Chade, os quais contestam a exploração de aquíferos no Saara 
Central. 
 2.1.5 - No Brasil 
 
O que pode se tornar um problema grave no Brasil relativamente à água, tem 
surgido desde 2014. Nessa altura, os níveis de precipitação começaram a baixar 
muito. Isso decorre da seca, bem como da gestão dos recursos naturais. 
A água é mal distribuída no nosso país. As regiões mais ricas em água não 
são as que têm maior concentração populacional. 
É o caso da cidade de São Paulo, que concentra o maior número de 
 
 
 
15 
 
 
habitantes do Brasil. A cidade é abastecida pelo reservatório da Cantareira. 
A Bacia do Rio Amazonas, por sua vez, é a região que concentra mais água 
no Brasil. No entanto, transportar água dessa região para outras seria um processo 
bastante caro. 
Além disso, a retirada da água desse local poderia trazer um problema 
ambiental sério. 
 
 
2.2 - BANHO 
 
 
Você é daquelas pessoas que não dispensam uma chuveirada gelada no 
verão e uma água escaldante no inverno. Aí vai uma notícia dos especialistas: o 
banho morno, na verdade, é o melhor em qualquer estação do ano. Estamos falando 
da água em torno de 37ºC, que se assemelha a nossa temperatura corporal. Mas 
nem ele não deve durar mais do que 10 minutos, melhor ainda se for apenas 5 
minutos para não ressecar a pele e economizar água. Dito isso, vamos aceitar que, 
tomados esporadicamente banhos quentes e frios também têm benefícios. 
 
2.2.1 - Banho quente (acima de 38ºC) 
 
Relaxa os músculos 
 
A temperatura quente do banho provoca vasodilatação. Ao ser ativada a 
circulação, chega mais oxigênio aos músculos, o que facilita o alívio de dores e 
tensão. 
 
Combate o estresse 
 
A parte emocional também pode ser beneficiada com um bom banho quente, 
já que ele auxilia na diminuição da ansiedade e do estresse. 
 
Diminui a obstrução 
 
 Nasal se você estiver com nariz entupido, o que é bastante comum em casos 
 
 
 
16 
 
 
de rinite, sinusite, gripe ou resfriado, um banho quente pode ajudar, já que o ar 
quente e úmido, ao ser inalado, auxilia a abrir as cavidades nasais. Elimina células 
mortas. Não à toa um dos procedimentos da limpeza de pele é direcionar vapor para 
a área a ser tratada. O calor estimula a abertura dos poros e eliminação de células 
mortas. 
 
Por outro lado 
 
A pele resseca com a alta temperatura, podendo até mesmo desenvolver 
dermatites [inflamações cutâneas]. Nos cabelos, a oleosidade aumenta, predispondo 
à caspa. 
 
2.2.2 - Banho frio (abaixo de 29ºC) 
 
É bom para a pele e cabelos a água fria mantém o manto hidrolipídico do 
corpo intacto, que é a camada invisível formada pelo suor e pelo sebo, cuja função é 
de proteger a pele e os cabelos a temperatura entre 22ºC e 24 ºC é ideal para este 
fim. Uma chuveirada fria também contribui para fechar os poros da pele e cutículas 
do cabelo depois de limpos, garantindo uma barreira natural contra impurezas. 
 Ajuda na recuperação de doenças em temperaturas abaixo de 35ºC, os 
mecanismos celulares funcionam um pouco mais devagar. Por isso, uma chuveirada 
fria ajuda em casos como febre. 
 Revigora A água fria faz a respiração ficar ofegante, levando mais oxigênio ao 
cérebro. Dessa forma, o organismo entende que precisa ficar mais atento. 
 
Indicado para os atletas 
 
A ducha gelada ainda auxilia quem pratica esportes intensamente, porque 
evita inflamação e tensão no corpo após o esforço. 
 
Por outro lado 
 
 É preciso tomar certos cuidados com o banho frio, para que ele não cause 
uma queda brusca de temperatura corporal, levando à hipotermia. Sugestão: inicie o 
banho com água morna e vá baixando a temperatura aos poucos, até chegar à 
 
 
 
17 
 
 
temperatura aos poucos, até chegar à temperatura fria. 
 
 
2.3 - A TEMPERATURA IDEAL PARA TOMAR BANHO OU DUCHA 
 
 
Apesar de não faltar quem defenda os benefícios dos banhos frios ou dos 
banhos quentes, há um número ‘mágico’ para acabar com as impurezas e bactérias. 
Afinal, a que temperatura devemos tomar o nosso banho ou ducha? A 
dermatologista Dra. Melissa Piliang respondeu a esta pergunta já tantas vezes 
levantada. 
A dermatologista explicou ao jornal Wall Street que a temperatura ideal para 
eliminar as impurezas ambientais e as impurezas da nossa pele é de 44 graus. 
A água quente do banho pode chegar até perto dos 60 graus mas a 
especialista sublinha que esta temperatura é muito alta. Apesar de já existirem 
esquentadores que revelam a temperatura da água não precisa de levar um 
termómetro para o banho, basta que tenha em conta que deve “sentir que a água 
está quente mas não desconfortavelmente quente”, revela a especialista.É importante não tomar banho com água ‘fervendo’ para não danificar a 
camada protetora da epiderme. 
A especialista nota ainda que é preciso ter em conta a idade uma vez que 
numa pessoa mais nova esta camada protetora de pele irá renovar-se rapidamente 
mas numa pessoa mais velha os banhos muito quentes podem deixar a pele tão 
seca e irritada que nem o creme hidratante poderá fazer muito por ela. 
 
 
2.4 - BANHO PASSOU DE 10 MINUTOS É DESPERDÍCIO 
 
 
Banho é um hábito que vem do Antigo Egito, chegou até nós pelos indígenas 
e hoje faz parte do dia a dia dos brasileiros, principalmente por sermos um país 
tropical. Muitas pessoas tomam, inclusive, mais de uma chuveirada por dia, 
sobretudo ao acordar e antes de dormir. 
Enquanto os britânicos se banham 5,6 vezes por semana e os americanos 
7,4, os brasileiros ligam o chuveiro 20 vezes nesse mesmo intervalo. Os dados são 
 
 
 
18 
 
 
de um estudo encomendado no ano passado pela Reckitt Benckiser, indústria que 
fabrica produtos de higiene e cuidados pessoais. 
Um banho de 15 minutos, sem fechar o registro, consome mais do que a ONU 
recomenda de uso de água por pessoa em um dia inteiro 
Segundo noticiado em 06 de fevereiro de 2014 o alerta vermelho foi dado em 
São Paulo se não houver redução do uso da água, as torneiras vão fechar. Benedito 
Braga, presidente do Conselho Mundial da Água e professor de engenharia 
ambiental da USP, disse ao Brasil Post que o risco de racionamento é real na capital 
paulista e que tomar banhos mais longos que 10 minutos já é gastar mais do que o 
necessário. 
“O risco é real, a menos que haja um engajamento da população da região 
metropolitana de São Paulo no sentido de reduzir o consumo. Uma redução de 
consumo de 20, 30%”, afirmou Braga ao Brasil Post. “Se não houver isso, de fato vai 
faltar água nas torneiras.” 
A Organização das Nações Unidas (ONU) corrobora a afirmação. Um banho 
de 15 minutos, sem fechar o registro, consome mais do que a ONU recomenda de 
uso de água por pessoa em um dia inteiro: 135 litros. Para a organização, 110 litros 
são o suficiente para “atender às necessidades de consumo e higiene”. 
“Em um banho de 5 minutos, você gasta 40 litros de água, que é uma 
quantidade considerável capaz de garantir a higiene. A partir de 10 minutos, já 
estamos usando além do que seria o necessário para você atender as condições de 
higiene. Acho que como regra geral devemos promover uma conscientização para 
que as pessoas usem a água com eficiência”, disse Braga ao Brasil Post. 
 
