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Vacinação em Idosos Introdução Idosos possuem menor capacidade de resposta imune, menor resposta aos antígenos e resposta imunológica sustentada reduzida frente aos antígenos (Nat Ver Immunol., 2013) Estratégia custo-efetiva: Redução de morbimortalidade Redução de incapacidades Menor descompensação de doenças crônicas Incremento na qualidade de vida Melhora da expectativa de vida Parte da prevenção primária Tipos de vacinas Influenza: rotina DT (difetria e tétano): rotina Pneumocócica: rotina Herpes-Zóster: rotina Outras: hepatites A/B, febre amarela, SRC (sarampo, caxumba, rubéola, pneumocócica conjugada Influenza Geral Vírus influenza: gripes sazonais Epidemias sazonais ocasionam elevada morbimortalidade em extremos de idades (<2 anos > 60 anos) Déficit imunitário + comorbidades Composição: fragmentos de vírus inativados Alto padrão de mutação viral justifica sua mudança anual na composição OMS (2016): Tri/tetravalentes: 2 subtipos A: H1N1 ou H3N2 1 ou 2 subtipos B Importância Vacinação previne: 30% dos casos fatais e não fatais, independente da etiologia 40% dos casos de síndromes gripal 50-70% dos óbitos nos quais o vírus foi isolado em laboratório Além da gripe, a vacina previne pneumonia viral primária ou bacteriana secundária, a hospitalização e o óbito As infecções mais frequentes em idosos são as do trato respiratório, como infecções por influenza. Ou seja, a vacinação é a medida mais eficaz para reduzir a morbimortalidade dos idosos Aplicação: via subcutânea (SC) ou IM Eventos adversos mais comuns: locais (dor, edema, eritema, sensibilidade) Flu-like: 6-12h após a vacina. Não ocorre gripe pela vacina Contraindicação: alergia a ovo ou a algum componente da vacina dT: difteria e tétano Geral Composição: toxoide tetânico e diftérico Menor titulação de anticorpos contra difteria e tétano com o envelhecimento (DT) Importância Redução de difteria e tétano graças à vacinação Extremamente imunogênicos, raras falhas de vacinação Mínimo exigido: 3 doses no total (antes dos 60 anos) Aplicação: IM Efeitos colaterais comuns: febre e desconforto local Pneumococo Geral Streptococcus pneumoniae (bactéria) Síndromes clínicas mais comums causadas pelo Pneumococco: pneumonia, bacteremia, meningite; mas também sinusite e otite média Objetivos: prevenir hospitalização e reduzir mortes causadas por doença invasiva As infecções pneumocócicas são mais comuns nos extremos da vida (em menores de 2 anos e maiores de 65 anos) Pneumonia pneumocócica: mortalidade 35% em idosos Tipos de vacina para adultos Polissacarídea 23-valente (VPP 23) Possui polissacarídeo da cápsula de 23 sorotipos de pneumococo (90% das infecções invasivas): memória T, mas não imunológica Menor espectro de doença invasiva Conjugada 13-valente (VPC 13) Apresenta conjugação de uma proteína carregadora aos polissacarídeos: resposta T dependente e memória imunológica Maior duração dTpa: vacina tríplice bacteriana adulto. Contra difteria, tétano e coqueluche. Idosos que receberam dT devem receber uma dose única para dTpa e, depois outra cada 10 anos Considerações Cardiopatas, diabéticos pneumopatas têm 3-6x mais chances de doença invasiva por pneumococo; já imunosuprimidos têm 23-48x mais chances maior fragilidade, hospitalização e óbito Aplicação: IM Efeitos colaterais comuns: dor local e febre Esquema de doses: Iniciar 1 dose da VPC 13 seguida de uma 1 de VPP23 6 a 12 meses depois, e 1 dose de VPP23 5 anos após a 1ª dose Para aqueles que já receberam uma dose de VPP23, recomenda-se o intervalo de 1 ano para aplicação de VPC 13. A 2ª dose de VPP23 deve ser feita 5 anos após a 1ª dose, mantendo um intervalos de 6 meses a 12 meses com a VPC 13 Para os que já recebram 2 doses de VPP23, recomenda-se uma dose de VPC13, com intervalo mínimio de 1 ano após aultima dose de VPP23. Se a 2ªdose de VPP23 foi aplicada antes dos 60 anos, está recomendada uma 3ª dose depois dessa idade, com intervalos mínimo de 5 anos da última dose Herpes Zóster Geral Herpesvirus varicellae: doença neurocutânea causada por reativação da varicela Dermátomo: faixa cutânea inervada por um mesmo nervo periférico Epidemiologia 10-20% da população mundial terá Herpes Zóster Mais de 2/3 dos casos ocorre com mais de 50 anos de idade 85 anos ou mais: até 50% da população irá apresentar a doença Considerações Composição: vírus vivo atenuado Administração: SC Dose: única Recomendação da vacina: todas as pessoas com mais de 60 anos (mesmo que já tenham tido Hz) Para os infectados por Hz: devem sim vacinar. Aguardar 12 meses do episódio infeccioso Principal complicação infecciosa: neuralgia pós-herpética Principal complicação da vacina: dor, prurido, eritema Outras vacinas Meningocócica conjugada: surtos e viagens para áreas de risco. 1 dose. Não disponível na UBS Tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola): situações de risco aumentado. 1 dose. Não disponível na UBS para idosos Hepatite A: após avaliação sorológica ou em situações de exposição ou surtos, 2 doses. Não disponível na UBS Hepatite B: rotina, 3 doses. Disponível na UBS Febre amarela: para não vacinados e residentes em áreas de vacinação, após avaliação de risco/benefício. Disponível na UBS COVID-19 Epidemiologia Redução da mortalidade: 28% para 16% entre idosos de 70 a 79 anos Letalidade caiu de 28% a 12% em pessoas acima de 80 anos “Cerca de 43 mil brasileiros acima de 70 anos foram salvos pelas vacinas COVID-19 em um período de 90 dias. O dado é resultado de uma parceria entre o Ministério da Saúde, a UFPel e Universidade Harvard (EUA), que uniram pesquisadores para analisar o cenário epidemiológico de mais de 230 mil óbitos causados pela Covid-19 no País de 3 janeiro a 27 de maio” Segundo estudo, metade do grupo dessa faixa etária recebeu a primeira dose da vacina até a última semana de março, e cerca de 90% tomou a vacina até a primeira metade de maio de 2021
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