 
2.5 - QUATORZE ERROS FREQUENTES QUE COMETEMOS NO BANHO 
 
 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) já se preocupou em 
determinar a chuveirada perfeita, que não deveria exceder nunca os 5 minutos de 
duração nem os 95 litros de água. Mas, segundo a última pesquisa realizada na 
Espanha pela empresa de produtos para banho e chuveiros Hansgrohe, 91% das 
pessoas não segue essa recomendação. 42% da população toma banho todo dia e 
durante mais de 10 minutos. As mulheres são as que gastam mais água: 13% 
 
 
 
19 
 
 
permanece no chuveiro mais de 20 minutos habitualmente, contra 3% dos homens 
que superam esse tempo. O dispêndio de água é, entretanto, compensado pelos 
que tomam banho menos de três vezes por semana (1 de 4 espanhóis). 
Mas deixando de lado as questões de sustentabilidade, a doutora Elena de 
las Heras, dermatologista do Hospital Ramón y Cajal e membro da Academia 
Espanhola de Dermatologia e Venereologia (AEDV), enumera outros tipos de erros 
que cometemos no banho e que afetam diretamente nossa pele. Estes são os mais 
frequentes: 
1. Subir a temperatura: Tendemos a regular o termostato até confortáveis 
temperaturas elevadas, que nos ajuda a entrar no banho quente sem queimar a 
pele. Mas não é a melhor alternativa. “A água morna é a melhor opção, pois não 
resseca a derme”, aconselha a dermatologista. Se considera água morna ao redor 
dos 30°. Em torno de 24° é fresca; e quente, a partir dos 38°. 
2. Abusar do sabão: Os sabonetes líquidos eliminam o manto ácido da pele. A 
doutora recomenda buscar fórmulas “sem”, os chamados ‘syndets’, que respeitam a 
capa hidro lipídica que recobre a pele. A maioria dos produtos de banho vendidos 
em farmácias respondem à esta demanda. 
3. Repetir: Tomar mais de um banho por dia (normalmente, a academia ou 
trabalhos excessivamente físicos obrigam) também não é bom. Neste caso, como 
diz a especialista, “é necessário fazer com que a segunda chuveirada seja a mais 
rápida possível e sem sabonete”. 
4. Mudar o pH da pele: “Tendências como as de usar sabão de coco, de pH 
alcalino, só servem para estragar nosso equilíbrio ácido”, alerta Elena de las Heras. 
O pH é o grau de acidez de uma substância, e o da pele varia entre 4,5 e 5,9. O 
nível da água é 7, e para compensar esse desajuste é preciso usar sabonete líquido 
ou sabonetes que contenham pH em torno de 5. 
5. Utilizar produtos excessivamente perfumados: Como indica a 
dermatologista, “podem produzir alergias ou dermatites nas peles sensíveis”. A regra 
“quanto mais espuma, mais conservantes” se dá na maioria dos casos. Quanto mais 
cosmético for um produto de higiene, maior o risco de agressão à pele. 
6. Não se enxaguar bem: “O mínimo que seja de sabonete que ficar na pele 
pode provocar dermatite irritativa”, alerta a especialista. Faça uma inspeção 
detalhada antes de sair do chuveiro. 
7. Depilar-se debaixo d´água: 67% das mulheres que não usam sistemas de 
 
 
 
20 
 
 
depilação profissionais, reconhecem que o fazem com gillete. Quem o diz é um 
estudo realizado pela firma E-Swin. A maioria aproveita o momento do banho, mas 
raspar os pelos enquanto cai a água, segundo a doutora De las Heras, pode 
provocar irritação. Se não pretende parar com o hábito, ao menos o faça com 
cremes e espumas específicos e água morna ou fria. 
Se no dia o banho incluir lavar a cabeça, estes são os erros que se deve 
evitar. Quem os enumera é o cabeleireiro David Lorente, diretor do salão que leva 
seu nome. 
8. A sobredose: Os excessos não são bons. “No caso do shampoo e 
condicionador, uma superabundância pode provocar o efeito contrário ao desejado”, 
diz. O excedente sempre fica na fibra capilar, aumentando o peso, tirando brilho do 
cabelo e até provocando secura, irritação e descamação no couro cabeludo. “A dose 
justa, se for um bom produto, é do tamanho de uma noz para um cabelo médio”, 
mostra Lorente. 
9. Uma secagem malfeita: O cabelo tem que fazer barulho ao ser torcido e 
seco. É o único som válido para determinar que está perfeitamente enxuto. Para 
David Lorente, este é um dos erros mais frequentes e graves, “uma boa lavagem é 
uma ótima secagem, não serve de nada utilizar o melhor produto se não for seco da 
maneira certa”. As consequências de errar esse ponto? “Um cabelo opaco, sem 
brilho e com a raiz junto ao couro cabeludo e incapaz de expressar volume algum”. 
10. Asfixiar o couro cabeludo: “O processo ideal começa com o shampoo na 
palma da mão que o espalha depois por todo o cabelo, sem cair no típico gesto de 
concentrar todo o produto no topo da cabeça”, adverte o cabeleireiro. No caso do 
condicionador, que Lorente recomenda usar sempre, “é preciso espalhá-lo no meio e 
nas pontas, realizando uma massagem no couro cabeludo e sem friccionar demais 
os extremos”. 
Mónica Ceño, fundadora da clínica estética The Lab Room, identifica os erros 
cosméticos. 
11. Esquecer a toalha: “Deixar a pele úmida só se justifica no caso de 
usarmos um óleo hidratante ou nutritivo, que deve ser espalhado pela pele e permitir 
que seque de forma natural”, explica a especialista. 
12. Ignorar as unhas: “A escova de unhas deve ser um complemento 
obrigatório no banheiro”, afirma Ceño. É preciso aplicar nela o sabonete e esfregar 
bem, tanto os pés como as mãos. “Tendemos a nos esquecer e a cada vez encontro 
 
 
 
21 
 
 
as extremidades em pior estado”, prossegue. 
13. Daras costas para as costas: Como indica a esteticista, “é uma das áreas 
mais propensas a acumular células mortas”. Os exercícios de contorcionismo que é 
preciso fazer para conseguir esfregá-la são a desculpa, mas existem alguns 
esfregões que podem ser segurados pelas extremidades e que facilitam muito a 
tarefa.E por último, o médico familiar Moisés Robledo, secretário de informação da 
Sociedade Espanhola de Clínicos Gerais e de Família (SEMG, na sigla em 
espanhol), fala da necessidade de decidir o uso da esponja conforme as 
circunstâncias de cada um. 
14. Generalizar: Segundo o médico, as pessoas de boa saúde e autônomas 
podem prescindir desse utensílio de limpeza e aplicar o sabonete com a palma da 
mão. “Entretanto, existem casos nos quais se recomenda, pelo benefício, o uso da 
esponja: como, por exemplo, se existem lesões cutâneas, como a psoríase, para a 
qual a esponja apresenta vantagens devido ao seu poder de descamar. Em pessoas 
dependentes pela enfermidade ou idade (crianças e anciãos) também é 
aconselhável”, fala Robledo. Nestes casos, o ideal é empregar esponjas 
descartáveis, “pois se convertem em um reservatório de germes irremediáveis”. 
Sobre o material, o especialista só indica possíveis benefícios para o meio ambiente. 
“Que sejam biodegradáveis”. 
 
 
2.6 - SAIBA COMO ECONOMIZAR ENERGIA NA HORA DO BANHO 
 
 
A mudança de hábitos do consumidor na hora de tomar banho é o principal 
responsável pela economia de energia elétrica em tempos de racionamento. O 
gerente de pesquisa e desenvolvimento da fabricante de chuveiros elétricos 
Lorenzetti, Walter Mônaco, ressalta que a mudança de pequenas atitudes na hora 
do banho pode significar uma grande redução na conta luz e na conta de água. "O 
consumidor precisa mudar o seu jeito de tomar banho para contribuir com o 
racionamento de energia e economizar em sua conta de luz", alerta Mônaco. O 
diretor da Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee), Alexandre 
Cela, aconselha o consumidor a abdicar de banhos demorados para atingir a meta 
da economia de energia estipulada pelo governo. 
 
 
 
22 
 
 
"O consumidor deve aprender a utilizar o chuveiro elétrico de forma racional. 
Evitar banhos demorados é o primeiro passo. Banho demorado gasta energia e 
água", explica Alexandre Cela. Confira abaixo algumas dicas dos especialistas do 
setor para racionar o consumo de energia elétrica na hora de utilizar o chuveiro 
elétrico: - O consumidor deve evitar tomar banhos nos chamados horários de pico do 
consumo de energia elétrica, entre 18 horas e 22 horas. - Para gastar menos 
energia e economizar na conta de luz, o consumidor deve evitar banhos longos. 
Usar o chuveiro representa despesas de água e energia. O consumidor deve limitar 
seu tempo debaixo do banho de água quente ao mínimo indispensável. - O 
consumidor deve evitar fazer a barba, escovar os dentes ou se depilar debaixo do 
chuveiro. - Ao ensaboar-se ou lavar os cabelos, o consumidor deve desligar o 
chuveiro. 
 Com essa atitude, um banho que dura, em média, de 8 a 10 minutos, pode 
demorar no máximo 3 ou 4 minutos. - O consumidor deve, sempre que possível, 
manter o chuveiro na chave seletora "verão" na maior parte do tempo. O consumo 
de energia é cerca de 30% menor que na posição inverno" - Consertar defeitos de 
instalação e fiações elétricas do banheiro auxiliam na redução do consumo do 
chuveiro elétrico. O consumidor deve seguir as instruções de instalação do produto 
conforme o manual e dicas do fabricante. Uma fiação antiga ou mal instalada pode 
significar um desperdício de energia elétrica. 
 
 
2.7 - ESTUDO DA USP MOSTRA CHUVEIRO ELÉTRICO COMO OPÇÃO MAIS 
ECONÔMICA PARA O BANHO 
 
 
Uma pesquisa elaborada pelo CIRRA (Centro Internacional de Referência em 
Reuso de Água), entidade vinculada à Escola Politécnica da Universidade de São 
Paulo (Poli - USP), sobre os mais diversos sistemas de aquecimento de água para o 
banho traz um resultado que pode surpreender muita gente,o chuveiro elétrico é a 
opção mais econômica para se tomar banho, quando levamos em consideração o 
gasto com energia elétrica ou gás e água. 
Os dados, apontados nos primeiros três meses de pesquisa, mostram que um 
banho de oito minutos com chuveiro elétrico custa R$ 0,22 contra R$ 0,35 do 
sistema solar, R$ 0,58 do aquecimento a gás e R$ 0,78 do aquecedor de 
 
 
 
23 
 
 
acumulação elétrico (boiler), ou seja, os banhos aquecidos por coletores solares, a 
gás ou boiler elétrico são, respectivamente, 59%, 164% e 255% mais caros do que 
com chuveiro elétrico. O sistema híbrido, que utiliza coletores solares de baixo custo 
e chuveiro elétrico na ponta, é o único sistema que se equipara ao chuveiro elétrico 
em termos dos custos dos insumos. 
Se levarmos em consideração uma família de quatro pessoas em que cada 
uma toma um banho por dia, quem optar pelo chuveiro elétrico terá um gasto mensal 
com insumos (energia elétrica e água) de R$ 26,40, quem escolher o sistema de 
coletor solar vai gastar R$ 15,60 a mais (R$ 42,00) e para quem usa o aquecedor a 
gás irá desembolsar R$ 43,20 a mais por mês (R$ 69,60). 
Essa economia é muito grande se levarmos em consideração uma família com 
renda de até 3 salários mínimos. Afinal, os R$ 15,60 economizados por mês por 
quem utiliza chuveiro elétrico e não coletor solar, significam 31,2% da prestação 
mínima de financiamento (R$ 50,00) do novo programa habitacional do Governo 
Federal “Minha Casa, Minha Vida”. 
Segundo o estudo “Avaliação do consumo de insumos (água, energia elétrica 
e gás) em chuveiro elétrico, aquecedor a gás, chuveiro híbrido, aquecedor solar e 
aquecedor de acumulação elétrico”, que está sendo coordenado pelo professor 
Ivanildo Hespanhol, uma das autoridades mais influentes em água nas Américas, 
um dos principais fatores que fazem essa equação pender para o lado do chuveiro 
elétrico é o consumo de água. Na pesquisa do CIRRA, nestes primeiros três meses 
de estudos, o chuveiro elétrico apresentou um consumo de 4 litros de água por 
minuto contra 8,7 litros por minuto do solar (consumo 118% maior), 9,1 do sistema a 
gás (mais 128%) e 8,4 do boiler elétrico (+110%). O sistema híbrido (solar com 
chuveiro elétrico), mais uma vez, apresentou um desempenho semelhante ao 
chuveiro elétrico, com 4,1 litros por minuto. 
Outro dado apontado pelo estudo diz respeito à água que é perdida no início 
de cada banho até se atingir a temperatura ideal. No chuveiro elétrico esta perda é 
zero, já que ao abrir o registro a água sai automaticamente quente. No sistema solar 
ou boiler elétrico a perda é de 5 litros e no aquecedor a gás, 4,5 litros. “Isso ocorre 
porque os sistemas de aquecimento ficam longe do ponto de uso por questões de 
segurança e espaço. Deste modo, ao abrir o registro primeiro sai toda a água fria 
que está entre os aquecedores e a ducha”, afirma Simone May, pesquisadora 
responsável pelo acompanhamento do estudo. 
 
 
 
24 
 
 
Se multiplicarmos essa perda por quatro banhos diários (uma família de 
quatro pessoas que tomam um banho por dia), a perda de água no sistema solar ou 
no boiler chega a 7,2 mil litros em um ano, ou seja, o suficiente para se tomar 225 
banhos com chuveiro elétrico. 
 
2.7.1 - Metodologia do estudo 
 
Para a realização deste estudo, foram instalados seis pontos de banho no 
vestiário dos funcionários da USP (dois pontos com chuveiros elétricos, um com 
aquecedor a gás, um alimentado por sistema solar, um híbrido – solar de baixo custo 
com chuveiro elétrico no ponto de uso, e um aquecedor de acumulação elétrico – 
boiler). Durante um ano, esses funcionários voluntários divididos em grupos tomarão 
banhos (sem nenhum tipo de restrição sobre abertura maior ou menor do registro, 
tempo de banho, posição de chave seletora de temperatura, etc) nos pontos 
determinados. A cada três meses, os grupos passarão de um ponto para outro. 
Todo o consumode água, energia elétrica e gás é medido através de 
modernos medidores e os dados enviados ao computador do CIRRA para a 
consolidação dos dados. 
“Os resultados revelados até agora mostram o desempenho dos sistemas de 
aquecimento de água nos primeiros três meses deste ano e são bastante 
representativos, já que tivemos um janeiro mais frio e um fevereiro e março mais 
quentes, o que acaba refletindo um cenário anual. Mesmo assim, continuamos com 
o estudo pelos próximos nove meses”, completa o professor Ivanildo Hespanhol. 
 
Consumo de Água 
 
 
Sistema de Aquecimento de 
Água 
Consumo de água 
(litros por minuto) 
Aumento do consumo em 
relação ao chuveiro elétrico 
Chuveiro Elétrico 
(média dos dois pontos) 
4,0 
Solar 8,7 + 118% 
Gás 9,1 + 128% 
Híbrido 
(solar + chuveiro elétrico) 
4,1 
Boiler 8,4 + 110% 
Figura 01 - Consumo de Água 
Fonte: disponível no Instituto Nacional de Meteorologia em 
http://www.inmet.gov.br/html/observacoes.php?lnk=Capitais 
Custo por banho de 8 minutos (água, energia elétrica e gás) 
 
 
 
25 
 
 
Custo por banho 
 
Sistema de Aquecimento de 
água 
Custo por banho de 8 
minutos (R$) 
Aumento do custo em relação 
ao chuveiro elétrico 
Chuveiro Elétrico 
(média dos dois pontos) 
0,22 
Solar 0,35 + 59% 
Gás 0,58 + 164% 
Híbrido 
(solar + chuveiro elétrico) 
0,22 
Boiler 0,78 + 255% 
Figura 02 - Custo por banho 
Fonte: disponível no Instituto Nacional de Meteorologia em 
http://www.inmet.gov.br/html/observacoes.php?lnk=Capitais 
 
 
Custo mensal para uma família de quatro pessoas (cada pessoa toma um banho por 
dia) 
 
Sistema de Aquecimento de água 
Custo mensal para 
família de 4 pessoas 
(R$) 
Aumento do custo em 
relação ao chuveiro 
elétrico 
Chuveiro Elétrico 
(média dos dois pontos) 
26,40 
Solar 42,00 + R$ 15,60 
Gás 69,60 + R$ 43,20 
Híbrido 
(solar + chuveiro elétrico) 
26,40 
Boiler 93,60 + R$ 67,20 
 Figura 03 - Custo de banho para quatro pessoas 
Fonte: disponível no Instituto Nacional de Meteorologia em 
http://www.inmet.gov.br/html/observacoes.php?lnk=Capitais 
 
 
 
Custo de aquisição e instalação (Figura 04 - continua) 
 
Sistema de 
aquecimento 
de água 
Custo de aquisição Custo 
de instalação 
Custo Total 
Aumento do 
custo em 
relação ao 
chuveiro elétrico 
Chuveiro 
Elétrico 
R$ 31,00 R$ 0,00 
R$ 31,00 
Solar R$ 3.965,00 R$ 350,00 R$ 4045,00 + 12.948% 
Gás 
R$ 825,00 
R$ 120,00 
R$ 945,00 + 2.948% 
Híbrido (solar 
+ Chuveiro 
elétrico) 
R$ 688,00 
R$ 200,00 R$ 888,00 + 2.765% 
 
 
 
26 
 
 
Boiler R$ 1505,00 R$ 350,00 R$ 1855,00 + 5.884% 
Figura 04 - Sistemas e preços de aquecimento de água (conclusão) 
Fonte: disponível no Instituto Nacional de Meteorologia em 
http://www.inmet.gov.br/html/observacoes.php?lnk=Capitais 
 
 
Perda de água (até atingir a temperatura ideal de banho) 
 
Sistema de aquecimento de água 
Perda de água (litros) 
Um dia um mês um ano 
Solar ou boiler elétrico 20 600 7.200 
Gás 18 540 6.480 
 Figura 05 - Perdas de água em sistemas de aquecimento de água 
Fonte: disponível no Instituto Nacional de Meteorologia em 
http://www.inmet.gov.br/html/observacoes.php?lnk=Capitais 
 
 
Tabela : Resultados obtidos nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2009 (tabela 
continua na página seguinte) (Figura 06 - continua) 
DADOS COLETADOS 
 
Ponto 
1 
Ponto 
2 
Ponto 
3 
Ponto 
4 
Ponto 
5 
Ponto 
6 
Elétrico 
1 
Elétrico 
2 
Gás Híbrido Solar Boiler 
elétrico 
 
Volume médio 
gasto por banho 
(litros) 
n.)
 
35,4 26,2 72,7 41,3 69,0 64,9 
Tempo médio de 
banho (min.) 
9,1 6,9 7,7 10,6 8,1 7,6 
Consumo médio 
por tipo de chuveiro 
(l/mi 
3,9 3,8 9,5 3,9 8,6 8,6 
Volume total de 
água (litros) 
1641 1805 1455 1286 2167 2532 
Número de banhos 53 60 22 38 29 43 
Consumo total de 
energia (kW) 
24 23 0 14 12 95 
Consumo total de 
gás (kg) 
0 0 2,90 0 0 0 
Temperatura Média 
no mês¹ 
 23,0 °C 
Volume médio 
gasto por banho 
(litros) 
n.)
 
33,1 37,1 69,9 39,7 63,1 62,6 
Tempo médio de 
banho (min.) 
8,0 9,1 7,8 9,6 7,1 7,4 
Consumo médio 
por tipo de chuveiro 
(l/mi 
4,1 4,1 9,0 4,1 8,9 8,4 
Volume total de 2528 1886 1705 1976 2010 3423 
Me
diç
õe s 
Me
diç
ão 
me
ns
al 
ind
ivi
du
ali
za
da 
 
jan
eir
o 
de 
20
09 
 
fev
er
eir
o 
de 
20
09 
 
 
 
27 
 
 
água (litros) 
Número de banhos 65 57 24 50 28 57 
Consumo total de 
energia (kW) 
16 15 0 17 1 91 
Consumo total de 
gás (kg) 
0 0 2,20 0 0 0 
Temperatura Média 
no mês¹ 
 24,7 °C 
Volume médio 
gasto por banho 
(litros) 
n.)
 
34,9 29,3 63,4 37,2 61,5 59,1 
Tempo médio de 
banho (min.) 
8,6 7,2 7,1 8,6 7,3 7,1 
Consumo médio 
por tipo de chuveiro 
(l/min 
4,0 4,1 8,9 4,3 8,5 8,3 
Volume total de 
água (litros) 
2577 2111 4463 2844 4273 5022 
Número de banhos 71 60 62 60 55 85 
Consumo total de 
energia (kW) 
29 22 0 24 2 144 
Consumo total de 
gás (kg) 
0 0 4,86 0 0 0 
Temperatura Média 
no mês¹ 
 24,3 °C 
Médias Trimestrais 
por Chuveiro 
Volume médio (litros) 34,5 30,9 68,7 39,4 64,5 62,2 
Tempo médio (min.) 8,6 7,7 7,5 9,6 7,5 7,4 
Consumo médio 
(l/min.) 
4,0 4,0 9,1 4,1 8,7 8,4 
Médias Totais 
Volume médio total 
(litros) 
 50,0 
Tempo médio total 
(min.) 
 8,1 
Consumo médio total 
(l/min.) 
 6,4 
Figura 06 - Informações gerias de tempo de banho (conclusão) 
Fonte: disponível no Instituto Nacional de Meteorologia em 
http://www.inmet.gov.br/html/observacoes.php?lnk=Capitais 
 
 
Tabela : Gasto mensal de água, energia elétrica e gás nos meses de janeiro, 
fevereiro e março de 2009 (Figura 07 – continua) 
GASTO MENSAL 
 Ponto 
1 
Ponto 
2 
Ponto 
3 
Ponto 
4 
Ponto 
5 
Ponto 
6 
Elétrico Elétrico Gás Híbrido Solar Boiler 
elétrico 
Água 
Energia elétrica 
Gás 
 6,37 
6,41 
0,00 
7,00 
6,15 
0,00 
5,65 
0,00 
8,07 
4,99 
3,74 
0,00 
8,41 
3,21 
0,00 
9,82 
25,39 
0,00 
 
 janeiro de 
ma
rç
o 
de 
20
09 
 
 
 
28 
 
 
Custo Total 
Mensal 
2009 12,78 13,15 13,72 8,73 11,62 35,21 
Número de 
banhos 
53 60 22 38 29 43 
Custo/banho 0,24 0,22 0,62 0,23 0,40 0,82 
Custo de banho / 
minuto Tempo 
médio de banho 
(min.) 
0,0265 
9,1 
0,0318 
6,9 
0,0810 
7,7 
0,0217 
10,6 
0,0495 
8,1 
0,1077 
7,6 
Custo de banho 
de 8 minutos 
 0,21 0,25 0,65 0,17 0,40 0,86 
Água 
Energia elétrica 
Gás 
 9,81 
4,28 
0,00 
7,32 
4,01 
0,00 
6,62 
0,00 
6,12 
7,67 
4,54 
0,00 
7,80 
0,27 
0,00 
13,28 
24,32 
0,00 
Custo Total Mensal 14,09 11,33 12,74 12,21 8,07 37,60 
Número de 
banhos 
 fevereiro de 
2009 
65 57 24 50 28 57 
Custo/banho 0,22 0,20 0,53 0,24 0,29 0,66 
Custo de banho / 
minuto Tempo médio 
de banho (min.) 
 0,0271 
8,0 
0,0218 
9,1 
0,0681 
7,8 
0,0254 
9,6 
0,0406 
7,1 
0,0891 
7,4 
Custo de banho de 8 
minutos 
 0,22 0,17 0,54 0,20 0,32 0,71 
Água 
Energia elétrica 
Gás 
 10,00 
7,75 
0,00 
8,19 
5,88 
0,00 
17,32 
0,00 
13,52 
11,03 
6,41 
0,00 
16,58 
0,53 
0,00 
19,49 
38,49 
0,00 
Custo Total 
Mensal 
17,75 14,07 30,84 17,44 17,11 57,98 
Número de 
banhos 
 março de 
2009 
71 60 62 60 55 85 
Custo/banho 0,25 0,23 0,50 0,29 0,31 0,68 
Custo de banho / 
minuto Tempo 
médio de banho 
(min.) 
0,0291 
8,6 
0,0326 
7,2 
0,0701 
7,1 
0,0338 
8,6 
0,0426 
7,3 
0,0961 
7,1 
Custo de banho 
de 8 minutos 
0,23 0,26 0,56 0,27 0,34 0,77 
Figura 07 - Gasto mensal de água (conclusão) 
Fonte: disponível no Instituto Nacional de Meteorologia em 
http://www.inmet.gov.br/html/observacoes.php?lnk=Capitais 
 
 
2.8 - O CHUVEIRO NA CURVA DO CONSUMO 
 
 
Simulações revelam que banhos são responsáveis por 23% da carga no 
horário de pico. 
 
 
 
29 
 
 
Uma pesquisa de mestrado apresentada à Faculdade de Engenharia Elétrica 
e de Computação(Feec) confirmou as estimativas de órgãos governamentais sobre 
o consumo do chuveiro elétrico como formador do horário de pico do setor 
residencial, com impacto na curva de carga do sistema elétrico brasileiro. As 
estimativas oficiais sobre a participação do consumo do chuveiro no setor residencial 
eram de 20% a 30%, e as simulações resultaram em cerca de 23%. “O consumo de 
energia elétrica pelo chuveiro ao longo do ano por toda a população corresponde a 
praticamente 30% da energia gerada por Itaipu no mesmo período”, revela o 
engenheiro eletricista Maurício de Castro Tomé, autor da investigação. 
Segundo seu estudo, nas regiões Sul e Sudeste do país, esse aparelho 
chegou a responder por até 40% do consumo de energia elétrica residencial no 
horário de pico – entre as 18 e as 19 horas. A curva de carga é o consumo de 
energia elétrica agregado de todas as residências, de todas as indústrias e de todo o 
setor comercial. “Se pensarmos no consumo de energia de todas as residências, 
metade do consumo no horário de pico parte do chuveiro elétrico. Se houver algum 
tipo de esforço para melhorar esse quadro, com certeza haverá um grande ganho”, 
garante. 
O pesquisador avaliou o chuveiro elétrico por ser ‘o maior vilão da conta de 
luz’. “E, como ele é utilizado em horários muito específicos, acaba gerando picos de 
consumo sobretudo quando as pessoas se levantam para ir à escola ou trabalhar, 
ou na hora em que retornam aos seus domicílios.” Pela manhã, o maior consumo de 
chuveiro concentra-se entre as 6 e as 8 horas. 
Maurício expõe que sempre se preocupou com o chuveiro e que procurou um 
orientador que o pudesse auxiliar a desenvolver uma pesquisa sobre o assunto. Seu 
orientador foi o professor da Feec Luiz Carlos Pereira da Silva. 
Inicialmente, fez um levantamento de dados que constatou que o chuveiro 
elétrico está presente em mais de 70% dos domicílios brasileiros. “Mas o detalhe é 
que boa parte dos 30% restantes não aquece a água de maneira alguma, 
principalmente nas regiões mais quentes. Descontando esses domicílios, a 
participação do chuveiro elétrico sobe para 92%”, afirma. 
Além disso, dados do Ministério do Meio Ambiente e de diversos outros 
órgãos apontavam que o chuveiro elétrico era o eletrodoméstico responsável pela 
maior parte do consumo de energia de uma residência. Ele consome mais energia 
do que a geladeira, dependendo do tipo de residência e da classe de consumo, é o 
 
 
 
30 
 
 
aparelho de maior potência para uso doméstico. Trata-se de uma invenção brasileira 
utilizada quase exclusivamente pelo Brasil e por países da América Latina. 
Um chuveiro tipicamente nas regiões Sudeste e Sul tem cerca de quatro mil 
watts de potência. Para se ter uma ideia, o forno de micro-ondas, por exemplo, 
apresenta potência de mil watts e uma geladeira cerca de 300 watts. Logo, o 
chuveiro é o responsável por uma parcela muito significativa desse consumo. 
Em alguns países, não é usado o aquecimento instantâneo, e sim o 
aquecimento de acumulação, baseado em energia elétrica ou a gás. Já em outros, 
que têm um parque de termoelétricas, são disponibilizadas redes públicas de água 
aquecida por meio do calor residual do processo de geração termoelétrico. “Como 
existe esse resíduo de calor na geração térmica, ele é empregado para aquecer a 
água e disponibilizá-la à população. No caso brasileiro, cuja base de geração é 
hidroelétrica, não há a produção de calor residual, e o parque de termoelétricas é 
mais disperso. Além disso, não dispomos nem de rede de água encanada em alguns 
lugares. Que dirá de água quente?”, compara. 
 
 2.8.1 - Picos 
 
O mestrando explica que o padrão de uso do chuveiro e sua alta potência 
contribuem para a formação do horário de pico do sistema. No horário de pico, os 
transformadores e as linhas de transmissão estão operando próximos do seu limite, 
ou até em sobrecarga. Essa sobrecarga, em casos extremos, pode causar 
interrupções na distribuição de energia elétrica. 
O ideal, tanto para o sistema de geração quanto de transmissão de energia, 
seria que o consumo de energia fosse constante ao longo do dia, de modo que o 
perfil da curva de carga fosse plano. No entanto, na maior parte das residências, não 
é possível deslocar o consumo de energia elétrica para outros horários, pois a maior 
parte dos eletrodomésticos só está em operação quando os moradores estão em 
casa. 
Para estudar o impacto do chuveiro elétrico nas redes de distribuição, é 
necessário saber qual é o padrão de uso do chuveiro ao longo do dia, bem como os 
demais eletrodomésticos presentes em uma residência. Os dados de consumo dos 
eletrodomésticos utilizados pelo aluno foram obtidos do Programa Nacional de 
Conservação de Energia Elétrica (Procel), da Eletrobras. 
O Procel periodicamente realiza pesquisas de posse e hábitos de consumo de 
 
 
 
31 
 
 
eletrodomésticos, em parceria com as concessionárias de energia elétrica do país. 
Essas pesquisas consistem de entrevistas com consumidores residenciais, para 
levantamento do número de eletrodomésticos possuídos, e o padrão de utilização 
dos mesmos. 
A partir disso, consegue-se traçar uma curva de consumo típica do 
consumidor separada por regiões e também do agregado nacional, que corresponde 
ao consumidor médio brasileiro. Como as informações foram separadas por 
eletrodoméstico e faixa horária, o pesquisador tinha a flexibilidade de analisar o 
impacto individual de cada aparelho a cada período. Como imaginava que o 
chuveiro seria o responsável pela maior parte do consumo, dedicou-se a ele. 
Utilizando os dados da pesquisa e um modelo simplificado de uma rede de 
distribuição de energia elétrica, o autor do estudo efetuou simulações 
computacionais de fluxo de carga, que possibilitam a obtenção de informações sobre 
o consumo de energia elétrica, potência e perdas. Simulou o consumo com todos os 
eletrodomésticos e o consumo sem o uso do chuveiro ao longo do dia, comparando 
os resultados. 
 
2.8.2 - Abrangência 
 
Qual o consumo médio de energia no país? Como o Brasil é um país extenso 
e atravessa diversas latitudes, o padrão de consumo muda bastante, até por 
questões de renda. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste têm um padrão de 
consumo de energia elétrica médio maior que as regiões Norte e Nordeste. Desta 
maneira, dá para separar o Brasil em termos de uso de chuveiro elétrico por regiões: 
de um lado vêm Norte e Nordeste e de outro Sul, Sudeste e Centro-Oeste. 
Nas regiões Norte e Nordeste, a participação do chuveiro é mínima. Na Norte 
é de 2% e na Nordeste bate a porta dos 10%. Sul, Sudeste e Centro-Oeste 
superam, cada qual, os 25%. “Então analisando estratégias para serem adotadas 
para o aquecimento de água, haveria uma resposta mais efetiva trabalhando só com 
as regiões mais ao Sul do país do que ao Norte, devido ao clima. Na maior parte do 
ano, não há necessidade de aquecimento de água para banho nas regiões Norte e 
Nordeste.” 
O estudo de Maurício pretende mostrar o quanto de energia elétrica está 
sendo consumida para uma atividade de intensa importância, mas para a qual, 
 
 
 
32 
 
 
felizmente, há outras alternativas, como por exemplo a adoção da energia solar. 
Acontece que ela não resolve todos os problemas. Vem uma semana nublada e não 
há o aquecimento de água almejado. 
Nesse caso, o chuveiro elétrico pode ser utilizado para compensar a falta do 
aquecimento solar. A energia elétrica é, a seu ver, uma excelente forma de 
complementação para o aquecimento de água, e não deveria ser utilizado como 
fonte principal. 
Um outro aspecto ainda a ser levado em conta é que o aquecimento solar, em 
longo prazo, é mais econômico que o aquecimento elétrico. Há um custo inicial de 
instalação, não há custos de consumo e a manutenção é bem espaçada. Mas o 
chuveiro acabou conquistando mercado em razão do preço atrativo (há modelos a 
partir de R$ 40,00). 
Outra coisa:há lugares em que as moradias são muito verticalizadas, 
principalmente nas grandes cidades. Os prédios, em seu topo, não têm área 
suficiente para instalação de coletores solares para atender todos os apartamentos. 
“Mas é possível utilizar outras formas de aquecimento, como os aquecedores a gás”, 
menciona. Os grandes centros urbanos têm disponibilidade de gás. No município de 
São Paulo, no caso, desde 1987 é obrigatória a instalação de gás canalizado em 
todos os prédios. 
Agora, tanto o aquecimento a gás quanto o aquecimento solar, se não 
estiverem previstos na obra, necessitam de alterações hidráulicas que podem 
encarecer a sua instalação. Um aquecedor solar custa pelo menos R$ 2 mil, sem 
contar a parte hidráulica. Logo, esse preço pode subir mais ainda. 
 
2.8.3 - Tarifa branca 
 
Hoje em dia, os consumidores pagam energia elétrica pela tarifa monômia, ou 
seja, paga-se o mesmo valor pela energia elétrica, independentemente da hora. Mas 
está em discussão a tarifa branca, que estabelece patamares nos quais o preço da 
energia elétrica nos horários de pico é mais alto e, fora do horário de pico, é mais 
baixo do que o atual. 
Maurício explana que isso daria margem para fazer o deslocamento de carga 
e se aproveitar das tarifas mais baixas para tomar banho, lavar roupa e ter uma 
economia na conta de luz graças à mudança no seu hábito de consumo, sem 
 
 
 
33 
 
 
necessariamente consumir menos energia. 
Ocorre que a maioria das pessoas não consegue tomar banho muito mais 
cedo ou muito mais tarde e pode ser que essa medida não seja efetiva para reduzir 
o pico de demanda. Além disso, muitas vezes, é necessária uma mudança de 
hábitos brusca, que pode não ser conveniente ao usuário e nem trazer uma boa 
economia na conta de energia. 
Este é um dos motivos pelos quais essa tarifa não deve ter ampla aceitação, 
realça ele, e portanto os impactos também não serão significativos. 
O mestrando tomou ainda dados do Balanço Energético Nacional de 2011 e 
viu que “estamos gastando um terço da energia gerada pela maior usina em 
operação no mundo para esquentar água num país que tem insolação suficiente 
para aquecer a água através do sol na maior parte do ano”, observa. 
O Brasil tem capacidade de empregar aquecimento de água a partir de outras 
fontes: seja a gás ou solar. “É preciso investir em algum plano de conscientização 
para o uso da energia elétrica de maneira mais racional”,reflete o autor do estudo. 
 
2.9 - O CHUVEIRO NO MODO VERÃO OU INVERNO FAZ DIFERENÇA NA 
CONTA DE ENERGIA 
 
 
O chuveiro é um dos equipamentos domésticos de maior potência, acaba 
consumindo mais energia e como consequência, impacta diretamente o valor da 
conta de energia. 
Para se ter uma ideia, a potência média de um chuveiro elétrico é de 4.400 W, 
enquanto a potência média de um ar condicionado é de 1.400 W, ou seja, para 
quem quer economizar, é inevitável revisar alguns hábitos de uso do chuveiro 
elétrico. 
E faz alguma diferença posicioná-lo na opção “verão” ou “inverno” na 
indicação “inverno”, o consumo de energia é 30% maior, em média. Isso acontece 
porque as posições “inverno” e “verão” regulam a passagem da corrente elétrica, 
necessária para aquecer a água. 
Se você mora em uma região quente, sabe que o calor acaba gerando um 
aumento da quantidade de banhos de uma casa. Para driblar esse consumo extra, 
além de deixar o chuveiro no modo “verão”, vale a pena tentar adotar alguns hábitos 
de consumo que ajudam você a economizar. 
 
 
 
34 
 
 
 Evite banhos demorados; 
 Feche o registro enquanto se ensaboa. Pode ser um pouco desconfortável, 
mas faz diferença no consumo; 
 Procure limitar seu tempo debaixo da água quente ao mínimo indispensável; 
 Nos dias quentes, mantenha a chave de temperatura na posição “verão” e se 
conseguir, estenda esse hábito para dias de temperaturas amenas. 
 
2.10 - FUNCIONAMENTO DO CHUVEIRO ELETRÔNICO 
 
 
Para que o chuveiro eletrônico funcione perfeitamente, ele possui um circuito 
interno para o controle da potência, esse circuito é composto por um TRIAC, que é 
um semicontudor com capacidade de controlar altas correntes, ele é ligado na 
configuração tradicional que determina o ponto de disparo nos semiciclos da 
corrente alternada, assim a resistência do chuveiro é ligada em série com o TRIAC. 
No gate do TRIAC ligamos um DIAC e uma rede RC de retardo, que vai 
determinar o ponto de disparo em cada semiciclo da tensão alternada, dessa forma 
na subida do semiciclo, o capacitor começa a carregar pelo potenciômetro e pelo 
resistor em série, até que o ponto de disparo do DIAC seja alcançado. 
É dessa forma que funciona a regulagem do chuveiro eletrônico, se o 
potenciômetro estiver ajustado para uma pequena resistência, a corrente elétrica é 
maior, logo o capacitor irá carregar em velocidade maior e o disparo do DIAC 
ocorrerá no início do semiciclo. Nestas condições o DIAC vai conduzir e o TRIAC 
dispara, aplicando todo o restante do semiciclo na resistência do chuveiro, assim 
dissipará uma potência maior e sua temperatura também será menor. 
Entretanto, se o potenciômetro estiver ajustado para uma maior resistência, a 
corrente elétrica será menor, assim a carga do capacitor será mais lenta e só 
ocorrerá o disparo no final do semiciclo. Dessa forma, quando o DIAC conduzir e 
disparar o TRIAC só restará uma pequena parcela do semiciclo para ser aplicada na 
resistência, assim dissipará uma potência menor e sua temperatura também será 
menor. 
Podemos concluir que temperatura é proporcional a potência, que é ajustado 
pelo potenciômetro, por esse motivo é possível regular a temperatura do chuveiro, 
pois sua resistência é ajustável. 
 
 
 
35 
 
 
 
 
 
Figura 08 - Circuito do Chuveiro Eletrônico – (4,93cm x 10,4cm) 
Fonte: http://www.portaleletricista.com.br/chuveiro-eletronico/ 
 
 
2.11 - VANTAGENS DO CHUVEIRO ELETRÔNICO 
 
 
Para quem está procurando uma forma de como economizar na conta de luz, 
o chuveiro eletrônico é essencial, pois ele é de alta eficiência e sua potência é 
ajustável, assim sua temperatura pode ser regulada de acordo com o que você 
preferir. É importante que você entenda, para haver um menor consumo não adianta 
usar o chuveiro com a máxima potência, por não ser uma resistência fixa ele tem a 
possibilidade de consumir menos energia. 
Além do menor consumo de um chuveiro eletrônico ser o seu diferencial, ele 
oferece uma maior segurança ao consumidor e sua temperatura pode ser ajustada 
enquanto está ligado, diferente do chuveiro elétrico comum, que sua faixa de 
temperatura só pode ser mudada enquanto o chuveiro está desligado. 
 
2.12 - RECONHECIMENTO DA FALA 
 
 
Tecnologias de reconhecimento da fala (também denominado em alguns 
aparelhos como reconhecimento de voz) permitem que computadores equipados 
com microfones interpretem a fala humana, por exemplo, para transcrição ou como 
método de comando por voz. Tais sistemas podem ser classificados por requererem, 
ou não, que o usuário treine o sistema a reconhecer seus padrões particulares de 
fala, por ter a habilidade de reconhecer fala contínua ou por requerer que o usuário 
fale pausadamente, e pelo tamanho do vocabulário que é capaz de reconhecer 
http://www.portaleletricista.com.br/chuveiro-eletronico/
 
 
 
36 
 
 
(pequeno, da ordem de dezenas a centenas de palavras, ou grande, com milhares 
de palavras). 
Sistemas que requerem pouco treinamento podem capturar continuamente a 
fala com um amplo vocabulário, em ritmo normal, com precisão de cerca de 98% 
(duas palavras erradas em cem) enquanto sistemas que não requerem treinamento 
podem reconhecer um número pequeno de palavras como, por exemplo, os dez 
dígitos do sistema decimal. Tais sistemas são populares por direcionar chamadas 
telefônicas recebidas, em grandes organizações, aos seus destinos. 
Sistemas comerciais para reconhecimento da fala têm estado disponíveis 
desdeos anos 90, porém é interessante notar que, apesar do aparente sucesso 
dessa tecnologia, poucas pessoas os usam. 
Parece que a maioria dos usuários de computador pode criar e editar 
documentos mais rapidamente com um teclado convencional, apesar do fato de que 
muitas pessoas são capazes de falar consideravelmente mais rápido do que podem 
digitar. Além disso, o uso intenso dos órgãos da fala pode resultar em sobrecarga 
vocal. 
 
 Alguns dos problemas técnicos chaves do reconhecimento da fala são: 
 
Diferenças entre os interlocutores são frequentemente grandes e dificultam. 
Não está claro quais características da fala são independentes do falante. 
A interpretação de vários fonemas, palavras e frases é sensível ao contexto. 
Por exemplo: os fonemas são geralmente mais curtos em palavras longas do que 
em palavras pequenas. As palavras têm significados diferentes em frases diferentes. 
Por exemplo: "Philiplies” pode ser interpretado como Philip sendo um mentiroso ou 
como Philip deitando-se na cama. 
A entonação e o timbre da fala podem mudar completamente a interpretação 
de uma palavra ou frase. Por exemplo: "Vai!", "Vai?" e "Vai." podem ser claramente 
reconhecidos por um humano, mas não tão facilmente por um computador. 
Palavras e frases podem ter várias interpretações válidas de modo que o falante 
deixe a escolha da correta para o ouvinte. 
A linguagem escrita precisa de pontuação de acordo com regras estritas que 
não estão fortemente presentes na fala e são difíceis de inferir sem conhecer o 
significado (vírgulas, fim de frase, citações). 
O entendimento do significado das palavras ditas é pensado como um campo 
 
 
 
37 
 
 
separado do entendimento natural da linguagem. Há vários exemplos de frases que 
soam iguais e só podem ser desambiguadas pela aparição do contexto: uma famosa 
camisa vestida por pesquisadores da Apple Inc. dizia "I helped Apple wreck a nice 
beach" [Eu ajudei a Apple a destruir uma bela praia], o que, quando pronunciado, 
soa como "I helped Apple recognize speech" [Eu ajudei a Apple a reconhecer a fala]. 
Uma solução geral para muitos dos problemas acima requer efetivamente 
conhecimento humano, experiência e uma avançada tecnologia em inteligência 
artificial. Especificamente, modelos estatísticos de linguagem são frequentemente 
empregados para desambiguação e melhoramento da precisão do reconhecimento. 
 
3 - COMPONENTES 
 
 
3.1 – TRIAC 
 
 
Um TRIAC (figura 9 e 10), ou Triode for Alternating Current é um componente 
eletrônico equivalente a dois retificadores controlados de silício (SCR/tiristores) 
ligados em antiparalelo e com o terminal de disparo (ou gatilho - gate) ligados 
juntos. Este tipo de ligação resulta em uma chave eletrônica bidirecional que 
pode conduzir a corrente elétrica nos dois sentidos. O TRIAC faz parte da família 
de tiristores. 
 
 
 
Figura 09 - Simbologia TRIAC - (3,31cm x 6,44cm) 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/TRIAC 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/TRIAC
 
 
 
38 
 
 
 
 Figura 10 - TRIAC – (3,16cm x 5,98cm) 
 Fonte: O autor 
 
 
 3.1.1 - Funcionamento 
 
Um TRIAC pode ser disparado por uma corrente alternada aplicada no 
terminal de disparo (gate). Uma vez disparado, o dispositivo continua a conduzir 
até que a corrente elétrica caia abaixo do valor de corte, como o valor da tensão 
final da metade do ciclo de uma corrente alternada. Isto torna o TRIAC um 
conveniente dispositivo de controle para circuitos de corrente alternada ou C.A, 
que permite acionar grandes potências com circuitos acionados por correntes da 
ordem de miliamperes. 
Também podemos controlar o início da condução do dispositivo, aplicando um 
pulso em um ponto pré-determinado do ciclo de corrente alternada, o que permite 
controlar a percentagem do ciclo que estará alimentando a carga (também 
chamado de controle de fase). 
O TRIAC de baixa potência é utilizado em várias aplicações como controles 
de potência para lâmpadas dimmers, controles de velocidade para ventiladores 
entre outros. Contudo, quando usado com cargas indutivas, como motores 
elétricos, é necessário que se assegure que o TRIAC seja desligado 
corretamente, no final de cada semi-ciclo de alimentação elétrica. Para circuitos 
de maior potência, podemos utilizar dois SCRs ligados em antiparalelo, o que 
garante que cada SCR estará controlando um semi-ciclo independente, não 
importando a natureza da carga geral. 
 
3.2 - VÁLVULA SOLENOIDE 
 
 
A válvula solenoide (Figura 11) é um equipamento que tem muitas 
utilizações e em diversas áreas. Ela é formada por duas partes principais: 
corpo da válvula e bobina solenoide. O Corpo da Válvula solenoide é 
 
 
 
39 
 
 
composto de: corpo, tampa, mola e diafragma. Ele tem a função mecânica no 
conjunto válvula Solenoide. A bobina de uma válvula solenoide é constituída 
de fio de cobre enrolada em uma bobina com o centro livre. Ela é considerada 
a peça principal de uma Válvula Solenoide. Possui válvula solenoides para 
diversas aplicações: Água, Ar, Gases, GNV, GLP, Óleo, Filtros de manga, 
entre outros. A Válvula Solenoide é um produto fundamental para automação 
industrial, sendo possível fechar, dosar, distribuir ou misturar o fluxo de gás, 
líquido e óleo, garantindo controle ou proteção. 
 
 
 
 Figura 11 - Válvula Solenóide – (3,87cm x 5,41cm) 
 Fonte: http://blog.hidraulicapaulista.com.br/valvula-solenoide-o-que-e-e-para-que-serve/ 
 
 
3.2.1 - Funcionamento 
 
A válvula solenóide possui uma bobina que é formada por um fio enrolado 
através de um cilindro. Quando uma corrente elétrica passa por este fio, ela gera 
uma força no centro da bobina solenoide, fazendo com que o êmbolo da válvula 
seja acionado, criando um sistema de abertura e fechamento. 
Outra parte que compõe a válvula solenoide é o corpo, que possui um 
dispositivo possibilitando ou bloqueando a passagem de um fluído, quando sua 
haste é acionada pela força da bobina. Esta força é que faz o pino ser puxado 
para o centro da bobina, liberando a passagem do fluido. 
O processo de fechamento da válvula solenoide ocorre quando a bobina 
perde energia, pois o pino exerce uma força através de seu peso e da mola que 
tem instalado. 
A válvula solenoide pode ser classificas de acordo com seu tipo de ação. 
Pode ser Ação Direta ou Indireta, sendo determinadas pelo tipo de operação. 
http://blog.hidraulicapaulista.com.br/valvula-solenoide-o-que-e-e-para-que-serve/
 
 
 
40 
 
 
Para baixa capacidade e pequenos orifícios, devem ser usadas as válvulas de 
Ação direta. Já a válvula solenoide de ação indireta, que é controlada por piloto, 
é utilizada em sistemas de grande porte. 
Dentre a linha de produtos de válvulas Solenoide que trabalhamos no Brasil, 
existe uma linha em especial que conta com os mais diversos modelos: válvula 
de 2, 3, 4 ou 5 vias. 
Cada modelo é utilizado para um fim específico, sendo: 
 Duas vias - Controle de Fluído e Automação Pneumática; 
 Três vias - Desvio e Convergência de fluxos; 
 Quatro e Cinco vias - Operação de Cilindros e Atuadores de Dupla Ação; 
 São vários diâmetros começando com 1/8” até 3” e voltagem de 12v, 24v, 
110v e 220v aplicações comuns ou a prova de explosão. 
 
3.3 - PLACA DE FENOLITE 
 
 
Fenolite (Figura 11) é um laminado plástico industrial utilizado como isolante 
elétrico. É um produto duro, denso e termofixo. Geralmente é comercializado na 
forma de chapas, tarugos e tubos. 
É produzido pela aplicação de calor e pressão a camadas de celulose 
impregnadas com resinas fenólicas do tipo da Baquelite. Este procedimento leva à 
polimerização. 
O Fenolite é utilizado para produzir suportes isolantes, arruelas, barras de 
isolação, carretéis, conectores, protetores de fusíveis, dentre outros produtos. 
Recoberta de uma fina camada de cobre metálico, usa-se como suporte mecânico e 
trilha condutora nos circuitos impressos e placas para Computador. Nesseuso, pode 
ser substituída pela fibra de vidro. 
É usada em siderurgia, produção de papel e tecidos, além de artefatos 
mecânicos, elétricos. 
 
 
 
Figura 11 - Placa de fenolite – (3,71cm x 4,75cm) 
Fonte:https://www.paresteck.com.br/montagem-de-pci/placas-virgens-pci/25343-placa-fenolite-fn-1-
inteira-1m-x-122m.html 
https://www.paresteck.com.br/montagem-de-pci/placas-virgens-pci/25343-placa-fenolite-fn-1-inteira-1m-x-122m.html
https://www.paresteck.com.br/montagem-de-pci/placas-virgens-pci/25343-placa-fenolite-fn-1-inteira-1m-x-122m.html
 
 
 
41 
 
 
 
 
3.4 - SENSOR TEMPERATURA 
 
 
Um sensor (Figura 12) é um dispositivo que responde a um estímulo 
físico/químico de maneira específica e que pode ser transformado em outra 
grandeza física para fins de medição e/ou monitoramento. Desta forma, o sensor 
associado a um módulo de transformação do estímulo em uma grandeza para fins 
de medição e/ou monitoramento pode ser definido como transdutor ou medidor, que 
converte um tipo de energia em outro. 
Temperatura é uma grandeza física que mensura a energia cinética média de 
cada grau de liberdade de cada uma das partículas de um sistema em equilíbrio 
térmico. 
Em sistemas constituídos apenas por partículas idênticas essa definição 
associa-se diretamente à medida da energia cinética média por partícula do sistema 
em equilíbrio térmico. Esta definição é análoga a afirmar-se que a temperatura 
mensura a energia cinética média por grau de liberdade de cada partícula do 
sistema uma vez consideradas todas as partículas de um sistema em equilíbrio 
térmico em um certo instante. A rigor, a temperatura é definida apenas para 
sistemas em equilíbrio térmico. 
O Sistema Internacional de Unidades estabelece uma escala específica para 
a temperatura absoluta. Utiliza-se a escala kelvin para a mensura, com o ponto triplo 
da água a 273,16 K como o ponto fundamental de fixação. Outras escalas forem 
sendo utilizadas historicamente. A escala de Rankine, que utiliza o grau Fahrenheit 
como unidade de intervalo, está ainda em uso como parte do sistema de unidades 
inglesas de engenharia em alguns campos de estudo nos Estados Unidos. A Escala 
Internacional de Temperaturas de 1990 (ITS-90) fornece meios práticos de se 
estimar a temperatura termodinâmica com um elevado grau de precisão. 
Dentro do formalismo da termodinâmica, que leva em conta apenas 
grandezas macroscopicamente mensuráveis, a temperatura é, de forma equivalente, 
definida como a derivada parcial da energia interna U em relação à entropia S para 
um sistema em equilíbrio termodinâmico. 
 
 
 
 
 
42 
 
 
 
Figura 12 - Sensor de temperatura de água – (4,5cm x 5,49cm) 
Fonte: http://www.huinfinito.com.br/sensores/931-sensor-de-temperatura-ds18b20-prova-d-agua.html 
 
 
3.5 - MÓDULO DE RECONHECIMENTO DE VOZ 
 
 
O módulo de reconhecimento de voz (Figura 13) é um componente que 
suporta até 80 comandos de voz onde 7 deles podem ser operados ao mesmo 
tempo. 
 
Especificações: 
 
Tensão: 4.5-5.5V; Atual: <40mA; Interface Digital: nível TTL 5V para a 
interface UART e GPIO; Analog Interface: conector de microfone mono-canal 3,5 
milímetros + pin microfone Interface; Tamanho: 31 milímetros x 50mm; A precisão do 
reconhecimento: 99% (em ambiente ideal) 
 
Característica: 
 
Apoio 80 comandos de voz máximas, com cada 1500ms de voz (uma ou duas 
palavras falando); 7 voz Máxima comandos eficaz ao mesmo tempo; Arduino 
biblioteca é fornecido, Controle fácil: UART / GPIO; Controle de usuário de saída 
Geral Pin. 
 
http://www.huinfinito.com.br/sensores/931-sensor-de-temperatura-ds18b20-prova-d-agua.html
 
 
 
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Figura 13 - Módulo Comando de Voz – (4,5cm x 4,5cm) 
Fonte: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB--modulo-de-reconhecimento-de-voz-p-arduino-_JM 
 
 
3.6 - DIODO ZENER 
 
 
Diodo Zener (Figura 14) (também conhecido como diodo regulador de tensão, 
diodo de tensão constante, diodo de ruptura ou diodo de condução reversa) é um 
dispositivo ou componente eletrônico semelhante a um diodo semicondutor, 
especialmente projetado para trabalhar sob o regime de condução inversa, ou seja, 
acima da tensão de ruptura da junção PN, neste caso há dois fenômenos 
envolvidos: o efeito Zener e o efeito avalanche. O dispositivo leva o nome em 
homenagem a Clarence Zener, que descobriu esta propriedade elétrica. 
O diodo Zener difere do diodo convencional pelo fato de receber uma 
dopagem (tipo N ou P) maior, o que provoca a aproximação da curva na região de 
avalanche ao eixo vertical. Isto reduz consideravelmente a tensão de ruptura e 
evidencia o efeito Zener que é mais notável à tensões relativamente baixas (em 
torno de 5,5 Volts). 
 
 
 
Figura 14 - Diodo Zener – (4,5cm x 4,5cm) 
Fonte: http://www.baudaeletronica.com.br/diodo-zener-1n4742a-9v1-1w.html 
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB--modulo-de-reconhecimento-de-voz-p-arduino-_JM
http://www.baudaeletronica.com.br/diodo-zener-1n4742a-9v1-1w.html
 
 
 
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3.7 – TRANSÍSTOR 
 
 
O transístor (Figura 15) é um componente eletrônico que começou a 
popularizar-se na década de 1950, tendo sido o principal responsável pela revolução 
da eletrônica na década de 1960. São utilizados principalmente como amplificadores 
e interruptores de sinais elétricos, além de retificadores elétricos em um circuito, 
podendo ter variadas funções. O termo provém do inglês transfer resistor 
(resistor/resistência de transferência), como era conhecido pelos seus inventores. 
O processo de transferência de resistência, no caso de um circuito analógico, 
significa que a impedância característica do componente varia para cima ou para 
baixo da polarização pré-estabelecida. Graças a esta função, a corrente elétrica que 
passa entre coletor e emissor do transistor varia dentro de determinados parâmetros 
pré-estabelecidos pelo projetista do circuito eletrônico. Esta variação é feita através 
da variação de corrente num dos terminais chamados base, o que, 
consequentemente, ocasiona o processo de amplificação de sinal. 
Entende-se por “amplificar” o procedimento de tornar um sinal elétrico mais 
forte. Um sinal elétrico de baixa intensidade, como os sinais gerados por um 
microfone, é injetado num circuito eletrônico (transistorizado por exemplo), cuja 
função principal é transformar este sinal fraco gerado pelo microfone em sinais 
elétricos com as mesmas características, mas com potência suficiente para excitar 
os alto-falantes. A este processo todo dá-se o nome de ganho de sinal. 
 
 
 
Figura 15 - Transistor – (4,5cm x 4,5cm) 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Trans%C3%ADstor 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trans%C3%ADstor
 
 
 
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3.8 - RELÉ 
 
 
Um relé (Figura 16) (do francês relais), ou, menos frequentemente, relê (por 
influência do inglês relay, embora esta forma ainda não esteja dicionarizada) é 
um interruptoreletromecânico. A movimentação física deste interruptor ocorre 
quando a corrente elétrica percorre as espiras da bobina do relé, criando assim 
um campo magnético que por sua vez atrai a alavanca responsável pela mudança 
do estado dos contatos. 
O relé é um dispositivo eletromecânico, com inúmeras aplicações possíveis 
em comutação de contatos elétricos, servindo para ligar ou desligar dispositivos. É 
normal o relé estar ligado a dois circuitos elétricos. No caso do relé eletromecânico, 
a comutação é realizada alimentando-se a bobina do mesmo. Quando uma corrente 
originada no primeiro circuito passa pela bobina, um campo eletromagnético é 
gerado, acionando o relé e possibilitando o funcionamento do segundo circuito. 
Sendo assim, uma das aplicações do relé é usar baixas tensões e correntes para o 
comando no primeiro circuito, protegendo o operador das possíveis altas tensões e 
correntes que irão circular no segundo circuito (contatos). 
Um simples relé eletromecânico, é aplicado em máquinas de todos os tipos 
responsáveis pela produção

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